Criminologia (QUESTÕES COMENTADAS)
Criminologia (QUESTÕES COMENTADAS)
Criminologia (QUESTÕES COMENTADAS)
LETRA D
JUSTIFICATIVA:
APONTAMENTO:
c) Tão culpada quanto (voluntária) - participa na mesma proporção que o criminoso (ex:
estelionato, vítima do bilhete premiado, é o malandro enganando o malandro)
A Do etiquetamento.
B Positivista do “homem delinquente”.
C Sociológica do desvio.
D Evolucionista da espécie.
E Social da ação.
GAB: LETRA A
GAB: CERTO
JUSTIFICATIVA:
Para esta teoria a sociedade impõe objetivos e metas inalcançáveis para a maioria dos
indivíduos (sucesso, poder, status), e como tais metas são inatingíveis, a dissociação entre
os objetivos e os instrumentos para seu alcance geraria a ANOMIA, que seria uma
situação de renúncia às normas sociais.
GAB LETRA A
JUTIFICATIVA:
A) CORRETA.
B) Já comentada.
C) ERRADA.
No Brasil, tem-se como precursor do estudo Edgard de Moura Bittencourt, com a obra
intitulada "Vítima" de 1971.
GAB: ERRRADO
JUSTIFICATIVA:
1) ESCOLA DE CHICAGO (ECOLOGICA)
Teoria pertencente ao grupo das teorias do consenso, surgiu no início do séc. XX por meio
de membros do Departamento de Sociologia da Universidade de Chicago.
A Subcultura Delinquente.
B Anomia
C Teoria Ecológica do Crime.
D Labeling approach ou “etiquetamento”.
E Associação Diferencial.
GAB: LETRA A
JUSTIFICATIVA:
I) Não utilitarismo da ação: o crime é praticado por prazer, sem um fim útil.
GAB: LETRA C
JUSTIFICATIVA:
GAB: ERRADO
JUSTIFICATIVA:
GABARITO ERRADO.
FONTE: CESPE
GAB: CERTO
JUSTIFICATIVA:
Teoria da Anomia: Para esta teoria a sociedade impõe objetivos e metas inalcançáveis
para a maioria dos indivíduos (sucesso, poder, status), e como tais metas são inatingíveis,
a dissociação entre os objetivos e os instrumentos para seu alcance geraria a ANOMIA,
que seria uma situação de renúncia às normas sociais. Metas culturais e sociais. Sonho
americano.
A explicação do crime como fenômeno coletivo cuja origem pode ser encontrada nas mais
variadas causas sociais, como a pobreza, a educação, a família e o ambiente moral,
corresponde à perspectiva criminológica denominada
A sociologia criminal.
B criminologia da escola positiva.
C criminologia socialista
D labeling approach, ou etiquetamento.
E ecologia criminal.
GAB: LETRA A
A I e III.
B I e IV.
C II e III.
D II e IV.
GAB: LETRA B
JUSTIFICATIVA:
GAB: LETRA B
JUSTIFICATIVA:
Uma das intuições importantes apresentadas por Foucault em Vigiar e punir é a descrição
dos mecanismos da microfísica do poder, uma espécie de combinação entre vigilância
hierárquica e sanção normalizadora, que conflui no exame disciplinar.
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822012000400004
GAB: LETRA C
JUSTIFICATIVA:
QUESTÃO VUNESP 2014
GAB: LETRA B
b) atuação, por meio de ações policiais, sobre os grupos que apresentam maior risco de sofrer
ou de praticar delitos.
Gab D
A escola criminológica que surgiu no século XIX, tendo, entre seus principais autores, Rafaelle
Garofalo, e que pode ser dividida em três fases (antropológica, sociológica e jurídica) é a:
a) Escola Positiva.
d) Escola Clássica.
e) Escola de Lyon.
GAB LETRA A
GAB D
A teoria utilitarista da prevenção especial positiva da pena está direcionada para a coletividade,
no sentido de que a imposição e a execução da pena são úteis, respectivamente, para intimidar
e neutralizar os criminosos.
GAB: ERRADO
a) Teoria Absoluta: visa apenas retribuir o mal provocado pelo agente. É o caso da
questão, já explicado pelos colegas.
- Prevenção Especial: visa o condenado. Será Negativa (intimidando o agente para que
não cometa novos crimes) e Positiva (visa a ressocialização do condenado).
a) vítimas omissas.
b) vítimas falsas.
c) pseudovítimas.
d) vítimas latentes.
e) vítimas atuantes.
GAB: LETRA D
Buscam incansavelmente a reparação judicial pelos danos sofridos ou a punição dos autores,
comunicando o fato criminoso às autoridades públicas. Trata-se de vítimas
a) incansáveis.
b) desatentas.
c) conscientes.
d) persistentes.
e) atuantes.
GAB: LETRA E
a) secundária.
b) primária.
c) terciária.
d) quaternária.
e) quintenária.
GAB: LETRA B
A teoria justificacionista absoluta concebe a pena como uma finalidade em si mesma, por
caracterizar a pena pelo seu intrínseco valor axiológico.
GAB: C
"São teorias absolutas todas aquelas doutrinas que concebem a pena como um
fim em si própria,ou seja, como 'castigo' 'reação', 'reparação', ou ,ainda,'retribuição' do
crime, justificada por seu intríseco valor axiológico.
Esse trecho foi retirado do livro Direito e Razão ( pág:204) de Luigi Ferrajoli
Teoria desenvolvida pelo sociólogo americano Edwin Sutherland, que cunhou a expressão “ white
colar crimes ” para definir autores de crimes específicos, que se diferenciavam de criminosos
comuns, afirmando, ainda, que o comportamento criminoso é aprendido, nunca herdado. Trata-
se da teoria
a) do neorretribucionismo.
b) crítica.
c) da associação diferencial.
d) do labelling approach.
e) radical.
GAB: LETRA C
III – A teoria do etiquetamento, idealizada por Howard Becker, defende que o sistema penal é
seletivo quanto ao estabelecimento da população criminosa, proporcionando que a lei penal
recaia com maior ênfase apenas sobre determinadas camadas da população, geralmente
camadas marginalizadas pela sociedade.
V – Lombroso desenvolveu a teoria do criminoso nato, indivíduo que seria predisposto à prática
delituosa em razão de características antropológicas. Ferri fundamentava a responsabilidade
penal na convivência social, afastando a tese do livre arbítrio. Garofalo idealizou a teoria da
seleção natural, segundo a qual os criminosos irrecuperáveis deveriam ser afastados do convívio
social pela deportação ou pela morte.
a) I e IV.
b) I e V.
c) II e III.
d) II e IV
e) III e V.
GAB: LETRA E
A assertiva contida no item (I) está errada. Embora o objeto da criminologia seja uma questão bastante
controvertida, há um consenso de que tem por objeto de estudo ao menos quatro pontos fundamentais: o
delito, o delinquente, a vítima e o controle social. A afirmação feita no item (II) da questão está errada. A teoria
da desorganização social, ligada à Escola de Chicago, reputa como causa da criminalidade a alteração do
ambiente urbano por meio de processos de urbanização descontrolada, o que faz com que as instituições sociais
e estatais deixem de alcançar o indivíduo, que passa a aprender e tolerar lidar com a prática criminosa. A
assertiva contida no item (III) está correta. A afirmação feita no item (IV) está errada. A Vitimização Secundária
é consubstanciada pela falta de comprometimento dos órgãos responsáveis pela persecução penal em relação à
vítima (abandono). Disso decorre o fenômeno conhecido por "sobrevitimização", que é o dano adicional causado
à vítima de crime provocado pela própria mecânica da justiça penal formal. Ocorre após o cometimento do
crime, já na fase em que problemas psicológicos passam a se agravar na vítima, tornando, assim, mais agudos
os problemas físicos e materiais por ela já suportados na fase anterior da vitimização. A “sobrevitimização" é
mais sensível em crimes contra os costumes, crimes sexuais, crimes contra criança e adolescente, crimes contra
a mulher etc, pois afetam a reputação e auto-estima dessas pessoas. A afirmação contida no item (V) está
correta.
Assinale a alternativa que contém os nomes dos precursores da vitimologia do século XX.
GAB: LETRA A
Quando a vítima, em decorrência do crime sofrido, não encontra amparo adequado por parte
dos órgãos oficiais do Estado, durante o processo de registro e apuração do crime, como, por
exemplo, o mau atendimento por um policial, levando a vítima a se sentir como um “objeto” do
direito e não como sujeito de direitos, caracteriza
b) vitimização secundária.
c) vitimização terciária.
d) vitimização quaternária.
e) vitimização primária.
GAB: LETRA B
GAB: LETRA C
A ideia da prevenção especial negativa compreende a pena (intimidação ou segregação) como o meio de
neutralizar a superveniência de eventual ação delitiva por parte daquele que delinquiu anteriormente. Seu
escopo é, portanto, o de prevenir a reincidência delitiva.
Resposta: C
b) de consenso e de conflito.
c) positiva e refletiva.
d) negativa e refletiva.
e) social e comportamental
GAB: LETRA B
a) provocada pelo cometimento do crime e pela conduta violadora dos direitos da vítima,
proporcionando danos materiais e morais, por ocasião do delito.
d) que ocorre no meio social em que vive a vítima e é causada pela família, por grupo de
amigos etc.
GAB: LETRA E
Ex: com o mesmo exemplo, a vitimização terciária pode ser as eventuais brincadeiras que
vizinhos façam com a vítima acerca do ocorrido.
a) etiologia criminal.
b) criminogênese.
c) criminologia.
d) fenomenologia criminal.
e) sociologia criminal.
GAB: LETRA D
GAB: ERRADO
GAB: LETRA D
Césare Lombroso (1835 - 1909) - Escola Positivista - defendia a idéa do criminoso nato,
autor da Obra: O Homem Delinquente. Teve um papel fundamental para a Criminologia.
Considerando que, para a criminologia, o delito é um grave problema social, que deve
ser enfrentado por meio de medidas preventivas, assinale a opção correta acerca da
prevenção do delito sob o aspecto criminológico.
a) A transferência da administração das escolas públicas para organizações sociais
sem fins lucrativos, com a finalidade de melhorar o ensino público do Estado, é uma das
formas de prevenção terciária do delito.
b) O aumento do desemprego no Brasil incrementa o risco das atividades delitivas,
uma vez que o trabalho, como prevenção secundária do crime, é um elemento dissuasório,
que opera no processo motivacional do infrator.
c) A prevenção primária do delito é a menos eficaz no combate à criminalidade, uma
vez que opera, etiologicamente, sobre pessoas determinadas por meio de medidas
dissuasórias e a curto prazo, dispensando prestações sociais.
d) Em caso de a Força Nacional de Segurança Pública apoiar e supervisionar as
atividades policiais de investigação de determinado estado, devido ao grande número de
homicídios não solucionados na capital do referido estado, essa iniciativa consistirá
diretamente na prevenção terciária do delito.
e) A prevenção terciária do crime consiste no conjunto de ações
reabilitadoras e dissuasórias atuantes sobre o apenado encarcerado, na
tentativa de se evitar a reincidência.
GAB: LETRA E
GAB: ERRADO
De todas as teorias sociológicas, temos que a escola clássica (etapa pré científica da
criminologia) e a teoria do conflito NÃO SÃO ESCOLAS ETIOLÓGICAS, ou seja, não
estudam as causas de um crime.
GAB: ERRADO
Labelling approach
No tocante à temática da prevenção da infração à lei penal, é correto afirmar que a prevenção
GAB: LETRA C
1) Formas de Prevenção:
a) Primária – Antes; está voltada à segurança e qualidade de vida, atuando na área
da educação, emprego, saúde e moradia (Criminologia da Prevenção);
b) Secundária – Durante; políticas legislativas e ações policiais;
c) Terciária – Depois; prevenção orientada a ressocialização à população carcerária.
2) Pena (em sentido amplo pode ser compreendida como conseqüência
jurídica pela prática de um crime ou contravenção):
a) Teoria Absoluta da Pena (marca – retribuição)
i) Pena é entendida como mera retribuição:
a. Kant – retribuição moral;
b. Hegel: retribuição jurídica.
ii) Criticas as dirigida às teorias relativas:
a. Instrumentalização do indivíduo;
b. Violação da dignidade humana.
b) Teorias Relativas (preventivas – marca utilidade)
a. Prevenção Geral (Incide sobre a generalidade das pessoas):
i. Negativa ou intimidatória: atua
no processo de coação psicológica do indivíduo (Direito Penal do Terror);
ii. Positiva ou integradora: reforça
a fidelidade no direito (Jakobs – Direito Penal do Inimigo).
b. Prevenção Especial (Incide sobre o indivíduo):
i. Positiva: tem a finalidade de
correção e ressocialização do criminoso;
ii. Negativa: isolamento ou
inoculação do criminoso (forma de inibir a reincidência, unicamente através da segregação
do delinquente).
c) Teorias Unitárias:
a. Retributivas: justificam a pena a partir da idéia de retribuição;
b. Preventivas: justificam a pena a partir das idéias de prevenção geral e especial.
Ao longo dos anos, verificou-se, por meio dos estudos da criminologia, que a vítima sempre foi
deixada em um segundo plano; a contar do momento em que o Estado monopolizou a
distribuição da justiça, a vítima foi esquecida. Como contraponto desses estudos, o Brasil
elaborou algumas leis que priorizam a vítima, dentre elas, pode-se citar:
a) a Lei n.º 11.923/09, que criou a figura do sequestro relâmpago (§ 3.º do art. 158 do CP).
b) a Lei n.º 11.690/08, que vedou a utilização de provas ilícitas no processo penal (art. 157 do
CPP).
c) a Lei n.º 11.343/06, que instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas.
GAB: LETRA E
GAB: LETRA B
GAB: LETRA E
GAB: CERTO
APONTAMENTO:
TEORIAS CONSENSUAIS:
-- > Escola de Chicago
-- > Teoria da Anomia
-- > Teoria da Associação Diferencia
-- > Teoria da Subcultura Delinquente
TEORIAS CONFLITIVAS:
-- > Teoria do Etiquetamento
-- > Teoria Marxista
a) Ficou consagrada nos Estados Unidos com a obra Delinquent Boys, de Albert Cohen.
d) Sua recepção no Brasil teve ressonância principalmente nos estudos das tribos indígenas e
suas relações criminosas.
c) indica que os presos devem ser organizados de acordo com seu nível de risco.
GAB: LETRA C
b) mark system.
c) panoptismo.
d) cifra negra.
e) less eligibity.
GAB: LETRA E
c) Há distinção entre panoptismo e sistema panóptico, sendo que este último apenas pode ser
operado via instâncias disciplinadoras oficiais do Estado, como as escolas e prisões.
d) O monitoramento eletrônico de presos, via colocação de tornozeleiras eletrônicas
com SIM Cards, é exemplo de panoptismo, cuja função de vigilância é exercida com
auxílio de um software de georrastreamento.
GAB: LETRA D
b) Para o marxismo, delinquente é o indivíduo pecador que optou pelo mal, embora pudesse
escolher pela observância e pelo respeito à lei.
d) Para a criminologia clássica, criminoso é um ser atávico, escravo de sua carga hereditária,
nascido criminoso e prisioneiro de sua própria patologia.
e) A criminologia e o direito penal utilizam os mesmos elementos para conceituar crime: ação
típica, ilícita e culpável.
GAB : C
Escola Correcionalista
(de grande influência na América espanhola), para a qual o criminoso era um
ser inferior e incapaz de se governar por si próprio, merecendo do Estado uma
atitude pedagógica e de piedade.
Registre-se, por oportuno, a visão do marxismo, que entendia o criminoso como
vítima inocente das estruturas econômicas.
O estudo atual da criminologia não confere mais a extrema importância dada ao
delinquente pela criminologia tradicional, deixando-o em plano secundário de
interesse.
ESCOLA CORRECIONALISTA
Também chamada de Correcionalismo Penal, surgiu na Alemanha, em 1839, com Karl
David August Röeder.
Surgiu de forma inovadora e revolucionária, afirmando que a pena tem a finalidade de
corrigir a injusta e perversa vontade do criminoso e, assim, não pode ser fixa e
determinada. A pena deve ser indeterminada e passível de cessação somente
quando tornar-se prescindível.
O fim da pena seria a prevenção especial. O direito de punir os delitos deveria ser utilizado
pelo Estado com fins terapêuticos, reprimindo e curando.
QUESTÃO MPE SC 2016
O minimalismo, enquanto movimento crítico ao sistema de justiça penal, foi concebido com a
proposta de supressão integral do sistema penal por outras instâncias de controle social. Em
sentido oposto, revelou-se o movimento “Lei e Ordem”, que reconhecia no direito penal máximo
o instrumento primordial à resolução dos problemas que afligem a sociedade.
GAB: ERRADO
A Justiça Restaurativa:
a) propõe o crime como ato que viola a norma estatal, considerando a pena como reação
correta à conduta delitiva;
b) centraliza no Estado o papel definidor do tipo penal, cabendo a ele a atribuição da sanção
segundo a norma instituída;
c) pensa o crime pelo viés comutativo na atribuição de pena proporcional ao mal praticado,
considerando o processo intimidatório como primordial no controle da conduta do infrator;
d) considera a infração pela lógica distributiva, destinando serviços e benefícios a cada infrator
de forma desigual, visando recuperar o infrator e reintegrá-lo à sociedade;
GAB: LETRA E
GAB: LETRA B
a) Escola de Chicago
b) Escola de Paris
c) Escola de Roma
d) Terza Scuola
e) Escola de Santiago
GAB: LETRA A
Os primeiros estudos sobre a vitimologia datam de 1901, tendo como, estudioso do assunto,
a) Hans Gross.
b) Enrico Ferri.
c) Francesco Carrara.
d) Adolphe Quetelet.
e) Cesare Bonesana.
GAB: LETRA A
Hans Gross, no ano de 1901, na Alemanha, tratou sobre a credulidade das vítimas de
fraude. Mas a doutrina é uníssona ao afirmar que a vitimologia surgiu com Benjamin
Merthon (considerado o pai da disciplina).
a) da anomia.
b) da associação diferencial.
c) da subcultura delinquente.
d) da ecologia criminal.
GAB: LETRA E
c) Paul Topinard e divulgada internacionalmente por Cesare Bonesana, em sua obra intitulada
Dos delitos e das penas.
d) Cesare Lombroso e divulgada internacionalmente por Adolphe Quetelet, em sua obra
intitulada O homem médio.
GAB: LETRA E
O modelo de panóptico não foi criado por Foucault. Foi um modelo pensado por Jeremy
Benthan, um dos reformadores. O panóptico de Benthan é uma figura arquitetural formada
pela composição de um anel periférico e de uma torre central. No centro da torre ficariam
os guardas e as celas são vazadas, ou seja, permitem a visualização total do seu interior
por meio dessa torre central.
É um esquema arquitetônico que permite a vigilância constante, assim, evita massas
compactas e zonas de invisibilidade, pois a torre visualiza o anel, mas o inverso não ocorre,
permitindo ver sem ser visto, gerando uma garantia da ordem.
No panóptico, há a indução a um estado consciente de vigilância. Quando você está sob
vigilância você se priva de praticar alguns atos que são considerados inadequados
socialmente. Dessa forma, aplicando-se a prisão, é possível vigiar o detento, ainda que não
tenha tantas pessoas observando, pois a simples sensação de vigilância faz com que seja
mantido um padrão de conduta. É uma forma de economizar recursos e aperfeiçoar o
processo de vigilância.
Assim, mesmo que não tenha ninguém na torre o efeito da vigilância será mantido, pois
quem está no anel não vê quem está dentro da torre de modo que mesmo que não haja
ninguém na torre o efeito de vigilância é permanente.
Onde se usa o panóptico? Originalmente, na prisão, para a qual ele foi pensando com o
objetivo de diminuir custos e aumentar a eficácia. Porém, esse
modelo se espalhou para toda sociedade, sendo usado, não só nas prisões, como nas
fábricas,
escolas, hospitais.
O panóptico é visibilidade. Assim, o avanço tecnológico tornou obsoleto o modelo
arquitetônico, mas o panóptico permanece no modelo de vigilância contínuo que é
despersonalizado, ou seja, consigo sentir a vigilância enquanto poder, mas não consigo
verifica-la. Têm-se câmeras, então não se precisa mais das torres.
EM SUMA: Hoje, não precisa ser a torre, basta ser um lugar do qual é possível observar
todo o espaço no qual os outros se encontram. Exemplo: tablado mais alto em sala de
aula, câmeras de vigilância, monitoramento eletrônico de presos.
QUESTÃO IESES 2017
Edmund Locard, nascido na França no ano de 1877, trabalhava como médico legista em Lyon,
além de ter labutado por muitos anos com o professor e criminologista Alexandre Lacassagne.
Em 1910, ele fundou um laboratório de pesquisas forenses, no qual notabilizou-se com a
divulgação de uma teoria ou princípio que asseverava a ideia de que todo indivíduo ou objeto
que adrentre a um local de crime acaba levando consigo parte daquele local e deixando alguma
coisa nele quando parte. Esse princípio é conhecido como:
GAB: LETRA C
c) Escola Positiva.
d) Escola Clássica.
e) Escola Tradicional.
GAB: LETRA A
A Terza Scuola Italiana, cujos expoentes foram Manuel Carnevale, Bernardino Alimena e
João Impallomeni, fixou os seguintes postulados criminológicos:
a) distinção entre imputáveis e inimputáveis;
b) responsabilidade moral baseada no determinismo (quem não tiver a capacidade
de se levar pelos motivos deverá receber uma medida de segurança);
c) crime como fenômeno social e individual;
d) pena com caráter aflitivo, cuja finalidade é a defesa social. (Grifamos)
Fonte: Penteado Filho, Nestor Sampaio Manual esquemático de criminologia /
Nestor Sampaio Penteado Filho.
Uma das primeiras classificações, de forma sintética, da vítima em grupos, quanto à sua
participação ou provocação no crime foi: vítima inocente, vítima provocadora e vítima agressora,
simuladora ou imaginária. Essa classificação é atribuída a:
a) Cesare Lombroso.
c) Benjamim Mendelsohn.
d) Kurt Schneider
e) Hans Gross.
GAB: LETRA C
O precursor da vitimologia, Benjamin Mendelsohn, foi quem elaborou uma das primeiras classificações acerca da
tipologia das vítimas que pode ser apresentada da seguinte maneira:
1 - vítima inocente: é aquela que em nada contribuiu para a prática do delito que lhe causou dano;
2 - vítima provocadora: é aquela que tem uma conduta incitadora do crime ao qual foi submetido;
3 - vítima agressora, simuladora ou imaginária: é aquela que, deveras, não é vítima, mas um pseudo-vítima, a
qual sofre os danos decorrentes do exercício da legítima defesa da pessoa que ela agride originariamente.
Resposta: C
A autorrecriminação da vítima pela ocorrência de um crime, por meio da busca por causas que,
eventualmente, tornaram-na responsável pelo delito, é denominada.
a) homovitimização.
b) heterovitimização
c) vitimização primária.
d) vitimização secundária
e) vitimização terciária
GAB: LETRA B
Trata-se das funções não declaradas da pena, que ampliam a ameaça punitiva para
satisfazer a demanda social de castigo. A norma penal não se dirige estritamente à sua
aplicação, senão que segue encaminhada aos possíveis eleitores e a opinião pública em
geral, para demonstrar que os governantes fazem algo contra o delito, procurando
tranquilizar a sociedade mediante a ideia de uma eficaz atuação preventiva do Estado.
b) esquerda punitivista.
GAB: LETRA D
a) Funções penais transcendentes: São aquelas em que a função do direito penal vai
além do que deveria, não se servindo de fato à proteção dos bens jurídicos relevantes, ou
a fins sociais, o que lhe confere legitimação. Mas servindo, por outro lado, a fins
transcendentes de índole religiosa, metafísica, moralista ou ideológica.
c) movimento de lei e ordem: Surgiu em nova York, e reclama uma atividade estatal
mais intensa, por meio dos mecanismos formais de resposta ao crime através do direito
penal, pois acredita ser este o único meio capaz de combater a criminalidade crescente,
está atrelado á política de tolerância zero - foi adotado em vários países da Europa.
Pequenos delitos, devem ser punidos com máximo rigor. Nesse sistema há uma hipertrofia
do direito penal, que perde seu carater subsidiário. Há um excesso de rigor penal tanto na
tipificação dos delitos, quanto na sua aplicação, e forma de execução.
Palavras chaves: Limpeza humana; tolerância zero; diminuição dos poderes do
juiz.
APONTAMENTO:
PRISIONIZAÇÃO: O ser humano ao ser condenado à pena de reclusão, não perde
somente o direito de exercer livremente suas ações e passa, então, a incorporar uma
série de normas que lhe são impostas, passando a fazer parte de um novo
contexto social, levando-o a lidar com diferentes aspectos da vida na prisão. Segundo o
professor Alvino Augusto de Sá (1998), um dos problemas enfrentados pelos sentenciados
a pena privativa de liberdade, é a prisionização e seus efeitos.
O sistema prisional é um órgão falido, apodrecido e as formas na qual o convívio social são
compartilhadas na prisão, faz com os indivíduos que já produziu a violência, reproduza-a
de forma mais ofensiva, pois de acordo como os autores, a prisão é um local não só de
exercício da violência, como também, de sua produção e reprodução, ela
danifica,vulnerabiliza o individuo, destrói toda sua dignidade humana.
[in https://www.recantodasletras.com.br/artigos/748179]
APONTAMENTO:
CARRARA
BECARRIA
FEURBACH
ESCOLA POSITIVA
LFG
LOMBROSO
FERRI
GAROFALO
b) A injúria racial impede a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de
direitos.
d) A despeito do grande número de pessoas negras presas no Brasil, não se pode afirmar que
o sistema penal brasileiro atue de forma discriminatória em virtude dos princípios constitucionais.
GAB: LETRA C
b) A injúria racial impede a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva
de direitos (o racismo – tipicamente – impede, a injúria racial, não).
d) A despeito do grande número de pessoas negras presas no Brasil, não se pode afirmar
que o sistema penal brasileiro atue de forma discriminatória em virtude dos princípios
constitucionais (sim, se pode afirmar; porém, é uma questão mais polêmica,
aparentemente baseada na opinião do autor/examinador).
e) Apesar da previsão constitucional de imprescritibilidade do crime de racismo, sua
aplicação prática é inócua diante da falta criminalização primária dos crimes de
racismo (a prática de racismo está, sim, tipificada no código penal e em legislações
extravagantes; isso é criminalização primária).
GAB: LETRA A
GAB: LETRA C
Item (A) - Em síntese, a concepção da escola clássica é a de que o crime é um ente jurídico na medida em que
decorre da infração a uma norma estatal que, por sua vez, visa proteger seus súditos. Por esse modelo, é o
soberano que resolve o conflito, aplicando a sanção governamental pelo crime praticado. Segundo a escola
clássica, a responsabilização do infrator, perante o Estado e seus órgãos de persecução e de Justiça, advém do
mau uso de seu livre arbítrio.
Item (B) - O modelo ressocializador de reação ao crime rechaça o enfoque puramente punitivo do direito penal.
Para esse modelo, o sistema penal deve dar ênfase a intervenções de natureza reeducativas, tendo por foco a
pessoa do delinquente e, como o próprio nome indica, a sua ressocialização.
Item (C) - O modelo integrador de reação ao delito busca a flexibilização da atuação estatal por compreender
que o crime é um conflito interpessoal. Por esse modelo, a solução do conflito seria obtida pelos próprios
envolvidos, mediante a composição, a conciliação, a mediação com ênfase na reparação à vítima.
Item (D) - O modelo dissuasório de reação ao crime propõe o incremento do ius puniendi, do aparato repressor
e dá ênfase ao caráter retributivo da pena. O modelo que busca facilitar o retorno do infrator à sociedade é o
modelo ressocializador, que defende que o sistema penal não apenas puna o infrator mas lhe ofereça educação,
trabalho e outros mecanismos para que se reinsira positivamente na sociedade.
Item (E) - O modelo integrador de reação ao delito visa favorecer a solução dos conflitos gerados pela prática do
delito por meios mais flexíveis, retirando a ênfase ao ius puniendi, típica do modelo dissuasório. O modelo
integrador confere protagonismo à vítima e ao autor do delito e propicia a auto-composição do conflito,
mediante à conciliação e à mediação, dando muita relevância à reparação dos danos causados à vítima.
Resposta: A alternativa (C) está correta.