Evasão - Não Colocação Da Tornozeleira Eletrônica
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DEFESA
DO MÉRITO
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Deve ser aplicada à presente hipótese o princípio da razoabilidade
que se traduz como um norte na solução de casos em que deve haver ponderação de
interesses. O interno não recebeu a informação necessária para o regular cumprimento
de sua pena.
Como sabemos, a maior parte dos internos do sistema prisional mal
sabe ler e escrever, sendo pessoas extremamente pobres.
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No mais, cabe fazer certos apontamentos: é que vale a regra,
inclusive nos processos administrativos, da presunção da inocência, encontrando
fundamento no Pacto de São José da Costa Rica, que integra o nosso ordenamento
jurídico através do Decreto Legislativo 678, de 06/11/1992, em seu artigo 8º; e no art. 5°,
LVII da Constituição Federal:
Art. 5°, LVII - Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LVII -
ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de
sentença penal condenatória;
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Este é o programa constitucional, porém, a realidade de nosso
sistema penitenciário está muito longe de cumprir com o mesmo. Ao contrário, a
realidade mostra-nos que existe uma presunção de culpabilidade e que aqueles que são
submetidos a processo são tratados como culpados.
DOS PEDIDOS
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viabilizar eventual recurso administrativo, na forma do art.
28, VI, do RPERJ, ou impugnação judicial.