Uso Da IA Como Ferramenta para o Sistema de Movimentação de Pessoal Do Exército Brasileiro

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ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO

ESCOLA MARECHAL CASTELLO BRANCO

Cel Art CARLOS ALBERTO CAMPOS CASTILHO

O uso da Inteligência Artificial (IA) como ferramenta


para o Sistema de Movimentação de Pessoal do
Exército Brasileiro (EB): parâmetros a serem
empregados na sua estruturação

Rio de Janeiro

2022
Cel Art CARLOS ALBERTO CAMPOS CASTILHO

O uso da Inteligência Artificial (IA) como ferramenta para o


Sistema de Movimentação de Pessoal do Exército
Brasileiro (EB): parâmetros a serem empregados na sua
estruturação

Policy Paper apresentado à Escola de


Comando e Estado-Maior do Exército, como
requisito parcial para a obtenção do título de
Especialista em Ciências Militares, com
ênfase em Política, Estratégia e Alta
Administração Militar.

Orientador: Cel Art R1 Wanderley Monteagudo Rasga Junior

Rio de Janeiro
2022
C352u Castilho, Carlos Alberto Campos

O uso da Inteligência Artificial (IA) como ferramenta para o


Sistema de Movimentação de Pessoal do Exército Brasileiro (EB):
parâmetros a serem empregados na sua estruturação. / Carlos
Alberto Campos Castilho.一2022.
42 f. : Il. ; 30 cm

Orientação: Wanderley Monteagudo Rasga Junior


Policy Paper (Especialização em Política, Estratégia e Alta
Administração Militar)一Escola de Comando e Estado-Maior do
Exército, Rio de Janeiro, 2022.
Bibliografia: .f 40-42

1. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL. 2. MOVIMENTAÇÃO DE


PESSOAL. I. Título.
CDD 355.
Cel Art CARLOS ALBERTO CAMPOS CASTILHO

O uso da Inteligência Artificial (IA) como ferramenta para o Sistema de


Movimentação de Pessoal do Exército Brasileiro (EB): parâmetros a
serem empregados na sua estruturação

Policy Paper apresentado à Escola de Comando e


Estado-Maior do Exército, como requisito parcial para a
obtenção do título de Especialista em Ciências Militares,
com ênfase em Política, Estratégia e Alta Administração
Militar.

Aprovado em ___ / ___ / 2022.

COMISSÃO AVALIADORA

__________________________________________________
WANDERLEY MONTEAGUDO RASGA JUNIOR – Cel Art R1
Presidente

___________________________________________
LUIZ HENRIQUE PEDROZA MENDES - Cel Com R1
Membro

__________________________________________
SERGIO WILTON LOPES DE BARROS - Cel Inf R1
Membro
RESUMO EXECUTIVO

Este Policy Paper tem por finalidade levantar os parâmetros a serem utilizados na
estruturação da Inteligência Artificial como ferramenta para movimentação de
subtenentes e sargentos de carreira do Exército Brasileiro, bem como o peso que
deve ser dado a cada um desses parâmetros. Para melhor compreensão do
assunto, foi necessário dividir o trabalho em partes – cada uma com um objetivo
específico – as quais se complementam para o entendimento do tema em questão.
Na introdução, é descrita a necessidade de racionalização dos recursos humanos,
reduzindo o efetivo do Exército Brasileiro em 10% até 2030, bem como a busca
constante pela atualização dos sistemas corporativos, por intermédio dos meios de
Tecnologia da Informação e Comunicações, o que, no caso da movimentação de
pessoal do Exército, já tem sido feito por meio da Inteligência Artificial denominada
SADMOV. A segunda parte trata da metodologia utilizada, seguida dos assuntos:
Inteligência Artificial; legislação referente à movimentação de pessoal no Exército,
no que tange aos subtenentes e sargentos; informatização existente nos processos
de movimentação do Exército; e os parâmetros e pesos a serem utilizados ma
estruturação da Inteligência Artificial voltada à movimentação. O último capítulo
apresenta uma série de sugestões a serem implementadas na legislação que regula
a movimentação de pessoal no âmbito do Exército, de forma a aprimorar a atividade
em si, bem como a permitir uma melhor estruturação da Inteligência Artificial. O
Policy Paper conclui que o sistema, hoje, existente vem contribuindo para a
racionalização dos recursos humanos da Força, bem como para o incremento do
uso dos meios de Tecnologia da Informação e Comunicações em sistemas
corporativos. Conclui, também, que os parâmetros necessários à estruturação da
Inteligência Artificial para fins de movimentação de pessoal já estão presentes na
legislação que regula o assunto. Por fim, o Exército terá que decidir por um sistema
que somente apóie a decisão da autoridade competente ou um que funcione de
forma totalmente automatizada.

Palavras-chave: Inteligência Artificial; Movimentação de Pessoal.


EXECUTIVE SUMMARY

This Policy Paper aims to raise the parameters to be used in the structuring of
Artificial Intelligence as a tool for moving warrant officers and career sergeants in the
Brazilian Army, as well as the weight that should be given to each of these
parameters. For a better understanding of the subject, it was necessary to divide the
work into parts – each with a specific objective – which complement each other for
the understanding of the subject in question. In the introduction, the need to
rationalize human resources is described, reducing the number of the Brazilian Army
by 10% by 2030, as well as the constant search for updating corporate systems,
through the means of Information and Communications Technology, which, in the
case of the movement of Army personnel, it has already been done through Artificial
Intelligence called SADMOV. The second part deals with the methodology used,
followed by subjects: Artificial Intelligence; legislation regarding the movement of
personnel in the Army, with regard to warrant officers and sergeants; existing
computerization in the Army's movement processes; and the parameters and weights
to be used in the structuring of Artificial Intelligence aimed at movement. The last
chapter presents a series of suggestions to be implemented in the legislation that
regulates the movement of personnel within the Army, in order to improve the activity
itself, as well as to allow a better structuring of Artificial Intelligence. The Policy Paper
concludes that the system, which currently exists, has contributed to the
rationalization of the Force's human resources, as well as to the increase in the use
of Information Technology and Communications in corporate systems. It also
concludes that the parameters necessary for the structuring of Artificial Intelligence
for the purpose of moving personnel are already present in the legislation that
regulates the subject. Finally, the Army will have to decide for a system that only
supports the decision of the competent authority or one that works in a fully
automated way.

Keywords: Artificial Intelligence; Movement of Personnel.


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

1ª Bda AAAe 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea


12º GAAAe Sl 12º Grupo de Artilharia Antiaérea de Selva
AED Ação Estratégica de Defesa
AMAN Academia Militar das Agulhas Negras
AS Ação Sugerida
BDEx Biblioteca Digital do Exército
C Mil A Comando Militar de Área
CAMEx Cadastro Anual de Movimentações de Pessoal
CAO Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais
CAS Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos
CCEM Curso de Comando e Estado-Maior
CDS Centro de Desenvolvimento de Sistemas
CF/1988 Constituição Federal de 1988
CHQAO Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
CM Colégio Militar
CMA Comando Militar da Amazônia
Cmdo Art Ex Comando de Artilharia do Exército
CMSE Comando Militar do Sudeste
COPes Contrato de Objetivos de Pessoal
DAProm Diretoria de Avaliação e Promoções
DCEM Diretoria de Controle de Efetivos e Movimentações
DCT Departamento de Ciência e Tecnologia
DGP Departamento-Geral do Pessoal
E1 Estatuto dos Militares
EASA Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos
EB Exército Brasileiro
EB 30-IR-40.001 Instruções Reguladoras para Aplicação das IG 10-02
ECEME Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
EE Estabelecimento de Ensino
EME Estado-Maior do Exército
END Estratégia Nacional de Defesa
EsAO Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
EsFCEx Escola de Formação Complementar do Exército
ESFCEx Escola de Saúde e Formação Complementar do Exército
FA Forças Armadas
Gen Ex General-de-Exército
Gu Guarnição
Gu Esp Guarnição Especial
IA Inteligência Artificial
IME Instituto Militar de Engenharia
IG Instruções Gerais
IG 10-02 Instruções Gerais para Movimentação de Oficiais e Praças do
Exército
IR Instruções Reguladoras
Loc Esp Localidade Especial
Loc Esp Catg A Localidade Especial Categoria A
Loc Esp Catg B Localidade Especial Categoria B
ODG Órgão de Direção Geral
ODS Órgão de Direção Setorial
OM Organização Militar
OMCT Organização Militar de Corpo de Tropa
OMDS Organização Militar Diretamente Subordinada
PEEx Plano Estratégico do Exército
PlAMoPes Plano Anual de Movimentação de Pessoal
PNR Próprio Nacional Residencial
QMS Qualificação Militar de Subtenentes e Sargentos
R-50 Regulamento de Movimentação para Oficiais e Praças do
Exército
RH Recursos Humanos
SADMOV Sistema de Apoio à Decisão para Movimentações
TIC Tecnologia de Informação e Comunicações
UNB Universidade de Brasília
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - algoritmo da troca de destinos


Figura 2 - algoritmo da economicidade
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 12

2 METODOLOGIA ................................................................................... 14

2.1 TIPO DE PESQUISA ............................................................................ 14

2.2 UNIVERSO E AMOSTRA ..................................................................... 14

2.3 COLETA DE DADOS ............................................................................ 14

2.4 TRATAMENTO DOS DADOS ............................................................... 15

2.5 LIMITAÇÕES DO MÉTODO ................................................................. 16

3 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ................................................................ 16

4 A MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL NO EXÉRCITO BRASILEIRO ... 18

4.1 REGULAMENTO DE MOVIMENTAÇÃO PARA OFICIAIS E PRAÇAS 19


DO EXÉRCITO (R-50) ..........................................................................
4.2 INSTRUÇÕES GERAIS PARA MOVIMENTAÇÃO DE OFICIAIS E 21
PRAÇAS DO EXÉRCITO (IG 10-02) ....................................................
4.3 INSTRUÇÕES REGULADORAS PARA APLICAÇÃO DAS IG 10-02, 23
MOVIMENTAÇÃO DE OFICIAIS E PRAÇAS DO EXÉRCITO (EB 30-
IR-40.001) .............................................................................................
4.4 PERCENTUAIS DE EFETIVOS DE MILITARES DE CARREIRA 24
PREVISTOS PARA O COMPLETAMENTO DE PESSOAL DAS
ORGANIZAÇÕES MILITARES DO EXÉRCITO ...................................
5 A INFORMATIZAÇÃO NOS PROCESSOS DE MOVIMENTAÇÃO 24
DA DIRETORIA DE CONTROLE DE EFETIVOS E
MOVIMENTAÇÕES ..............................................................................
5.1 O SISTEMA DE APOIO À DECISÃO PARA MOVIMENTAÇÕES DA 26
DCEM ...................................................................................................
5.1.1 Algoritmo da Troca de Destinos (Movimentação Temporária) ............. 28

5.1.2 Algoritmo da Economicidade ................................................................ 29

5.1.3 Algoritmo do Cálculo de Utilidade ......................................................... 30


5.1.4 Algoritmo de Avaliação do Universo ..................................................... 31

6 PARÂMETROS E PESOS A SEREM UTILIZADOS NA 32


ESTRUTURAÇÃO DA IA VOLTADA À MOVIMENTAÇÃO, NA
MODALIDADE TRANSFERÊNCIA, DE SUBTENENTES E
SARGENTOS .......................................................................................
6.1 PARÂMETROS A SEREM UTILIZADOS NA ESTRUTURAÇÃO DA 32
IA VOLTADA À MOVIMENTAÇÃO, NA MODALIDADE
TRANSFERÊNCIA, DE SUBTENENTES E SARGENTOS ..................
6.1.1 A Predominância do Interesse do Serviço Sobre o Individual .............. 32

6.1.2 A Continuidade no Desempenho das Funções, a Par da Necessária 33


Renovação ............................................................................................
6.1.3 O Interesse do Militar, Quando Pertinente ............................................ 33

6.1.4 A Racionalização dos Recursos Destinados à Movimentação de 33


Pessoal .................................................................................................
6.1.5 Permitir a Oportuna Aplicação de Conhecimentos e Experiências 34
Adquiridos em Cursos ou Cargos Desempenhados no País ou no
Exterior ..................................................................................................
6.1.6 Vivência Regional ................................................................................. 34

6.1.7 Tempo de Sede .................................................................................... 34

6.1.8 Placar da OM em Relação à Graduação do Militar .............................. 35

6.1.9 Saída de Guarnição de Difícil Recompletamento ................................. 35

6.1.10 Mérito Militar ......................................................................................... 35

6.2 PESOS DOS PARÂMETROS A SEREM UTILIZADOS NA 36


ESTRUTURAÇÃO DA IA VOLTADA À MOVIMENTAÇÃO, NA
MODALIDADE TRANSFERÊNCIA, DE SUBTENENTES E
SARGENTOS .......................................................................................
7 SUGESTÕES ....................................................................................... 37

8 CONCLUSÃO ....................................................................................... 38

REFERÊNCIAS .................................................................................... 40
12

1 INTRODUÇÃO

O mundo vem passando por profundas transformações em decorrência das


grandes evoluções tecnológicas ocorridas nos últimos anos. Neste contexto, vários
processos, que antes eram realizados pelo ser humano, hoje, são informatizados e
não têm ingerência direta do homem.
Da mesma forma, o Exército Brasileiro (EB), ao longo dos últimos anos, vem
passando por uma série de transformações, de modo a alcançar a configuração
estratégica de Força Armada compatível com a estatura do País (BRASIL, 2012).
A Estratégia Nacional de Defesa (END), em sua Ação Estratégica de Defesa
(AED) nº 28, estabelece a necessidade de haver uma adequação dos efetivos do
Setor de Defesa, com base em uma política de racionalização dos recursos
humanos (BRASIL, 2020).
Em 16 de dezembro de 2019, após a tramitação do Projeto de Lei nº
1.645/2019, foi aprovada a Lei nº 13.954, a qual, por intermédio da alteração de
diversas leis, reestruturou a carreira militar e o Sistema de Proteção Social dos
Militares das Forças Armadas (FA) e das polícias militares e corpos de bombeiros
militares (BRASIL, 2019). Para que o supracitado Projeto de Lei obtivesse sucesso
em seu processamento, as FA se comprometeram a reduzir seus efetivos em 10%
(dez por cento) ao longo de 10 (dez) anos.
Na Diretriz do Comandante do Exército 2021-2022, o então Comandante do
Exército, General-de-Exército (Gen Ex) PAULO SÉRGIO NOGUEIRA DE OLIVEIRA,
apresentou, como sua intenção:
A minha intenção é intensificar as ações que tenham por objetivos a
transformação e a modernização do Exército Brasileiro, para que esteja
plenamente inserido e adequado à Era do Conhecimento, bem como
fortalecer a dimensão humana da Força, em especial no que tange ao
contínuo aprimoramento da capacitação profissional-militar, ao culto aos
valores e às tradições e ao apoio à Família Militar, contribuindo, assim, com
a solidez da coesão interna e com a disponibilidade de quadros altamente
qualificados e motivados (BRASIL, 2021, grifo nosso).

Em consonância com o compromisso firmado pelas FA, quando da tramitação


do Projeto de Lei nº 1.645/2019, o Gen Ex PAULO SÉRGIO, em sua Diretriz 2021-
2022 (BRASIL, 2021), estabeleceu, também, que o EB deve prosseguir na busca do
aperfeiçoamento da gestão de pessoal e no Processo de Racionalização da Força,
enfocando, entre outros, a redução de 10 % (dez por cento) do efetivo até 2030; e a
gestão austera dos recursos e os meios de Tecnologia da Informação e
13

Comunicações (TIC), buscando constante atualização dos sistemas corporativos e


das ferramentas tecnológicas.
Em 2022, após assumir o Comando do Exército, em substituição ao Gen Ex
PAULO SÉRGIO, o Gen Ex MARCO ANTÔNIO FREIRE GOMES expediu suas
Diretrizes para o ano de 2022, constando, como sua intenção, dar continuidade às
ações em curso, com ênfase na transformação e na modernização do EB (BRASIL,
2022).
Entre as premissas estabelecidas pelo Gen Ex FREIRE GOMES, em suas
Diretrizes 2022, destaca-se a continuidade do processo de transformação e de
racionalização do EB, dando prosseguimento no processo, por meio da busca de
uma gestão racional e efetiva dos meios disponíveis e do bem público sob
responsabilidade da Força (BRASIL, 2022). Ratificando o já estabelecido por seu
antecessor, o Gen Ex FREIRE GOMES estabeleceu que o EB deve:
24. Prosseguir no Processo de Racionalização da Força, de maneira a
potencializar os resultados entregues à sociedade, enfocando:
a. o judicioso emprego do pessoal militar, de forma a possibilitar a redução
de 10% (dez por cento) do efetivo da Força até 2030;
..........................................................................................................................
f. os meios de Tecnologia da Informação e Comunicações, buscando
constante atualização dos sistemas corporativos e das ferramentas
tecnológicas à disposição da Instituição, de forma ágil e acessível.
..........................................................................................................................
26. Aperfeiçoar a gestão da informação e do conhecimento, com o
objetivo de otimizar os processos decisórios (BRASIL, 2022, grifo
nosso).

Assim, cresce de importância a racionalização do uso dos recursos humanos


da Força, de modo a permitir que se faça até mais do que antes, mas com menor
emprego de pessoal.
A Constituição Federal de 1988 (CF/1988), em seu Art. 142, estabelece as
seguintes atribuições às FA: a defesa da Pátria; a garantia da lei e da ordem; e a
garantia dos poderes constitucionais (BRASIL, 1988). Para tal, são exigidas dos
militares as seguintes servidões: disponibilidade permanente, dedicação exclusiva e
transferências constantes (BRASIL, 2019).
O Regulamento do Departamento-Geral do Pessoal (DGP), Órgão de Direção
Setorial (ODS) incumbido de executar a política de pessoal estabelecida pelo
Estado-Maior do Exército (EME), Órgão de Direção Geral (ODG), estabelece, entre
outras, a competência para planejar, orientar, coordenar e controlar as atividades
relacionadas com efetivos e movimentações (BRASIL, 2016).
14

À Diretoria de Controle de Efetivos e Movimentações (DCEM), Órgão de apoio


técnico-normativo subordinado ao DGP, também de acordo com o Regulamento
daquele ODS (BRASIL, 2016) e conforme seu próprio regulamento, compete, entre
outras, planejar, orientar, coordenar e avaliar as atividades relacionadas com a
seleção e movimentações dos militares, exceto temporários (BRASIL, 2019).
Nesse contexto, surge, entre outros, o uso da Inteligência Artificial (IA), a qual
tem como base a capacidade do software de fazer tarefas de forma automatizada,
realizando, assim, funções que poderiam ser feitas por humanos (STEFANINI,
2022).
O EB, nesta mesma direção, tem introduzido vários sistemas, de modo a
racionalizar a administração e melhorar o desempenho das diversas tarefas
realizadas pela Força.
Na esfera da movimentação de pessoal do Exército Brasileiro, a DCEM já usa,
atualmente, o Sistema de Apoio à Decisão para Movimentações (SADMOV), um
sistema informatizado que, como o próprio nome remete, trata-se de uma ferramenta
de apoio à escolha a ser tomada por um ser humano (BRASIL, 2021).
Verifica-se que na estruturação do algoritmo, ou seja, das instruções que os
computadores devem seguir, como um passo a passo (GINAPE, 2022), do
SADMOV, a DCEM e o Centro de Desenvolvimento de Sistemas (CDS), órgão
subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do EB, responsável
pela criação do referido sistema (NAVES, 2022), valeram-se dos diversos
parâmetros existentes nas normativas referentes à movimentação de pessoal.
Entretanto, em uma primeira análise, estes parâmetros podem ser aprimorados.
Desta forma, o presente projeto de pesquisa buscará levantar os parâmetros a
serem utilizados na estruturação da IA como ferramenta para movimentação de
subtenentes e sargentos de carreira do EB, na modalidade transferência, bem como
o peso que deve ser dado a cada um desses parâmetros.

2 METODOLOGIA

A seguir, a metodologia que foi utilizada no presente Policy Paper será


descrita e classificada. O presente trabalho foi efetuado em duas fases distintas: em
um primeiro momento, direcionou-se a investigação aos parâmetros a serem
15

utilizados na estruturação da IA a partir de uma pesquisa eminentemente


bibliográfica em documentos oficiais, artigos, trabalhos de conclusão de curso,
dissertações e teses disponíveis na rede mundial de computadores, com destaque
para a Biblioteca Digital do Exército (BDEx); em um segundo momento, buscou-se
analisar o peso de cada um dos parâmetros levantados.

2.1 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa pode ser considerada bibliográfica, em razão de abarcar


levantamento bibliográfico e documental, com foco no proporcionar
desenvolvimento, esclarecimento e modificação de conceitos, visando a formulação
de problemas mais precisos que sirvam de suporte para futuros estudos. (GIL, 2008,
p. 27)

2.2 UNIVERSO E AMOSTRA

Em virtude da pesquisa ter sido eminentemente bibliográfica,


metodologicamente não cabe a explanação de universo e amostra, conforme a
metodologia descrita.

2.3 COLETA DE DADOS

A pesquisa bibliográfica foi realizada por meio de consultas em documentos


oficiais, artigos, trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses disponíveis
na rede mundial de computadores, com destaque para a BDEx.

2.4 TRATAMENTO DE DADOS


16

No que tange ao tratamento dos dados, a presente pesquisa foi guiada tendo
como base a análise de conteúdo. O método utilizado possuiu como principais
objetivos, conforme proposto por Gil (2002, p. 77), os seguintes: identificação das
informações e dos dados constantes do material textual obtido; estabelecimento das
relações entre as informações e os dados obtidos com o problema proposto; e, por
fim, analise da consistência das informações.
É importante que seja observado que a leitura das obras coletadas obedeceu,
de acordo com a análise de sua importância para o assunto da pesquisa, o método
preconizado por Gil (2002, p. 77–80), isto é, foram executadas as leituras
exploratórias, seletivas, analíticas e interpretativas das obras monográficas e dos
artigos científicos obtidos. Como instrumento de coleta de dados, foram realizados
os fichamentos das obras coletadas, de maneira a identificá-las, registrar o seu
conteúdo, efetuar o registro dos comentários a seu respeito e ordenar os registros
(GIL, 2002, p. 81).

2.5 LIMITAÇÕES DO MÉTODO

Segundo Gil (2002, p. 45) a pesquisa bibliográfica foi limitada, por possuir:
[...] uma contrapartida que pode comprometer em muito a qualidade da
pesquisa. Muitas vezes, as fontes secundárias apresentam dados coletados
ou processados de forma equivocada. Assim, um trabalho fundamentado
nessas fontes tenderá a reproduzir ou mesmo a ampliar esses erros.

Esta pesquisa se utilizou de trabalhos apresentados à Universidade de Brasília


(UNB), à Escola de Formação Complementar do Exército (EsFCEx), entre outros, o
que foi uma limitação. A fim de minimizar esta limitação, foram utilizadas, para fins
de pesquisa, fontes primárias, como Portarias do EB.

3 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Até o final do século passado, a IA era considerada assunto de filmes de ficção


científica. Pouco tempo se passou, desde então, e, hoje, a IA está cada vez mais
presente no cotidiano de nossas vidas: em nossos smartphones, smart TVs, carros,
17

entre outros. Da mesma forma, a implementação de IA, no mundo corporativo, é


algo cada vez mais presente.
O termo "inteligência artificial" teve sua origem em 1956, no encontro na
Universidade de Dartmouth, em Hanover, Estados Unidos, no qual, entre outros,
estiveram presentes Allen Newell, Herbert Simon, Marvin Minsky, Oliver Selfridge e
John McCarthy. Àquela época, os cientistas Newell, Simon, e J. C. Shaw adotaram o
processamento simbólico, construindo sistemas que trabalhassem com símbolos, ao
invés de sistemas baseados em números. Esta forma de tratar do assunto era
pujante e foi de fundamental importância para os trabalhos que se seguiram
(GINAPE, 2022).
A partir de então, variadas correntes de pensamento em IA têm estudado
diferentes maneiras de fazer com que as máquinas apresentem comportamentos
considerados inteligentes, de modo a compreenderem o ambiente que as cerca
(GINAPE, 2022).
Entretanto, a despeito das discussões sobre o assunto na metade do século
passado, foi somente com a chegada dos avanços tecnológicos ocorrida no início
deste século, sobretudo no domínio computacional, que aquele pensamento
acadêmico pôde, enfim, ser colocado em prática (GONÇALVES, 2020).
De acordo com o dicionário Houaiss (2015), inteligência pode ser definida
como sendo a capacidade de aprender ou compreender, ou seja, a habilidade que
um ser humano possui para chegar a soluções de problemas ou contrapor uma
adversidade, adaptando-se a novas situações. Já artificial é definido como sendo
algo postiço, levando a entender que é algo que foi sintetizado, que não foi a
natureza que produziu.
GONÇALVES (2020), em seu trabalho monográfico apresentado à UNB, define
IA como algo que foi criado pelo homem com capacidade de discernimento, em
diferentes situações, e que pode escolher possíveis soluções para um problema
apresentado.
A IA pode se dividir em várias áreas: sistemas baseados em agentes e
múltiplos agentes; busca; planejamento automatizado; machine learning;
processamento em linguagem natural; representação do conhecimento; raciocínio e
raciocínio probabilístico; e robótica e percepção. Suas aplicações práticas também
são variadas: aplicações de gestão; chatbots e sistemas de tíquetes; assistente
pessoal; mecanismos de segurança; predições; e big data (GONÇALVES, 2020).
18

A IA tem como um dos principais conceitos que a máquina precisa aprender.


Desta forma, qualquer área que produza grande volume de dados que precisem ser
analisados, é uma área elegível para o emprego da IA (GONÇALVES, 2020). Neste
contexto, entra a IA como ferramenta para movimentação de pessoal no EB,
processo que analisa um universo de cerca de 55 (cinquenta e cinco) mil militares de
carreira, a serem alocados em mais de 600 (seiscentas) OM distribuídas pelo País
(BRASIL, 2021).
Ainda neste mister, conforme já abordado neste Policy Paper, a IA tem como
base a capacidade do software de fazer tarefas de forma automatizada, realizando,
assim, funções que poderiam ser feitas por humanos (STEFANINI, 2022). Assim, ao
substituir o elemento humano na realização de determinadas tarefas, a utilização da
IA em diversos processos, como, por exemplo, ferramenta para movimentação de
pessoal pela DCEM, permite que as FA, entre elas o EB, cumpram com o
compromisso firmado, por ocasião da aprovação do Projeto de Lei nº 1.645/2019, de
reduzir seus efetivos em 10% (dez por cento) ao longo de 10 (dez) anos.

4 A MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL NO EXÉRCITO BRASILEIRO

A Constituição Federal de 1988, em seu Art. 142, estabelece as atribuições das


Forças Armadas (BRASIL, 1988), as quais, para o seu cumprimento, exigem, dos
militares, transferências constantes pelo território nacional (BRASIL, 2019).
No âmbito do Exército Brasileiro, a movimentação é regulada, no mais alto
nível, pelo Estatuto dos Militares (E1), Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980
(BRASIL, 1980), pelo Regulamento de Movimentação para Oficiais e Praças do
Exército (R-50), aprovado pelo Decreto nº 2.040, de 21 de outubro de 1996
(BRASIL, 1996), e pelas Instruções Gerais para Movimentação de Oficiais e Praças
do Exército (IG 10-02), aprovada pela Portaria do Comandante do Exército nº 325,
de 6 de julho de 2000 (BRASIL, 2000); e, no âmbito do Departamento-Geral do
Pessoal, pelas Instruções Reguladoras para Aplicação das IG 10-02, Movimentação
de Oficiais e Praças do Exército (EB 30-IR-40.001), aprovadas pela Portaria do
Chefe do DGP nº 47, de 30 de março de 2012 (BRASIL, 2012), e pela Portaria do
Chefe do DGP nº 23, de 31 de janeiro de 2014, que fixa os percentuais de efetivos
19

de militares de carreira previstos para o completamento de pessoal das


Organizações Militares (OM) do Exército (BRASIL, 2014).
Assim, os parâmetros a serem utilizados na estruturação da IA como
ferramenta para movimentação de subtenentes e sargentos de carreira do EB, na
modalidade transferência, bem como o peso que deve ser dado a cada um desses
parâmetros, obrigatoriamente devem levar em consideração toda a normativa
descrita acima.

4.1 REGULAMENTO DE MOVIMENTAÇÃO PARA OFICIAIS E PRAÇAS DO


EXÉRCITO (R-50)

O Regulamento de Movimentação para Oficiais e Praças do Exército (R-50)


tem por finalidade instituir os princípios e normas gerais para a movimentação de
oficiais e praças da ativa do Exército, os quais devem considerar, conforme seu Art.
1º:
I - o caráter permanente e nacional do Exército;
II - o aprimoramento constante da eficiência da Instituição;
III - a prioridade na formação e aperfeiçoamento dos Quadros;
IV - a operacionalidade da Força Terrestre em termos de pronto emprego;
V - a predominância do interesse do serviço sobre o individual;
VI - a continuidade no desempenho das funções, a par da necessária
renovação;
VII - a movimentação como decorrência dos deveres e das obrigações
da carreira militar e, também, como direito nos casos especificados na
legislação pertinente;
VIII - a disciplina;
IX - o interesse do militar, quando pertinente;
X - a racionalização dos recursos destinados à movimentação de
pessoal (BRASIL, 1996, grifo nosso).

Dentre os princípios e normas gerais estabelecidos pelo R-50, destacam-se 3


(três) de fundamental importância para a estruturação da IA: a predominância do
interesse do serviço sobre o individual; o interesse do militar, quando pertinente; e a
racionalização dos recursos destinados à movimentação de pessoal
(economicidade) (BRASIL, 1996).
O R-50 estabelece, também, que o militar, em razão dos deveres e das
obrigações da atividade militar, está sujeito a servir em qualquer parte do Brasil ou
mesmo no exterior e que, sempre que possível, as exigências do serviço poderão
ser combinadas com os interesses pessoais do militar (BRASIL, 1996).
20

O R-50 apresenta uma série de conceituações indispensáveis ao entendimento


daquele regulamento e deste Policy Paper, dentre os quais destaca-se o de
movimentação (BRASIL, 1996):
Movimentação: denominação genérica do ato administrativo realizado para
atender às necessidades do serviço, com vistas a assegurar a presença do
efetivo necessário à eficiência operacional e administrativa das OM, que
atribui ao militar, cargo, situação, Quadro, OM ou fração de OM;

Também é importante entender as modalidades de movimentação existentes,


constantes do R-50: classificação, transferência, nomeação e designação (BRASIL,
1996). O objetivo deste trabalho é abordar as questões relativas à modalidade
transferência, assim conceituada (BRASIL, 1996):
Transferência: modalidade de movimentação, por necessidade do serviço
ou por interesse próprio, de um Quadro para outro, entre OM, ou
internamente, de uma para outra fração de OM, que se realiza por iniciativa
da autoridade competente ou a requerimento do interessado;

Para fins de estruturação de uma IA como ferramenta para movimentação de


pessoal no EB, é relevante elencar os objetivos da movimentação estabelecidos no
Art. 13 do R-50:
I - permitir a matrícula em escolas, cursos e estágios;
II - permitir a oportuna aplicação de conhecimentos e experiências
adquiridos em cursos ou cargos desempenhados no País ou no
exterior;
III - possibilitar o exercício de cargos compatíveis com o grau
hierárquico, a apreciação de seu desempenho e a aquisição de
experiência em diferentes situações;
IV - desenvolver potencialidades, tendências e capacidades, de forma a
permitir maior rendimento pessoal e aumento da eficiência do Exército;
V - atender à necessidade de afastar o militar de OM ou localidade em que
sua permanência seja julgada incompatível ou inconveniente;
VI - atender à solicitação de órgãos da administração pública estranhos ao
Comando do Exército, se considerada de interesse nacional;
VII - atender às disposições constantes de leis e de outros regulamentos;
VIII - atender aos problemas de saúde do militar ou do seus dependentes;
IX - atender, respeitada a conveniência do serviço, aos interesses
próprios do militar (BRASIL, 1996, grifo nosso).

Cabe destacar que a movimentação por necessidade do serviço, a qual visa a


atender ao que está previsto nos incisos I a VII do Art. 13 do R-50 (BRASIL, 1996)
pode ser efetuada depois do prazo mínimo de permanência a ser estabelecido em
ato do Comandante do Exército (BRASIL, 1996).
Quanto à abrangência da movimentação, o R-50 estabelece que, na esfera dos
oficiais, a movimentação deve lhes assegurar, dentro do possível, a vivência
profissional de âmbito nacional, enquanto que, na dos subtenentes e sargentos,
21

deve lhes garantir a vivência profissional de âmbito regional, considerada em termos


territoriais de Comando Militar de Área (C Mil A) (BRASIL, 1996).
Ainda no contexto do universo de subtenentes e sargentos, o R-50 institui que
suas movimentações podem ser realizadas pelos Comandantes Militares de Área
mediante empenho prévio de vaga a ser solicitado ao DGP (BRASIL, 1996).

4.2 INSTRUÇÕES GERAIS PARA MOVIMENTAÇÃO DE OFICIAIS E PRAÇAS DO


EXÉRCITO (IG 10-02)

As IG 10-02 destinam-se a regular a movimentação de oficiais e praças do


Exército (BRASIL, 2000).
As prioridades para completamento de claros das diversas OM do Exército são
estabelecidas pelo EME (BRASIL, 2000) e materializadas pelo Anexo C (Prioridades
de Recompletamento de Pessoal) ao Plano Estratégico do Exército (PEEx) 2020-
2023 (BRASIL, 2019). Já os percentuais de efetivos, dentro de cada prioridade, em
função das disponibilidades de recursos humanos, são fixados pelo DGP e
concretizados pela Portaria do DGP nº 023, de 31 de janeiro de 2014 (BRASIL,
2014).
Quanto ao tempo mínimo de permanência na guarnição (Gu), as IG 10-02
preconizam o prazo de 24 (vinte e quatro) meses, computado continuadamente,
indistintamente para oficiais, subtenentes e sargentos, no caso de guarnição
especial (Gu Esp) (BRASIL, 2000). No caso de Gu comum, o tempo mínimo de
permanência na sede é de 2 (dois) anos, para oficiais, e de 3 (três) anos, para as
praças (BRASIL, 2000).
Independente do tempo mínimo estabelecido pelas Instruções Gerais (IG) para
permanência na sede, as IG 10-02 estabelecem que a DCEM deve buscar a maior
permanência possível no cargo de militares possuidores de curso ou estágio em
áreas de interesse para o Exército (BRASIL, 2000). É o caso, por exemplo, dos
militares possuidores do Curso de Piloto de Aeronaves ou do Curso de Forças
Especiais, habilitações de difícil e elevado custo de formação.
Com relação especificamente aos subtenentes e sargentos, as IG 10-02
preconizam que a movimentação entre OM pertencentes a um mesmo C Mil A só
deve ser efetuada após o devido empenho, por este Comando, do respectivo claro
22

junto ao DGP (BRASIL, 2000). No caso de movimentação, dentro da área de um


determinado C Mil A, entre OM não subordinadas a este Comando, de subtenente
ou sargento de carreira, esta deverá ser realizada pelo DGP (BRASIL, 2000). É o
caso, por exemplo, da movimentação de um subtenente ou sargento de carreira
pertencente ao 12º Grupo de Artilharia Antiaérea de Selva (12º GAAAe Sl), OM
subordinada à 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (1ª Bda AAAe) – Comando Militar
do Sudeste (CMSE), mas que está na área do Comando Militar da Amazônia (CMA),
para outra OM deste C Mil A.
Ainda com relação aos subtenentes e sargentos, os da Qualificação Militar de
Subtenentes e Sargentos (QMS) de Logística devem servir em OM que possua
cargo específico de sua QMS (BRASIL, 2000). Já o segundo-sargento, pertencente
à QMS Combatente, que não possuir o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos
(CAS), deve servir em OM de Corpo de Tropa (OMCT) (BRASIL, 2000). Por outro
lado, as IG 10-02 estabelecem que a classificação de subtenente promovido a esta
graduação deve ser feita em OM onde possa desempenhar atividade de sua QMS
em cargo específico (BRASIL, 2000).
Por fim, as IG 10-02 preconizam que, excetuando a movimentação de oficiais-
generais, o DGP, ouvido o EME, deverá baixar Instruções Reguladoras (IR), ou
outros atos complementares necessários à sua execução, regulando os diversos
universos e situações de movimentação (BRASIL, 2000). Para tal, tais IR deverão,
conforme Art. 57 das IG 10-02, seguir as seguintes premissas básicas:
I - atender, prioritariamente, aos interesses do Exército e, quando
possível, conciliá-los com os do militar;
II - priorizar a ocupação dos cargos que exijam habilitação específica
ou especial, reduzindo a movimentação de seus ocupantes às que
forem imprescindíveis, conforme as necessidades da carreira;
III - realizar a movimentação de modo a permitir aliar o emprego
adequado dos recursos humanos à operacionalidade do Exército;
IV - buscar economia de recursos sem prejudicar a eficiência
operacional;
V - empregar os recursos da informática no controle e na execução das
movimentações;
VI - reduzir as movimentações ao mínimo necessário, sem prejudicar a
operacionalidade da Força e o plano de carreira;
VII - evitar as movimentações de sargento não aperfeiçoado e de
tenentes;
VIII - manter os capitães e subtenentes em Corpo de Tropa;
IX - aplicar o conceito de vivência profissional de âmbito nacional,
particularmente, aos oficiais de carreira possuidores do CAEM; e
X - buscar a regionalização nas movimentações dos graduados
(BRASIL, 2000, grifo nosso).
23

4.3 INSTRUÇÕES REGULADORAS PARA APLICAÇÃO DAS IG 10-02,


MOVIMENTAÇÃO DE OFICIAIS E PRAÇAS DO EXÉRCITO (EB 30-IR-40.001)

As EB 30-IR-40.001 são destinadas a regular a movimentação de oficiais e


praças do Exército (BRASIL, 2012).
Da mesma forma que nas IG 10-02, estas IR preconizam que o DGP deverá
fixar, conforme as prioridades estabelecidas pelo EME, os percentuais de
completamento dos cargos das diversas OM do Exército, em função do efetivo
existente (BRASIL, 2012).
Preconiza, também, que deverão ser observados, nas movimentações por
necessidade do serviço decorrentes de suas diversas modalidades, dentre elas a
transferência, os requisitos de habilitação militar para o exercício do cargo, o
desempenho profissional, a necessidade do serviço, tempo de serviço e/ou outros
critérios definidos na normativa em vigor (BRASIL, 2012). Assim, verifica-se que a
movimentação é o ato administrativo que visa a atender à necessidade do serviço,
podendo, entretanto, quando pertinentes, atender aos interesses individuais,
inclusive a conveniência familiar (BRASIL, 2012).
Quanto às movimentações referentes às Localidades Especiais (Loc Esp) e Gu
Esp, as EB 30-IR-40.001 definem que as movimentações “para” e “de” Gu Esp ou
Gu Comum/Localidade Especial Categoria A (Loc Esp Catg A) serão realizadas por
intermédio de planos específicos, regulados pela DCEM (BRASIL, 2012).
Também, quanto às movimentações relativas às Loc Esp Catg A e Gu Esp, as
IR estabelecem que os cargos deverão ser preenchidos de acordo com a
necessidade do serviço e, prioritariamente, por militar voluntário que ainda não tenha
servido nessas Gu (BRASIL, 2012).
Quanto às Gu Esp e Loc Esp Catg A, ainda, a DCEM deverá buscar
movimentar os militares com tempo mínimo de sede, qual seja, 24 (vinte e quatro)
meses, de modo a proporcionar ao maior número possível de militares servir nessas
Gu, mesmo que aqueles não estejam inscritos em nenhum dos planos de
movimentação (BRASIL, 2012).
Por fim, quanto às Gu Esp e Loc Esp Catg A, as EB 30-IR-40.001 estabelecem
que a movimentação a partir delas deverá recair, de forma prioritária, no militar com
maior pontuação, considerando os requisitos de tempo de sede e do desempenho
profissional do período ali permanecido (BRASIL, 2012).
24

No tocante aos critérios de vivência nacional, para oficiais, e regional, para as


praças, as EB 30-IR-40.001 os dispensa no caso das movimentações de militares
que tenham cumprido as exigências da legislação (BRASIL, 2012).
Por fim, as EB 30-IR-40.001 ratificam o já estabelecido no R-50 e nas IG 10-02,
quanto à questão da necessidade de empenho prévio de vaga, junto ao DGP, na
situação de movimentação de praça entre OM de um mesmo C Mil A (BRASIL,
2012).

4.4 PERCENTUAIS DE EFETIVOS DE MILITARES DE CARREIRA PREVISTOS


PARA O COMPLETAMENTO DE PESSOAL DAS ORGANIZAÇÕES MILITARES DO
EXÉRCITO

A Portaria do Chefe do DGP nº 23, de 31 de janeiro de 2014, fixou os


percentuais de efetivos de militares de carreira previstos para o completamento de
pessoal das OM do Exército (BRASIL, 2014).
Estabeleceu, ainda, que os cargos privativos de oficiais subalternos e de
terceiros-sargentos poderão ser preenchidos com militares temporários, observada a
legislação em vigor (BRASIL, 2014).
Cabe destacar que a Portaria n º 23-DGP trata-se de uma previsão para o
completamento de pessoal, cabendo à DCEM equacionar a disponibilidade de
militares de carreira existente nos variados universos com as necessidades
apresentadas pelas diversas OM.

5 A INFORMATIZAÇÃO NOS PROCESSOS DE MOVIMENTAÇÃO DA DIRETORIA


DE CONTROLE DE EFETIVOS E MOVIMENTAÇÕES

A DCEM é uma das 6 (seis) Diretorias integrantes do DGP. Segundo o


regulamento do DGP, à DCEM compete:
planejar, orientar, coordenar e avaliar as atividades relacionadas com: o
controle dos efetivos do Exército, a seleção e movimentações dos
militares, exceto temporários, a adição, agregação e reversão de militares
de carreira, exceto oficiais generais, alunos de órgão de formação de
militares da reserva e sargentos do quadro especial, designação para o
25

serviço ativo e suas prorrogações, e a distribuição de vagas para cursos e


estágios gerais do Exército (BRASIL, 2016, grifo nosso).

O DGP, órgão movimentador do Exército, delega à DCEM a execução das


movimentações, ficando esta responsável pela gestão de aproximadamente 55
(cinquenta e cinco) mil militares de carreira nas mais de 600 (seiscentas) OM
distribuídas pelo País, tarefa criteriosa, dinâmica e complexa (BRASIL, 2021).
A movimentação dos militares de carreira é regulada pela extensa normativa já
abordada no item 3. deste Policy Paper e é induzida, principalmente, pelos seguintes
motivos:
- conclusão de cursos de formação;
- matrícula e conclusão de cursos de especialização, aperfeiçoamento e
altos estudos;
- matrícula e conclusão de estágios de capacitação;
- promoções;
- manutenção dos níveis de prontidão da Força, por meio do
recompletamento de Unidades de Pronto Emprego (Ex: FORPRON) e de
Emprego Estratégico (Ex: Bda Inf Pqdt); e
- recompletamento do pessoal que passa a compor a reserva remunerada
(BRASIL, 2021).

Os fatores motivadores de movimentação acima abordados devem ser


analisados sob a perspectiva do elemento humano, inseridos em uma conjuntura
mais abrangente, englobando os interesses individuais, bem como as diferenças
culturais e de infraestrutura de cada região do País (BRASIL, 2021). Desta forma,
uma série de variáveis intangíveis, abaixo discriminadas, influencia o processo de
movimentação de pessoal do EB, visto que impactam diretamente a vida dos
militares e de suas famílias, além de caracterizar uma determinada guarnição como
menos (dificuldade de recompletamento) ou mais atrativa para servir:
- Guarnições “Localidade A” (vantagem financeira);
- Pelotões Especiais de Fronteira (regiões inóspitas);
- Articulação e acessibilidade da Sede/Guarnição em relação aos grandes
centros;
- Disponibilidade de rede de ensino adequada à idade dos filhos;
- Existência de apoio de saúde adequado;
- Clima;
- Raízes familiares;
- Disponibilidade de PNR para ocupação imediata; e
- Custo de vida (BRASIL, 2021).

Atualmente, a gestão de recursos humanos (RH) vem se preocupando mais


com as pessoas. As tendências dessa área apontam para a visão de que, quanto
26

mais satisfeito estiver o profissional, mais produtivo e contributivo ele será para os
interesses da sua instituição (BRASIL, 2021).
Neste contexto, o DGP, ciente da importância da dimensão humana da Força,
visualiza as movimentações como uma ferramenta fundamental para potencializar o
capital humano e melhor aproveitar seus talentos, exigindo da DCEM a máxima
eficácia na condução de seus processos (BRASIL, 2021).
A presença central do elemento humano exige, assim, que o processo de
movimentação seja extremamente criterioso (BRASIL, 2021). Desta forma,
acompanhando uma tendência iniciada no final do século passado, a DCEM, com
apoio do CDS, desenvolveu uma ferramenta de apoio à decisão, o Sistema de Apoio
à Decisão para Movimentações – SADMOV, baseada em Pesquisa Operacional.
O desenvolvimento do SADMOV vem ao encontro do processo de
modernização do EB iniciado no começo deste século. Como parte desse processo,
a DCEM desenvolveu, nos últimos anos, uma série de produtos com elevado valor
tecnológico agregado, visando à racionalização administrativa e à melhoria da
gestão de seus processos: SUCEM e SUCEMNET (2009); Contrato de Objetivos de
Pessoal (COPes); Plano Anual de Movimentações de Pessoal (PlAMoPes); Cadastro
Anual de Movimentações do Exército (CAMEx) (2019); e, por fim, o SADMOV (2020)
(BRASIL, 2021).
O SADMOV busca ser uma solução para o desafio de gerenciar os interesses
da Instituição e os daqueles que a constituem, no tocante às movimentações,
integrando, de forma automatizada, necessidades muitas vezes conflitantes, e
buscando atender, ao mesmo tempo, a critérios de qualidade, eficiência e
economicidade, tudo com a finalidade de fortalecer o bem mais precioso da Força, a
sua dimensão humana.

5.1 O SISTEMA DE APOIO À DECISÃO PARA MOVIMENTAÇÕES DA DCEM

O SADMOV, utilizado no processo de movimentação de oficiais e praças de


carreira do EB desde 2020, sistema de algoritmos desenvolvido pela DCEM, com
apoio do CDS, é uma ferramenta de apoio à decisão que busca otimizar a
associação entre a economicidade, a necessidade do serviço e o interesse do
militar, respeitando a meritocracia (BRASIL, 2021). Busca, ainda, o melhor equilíbrio
27

possível dos efetivos entre as OM, considerando as opções dos militares,


consubstanciadas no CAMEx e o critério meritocrático estabelecido pela Diretoria de
Avaliação e Promoções (DAProm) (BRASIL, 2021).
Para o desenvolvimento do SADMOV, a DCEM solicitou apoio, em 2019, ao
CDS, tendo definido, desde o início, junto àquele órgão, os critérios de
movimentação que deveriam ser parametrizados na automatização dos estudos
(BRASIL, 2021).
No início de 2020, foi emitida uma Diretriz Inicial de Planejamento, com a
finalidade precípua de identificar os universos que seriam trabalhados pelo sistema,
bem como definir os critérios e respectivos pesos a serem utilizados na
parametrização do ranqueamento (BRASIL, 2021). Desta forma, verifica-se que o
sistema automatizado utilizado pela DCEM desde 2020 já possui os seus
parâmetros definidos, bem como um peso atribuído a cada um desses.
A partir das opções registradas pelos militares no CAMEx, foram identificadas
as guarnições mais e menos atrativas e seu impacto no processo de movimentação
(BRASIL, 2021), aspecto este também considerado pelo SADMOV.
O Sistema também foi estruturado de forma a analisar a situação de pessoal
das OM em A+1, podendo, assim, equilibrar os efetivos em todas as Unidades do
EB (BRASIL, 2021).
De forma bem sintética, o SADMOV foi estruturado por 2 (dois) pilares básicos:
o ranqueamento e a necessidade do serviço (BRASIL, 2021).
O ranqueamento, por sua vez, foi dividido por 8 (oito) critérios finais, todos de
acordo com a legislação vigente e com seu respectivo peso: habilitação desejável;
vivência nacional; quantidade de vezes que já serviu em “Localidade A”; tempo de
Sede; atratividade da Sede atual (saída de Guarnição Especial); exoneração de
nomeação; Mérito Militar; e propostas (BRASIL, 2021).
As opções de Sede, registradas pelos militares no CAMEx, passaram a se
constituir em um terceiro pilar (BRASIL, 2021).
Por fim, para processamento e integração dos 3 (três) elementos base do
sistema (a necessidade do serviço, o ranqueamento dos militares e as opções de
Sede ordenadas no CAMEx), foram criados os algoritmos, cada um com uma
determinada finalidade de utilização: da Troca de Destinos (Movimentação
Temporária); da Economicidade; do Cálculo de Utilidade; e de Avaliação do
Universo (BRASIL, 2021).
28

5.1.1 Algoritmo da Troca de Destinos (Movimentação Temporária)

O algoritmo da troca de destinos (movimentação temporária) é o núcleo central


do SADMOV (BRASIL, 2021).
Por este algoritmo, enquanto o Sistema é processado, um militar é
movimentado para uma OM, dentre as suas opções, que tenha vaga para recebê-lo.
Não necessariamente esta OM será seu destino final. Esta é considerada uma pré-
movimentação, com a finalidade precípua de liberar vaga na sua OM de origem para
outro militar - daí a denominação de “movimentação temporária”. Até o término do
processamento, em razão da abertura de vagas inicialmente fechadas, o militar
poderá melhorar sua opção de Sede, com a certeza de que, na pior das situações,
será movimentado para a OM para onde havia sido temporariamente alocado. Desta
forma, uma vez que o SADMOV tenha iniciado o seu processamento e o militar
tenha saído de sua OM de origem, ele não mais retornará a ela (BRASIL, 2021).
No algoritmo de troca de destinos, à medida que as vagas vão surgindo em
razão das movimentações temporárias, elas vão sendo oferecidas aos militares,
seguindo o ranqueamento previamente estabelecido, respeitando a meritocracia
(BRASIL, 2021).
Para saber se uma determinada OM pode receber ou perder militares, é
necessário observar o “Placar” da OM no SADMOV e, por conseqüência, a “Ação
Sugerida (AS)”:
O placar OM está consubstanciado nas telas do menu “Placar” do SADMOV
(Sistema de Apoio à Decisão para Movimentações). Nele é possível
visualizar do efetivo de todas as OM no ano corrente (A) e no ano seguinte
(A+1), por posto, graduação e habilitação militar (QAS/QMS) – “Universos
de movimentação”. O cálculo considera: o Efetivo Existente na OM, em A; o
Efetivo Previsto na Portaria nº 23-DGP (PP), que fixa os percentuais
previstos de militares de carreira em relação ao QCP; a distribuição de
vagas para as escolas de formação, especialização e aperfeiçoamento; e as
saídas previstas de militares em razão de promoções, matrícula em cursos
e estágios, PLAMOGEx, Missões no exterior, dentre outras.
O produto principal do Placar OM, uma das “entradas” do Algoritmo, é a
Ação Sugerida, que vai direcionar o saldo positivo, negativo ou neutro, entre
entradas e saídas de militares de um determinado universo de
movimentação, em todas as OM do EB (BRASIL, 2021).
29

Figura 1 – algoritmo da troca de destinos (BRASIL, 2021)

Desta forma, o algoritmo da troca de destinos visa a atender à necessidade do


serviço, ao interesse do militar e, por fim, à economicidade, nesta ordem (BRASIL,
2021).

5.1.2 Algoritmo da Economicidade

Um dos aspectos a serem considerados quando se trata de movimentação de


pessoal é a questão de recursos financeiros para o seu custeio. Nos últimos anos, a
parcela do orçamento do EB destinada a esta atividade não sofreu alterações
significativas. Entretanto, o custo da movimentação teve um incremento: aumentos
salariais; reestruturação da carreira em 2019, com aumento/criação de alguns
adicionais; transformação de guarnições, que antes eram Localidade Especial
Categoria B (Loc Esp Catg B), em Loc Esp Catg A, como BELÉM/PA; e aumento
das solicitações de requisição de transporte de bagagem, em detrimento da
indenização, entre outros.
De forma a se buscar uma redução no custo das movimentações, foi
implementado o algoritmo da economicidade. Muito semelhante ao da troca de
destinos, diferencia-se deste por diminuir, de forma significativa, as triangulações,
priorizando as movimentações “ponto a ponto”.
30

Figura 2 – algoritmo da economicidade (BRASIL, 2021)

Neste algoritmo, a prioridade é que ocorra a ida de um militar de uma para


outra Sede, sem que, contudo, haja a necessidade de outras movimentações
(BRASIL, 2021). Desta forma, espera-se obter:
- redução do custo das movimentações;
- tendência de melhor atendimento às Sedes/Gu menos atrativas;
- menor quantidade de movimentados;
- aumento da média de atendimento;
- menor quantidade de OM atendidas, de maneira geral (BRASIL, 2021).

Desta forma, o algoritmo da economicidade busca atender à necessidade do


serviço, à economicidade e, por fim, ao interesse do militar, nesta ordem (BRASIL,
2021).

5.1.3 Algoritmo do Cálculo de Utilidade

O algoritmo de cálculo de utilidade se trata de uma ferramenta opcional


disponível no SADMOV, utilizada apenas com o algoritmo da troca de destinos (não
pode ser utilizado com o da economicidade), de forma a se obter mais um cenário
de movimentação (BRASIL, 2021).
Este algoritmo tem por finalidade:
flexibilizar, de forma controlada, para um militar ou grupo de militares, um ou
mais dos elementos-base do sistema de algoritmos – necessidade do
serviço, ranqueamento e opções dos militares – a fim de se otimizar o
resultado do universo considerado (BRASIL, 2021).

Cabe destacar que o emprego do algoritmo do cálculo de utilidade não se


constitui em uma regra, tendo sido incorporado ao Sistema para. Quando acionado,
31

avaliar e diminuir, de forma controlada, os impactos da atribuição subjetiva de pesos


e valores aos critérios de movimentação (BRASIL, 2021). Esta avaliação visa a
ratificar ou retificar os valores e pesos atribuídos na raiz do algoritmo (BRASIL,
2021).

5.1.4 Algoritmo de Avaliação do Universo

O algoritmo de avaliação do universo tem por finalidade analisar e identificar as


características de um determinado grupo que concorrerá à movimentação. Sua
principal função é identificar as Sedes/Guarnições mais e menos atrativas para o
universo em estudo (BRASIL, 2021).
Os principais produtos desse algoritmo são:
1) identificar as Sedes/Guarnições - normalmente, muito atrativas - que
necessitam “oxigenar” seu efetivo, por meio da movimentação de militares,
voluntários ou não, com mais tempo na Sede;
2) identificar possíveis vagas para os cursos de formação, especialização e
aperfeiçoamento nas OM localizadas em Sedes/Guarnições menos
atrativas; e
3) Sedes/Guarnições de fácil e difícil recompletamento para aquele universo
(BRASIL, 2021).

O algoritmo de avaliação do universo permite, assim, a saída de militares de


suas OM (origem), mesmo que elas estejam com ação sugerida positiva, ou seja,
receber militares (BRASIL, 2021). Isto tende a provocar um déficit nas Sedes de
origem que sejam de difícil recompletamento, ao mesmo tempo em que tende a
concentrar os efetivos nas guarnições mais atrativas, causando desequilíbrio
(BRASIL, 2021).
Desta forma, o sugerido é que o resultado da avaliação do universo somente
seja utilizado para as movimentações no caso das vagas abertas nas OM de origem
poderem ser recompletadas, em sua plenitude, com vagas de Estabelecimentos de
Ensino (EE) (BRASIL, 2021). No universo dos oficiais, isso é factível, uma vez que
os círculos dos oficiais subalternos, intermediários e superiores podem ser
recompletados por militares egressos das escolas de formação (AMAN, IME,
ESFCEx), de aperfeiçoamento (EsAO) e de altos estudos (ECEME),
respectivamente, uma vez que nestas últimas duas há o desligamento da OM de
origem para a realização dos cursos. No caso dos subtenentes e sargentos, ocorre a
movimentação obrigatória apenas após o curso de formação (ESA, EsSLog,
32

CIAvEx). Assim, as vagas de segundos-sargentos aperfeiçoados em diante não são


passíveis de preenchimento por egressos de EE (aperfeiçoamento – EASA e altos
estudos – CHQAO).

6 PARÂMETROS E PESOS A SEREM UTILIZADOS NA ESTRUTURAÇÃO DA IA


VOLTADA À MOVIMENTAÇÃO, NA MODALIDADE TRANSFERÊNCIA, DE
SUBTENENTES E SARGENTOS

Ao se abordar a estruturação de uma IA voltada à movimentação de pessoal no


EB, 2 (dois) aspectos essenciais devem ser levados em consideração: os
parâmetros que serão empregados; e o peso a ser dado a cada um destes.
No tocante aos parâmetros, já estão descritos na extensa normativa que regula
a movimentação de pessoal no EB: R-50, IG 10-02, EB 30-IR-40.001 e Portaria do
Chefe do DGP nº 23, de 31 de janeiro de 2014, que fixa os percentuais de efetivos
de militares de carreira previstos para o completamento de pessoal das OM do
Exército. Inclusive, são os mesmos parâmetros utilizados no SADMOV da DCEM.

6.1 PARÂMETROS A SEREM UTILIZADOS NA ESTRUTURAÇÃO DA IA VOLTADA


À MOVIMENTAÇÃO, NA MODALIDADE TRANSFERÊNCIA, DE SUBTENENTES E
SARGENTOS

Sendo o objetivo deste Policy Paper estruturar uma IA destinada à


movimentação, na modalidade transferência, de subtenentes e sargentos, serão
destacados, aqui, os principais parâmetros relativos a este universo.

6.1.1 A Predominância do Interesse do Serviço Sobre o Individual

Ainda que a Força venha buscando fortalecer a sua dimensão humana, o


interesse do serviço deverá sempre prevalecer sobre o individual, constituindo-se
em um dos parâmetros mais importantes da sistemática de movimentação do EB.
33

6.1.2 A Continuidade no Desempenho das Funções, a Par da Necessária


Renovação

A despeito da movimentação ser um direito do militar, observado, sempre, sob


a ótica da predominância do interesse do serviço sobre o individual, é necessário ter
em mente que a continuidade do desempenho das funções se constitui em aspecto
fundamental, quando se trata do assunto.
Assim, no caso de, por exemplo, em uma determinada OM, todos os sargentos
de uma certa QMS possuírem tempo mínimo de guarnição para movimentação e,
hipoteticamente, a DCEM desejar transferir todos incluídos neste universo, esta
obrigatoriamente deverá deixar uma parcela destes militares na OM, a fim de que
não haja prejuízo no desempenho das funções.

6.1.3 O Interesse do Militar, Quando Pertinente

O EB, por intermédio do DGP, vem, nos últimos anos, buscando fortalecer a
dimensão humana da Força. É sabido que o trabalhador, independente do seu ramo
de atuação, quando labuta em um ambiente que lhe é agradável e com sua família
bem estabelecida na cidade em que se encontra, tende a ter um rendimento muito
maior, não sendo diferente com o militar.
Desta forma, é importante atender ao interesse do militar sempre que for
possível conciliá-lo com o interesse do serviço,

6.1.4 A Racionalização dos Recursos Destinados à Movimentação de Pessoal

O emprego dos recursos destinados à movimentação de pessoal é outro


parâmetro muito importante para a estruturação da IA. Além da questão relativa à
boa administração do dinheiro público, destaca-se a da insuficiência dos recursos
para efetivar todas as movimentações que a DCEM gostaria de realizar.

Ao longo dos últimos anos, o custo da movimentação aumentou - em razão de


reajustes salariais, criação de adicionais (Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de
2019), transformação de Loc Esp Catg B em Loc Esp Catg A (MANAUS/AM e
BELÉM/PA), incremento da solicitação de requisição do transporte de bagagem por
34

conta da União em detrimento da indenização - e a parte do orçamento do EB


destinado à DCEM para fins de movimentação não aumentou. A situação fica pior,
quando se verifica que grande parte das movimentações é de caráter obrigatório,
como a designação para a realização de cursos, a nomeação para o comando de
uma OM ou a classificação em razão da conclusão de um curso, diminuindo, assim,
as movimentações da modalidade transferência.

6.1.5 Permitir a Oportuna Aplicação de Conhecimentos e Experiências Adquiridos


em Cursos ou Cargos Desempenhados no País ou no Exterior

Importante parâmetro a ser observado pela DCEM, quando da realização da


movimentação de pessoal, é a habilitação necessária ao desempenho do cargo em
questão. Esta habilitação é caracterizada, normalmente, pela realização de um
determinado curso pelo militar.
Assim, um sargento que tenha realizado, por exemplo, o curso de manutenção
eletrônica do sistema de mísseis e foguetes deve, em algum momento de sua
carreira, servir em uma das Organizações Militares Diretamente Subordinadas
(OMDS) ao Comando de Artilharia do Exército (Cmdo Art Ex).
Por outro lado, estes cargos que requerem habilitação muito específica, como
Operadores de Forças Especiais, Pára-quedistas, Artilharia de Mísseis e Foguetes,
entre outros, devem ser alvo de políticas voltadas à sua permanência nas OM
especializadas.

6.1.6 Vivência Regional

No caso dos subtenentes e sargentos, a movimentação deve lhes assegurar a


vivência regional, assim entendida como a movimentação no âmbito do mesmo C Mil
A (BRASIL, 1996).

6.1.7 Tempo de Sede

O tempo mínimo de sede para subtenentes e sargentos, para o caso de Gu


comuns, é de 3 (três) anos. Este parâmetro cresce de importância na medida em
que o militar extrapola o tempo mínimo preconizado na legislação.
35

6.1.8 Placar da OM em Relação à Graduação do Militar

Aspecto muito importante, quando analisada a movimentação sob a ótica da


predominância do interesse do serviço sobre o individual. A partir do placar da OM é
possível alocar pessoal àquelas que estão em situação deficitária de efetivo.

6.1.9 Saída de Guarnição de Difícil Recompletamento

Aspecto de grande relevância, quando a movimentação busca, principalmente,


o interesse individual.
As guarnições de difícil recompletamento são aquelas com baixa atratividade.
A atratividade de uma sede é fruto de diversos fatores: custo de vida; existência de
Próprio Nacional Residencial (PNR); existência de Colégio Militar (CM); vantagens
financeiras na movimentação; existência de boa rede de saúde; existência de boa
rede educacional; articulação (estradas e aeroportos); raízes familiares; e qualidade
de vida, entre outros.
Este é um aspecto que o sistema tem que analisar de forma pormenorizada,
uma vez que pode sofrer alterações significativas a cada ano. A título de exemplo, a
guarnição de MANAUS/AM, até 2014, era pouco atrativa. Com a publicação da
Portaria Normativa nº 3.270 do Ministério da Defesa, de 18 de dezembro de 2014,
que reclassificou MANAUS/AM para a condição de Localidade Especial Categoria A
(BRASIL, 2014), o seu grau de atratividade aumentou consideravelmente (vantagens
financeiras na movimentação).

6.1.10 Mérito Militar

O Mérito Militar pode ser caracterizado, para as praças, pelos componentes da


profissão militar, pontuados pelo Sistema de Valorização do Mérito: medalhas e
condecorações nacionais; elogios de citação de mérito, cursos realizados; atividades
essenciais; habilitação em idiomas; trabalhos úteis; tempo de serviço em situações
diversas; tempo de monitor; comportamento; concursos de habilitação; e deméritos
(BRASIL, 2008).
36

6.2 PESOS DOS PARÂMETROS A SEREM UTILIZADOS NA ESTRUTURAÇÃO DA


IA VOLTADA À MOVIMENTAÇÃO, NA MODALIDADE TRANSFERÊNCIA, DE
SUBTENENTES E SARGENTOS

O peso a ser atribuído a cada um dos parâmetros que serão utilizados na


estruturação da IA voltada à movimentação tem um caráter subjetivo, na medida em
que se deve analisar a conjuntura do ano da movimentação. A título de ilustração,
anualmente, parcela do orçamento do EB é destinada à movimentação de pessoal.
Ao longo do ano, muitas vezes, a DCEM recebe recursos suplementares para
aquela destinação, permitindo, assim, a realização de um número maior de
movimentações. Caso, em um determinado ano, a DCEM receba somente aquela
fatia do orçamento destinada à movimentação, o parâmetro “racionalização dos
recursos” terá um peso maior. Da mesma forma, uma guarnição considerada de
difícil recompletamento no ano A, em A+1 ou A+2 poderá não mais pertencer a este
universo.
Apesar da predominância do interesse do serviço sobre o individual ser um dos
pilares básicos da estruturação da IA, a racionalização dos recursos destinados à
movimentação de pessoal acaba por ser o parâmetro, se não com maior peso, com
maior relevância. Da mesma forma que em uma operação militar a logística dita
como será possível atuar, na movimentação de pessoal a questão orçamentária
determinará a qualidade e, principalmente, a quantidade das movimentações que
serão realizadas.
Dentre os parâmetros elencados no item 6.1 deste Policy Paper, alguns estão
intrinsecamente ligados à predominância do interesse do serviço sobre o individual:
a continuidade no desempenho das funções, a par da necessária renovação; a
oportuna aplicação de conhecimentos e experiências adquiridos em cursos ou
cargos desempenhados no país ou no exterior; e o placar da OM em relação à
graduação do militar.
Já os ligados ao interesse do militar, temos: a vivência regional; tempo de
sede, na medida em que o militar, ainda que erroneamente, entenda que, se ele
possui o tempo mínimo de guarnição para movimentação, deva ser movimentado; e
a saída de guarnição de difícil recompletamento.
Não alinhada ao interesse do serviço ou ao do militar está o Mérito Militar.
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Do exposto, aos parâmetros ligados ao interesse do serviço deve ser atribuído


maior peso, quando comparados aos ligados ao interesse do militar. Desta forma, o
ranqueamento, no caso específico dos subtenentes e sargentos, será feito, grosso
modo, com base na pontuação atribuída aos parâmetros relacionados ao interesse
do serviço, aos parâmetros relacionados ao interesse individual e ao Mérito Militar.
Já as transferências serão realizadas pela DCEM de acordo com a disponibilidade
orçamentária para tal.
Por fim, especial peso deve ser dado ao parâmetro “saída de guarnição de
difícil recompletamento”. Um fator que talvez contribua para a baixa atratividade de
determinada sede é o receio do subtenente ou sargento ser movimentado para uma
OM localizada em uma Gu “X”, de difícil recompletamento, e, após a sua
permanência na sede pelo tempo mínimo, 3 (três) anos, não conseguir ser
movimentado, por não haver voluntários para movimentação para aquela localidade,
de forma a substituí-lo.

7 SUGESTÕES

Dentre as várias sugestões possíveis, as quais, em sua maioria, requerem


alteração da normativa vigente, destacam-se:
- obrigatoriedade da movimentação do universo de subtenentes e sargentos
após a conclusão do CAS e do CHQAO, a exemplo do que ocorre com os oficiais ao
término do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO) e do Curso de Comando e
Estado-Maior (CCEM), permitindo o melhor emprego do algoritmo da avaliação do
universo, na medida em que permitiria a sua utilização no universo em questão, haja
vista que as vagas abertas nas OM de origem poderiam ser recompletadas, em sua
plenitude, com vagas de Estabelecimentos de Ensino (EE);
- estabelecimento de políticas voltadas à permanência dos subtenentes e
sargentos nas OM especializadas (aquelas que requerem habilitação específica para
a ocupação do cargo), em especial para aquelas situadas em Gu de difícil
recompletamento. Uma sugestão seria a atribuição de maior pontuação no
componente “Tempo de Serviço em Situações Diversas” da valorização do mérito;
- da mesma forma que na recomendação anterior, estabelecimento de políticas
voltadas à atração dos subtenentes e sargentos para as OM situadas em Gu de
38

difícil recompletamento. Uma sugestão seria, da mesma forma, a atribuição de maior


pontuação no componente “Tempo de Serviço em Situações Diversas” da
valorização do mérito para as Gu consideradas de difícil recompletamento, até que
esta situação se reverta;
- atribuição, por ocasião do ranqueamento dos militares, de determinada
pontuação aos militares que estão em Gu de difícil recompletamento, uma vez que,
de um modo geral, estes militares foram movimentados para este tipo de Gu por não
estarem bem ranqueados. Desta forma, seria dada uma certa prioridade para estes
militares, sem, contudo, desconsiderar o mérito militar;
- a despeito do previsto no R-50, dentro do possível, seria interessante que a
abrangência da movimentação dos subtenentes e sargentos lhes assegurasse a
experiência nacional, uma vez que a vivência em C Mil A diferentes garantir-lhes-ia
pontuação na valorização do mérito;
- no tocante ao mérito militar, seria importante atribuir maior relevância àqueles
componentes da profissão militar que pontuaram para o Sistema de Valorização do
Mérito durante o tempo de permanência do militar em sua última OM/sede,
deixando, em um patamar abaixo, as OM/sede anteriores. Assim, por exemplo, uma
punição disciplinar imposta a um subtenente ou sargento, quando servia em uma
OM/sede “X”, não deve ter grande relevância, por ocasião do estudo de sua
movimentação a partir de sua atual OM/sede, “Y”;
- aumento do tempo mínimo de sede para movimentação, a partir de Gu
comum, tanto para oficiais quanto para subtenentes e sargentos, de modo a alinhar
a legislação à realidade, uma vez que, principalmente no segundo universo, a tempo
mínimo de 3 (três) anos, de um modo geral, não é atendido. Isto diminuiria a
expectativa gerada quanto a uma possível movimentação, bem como permitiria a
permanência do militar por um tempo maior naquelas OM que requerem habilitação
específica.

8 CONCLUSÃO

O uso da IA, hoje, na movimentação de pessoal do EB, materializado pelo


SADMOV da DCEM, tem permitido a consecução dos objetivos estabelecidos na Lei
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nº 13.954/2019, na medida em que racionaliza a quantidade de militares


empregados nesta tarefa, contribuindo para a diminuição de efetivos prevista.
Da mesma forma, seu uso vai ao encontro da Diretriz estabelecida pelo
Comandante do Exército, quando emprega meios de TIC em um sistema corporativo
da Instituição, otimizando os processos decisórios.
Os parâmetros levantados como necessários à estruturação da IA já estão
presentes na extensa normativa que regula a movimentação de pessoal do EB,
cabendo definir, de acordo com o contexto do momento, o peso a ser atribuído a
cada um deles, lembrando que o interesse do serviço deverá sempre prevalecer
sobre o individual, não se esquecendo que a questão orçamentária irá definir a
qualidade e a quantidade das movimentações a serem realizadas.
Por fim, o uso da IA tem como premissa a realização de tarefas de forma
automatizada, sem a ingerência de humanos. Destaca-se que o SADMOV, hoje, é
um instrumento de assessoramento, cabendo a decisão à autoridade competente
para tal, um ser humano. Ou seja, apesar de toda a informatização do processo de
movimentação de pessoal do EB, a decisão final ainda é humanizada. Caberá ao EB
definir se a movimentação de pessoal continuará a ser gerido por um sistema com a
finalidade de apenas apoio à decisão ou se caminhará na direção da completa
automação, lembrando que, independente dessa decisão, o sistema sempre será
alimentado (parâmetros, pesos, entre outros) por seres humanos.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil; promulgada em 5 de


outubro de 1988. CF 1988.

______. Decreto nº 2040, de 21 de outubro de 1996. Aprova o Regulamento de


Movimentação para Oficiais e Praças do Exército. [S. l.], 21 out. 1996.

______. Exército Brasileiro. Aprova as Instruções Gerais para Movimentação de


Oficiais e Praças do Exército (IG 10-02). Portaria nº 325 - Comandante do
Exército, de 6 de julho de 2000. Brasília, 6 jul. 2000.

______. Exército Brasileiro. Aprova as Instruções Reguladoras para Aplicação das


IG 10-02, Movimentação de Oficiais e Praças do Exército (EB 30-IR-40.001).
Portaria nº 47 - DGP, de 30 de março de 2012. Brasília, 30 mar. 2012.

______. Exército Brasileiro. Fixa os percentuais de efetivos de militares de carreira


previstos para o completamento de pessoal das Organizações Militares do Exército.
Portaria nº 23 - DGP, de 31 de janeiro de 2014. Brasília, 31 jan. 2014.

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Exército Brasileiro. Brasília, DF, 2012.

______. Exército Brasileiro. Plano Estratégico do Exército (2020-2023). Brasília,


DF, 2019.

______. Ministério da Defesa. Estratégia Nacional de Defesa. Brasília, 2020.

______. Lei nº 13954, de 16 de dezembro de 2019. Altera a Lei nº 6.880, de 9 de


dezembro de 1980 (Estatuto dos Militares), a Lei nº 3.765, de 4 de maio de 1960, a
Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar), a Lei nº 5.821, de 10
de novembro de 1972, a Lei nº 12.705, de 8 de agosto de 2012, e o Decreto-Lei nº
667, de 2 de julho de 1969, para reestruturar a carreira militar e dispor sobre o
Sistema de Proteção Social dos Militares; revoga dispositivos e anexos da Medida
Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, e da Lei nº 11.784, de 22 de
setembro de 2008; e dá outras providências. [S. l.], 16 dez. 2019.

______. Exército Brasileiro. Diretoria de Controle de Efetivos e Movimentações.


Sistema de Apoio à Decisão para Movimentações (SADMOV). Brasília, DF, 2021.
41

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Brasília, 2021.

______. Exército Brasileiro. Diretriz do Comandante do Exército 2022. Brasília,


2022.

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https://www.eb.mil.br/documents/10138/7976670/Peculiaridades.pdf/d19630dc-38f6-
4d47-9f1f-3338ba25c99b. Acessado em 23 de maio de 2022.

______. Exército Brasileiro. Portaria nº 155 - Cmt Ex, de 16 de fevereiro de 2016.


Aprova o Regulamento do Departamento-Geral do Pessoal (EB10-R-02.001).
Boletim do Exército, Brasília, DF, nº 10, 11 março 2016.

______. Exército Brasileiro. Portaria nº 296 - Cmt Ex, de 8 de março de 2019.


Aprova o Regulamento da Diretoria de Controle de Efetivos e Movimentações
(EB10-R-02.016). Boletim do Exército, Brasília, DF, nº 11, 15 março 2019.

______. Exército Brasileiro. Portaria nº 994 – Cmt Ex, de 18 de dezembro de 2008.


Aprova as Instruções Gerais para o Sistema de Valorização do Mérito dos
Militares do Exército (IG 30-10). Boletim do Exército, Brasília, DF, n° 52, 26
dezembro 2008.

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42

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