Uma Visita À Ombala Ndala Kandumbu: Contribuição para A Historiografia Dos Reinos Ovimbundu
Uma Visita À Ombala Ndala Kandumbu: Contribuição para A Historiografia Dos Reinos Ovimbundu
Uma Visita À Ombala Ndala Kandumbu: Contribuição para A Historiografia Dos Reinos Ovimbundu
ISSN: 2664-259X
ISSN-L: 2664-259X
[email protected]
Universidade Rainha Njinga a Mbande
Angola
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Resumo: Este trabalho apresenta uma investigação prática que se fez na Ombala
Revista angolana de ciências, vol. 3, núm. Kandumbu para contribuir na construção da Historiografia dos reinos Ovimbundu,
1, 2021
através da liderança dos seus sobados, nomeadamente, Nondolo, Ndala Kandumbu,
Universidade Rainha Njinga a Mbande, Jaime Santos (colaborador dos brancos sem poder), Kacikwalula, Yulembi e Semente.
Angola Tal como aconteceu com as outras, a Ombala também conheceu a invasão e a ocupação
Recepción: 15 Enero 2021 portuguesa durante o século XX. A relevância do Penedo de Kandumbu consiste em dar
Aprobación: 15 Abril 2021 a conhecer e valorizar a História Local da Província do Huambo, de Angola, de África
e Universal, cujo enquadramento pode ser feito nas disciplinas de História de África,
DOI: https://doi.org/10.54580/
R0301.07 História de Angola, História Cultural, Tradição Oral e Culturas Africanas, Arqueologia
e Prática de Arqueologia, entre outras. É ipso facto que depois da Conferência de Berlim
Redalyc: https://www.redalyc.org/ em 1884-1885, tendo em conta o princípio de ocupação efectiva, isto é, a norma que
articulo.oa?id=704173348007
obrigou os portugueses a ocuparem o interior de Angola, para o caso da Província do
Huambo aconteceu no início do século XX, mais precisamente em 1902, o que significa
que a ombala em referência também foi ocupada durante o século XX, pois, a mesma faz
parte da Província do Huambo.
Palavras-chave: História, Requisitos, Kandumbu e Ocupação Portuguesa.
Resumen: Este trabajo presenta una investigación práctica realizada en Ombala
Kandumbu para contribuir a la construcción de la Historiografía de los reinos de
Ovimbundu, a través del liderazgo de sus sobados, a saber, Nondolo, Ndala Kandumbu,
Jaime Santos (colaborador de los blancos impotentes), Kacikwalula, Yulembi y Seed. Al
igual que los demás, el ombala también experimentó la invasión y ocupación portuguesa
durante el siglo XX. La relevancia del Penedo de Kandumbu consiste en dar a conocer
y valorar la Historia Local de la Provincia de Huambo, Angola, África y Universal,
cuyo encuadre se puede realizar en las disciplinas de Historia Africana, Historia de
Angola, Historia Cultural, Tradición Oral y Culturas Africanas, Arqueología y Práctica
de Arqueología, entre otras. Es ipsus factus que luego de la conferencia de Berlín en
1884-1885, tomando en cuenta el principio de ocupación efectiva, es decir, la norma que
obligó a los portugueses a ocupar el interior de Angola, para el caso de la provincia de
Huambo sucedió al principio del siglo XX, más precisamente en 1902, lo que significa
que el ombala en referencia también fue ocupado durante el siglo XX, por ser parte de
la provincia de Huambo.
Palabras clave: Historia, Requisitos, Kandumbu y Ocupación portuguesa.
Abstract: is work presents a practical research that was conducted at Ombala
Kandumbu to contribute to the construction of the Historiography of the kingdoms
Ovimbundu, through the leadership of its chiefman, namely, Nondolo, Ndala
Kandumbu, Jaime Santos (powerless collaborator of the whitemen), Kacikwalula,
Yulembi and Semente. Similarly to others, Ombala has also experienced the Portuguese
invasion and occupation during the 20th century. e relevance of Kandumbu's
boulder, consists in making known and valuing the Local History of Huambo Province,
Angola, Africa and Universal, which can be framed in the disciplines of African History,
History of Angola, Cultural History, Oral Tradition and African Cultures, Archaeology
and Practical Archaeology, among others. It is ipsus factus that only aer the Berlin
conference in 1884-1885, taking into account the principle of effective occupation,
that forced the Portuguese to occupy the interior of Angola, for the case of Huambo
Province, happened at the beginning of the 20th century, more precisely in 1902, which
means the aforementioned Ombala was also occupied during the 20th century, as it is
part of Huambo Province.
Keywords: History, Requisite, Kandumbu and Portuguese Occupation.
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
Imagem nº 1
A pedra Kandumbu, o centro da ombala
João Sicato Kandjo (2017).
Imagem nº 2
O pilar branco foi construído depois dos portugueses conquistarem a ombala.
João Sicato Kandjo (2017).
153) considerou que as resistências tenham sido enérgicas, mas elas foram
barbaramente desmanteladas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O dever de registar a nossa própria história aos poucos tem dado passos
significativos e os diversos investigadores da actualidade têm esta missão.
A missão de deixar um legado às gerações futuras através dos seus textos.
O Penedo de Kandumbu registado pelo autor é de facto a
demonstração do interesse pela História Local. Pensou-se por bem
terminar este trabalho com alguns pontos a reter, descritos de seguida:
As principais fontes que nos restam sobre essa ombala são
fundamentalmente as bibliotecas vivas e os vestígios que esses grandes
homens deixaram, como os fósseis que estão bem conservados nos
seus “Akokotos”, mas também, embora seja difícil, encontram-se alguns
documentos escritos, como aqueles que se usou neste trabalho.
Consequentemente, acredita-se que este artigo servirá de ponto de partida
para muitos que pretendam escrever sobre esta realidade.
É ponto assente que a África, Huambo e Kandumbo têm História
desde o período anterior à presença colonial.
Os habitantes de Kandumbu pertencem ao grupo etnolinguístico
Umbundu, do grupo Ovimbundu, localizados fundamentalmente nas
Províncias de Huambo, Benguela, Kwanza Sul, Bié, Namibe e Huíla. E os
Ovimbundu percentem ao grupo maior que se chama Bantu. Instalaram-
se, provavelmente, em 943 a. C. Porém, a construção dos seus reinos
começou apenas no século XIII d. C. Por fim, ocuparam todo centro e sul
de África. Angola encontra-se no centro e sul do continente africano e o
Huambo no centro e sul de Angola. Portanto, os habitantes e construtores
do Reino Wambu, Mbalundu, Galangi, Vyé, Kandumbu e outros são
precisamente Bantu.
Kandumbu foi o segundo soberano, e marcou significativamente a
resistência do Sul pelas diversas lutas que travou contra os portugueses
durante o século XX. Em homenagem as grandes lutas durante o seu
mandato, foi atribuído o seu nome as pedras que compõem a ombala,
hoje considerado como monumento histórico. Importa dizer que o centro
de Angola (Huambo, de forma particular Kandumbu) só conheceu a
presença portuguesa no século XX depois da realização da Conferência
de Berlim, em 1884-1885, que determinou a ocupação efectiva do
continente africano, em geral.
A sucessão ao trono obedecia ao sistema matrilinear, parecido ou igual
ao que foi característico no Reino do Khongo. Até nos dias de hoje a
linhagem continua. Desta forma até 2017-2018, altura que fizemos a
última visita, registou- se seis (6) soberanos desde a fundação da ombala,
nomeadamente: Nondolo, Ndala Kandumbu, Jaime Santos, Kacikwalula,
Yulembi e Semente, mais quatro sobas que vêm a seguir.
Alguns sobas modernos destacam-se, como: Soba Fiel Cahala, Abel
Kafuloma, Martinho Cawema e Casimiro Pakissi (actual soba de Ndala
Kandumbu). Por fim, A visita a esta ombala, obedece às ordens internas,
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Notas