V Festival Das Culturas Da UNILAB Divers

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V FESTIVAL DAS CULTURAS DA UNILAB


Diversidade da Universidade: Arte e Cultura, Direitos
Humanos e Inclusão

ORGANIZADORES
Reinaldo Pereira de Aguiar
Itamir Vieira
Nixon Gleyson Melo de Araujo

20 a 22 de outubro de 2021

Ver. Ampl. e Atual


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Copyright © Autoras e autores

Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, transmitida ou arquivada desde
que levados em conta os direitos das autoras, autores e organizadores.

AGUIAR, Reinaldo Pereira de (Coord.); VIEIRA, Itamir; ARAÚJO, Nixon Gleyson Melo de Araujo [Orgs.]

V Festival das Culturas: Diversidade na Universidade - Arte & Cultura, Direitos Humanos e Inclusão. Rev.
amp e atual. São Carlos: Pedro & João Editores, 2023. 169p. 21 x 29,7 cm.

ISBN: 978-65-265-0507-6 [Digital]

DOI: 10.51795/9786526505076

1. V Festival das Culturas. 2. UNILAB. 3. Diversidade e Inclusão. 4. Arte e cultura. I. Título.

CDD – 323.608142

Ficha Catalográfica: Hélio Márcio Pajeú – CRB - 8-8828


Revisão: Paulo Sérgio de Proença
Editores: Pedro Amaro de Moura Brito & João Rodrigo de Moura Brito

Conselho Editorial Institucional

Edilberto Silva - Técnico administrativo - UNILAB


Itamir Vieira - Técnico administrativo - UNILAB
Jamile Teles da Cruz - Auxiliar administrativa - UNILAB
Lívia Pereira do Amaral - Auxiliar administrativa - UNILAB
Natanael Macedo dos Santos - Auxiliar administrativo - UNILAB
Nixon Gleyson Melo de Araújo - Técnico administrativo - UNILAB
Reinaldo Pereira de Aguiar – Técnico administrativo – UNILAB

Conselho Científico da Pedro & João Editores:


Augusto Ponzio (Bari/Itália); João Wanderley Geraldi (Unicamp/Brasil); Hélio Márcio Pajeú (UFPE/Brasil); Maria
Isabel de Moura (UFSCar/Brasil); Maria da Piedade Resende da Costa
(UFSCar/Brasil); Valdemir Miotello (UFSCar/Brasil); Ana Cláudia Bortolozzi (UNESP/ Bauru/Brasil); Mariangela
Lima de Almeida (UFES/Brasil); José Kuiava (UNIOESTE/Brasil); Marisol Barenco de Mello (UFF/Brasil); Camila
Caracelli Scherma (UFFS/Brasil); Luís Fernando Soares Zuin (USP/Brasil).

Pedro & João Editores www.pedroejoaoeditores.com.br


13568-878 – São Carlos – SP 20232
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Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab)

Reitor: Roque do Nascimento Albuquerque

Vice-reitora: Cláudia Ramos Carioca

Pró-reitoria de Extensão, Arte e Cultura (PROEX)

Pró-reitora: Geranilde Costa e Silva

Diretoria do Campus dos Malês (DCM) - Bahia

Mírian Sumica Carneiro Reis

Coordenação de Arte e Cultura - CAC

Nixon Gleyson Melo de Araújo

Contatos

Av. da Abolição, 3 – Centro


CEP: 62.790-000 – Redenção/CE
E-mail: [email protected]
Fone: +55 85 3332.6158

Av. Juvenal Eugênio Queiroz, s/n – Centro


CEP: 43.900-000 - São Francisco do Conde/BA
E-mail: [email protected]
Telefone: +55 71 3651.8250
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"A cultura não lida apenas com as artes e universidades, mas com todos os valores
da sociedade humana, que a um governo democrático incumbe respeitar e vitalizar”
Jorge Cunha Lima
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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: A memória das 4 edições do Festival das Culturas representada


pela comunidade acadêmica .............................................................................. 24
FIGURA 2: Monitores do V Festival das Culturas ................................................ 27
FIGURA 3: Monitores em ação no V Festival das Culturas (2021) .................... 28
FIGURA 4: Audiovisual com monitores em ação (2021) .................................... 29
FIGURA 5: Mesa Institucional de abertura do V Festival das Culturas da Unilab 43
FIGURA 6: Coletivos em Mesa Redonda. ........................................................... 56
FIGURA 7: Diálogos Negros no V Festival das Culturas …………………………. 59
FIGURA 8: Empodere-se através do turbante ................................................... 65
FIGURA 9: Natalia Eugénia dançando estilo Kuduro Angola .............................. 70
FIGURA 10: Dança afro sobre o ar livre, na natureza ………………................. 72
FIGURA 11: Danças Tradicionais da Guiné-Bissau ............................................ 75
FIGURA 12: Apresentação de Dança - Ingrid Luz ……………………………..….. 77
FIGURA 13: Grupo Kabaz Di Terra .................................................................... 80
FIGURA 14: Cristiane Freire Gomes e Pedro Vieira Panzo………………………. 82
FIGURA 15: Grupo Vozes D'África ...................................................................... 85
FIGURA 16: Danças Africanas e Brasileiras ………………………………………. 88
FIGURA 17: Pérolas do Índico ............................................................................ 90
FIGURA 18: Mc vla .............................................................................................. 91
FIGURA 19: Toca Simon ..................................................................................... 92
FIGURA 20: Ox Di Bagry Cantando………………………………....................…. 94
FIGURA 21: Grupo GIMU..................................................................................... 96
FIGURA 22: Músico Eco de Gumbé..................................................................... 98
FIGURA 23: Apresentação do musico Fresh……………………....….....………… 100
FIGURA 24: Rodrigo e Yago no palco do V Festival ……………………………… 102
FIGURA 25: Apresentação da banda Cabaçal ……………………..…………….. 105
FIGURA 26: Coletivo integra-samba……………………………………………....... 108
FIGURA 27: Performance no Palco do V Festival ……....................................... 110
FIGURA 28: Performance Poética........................................................................ 121
FIGURA 29: Grupo Teatral Afrisamé - Entre a vida e a morte…………………... 115
FIGURA 30: Estado de emergência: A contagem regressiva começou .............. 117
FIGURA 31: Projeto Good Morning Bonjour ……………………………………….. 120
FIGURA 32:Exposição Visual - Grupo de Risco………….................................... 126
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FIGURA 33:A criadora e a criação....................................................................... 128


FIGURA 34:Exposição do artista Matheus Felipe............................................... 130
FIGURA 35:Exibição do artista Gerdon Cavalcante........................................... 132
FIGURA 36: Modos de Vida do Povo Macua……………………………………… 134
FIGURA 37:Projeto CineMalês ……………………………………………………… 136
FIGURA 38: Vídeo performance “Negociação da ausência ………................... 138
FIGURA 39: Exposição das Máscaras conhecidas como Caretas de Saubara… 140
FIGURA 40: Mente Criativa, Homem Mustasse e Patrícia.................................. 142
FIGURA 41: MASG ............................................................................................ 144
FIGURA 42: Corpos Que Importam: Diálogos (Trans)Formadores……………... 146
FIGURA 43: O documentário Transcendência Marginal ………………………..… 148
FIGURA 44: 70 Olhares Sobre Direitos Humanos “EU SEMENTE” ................... 150
FIGURA 45: Lançamento do Livro Helena, A Princesa que amava demais……. 152
FIGURA 46: Aprendendo sobre direitos humanos, valores e diversidade……… 154
FIGURA 47: Leitura Dramática da Peça Sortilégio de Abdias Nascimento……. 156
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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Pré-Festivais das Culturas em 2021.................................................. 34


TABELA 2: Pré-Festival das Culturas – 10 de junho de 2021............................ 36
TABELA 3: Pré-Festival das Culturas – 11 de junho de 2021……..................... 37
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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ASEA – Associação dos Estudantes e Amigos da África

CAC – Coordenação de Arte e Cultura

CECULT – Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas

CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

DCM – Diretoria do Campus dos Malês

DUDH - Declaração Universal dos Direitos Humanos

ETEBA – Escola Técnica Estadual da Bahia

IFBA – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia

IHAC – Instituto de Humanidades Artes e Ciência

IHLM – Instituto de Humanidades e Letras dos Malês

PIBEAC – Projeto Institucional de Bolsa de Extensão, Arte e Cultura

PROEX – Pró-Reitoria de Extensão, Arte e Cultura

REUNI – Reestruturação e Expansão das Universidades Federais

SUS – Sistema Único de Saúde

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

UNEB – Universidade do Estado da Bahia

UNILAB – Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

UNIVATES – Universidade do Vale de Taquari


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Agradecimentos

Agradecer é um dom divino que deve fazer parte da vida do ser humano.

Nosso eterno agradecimento às instituições de ensino superior,

básico, técnico e tecnológico

e, principalmente, aos municípios parceiros do Estado da Bahia e do Ceará que nos deram

total apoio na realização do V Festival em 2021.

Aos Discentes,

Professores(as)

Técnicos(as)-administrativo(as),

Terceirizados e cedidos (Equipe de apoio administrativo, Equipe de Vigilantes,

Equipe de limpeza e Equipe de Motoristas)

e Comunidade em geral.

Vale ressaltar que o evento não teria sido realizado sem

a colaboração, ajuda e empenho de todos(as)

que se dedicaram ao festival, direta ou indiretamente.

Um agradecimento especial e imensamente especial aos monitores e artistas

da V edição do Festival das Culturas, em 2021.

Aos organizadores que se empenharam para que fosse possível concretizar este evento

memorável,

com trabalho em equipe incrível que

nos proporcionou momentos ímpares.

O evento, evidentemente, não poderia ser possível sem o apoio incondicional da Direção

do Campus dos Malês, da Direção do Instituto de Humanidades e Letras dos Malês

(IHLM), das Coordenações de Cursos e da Pró-Reitoria de Extensão, Arte e Cultura da

Unilab.
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Porque gostamos de festa: V festival das culturas


"A memória do Festival das Culturas"

Um dia que um pesquisador resolve acessar os arquivos do V Festival da


Cultura da UNILAB, que ocorreu nos dias 20, 21 e 22 de outubro de 2021, nos campi
da Bahia e Ceará, de forma híbrida (presencial e virtual), irá se perguntar quem eram
aqueles loucos e loucas que inventaram de trocaria por "promover e realizar" a fina
força um festival em pleno período de pandemia da Covid-19 (lembrando que todos
os cuidados foram tomados para evitar a contaminação da Covid-19 conforme as
orientações das autoridades sanitárias e regras vigentes na universidade).
Estávamos em meio a Pandemia da COVID-19 e aqueles dias pareciam que
foram uma pequena bolha onde mascarados e mascaradas se reuniram para celebrar
e festejar a cultura e arte, mascarados e mascaradas passaram tanto tempo isolados
e isoladas em suas casas, longe da família e até do convívio social, às vezes em
isolamento de quarentena e que estavam ansiosos de se verem e se olharem mesmo
que por trás de uma máscara de proteção e mantendo o distanciamento social e era
nítido o desejo e alegria em, de alguma forma, estarmos próximos novamente. A
plateia e o público eram bem reduzidos e muitas vezes acompanhávamos apenas
pelas redes sociais e de streaming as apresentações, mas o calor humano das
atividades, palestras, debates, exposições, peças teatrais, dança e música contagiava
e ressoava dentro e fora dos muros da universidade.
O IV Festival das Culturas aconteceu em 2019, e somente em 2021
estaríamos realizando o V Festival das Culturas, depois de um ano sem termos o
tradicional Festival das Culturas por conta de estarmos ainda nos adaptando as
medidas do isolamento da Pandemia e não termos ainda os recursos necessários
para fazer as transmissões, retomamos o Festival de 2021 com o tema que havia sido
escolhido pela comunidade acadêmica com o título “Diversidade na Universidade: Arte
& Cultura, Direitos Humanos e Inclusão”. E como o tema bem assim afirmou lá estava
toda a diversidade da Universidade celebrando a arte e a cultura, lutando pelos direitos
humanos e pela inclusão.
O V Festival das Culturas foi o primeiro que contou com 150 bolsas no valor
de R$ 400,00 para que os estudantes da Unilab fossem pagos nas funções de
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monitoria das áreas de produção cultural, fotografia e audiovisual e para que os grupos
artísticos e culturais formado pelos estudantes pudessem se apresentar com cachês
pagos pela Universidade. Outra novidade do V Festival foi o uso a resolução de nº 40,
DE 20 DE AGOSTO DE 2021, que contempla o Programa de Ações Afirmativas, de
forma a fazer o Festival ainda mais inclusivo e democrático.
O Festival das Culturas é um evento institucional da universidade e tem
crescido a cada ano, é lugar do encontro, da festa e da celebração. Nos dias do
Festival a Universidade se torna ainda mais tribo, lugar de uma grande ciranda em
que todas e todos celebram à sua maneira a cultura do seu povo, de seu país, de sua
identidade mais íntima de ser humano.
O Festival apesar de ser organizado pela Pró-Reitoria de Extensão, Arte e
Cultura da Unilab, com apoio da Reitoria, é um esforço conjunto dos campi da Unilab
no Ceará e na Bahia, além de um conjunto de parcerias e instituições do poder público
nos dois estados, como as prefeituras e secretarias de Cultura dos Municípios de
Redenção, Acarape e São Francisco do Conde. O Festival é uma grande colcha de
retalhos de esforços e de colaboração para que a Festa celebrativa da Arte e da
Cultura aconteça.
Seguiremos fazendo festa, quer mascarados ou não, seguiremos celebrando
a cultura e a arte presente na UNILAB. Seguiremos porque a festa nos move a sermos
melhores. Seguiremos porque a festa nos lembra que temos muito a celebrar e
aprender juntos.
Que venha a Festa do VI Festival das Culturas em 2022!!!

Equipe da Coordenação de Arte e Cultura


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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ………………………………………………………………………. 166


Capítulo 1 - INTRODUÇÃO ……………………………………………………………. 20
Capítulo 2 - OS MONITORES E A ATUAÇÃO NO EVENTO ……………………… 25
Capítulo 3 - OS ORGANIZADORES E O PLANEJAMENTO ……………………… 30
Capítulo 4 - OS PRÉ-FESTIVAIS ……………………………………………………… 32
4.1 O PRÉ-FESTIVAL DAS CULTURAS – TRANSMISSÃO ONLINE …………… 35
Capítulo 5 - MESAS, WORKSHOPS, APRESENTAÇÕES DE TRABALHOS
CIENTÍFICOS, SEMINÁRIOS E PALESTRAS ………………………………………. 388
5.1 ABERTURA DO V FESTIVAL DAS CULTURAS – Bahia / Ceará …………… 42
5.2 MESA: Coletivos em Mesa Redonda - Ceará ………………………………… 52
5.3 WORKSHOP: Diálogos Negros no V Festival das Culturas - Ceará ………. 57
Capítulo 6 - OFICINAS …………………………………………………………………. 61
6.1 OFICINA: Empodere-Se Através Dos Turbantes.” - Bahia……………………. 634
Capítulo 7 - APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS …………………… 656
7.1 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Estilo Kuduro – Bahia ………………………. 689
7.2 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Dança afro sobre o ar livre, na natureza. - Bahia
……………………………………………………………………………………. 71

7.3 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Danças Tradicionais da Guiné-Bissau - Ba.. 723


7.4 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Ingrid Luz …………………………………….. 756
7.5 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Grupo Kabaz Di Terra - Ceará …………….. 778
7.6 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Dança (Semba e Kizomba) - Ceará ………. 81
7.7 APRESENTAÇÃO MUSICAL E DE DANÇA: Grupo Vozes D'África ………… 83
7.8 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Dança Africanas e Brasileiras ……………… 86
7.9 APRESENTAÇÃO MUSICAL E DE DANÇA: Canto e Dança – “Pérolas do Índico”
………………………………………………………………………………….. 89

7.10 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Mc vla – Bahia ………………………………. 91

7.11 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Toca Simon – Bahia ……………………………… 92

7.12 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Ox Di Bagry – Bahia ……………………….. 93

7.13 APRESENTAÇÃO MUSICAL: GIMU - Grupo de Integração Musical da Unilab -


Bahia ………………………………………………………………………………….. 95

7.14 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Eco de Gumbé (E3g5) - Bahia ……………. 97


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7.15 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Fresh - Ceará …………………………………. 99


7.16 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Rodrigos Paulino - Ceará …………………. 101

7.17 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Banda Cabaçal - Ceará ……………………….. 103

7.18 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Integrasamba – Ceará ……………………… 106


7.19 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Marcelino Issa da Cunha- Ceará …………. 109
7.20 APRESENTAÇÃO POÉTICA: FIRKIDJA DI NO KAMPADA - Ceará ………. 111

7.21 APRESENTAÇÃO TEATRAL: Grupo Teatral Afrisamé - Entre a Vida e a Morte


– Ceará ………………………………………………………………………… 114

7.22 APRESENTAÇÃO TEATRAL: Estado De Emergência: A Contagem Regressiva


Começou – Ceará …………………………………………………….. 116

7.23 APRESENTAÇÃO ARTISTICA: Projeto Good morning, bonjour: aprendizagem


inicial de línguas estrangeiras modernas na UNILAB/Malês – Bahia
………………………………………………………………………………………………………….. 118

Capítulo 8 - LANÇAMENTO DE LIVRO, LEITURAS, EXPOSIÇÕES ARTÍSTICAS,


AUDIOVISUAIS E ARTESANATOS …………………………………………………. 121
8.1 EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS: Grupo de Risco - Ceará ………………. 124
8.2 EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS: Menina, Tu Vai Fazer uma Arte! - Ceará
………………………………………………………………………………….………………… 126
8.3 EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS: Matheus Felipe - Ceará ……………….. 128
8.4 EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS: Gerdon Cavalcante Maciel,- Ceará …… 130
8.5 EXIBIÇÃO VISUAL: Modos de Vida do Povo Macua - Bahia ………………. 132
8.6 EXIBIÇÃO AUDIO-VISUAL: Cine Malês e as produções cinematográficas em
São Francisco do Conde - Bahia …………………………………………………… 134
8.7 EXIBIÇÃO VISUAL: Vídeo performance Negociação da Ausência - Bahia 136

8.8 EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS: Exposição Das Máscaras Conhecidas Como


Caretas De Saubara - Bahia 138

8.9 EXIBIÇÃO AUDIOVISUAL: Mente Criativa, Homem Mustasse e Patrícia – Bahia


…………………………………………………………………………………… 140

8.10 EXIBIÇÃO AUDIOVISUAL: MASG – Vídeo Clip –Lágrimas de Sangue – Bahia


……………………………………………………………………………………………………. 142
8.11 EXIBIÇÃO AUDIOVISUAL: Corpos Que Importam: Diálogos
(Trans)Formadores – Ceará ……………………………………………………….. 144
8.12 EXIBIÇÃO AUDIOVISUAL: Documentário Transcendência Marginal (2020) –
Ceará …………………………………………………………………………………. 1456
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8.13 RELATÓRIO DO DOCUMENTÁRIO: 70 Olhares Sobre Direitos Humanos “EU


SEMENTE”– Ceará …………………………………………………………………… 148
8.14 LANÇAMENTO DE LIVRO: Lançamento do Livro Helena, A Princesa que
amava demais – Ceará …………………………………………………………….. 150
8.15 CONTAÇÃO DE HISTÓRIA: “Aprendendo sobre direitos humanos,valores e
diversidade" – Ceará ………………………………………………………………… 152
8.16 APRESENTAÇÃO ARTISTICA: Leitura Dramática da Peça Sortilégio de Abdias
Nascimento – Bahia ……………………………………………………….. 154

Capítulo 9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ………………………………………….. 156

REFERÊNCIAS ……………………………………………………………………….. 158

APÊNDICES …………………………………………………………………………… 162

APÊNDICE 1 – Depoimento dos monitores sobre a participação no V Festival das


Culturas 2021 ………………………………………………………………………….. 163
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APRESENTAÇÃO
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APRESENTAÇÃO ampliada apud Santos (2019)

Adelmária Ione dos Santos1

O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das


Universidades Federais (REUNI) trouxe benefícios para muitos Estados da
Federação, em especial para aqueles localizados nas regiões Norte e Nordeste do
país que, em sua grande maioria, possuíam apenas uma universidade federal, como
foi o caso do Estado do Ceará que abrigava apenas com campus funcionando na
cidade de Fortaleza. Ao se considerar a possibilidade de o Estado do Ceará abrigar
uma das universidades de integração que se voltaria para o estabelecimento das
relações de cooperação internacional Sul-Sul (UNILAB) apontou-se para a cidade de
Redenção, no Ceará, primeira cidade do Brasil que aboliu a escravatura, no ano de
1884.
Em outubro de 2008, foi instituída a Comissão de Implantação da Universidade
que, ao longo de aproximadamente dois anos, realizou estudos com o objetivo de
identificar problemas e temas de interesse comum ao Brasil e aos países da África,
da Ásia e Europa que adotam, como oficial, a língua portuguesa. Na ocasião, foram
desenvolvidas também atividades relacionadas ao planejamento institucional, à
organização da estrutura acadêmica e curricular, bem como à administração de
pessoal, de patrimônio e de orçamento financeiro.
Em 20 de julho de 2010, foi sancionada a Lei Federal nº 12.289, instituindo a
UNILAB como universidade pública federal, que tem como objetivo:

[...] ministrar superior, desenvolver pesquisas nas diversas áreas de


conhecimento e promover a extensão universitária, tendo como missão
institucional específica formar recursos humanos para contribuir com a
integração entre o Brasil e os demais países membros da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa - CPLP, especialmente os países africanos,
bem como promover o desenvolvimento regional e o intercâmbio cultural,
científico e educacional (BRASIL, 2010, art.2).

A UNILAB é uma instituição federal de ensino, pesquisa e extensão que deve

1
Mestranda em Ensino pela Universidade do Vale de Taquari (UNIVATES). Especialista em Gestão
Pública pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (2014). Bacharela
em Arquivologia pela Universidade Federal da Bahia (2009). Atualmente ocupa o cargo permanente de
Arquivista da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.
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fundamentar a sua atividade de acordo com a realidade social e econômica das


localidades nas quais está inserida (interiorização) e deve promover o avanço da
cooperação internacional com os países lusófonos (internacionalização).
Sua missão institucional está voltada, assim, para o processo de interiorização
e de internacionalização do ensino, visto que os indicadores desses países da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) revelam territórios marcados
por intensas desigualdades sociais.
A fim de concretizar a sua missão institucional de produzir e disseminar o saber,
de modo a contribuir para o desenvolvimento social, cultural e econômico do Brasil e
dos países de língua portuguesa, por meio da formação de cidadãos com sólido
conhecimento filosófico, científico, cultural e técnico, a UNILAB vem tendo forte
presença na esfera de sua abrangência geográfica, em particular nas comunidades
para as quais seus serviços estão direcionados – a região do Maciço de Baturité – CE
e São Francisco do Conde – BA e países parceiros.
Há especial destaque para as ações de artes e culturas que vem ganhando
espaços nos calendários regionais, a exemplo do Festival das Culturas da UNILAB,
evento anual que já se constitui importante espaço de aprendizado e intercâmbio
internacional, cujo objetivo é promover o encontro das múltiplas formas de
manifestações culturais dos países lusófonos que compõem a Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira com a cultura afro-brasileira e
nordestina.
A primeira edição do Festival das Culturas ocorreu no ano de 2016 com o tema
Vozes da África, Vozes do Brasil; movimentou cerca de 5 mil pessoas nos dois
estados nordestinos, em quatro cidades (Acarape, Redenção, São Francisco do
Conde e Fortaleza), promovendo oficinas e diversas apresentações artísticas, como
também seminários acadêmicos e encontros culturais. Além de atrair os participantes
da própria UNILAB, o evento despertou o interesse das comunidades do Maciço do
Baturité e do Recôncavo Baiano.
A segunda edição do Festival das Culturas, Artes da Terra, ocorrida em 2017,
alcançou um público de cerca de 7.600 espectadores com uma enorme quantidade
de apresentações culturais: música, teatro, dança, oficinas culinárias, fotográficas,
têxteis, imagéticas etc. Tivemos ainda um relevante espaço para debater as ações
artístico-culturais da universidade, o Fórum de Cultural da UNILAB, que buscou
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articular o planejamento das atividades culturais da nossa universidade com o Maciço


do Baturité e o Recôncavo Baiano.
A terceira edição do Festival de Culturas ocorreu em 2018, com a temática Arte,
Cultura Popular e Resistência, escolhido em uma consulta interna à comunidade
acadêmica. Estiveram presentes nesse diálogo não somente a dança, a música, o
canto, mas também as estéticas visuais e cênicas que carregam suas próprias noções
de pertencimento e discussão sobre identidade política e cultural – o cinema, o teatro,
a fotografia e as artes plásticas, nascidas em África, no Brasil e no Timor Leste
A quarta edição do Festival de Culturas ocorreu em 2019, com a temática África
Sertaneja: ancestralidade africana e indígena na cultura nordestina que teve
como objetivo identificar, conhecer, legitimar e difundir os saberes e as formas de
expressão inspirados no cenário cultural dos povos africanos, sertanejos, indígenas,
afro-ameríndios, quilombolas e negros, por meio de diversas manifestações culturais
e artísticas.
Em 2021, houve a 5ª edição do Festival das Culturas, na modalidade online,
com a temática Diversidade na Universidade: Arte & Cultura, Direitos Humanos e
Inclusão; nessa percepção, a integração cultural possibilitou integrar, interagir e
colocar em prática a diversidade cultural presente no ambiente acadêmico e extra-
muros da universidade.
O Festival das Culturas é inquestionavelmente um evento que já se inseriu no
calendário da cultura popular das regiões do Estado do Ceará e Bahia; prova disso é
a crescimento e a participação dos grupos culturais e da sociedade residente nos
municípios integrantes do Maciço de Baturité e da região do recôncavo da Bahia e de
outras regiões do país.
As quatro edições do Festival das Culturas têm se firmado como eventos de
construção coletiva, idealizado e realizado por meio de um intenso empenho dos
profissionais que integram a UNILAB, assim como pelos diversos parceiros
institucionais, prefeituras, associações, sindicatos e instituições de ensino municipais,
estaduais e federais.
Página | 20

Capítulo 1 - INTRODUÇÃO
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Capítulo 1 - INTRODUÇÃO ampliada (apud FESTIVAL DAS CULTURAS


2019)

A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira


(UNILAB) foi criada pela Lei nº 12.289, de 20 de julho de 2010 e tem como objetivo

Art. 2º [...] ministrar ensino superior, desenvolver pesquisas nas diversas


áreas de conhecimento e promover a extensão universitária, tendo como
missão institucional específica formar recursos humanos para contribuir com
a integração entre o Brasil e os demais países membros da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa - CPLP, especialmente os países africanos,
bem como promover o desenvolvimento regional e o intercâmbio cultural,
científico e educacional (BRASIL, 2010, online2).

Uma universidade pública, federal, criada no ano de 2010 com presença em


dois estados brasileiros: Ceará, no qual se localiza a sede e Bahia, com cursos
presenciais de graduação, pós-graduação lato sensu e stricto sensu, e cursos na
modalidade a distância de graduação e pós-graduação lato sensu.
No ano de 2016, o reitor Tomaz Aroldo da Mota Santos, em parceria com a Pró-
Reitoria de Extensão, Arte e Cultura, idealizou um Festival na Unilab, semelhante aos
Festivais que aconteciam na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com
realce à riqueza da diversidade cultural que tem a comunidade acadêmica da Unilab.
Assim surgiu o Festival das Culturas, que seria realizado nas datas de criação da
instituição com objetivo de integrar a diversidade cultural da comunidade acadêmica
e da comunidade em geral. Desse modo, dá-se início ao Festival das Culturas no mês
de julho de 2016 e nos anos seguintes transfere-se a data para o mês de maio de
acordo com a data da criação da instituição.
Para cada edição, o Festival das Culturas teria temática distinta:
1. Na 1ª edição, em 2016, o tema escolhido foi Vozes da África, Vozes do
Brasil, com ações apenas em São Francisco do Conde;
2. Na 2ª edição, em 2017, o tema escolhido foi Artes da Terra, no qual
realizamos ações nos Municípios de São Francisco do Conde, Candeias e
Santo Amaro;

2
Lei nº 12.289/2010 (Lei de criação da UNILAB). Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12289.htm. Acesso em: 12 ago. 2019.
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3. Na 3ª edição, em 2018, o tema escolhido foi “Arte, Cultura Popular e


Resistência”, com ações nos municípios de São Francisco do Conde,
Candeias e Cruz das Almas.
4. Na 4ª edição, em 2019, sob o tema África sertaneja: ancestralidade
africana e indígena na cultura nordestina, realizamos ações em
Candeias, São Francisco do Conde e Santo Amaro.
5. Na 5ª edição, em 2021, o tema Diversidade na Universidade: Arte &
Cultura, Direitos Humanos e Inclusão envolveu Bahia e Ceará no formato
online nos dias 20 (acesse), 21 (acesse) e 22 (acesse) de outubro de 2021.
Em todas essas edições firmamos parcerias com outras instituições públicas
de ensino como a UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), o IFBA
(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia), a UFBA (Universidade
Federal da Bahia), a UNEB (Universidade do Estado da Bahia), com o órgão de
representação sindical da categoria dos Técnicos-administrativos, o Sindicato dos
Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Universidades Públicas
Federais no Estado da Bahia (ASSUFBA), com a representação da categoria dos
Docentes na Bahia, o Sindicato dos Professores das Instituições Federais do Estado
da Bahia (APUB) e com os municípios parceiros.
No ano de 2019 a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira realizou no mês de maio ações de Pré-Festival em cidades adjacentes; o
evento reuniu prévias do que aconteceria no Festival no período de 22 a 24 de maio
de 2019. O IV Festival das Culturas ( África sertaneja: ancestralidade africana e
indígena na cultura nordestina), realizou a integração universitária com a
diversidade cultural de nações que compõem a instituição em seu corpo acadêmico,
em conjunto com ASEA (Associação dos Estudantes e Amigos da África), que realizou
a VI Semana da África de forma simultânea, no período de 21 a 25 de maio de 2019
com o tema Contemporaneidade africana: perspectivas e desafios, na qual
aconteceram muitas discussões, apresentações artísticas, culturais, técnico-
científicas, exposições audiovisuais e muita integração cultural.
Além dessa parceria com a ASEA, a edição do IV Festival das Culturas da
Unilab no Campus dos Malês contou com parcerias institucionais com a UFRB, IFBA,
UFBA, ASSUFBA, APUB, Escola Técnica Estadual da Bahia (ETEBA) e Prefeituras
Municipais de São Francisco do Conde, de Candeias e de Santo Amaro.
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No período de 22 a 24 de maio de 2019 a UNILAB iniciou os eventos do IV


Festival das Culturas reunindo apresentações de teatro, dança, música, literatura,
artes visuais, artesanato e outras manifestações artísticas e culturais e técnico-
científicas.
No ano de 2021, no período de 10 a 11 de junho foram realizadas ações de
pré-festival das culturas, como prévia do que aconteceria no V Festival das Culturas
no período de de 20 a 22 de outubro de 2021, com o tema Diversidade na
Universidade: Arte & Cultura, Direitos Humanos e Inclusão, evento em que houve
a integração cultural e integrativa entre a comunidade acadêmica e a externa com a
participação online por meio da plataforma Youtube.
O Festival é um evento que propõe intercâmbio das múltiplas formas de
manifestações culturais dos países lusófonos que compõem a Unilab: Angola, Brasil,
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, além de Timor Leste.
Em palavras de um dos parceiros institucionais para a realização do evento, o
Coordenador de Extensão, em nome da Pró-Reitoria de Extensão da UFRB:
O pensar e o desenvolver das ações do Festival faz com que a UFRB pense
junto com a Unilab nas ações artísticas e culturais, mostrando a importância
do evento para a comunidade, potencializando a diversidade artística e
cultural expondo o papel da Universidade Pública e a realização de parcerias
(SOUZA, 2019)3.

E, para concluir, jamais poderia esquecer a equipe organizadora e


especialmente agradecer os 40 monitores guerreiros(as) que brilharam e fizeram com
que o evento, independentemente dos problemas, fosse um enriquecedor espaço de
informações e consequentemente de troca de conhecimentos para todos os
participantes e visitantes.

3
Doutor pelo Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação "Cultura e Sociedade" do Instituto de
Humanidades Artes e Ciência Prof. Milton Santos IHAC/UFBA (2015), Mestre em Ciências da
Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos-UNISINOS, RS (2006) e Bacharel em
Administração de Empresas pela Universidade Federal da Bahia (1994). Tem experiência de mercado,
ensino e pesquisa nas áreas de Comunicação, Cultura e Gestão, atuando especialmente nos seguintes
temas: cultura e desenvolvimento, políticas públicas e terceiro setor, cultura juvenil, direito à
comunicação, desenvolvimento territorial, uso das tecnologias de comunicação na educação. É
professor do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT) da Universidade
Federal da Bahia (UFRB) e coordenador do Núcleo Cultura e Território da Pró-Reitoria de Extensão da
UFRB
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FIGURA 1: A memória das 4 edições do Festival das Culturas representada pela


comunidade acadêmica4

FONTE: Arquivo pessoal (2019)

4
Técnico-administrativo, Secretário Executivo Márcio Eduardo de Lima Valverde, discente Aramatu
Injai do Curso de Letras – Língua Portuguesa na UNILAB, Prof. Pedro Acosta Leyva do Curso de
Bacharelado em Humanidades do IHL do Campus dos Malês e a discente Fabiana Pedreira Gelard do
Curso de Licenciatura em História da Unilab (da esquerda para direita).
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Capítulo 2 - OS MONITORES E A ATUAÇÃO NO EVENTO


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Capítulo 2 - OS MONITORES E A ATUAÇÃO NO EVENTO

Os monitores constituem uma “peça” fundamental na realização do evento, o


Festival das Culturas, as ações de pré-festival, desde a 1ª edição do evento em 2016,
do I Festival das Culturas até a presente edição, o V Festival das Culturas, há a
presença e participação de um bom número de monitores que fazem o evento com
muito orgulho e prazer nas ações do evento, desde o acolhimento de artistas e
participantes, a entrega de certificação, acompanhamento de listas de presenças,
divulgação do evento, dentre outras atividades. Contudo estes monitores têm uma
formação básica para que isso aconteça da melhor forma possível, como
acompanhando instruções de manual do monitor, disponível no repositório da Unilab
- acesse aqui.
A seleção desses monitores desde a 1ª edição do Festival das Culturas é
realizada através de editais, de acordo com alguns critérios. Editais do I Festival das
Culturas em 2016 (acesse aqui), do II Festival das Culturas em 2017 (acesse aqui),
do III Festival das Culturas em 2018 (acesse aqui), do IV Festival das Culturas em
2019 (acesse aqui) e do V Festival das Culturas em 2021 (acesse aqui) e VI Festival
das Culturas em 2022 (acesse aqui).
Na edição do V Festival das Culturas da Unilab em 2021 a seleção dos
bolsistas/monitores ocorreu em processo seletivo por meio do edital nº 05/2021, de 7
de outubro de 2021, da Pró-Reitoria de Extensão, Arte e Cultura, o qual contemplou
150 bolsistas/monitores.
Essas vagas foram assim distribuídas: 68 bolsas como políticas afirmativas e
82 como ampla concorrência, divididas em segmentos: a) projetos de extensão
PIBEAC (Projeto Institucional de Bolsa de Extensão, Arte e Cultura) e Fluxo contínuo;
b) Apresentação artística e/ou cultural e; c) Monitoria. Estes bolsistas deveriam ter
vínculo acadêmico com a instituição.
A partir da seleção iniciamos os encontros de formação, antes do festival, em
preparação para atividades, enfatizando a importância do evento para a comunidade
acadêmica, para a sociedade e principalmente para cada um dos monitores
presentes. Os encontros de formação foram baseados no Manual do Monitor: Uma
ferramenta para o exercício da função (AGUIAR, Repositório Institucional da Unilab,
2019).
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Para realizar um evento de grande porte, necessitaríamos unir forças e a


equipe de monitores é o braço direito, esquerdo, tronco e cabeça do Festival das
Culturas; ela sempre está presente com inovações em cada edição, objetivando
responsabilidade, ética, profissionalismo e eficiência como resultado do trabalho em
equipe.
É de se observar que os monitores, desde o momento da inscrição e no
decorrer das atividades do evento, mostraram-se bastante interessados com a
atuação no Festival das Culturas, que consideram o maior evento da Universidade,
diante da diversidade, troca e aprendizagem cultural presente no evento, com a
participação da comunidade acadêmica e sociedade civil de São Francisco do Conde,
de cidades circunvizinhas, de estados brasileiros e de países que fazem parte da
missão de integração da instituição.

FIGURA 2: Monitores do V Festival das Culturas

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

A formação dos monitores não acontece apenas em uma breve reunião;


recebem informações teóricas e práticas de atendimento ao público, de trabalho em
equipe, de resolução de problemas que poderão ocorrer no evento. Utilizamos
bastante a prática significativa, tendo como referência o Manual do Monitor: Uma
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ferramenta para o exercício da cidadania (AGUIAR, Repositório Institucional da


Unilab, 2019).
A equipe de monitores deu grande contribuição e colaboração para que o
evento acontecesse no formato online; eles gostam de participar da atividade de
monitoria, pois isso proporciona um aprendizado e integração da diversidade cultural
com bastante troca de experiências.
FIGURA 3: Monitores em ação no V Festival das Culturas (2021).

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Um evento diferente, todos com um uniforme a mais, todos “mascarados” como


forma de proteção à vida, respeitando as normas de segurança e respeito à vida e à
ciência.
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FIGURA 4: Audiovisual com monitores em ação (2021).

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Vale ressaltar que esse evento constitui um momento único na vida pessoal e
acadêmica de toda equipe de monitores e da equipe organizadora, uma troca
significativa de experiências.
As ações realizadas pelos próprios monitores, sendo apreciadas pelos
mesmos, mostram a importância das atividades executadas e seus resultados para a
comunidade acadêmica e para a comunidade em geral. A Universidade tem como
finalidade atividades de: ensino, pesquisa e extensão.
Professores, discentes, técnicos e comunidade em geral apreciam o evento em
cada uma das edições e valorizam o evento na instituição.
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Capítulo 3 - OS ORGANIZADORES E O PLANEJAMENTO


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Capítulo 3 - OS ORGANIZADORES E O PLANEJAMENTO

A organização é a “peça” de tão importância quão aos monitores do evento,


aquela é responsável pelo planejamento e diálogo com a Pró-reitoria de Extensão,
Arte e Cultura no sentido de pensar e planejar: O que, como, quando e onde ofertar
atividades para o Festival das Culturas promovido pela universidade. A organização
do Festival das Culturas em todas as edições do evento na Bahia há sempre a
participação e incentivo por parte da Direção do Campus e Direção do Instituto de
Humanidades e Letras do Campus dos Malês em São Francisco do Conde.
A comissão organizadora do V Festival das Culturas da Unilab em 2021 foi
formada por docentes, terceirizados e técnicos-administrativos em educação dos
Campi do Estado da Bahia e do Estado do Ceará. A seleção desses profissionais foi
realizada por escolha e indicação e composta pelos professores/as: Fanny Longa
Romero, Isabella Alves Lamas, Jorge Garcia Basso e Victor Martins de Sousa; pelos
técnicos-administrativos em educação Dart Cléa Rios Andrade Araújo, Nixon Gleyson
Melo de Araújo, Reinaldo Pereira de Aguiar e Wagner Ferreira Sales.
Houve alguns encontros de discussão sobre o formato do evento para definir a
forma das apresentações, o tempo de duração, a gravação das apresentações,
presenciais ou virtuais, o trabalho conjunto entre Bahia e Ceará.
Algumas divisões de trabalho foram necessárias como: equipe de seleção e
formação de monitores, equipe de seleção de artistas e organização da programação
do evento.
A Comissão Organizadora decidiu planejar e executar um pré-festival das
culturas a ser realizado de forma virtual entre os artistas do Estado da Bahia e do
Estado do Ceará nos dias 10 e 11 de junho de 2021.
O que realizar? Como realizar? Quando realizar? Onde realizar? Para quem?
A partir dessas perguntas focamos em parcerias, para a realização do Pré-Festival e
do evento maior, o Festival das Culturas, inclusive na logística necessária.
O V Festival das Culturas em 2021 foi realizado de forma virtual, devido a
circunstâncias do momento, iniciando com ações de pré-festival das culturas no
formato virtual.
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Capítulo 4 - OS PRÉ-FESTIVAIS
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Capítulo 4 - OS PRÉ-FESTIVAIS

O Pré-Festival é uma prévia do que aconteceria no Festival das Culturas. O V


Festival das Culturas ocorrido no ano de 2021 teve dois dias de ações de pré-festival,
no formato online, transmitido pelo Youtube oficial da Unilab nos dias 10 e 11 de junho
de 2022. Na abertura do pré-festival das Culturas, na modalidade online, estavam
presentes: profª Cláudia Ramos Carioca, vice-reitora, representando a reitoria em
exercício; o prof. Ricardo Nascimento, coordenador de Arte e Cultura; a profª Miriam
Sumica, Diretora do Campus dos Malês; o prof. Carlos Tavares, pró-reitor de
Extensão, Arte e Cultura; o Senhor Robert. Alexandre, Secretário Municipal de Cultura
e Turismo de São Francisco.
A vice-reitora, a profª Cláudia Ramos Carioca, em exercício na reitoria enfatizou
a importância de um evento como o Festival das Culturas na Unilab. mostrando a
riqueza cultural

A uma imensa riqueza cultural, e o aspecto artístico da Universidade dos


países membros, do Município de São Francisco do Conde no Estado da
Bahia e em Redenção no Estado do Ceará, e cidades adjacentes. A
realização de um evento como este considera necessária a parceria com as
Secretarias de Cultura dos Estados e dos municípios. Este é um momento
ímpar para Comunidade regional, nacional e internacional. É um momento
singular, não visto em nenhuma universidade do Brasil, um evento que cultura
e arte sejam apresentadas e com quebra de paradigma. Neste sentido, juntos
estamos celebrando o início do V Festival das Culturas da Unilab (Ramos
Carioca, 2021).

Ressalta a reitora em exercício que era momento de celebrar a integração entre


a comunidade acadêmica e a sociedade. Por seu turno, o pró-reitor de extensão, arte
e cultura, o prof. Carlos Tavares agradece à equipe e à Gestão Superior por este apoio

Agradeço à equipe da Unilab, e principalmente a equipe da PROEX pelo


incansável trabalho no realizar deste festival das culturas, que mesmo nas
condições adversas no momento da pandemia que o evento será realizado
com muita alegria. A partir deste instante está sendo lançado o edital do
Festival das Culturas que será realizado no período de 28 a 30 de outubro de
2022 (Tavares, 2021).

A gratidão é característica essencial para saber reconhecer as ações da equipe;


agradecer, a Secretária de Cultura do Estado da Bahia, a Senhora Arani Santana
parabeniza a universidade pelo brilhante evento que promove anualmente
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Gostaria de parabenizar e testemunhar o comprometimento desta


Universidade com a cultura, é maravilhoso perceber que esta instituição se
propõe a fazer um ensino superior diferenciado, respeitando a pluralidade das
expressões culturais e científicas, sempre faço questão de reforçar a
importância da centralidade da cultura na transformação e no
desenvolvimento da sociedade, reitero mais uma vez a necessidade de
valorizar a diversidade cultural dos estados e municípios e considerar suas
dimensões simbólicas, econômica e cidadã. O pré-festival e o festival
propriamente dito é espaço propício para diversificar, disseminar e divulgar
essa cultura para os povos, a Bahia e o Ceará têm campos férteis de
produção, de circulação e de difusão cultural com inúmeros elementos
identitários culturais que aproximam esses dois estados (Neves, 2021).

Para a Secretária, a cultura é considerada o centro de discussão e


transformação social, urgindo a necessidade de valorizar e desenvolver inúmeras
ações culturais no direcionamento de eventos culturais do porte do Festival das
Culturas.
O pré-festival e o festival foram realizados no formato virtual no ano de 2021 na
forma virtual, neste link está disponível a programação do evento.

TABELA 1: Pré-Festivais das Culturas em 2021

DIA HORÁRIO LOCAL

10/06/21 17:00 às 20:00 Transmissão Online (YouTube e Facebook)


11/06/21 16:00 às 21:00 Transmissão Online (YouTube e Facebook)
FONTE: www.google.com.br

Nessas ações foram realizadas: a) no dia 10 de junho de 2022, 8 ações de


apresentações artísticas e culturais e linguagens, incluindo produção audiovisual,
oficinas, palestras e mesas redondas e; b) no dia 11 de junho de 2022, foram
apresentadas 12 ações de apresentações artísticas e culturais e linguagens, incluindo
produção audiovisual, oficinas, palestras, exibição audiovisual e mesas redondas.
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4.1 O PRÉ-FESTIVAL DAS CULTURAS (online)

O Pré-Festival das Culturas da Unilab 2021 ocorreu de forma online, através


dos canais oficiais da UNILAB (YouTube e Facebook) e da PROEX (YouTube e
Facebook), no dia 10 de junho de 2021, das 17h às 20h e no dia 11 de junho de 2021,
das 16h às 21h.
Notaram-se inúmeras dificuldades no formato virtual, conforme indica o
Coordenador de Arte e Cultura, prof. Ricardo Nascimento

Realizar este festival das culturas nesse formato, virtual, reinventando o


festival por meio das plataformas digitais seria necessário e que não poderia
deixar de acontecer neste ano de 2021. E neste momento estamos lançando
o edital de inscrições para o V Festival das Culturas da Unilab. A Unilab é
uma universidade que respeita muito a cultura e sua respectiva integração
cultural. Contempla a diversidade das atividades culturais, é um momento de
alegria, de entretenimento, mas lembrar de que a arte é trazida para pensar
a universidade, pensar uma sociedade humanística e que faz parte de nosso
repertório de saberes” (Nascimento, 2021).

O momento histórico atual da pandemia dificultou a realização de um


evento de forma presencial. Soma-se a este a ideia da Diretora do Campus dos Malês
a professora Mirian Sumica:

A pandemia nos coloca vários desafios, mas também oportuniza estar


presente em diversos ambientes e em diálogo com variados atores presentes
em diversos locais ao mesmo tempo". Enfatizou a parceria com o Município
de São Francisco do Conde, principalmente porque objetiva encurtar laços
para mostrar e demonstrar a cultura presente em São Francisco do Conde e
na Universidade, muito bem representada pelo tema do V festival das culturas
“Diversidade na Universidade: Arte & Cultura, Direitos Humanos e Inclusão".
Segundo a diretora, “A Unilab já pratica no seu exercício cotidiano, pela sua
missão institucional, o respeito à diversidade cultural e artística na ética dos
saberes, de modo que o Festival é a culminância de como acontece a
integração da Unilab, na confluência dos saberes acadêmicos e tradicionais
que tornam ímpar nesta universidade” (Reis, 2021).

Para a direção do Campus dos Malês, a temática do Festival das Culturas


constitui o exercício e a missão da Universidade na diversidade cultural e artística. E
o evento é referência, em palavras do Secretário de Cultura e Turismo de São
Francisco do Conde, o Senhor Robert Alexandre:

Eu sou testemunha desse lindo festival das culturas, pois participei das
últimas três edições, participando com a apresentação do Coral. Vale
ressaltar que a Unilab não é uma universidade somente de São Francisco do
Conde, mas de toda a sociedade brasileira e internacional. Conte com a
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parceria de São Francisco do Conde pela Secretaria da Cultura e Turismo. A


arte não para, precisa estar fomentada, realizar parcerias, difundir cada vez
mais esse segmento. Estamos vivendo uma grande dificuldade,
principalmente na área de atividades culturais. E precisa realizar políticas
públicas culturais. Assim digo “merda, merda, merda” que significa Boa sorte,
boa sorte, boa sorte, como dizem nas aberturas de apresentações de teatro
e dança assim desejo na realização desse maravilhoso festival das culturas
na Unilab para toda a comunidade (Alves, 2021).

As parcerias com a Administração Pública proporcionam a realização de


um evento que valoriza a sociedade, na busca de novas políticas públicas,
principalmente quando se fala em Universidade que atende um espaço geográfico
além do município de São Francisco do Conde.
A programação reporta a grandeza do evento.

TABELA 2: Pré-Festival das Culturas – 10 de Junho de 2021


HORÁRIO AÇÃO RESPONSÁVEL (IS)
Reitoria,Vice-reitoria, Proex, Coordenador de Arte
Lançamento do Festival e Edital Festival
e Cultura, Diretoria do campus dos Malês,
17:00 das Culturas da Unilab e apresentação do
Prefeituras Ceará e Bahia outros representantes
novo site do Festival
sugeridos pelos campus dos Malês
18:05 Vídeo Retrospectiva Festival das Culturas PROEX
18:10 Apresentação Banda Sakofa Banda Sakofa
Andressa Suelly Saturnino de Oliveira, Antônio
Willame Ferreira da Silva Junior, Mayara Batista
19:00 Produção em Audiovisual em tempos de de Oliveira, Francisco Harley de Oliveira Almeida,
Pandemia
Jairo Domingos de Morais, Moacir Armando
Soares da Gama, Michell Vicente
Contação de história com o grupo baú de
19:20 Edilene
histórias: a magia e o encanto da oralidade
19:50 Grupo Vozes D’África Grupo Vozes D’África
A Integração Cultural com discentes da
20:00 Discentes da Unilab
Unilab Relatos e Experiências
Gammu um ritual dos Muçulmanos na
20:15 Joarsem Bacar Embaló (monitor)
Guiné-Bissau
HPV: Conceitos gerais, tratamento e
20:25 Graciana Felipe e Moia da Silva (monitor)
prevenção
FONTE: Unilab (2021)5

5
Programação do Pré-festival das Culturas 2021. Disponível em: https://unilab.edu.br/pre-festival-das-
culturas/
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TABELA 3: Pré-Festival das Culturas – 11 de junho de 2021


HORÁRIO AÇÃO RESPONSÁVEL (IS)
Reitoria, Vice-reitoria, Proex, Coordenador de
Lançamento do Festival e Edital Festival
Arte e Cultura, Diretoria do campus dos Malês,
17:00 das Culturas da Unilab e apresentação do
Prefeituras Ceará e Bahia outros representantes
novo site do Festival
sugeridos pelo campus dos Malês
18:05 Vídeo Retrospectiva Festival das Culturas PROEX
18:10 Apresentação Banda Sakofa Banda Sakofa
Andressa Suelly Saturnino de Oliveira, Antônio
Willame Ferreira da Silva Junior, Mayara Batista
19:00 Produção em Audiovisual em tempos de de Oliveira, Francisco Harley de Oliveira Almeida,
Pandemia
Jairo Domingos de Morais, Moacir Armando
Soares da Gama, Michell Vicente
Contação de história com o grupo baú de
19:20 Edilene
histórias: a magia e o encanto da oralidade
19:50 Grupo Vozes D’África Grupo Vozes D’África
A Integração Cultural com discentes da
20:00 Discentes da Unilab
Unilab - Relatos e Experiências
Gammu um ritual dos Muçulmanos na
20:15 Joarsem Bacar Embaló (monitor)
Guiné-Bissau
HPV6: Conceitos gerais, tratamento e
20:25 Graciana Felipe e Moia da Silva (monitor)
prevenção
FONTE: Unilab (2021)7

6
HPV - Papilomavírus Humano
7
Programação do Pré-festival das Culturas 2021. Disponível em: https://unilab.edu.br/pre-festival-das-
culturas/
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Capítulo 5 - MESAS, WORKSHOPS, APRESENTAÇÕES DE


TRABALHOS CIENTÍFICOS, SEMINÁRIOS E PALESTRAS
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Capítulo 5 - MESAS, WORKSHOPS, APRESENTAÇÕES DE


TRABALHOS CIENTÍFICOS, SEMINÁRIOS E PALESTRAS

Alexandre Antônio Tímbane8

O Festival das Culturas possibilita inúmeras discussões sobre a temática “África


sertaneja: ancestralidade africana e indígena na cultura nordestina”. Permitiu pensar
a cultura no âmbito de uma Universidade multiplural e singular africana, brasileira e
afro-brasileira, oportunizando diversidade nas discussões com ênfase nesse
momento de pensar num empoderamento da diversidade em todos os sentidos.
A partir de então iniciamos o IV Festival das Culturas da Unilab de 22 a 24 de
maio de 2019 na Unilab no Campus dos Malês em São Francisco do Conde.

MESAS

As mesas do IV Festival das Culturas UNILAB-Malês foram pensadas com o


intuito de proporcionar momentos de reflexão sobre os diversos temas e inquietações
não apenas da sociedade, mas também do campo científico. Essas mesas foram
distribuídas ao longo da programação de forma que proporcionassem interação entre
os expositores e a plateia. Por isso, foram organizadas em diversos períodos do dia
sabendo que há alunos que só podem participar no período da noite. Foram
convidados pesquisadores que trouxeram reflexões e contribuições importantes.
A mesa 1 por exemplo, versou sobre “Os efeitos do desenvolvimento
sustentável”. Nessa mesa participaram os seguintes pesquisadores: Profª Rute
Tavares Cardoso Andrade, Prof. Deolindo Nunes de Barros e Prof. Henrique Tomé.
Participaram da mesa 2 (Musicalidades do recôncavo: tradição e identidade) os
Professores Djalma Afonso, Alberico Santos e Sólon de Albuquerque (UFRB) com
mediação da Profª Maria Andrea Soares. Na mesa 3 (Universidade, Culturas e
Territórios), estiveram presentes a Profª Hortência Nepomuceno (IFBA), Prof. Luciano
Simões (UFRB), Profª Maria Claudia (UNILAB) e a discente Silvana Santana (UNILAB)
com a mediação da Profª Cristina Teodoro. A mesa 4 (Catástrofes Naturais em
Moçambique: Mobilização africana e internacional) teve a contribuição do Prof. Daniel
de Lucca Reis e do estudante Chitungane Sebastião Chachuaio. A mesa 5 (Cinema

8
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brasileiro: experiências e desafios) contou com a riqueza temática proposta por


Fabricio Boliveira (ator) Larissa Fulana de Tal (diretora e roteirista) Lauro José
Cardoso (discente da UNILAB) com a mediação da Profª. Juliana Barreto Farias
(UNILAB). Em todas as mesas houve debate, troca de informações e contribuições.

WORKSHOPS

Os workshops fizeram parte do Festival e abordaram diversos temas:


Workshop 1: “Tranças africanas na cidade de São Francisco do Conde” mostrou que
quando falamos de tranças, falamos da cultura africana, ensinando a toda
comunidade a cuidar de si e incentivar todos a fazerem parte da cultura africana”.
Workshop 2: “apresentação artística, relatos de experiências, troca de ideias e
explicações sobre teoria musical aplicada à bateria e percussão. Abordagem sobre o
ritmo reggae e sua influência na música afro-brasileira; momentos para perguntas”
(TÍMBANE, 2019). Workshop 3: “Esta proposta propõe apresentar 2 workshops com
intuito de debates sobre assuntos ligados às culturas brasileira e africana. A proposta
visa discutir e divulgar realidades da cultura para que possam ser valorizados como
patrimônio imaterial dos povos” (TÍMBANE, 2019). Workshop 4: “Trajes, turbantes e
penteados africanos e afro-brasileiros”. Workshop 5: “A proposta voltada para o
segmento de Desenvolvimento Artístico-Técnico-Científico, na modalidade workshop
e na linguagem Atividade Técnico-Científica. Tem como objetivo abordar o legado das
ciências dos nossos ancestrais Afrakanos e indígenas, presentes no território e no
povo nordestino brasileiro” (TÍMBANE, 2019).

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS

As comunicações de trabalhos científicos foram momentos riquíssimos em que


vários estudantes apresentaram pesquisas, propostas de atividades e apresentações
de dança, de música, oficinas e ensaios. Há que considerar a contribuição do músico
guineense Ramiro Naka, que participou do show de encerramento do evento.

PALESTRAS

As palestras são momentos de aprendizagem em que um orador expõe um


tema para reflexão crítica das ideias expostas. Dessa forma, no IV Festival das
Culturas UNILAB-Malês foram apresentadas quatro palestras: a palestra 1 falou sobre
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os “Escritores africanos e as migrações contemporâneas”. A palestra 2 versou sobre


“Bota a fala: ocupando a casa grande”. A palestra 3 versou sobre o “empoderamento
Feminino” e finalmente a palestra 4 falou sobre “A proposta da palestra é apresentar
a trajetória do projeto Boi Tricotado, como espaço para diálogos em torno da ponte
possível entre “escola” e o tema central do Festival das Culturas que é a
ancestralidade africana e indígena na cultura nordestina. Esses momentos foram
importantes para olhar as questões relativas à cultura não apenas do Recôncavo
baiano, mas também do Brasil e da África.
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5.1 ABERTURA DO V FESTIVAL DAS CULTURAS – Bahia e Ceará

Profª Caterina Alessandra Rea (Diretora em exercício do Campus dos Malês)9


Prof.ª Dra. Cláudia Ramos Carioca (Vice-Reitora da Unilab)10
Profª Dra. Fátima Bertini (Pró-reitora de Extensão, Arte e Cultura da Unilab)11
José Aécio Bezerra (Prefeito em exercício do Município de Redenção)
Megg Lima - Representante Discente e produtora Cultural
Prof° Dr. Ricardo Nascimento - Coordenador de Arte e Cultura da Proex Unilab12

9
É professora Adj C I na UNILAB- Universidade (Federal) da Integração da Lusofonia Afro-brasileira -
Campus de São Francisco do Conde - BA. Possui graduação em Filosofia pela Università Cattolica de
Milão (Itália), DEA (Diplôme d'Etudes Approfondies) e doutorado em Filosofia pela Université Catholique
de Louvain - Bélgica e Master 2 em Clinique du Corps et Anthropologie Psychanalytique pela Université
Denis Diderot - Paris VII. Trabalhou como "Assistant" em Antropologia Filosófica no Institut Supérieur
de Philosophie, Université Catholique de Louvain, como Chargé de cours en Sciences Humaines, Arts
et Culture na Université Charles de Gaulle - Lille 3 e como pós-doutoranda no Interdisciplinar em
Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina, no Nucleo Identidades de Gênero e
Subjetividade (NIGS). É autora de três livros: "Dénaturaliser le corps. De l'opacité charnelle à l'énigme
de la pulsion", L'Harmattan, Paris, 2009, "Psychanalyse sans Oedipe. Antigone, genre et subversion",
L'Harmattan, Paris, 2010 e "Corpi senza frontiere. Il sesso come questione politica", Dedalo, 2012. Tem
experiência na área de Filosofia, Estudos de gênero, Teoria e Crítica Queer of Colour (QOC),
Feminismos transnacionais e Estudos pós-coloniais. Na UNILAB/Campus dos Malês, coordena o
Grupo de Pesquisa FEMPOS/Pós-colonialidade, Feminismos e Epistemologias anti-hegemônicas.
Desde abril de 2019, integra o Programa de Pós-graduação do Núcleo de Estudos da Mulher
(PPGNEIM). E-mail: [email protected]
10
Possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Ceará (2002), especialização em
Literatura pela Universidade Federal do Ceará (2004), mestrado em Linguística pela Universidade
Federal do Ceará (2005), doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (2009) e pós-
doutorado pela Universidade Federal do Ceará (2013) através do PNPD/Capes. Sua tese "A
Evidencialidade em Textos Acadêmicos de Grau do Português Brasileiro Contemporâneo" ganhou o
Concurso de Teses do Centro de Humanidades da Universidade Federal do Ceará (2010) e foi
publicada pela EDUFC em 2011. Tem experiência na área de Linguística e Literatura, com ênfase em
Linguística Textual, Descrição e Funcionalismo Linguístico, atuando principalmente nos seguintes
temas: políticas linguísticas, gêneros textuais, literatura brasileira, leitura e produção de textos,
metodologia científica, estratégia discursiva e evidencialidade. E-mail: [email protected]
11
Doutora em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).
Psicóloga e Mestre em Psicologia pela UFC. É pesquisadora na área da Psicologia Social e também
da Psicologia da Aprendizagem/ Desenvolvimento, sendo estudiosa das obras de Vygotsky e da
Filosofia de Espinosa. É membro do NEXIN (Núcleo de Estudos em Exclusão/Inclusão Social da
PUC/SP) e do Grupo de Estudos Espinosanos da USP/SP. Fez doutorado-sanduíche pela CAPES em
Portugal, na Universidade de Lisboa, no Departamento de Filosofia, entre setembro de 2012 a fevereiro
de 2013. Entre 2015 a 2017 foi professora substituta do Departamento de Psicologia da Universidade
Federal do Ceará. Atualmente, é Professora Adjunta do Instituto de Humanidades/curso de Pedagogia
da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB. E-mail:
[email protected]
12
Ricardo Nascimento é professor efetivo da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-brasileira onde atua como professor na licenciatura em Sociologia e no Bacharelado em
Humanidades. É doutor em Antropologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa com a tese: Mandinga for export, a globalização da capoeira na Europa.
Fez mestrado em Sociologia pela Universidade do Minho e é licenciado em Geografia pela
Universidade do Porto. Enquanto doutorando pertenceu ao CRIA (Centro em Rede em investigação em
Antropologia) em Portugal e foi pesquisador visitante entre 2012 e 2013 no Instituto de Sociologia da
Universidade Jaguelônica em Cracóvia na Polônia. Atualmente é vice-coordenador do Performart
(Núcleo de Pesquisa e Extensão das performances culturais e do patrimônio imaterial) com projetos de
Página | 43

O Festival das Culturas inicia em sua 5ª edição, contemplando a comunidade


acadêmica e sociedade civil. A riqueza do evento intercultural na Unilab além de ter
realizados ações de Pré-Festival em outros municípios então chegou a vez de São
Francisco do Conde, especificamente da Unilab.

FIGURA 5: Mesa Institucional de abertura do V Festival das Culturas da Unilab

Fonte: Arquivo Pessoal (2021).

Festival das Culturas

O V Festival das Culturas da Unilab promoveu a integração da diversidade


cultural que há nos Campi do Ceará e da Bahia, proporcionando uma grande
“Diversidade na Universidade: Arte & Cultura, Direitos Humanos e Inclusão” como bem
indica a temática do evento.
A vice-reitora, representando a reitoria, a professora Cláudia Ramos Carioca,
fala que o momento tão esperado “O Festival das Culturas” chegou:

Habemus Festival das Culturas. É muito importante este trabalho feito pela
equipe da PROEX e toda a Unilab. A expressão latina é dita quando é algo
muito esperado, é o nosso V Festival das Culturas. O Festival das Culturas é

pesquisa e extensão nas áreas da cultura popular e performances culturais. E-mail:


[email protected]
Página | 44

feito para vocês e por vocês. Não é um festival das culturas como todas as
edições, mas pensado, organizado e gestado a duras penas, desenvolver a
extensão sem ter a presença da comunidade acadêmica e externa. Este
festival representa os anos de 2020 e 2021. Nada se perdeu, estamos aqui
concretizando um trabalho suado efetivo com o trabalho da PROEX, da
Unilab e parceiros, nossas autoridades maiores - nossos discentes. Devemos
entender a riqueza desse momento, porque é um momento construído do
jeito que ele pode ser construído e que precisa acontecer para nos fortalecer
e transformar a cultura do maciço de Baturité e do Recôncavo baiano e do
outro lado do atlântico para que nossa universidade tenha a sua concretude
da diversidade cultural em nossa universidade (Ramos Carioca, 2021a).

A riqueza cultural presente na Universidade da Integração; nesse sentido, a


Pró-reitora de Extensão, Arte e Cultura, professora Fátima Bertini, informa que

Os nossos estudantes nacionais e internacionais são a força motriz deste


festival, os nossos estudantes são os construtores e as estrelas deste festival.
A importância deste festival na construção dos mecanismos de arte e cultura
desta universidade, sendo um momento rico de encontro de trocas múltiplas
de diversas linguagens. Neste festival implementou a política afirmativa de
bolsas para o edital do festival das culturas. Assinalo que a PROEX está no
processo de implementação, de acordo com a resolução nº 53, de 11 de
fevereiro de 2021 aprovou o título de notório saber em artes, ofícios e
cosmologias tradicionais, e neste momento a proex está na fase de
implantação dos dossiês culturais de notório saber que tem um sentido das
inserções tradicionais nas pluriepistemologias que constrói a nossa produção
do conhecimento dentro de nossa universidade. A Proex entende que há um
elo entre a curricularização da extensão e o notório saber na medida que a
arte e a cultura constituem ação transformadora que dinamiza a nossa
comunidade. Portanto, a arte não constitui simplesmente uma produção da
realidade; ela é muito mais do que uma produção da cultura, a importância
das manifestações artísticas e culturais, daí a importância do Festival das
Culturas da universidade, sendo uma ação que produz uma transformação
do próprio indivíduo. O Festival foi bem pensado e bem-querido pela Proex e
por toda a universidade e por todos” (Bertini, 2021).

Demonstra a Pró-reitora a preocupação com a construção do Festival das


Culturas e enfatiza a importância do evento para os discentes, sendo eles a força
motriz que faz acontecer o evento. E nota-se em sua fala a mostra com produções
artísticas e culturais, advindas da sociedade. Nesse sentido, a discente Meg Lima,
representando a comunidade acadêmica dos discentes, acrescenta:

Quando chegamos na Universidade trazemos nossos costumes, a nossa


cultura, os nossos santos, os nossos orixás, a nossa ancestralidade. E
quando sobe no palco do festival das culturas trazemos a arte, a música e a
dança para compartilhar com os presentes e todos aqueles que estão em
casa, esse palco deve ser benzido. Estamos para representar a cultura
africana, a cultura brasileira, a cultura das periferias baiana e cearense (Meg
Lima, 2021).

Em sua fala, a cultura é o ponto máximo do diálogo Universidade e


Comunidade, estando refletida no palco do Festival das Culturas a diversidade cultural
Página | 45

brasileira e africana. Essa diversidade cultural está representada na programação do


evento.

TABELA 5: Festival das Culturas da Unilab – Bahia e Ceará em 20/10/21


ATIVIDADE LOCAL RESPONSÁVEL

Profª Giselle Rodrigues


Unidade Móvel Sine-Idt Ceará
Ribeiro

EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS - Feira de


Artesanato (Exposição de Produtos Artesanais
Gerados pelo Aproveitamento de Resíduos Têxteis e Ceará Intesol
d Circulação da Moeda Sol como Intermediadora de
Compra e Venda dos Produtos)

EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS - Grupo de Sophia Medeiros


Ceará
Risco Ferreira
EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS - Menina, Tu Vai
Ceará Joice Da Silva Lima
Fazer Uma Arte!
EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS - Matheus Felipe Ceará Matheus Felipe

APRESENTAÇÃO DE DANÇA - Estilo Kuduro Bahia Natália Eugénia Kulivela


APRESENTAÇÃO DE DANÇA - Dança afro sobre o ar Patrícia Menezes De
Bahia
livre, na natureza. Sena
Hercinia Chena
EXIBIÇÃO VISUAL - Modos de Vida do Povo Macua Bahia
Azarias Wasse
EXIBIÇÃO AUDIOVISUAL - Cine Malês e as
Assaggi Piá
produções cinematográfica em São Francisco do Bahia
Rô Mendes
Conde - Ba

Zilda Monteiro Ceará Zilda Monteiro

APRESENTAÇÃO MUSICAL E DE DANÇA - Grupo Vozes D'África


Ceará
Vozes D'África (Música e Dança)

Reitoria
Vice-Reitoria
MESA - ABERTURA DO FESTIVAL Bahia / Pró-Reitoria de extensão
MESA INSTITUCIONAL Ceará Coordenação de Arte e
Cultura
Discente: Megg
Bahia Mc Vla
APRESENTAÇÃO MUSICAL - Mc vla

APRESENTAÇÃO MUSICAL - Toca Simon Bahia Toca Simon

Mbiavanga Adão
APRESENTAÇÃO MUSICAL -. Fresh Ceará
Garcia

Júlio Leite Infau,


MESA - Coletivos em mesa redonda Ceará
Honório Lima Nanque
Página | 46

Irineia Fernandes
Juliano Gomes
Lucas Jaime Indi
APRESENTAÇÃO POÉTICA - Firkidja Di No Kampada Ceará
Sana Mané
Tejú Ducanda
Sana Mané

APRESENTAÇÃO MUSICAL - Rodrigos Paulino Ceará Rodrigos Paulino

70 Olhares sobre Direitos Humanos: EU Ana Maria Eugenio Da


Ceará
SEMENTE Silva

Alexandre Antonio
APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA - Projeto Good Timbaneamison
morning, bonjour: aprendizagem inicial de línguas Bahia Nanque,
estrangeiras modernas na UNILAB/Malês Iqui Djú,
Pansau Tamba"

EXIBIÇÃO VISUAL - Vídeo performance Negociação Adriana Carla Santos


Bahia
da Ausência Chaves

Welton Felipe Nogueira


APRESENTAÇÃO MUSICAL - DJ Indra Evolet Bahia
Menezes

Fonte: Unilab (Programação do V Festival das Culturas). Disponível em:


https://unilab.edu.br/Programacao-V-Festival-das-Culturas

Observa-se a importância do evento para a Comunidade Acadêmica e


Sociedade Civil, sendo que nesta edição de 2021, segundo o Coordenador de Arte e
Cultura, Ricardo Nascimento, foram ofertadas 150 bolsas, conforme políticas
afirmativas:

Construímos os editais de 150 bolsas para o festival para monitores e artistas


com a adoção de políticas afirmativas. Vale enfatizar que esta universidade
tem três palavras que esta universidade representa: integração, interiorização
e a internacionalização. A cultura é cola que cimenta esta tríade, o maciço de
Baturité e o Recôncavo baiano são celeiros de cultura. A cidade de redenção
tem uma cultura local a ser contada, a nossa orientação como gestor para
estar atento para a construção da cultural local, e ao mesmo tempo estar
atento à internacionalização cultural, existe uma identidade cultural que é
construída a partir desta universidade através da África Lusófona, o que seria
de nós sem os africanos aqui presentes construindo esta nossa identidade”
(Nascimento, 2021a).
Página | 47

A realização do Festival constitui uma missão da Unilab que conduz à


Integração, Internacionalização e Interiorização. A professora Caterina Alessandra
Rea, representante da Diretoria do Campus dos Malês, assim se pronuncia:

Esse festival tem um valor simbólico muito importante para o retorno das
atividades, nesse sentido é uma atividade muito importante, desde o tema,
Diversidade na Universidade: Arte & Cultura, direitos humanos e inclusão
(Rea, 2021).

Nada melhor e mais útil realizar um evento cultural para recordar e rememorar
ações que integram a comunidade. O prefeito em exercício do Município de
Redenção, José Aécio Bezerra afirma sobre a importância da universidade para a
comunidade:

Recontando e reconstruindo a história tão rica que temos,. Redenção foi o


berço da libertação, foi o município pioneiro, essa história é rica e ainda não
foi contada na sua plenitude, e esse festival tem a finalidade de amplificar sua
diversidade cultural trazida pelos estudantes de diversos países para estudar
em nossa universidade. Eu me lembro bem da instalação da Unilab e
perguntavam: será verdade a presença da universidade aqui em nossa
cidade? Hoje é meu maior orgulho, pois meu filho é estudante da Unilab
(Bezerra, 2021).

As ações realizadas pela universidade mudam a cultura de quem aqui habita e


o Festival das Culturas proporciona este espaço de reaproximação de todos.
No segundo dia de evento, dia 20 de outubro de 2021 foram realizadas
atividades como mesas, apresentações artísticas, exibições visuais que ocorreram de
forma online através dos canais oficiais da Unilab e da Proex.

TABELA 6: Festival das Culturas da Unilab – Bahia e Ceará 21/10/21


ATIVIDADE LOCAL RESPONSÁVEL

Unidade Móvel Sine-Idt Ceará Sine-Idt

EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS - Feira De


Artesanato (Exposição De Produtos Artesanais
Gerados Pelo Aproveitamento De Resíduos Têxteis
Ceará Intesol
E A Circulação Da Moeda Sol
Como Intermediadora De Compra E Venda Dos
Produtos)

EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS - Grupo De Sophia Medeiros


Ceará
Risco Ferreira
Página | 48

EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS - Menina, Tu Vai


Ceará Joice Da Silva Lima
Fazer Uma Arte!

EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS - Matheus Felipe Ceará Matheus Felipe

WORKSHOP - Diálogos Negros No V Festival Das Geyse Anne Souza Da


Ceará
Culturas Silva
Prof. Albino Rubim
(Ufba); Profa. Fátima Bertini
(Pró-Reitora de Extensão,
Arte e Cultura); Prof. Ricardo
WORKSHOP - Políticas de Cultura em Bahia /
César Carvalho Nascimento
Universidades Públicas Ceará
(Coordenador de Arte e
Cultura - Proex); Profa.Fanny
Longa Romero (Campus dos
Malês)
EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS - Exposição Das
Heriberto Gregório Do
Máscaras Conhecidas Como Bahia
Santos
Caretas De Saubara

Ananda Átila Pereira


OFICINA - “Empodere-Se Através Dos Turbantes.” Bahia Santana, Gilson Das
Virgens De Souza Junior

APRESENTAÇÃO TEATRAL - Exibição Do


Espetáculo Invisível De Nós, Grupo De Teatro
Ceará
E Em Seguida, Abertura De Processo Criativo Do Pesquisadores
Espetáculo.
Carlos Vasconcelos De Sousa
Guilherme Misael Uchoa Lima
APRESENTAÇÃO MUSICAL - Banda Cabaçal
Ceará Michel Vincent De Oliveira
Palmares
Welen Pereira Dias
Yago Da Silva Pinheiro
Messias João Eduardo
Albino Silas Pires
APRESENTAÇÃO TEATRAL - Grupo Teatral
Ceará Adilson Leonardo
Afrisamé - Entre A Vida E A Morte
Morgado Cabaça
Pedro Tomás Capitango
APRESENTAÇÃO MUSICAL - Orquestra Da Escola
Orquestra Da Escola Livre De
Livre De Música De Ceará
Música De Redenção
Redenção

APRESENTAÇÃO MUSICAL - Banda Áurea Show Ceará Banda Áurea Show

APRESENTAÇÃO MUSICAL - Integrasamba Ceará Integrasamba


APRESENTAÇÃO MUSICAL - Eco De Gumbé
Bahia Eco De Gumbé (E3g5)
(E3g5)
APRESENTAÇÃO DE DANÇA - Danças Tradicionais Lia Dias Laranjeira/Ró
Bahia
Da Guiné-Bissau Ró Gilberto Gomes Cá
Francisco Gleilton
Clemente Da Silva
Calado Sanhá
APRESENTAÇÃO DE DANÇA - Dança Africanas E
Ceará Esmiraldo Gomes Ca
Brasileiras
Hortência Fernandes
Adleine Fernandes Lima
Aguiar
Página | 49

APRESENTAÇÃO ARTISTICA - Leitura Dramática Maria Andrea Dos Santos


Bahia
Da Peça Sortilégio De Abdias Nascimento Soares

APRESENTAÇÃO DE DANÇA - Ingrid Luz Bahia Ingrid Luz


Jacemine Valéria
Sambú, Janifer
APRESENTAÇÃO DE DANÇA - Grupo Cabaz Di Nunes Da Fonseca, Morida
Ceará
Terra. Djedju, Deones Alberto
Mango E Estelita
Dinis Gomes.
APRESENTAÇÃO DE DANÇA - Dança (Semba E Andre Fonseca
Ceará
Kizomba) Miguel Lutumba

Performance Ceará Agatha Lazúli


Fonte: Unilab (Programação do V Festival das Culturas). Disponível em:
https://unilab.edu.br/Programacao-V-Festival-das-Culturas

O 3º dia do V Festival das Culturas contou com muitas exposições,


apresentações e lançamento de livro que encerraram o evento de forma magnífica.

TABELA 7: Festival das Culturas da Unilab – Bahia e Ceará 22/10/2021


ATIVIDADE LOCAL RESPONSÁVEL

Unidade Móvel Sine-Idt Ceará Sine-Idt

EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS - Feira De


Artesanato (Exposição De Produtos Artesanais
Gerados Pelo Aproveitamento De Resíduos Têxteis
Ceará Intesol
E A Circulação Da Moeda Sol
Como Intermediadora De Compra E Venda Dos
Produtos)

EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS - Grupo De Sophia Medeiros


Ceará
Risco Ferreira

EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS - Menina, Tu Vai


Ceará Joice Da Silva Lima
Fazer Uma Arte!

EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS - Matheus Felipe Ceará Matheus Felipe

Isia Clara Isaque


Mahanjane, Isla Teasse
APRESENTAÇÃO MUSICAL E DE DANÇA - Canto
Ceará Isaque Mahanjane E
E Dança - Perolas Do Indico
Tamires Da Conceição
Mendes Semedo
EXIBIÇÃO AUDIOVISUAL - Caminhos Transversos:
Michel Vincent
Pluralidades e Resistências Ceará
Sampaio
Transmasculinas - Documentário

EXIBIÇÃO AUDIOVISUAL - Documentário Luan Rodrigues Do


Ceará
Transcendência Marginal (2020) Nascimento
Página | 50

Francisco Da Costa
APRESENTAÇÃO TEATRAL - Estado De Maciel. Antonio Iago
Emergência: A Contagem Regressiva CEARÁ Freire de Sousa. Camila
Começou. Lima Da Costa. Rodrigo
Rodrigues Silva

Jean Alves Da Silva


Grupo Cultural Kolping Cantagalo Ceará
Batista

Um Tesouro Chamado
Nordeste - Maria Erica Da
Silva Freire,Edilene Da Silva
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA - "Contação De História:
Bernardo, Maria Ligia Lima Da
Aprendendo Sobre Direitos CEARÁ
Silva, Erika De Freitas Silva,
Humanos,Valores E Diversidade"
Antônio Alisson Da Silva Lima
E Regis Manuel Rodrigues De
Andrade

LANÇAMENTO DE LIVRO - Lançamento Do Livro Edilene Da Silva


CEARÁ
Helena, A Princesa Que Bernardo
Amava Demais

Orquestra Da Escola
APRESENTAÇÃO MUSICAL - Orquestra Da Escola
CEARÁ Livre De Música De
Livre De Música De Redenção
Redenção

APRESENTAÇÃO ARTISTICA - Grupo


Parafolclorico 25 De Março
Secretária De Cultura De
Antonia Raquel Poetisa Ceará
Redenção
Cesarina Ballet
Grupo De Capoeira Camuá

Ritual Toré BAHIA Adelson de Jesus Reis


Marcos Carvalho Lopes,
Eugénio da Silva
EXPOSIÇÃO AUDIOVISUAL - Mente Criativa, Evandeco, Homem
BAHIA
Homem Mustasse e Patrícia Matcho Guilherme
Mustasse E Patrícia
N ́Zalé
APRESENTAÇÃO MUSICAL - Filósofo King Bahia Jonatas Mendes

APRESENTAÇÃO MUSICAL - Ox Di Bagry BAHIA Balakov Miranda Indi


Filipe Buba Nhada, Xavier
APRESENTAÇÃO MUSICAL - GIMU - Grupo De Sanca Mendes, Thais Souza
BAHIA
Integração Musical Da Unilab Do Rosário, Pedro David
Quissongo
Encerramento Festival Ceará Proex

Ana Cristina
APRESENTAÇÃO MUSICAL - Banda Sankofa Ceará
Professor Alberson
FONTE: Unilab (Programação do V Festival das Culturas). Disponível em:
https://unilab.edu.br/Programacao-V-Festival-das-Culturas
Página | 51

5.2 MESA: Coletivos em Mesa Redonda - Ceará

Júlio Leite Infau13


Honório Lima Nanque14

RESUMO: Nossa proposta aponta para um eixo da realidade africana a partir de um


referencial teórico, Chimamanda, que busca desmentir o tratado da África através de
sua obra O perigo de uma história única, obra que dá dinamismo ao nosso trabalho
“Coletâneas de Contos “escrevivências” que contempla uma visão africana; o objetivo
é: trazer as diversas literaturas africanas e elementos identitários através de contos e
poemas; possibilitar a estudantes de UNILAB vivenciar outras realidades, sobretudo,
africanas; promover e incentivar espaço cultural da nossa universidade. Em nossa
apresentação, buscamos trazer as linhas de pensamentos que discutem esses
pontos, tecendo críticas severas mediante o mito criado pela África.

O Festival das Culturas

Antes de mais, gostaríamos de agradecer à equipe de PROEX, (Pró-reitoria de


Extensão, Arte e Cultura), particularmente a Nixon Melo de Araújo, Chefe da seção de
Núcleo de Arte e Cultura; ao professor Ricardo Nascimento, Coordenador de Arte e
Cultura; à professora Fátima Bertini, Pró-reitora de Extensão, Arte e Cultura, pela
forma excelente de fomentar atividades de Arte e Cultura, e suas colaborações para
realização deste importante evento, sem esquecer o empenho satisfatório desse
departamento na luta contra Covid-19. Ainda agradecemos a UNILAB em parceria
com a (Secom), Secretaria de Comunicação Institucional pela oportunidade que nos
concede para tomar parte nesta apresentação da V Festival das Culturas da UNILAB.
Aos distintos colaboradores e às distintas colaboradoras que mergulham
satisfatoriamente para tornar a nossa universidade um campo “unicultural”

13
Graduando em Letras pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia da Afro-brasileira
(Unilab).
14
Ex-estudante de licenciatura em Ciência de Educação no Instituto Superior Politécnico São Francisco
de Assis (ISPSAA), Guiné-Bissau; ex-estudante de segundo ano de graduação em Agronomia na
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia da Afro-brasileira. Atualmente, graduando em
Letras e Língua Portuguesa da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia da Afro-brasileira
(Unilab).
Página | 52

O relatório final é a obrigação de todos os proponentes que fazem parte do V


Festival das Culturas da UNILAB – Diversidade na Universidade: Direitos humanos e
Inclusão que ocorreu entre os dias 20 a 22 de outubro do ano em curso, que teve por
objetivo protagonizar ações em campos diversificados da cultura, estimular a
produção artístico-cultural, criando condições para seu revigoramento, contribuindo
para o aperfeiçoamento da produção cultural brasileira e o fortalecimento do
sentimento de identidade nacional, da integração internacional, por meio de ações que
possam contribuir com o fortalecimento da cooperação Sul-Sul. Sendo assim, o
Festival vem responder às necessidades imediatas dos consumidores culturais,
provocando uma maior qualidade do agir e do pensar sobre a cultura, buscando
contribuir para a realidade local, nacional e internacional, visando o diálogo, troca de
saberes e a produção de conhecimentos junto a coletivos sociais, étnicos e raciais em
sua diversidade cultural. Nossa apresentação ocorreu no dia 20, às 18h45. Em
seguida entrou um grupo denominado “Firkidja di no Kampada”.
O primeiro conto trata da experiência de um pai que impede a filha de estudar
no exterior, por ter sabido da realidade do país em que a filha iria estudar, ou seja, o
pai odeia a cultura e a prática que a filha irá enfrentar, pois é uma autêntica ofensa
para ele. Depois de certo tempo, veio saber que a filha da sua vizinha foi estudar
naquele país e voltou bem-educada; então ele quer que a sua filha vá, porém já era
tarde. Dentro disso, refletimos sobre os valores culturais que são adquiridos em outros
países; no entanto, estudar no exterior é bom, contudo, depende de como a pessoa
está para que o meio a influencie.
Estudar no exterior é conhecer diferentes culturas e fazer amizades com
diferentes pessoas, ou melhor, vivenciar um ambiente multicultural. Conviver com
pessoas de nacionalidades diversas é um aprendizado completo: desmistifica
preconceitos, fortifica o respeito pelos outros e a apreciação dos valores, proporciona
uma visão mais ampla do mundo e suas culturas, costumes, idiomas, religiões etc.
Gustavo Schmidt, estudante brasileiro do Mestrado de Relações Internacionais
da Jilin University, na China, disse o seguinte: “O principal benefício de se estudar em
um ambiente multicultural consiste em olhar para o mundo pelo ponto de vista do outro
e comparar as dificuldades que eles enfrentam com os nossos problemas”; ainda para
ele “consiste, também, em fazer um balanço de como encaramos a vida em
comparação a outros povos”.
Página | 53

Lamentavelmente a filha ficou sem estudar. É exatamente o que a Chimamanda


disse: “O perigo de uma história única”; na verdade, é perigoso ouvir apenas uma
versão da história, porque certamente você não vai poder fazer comparação, uma vez
que não tenha outra versão que entra em comparação com outra. Entendemos bem
que acreditar vem de ouvir, mas destruir a fé vem de ensinamento. É dessa maneira
que a filha da vizinha convenceu o pai, mostrando a vantagem de deixar a filha estudar
no exterior. A sociedade realmente influencia e oferece diferentes valores culturais;
porém tudo depende de como encaramos a realidade.
O segundo conto é uma fábula intitulada “A morte da mãe do lobo”. Em nossa
literatura, sempre consideramos o lobo como um animal menos esperto em
comparação com a lebre. Crescemos e ouvimos muitas histórias, como as minhas
avós a Sumda Indjussi e Sindatche Cana sempre contavam; entendia que o lobo é
justamente assim. Se eu não tivesse lido e ouvido outras histórias de versões
diferentes seria difícil desconstruir tudo que eu ouvia. Não era fácil eu perceber que o
lobo, na verdade, não tem essa caraterística, porque ouvi muitas histórias da mesma
versão. Depois de me escrever uma história dessa, refleti dos valores que foram
incutidos em minha memória desde a infância.
Ainda nessa fábula contamos a história do Lobo não chegar a tempo quando a
mãe faleceu, isto é, depois de ter sabido do acontecido;além disso, cantou uma
música. O lobo disse à lebre: n obi aonti, nbin aos (soube ontem e venho hoje); n obi
aonti, nbin aos (soube ontem e venho hoje) O que achas?
Certo. Gostei – acrescentou a lebre –, mas eu cantaria assim: n obi aos, nbin
aos (sei hoje e venho hoje); n obi aos, nbin aos (sei hoje e venho hoje).
Pelo que entendemos na música, o Lobo foi incoerente ao não chegar a tempo,
isto é, não cumpriu o ritual. Escrevi essa história para mostrar as estultícias do lobo.
Tudo não passa do que Chimamanda tenta desmentir: “o perigo de uma história
única”. Apenas eu re-exponho as memórias que as minhas avós me incutiram. Foi-me
contado que o lodo é assim, nem busquei outras versões, pois eu reproduzi o que me
foi ensinado. Refleti que muitos entendem a África como um país de pessoas menos
civilizadas, incapazes de qualquer tipo de conhecimento válido. Diante disso, eu
perguntaria, quem teria a capacidade de construir obras tão magníficas como as
pirâmides do Egito? Quem detinha tanto conhecimento na arquitetura, matemática,
astronomia como daquele povo?
Página | 54

Outro conto intitulado “O velho e a Covid-19”, disponibilizado no site da PROEX,


tem por objetivo descrever a situação dos velhos perante o inédito fenômeno
pandêmico da COVID-19. Nesse impacto social da peste que assolou o mundo, a
proposta “O velho e a Covid-19” vem conjugando um traço de vivência dos homens
velhos, principalmente, africanos em situação de agonia dos seus entes, sobretudo
nesta situação de pandemia que teve enormes desafios. Dentro desse fenômeno
doloroso, o texto apresenta sérias reflexões sobre o enfrentamento ao Coronavírus.
Nesse âmbito, aponta para uma relação de interesse comum, ou melhor, importar-se
com vidas de outros e discutir a melhor forma de superar esse isolamento social.
Entretanto, destacamos a parte de comportamento do filho com o pai. Entendemos
bem o exagero da pergunta do filho ao pai, e as bobas discussões que sempre fazia,
depois que o pai lhe explicou: Há uma voz mágica que estava me ameaçando, porém
quando chamei o seu nome ela fugiu. O filho exclamou: Voz! Pai, você está
endoidecendo?
Em outras realidades, sobretudo, a nossa, falo aqui da Guiné-Bissau, o filho
não teria ousadia de perguntar ao pai desse jeito. Aqui entra em comparação das
culturas, porque aqui no Brasil é muito normal, até o filho pode dizer que o pai está
mentindo. Percebem-se valores culturais de cada povo.
Em virtude desses fatos, é imprescindível que reflitamos valores culturais que
o texto aborda, sem entrar em contradição com a nossa cultura, para que assim
tenhamos uma sociedade multicultural.
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FIGURA 6: Coletivos em Mesa Redonda

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

Júlio Leite Infau – [email protected]


Página | 56

5.3 WORKSHOP: Diálogos Negros no V Festival das Culturas - Ceará

Francisco Nonato do Nascimento Filho15


Geyse Anne S. da Silva16

RESUMO: “Diálogos Negros” surgem de conversas entre Francisco Nonato e eu em


2019 com o intuito de organizar espaços de formação política e interação entre a
negrada do Ceará, pois sentimos a necessidade de ambientes que fortalecessem a
produção intelectual de e para negras e negros. Naquele mesmo ano, realizamos três
atividades presenciais: a questão racial e a esquerda brasileira; o pensamento de
Angela Davis; o pensamento de Lélia Gonzalez. Em 2020, já com o advento da
pandemia do Covid-19 ocupamos as redes para fortalecer ainda mais uma
comunicação voltada para os interesses da população negra no Ceará. Criamos uma
página no Facebook “Diálogos Negros” e com todas as dificuldades tecnológicas e
sociais realizamos três lives com os seguintes temas: Povos e comunidades
tradicionais contra o genocida Bolsonaro; A resistência da mulher negra cearense e
Retrospectiva 2020.

O Festival das Culturas

Com esse caminho percorrido, chegamos ao V Festival das Culturas da


UNILAB, pois a arte, a cultura e o combate ao racismo quando andam juntos
conseguem cumprir um papel transformador na sociedade.
Portanto, a intenção de se fazer presente no Festival foi de visibilizar a
metodologia exuística no fazer arte do Jovem Esú17, também conhecido como Willame

15
Graduando de Licenciatura em Educação do Campo/Campus São Mateus - Universidade Federal do
Espírito Santo, militante do Movimento Negro Unificado – MNU.
16
Jovem negra, militante do Movimento Negro Unificado e do Coletivo Enegrecer e comunicadora
popular com iniciativas como o "Diálogos Negros" e "Rádio Periferia Resiste" e trabalha com
gerenciamento de redes sociais sempre que possível. Formada em Humanidades pela UNILAB e
estudante de Pedagogia (UNILAB), pesquisa sobre as ações educativas e antirracistas promovidas
pelo Movimento Negro Cearense.
17
Wilame da Silva Júnior, o jovem èsù, é artista multimídia, pesquisador-educador e graduando do
Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades pela UNILAB. Atua desde 2016 com arte-educação.
Produtor do podcast oxe kurumim. Candomblecista de nação ketu no Ilé Asè Oba Oladeji (Maracanaú
- CE). Investiga as epistemologias de terreiro, formado no Projeto de Pesquisa Encruzilhadas
(PIBIC/CNPQ), desenvolve pesquisas acerca de Exu como fundamento epistemológico em práticas
pedagógicas antirracistas e atualmente atua no Projeto de Extensão Pedagogiras (Proex/Unilab).
Elaborador do e-book Exu nas Escolas. Produtor audiovisual na estética do tempo que gira espiralado
e na rua como na mata abre possibilidade de envolvimento cosmológico através de suas tessituras em
arte.
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da Silva Júnior ou somente Wiil e além disso falar da necessidade de um curso de


Artes na UNILAB.
Para iniciar o diálogo foi apresentado o doc-clipe produzida pelo Jovem Esú na
disciplina “Oficina de metodologia II” do curso Bacharelado Interdisciplinar em
Humanidades (BHU) com a Dra Profa Adilbênia Machado, intitulado “A estratégia da
vez” 18.
A pergunta-guia foi: Quais são os elementos metodológicos exuisticos que
podemos encontrar nesse doc-clipe? Como essas produções artísticas contribuem
para a luta e narrativa da necessidade de um curso de artes na UNILAB?
De acordo com o Jovem Esú “a metodologia é uma encruzilhada, uma zona de
intersecção” e continua,

Essa metodologia surge a partir da filosofia de Exú, orixá da comunicação,


aquele que articula o caos e a ordem e faz um novo sentido para operar suas
demandas, desejos, prazeres, dá gargalhadas e a partir dessa magia e
macumba fazer uma nova era, um novo processo.

E explica como essa metodologia se manifesta no doc-clipe “A estratégia da


vez”,

Esse formato já diz muito dessa encruzilhada, por não ser um doc nos moldes
mais tradicionais que é aquele documentário que tem aquela narrativa falada,
explicativa demais. O doc-clipe vem no sentido de deixar o espectador com
medo daquele caos metodológico e dali tirar ou não suas próprias
conclusões, seus desejos que são despertados.

A formato da filmagem, montagens e colagens, citações de bell hooks e Grada


Kilomba, assim como o beat produzido pelo Thiago Galvino19, no decorrer do doc-clipe
é apresentada de forma multicultural e nos deixa na curiosidade para ver a próxima
cena, e isso falar muito dessa metodologia inspirada em Exu afinal,

a encruzilhada é antes de tudo multilingue. Porque na encruzilhada se fala


todas as linguagens. Exú é a boca que tudo come, então a boca que tudo
come,é a boca que tudo fala.

18
Sinopse: olhar opositor negro independe; cinema entre as brechas narrativas da ciência; fazer da
encruza um novo contexto artístico, mítico, político;a estratégia da vez é olhar para trás e caminhar pra
frente, acertando o alvo da história de ontem com a flecha narrativa que só hoje foi arremessada. a
estratégia da vez: exu vai na frente, no cinema também.
19
Thiago Galvino, escritor, poeta e beatmaker, estudante de Letras na UNILAB, membro do Coletivo
Anum-Preto e militante do MNU. @galvineando
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FIGURA 7: Diálogos Negros no V Festival das Culturas

FONTE: Thiago Ramalho (2021).

Na dissertação de Luiz Rufino (2017) encontramos a compreensão do Itan das


3 cabaças que o Jovem Esú falou no Dialogos Negros e o autor nos diz o seguinte,

Como descrito no mito que exalta a sua façanha, ao optar pela terceira
cabaça, negando a primeira e a segunda que lhe foram oferecidas, Exu opta
pelos caminhos das confluências, das contaminações e da polifonia. Dessa
forma, é ele que, como princípio operante sobre as dimensões de
possibilidade e imprevisibilidade, recria o mundo pregando peças, nos
desarranjos, desarmes, dribles, gingas, giros e negaças. É a criação que
emerge do vazio, o terceiro elemento que, ao negar, cria, e, ao dizer, desdiz.
Exu é a terceira cabaça que guarda as possibilidades de atravessamento e
recriação do mundo. É ele o portador do conteúdo do que havia tanto na
primeira, quanto na segunda, mas agora misturado em uma terceira. (Rufino,,
2017, p. 84).

E assim a segunda parte da primeira pergunta começou a ser desenhada ao


questionar a influência europeia, universalizante e engessada que a universidade
impõe para corpos negros, como no caso da UNILAB, universidade federal
internacional que deve incentivar uma outra produção de conhecimento, de fazer
produção acadêmica e assim recriar uma nova ordem.
Portanto, é preciso perceber os passos que foram percorridos na UNILAB, mas
principalmente no curso de Bacharelado Interdisciplinar em Humanidade, que
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possibilita a produção de audiovisual como trabalho de conclusão de curso;


recentemente tivemos a produção de Banuma Pinto20 com o filme “O corpo público”,
trabalho final de conclusão do curso de Sociologia.
Quais são as dificuldades que estudantes encontram para produzir essas
produções? O Jovem Esú se debruça sobre essa situação quando nos diz o seguinte:

O curso de Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades tem o audiovisual


como uma das possibilidades de defesa de conclusão de curso, mas não
dispõe de laboratório audiovisual, câmeras suficientes para utilizar,
equipamentos, [...] não temos uma disciplina metodológica de cinema, não
tem os instrumentos necessários, as bases teóricas do cinema, como de
todas as outras artes que também tem uma base teórica, por que é um campo
de conhecimento.

E mesmo com tantas dificuldades encontradas pelos estudantes, o fazer arte


se faz presente na UNILAB, seja nesse V Festival das Culturas em que tivemos a
apresentação de diversas áreas do conhecimento artístico, na produção de resistência
que acontece dentro das disciplinas e na conclusão de curso. Sendo assim, Jovem
Esú completa:
É pressionar a instituição a partir das nossas feituras, como o ebó ou o padê
arriado numa encruzilhada. Quando a gente faz arte, quando produz um
construto artístico ele também é uma macumba, ela também tem um retorno
e nesse sentido a estratégia da vez é que a gente tenha um curso de Artes
na UNILAB e isso vai surgindo das diversas macumbarias artististas que
vamos produzindo.
Afinal, a UNILAB, como universidade diferenciada das demais no Brasil, deve
cumprir o papel de formar quadros para os países da CPLP das mais diversas áreas
de conhecimento e mostrar que esses corpos negros diaspóricos a partir do fazer
artístico também podem ocupar os teatros, cinemas, produções, museus e todos
outros espaços que tem a arte como fundamento de transformação social.

Contatos:
Geyse Anne S. da Silva:
[email protected] @preta.geyse
Jovem Esú:
[email protected] @jovem.esu

Banuma Alberto Caetano Pinto, mulher guineense, atriz e poetisa. Graduada em Humanidades e
20

Sociologia pela UNILAB.


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Capítulo 6 - OFICINAS
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Capítulo 6 - OFICINAS

Cristina Teodoro21

Segundo do Valle e Arriada (2012), oficina é uma forma de construir


conhecimento, com ênfase na ação e sem perder de vista a base teórica. Ainda
segundo os autores, para a realização de uma oficina bem-sucedida, a mesma deve
ter articulação de conceitos, pressupostos e noções com ações concretas,
vivenciadas pelo participante ou aprendiz, bem como a vivência e execução de tarefas
em equipe, isto é, construção coletiva de saberes. Vieira e Volquind (2002), ao
concordar com o exposto, conceitua oficina

[...] como sendo um tempo e um espaço para aprendizagem, um


processo ativo de transformação recíproca entre sujeito e objeto, um
caminho com alternativas, com equilibrações que nos aproximam
progressivamente do objeto a conhecer. Logo, a oficina pode ser
considerada uma oportunidade de vivenciar situações concretas e
significativas, baseada no tripé: sentir-pensar-agir, com objetivos
pedagógicos. Nesse sentido, a metodologia da oficina muda o foco
tradicional da aprendizagem (cognição), passando a incorporar a ação
e a reflexão. Em outras palavras, numa oficina ocorrem apropriação,
construção e produção de conhecimentos teóricos e práticos, de forma
ativa e reflexiva.

Nesse sentido, é possível compreender que o responsável pelo


desenvolvimento da oficina não ensina o que sabe, mas cria oportunidades para
aquilo que os participantes necessitam saber, sendo, portanto, uma abordagem
centrada no aprendiz e na aprendizagem e não em quem coordena. Assim, pode-se
desenvolver uma experiência de ensino e aprendizagem em que educadores e
educandos constroem juntos o conhecimento num espaço para vivência, reflexão e
conceitualização como síntese do pensar, sentir e agir (CANDAU, 1999).
O processo de construção que se realiza por meio de oficinas, para Bonetti e
Daron (2016) tem várias características: é pluridimensional, criativo, coletivo,

21
Doutora em Educação: Psicologia da Educação, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Graduada em Pedagogia e Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Professora Adjunta Efetiva da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
(UNILAB). Foi chefe de Gabinete da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, foi Oficial
de Projetos do Setor de Educação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura no Brasil, responsável pelo Programa Brasil-África: histórias cruzadas e pelos projetos
realizados na seara da Educação Infantil e Primeira Infância. Bolsista do Programa Internacional de
Bolsas da Fundação Ford, turma 2007-2010. Tem experiência e interesse nos seguintes temas:
educação, identidade étnico-racial; educação das relações étnico-raciais, história e cultura africana e
afro-brasileira; infância; criança e Educação Infantil.
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planejado e coordenado coletivamente. Prioriza o aprendizado usando o corpo todo e


não só a razão. É por isso que, nesse processo, são trabalhadas as distintas
dimensões do ser humano: o sentir, o pensar, o agir, a intuição e a razão, o gesto e a
palavra intervêm e encontram uma nova síntese.
Foi partindo desses pressupostos que as oficinas foram realizadas no Pré-
Festival das Culturas e, no próprio festival, totalizando um número de 13 oficinas
ministradas tanto por membros da comunidade acadêmica da Unilab quanto por
aqueles pertencentes à comunidade externa. Em diferentes perspectivas, as oficinas
contemplaram linguagem, corpo, música, fotografia, teatro, arte visual, literatura e
escrita criativa. Em relação à dança, por exemplo, ganha destaque aquela com foco
em uma modalidade africana e afro-brasileira. De acordo com Cruz e Petit (2008), nas
culturas de arkhé o corpo ganha centralidade, ao citar José Gil (2001: 56): “no princípio
era o movimento”. Ou, como ressalta Pierre Weil (1999: 88): “o corpo fala”. Os autores
destacaram que tudo parte do corpo, o corpo é referência. Por isso, nas culturas
africanas e negras em geral, o corpo está presente em todos os rituais. Assim, por
exemplo, num ritual de feitura de um santo, no candomblé, o corpo é raspado,
marcado, cortado, cuidado.

Também dança, canta, grita, chora, sente, enfim todos os sentidos do


corpo estão em interação e ativos. Num ritual de candomblé, fica clara
e nítida a íntima relação entre o corpo, a dança, o canto, a música e o
ritmo... O sensível prevalece e tudo é movimento. A dança,
particularmente a dança ritualística no candomblé, é um dos corpos-
territórios do jogo do negro do qual o senhor de escravo não conseguiu
se apossar, é um espaço próprio (CRUZ; PETIT, 2008).

Com essa compreensão, é possível compreender como a cultura africana e


afro-brasileira foram as bases e eixos de todas as oficinas, em suas diferentes
linguagens. O simbólico e a cosmologia estavam presentes, juntas, misturadas,
articuladas. É possível, também, identificar a quebra de paradigmas em que outras
formas de fazer, ser e aprender, foram valorizadas e desenvolvidas. Os registros
abaixo não deixam dúvidas. Vamos a eles:
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6.1 OFICINA: Empodere-se através dos turbantes - Bahia

Ananda Átila Pereira Santana


Gilson das Virgens de Souza Junior22

RESUMO: A apresentação cultural “Empodere-se através dos turbantes” objetiva


proporcionar por meio de fatos sócio-históricos a importância dos turbantes para a
população preta no continente africano e nas diásporas. Buscando a negritude como
forma de retomada de aceitação de si, autoestima, empoderamento estético e
intelectual rompendo assim os padrões eurocêntricos impostos. A população negra,
tanto no continente Africano quanto nas diásporas, tem exercido um papel
fundamental na construção do empoderamento, estética e de identidade,
ressignificando o uso do turbante como manifestação política cultural e de resistência.
Podemos arrematar dizendo que o turbante é uma indumentária cultural herdada e
usada para simbolizar a valorização da estética do povo preto como forma de
reconhecimento e aceitação de suas origens. Acesse aqui.

O Festival das Culturas

No atual contexto pandêmico, o festival das culturas além de se mostrar


necessário pelo seu efeito de interação entre diferentes culturas, também supriu a
necessidade humana urgente de consumo e experiência de materiais culturais tão
ricos, únicos e com um poder de transformação e consciência avassaladora. Assim o
V Festival das Culturas da UNILAB proporcionou momentos de debate, reflexão,
contato ancestral, consciência e principalmente de deleite e bem-estar tão
necessários em tempos de isolamento.
A UNILAB com toda sua abordagem do valor epistemológico das lutas e
transformação do conhecimento convencional nos propõem trocas tão deliciosas de
aprendizagem; convidamos várias pessoas para participar do festival e foi muito
importante ver as pessoas contando suas experiências e curiosidades de assuntos e
temas que até então não conheciam. Nesse ponto, vale ressaltar a importância

22
Graduação em andamento em Humanidades. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira, UNILAB, Brasil.
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primordial do festival das culturas e contribuição fundamental para o fortalecimento


dos artistas e novas aprendizagens.

FIGURA 8: Empodere-se através do turbante

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

Ananda Átila Pereira Santana - [email protected]

Gilson das Virgens de Souza Junior – [email protected]


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Capítulo 7 - APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS E


CULTURAIS
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Capítulo 7 - APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS apud 2019

Cristina Teodoro23

Lins, Carmo, Porto (2019), ao citar autores como Bennett, Taylor, Woodward
(2014), destacam que os festivais ocorrem como “parte integrante da paisagem
cultural contemporânea e como os principais locais que inspiram a comunidade, a
crítica cultural, a mobilidade social e a mudança”:

[...] em um mundo onde as noções de cultura estão se tornando cada


vez mais fragmentadas, o festival contemporâneo tem se desenvolvido
em resposta a processos de pluralização cultural, mobilidade e
globalização, ao mesmo tempo, comunicando algo significativo sobre
a identidade, a comunidade, localidade e pertencimento. [...] Como um
meio cada vez mais popular através dos quais os cidadãos consomem
e vivenciam a cultura, festivais também tem se tornado uma maneira
economicamente atraente para embalar e vender a cultura, gerando
turismo (BENNETT; TAYLOR; WOODWARD, 2014, p.1).

As apresentações culturais ocorridas durante a realização do IV Festival das


Culturas da UNILAB representaram exatamente o que os autores mencionam, ou seja,
as possibilidades existentes entre a construção de identidades, relação com a
comunidade, encontros de localizações e pertencimentos. Nós, seres humanos,
possuímos muitas formas de manifestar aquilo que somos, pois temos a capacidade
de expressar nossos pensamentos e emoções de muitas maneiras diferentes, de uma
forma que nenhum outro ser vivo é capaz de fazer. Somos diferentes em nossas
capacidades e habilidades e, produzir artes, como a música, a dança, a escultura, a
pintura etc.
No Festival, entre as 17 apresentações culturais ocorridas, duas ganharam
destaque, aquelas vinculadas à dança e à música. Como é sabido, de todas as
diversas formas de arte, a dança é considerada a mais antiga e a única que dispensa

23
Doutora em Educação: Psicologia da Educação, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Graduada em Pedagogia e Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Professora Adjunta Efetiva da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
(UNILAB). Foi chefe de Gabinete da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, foi Oficial
de Projetos do Setor de Educação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura no Brasil, responsável pelo Programa Brasil-África: histórias cruzadas e pelos projetos
realizados na seara da Educação Infantil e Primeira Infância. Bolsista do Programa Internacional de
Bolsas da Fundação Ford, turma 2007-2010. Tem experiência e interesse nos seguintes temas:
educação, identidade étnico-racial; educação das relações étnico-raciais, história e cultura africana e
afro-brasileira; infância; criança e Educação Infantil.
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a utilização de materiais e ferramentas. Para expressar a arte da dança o ser humano


precisa basicamente do corpo e da sua vitalidade própria. Desde a mais tenra idade,
com o simples mover do corpo, seguindo uma coreografia em sintonia com um certo
ritmo musical, qualquer criança pode expressar a arte da dança. Dessa forma,
aprendemos desde cedo que a dança é uma maneira extraordinária de expressarmos
nossos sentimentos e experiências mais subjetivas.
A expressão do corpo, por meio da dança, foi utilizada por diferentes grupos
que se apresentaram, de diferentes localidades do recôncavo da Bahia e, também,
com diferentes modalidades, para o grupo de São Sebastião do Passé, município
próximo à cidade de São Francisco do Conde; por exemplo, a coreografia,
representada por uma serpente, percorre a sinuosidade da vida e seus ciclos
antagônicos.
A música também ganhou destaque; 14 apresentações foram realizadas, entre
individuais ou em grupos. A riqueza da diversidade de ritmos foi notável, desde
aqueles mais tradicionais do Brasil ou de países parceiros da UNILAB, como a Guiné-
Bissau, por exemplo, quanto a outros ritmos, como o Rock ou o Choro. Com base na
conceitualização da palavra resistir, para os povos africanos, muito antes da
colonização a musicalização já se fazia presente em trabalhos coletivos e até mesmo
na transmissão de conhecimento para novas gerações. A musicalidade africana, além
de afirmar a identidade do negro, ela foi marco de resistência durante a escravidão.
De acordo com Gomes (2017), nos Estados Unidos, nas lavouras de cana de açúcar,
de algodão e na colheita de café no Brasil, a música traçava planos de fuga e formas
de sobrevivência nos Quilombos. Já nos Estados Unidos a musicalidade negra se
caracterizou e se fortaleceu nas lutas por Direitos Civis e fim de segregação racial em
1950; com esse ato de resistência sugiram estilos musicais que embalam multidões
como, rhythm and blues, o soul, o rock and roll, o rap e o hip hop. Nas apresentações
relatadas abaixo, é possível perceber como até os dias atuais, a música é um meio
de resistência.
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7.1 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Estilo Kuduro – Bahia

Natália Eugénia Kulivela 24

RESUMO: O estilo Kuduro representa a cultura angolana e vem ganhando cada vez
mais reconhecimento em todo mundo.

O Festival das Culturas

O V Festival das Culturas teve como título Diversidade na Universidade: direitos


humanos e inclusão. É esforço coletivo dos campi do Ceará e da Bahia, em conjunto
com parceiros locais e instituições do poder público que se reuniram para celebrar a
arte e a cultura, em tempos de pandemia, nas suas plataformas virtuais. O desafio
desta edição foi usar os meios digitais, proporcionando a participação de todos/as que
fazem arte dentro dos espaços da Universidade, com o objetivo de colaborar com a
formação plena do educando, incentivando a sua formação artística por meio de várias
formas de manifestação da arte: música, dança, pintura, escultura, artesanato, teatro,
declamação de poesia, entre outras. Além disso, o Festival é uma atividade
integradora para alunos e professores e difusora da arte como meio de expressão
cultural. Houve um edital público e todos os alunos/as do Ceará e Bahia puderam
fazer a inscrição; os resultados sinalizam que a Unilab tem contribuído para a
divulgação dos artistas presentes na instituição, permitindo divulgar a arte dentro e
fora do instituto. Participaram vários estudantes de Angola, Guiné, São Tomé, Cabo
Verde, Moçambique e Brasil foi algo muito enriquecedor que ajudou os artistas a
mostrar os seus trabalhos para todos.

24
Natália Eugénia Kulivela, estudante da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira; graduada em Ciências Biológicas, pesquisadora, bolsista do PIBID e monitora; ex-tutora
júnior bolsista do programa Pulsar de biologia. Participou na formação de professor pesquisador em
tempo de pandemia; foi como monitora na semana Universitária da Unilab; convidada do Festival das
Culturas da Unilab.
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FIGURA 9: Natalia Eugénia dançando estilo Kuduro Angola

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

[email protected]

@nataliadomarkulivela
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7.2 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Dança afro sobre o ar livre, na


natureza. - Bahia

Patrícia Menezes de Sena

BIOGRAFIA: Quando me matriculei na UNILAB não conhecia a instituição nem os


projetos que ela desenvolve junto com os seus educandos. Comecei a pesquisar e
descobri uma diversidade de projetos, pesquisas e atividades extra-acadêmicas que
ajudam o educando a se descobrir como cidadão autônomo e capaz de intervir na
sociedade como ser humano, respeitando as diferenças e enfrentando as
adversidades. Me encontrei na PROEX porque sempre gostei de artes, de dançar,
datuar; esse universo sempre fez parte da minha vida, embora eu seja tímida.

RESUMO: O meu objetivo é mostrar, através da dança, que podemos ser livres para
expressar amor pela arte e pela cultura; compreender a diversidade cultural do
Recôncavo, da Bahia e do Brasil-África; respeitar as diferenças culturais e artísticas.
Para o vídeo que fiz separei algumas roupas, escolhi as músicas com minha irmã, que
foram “Jerusalema”, ao som da percussão do Olodum e Oceans remix versão tiktok.
Gravamos em um terreno em construção e na frente da minha casa, sem aparatos
tecnológicos, exceto o celular. Uma boa apresentação requer ensaios, disciplina, e
dedicação como tudo na vida. Acesse aqui vídeo.

O Festival das Culturas

Foi bem diversificado, as apresentações bem divididas e elaboradas foi um


prazer fazer parte do evento, que foi um mix cultural. Foi muito bom fazer parte das
apresentações mesmo que de forma remota sentimos o calor de sermos
afrodescendentes; é muito gratificante estar inserida nesse projeto, que não vê o
negro como ser marginalizado e sim um artista diferenciado que dança, canta e atua.
Somos todos negros não só pela cor da pele, mas pelo sangue guerreiro e braços
fortes que ergueram com muito sofrimento esse país chamado BRASIL!
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FIGURA 10: Dança afro sobre o ar livre, na natureza

FONTE: Arquivo pessoal (2021)

Contatos:

[email protected]
Página | 72

7.3 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Danças Tradicionais da Guiné-


Bissau - Bahia

Ró Gilberto Gomes Cá25


Lia Dias Laranjeira26

BIOGRAFIA: O grupo de dança Cabaz Garandi – Ritmos e danças tradicionais da


Guiné-Bissau e do Brasil é composto por 15 estudantes bissau-guineenses dos cursos
de Humanidades, Letras, Pedagogia, Relações Internacionais e Ciências Sociais da
UNILAB-Campus dos Malês, que participam de atividades de ensaio,
aperfeiçoamento, intercâmbio com outros grupos culturais, pesquisa e divulgação de
ritmos e danças tradicionais da Guiné-Bissau e do Brasil.

RESUMO: Para a V Edição do Festival das Culturas da UNILAB, o grupo apresentou


algumas danças pertencentes a alguns grupos sociais (étnicos) que compõem o
mosaico cultural guineense. No país, a música e a dança constituem elementos
estruturantes da organização social de todos os grupos étnicos bissau-guineenses,
tais como os Balanta, os Mandinga, os Papel, os Budjugu, dentre outros. Ora, desde

25
Bacharel em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira (UNILAB) e formando em Pedagogia pela mesma universidade. Pesquisador negro africano
na área de educação, com especificidade em livros didáticos e descolonização do currículo escolar. Foi
membro do corpo Diretivo da Associação dos Estudantes e Amigos da África (ASEA) e Fórum dos
Estudantes Guineenses em São Francisco do Conde. É mentor e ex-bolsista do grupo de pesquisa e
extensão, Cabaz Garandi Ritmos e Danças Tradicionais da Guiné-Bissau e colaborador no projecto de
Integração Sociocultural dos Estudantes da Unilab: interculturalidade e dinâmicas da sociabilidade na
Cidade de São Francisco do Conde, Bahia. Foi membro ativo de Botaafala, projeto de pesquisa
educacional baseado nas artes, que utiliza o hip-hop como linguagem para compor uma educação
democrática e participou como bolsista voluntário no programa Institucional de Bolsa à Docência
(PIBID), no subprojeto de Pedagogia. Apresentou o programa denominado “Saudações Nossas Vozes”,
da Rede de Telecomunicações RCTV-WEB (São Francisco do Conde-BA). O ensino básico,
equivalente ao ensino fundamental anos iniciais e finais foram concluídos na escola pública Patrice
Lumumba (Guiné-Bissau). O liceu do 7° ao 12° ano, equivalente ao ensino médio, foi concluído no
Liceu Nacional Kwame N´krumah (Guiné-Bissau).
26
Professora do Instituto de Humanidades e Letras da Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB), doutora em História Social (USP), mestra em Estudos Étnicos e
Africanos (UFBA) e bacharela em Ciências Sociais com habilitação em Antropologia (UFBA). Participou
de projetos de pesquisa relacionados a práticas religiosas de matriz africana no Brasil e no Benim,
tendo colaborado como pesquisadora e tradutora no sítio eletrônico Práticas Religiosas na Costa da
Mina: uma sistematização das fontes européias pré-coloniais (1600-1730), sob coordenação do Prof.
Dr. Luis Nicolau Parés (UFBA). A partir do trabalho no Museu Afro Brasil (SP), elaborou seu projeto de
doutorado sobre a produção de arte makonde em diálogo com a história política de Moçambique, cuja
pesquisa foi realizada neste país e em Portugal (IHC-Universidade Nova de Lisboa/FAPESP). É autora
dos livros: O culto da serpente no reino de Uidá: um estudo da literatura de viagem europeia-séculos
XVII e XVIII (EDUFBA, 2015) e Mashinamu na Uhuru: Arte Makonde e História Política de Moçambique
(1950-1974) (Intermeios/Kapicua, 2018).
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a publicação do edital de bolsa para V Festival das Culturas, nos reunimos via Google
Meet com intuito de analisar o edital e decidir sobre a nossa participação no festival;
essa reunião ocorreu em 09/10/2021; decidimos participar e fizemos também as
escolhas dos bolsistas e marcamos também os dias para ensaio. Ensaiamos nos dias
16, 17 e 18 do mês corrente e, devido a interdição do recinto universitário para
realização das atividades coletivas, escolhemos um lugar mais apropriado para
encontrarmos com finalidade de ensaiar para gravação de vídeo na a casa de um dos
membros do grupo, Dudú Pereira; assim começamos os nossos encontros de
trabalho. No primeiro ensaio contamos com a participação de nove membros; já no
segundo conseguimos atingir um número significativo; ensaiamos duas vertentes de
música e de dança; no que se refere a dança trabalhamos com três estilos de danças:
dança Mandinga, dança Manjaco e dança Balanta; no que tange a música
trabalhamos com estilo Tina, com três músicas de autoria pública com conteúdo de
intervenção social. Foi essa nossa rotina de encontros. Foi bastante difícil reunir em
curto prazo todos os membros dos grupos e conseguir ensaiar num grande nível para
gravação de vídeo, porém conseguimos fazer uma boa gravação e esperamos bom
aproveitamento dos nossos trabalhos. Agradecemos a todos/as envolvidos na
organização do V Festival das Culturas. Acesse aqui o vídeo.

O Festival das Culturas

O Festival das Culturas deste ano ocorreu de uma forma diferente, devido ao
período de pandemia que estamos enfrentando. Tivemos que gravar o vídeo, editar
para ser apresentado no dia e a hora de acordo com a programação. Uma edição
atípica, mas correu tudo bem.
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FIGURA 11: Danças Tradicionais da Guiné-Bissau

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

Ró Gilberto Gomes Cá - [email protected]


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7.4 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Ingrid Luz

Ingrid Souza Neves Luz 27

RESUMO: No dia 21/11 ocorreu a performance de Ingrid Luz, que estreou online com
a categoria dança afro-brasileira contemporânea em em homenagem a um dos heróis
que lutou pela educação, contra o apartaide na África do Sul, foi preso e exilado e
deixou o seu legado da história e fundamentos e entre outros fatores fortalecendo e
incluindo a população negra, jovem, pobre, etc. Nada mais justo do que fazer
homenagem a Nelson Mandela Mandiga. A dança representa corpo, linguagem,
cultura, se movimenta com os elementos da natureza; nessas raízes alimentam o ser
que sou hoje e não poderia deixar de falar do ritmo da batucada da banda Olodum
juntamente com ecos de resistência, saudando Nelson Mandela. A performance foi
criada por Ingrid Luz, da Fundação Cultural da Bahia onde ela estudou por 12 anos,
iniciado com 5 anos de idade e Balé Folclórica da Bahia. Falando em cultura, a dança
Afro é a representatividade que fala de povos que trouxeram riqueza e foram
escravizados. Avalio minha apresentação como excelente. Acesse vídeo.

O Festival das Culturas

O festival de Cultura é super importante por resgatar raízes, valores e histórias.

27
Possui graduação em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira (2018). Pretende cursar Ciências Sociais.
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FIGURA 12: Apresentação de Dança - Ingrid Luz

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos

[email protected]
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7.5 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Grupo Kabaz Di Terra - Ceará

Deonesa Alberto Mango


Estelita Dinis Gomes
Jacemine Valéria Sambú28
Janifer Nunes da Fonseca29
Morida Djedju30

BIOGRAFIA: O eixo “Kabaz di Terra” da uniculturas” foi criado em 24 de setembro de


2019 por estudantes guineenses de diferentes cursos da UNILAB-Ceará com o intuito
de divulgar, reconhecer e valorizar as culturas guineenses na Diáspora. A Guiné-
Bissau é um país da África Ocidental e possui mais de uma dezena de grupos étnicos
representativos, distribuídos nas oito regiões do país, incluindo a capital, Bissau. Cada
grupo possui sua língua, cultura, costumes e vivências próprias, com diferenças
linguísticas, danças, expressões artísticas, tradição musical. Nessa perspectiva, o
objetivo geral é incentivar a integração dos países parceiros da UNILAB e, através
das ações e atividades, divulgar, reconhecer e valorizar o patrimônio cultural rico e
diversificado que a Guiné-Bissau possui. Ainda, Kabaz di Terra possui o objetivo
específico de fortalecer a integração na UNILAB através da cultura; contribuir, ainda
mais, para a consolidação das diretrizes da UNILAB, principalmente no que diz
respeito à integração e à internacionalização; divulgar a riqueza cultural do continente
africano e de Guiné-Bissau para a UNILAB e principalmente para a comunidade
externa, como possibilidade de desconstrução do imaginário midiático negativo que

28
Jacemine Valéria Sambú é graduanda em Letras Língua Portuguesa pela Universidade da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB); foi tutora bolsista do Programa de Acolhimento e
Integração de Estudantes Estrangeiros (PAIE); é membro da Rede Internacional de Mulheres africanas
(RIMA); foi monitora da IV Semana Internacional de Letras da UNILAB; é membro efetivo do Projeto de
Extensão: UNICULTURAS: unidos pela integração na categoria grupo de dança kabaz di terra; é
bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e foi monitora da primeira
Semana de Sociologia na UNILAB.
29
Janifer Nunes da Fonseca é graduanda em Letras-Língua Portuguesa pela Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB); foi bolsista do Programa Institucional
de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID); é membro efetivo do projeto de extensão: UNICULTURAS:
Unidos pela Integração na categoria grupo de Kabaz di Terra e membro da Rede Internacional de
Mulheres Africanas (RIMA).
30
Morida Djedju é licencianda em Letras-Língua-portuguesa pela Universidade da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB); é membro efetivo do projeto de Extensão:
UNICULTURAS: Unidos pela Integração na Categoria Grupo de Kabaz di Terra; é Secretária da Rede
Internacional das Mulheres Africanas (RIMA), é coordenadora do Grupo de Estudantes Guineenses do
Curso de Letras na UNILAB kABAZ de Letras, é bolsista do programa de iniciação à docência (PIBID).
Página | 78

existe sobre o continente africano e realizar cursos, oficinas, palestras, minicursos e


mostrar culturas com a população acadêmica e do entorno da UNILAB. O KABAZ DI
TERRA é composto por: apresentações de danças típicas de Guiné-Bissau (Tina,
Gumbé, Balafón, Djambadon e dentre outras); oficinas de danças; língua kriol
(guineense); oficina de pratos típicos de Guiné-Bissau; tranças africanas e realização
de minicursos sobre a história da Guiné-Bissau. Esse grupo é de grande importância
para a UNILAB e para a comunidade externa, haja vista que ainda hoje existe um
olhar pejorativo e preconceituoso sobre o continente africano; assim, esse grupo surge
como possibilidade de desconstruir certezas narrativas criadas sobre África e sobre
Guiné-Bissau, possibilitando a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre Guiné-
Bissau.

RESUMO: Para realização dessa apresentação do V Festival das Culturas, em um


primeiro momento passamos os informes no nosso grupo geral “Kabaz di Terra” sobre
o evento a fim de pensarmos em nossa metodologia de trabalho com o intuito de
informar a maneira como o eixo Kabaz di Terra iria atuar. Sendo assim, tivemos
diferentes encontros para preparação como: pensar sobre a temática da
apresentação, de maneira a analisar a duração do tempo, escolha de quais
coreografias, ensaios e música que o grupo usaria para as danças e quais são os
integrantes que estariam presentes no evento da V Festival das Culturas; realização
da inscrição para o evento. Portanto, nessa sequência demos o início ao processo da
apresentação separando as músicas escolhidas para a nossa apresentação e a
elaboração de um roteiro que nos estabelece uma ordem musical que duraria 20
minutos.

O Festival das Culturas

Esperamos promover a UNILAB e a comunidade externa, com a oportunidade


de conhecer Guiné-Bissau através das danças, músicas, oficinas, culinária etc. Além
do mais, fortalecer as ações de extensão da Universidade, como diz Correa (2003), a
relação entre a universidade e a sociedade deve ser transformadora, assim,
acreditamos que, através das atividades e oficinas, a comunidade externa conhecerá
mais sobre a cultura africana, em especial guineense. Com isso, queremos ser um
grupo permanente que promove atividades culturais pautadas na Integração. Além
Página | 79

disso, que possamos fortalecer os laços de união, respeito e integração que a UNILAB
tanto necessita. Em suma, o V Festival das Culturas na UNILAB nos dá essa
oportunidade, ou seja, liberdade de celebrar diversidades, culturas, artes e também
insere todas as linguagens artísticas possíveis, trazendo debates, apresentações,
oficinas, momentos educativos e entretenimento.

FIGURA 13: Grupo Kabaz Di Terra

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:
Jacemine Valéria Sambú - [email protected]
Página | 80

7.6 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Dança (Semba e Kizomba) - Ceará

Andre Fonseca Miguel Lutumba


Isabel Figueira De Oliveira
Cristiane Freire Gomes31
Pedro Vieira Panzo32
Emília Baptista Da Silva
Nuno Adolfo Figueiredo33

RESUMO: O grupo Toques da Banda é um eixo cultural do projeto Uniculturas. Desde


2018 vem realizando apresentações de danças de origem angolana (Semba, Kizomba
e Tradicional).

O Festival das Culturas

Nossa participação no V Festival das Culturas teve como objetivo colaborar na


promoção da diversidade cultural para Universidade e comunidade externa, manter a
cultura angolana viva através dos estilos de danças, transmitir alegria e recordação
através das performances das danças e das letras das músicas. A metodologia
utilizada para apresentação das danças angolanas consistiu em sequência de passos
formando uma coreografia que seguia o ritmo da música. O estilo Semba que
trouxemos para o evento foi composto por elementos clássicos da dança; já o estilo
Kizomba trouxemos com variações mais contemporâneas. Foi satisfatório para o
grupo Toques da Banda a sua atuação no Festival, pois conseguimos divertir a plateia
e os internautas tendo em vista o retorno positivo sobre a nossa participação.
O V Festival das Culturas foi um evento muito rico, a diversidade cultural foi o
ponto mais marcante nesse evento e espero(eramos) que o próximo festival seja ainda
melhor do que este, pois a meta é superar-se a cada edição realizada.

31
Possui graduação em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira (2015) e ensino médio (segundo grau) pela Franklin Távora (2000).
32
Possui ensino médio (segundo grau) pela Escola I e II Ciclo do ensino secundário 4075 em Cacuaco-
Funda (2017). Tem experiência na área de Engenharia de Energia, com ênfase em Fontes Renováveis
de Energia.
33
Possui ensino médio (segundo grau) pelo Complexo Escolar do l° e ll° Ciclo do Ensino Secundário
4075-Sequele (2017). Tem experiência na área de Engenharia de Energia.
Página | 81

FIGURA 14: Cristiane Freire Gomes e Pedro Vieira Panzo

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

Andre Fonseca Miguel Lutumba - [email protected]


Página | 82

7.7 APRESENTAÇÃO MUSICAL E DE DANÇA: Grupo Vozes D'África

Dimir Zeferino Cuma34


Ilídio Joaquim Guimarães
Josefina Frinsela Nhebeine Pedreira35
Julaica Edineusa Monteiro36
Moniz Irineu Gomes37
Moises Quinta Alberto Iala38

BIOGRAFIA: Somos do grupo de extensão VOZES DE ÁFRICA. O Programa Vozes


d’África é um programa de extensão universitária que oferece à sociedade e aos
estudantes da Unilab meios de acesso e produção às diversidades culturais africanas.
O Grupo Vozes d’África é uma iniciativa que visa a promoção e fortalecimento da
integração acadêmica e cultural entre os países da cooperação, articulando a
investigação, circulação e produção de linguagens artísticas múltiplas e entrelaçadas,
mas com prioridade para a música e literatura como veículos do debate e da reflexão
sobre a tensão entre a unidade cultural nacional e a diversidade cultural,
especialmente os seus significados identitários, envolvendo todos os países da
integração. Este relatório sintetiza os trabalhos realizados pelo grupo de extensão
Vozes d’África antes e durante o Festival das Culturas, ocorrido nos dias 20 à 22 do
mês de Outubro de 2021, sob o lema “Diversidade na Universidade: Arte e Cultura,
Direitos Humanos e Inclusão”. Nosso objetivo é despertar novas formas de ser e estar
na sociedade, enquanto cidadãs e profissionais dentro de um contexto de uma
universidade de integração internacional. Nossa apresentação objetiva a

34
Graduação em andamento em Engenharia da Computação. Universidade da Integração Internacional
da Lusofonia Afro-Brasileira, UNILAB, Brasil.
35
Graduação em andamento em Humanidades. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira, UNILAB, Brasil.
36
Graduação em andamento em Enfermagem. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira, UNILAB, Brasil.
37
Graduação em andamento em Humanidades. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira, UNILAB, Brasil.
38
Moisés Quinta Alberto Ialá, nacionalidade guineense, solteiro residente no Brasil. estudante de
engenharia de energias, na UNILAB. Terminei o Curso Básico de Informática, Curso Intensivo de Língua
Inglesa, Curso avançado de Excel, Técnico de Manutenção e Reparação de Computadores, Técnico
Instalador e Reparador de Rede de Computadores, Técnico Operador de Microcomputadores, Curso
de Noções de Eletricidade com Segurança, Eletricidade Residencial, NR10 e 5410. Cursando
Segurança de Informação (Pentester Mobile) e Programação em Python.
Página | 83

demonstração da cultura Africana na UNILAB, por meio da música dos países que a
compõem.

RESUMO: A apresentação musical do grupo vozes de África, eixo de música, surgiu


a partir de ideias entre os membros do grupo e o responsável, depois da publicação
do edital da Proex. Nesse sentido, houve a necessidade de um encontro entre os
integrantes do grupo para acertos e a estratégia a ser utilizada para apresentação,
começando em marcar datas para ensaio e depois escolha de músicas e ensaios. A
apresentação foi feita usando só uma guitarra por falta de meios de alugar os demais
instrumentos e com isso foi usado instrumental das músicas pré-gravadas para a
atuação. As músicas apresentadas foram adquiridas por meio da plataforma Youtube;
após isso, elas foram repassadas pelo aplicativo Moisés com a finalidade de eliminar
as vozes originais e desse modo ficar apenas com os instrumentais, a fim de poderem
ser usadas para os ensaios e posteriormente na apresentação.

O Festival das Culturas

A realização da apresentação musical no V Festival das Culturas da UNILAB


possibilitou aos membros do grupo ampliar seus conhecimentos sobre a diversidade
cultural no Brasil e nos países parceiros da Unilab, através da manifestação artística.
Como esperado, a atuação foi um sucesso, apesar de pouco tempo de preparação e
de falta de meios materiais para uma atuação, mas foi uma apresentação brilhante,
podendo mostrar a cultura guineense através do vestuário e de músicas, contribuindo
também para a concretização do evento.
A UNILAB, ao protagonizar ações em campos diversificados da cultura,
estimula a produção artística e cultural, criando condições para o aperfeiçoamento da
produção cultural brasileira e africana e o fortalecimento do sentimento de identidade
nacional e da integração internacional. As bolsas que houve nessa edição valorizaram
os esforços dos artistas, produtores de audiovisual e dos monitores, incentivando
ainda mais a participação. O Festival promoveu troca de saberes e a produção de
conhecimentos junto a coletivos sociais, étnicos e raciais em sua diversidade cultural.
Página | 84

FIGURA 15: Grupo Vozes D'África

FONTE: Thiago Ramalho e Ebinezer (2021).


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7.8 APRESENTAÇÃO DE DANÇA: Danças Africanas e Brasileiras

Adleine Fernandes Lima Aguiar


Calado Sanhá39
Francisco Gleilton Clemente da Silva40
Esmiraldo Gomes Cá
Hortência Fernandes

BIOGRAFIA: A criação do nosso projeto Ubuntudance surge junto aos grupos de arte
e cultura na UNILAB-CE que desempenham ações de extensão com objetivo de
divulgar e valorizar manifestações artísticas da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) presentes em nossa universidade (Angola, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Brasil), coordenado pela professora
Carolina Maria Costa Bernardo. Esse projeto de extensão parte da perspectiva de
abordar de maneira unificada a diversidade cultural que se encontra na comunidade
unilabiana, bem como as práticas artísticas voltadas a música, dança, teatro e etc.,
evidenciando a pluralidade e o fazer artístico que os estudantes desta universidade
carregam em seus corpos. Dessa forma, para o evento do V Festival das Culturas, o
eixo Ubuntudance, composto por estudantes africanos e brasileiros se propôs a
construir uma atividade cultural voltada aos valores que fundamentam o projeto,
trazendo em sua composição, para a apresentação, um repertório de danças e demais
estilos que representam alguns traços africanos e brasileiros, contribuindo para um
espaço em que haja a inclusão e multiculturalidade, por meio da arte que é a dança,
legitimando a diversidade de identidades e aspectos étnico-raciais que nos formam e,
que são defendidos pela universidade.

RESUMO: Para a nossa apresentação, o grupo utiliza oficina pedagógica como


metodologia de ensino e aprendizagem e como metodologia de trabalho que prevê a
formação coletiva no qual uma pessoa aprende com a outra. Uma metodologia
dinâmica, democrática, participativa e reflexiva, inspirada no pensamento de Paulo

39
Graduação em andamento em Letras-Língua Inglesa. Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira, UNILAB, Brasil.
40
Graduação em andamento em Sociologia. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira, UNILAB, Brasil.
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Freire, que prevê a interação entre pessoas diversas, em torno de um objeto do


conhecimento a ser apreendido, a partir de uma relação horizontal no qual se pretende
superar as dicotomias entre teoria e prática, entre conhecimento e trabalho e entre a
educação e a vida. Para a nossa apresentação do V Festival das Culturas tivemos
três etapas preparatórias. Primeira etapa propusemos a pensar sobre a temática da
apresentação, de modo a analisar a duração do repertório, escolha de quais músicas
o grupo usaria para as danças e quais integrantes estariam presentes neste evento.
Na segunda etapa, houve a realização da inscrição para o evento do V Festival das
Culturas-Unilab-CE; seguindo todos os critérios, o proponente realizou a inscrição
para o evento, na categoria de Projetos de Extensão como apresentação artística
presencial - ao vivo (dança). Nessa ordem, demos início ao processo e montagem da
apresentação, separando as músicas escolhidas para que fossem feitas uma
mixagem e a elaboração de um roteiro que nos estabelecesse uma ordem musical,
que duraria 20 minutos.

O Festival das Culturas

Esperava-se promover à comunidade unilabiana e seu entorno experiências


em danças africanas como possibilidade e recurso para a integração entre pessoas
brasileiras e internacionais; realizar apresentação das dança africanas: Funk do Brasil,
Gumbé de Guiné-Bissau, Funana de Cabo Verde, Marrabenta de Moçambique e
cururu de Angola; promover através da dança possibilidades de encontro que
favorecessem a relação entre estudantes internacionais e a comunidade unilabiana
baseada na empatia, no respeito, na alteridade, pertença, união; promover relações
horizontais frente às práticas recorrentes de racismo anti-africano; contribuir para o
enriquecimento da formação de todos os participantes envolvidos acerca da cultura
africana; oportunizar aos participantes o desenvolvimento das competências e
habilidades que a dança proporciona; promover a conscientização crítica dos
indivíduos enquanto as tensões raciais que existe em decorrência do racismo.
Concluímos que a nossa apresentação forneceu uma percepção bastante
explícita dos nossos objetivos do grupo. A ação desenvolvida contribuiu para a
produção de conhecimento crítico e diferenciado, bens culturais e artísticos, bem
como para a promoção de valores éticos e interculturais.
Página | 87

FIGURA 16: Danças Africanas e Brasileiras

FONTE: Patrício Ferreira (2021).

Contatos:

Esmiraldo Gomes Cá - [email protected]


Página | 88

7.9 APRESENTAÇÃO MUSICAL E DE DANÇA: Canto e Dança –


“Pérolas do Índico”

Ísia Clara Isaque Mahanjane


Isla Teasse Isaque Mahanjane
Tamires Da Conceição Mendes Semedo41

RESUMO: O Grupo de Dança e Canto “Perolas do Índico” é um projeto de Extensão


Universitária, cujo principal objetivo é integrar os discentes das diversas unidades
acadêmicas da UNILAB e da comunidade externa e promover a divulgação e
preservação do património imaterial moçambicano através da dança e do canto. As
apresentações apontam a possibilidade de utilização da Dança com duas estudantes
e de canto com uma apenas, todas moçambicanas, enquanto recurso auxiliar à
formação geral dos indivíduos - entendida, aqui, enquanto aprendizagem da cultura
num espaço intercultural. Sendo a UNILAB uma instituição de ensino e pesquisa que
reúne docentes, discentes e técnicos administrativos de várias origens socioculturais
e históricas - África, Ásia e Brasil -, fica justificada e legitimada sua liderança nesse
processo de difusão do conhecimento sobre o patrimônio cultural imaterial das
sociedades africanas e asiáticas na macrorregião do Maciço de Baturité, Ceará.

O Festival das Culturas

A apresentação no V Festival das Culturas da Unilab foi basicamente o


prometido na proposta do projeto, que foi oferecer um pouco da cultura moçambicana
para a divulgação e integração através da dança e do canto; o grupo ofereceu duas
apresentações com duas performances cada, sendo a primeira a de canto, que foram
duas músicas na língua local moçambicana de duas províncias diferentes e a outra
apresentação foi de duas coreografias de pandza e marrabenta, respectivamente.
A participação do grupo no V Festival de Culturas da Unilab foi muito gratificante
e desafiadora, pois, como sempre, tudo é uma nova oportunidade, e sendo assim, é
também um novo desafio para nós.

Graduação em andamento em Agronomia. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia


41

Afro-Brasileira, UNILAB, Brasil.


Página | 89

FIGURA 17: Pérolas do Índico

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

Tamires da Conceição Mendes Semedo - [email protected]


Página | 90

7.10 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Mc vla – Bahia

Vladimir Ericson Correia42

RESUMO: Este relatório refere-se à apresentação musical realizada dia 20 de outubro


de 2021 no V Festival das Culturas da Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), que teve seu lugar nos dias 20, 21 e 22 do ano
em curso. O objetivo foi realizar uma apresentação musical de forma remota, que seria
publicada no canal da Pró-Reitoria de Extensão Arte e Cultura (PROEX), no Youtube.
Foi realizada uma gravação ao vivo da nossa atuação, de seis minutos e trinta
segundos, adicionada ao nosso canal de Youtube; o link foi copiado e colocado no
formulário disponibilizado pela PROEX. Foi uma experiência incrível e desafiadora e
os objetivos foram atingidos com êxito. A apresentação foi realizada às 18h00 no canal
da comissão organizadora do evento - acesse aqui vídeo.

FIGURA 18: Mc vla

FONTE: Arquivo pessoal (2021).


Contatos:

[email protected]

42
Graduado em Ciências Humanas e licenciado em Pedagogia pela Universidade da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Campus dos Malês, São Francisco do Conde, Bahia.
Página | 91

7.11 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Toca Simon – Bahia

Simão Tamba Quadé43

RESUMO: Entre várias exposições culturais que marcaram o V Festival das Culturas,
fiz uma apresentação individual – cantando duas músicas da minha autoria. Antes foi
filmada e posteriormente postada no Youtube, para depois ser exibida como parte de
animação do evento. Para finalizar, importa reiterar e dizer que a universidade é sem
dúvida um espaço de encontro de vividos e de culturas diversas que só somam e
fortalecem nossos propósitos mais sagrados da vida, sejam eles individuais sejam
coletivos.

FIGURA 19: Toca Simon

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

[email protected]

43
Licenciando em Letras, Língua Portuguesa pela Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira. Pesquisador na área de Literatura guineense. Artista, cantor. Nome artístico:
Toca Simon - canta (Rap, Funk, Trap...).
Página | 92

7.12 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Ox Di Bagry – Bahia

Balakov Miranda Indi44

RESUMO: Na minha apresentação, eu trouxe duas composições musicais; a primeira,


de minha autoria, e mais dois companheiros, nomeadamente o rapper Luís Carlos
Mida Nhaslambé (Itchi MC) e o produtor Pedro Quissongo (Dji Foxx). A primeira
música é intitulada “Amor à distância” e a segunda, “Guiné” é a faixa 3 do álbum
“Depois do silêncio" lançado no final de 2013 da orquestra Tabanka Djaaz. O objetivo
da letra da primeira composição é espelhar a situação amorosa que a maioria dos
estudantes internacionais da UNILAB, sobretudo guineense, vivem: deixam um/a
parceiro/a no país de origem para fazer as aventuras no mundo acadêmico vindo para
o Brasil e, com passar do tempo, a distância começa a ser dor de cabeça para o casal;
as brigas aos poucos serão constantes por carência ou por entender que o melhor
seria deixar que cada um seguisse o seu caminho e assim encontrar um novo amor;
mas o outro insiste em pedir perdão e acreditando que mesmo de longe o amor deles
ainda pode dar certo se tentarem apenas mais uma vez. A letra da segunda
composição tem lamento de um cidadão que do país de origem, mas vivendo no
exterior começa a entender que não há melhor lugar para viver do que dentro do seu
país e, percebendo toda esta situação, começa externalizar o desejo do retorno e
como espera ser recebido quando pisar de novo no país de origem, mostra o
descontentamento, espelha o racismo, xenofobia e um filho orgulhoso da terra mãe.
Portanto, no formato virtual usei câmera de celular, um estúdio de gravação para poder
gravar e apresentar um conteúdo de qualidade e com uma boa resolução. Feito isso,
editei e postei o vídeo no Youtube que depois foi exibido ao vivo no canal da Unilab.

O Festival das Culturas

Habitualmente o Festival das Culturas da Unilab acontece presencialmente,


mas esta edição foi diferente, pois as atividades foram realizadas no formato virtual
tendo em conta o atual momento em que o mundo vivencia a pandemia de
Coronavírus.

44
Bacharel em Humanidades, rapper, compositor, apresentador, radialista, CEO do programa
“Guineendadi na Diáspora”, e atualmente estudante de primeiro semestre do curso de Ciências Sociais.
Página | 93

O V Festival das Culturas da Unilab serviu como espaço não apenas para
apresentação de culturas e diferentes tipos de artes, mas também para troca de
aprendizado e um evento para nos aproximar, depois de um bom tempo isolados por
conta da pandemia.

FIGURA 20: Ox Di Bagry Cantando

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

[email protected]
Página | 94

7.13 APRESENTAÇÃO MUSICAL: GIMU - Grupo de Integração Musical


da Unilab - Bahia

Filipe Buba Nhada


Pedro David Quissongo45
Thais Souza do Rosário46
Xavier Sanca Mendes47

RESUMO: O GIMU tem se firmado como espaço de apresentação, composição,


pesquisa e experimentação musical por parte de estudantes com trajetória vinculada
à música autoral, regional, étnica, instrumental e cancioneira. O grupo procura
fortalecer a ideia da integração tendo a música como linguagem. Para o Festival das
Culturas de 2021 a proposta do GIMU foi exibir o Vídeo Música na Moransa: A
Integração Musical na UNILAB (28:36, 2021), produzido pelos integrantes do GIMU
com a participação de convidados e uma apresentação de um vídeo musical com os
integrantes do grupo. Tínhamos como proposta difundir para a comunidade da
universidade, como se constitui a cena musical da UNILAB no Campus dos Malês.
Devido à pandemia e aos nossos deslocamentos influenciados por ela e pela
adaptação da vida, apenas dois de nós pudemos nos encontrar e fazer um dueto
pessoalmente, para a gravação do vídeo musical, a Thais, com a voz, e o Pedro,
sendo voz e violão. Mas, assim como nas oficinas em que os encontros estavam
acontecendo de forma remota, decidimos que faríamos o vídeo acontecer com todos
os integrantes, bolsistas e voluntários, mesmo não estando todos presencialmente.
Então, através do trabalho de edição do Pedro, conseguimos fazer um dueto do Filipe
com voz e violão junto ao Xavier, que participou com seu teclado.

45
Graduando em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira (UNILAB). Com Interesse nas Linhas de Pesquisas em Questão Social, Direitos Sociais e
Serviços Sociais, Políticas Públicas. Bolsista do GIMU (Grupo Musical da Unilab), atualmente voluntário
da ProInt (Unilab). Ainda estou atuando como Produtor musical na produtora Ubuntu, Instrutor de violão
do Projeto de extensão GIMU. São Francisco Do Conde-BA.
46
Graduanda em Ciências Sociais pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira, Campus dos Malês, São Francisco do Conde-BA; graduada em Bacharelado Interdisciplinar
em Humanidades pela mesma universidade. É membro do grupo de estudo "PADÊ- Psicologia
Africana/UNILAB". Integrante do GIMU (Grupo de Integração musical da UNILAB).
47
Bacharel Interdisciplinar em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira; Bacharelando em Relações Internacionais pela Universidade da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.
Página | 95

O Festival das Culturas

Mesmo com o imprevisto da não exibição do segundo vídeo musical no horário


correto, recebemos feedbacks de pessoas que conseguiram assistir à apresentação
do vídeo; dessa forma, concluímos que tivemos um resultado satisfatório. Também
gostaríamos de ressaltar que achamos de uma grande relevância não só o tema
escolhido, Diversidade e Cultura, mas, no geral, a iniciativa do Festival das Culturas.
Incentivar essas produções artísticas por meio de plataformas virtuais como uma
estratégia de driblar o isolamento imposto pela pandemia.
Foi muito importante a nossa apresentação nesse Festival das Cultura que
levou como temática diversidade e cultura, que por sua vez trouxe intercâmbio entre
a comunidade
FIGURA 21: Grupo GIMU

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

[email protected]
Página | 96

7.14 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Eco de Gumbé (E3g5) - Bahia

Euclides Gomes da Silva48

RESUMO: Euclides Gomes da Silva, estudante da UNILAB em Relações


Internacionais, Campus dos Malês, Bahia – São Francisco do Conde, conhecido no
mundo artístico por Eco de Gumbé, musico guineense que fez parte das
apresentações durante o Festival das Culturas, UNILAB 2021. Foi solicitada uma
apresentação remota (online); para isso, era preciso que se gravassem alguns para
que possa ser exibida como apresentação e atuação musical durante o festival. Em
primeiro lugar, foi feita uma captação para falar brevemente sobre a minha pessoa, e
em seguida apresentar um breve histórico sobre a minha trajetória artística, em vídeo
de três a quatro minutos de apresentação. Esse primeiro passo durou quase cinco
horas de gravações para ter tudo bem feito e organizado e envolveu mais de três
pessoas. O segundo momento foi a edição de todas as captações feitas e escolher
partes fundamentais para a apresentação. Escolhemos duas músicas com videoclipe
de autoria do músico Eco de Gumbé e fizemos a edição junto com as captações feitas
sobre breves apresentações das suas trajetórias artísticas. A estrutura para
apresentação ficou dessa forma: em primeiro veio o vídeo gravado relatando a sua
trajetória musical; em seguida, veio o vídeo clipe da música intitulado “You kill Me”,
que tem duração de quase quatro minutos; depois, a apresentação de uma música a
capela, intitulada “Direitos humanos para quem”; em seguida, outro vídeo clipe da
música denominada “Dipus di Quarentena” e, por fim, a apresentação foi fechada com
uma intervenção do seu estrofe no vídeo clipe da música do seu movimento Mindará
na Korson do país Guiné-Bissau, uma música feita para a seleção de futebol
guineense. Acesse vídeo.

48
Possui graduação em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira (2019). Breve história sobre a carreira artística: Euclides Gomes Da Silva, conhecido
musicalmente por Eco de Gumbé, músico guineense nascido no dia 27 de março de 1993 em Bissau,
capital da Guiné-Bissau, no bairro chamado Mindará. Filho de Maria Emília Lopes Gomes e de José
Carlos Gomes Da Silva (Patcheco de Gumbé, nome artístico), um músico guineense conhecido
internacionalmente (Eco de Gumbé). A sua carreira artística teve início em meados dos anos 2000,
como dançarino e playbeckista interpretando músicas de vários músicos guineenses principalmente do
seu pai; ganhou vários prêmios como artista; participou do curso Orange Férias ao vivo organizado
pela empresa de telecomunicação.
Página | 97

O Festival das Culturas

O Festival foi uma iniciativa boa em relação ao momento que o mundo enfrenta.
FIGURA 22: Musico Eco de Gumbé

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

[email protected]

Canal Eco de Gumbé


Página | 98

7.15 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Fresh - Ceará

Mbiavanga Adão Garcia49

RESUMO: A apresentação cultural individual aconteceu no dia 20 de outubro do ano


de 2021, às 18h30min; pude participar com seis músicas de minha autoria,
contribuindo no primeiro evento presencial e híbrido ao mesmo tempo, desde a
pandemia que teve o início no ano passado. A atividade do dia 20 (abertura) contou
com aproximadamente 43 participantes, incluindo a equipa da monitoria que esteve
empenhada na organização do evento desde as 8h do mesmo dia. As apresentações
se passaram no auditório principal do campus da Liberdade, onde a equipa
organizadora conseguiu cumprir com a expectativa na qual teve equipamentos
sofisticados que transmitiam o evento ao vivo (evento híbrido), atendendo à situação
em que o mundo se encontra face a esta pandemia. Com isso, podemos dizer que foi
cumprido o real objetivo do evento que é a representação da nossa grande
multidiversidade cultural e mostrar que não estamos parados mesmo estando em
período remoto e que cumprindo com nossa parte podemos estar juntos mesmo
distantes um do outro. Com o final da minha apresentação, às 18h50, o auditório
estava eufórico por ser um momento musical. Podemos assim dizer que cumpri com
o dever proposto no edital do Festival das Culturas, que pedia responsabilidade e
cuidado básicos de saúde e como músico a organização e pontualidade no horário de
chegada e na apresentação. Acredita-se que o evento melhora a cada realização e o
empenho da equipa e dos artistas só irá aumentar, contribuindo para o
desenvolvimento cultural e na irmandade que a diversidade cultural tem frisado
sempre.

49
Graduado no curso de Letras - Língua Portuguesa, pela Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Foi bolsista no Programa de Bolsa de Monitoria (PBM), na disciplina
de Morfologia e Morfossintaxe da Língua Portuguesa na Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira. Pós-Graduando em Psicologia da Saúde, pela Universidade Cândido Mendes
(EAD), Foi bolsista do programa de Educação Inclusiva na E.E.F. Maria Augusta Russo Dos Santos,
Secretário da Comissão de Produção Cientifica da Associação dos Estudantes Angolanos na Unilab
(AEAU) e revisor de Textos. Tem experiência nas áreas de Literatura, Educação, Artes e Informática.
Áreas de interesse: literaturas Africanas de língua Portuguesa, Literatura Angolana, Literatura Afro-
Brasileira, Literatura comparada, Origens da vida no contexto cósmico e A teoria da evolução e os
criacionismos. Autor do livro O menino que não acredita em Deus e Eu Morri para te amar.
Página | 99

O Festival das Culturas

Sinto-me muito feliz pela grande organização no Festival; foi mais do que se
imaginava. Espero que nas próximas vezes ampliem o palco, quer dizer, levem o palco
para o nosso lugar do evento desse porte e facilitem a organização dos monitores.
FIGURA 23: Apresentação do músico Fresh

FONTE: Mendes (2021).

Contatos:

[email protected]
Página | 100

7.16 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Rodrigo Paulino - Ceará

Rodrigo Paulino da Silva50

RESUMO: Levar afeto, amor e conforto a todos os que ouvem a proposta


apresentada, de forma leve e sensível, com emoção na relação músico-ouvintes foi o
principal foco. A performance trouxe cover de músicas brasileiras que estiveram no
topo das paradas de sucesso em uma gravação acústica. Foi assim que Rodrigo e
Yago encantaram o palco do V Festival de Culturas da UNILAB - 2021. Realizaram-
se antes da apresentação ensaios e uma pesquisa de quais e quantas canções seriam
cantadas. Nesse processo decidiu-se cantar 6 músicas de cantores brasileiros sendo
elas: “Aquelas coisas” (João Gomes); “O leãozinho” (– Caetano Veloso); “Oasis”
(Potyguara Bardo); “Identidade e Sem nome, mas com endereço” (Liniker); “Gostava
tanto de você” (Tim Maia) e “Amarelo” (Belchior). Foi feita a organização das músicas
e logo após a preparação e divulgação nas redes para mobilizar. Pensou-se ainda um
figurino que revelasse uma imagem de resistência da comunidade LGBTQIA+. A
apresentação foi marcada para dia 20 de outubro de 2021 no auditório do Campus da
Liberdade, UNILAB-CE.

Depoimento

A apresentação foi um sucesso, todas as músicas foram cantadas, houve uma


boa relação com o público e as mensagens foram levadas de forma satisfatórias. A
imagem foi intencionalmente utilizada na tentativa exitosa de trazer a identidade do
cantor pertencente a sigla LGBTQIA+, mostrando que dentro da nossa comunidade
temos e fazemos cultura.

50
Graduando em Agronomia pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira
(UNILAB); foi bolsista voluntário do projeto de extensão em Educação Ambiental (2018); bolsista de
extensão na Incubadora Tecnológica de Economia Solidária (INTESOL, 2019-2021); bolsista voluntário
do projeto de Fortalecimento do Ensino, Pesquisa e Extensão para a Soberania e Segurança Alimentar
e Nutricional na CPLP e na Unilab (Consan); foi coordenador geral do Diretório Acadêmico de
Agronomia (Unilab, 2018-2021); foi representante discente no Conselho do Instituto de
Desenvolvimento Rural no período de 2019-2020; conduziu a pasta de Ensino, Pesquisa e Extensão
do Diretório Central dos Estudantes da UNILAB no ano de 2020; possui experiência na área da
agroecologia, agricultura familiar, segurança alimentar e nutricional, educação do campo e tecnologia
de alimentos; nível de inglês intermediário.
Página | 101

O Festival das Culturas

O Festival das Culturas foi e é uma importante ferramenta para permanência


estudantil na medida em que possibilita os corpos mostrarem a suas culturas e ainda
fortalece a luta desses mesmos corpos que travam severas batalhas sociais. Além
disso, o Festival tem papel fundamental no fortalecimento da cultura local e amplia o
espaço institucional dialogando também com a comunidade. Foi uma experiência
bastante enriquecedora uma vez que proporcionou o fortalecimento dos artistas que
tanto foram afetados pela pandemia, trazendo de volta mesmo que de forma inicial a
retomada as atividades que desempenhamos que se soma a cultura local e mostra
quem somos, as histórias que nossos corpos contam nos colocando como resistência
para esses dias tão sombrios que nos deixam sem saúde, educação e também sem
cultura. Foi incrível e estou pronto para os próximos.

FIGURA 24: Rodrigo e Yago no palco do V Festival

FONTE: @tajemendes (2021).

Contatos:

[email protected]
Página | 102

7.17 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Banda Cabaçal - Ceará

Carlos Vasconcelos de Sousa51


Guilherme Misael Uchoa Lima52
Michel Vincent De Oliveira53
Welen Pereira Dias
Yago Da Silva Pinheiro54

RESUMO: Inspirada nas bandas cabaçais cearenses, com destaque para os Irmãos
Aniceto, do Crato, região do Cariri (CE), a Banda Cabaçal Palmares, além dos shows
e ensaios, promove oficinas sobre as bandas cabaçais, seus instrumentos e
musicalidade, rodas de conversas e bate-papos com artistas e pesquisadores das
culturas populares, entre outras atividades. No seu quarto ano de existência, as ações
do projeto em 2021 pretendem dar continuidade às atividades que vêm sendo
realizadas, assim como inserir novas propostas de atuação, principalmente nas redes
sociais. Estas diferentes ações se pautam em três aspectos: o técnico-artesanal, que
diz respeito ao aspecto técnico de manufatura dos instrumentos das bandas cabaçais;
o performático-musical, relacionado à musicalidade e performance das bandas
cabaçais e das culturas populares; e o patrimonial, no sentido de promover a difusão
desse patrimônio estadual e do Nordeste. Esses aspectos serão trabalhados por meio
da realização de oficinas de manufatura de instrumentos, oficinas de música do
pífano, apresentações da Banda Cabaçal Palmares e rodas de conversas com
mestres, artistas e pesquisadores das Bandas Cabaçais e das culturas populares.

51
Graduando em História. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira,
UNILAB, Brasil.
52
Graduando em Engenharia de Energias. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira, UNILAB, Brasil.
53
Michel Vincent de Oliveira Sampaio é Bacharel em Humanidades (2019) e graduando de Licenciatura
Plena em Sociologia pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
(UNILAB). Atua como bolsista no Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES)
vinculado ao subprojeto de Sociologia da UNILAB.
54
Estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades na UNILAB, atuo como colaborador de
alguns projetos de extensão ligados ao meio cultural, tais como a Banda Cabaçal Palmares e o Grupo
Unisons.
Página | 103

Depoimento

De forma a promover a difusão das bandas cabaçais e sua sonoridade e


desenvolver os aspectos performáticos-musicais dessa tradição, a apresentação da
Banda Cabaçal Palmares no V Festival de Culturas da UNILAB foi construída por meio
da seleção de repertórios autorais, tradicionais e de grandes nomes da música
brasileira com a participação dos integrantes do grupo. A apresentação foi realizada
ao vivo e presencialmente no auditório do campus das Auroras da UNILAB (CE) com
transmissão ao vivo pelos canais institucionais da universidade.

O Festival das Culturas

Diante do contexto social de saúde pública que nos encontramos, a


transmissão online da apresentação permitiu que várias pessoas acompanhassem a
apresentação do grupo, trazendo visibilidade e reconhecimento para o mesmo. Além
disso, com a apresentação presencial, respeitando os protocolos de segurança e
saúde, foi permitido que os membros do grupo se encontrassem e pudessem voltar a
conviver presencialmente, o que foi de suma importância para a manutenção das
atividades do grupo. Destacamos ainda o auxílio dado pela PROEX para os artistas,
que foi central para a manutenção do grupo e seus integrantes. Além disso, a
apresentação permitiu a difusão do grupo e das bandas cabaçais de modo geral na
comunidade interna e externa da UNILAB.
Destacamos, por fim, a importância de iniciativas como a do Festival de
Culturas da UNILAB.
Página | 104

FIGURA 25: Apresentação da banda Cabaçal

FONTE: Arquivo Pessoal (2021).

Contatos:

Michel Vincent De Oliveira - [email protected]


Página | 105

7.18 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Integrasamba – Ceará

Carolina Maria Costa Bernardo55


Cristiane Freire Gomes56
Iannaeli sousa da Silva
Jaynne do Nascimento Rodrigues
Joel Oliveira de Araújo57
Rosana Taynara Braga Reis58
Tamara Vieira da Silva59
Thamyres Dutras Mesquita
Tiago Morais de Freitas60
Welen Pereira Dias
Yago da Silva Pinheiro61

RESUMO: Como projeto de extensão cadastrado no âmbito da PROEX, o Integra-


samba: música, dança, cultura e história na integração universitária, realizou sua
apresentação no dia 21 de outubro no auditório do Campus da Liberdade, na cidade

55
Possui graduação em PEDAGOGIA pela Universidade Estadual do Ceará (2008), Mestrado em
Educação pela Universidade Estadual do Ceará (2010) e Doutorado em Educação pela Universidade
Federal do Ceará (2016) com estágio doutoral sanduíche em Lisboa, Portugal, pela Universidade
Lusófona de Humanidades e Tecnologia (2014/2015). Atualmente professora do magistério superior da
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB. Coordenadora do
Curso de Bacharelado em Humanidades (BHU). Tem experiência na área de Educação, com ênfase
em Formação de professores.
56
Possui graduação em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira(2015) e ensino-medio-segundo-grau pela Franklin Távora(2000).
57
Mestrando no Programa Associado de Pós Graduação em Antropologia pela (UFC/UNILAB),
Graduação em Licenciatura plena em História pela (UNILAB). Graduação em Humanidades pela
(UNILAB).
58
Rosana Braga Reis (natural de Fortaleza-CE, 32 anos) é artista multilinguagem, jornalista e servidora
da Secom da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Trafega
pelo teatro, audiovisual, performance, assessoria de comunicação, oráculos, arte experimental e
escritas - de si e dos outros. Aprecia cartas de amor.
59
Mestranda em Antropologia pelo PPGA Unilab/UFC. Especialista em Língua de Sinais de Brasileira -
Tradução e Ensino pela Fa7. Bacharela e Licenciada em Ciências Sociais pela UFC. Atualmente atua
como Tradutora/Intérprete em Língua de Sinais Brasileira na Universidade da Integração Internacional
da Lusofonia Afro-Brasileira. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Estudos sobre
Deficiência, Surdez, Raça e Classe Social.
60
Bacharel em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira (2019) e discente do curso de Licenciatura em Pedagogia pela mesma universidade.
61
Estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades na UNILAB; atua como colaborador de
alguns projetos de extensão ligados ao meio cultural, tais como a Banda Cabaçal Palmares e o Grupo
Unisons.
Página | 106

de Redenção, Ceará. O projeto tem como objetivo geral promover a interação de


discentes – nacionais e estrangeiros –, docentes, técnicos administrativos e
funcionários terceirizados por meio do aprendizado musical para, por meio de
apresentações musicais periódicas, fomentar o intercâmbio entre a Unilab e a
comunidade externa do município de Redenção, sob coordenação do professor
Marcos Vinícius Santos Dias Coelho. Atualmente, o projeto é composto pelos (as)
seguintes integrantes: Yago da Silva Pinheiro; Rosana Taynara Braga Reis; Tiago
Morais de Freitas; Carolina Maria Costa Bernardo; Welen Pereira Dias; Jaynne do
Nascimento Rodrigues; Thamyres Dutras Mesquita; Tamara Vieira da Silva; Joel
Oliveira de Araújo; Cristiane Freire Gomes; e Iannaeli Sousa da Silva. Dito isso,
atendendo ao objetivo geral do Integra-samba, realizamos nossa primeira
apresentação no palco do V Festival das Culturas da Unilab. A apresentação iniciou
por volta das 19h no palco do festival, que foi transmitido via Youtube e pelas páginas
oficiais da UNILAB. Nossa participação artística musical contou com um repertório de
músicas que marcaram o samba como cultura popular brasileira e patrimônio imaterial
da identidade brasileira.

O Festival das Culturas

Conforme a proposta inicial, o coletivo atendeu a demanda do festival enquanto


projeto de extensão compromissado com o desenvolvimento cultural, político e social
dentro e fora da universidade. O samba como raiz cultural da formação da identidade
nacional tem sido a base da proposta do projeto. Aos poucos, temos contribuído com
a iniciação de discentes de diferentes cursos da Unilab e de outras instituições,
técnicos e docentes no mundo da arte, da música, do samba.
Página | 107

FIGURA 26: Coletivo integra-samba

FONTE: Arquivo Pessoal (2021).


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7.19 APRESENTAÇÃO MUSICAL: Marcelino Issa da Cunha- Ceará

Boiné Armando Monteiro Cá


Levi Marcelino Intumbo
Marcelino Issa da Cunha
Roberto Paulo Joaquim
Vivian Sá

RESUMO: A nossa equipe iniciou os preparativos para a atuação no V Festival das


Culturas da Unilab no dia 13 de outubro de 2021. Logo no início e para cumprir os pré-
requisitos, iniciamos com a escrita da música que iremos apresentar no evento, de
autoria própria intitulada “N ́sai di lá pa li” (Saí de lá para cá, na tradução livre) e
fizemos os ensaios e a gravação que serviu para inscrição no evento e antes de
preenchermos o formulário no dia 14 de outubro de 2021 fizemos um vídeo lírico de
animação, edição e o carregámos no canal do Youtube de um dos colegas o Roberto
Paulo Joaquim. Adicionamos o llink no formulário da inscrição. Como tínhamos
escolhido vinte (20) minutos para a nossa atuação logo no ato da inscrição resolvemos
procurar outras músicas para complementar, e estas músicas trataram mesmo daquilo
que sentimos e o que apresentamos no festival; as músicas são: “Mariana”, de Binham
Quimor e “N ́dingui”, de Maio Copé. Completando assim as três músicas que
apresentamos.

O Festival das Culturas

A atuação aconteceu no campus da Liberdade em Redenção no auditório


administrativo, a partir das 09h00 da manhã. O objetivo da nossa participação no
festival foi apresentar o nosso talento como músicos e amantes de arte e expressar
aquilo que sentimos e vivemos neste momento difícil, as saudades que temos da
família e dos colegas no nosso país e dos colegas da universidade que estão longe
devido ao isolamento imposto pela pandemia. As músicas foram apresentadas no
formato acústico no qual utilizamos o violão; na atuação foram os seguintes membros
da equipe que estiveram no palco: Levi Marcelino Intumbo fez a voz principal das
músicas, o Marcelino Issa da Cunha e o Roberto Paulo Joaquim fizeram a segunda
voz e o coro das músicas.
Página | 109

Para a realização e atuação no festival todos os membros do grupo deram as


suas contribuições para que tudo ocorra de forma desejada. Na qual o Boiné Armando
Monteiro Cá e Viviam Sá ficaram responsáveis pela logística e escrita do relatório.
Ainda a atuação no V Festival das Culturas nos ajudou bastante e deram-nos novas
visões sobre a integração, a importância de nos interagirmos e estarmos mais
próximos uns dos outros, embora o desejo era para que fosse na presença de todos
os unilabianos.
O evento foi online e algumas atuações presenciais foram transmitidas pelo
canal da PROEX no YouTube. O festival nos levou a aproximarmos dos nossos entes
queridos porque muitos conseguiram assistir ao evento o que foi algo muito
importante, as saudades diminuíram. Esperamos que no próximo evento todos
estarão presentes na universidade.
FIGURA 27: Performance no Palco do V Festival

FONTE: Arquivo Pessoal (2021).

Contatos:

Marcelino Issa da Cunha - [email protected]


Página | 110

7.20 APRESENTAÇÃO POÉTICA: Firkidja di no Kampada - Ceará

Irineia Fernandes
Juliano Gomes
Lucas Jaime Indi62
Sana Mané63
Tejú Ducanda64

RESUMO: Firkidja di no Kampada é um grupo cultural e literário que congrega


pessoas comprometidos com arte, cultura e literatura guineense (poetas/ poetisas e
escritores) na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira
(UNILAB). O objetivo é estimular no meio acadêmico o espírito e a vontade de fazer
criações artísticas e poéticas voltadas à valorização da literatura, arte e cultura bissau-
guineense na diáspora e dentro do país. Depois do lançamento do edital sobre o V
Festival das Culturas da UNILAB, o grupo Firkidja Di No Kampada decidiu realizar
ensaios durante quatro dias que consistiram em preparar os membros para uma
performance poética mesclada com a música do estilo guineense. O objetivo foi
estimular a reflexão em torno do contexto sociocultural africano, e guineense em
particular, que apresenta uma relação com o pensamento filosófico que fundamenta o
ideal de integração na UNILAB. Em cumprimento com as orientações do Edital,
produziu-se um vídeo para submetê-la ao PROEX como uma proposta de atividade a
ser realizada no Festival. Ora, no que diz respeito à modalidade de participação, a
performance poética, montou-se um esquema aberto, porém estruturado. Trata-se de
declamação intercalada para a qual foram selecionados os poemas numa sequência

62
Graduou-se em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
brasileira em 2018; atualmente Licenciando em Sociologia Plena pela mesma instituição. É membro e
vice-coordenador do grupo cultural Firkidja di no Kampada da qual participou como autor e um dos
membros organizadores da primeira coletânea (livro) intitulada Nos Porões das Palavras: Primeiro
Tcholona di Tambur.
63
Graduação em andamento em Administração Pública. Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira, UNILAB.
64
Ensino médio completo no Liceu Nacional Kwame N´krumah, Guiné-Bissau. Bacharelanda em
Administração Pública pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
(UNILAB). Vice-coordenadora e bolsista do grupo de Extensão Firkidja di no Kampada. Áreas de
Interesse: Políticas Públicas; Economia; produção Artística (Poesia e Teatro)
Página | 111

dialogal, isto é, os poemas que apresentam a mesma linha de conteúdo. Os temas


giram em torno de resistência e exaltação de identidade africana e da língua nacional
da Guiné-Bissau- kriol; lutas e complexidade de relações humanas, o valor da mulher
e mulher africana- guineense, o poeta, sua identidade e “profissão”; paciência,
inteligência e amor (Femia). Uma boa parte dos poemas são da autoria dos membros
do grupo literário Firkidja Di No Kampada, retirada na sua primeira coletânea intitulada
Nos Porões das Palavras: Primeiro Tcholona di Tambur. Além da produção de vídeo
de cerca de 20 minutos, o grupo realizou uma apresentação ao vivo no auditório
didático da UNILAB obedecendo o esquema já montado no ensaio. Os resultados
foram positivos porque a plateia reagiu de forma satisfatória, seja aqueles que estão
diretamente no evento, seja os que estavam acompanhando online. Isso deve-se
também à condição de som e imagem que foi o resultado do trabalho da comissão
organizadora do V Festival das culturas da UNILAB. Nesse sentido, conclui-se que o
processo sob meio do qual tornou possível a participação do grupo cultural e literário
Firkidja di no Kampada foi burocrático no plano institucional e técnico no plano de
criação e mobilização de ferramentas artísticas e linguísticas para a construção de um
esquema de apresentação que tome em consideração o objetivo acima apresentado.
Portanto, o processo de ensaio e apresentação ao vivo foram produtivos e obtiveram
reações correspondentes à expectativa do grupo, da comissão organizadora e da
audiência.
Página | 112

FIGURA 28: Performance Poética

FONTE: Firkidja di no Kampada (2021).

Contatos:

[email protected]
Página | 113

7.21 APRESENTAÇÃO TEATRAL: Grupo Teatral Afrisamé - Entre a Vida


e a Morte – Ceará

Albino Silas Pires65


Adilson Leonardo66
Messias João Eduardo67
Pedro Tomás Capitango68
Pedro Morgado

RESUMO: Este relatório tem como intenção relatar a apresentação da peça teatral
“Entre a vida e a morte” do gênero drama, apresentado pelo grupo teatral Afrisamé
durante o V Festival das Culturas. O grupo teve como objetivo trazer a reflexão ao
público telespectador sobre a necessidade de cuidarmos da vida, atendendo ao
período pandêmico que o Brasil e o mundo atravessam, marcado por mortes
constantes e intensas de familiares, amigos, colegas e próximos, pela Covid 19. A
metodologia adotada foi a apresentação de um vídeo com duração de oito minutos,
encenado e gravado pelos integrantes do grupo em dias anteriores à apresentação
no festival. O grupo dividiu as tarefas para os integrantes, sendo que três encenaram
diretamente e os outros constituíram a ficha técnica para realização do vídeo. Durante
a apresentação do vídeo percebeu-se a reação emocionante do público presente na
sala, assim como aquele que acompanhava pelas redes sociais, o que deixou
bastante satisfeito o grupo sendo que era essa a finalidade traçada na elaboração da
peça. Conclui-se que a mensagem foi bem passada segundo as nossas expectativas.

65
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, IDR, e-mail:
[email protected]
66
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, IEDS, e-mail:
[email protected]
67
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, IDR, e-mail:
[email protected]
68
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, ILL, e-mail:
[email protected]
Página | 114

FIGURA 29: Grupo Teatral Afrisamé - Entre a vida e a morte

FONTE: Arquivo Pessoal (2021).

Contatos

[email protected]
Página | 115

7.22 APRESENTAÇÃO TEATRAL: Estado de emergência: A contagem


regressiva começou – Ceará

Antonio Iago Freire de Sousa69


Camila Lima da Costa
Francisco da Costa Maciel70
Rodrigo Rodrigues Dias

BIOGRAFIA: O Grupo Teatral/Musical Antropocenu’s foi criado no ano de 2017, para


participarmos de festivais escolares. Entretanto, com a propagação da nossa arte e
consequentemente o reconhecimento do nosso trabalho, houve a necessidade de
expandir nossos horizontes para que pudéssemos levar a arte para além dos muros
da escola.

RESUMO: O espetáculo “Estado de Emergência: a contagem regressiva começou”,


foi criado no ano de 2019, com o principal intuito de ser apresentado como requisito
de participação na categoria de educação ambiental, artístico e cultural do “Ceará
Científico”. A apresentação se encaixa nas performances do teatro do absurdo, visto
que usa artifícios de gritos e gestos não convencionais ao teatro, chamando atenção
do público para a temática abordada. A partir de uma decisão unânime do grupo,
resolveu-se adaptar a performance artística para ser apresentada no V Festival de
Culturas da UNILAB, colocando em voga as questões de urgência global e sua
correlação com os direitos humanos e com o meio ambiente.

O Festival das Culturas

A apresentação no V Festival das Culturas da UNILAB possibilitou aos


membros do grupo ampliar seus conhecimentos sobre a necessidade de adotar ações
cotidianas de respeito ao meio ambiente. Através da manifestação artística (esquete
teatral-musical), promoveu-se uma reflexão sobre as práticas que visam à

69
Graduando em BHU (Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades) no 3° semestre pela UNILAB
(Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro Brasileira).
70
Graduação em andamento em Farmácia. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira, UNILAB, Brasil.
Página | 116

preservação do planeta, por meio da sensibilização no que diz respeito à problemática


ambiental e fortalecendo a formação para a cidadania. Contudo, ao compartilhar uma
premissa para a comunidade acadêmica da UNILAB de que os seres humanos são
responsáveis e fiscais do meio ambiente, ficou claro que essas responsabilidades
devem ocorrer não somente dentro dos muros da universidade, mas também em casa
e na sociedade.

FIGURA 30: Estado de emergência: A contagem regressiva começou

FONTE: Arquivo Pessoal (2021).

Contatos:

Francisco da Costa Maciel - [email protected]


Página | 117

7.23 APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA: Projeto Good morning, bonjour:


aprendizagem inicial de línguas estrangeiras modernas na UNILAB/Malês
– Bahia

Alexandre Antônio Tímbane


Amison Nanque71
Iqui Djú72
Pansau Tamba73

RESUMO: Os estudantes Amison Nanque e Pansau Tamba recitaram poesias sobre


as culturas e a literatura poética dos africanos; os poemas falam das culturas
africanas, mostrando as práticas artísticas e a diversidade cultural na sociedade
africana. Os poemas apresentados foram sobre as culturas africanas dos países
anglófonos e das literaturas africanas e têm como interesse mostrar as práticas
culturais e as formas das literaturas e das poesias africanas, de tradição oral. Adetuyi
e Anderan, autores nigerianos, saturaram essas poesias no campo social. A
apresentação teve como foco apresentar as poesias dos autores africanos e sobre as
culturas africanas em línguas inglesa, para compreender as relações entre a cultura e
a literatura inglesa. Formas de apresentação: O projeto se caracteriza pela
apresentação de várias poesias pelos estudantes do curso de inglês do Projeto Good
morning, bonjour: Aprendizagem inicial de línguas Estrangeiras Modernas,da UNILAB/

71
Professor de Língua Inglesa no Projeto de Extensão Good Morning, Bonjour: aprendizagem inicial de
Línguas estrangeiras modernas, estudante do Curso de Bacharelado em Humanidades na
Universidade de Integração internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Campus dos Malês,
Bahia, Brasil.
72
Iqui Djú, bissau-guineense,)é estudante de Bacharelado em Relações Internacionais e graduado em
Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Campus dos Malês, Bahia. Pesquisou violência de gênero, com
especial atenção para a mutilação genital feminina no contexto de direitos humanos em Guiné-Bissau.
É professor de Inglês no Projeto de Extensão Good morning, bonjour: aprendizagem inicial de línguas
estrangeiras modernas na UNILAB/Malês. Estudou Inglês no Youth For Christ English School e fez o
Intensive Teacher Training Course at the Youth For Christ English School (Centro Jovens Para Cristo
Escola de Língua Inglesa) em Guiné-Bissau.
73
Licenciando em Pedagogia pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira
UNILAB Bahia, Brasil; graduado em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB-Bahia).
Página | 118

Malês, coordenado pelo Prof. Dr. Alexandre António Timbane. Estudar a língua é
também estudar a cultura dos falantes nativos dessa língua. A metodologia utilizada
foi a gravação de um vídeo de 21 minutos e apresentado no dia 20 de outubro de
2021. O estudante de Relações Internacionais, Iqui Djú, recitou dois poemas em
inglês. O primeiro poema, “Um Mundo da Ignorância”, escrito por Darryl Howard,
refere-se à ignorância de um assassino notório que sempre está na nossa frente. O
segundo poema, “Um menino Negro Sabe”, escrito pela afro-americana Raheem Hill,
é sobre o racismo. Quando um menino negro nasce, já sabe que vai enfrentar
problemas e ódio. E se um dia alguém perfurar a cabeça do um menino negro, as
pessoas vão desejar, esperar que ele pague por tamanha beleza de um homem. O
menino negro sempre deseja paz. O nosso objetivo é trazer poemas em inglês e
inspirar o público que tem interesse em poesias. Essa inspiração tem a finalidade de
chamar a atenção do público para esse campo da literatura poética, de aprofundar o
conhecimento literário poético e se inspirar nas obras de grandes autores, escritores
e poetas que revolucionaram esse tipo de literatura. A metodologia usada na
apresentação insere-se na abordagem comunicativa que consistiu na aprendizagem
pela prática em contextos reais de comunicação. É óbvio que sempre há algumas
lacunas de aprendizagem de línguas estrangeiras desde o ensino médio, em que
alunos têm pouca compreensão de língua estrangeira. E a partir da nossa
apresentação, nós observamos a importância de compreender uma língua
estrangeira. E os resultados esperados nesta apresentação contribuíram na
divulgação do conhecimento além-fronteiras. Nós vivemos num mundo globalizado
em que a internet propicia conversas (diálogos), partilha de conhecimento com
diferentes culturas. Isso também serve como forma de apresentar às pessoas os
aspectos da cultura. Portanto, compreende-se então que a literatura poética tem
valores riquíssimos e podemos explorá-los sem hesitação. Acesse aqui o vídeo.

O Festival das Culturas

O Festival foi bom porque vimos que ocorreu muitíssimo bem em houve várias
apresentações sobre as diversidades culturais e bem nos alegramos com esta
organização do festival e esperamos o próximo festival das culturas para mostrar os
valores culturais dentro da UNILAB.
Página | 119

FIGURA 31: Projeto Good Morning Bonjour

FONTE: Arquivo Pessoal (2021).

Contatos:

Iqui Djú - [email protected]

Pansau Tamba - [email protected]


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Capítulo 8 - LANÇAMENTO DE LIVRO, LEITURAS,


EXPOSIÇÕES ARTÍSTICAS, AUDIOVISUAIS E
ARTESANATOS
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Capítulo 8 - LANÇAMENTO DE LIVRO, LEITURAS, EXPOSIÇÕES


ARTÍSTICAS, AUDIOVISUAIS E ARTESANATOS (apud 2019).

Cristina Teodoro74

De acordo com Lopes (2016), para Ana Mélia Buoro (2003) através dos olhos
o ser humano passa a observar seu mundo exterior. Para a autora, percebemos o
mundo pelos órgãos dos sentidos; sendo assim, ao olharmos o mundo,
estabelecemos contato e apreendemos a existência do mundo; isso requer, sempre,
uma experiência intersubjetiva.
Nesse sentido, continua, a arte deve favorecer um contato mais consciente do
homem no mundo e para o mundo, auxiliando na construção de um ser humano crítico
e criativo para atuar na sua realidade, fazendo mudanças na coletividade. Por meio
da arte podemos demonstrar interesses, expor nossa forma de sentir, aprender e
conhecer, ao tempo em que interagimos com o meio em que vivemos, encontrando
espaço e desenvolvendo autonomia.

A arte pode consistir num precioso instrumento para a educação do


sensível, levando-nos não apenas a descobrir formas até então
inusitadas de sentir e perceber o mundo, como também desenvolver e
acurando os nossos sentimentos e percepções acerca da realidade
vivida (DUARTE JUNIOR, 2001).

A arte da fotografia permite sentir e perceber sensações diferentes, referentes


à realidade e ao momento vivido em diferentes lugares e espaços. A fotografia está
presente em nosso dia a dia; cabe a cada um aprová-la ou desaprová-la, mas
devemos sempre compreendê-la, pois toda imagem ou fotografia requer uma análise
crítica, seja ela construtiva ou não. A fotografia desde que foi descoberta faz parte do
nosso sistema imaginário, está presente em todas as classes sociais. É como parte

74
Doutora em Educação: Psicologia da Educação, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Graduada em Pedagogia e Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Professora Adjunta Efetiva da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
(UNILAB). Foi chefe de Gabinete da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, foi Oficial
de Projetos do Setor de Educação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura no Brasil, responsável pelo Programa Brasil-África: histórias cruzadas e pelos projetos
realizados na seara da Educação Infantil e Primeira Infância. Bolsista do Programa Internacional de
Bolsas da Fundação Ford, turma 2007-2010. Tem experiência e interesse nos seguintes temas:
educação, identidade étnico-racial; educação das relações étnico-raciais, história e cultura africana e
afro-brasileira; infância; criança e Educação Infantil.
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do cotidiano. No decorrer do Festival de Culturas ocorreram 4 exposições de


fotografia.
Entre elas, duas chamaram a atenção. Uma, intitulada “Um novo olhar para um
novo fazer: a educação do olhar no contexto escolar através da arte da fotografia”,
com fotos feitas por crianças do terceiro ano do ensino fundamental de uma escola
quilombola; e a outra, retrata os pontos históricos e culturais de São Francisco do
Conde-BA, em particular aqueles vinculados ao patrimônio material e imaterial da
cidade.
As artes plásticas também estiveram presentes, retratadas por dois artistas
plásticos locais; um, com o foco na pintura, sobretudo trazendo a história de São
Francisco do Conde e o outro, ressaltando a importância do meio ambiente e sua
preservação.
Já no que se refere à literatura, duas modalidades são destacadas. Primeiro o
lançamento de livros, um sobre a vida de Rilza Valentim, mulher negra Sanfranciscana
e de extrema importância para a cidade de São Francisco do Conde por ter sido
prefeita da cidade e responsável pelas articulações necessárias que resultaram na
construção da UNILAB no município; o outro lançamento foi do livro resultado da
trajetória de um grupo de hip hop composto por estudantes da UNILAB, o botAfala.
Por fim e não menos importante, o festival contou, novamente, com a parceria
estabelecida com a editora da Universidade Federal da Bahia que, por meio da
exposição de livros sobre, entre outros títulos, atividades de ensino, pesquisa e
extensão produzidos pelas instituições acadêmicas, além de livros de autores das de
diversas instituições de ensino.
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8.1 EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS: Grupo de Risco - Ceará

Sophia Medeiros Ferreira 75

RESUMO: O relatório tem por objetivo descrever a execução do V Festival Das


Culturas realizado pela PROEX da UNILAB, no Campus administrativo Liberdade no
período de 20 a 22 de outubro de 2021, com foco na exposição Grupo de Risco, de
autoria de Sophia Medeiros. A mostra durou os três dias de festival e permaneceu nas
dependências da universidade mesmo após a finalização do evento. Com organização
e participação majoritariamente feita pelas mãos, câmeras, pincéis, corpos e vozes
dos e das discentes da instituição, o evento contou com a presença de artistas e
monitores(as) e com público virtual. Foi a partir de vídeos ao vivo transmitidos pelas
redes sociais da PROEX que o público teve acesso às formas de arte apresentadas
nos três dias de evento, com exposições abertas, seguindo todos os protocolos de
segurança. As exposições aconteceram no pátio, logo após a recepção, no Campus
Liberdade, localizado em Redenção-CE, com fotografias expostas no bloco inferior,
próximas à sala da PROEX e ao auditório, onde aconteceram concertos e peças no
período da tarde e noite, transmitidas ao público de forma virtual.

O Festival das Culturas

A exposição montada obedeceu aos horários de organização do evento, no dia


19 de outubro. Contou com seis ilustrações de mesma temática, com a presença de
título, descrição, nome da autora e legenda.
Além de estar presente durante os três dias de Festival, a exposição
permaneceu no campus mesmo após a finalização do evento no dia 22 de outubro de
2021. A partir de relatos informais foi possível perceber a interação do público com as
ilustrações.
Alguns dos relatos comentavam sobre outros aspectos que as ilustrações
traziam além da proposta inicial na criação. Na quinta e sexta ilustração denominadas
de Emergência e Despedida, foi dito que muito fazia refletir sobre os órfãos deixados

Sophia Medeiros é discente do curso de Pedagogia pela UNILAB, e ilustradora. Autora da exposição
75

Grupo de Risco, que participou do V Festival das Culturas.


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pelas vítimas de Covid-19. Foi possível identificar a reflexão do público em relação às


cenas observadas.
Quando artes são expostas, pontos de vista são revelados, criados, refletidos,
novos mundos se abrem, crescem. Mostrar arte é arte, é unir artistas locais, dar voz
e guardar pro mundo, pois:

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em cofre não se guarda


coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar uma coisa é olhá-
la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. [...]
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se declara e
declama um poema: Para guardá-lo (GUARDAR, 2012).

Todo o apoio dos organizadores e monitores, bem como as trocas e interações


entre artistas e ao público que, apesar de limitado, estava presente ou
compreendendo a exposição através de fotos ou vídeos, faz compreender que a arte
realmente existe através do compartilhamento; percebeu-se isso pelo engajamento
coletivo e reflexivo em torno da arte.
FIGURA 32: Exposição Visual - Grupo de Risco

FONTE: Thiago Ramalho (@thiagoramalhofotografia) (2021).

Contatos: [email protected]
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8.2 EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS: Menina, Tu vai fazer uma Arte! -


Ceará

Joice da Silva Lima 76

RESUMO: A exposição “Menina, tu vai fazer uma arte!” É um conjunto de obras


criadas a partir de 2018, pela iniciante jovem arteira Joice Lima, que assume sua
identidade artística na rede social Instagram pelo nome de Nega.Art. Suas obras
foram construídas em estilo livre sob o papel de 80 g/m2, cartolina, tinta para
artesanato, tinta para tecido e lápis de cor. As criações que compuseram a exposição
foram inspiradas e criadas baseadas em cenas cotidianas de afetos pretos e na
memória da autora que também carrega consigo pretas lembranças afetuosas. A
intenção é que, além de despertar emoções positivas nos espectadores, as pessoas
negras que tenham contato com essa produção também possam se imaginar e se
rever ali, tanto como um protagonista de uma obra de arte, quanto como alguém capaz
de criar e produzir arte. Neste emaranhado de ideias, expor um material que carregue
uma narrativa que não esteja apenas e somente relacionada a dores ou a dificuldades
de se ser negra/o, é também uma das missões da exposição, assim como expandir
minhas vivências enquanto artista.
As peças que foram utilizadas durante este trabalho ficaram expostas no
corredor do Campus Liberdade, durante todos os dias do V Festival da Cultura na
UNILAB, podendo ser vistas por todos que passaram pelo campus, nos dias 20 a 22
de outubro, na cidade de Redenção-CE. Ainda que boa parte do evento tenha sido
transmitido de maneira virtual por conta do cenário pandêmico, houve considerável
circulação de pessoas no local, como artistas, monitores e servidores, todos usando
máscaras e seguindo as normas de segurança para evitar qualquer contágio do Covid-
19. A exposição ocorreu de modo tranquilo em todos os dias e ficou localizada lado a
lado a outras exposições, o que garantiu uma aproximação e uma troca com os
demais artistas visuais expositores que ali estavam. Esse evento permitiu trocas
enriquecedoras aos participantes, tornando essa experiência especial e fortalecendo
a trajetória de uma artista iniciante, além dos ensinamentos absorvidos que servirão

76
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para possíveis futuras exposições. Portanto, o festival também foi importante para
ocupar um lugar ao qual a autora sentia não caber, que é o lugar de artista, palco
para a oportunidade de vivenciar e afirmar essa identidade.

O Festival das Culturas

Apesar do pouco tempo entre o edital de seleção dos bolsistas e a execução


do evento, a correria teve resultado. Foi um belo evento realizado por muitos, sendo
a diversidade o tempero principal.

FIGURA 33: A criadora e a criação

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

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@Nega.art
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8.3 EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS: Matheus Felipe - Ceará

Matheus Felipe Santana77

RESUMO: A arte sempre fez parte da minha vida, desde a minha infância e com o
passar do tempo foi ficando mais forte até que se tornou uma identidade, sendo
expressa em quadros e desenhos que em sua maioria são de personalidades da
cultura negra e representações de nossa cultura e religião. A exposição teve como
objetivo principal mostrar a cultura negra de uma forma bela, para além do que a mídia
mostra como é a cultura do povo preto, muitas vezes demonizada; então vi na arte
uma forma de cura, a nossa cara de verdade. A apresentação se deu por meio de
exposição dos quadros e desenhos; expostos na parede os quadros contavam as
belezas da cultura negra. Ficou exposta nos três dias do festival para receber os
curiosos e apresentar a eles o que faço com minha arte e subjetividade. Ao todo foram
sete quadros e cinco desenhos expostos; os quadros em si mostravam nossa
religiosidade e beleza, sendo mostrados em pinturas nossos orixás; já os desenhos
representavam nossa música, são cinco representações de artistas negros de nossa
música.

O Festival das Culturas

A exposição foi muito boa, um bom público; pude dar nossa cara, mostrar
nossos traços em cada pincelada em um quadro; no fim, o que sobrou foi uma
sensação boa de fazer tudo o que planejei e ainda passar uma mensagem de gratidão,
principalmente ao povo preto. O Festival de Culturas desse ano foi especial, apesar
de tudo o que vem acontecendo no nosso país, com todas as medidas e redução de
público. O festival passou a mensagem de que a cultura unilabiana segue firme em
tempos em que as artes não têm mais valor simbólico nem estético no nosso país. O
Festival das Culturas foi muito importante nesse cenário político que estamos vivendo.

77
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FIGURA 34: Exposição do artista Matheus Felipe

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

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8.4 EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS: Gerdon Cavalcante Maciel,-


Ceará

Gerdon Cavalcante Maciel

RESUMO: Sou artista independente. Moro atualmente em Acarape-ce, onde


desenvolvo meu trabalho. Apesar das adversidades, já estou no ramo há mais ou
menos quatro anos. Comecei a desenvolver habilidades artísticas desde muito cedo,
através do desenho, mas foi apenas com a pintura que comecei a mercantilizar o meu
trabalho; me expresso com facilidade em minhas obras como movimento da pop art,
mas desenvolvo obras surrealistas e de outros movimentos da arte.

O Festival das Culturas

Foi através do edital da Proex que obtive a primeira exposição de minhas obras
no Festival de Culturas da Unilab. A exposição foi montada um dia antes e os cuidados
foram orquestrados pelos monitores, que foram de grande auxílio. O espaço foi
montado em um corredor como eu havia escolhido, um lugar onde as pessoas
passariam e teriam esse contato com minha arte.
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FIGURA 35: Exibição do artista Gerdon Cavalcante

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

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8.5 EXIBIÇÃO VISUAL: Modos de vida do Povo Macua - Bahia

Hercinia Chena Azarias Wasse78

RESUMO: Nampula é uma província situada na região norte de Moçambique. A sua


capital é a cidade de Nampula, localizada a cerca de 2150 km a norte da cidade de
Maputo, a capital do país. Com uma área de 81 606 km2 e uma população de 6 102
867 habitantes em 2017, é a província que está dividida em mais distritos, 23, e possui,
desde 2013, 7 municípios: Angoche, Ilha de Moçambique, Malema, Monapo, Nacala
Porto, Nampula e Ribaué. O povo macua é descendente de um grande povo Banto
originário da região centro-africana (Grandes lagos), ou seja, das grandes florestas
congolesas, que migraram para a região da África Austral à procura de terras férteis.
Atualmente este povo vive no norte de Moçambique, com cerca de 300.000 km2,
abrange parte das províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia; é
delimitado ao norte pelo rio (Licungo nas proximidades) Rovuma, a leste pelo Oceano
Índico; ao sul pelo rio Licungo, próximo do rio Zambeze, e a oeste pelo rio Lugenda.
Devido às migrações do séc. XIX e ao tráfico de escravos, encontram-se macuas em
Malawi, Tanzânia, Madagascar, Seychelles e Maurícias. A apresentação consistirá de
um vídeo-foto de 25 minutos. O vídeo foi editado para ser apresentado no Festival das
Culturas da UNILAB, Campus dos Malês. A apresentação será virtual e a exposição
pode ser vista em vários países do mundo. A exposição apresenta a cidade de
Nampula e suas características peculiares da vida do povo. O vídeo é editado com
imagens originais extraídas durante a visita à cidade de Nampula.

O Festival das Culturas


Em relação ao Festival das Culturas da UNILAB, o trabalho foi muito lindo em
relação à diversidade entre as culturas e a organização estava excelente.

78
Bacharel em Humanidades pela Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira (UNILAB), Instituto de Humanidades e Letras, graduanda em Relações Internacionais pela
mesma universidade no Instituto de Humanidades e Letras, Campus dos Malês, Bahia. É membro do
Grupo de Pesquisa África-Brasil: Produção de Conhecimento, Sociedade Civil, Desenvolvimento e
Cidadania Global.
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FIGURA 36: Modos de Vida do Povo Macua

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

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8.6 EXIBIÇÃO AUDIOVISUAL: Cine Malês e as produções


cinematográficas em São Francisco do Conde - Bahia

Assaggi Piá79
Rodrigo André dos Santos Mendes Pereira

RESUMO: A apresentação do projeto CineMalês trouxe um pouco das experiências


vivenciadas pelo coletivo na UNILAB na cidade São Francisco do Conde-Ba com o
intuito de estimular a produção cinematográfica na região, a partir do curta-metragem
“Maicon” que foi rodado na cidade e em alguns festivais urbanos no Brasil. Apontamos
também outras produções do projeto como “Nigiro: Meu nome, minha ancestralidade”
e “Ácido: O gosto desses dias” também rodado na cidade. A nossa apresentação no
festival trouxe alguns espectadores para próximo, com novos seguidores no canal do
projeto. Dessa forma, relato a importância do Festival das Culturas para essa
aproximação de trabalhos artísticos na comunidade acadêmica. Acesse aqui o vídeo.

O Festival das Culturas

Acredito que o Festival das Culturas da Unilab, mesmo diante das dificuldades,
foi de extrema importância ao valorizar os estudantes artistas da universidade que
também proporcionaram uma programação diversificada e bastante interessante.
Desejo vida longa ao festival que pra nós é muito importante; participamos do projeto
desde 2018.

79
Graduado em Humanidades e Licenciando em Ciências Sociais pela Universidade da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Pesquisa mobilidade social, racismo e etnicismo;
cinema, literatura negra e RAP. Idealizador e produtor da Mostra Ousmane Sembene de Cinema e do
Cinemalês, ambas iniciativas voltadas para o cinema negro no Recôncavo baiano.
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FIGURA 37: Projeto CineMalês

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

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8.7 EXIBIÇÃO VISUAL: Vídeo performance Negociação da Ausência -


Bahia

Adriana Carla Santos Chaves80

RESUMO: O vídeo performance “Negociação da ausência” e a série de fotos


performances “A matriz indócil da negociação” foram exibidas conjuntamente no
segundo dia do V Festival das Culturas da UNILAB, dia 21 de Outubro. As obras fazem
parte da investigação da artista sobre deslocamentos, migrações e negociações
presentes nos trajetos da sua família materna. A apresentação teve como objetivo a
exibição do trabalho da artista, que é também estudante da UNILAB, no ambiente da
universidade. Além de viabilizar as discussões que as obras incitam acerca das
negociações, ausências, encobrimentos e deslocamentos presentes na memória
cultural afro diaspórica no Brasil. O vídeo-performance e a série fotográfica foram
exibidas sequencialmente, sendo intermediadas por um texto que conceitua as obras.
A apresentação foi exibida com êxito através do canal do YouTube da Pró-Reitoria de
Extensão, Arte e Cultura - PROEX totalizando 1.254 visualizações. O acontecimento
do festival é de extrema importância para a viabilização dos trabalhos artísticos e
culturais de docentes e discentes na universidade e oportuniza o desenvolvimento das
obras e processos artísticos e culturais produzidos na universidade. Acesse aqui o
vídeo.

O Festival das Culturas

O Festival das Culturas da UNILAB é um acontecimento de extrema relevância


para a integração cultural e artística entre os estudantes do continente africano, da
diáspora e brasileiros. O festival reuniu uma diversidade de expressões artísticas e
culturais, e isso possibilitou o desenvolvimento de conhecimentos sobre a cultura
africana e diaspórica. Foi de muita importância o incentivo da produção artística

80
Adriana Chaves é atriz formada no Teatro Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais, é
cantora e investigadora dos brinquedos e manifestações populares. Pesquisa o teatro/performance
negra e as manifestações da diáspora. Atualmente é graduanda em Humanidades pela Universidade
da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.
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cultural que o festival engendra, além de oportunizar o compartilhamento desses


trabalhos no espaço acadêmico e na comunidade em que cada Campus se encontra.

FIGURA 38: Vídeo performance “Negociação da ausência”

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

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8.8 EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS: Exposição das Máscaras


conhecidas como caretas de Saubara - Bahia

Heriberto Gregório Do Santos

RESUMO: O V Festival das Culturas na Unilab aconteceu de 20 a 22 de outubro de


2021. Minha apresentação foi realizada no dia 21/10 às 14 horas, sob o título
“Exposição de máscaras conhecida como caretas de Saubara”. O tema que norteia a
exposição converge nos debates realizados no âmbito da esfera do município de
Saubara localizado a 96 km de Salvador na região do Recôncavo. A discussão girou
em torno da presença das máscaras industrializadas da cultura norte-americana,
conhecidas como máscaras de Halloween, que tiram a originalidade da tradição. O
público teve a oportunidade de conhecer uma das principais manifestações culturais
do município de Saubara que são as caretas representadas nas máscaras de papelão
feitas por cinco artistas, mais precisamente jovens mestres. O debate que se iniciou
com a lei Aldir Blanc-Bahia estende-se às escolas e à universidade, pois não podemos
fugir das responsabilidades, o que seria deixar mais uma herança morrer em meio ao
mundo globalizado que dá ênfase à cultura de massa, excluindo a popular. Acesse
vídeo. Acesse vídeo 2.

O Festival das Culturas

O mais importante em meio às demandas impostas pela Covid, o Festival


aconteceu não precisamente igual aos anos anteriores; no entanto, foi realizado de
forma remota, o que de certa maneira atendeu as expectativas. E agradeço pela
oportunidade generosa de apresentar um trabalho.
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FIGURA 39: Exposição das Máscaras conhecidas como Caretas de Saubara

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

[email protected]
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8.9 EXIBIÇÃO AUDIOVISUAL: Mente Criativa, Homem Mustasse e


Patrícia – Bahia

Marcos Carvalho Lopes


Eugênio da Silva Evandeco
Homem Matcho Guilherme Mustasse 81
Patrícia N ́zale

RESUMO: O objetivo da nossa apresentação e a escolha da canção “Carta” tem a ver


com nosso desejo de promoção da cultura, através da música, fazendo com que as
nossas vozes ecoem para fora dos muros da universidade para as comunidades que
albergam a Unilab. Visto que através do nosso projeto de pesquisa e extensão temos
feito grandes trabalhos, que visam discutir como tecer críticas ao racismo e à
escravização dos povos africanos. A convivência neste novo modelo dado pela crise
sanitária mundial foi um pouco difícil para o desenvolvimento das atividades, tendo
em vista a medida de distanciamento social para a contenção do vírus, não tendo a
presença física dos elementos do grupo. Mas os resultados foram satisfatórios graças
aos dispositivos de comunicação social digital que têm desempenhado um grande
papel fundamental - acesse aqui

O Festival das Culturas

Participar de um evento plural e horizontal, que respeita as mais diversas


culturas, como este festival, é sempre agregador, no sentido de oferecer experiências
no processo de formação acadêmica do estudante. Nesta edição não foi diferente. Foi
bom e ainda mais desafiador, neste momento de crise, mostrando, com isso, o grande
potencial do evento na superação dos mais diversos obstáculos.
Queremos agradecer pela oportunidade de fazer parte do primeiro Festival das
Culturas híbrido da Universidade Internacional da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira.

81
Graduação em andamento em Humanidades. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira, UNILAB, Brasil.
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FIGURA 40: Mente Criativa, Homem Mustasse e Patrícia

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

Eugênio da Silva Evandeco - [email protected]


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8.10 EXIBIÇÃO AUDIOVISUAL: MASG – Vídeo Clip – Lágrimas de


Sangue – Bahia

Moacir Armando Soares da Gama82

RESUMO: Sou Moacir Armando Soares da Gama, musicalmente conhecido como


MASG; participei na categoria individual com a apresentação do meu videoclipe
intitulado Lágrima de Sangue na quinta atividade cultural promovido pela PROEX. O
trabalho é um grito de socorro através do estilo musical rap sobre as várias formas
que os direitos humanos estão sendo violados na Guiné-Bissau, num momento tão
delicado que o mundo vive que é a pandemia. O estado usa do seu poder de
monopólio de violência para coagir a população periférica e principalmente as
mindjeris bideras (mulheres vendedoras), a base econômica do país; que precisam,
além das máscaras, de comida para sustentar as suas casas - acesse aqui o vídeo.

O Festival das Culturas

O objetivo do vídeo é levar um debate emancipatório produzido à comunidade


acadêmica da UNILAB (Malês) como forma de expressar o nosso descontentamento
com a forma que o país está sendo conduzido pelos nossos governantes. As
metodologias usadas se baseiam na vivência e nas informações das mídias locais e
internacionais, além de trabalho de campo que é produção audiovisual, colhimento do
áudio no estúdio e gravação de um vídeo clipe e publicado no meu canal no Youtube
Moacir Masg TV e reproduzida no terceiro dia do V Festival das Culturas no canal do
Youtube da PROEX, UNILAB.

82
Estudante de Relações Internacionais pela UNILAB (2021). Estagiário na Assessoria Internacional
da Governadoria do Estado da Bahia (2021).Possui Graduação Humanidades pela Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira/UNILAB (2017). Delegado Estudantil da UNILAB
Malês no Congresso da UNE (2017). Pesquisador e bolsista no projeto de extensão HIP HOP como
meio de integração de faculdade com a comunidade (2017- 2019), coordenado pelo Prof. Dr. Eduardo
Antonio Estevam Santos. Foi Coordenador Geral das Organizações e Finanças do Centro Acadêmico
do BHU/UNILAB-MALES (2017). Foi Vice-coordenador de Cultura do DCE/UNILAB (2018). Deu várias
palestras sobre o movimento Cultural HIP HOP, e sobre a história da África nas comunidades (favelas)
e nas Escolas de São Francisco do Conde (2016-2021) São Caetano, Salvador(2018). Rapper,
compositor e produtor cultural desde 2007.
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FIGURA 41: MASG

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

[email protected]
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8.11 EXIBIÇÃO AUDIOVISUAL: Corpos que importam: Diálogos


(Trans)Formadores – Ceará

Sol Alves de Lima83

RESUMO: O presente relatório tem por objetivo apresentar as principais discussões


do Trabalho realizado em formato audiovisual, intitulado “Corpos que Importam”,
documentário curta-metragem sobre discussões envolvendo cinco interlocutoras(es)
cujas falas se interseccionam e (re)criam novas possibilidades de (re)existências na
ocupação das escolas e universidades. A pesquisa centrou-se principalmente em
compreender, por meio das narrativas de pessoas travestis e transexuais sobre as
suas memórias de escola, como elas/es/us significam e ressignificam seus corpos e
as experiências vividas no espaço escolar. Não é nenhuma novidade que os espaços
escolares formais e institucionalizados não são receptivos às pessoas que se desviam
das normas de sujeito universal, ou seja: homem, branco, heterossexual, cisgênero,
classe média-alta e cristão. As interlocutoras(es) deste trabalho apontam e denunciam
casos, estruturas e normas que são excludentes, violentas e que impedem de avançar
na trajetória escolar. A discussão teórica presente no relatório e nas reflexões trazidas
no audiovisual perpassam os principais conceitos presentes nas falas das
interlocutoras para obter um melhor entendimento da questão. A partir de uma
perspectiva interseccional, suporte indispensável para a análise investigativa e
produção desse trabalho fílmico. O relatório e o audiovisual buscam revelar (e refletir)
o atravessamento de diversos discursos que se cruzam entre a ocupação do espaço
educacional, ao uso do nome social, a respeitabilidade de acordo com as identidades
das interlocutoras, de gênero e racial, a empregabilidade e a afetividade, também
consideradas construções políticas de fortalecimentos de laços.

83
Estudante de Antropologia da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
(UNILAB); Graduada no curso de Bacharelado em Humanidades (2019). Membro do Núcleo
Interdisciplinar em Estudos de Gênero (CIEG-UNILAB) e do Grupo de Estudos Sobre Literaturas e
Imagens Acerca das Transgeneridades (GELITRANS-UNILAB); Bolsista FINATEC com o projeto
"Estudo Multicêntrico Sobre os Perfis Socioeconômicos, Geográficos, Culturais e de Vulnerabilidade de
Travestis e Transexuais: um relato de experiência” (2020-2022) orientado pela professora Luma
Nogueira de Andrade. Atua principalmente nos seguintes temas: análises de dados, sexualidades,
estudos de Gênero com ênfase nos estudos decoloniais, travestilidade e e educação. Atua também na
área da Antropologia Social a partir dos temas: ações afirmativas, políticas públicas e justiça social.
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FIGURA 42: Corpos Que Importam: Diálogos (Trans)Formadores

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

Sol Alves de Lima - [email protected]


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8.12 EXIBIÇÃO AUDIOVISUAL: Documentário Transcendência Marginal


(2020) – Ceará

Luan Rodrigues Do Nascimento84

RESUMO: O documentário “Transcendência Marginal” (2020) é um projeto


audiovisual roteirizado por Luan Rodrigues e idealizado pelo Coletivo de Cinema
Independente Câmera da Peste, que visa escutar e trabalhar vozes negras da cidade
de Sobral-CE. Trabalhando as múltiplas performances que os corpos negros têm, quer
exercê-las para poderem manter-se vivos no sistema pós-colonial. O presente roteiro
é construído através da gravação audiovisual dos discursos de vida das seguintes
pessoas: Nilda (Nildinha) Coelho, Pai Beto de Oxóssi, Marcela Sena, Paulo Henrique
(Bicha Poética), Diego Clementino e Wenderson Oliveira, os discursos partem de
diversas partes da cidade, em que determinado momento se encontram. Partindo de
um local comum entre os sujeitos históricos: os bairros periféricos, mas não
entendemos como um espaço opressor, segregador e excludente, mas sim como um
espaço de abertura radical para a resistência e resiliência do corpo colonizado
funcionando no sistema colonizador, rompendo as barreiras (in)visíveis que a
branquitude põe a todo instante em questão.

O Festival das Culturas

Tem um papel fundamental na construção das discussões sobre a realidade da


sociedade, sobre os problemas sociais e econômicos. Foi importante participar para
levar à academia uma visão sobre a realidade do povo preto através de olhares
diferentes e levar os trabalhos dos pretos da cidade de Sobral para o meio acadêmico
e possivelmente além dele.
O evento é de grande importância para nos apresentar um olhar mais amplo
sobre diferentes formas que a sociedade apresenta, além de ser um meio de a
academia se aproximar das pessoas que compõem a realidade dos seus alunos.

84
Graduando em Humanidades, bolsista do projeto “Arte Urbana Em Fortaleza-Ce: Imagens Que
Contam”.
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FIGURA 43: O documentário Transcendência Marginal

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

[email protected]
Página | 147

8.13 RELATÓRIO DO DOCUMENTÁRIO: 70 Olhares sobre Direitos


Humanos “EU SEMENTE” – Ceará

Ana Maria Eugenio da Silva85

RESUMO: “Eu Semente”, faz parte do documentário 70 Olhares sobre Direitos


Humanos (DUDH); traz para a população 70 curtas de 1 minuto cada, a respeito da
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Os curtas de 1 minuto foram
dirigidos pela cineasta Marcia Paraiso de Santa Catarina e trazem relatos de
experiências sobre minha história, eu, Ana Maria Eugenio da Silva, do Quilombo Sítio
Veiga em Quixadá, Ceará e a relação com terra/território, sementes crioulas, quintais
produtivos, plantas, coletividade, acesso à educação, dança de São Gonçalo e
enfrentamento e superação de Câncer de mama, a partir da ancestralidade. Os 70
olhares sobre Direitos Humanos são extensão do Trabalho Conclusão de Curso (TCC)
em que a autora narra em forma autobiográfica, os caminhos percorridos desde a
descoberta até a superação da anomalia. Em meados de 2017, fui diagnosticada com
câncer de mama; a notícia sobre o diagnóstico foi devastadora tanto na vida pessoal
quanto na vida coletiva, pois a visão que se tem sobre a doença é a morte.

O Festival das Culturas

Fiz a inscrição para o edital do Festival das Culturas na UNILAB-CE, almejando


ampliar o debate no âmbito universitário, sobretudo em um espaço voltado para a
cultura, tão importante como mecanismo de enfrentamento e superação da doença
que havia consumido minha mama.
Através da PROX, pude compartilhar o documentário “Eu Semente” e ampliar
o debate acerca da prevenção, enfrentamento e Superação do Câncer. A
apresentação ocorreu no dia 21 de outubro de 2021, às 19:00h no Campus da
Liberdade e teve duração de 20 minutos; na entrada do auditório foram expostas

85
Mestranda em Humanidade pela Universidade da Integração Internacional de Lusofonia Afro-
Brasileira (UNILAB-CE). Possui Graduação em Serviço Social, através do Programa Nacional de
Educação na Reforma Agrária (PRONERA) pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), 2018.
Discente do curso de Antropologia (UNILAB-CE). Minha linha de pesquisa é voltada para o estudo da
saúde (câncer de mama) da população negra, em particular das mulheres quilombolas, atuando
principalmente nos temas: Relações Étnico- Raciais, Movimentos Sociais, Quilombo, Gênero e Saúde
da População Negra e Quilombola.
Página | 148

fotografias, contidas no documentário. Houve participação e interação dos que


puderam se fazer presentes, devido à pandemia. O Festival de Culturas na UNILAB,
aconteceu em outubro, mês dedicado à prevenção do Câncer de mama. Após a
exibição destaquei a importância do tratamento humanizado, o Sistema Único de
Saúde (SUS) como uma das melhores políticas públicas criadas em nosso país e o
descaso do atual desgoverno para com a população, em particular as pessoas que
estão fazendo o tratamento e tiveram seu tratamento prejudicado ou interrompido por
ausência de repasse de recursos do Ministério de Saúde. É importante que sejam
feitos relatos escritos sobre experiências de prevenção e de superação da doença.
Participar do Festival das Culturas foi super importante, pois com a pandemia
muitas mulheres deixaram de fazer exames, aumentando ainda mais os casos de
câncer. Assim, o debate chama atenção sobre os cuidados que precisamos ter em
relação à prevenção.

FIGURA 42: 70 Olhares Sobre Direitos Humanos “EU SEMENTE”

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:
[email protected]
Página | 149

8.14 LANÇAMENTO DE LIVRO: Lançamento do Livro Helena, a


Princesa que amava demais – Ceará

Edilene da Silva Bernardo 86

RESUMO: O presente resumo tem por finalidade socializar a minha experiência como
artista participante do Festival das Culturas da Universidade da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – Unilab. Nesta quinta edição, o tema do
Festival foi: Diversidade na Universidade, arte e cultura, direitos humanos e inclusão.
Houve parceria das secretarias da Cultura do Ceará e da Bahia com as prefeituras de
Acarape, Redenção e São Francisco do Conde. A metodologia utilizada para que o
evento pudesse acontecer se deu por meio da transmissão remota da programação
através dos canais oficiais da Unilab e Proex, como YouTube e redes sociais. No dia
22/10/2021, realizei minha participação no festival com o lançamento do livro Helena:
a princesa que amava demais, que conta a história de uma princesa que amava
demais, porém nunca era correspondida. Apesar disso, seu otimismo com a vida
continua intacto e feroz. Certo dia ela resolve fugir do castelo com ajuda dos seus
amigos animais e assim tentar conhecer o mundo. Uma viagem encantadora,
inteligente e apaixonante pelo fascinante mundo do amor-próprio. No meio dessa
aventura Helena descobre o verdadeiro sentido do amor. Esta é uma obra sobre
mágica, aventura, autoestima e amor-próprio com uma dose de inocência que
podemos observar facilmente em cada frase e em cada traço das ilustrações. A
apresentação iniciou-se com a exibição de um pequeno vídeo sobre a obra e em
seguida um discurso sobre detalhes da escrita criativa do livro.

86
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Instituto de Linguagens e
Literaturas, e-mail:[email protected]
Página | 150

FIGURA 45: Lançamento do Livro Helena, A Princesa que amava demais

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

[email protected]
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8.15 CONTAÇÃO DE HISTÓRIA: Aprendendo sobre direitos humanos,


valores e diversidade – Ceará

Edilene Da Silva Bernardo87


Maria Erica da Silva Freire
Maria Ligia Lima da Silva

RESUMO: O presente resumo tem por finalidade relatar a experiência do grupo Baú
de histórias, na quinta edição do Festival das Culturas da Universidade da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Durante nossa apresentação no festival das
culturas foi possível compartilhar experiências, saberes e histórias sobre diversidade
e diferenças sociais, além de músicas com reflexões. Nesse contexto, podemos
perceber que a contação de história se torna fundamental para que haja uma
integração entre cultura tradicional e moderna. Com base nisso, o referencial
curricular nacional da Educação infantil afirma que “a aprendizagem oral possibilita
comunicar ideias, pensamentos e intenções de diversas naturezas, influenciar o outro
e estabelecer relações interpessoais. Seu aprendizado acontece dentro de um
contexto. Quanto mais as crianças puderem falar em situações diferentes, mais
poderão desenvolver suas capacidades comunicativas de maneira significativa”
(BRASIL, 1998, vol.3, p.120). Assim sendo, a contação de histórias desperta nas
crianças e até mesmo no público adulto a curiosidade, a imaginação e provoca nelas
a possibilidade de compreender diversas situações diferentes do seu cotidiano e
assim transmitir para elas o sentimento da empatia, ajudando-as a compreender as
diferenças sociais existentes, por meio de histórias centradas nas tradições e valores
de sua região e a valorizar seus escritores locais.

87
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Instituto de Linguagens e
Literaturas. E-mail:[email protected]
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FIGURA 46: Aprendendo sobre direitos humanos, valores e diversidade

FONTE: Arquivo pessoal (2021).

Contatos:

Edilene da Silva Bernardo - [email protected]


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8.16 APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA: Leitura Dramática da Peça Sortilégio


de Abdias Nascimento – Bahia

Adriana Carla Santos Chaves88


Fabrício César dos Santos89
Grazielle Bessa
Isabelle Santos Ambrosio
Manoel Gildo Alves Neto
Maria Andréa dos Santos Soares
Michaela Diogo Rodrigues

RESUMO: O projeto de fluxo contínuo situado no eixo de Arte e Cultura: Ações


coletivas em teatro do Campus dos Malês da UNILAB, em parceria com o Coletivo
Ladaia - Laboratório de Decolonialidade em Ações e Investigações Artísticas da
Universidade Federal de Pelotas (UFPel), participaram da programação no dia 21 de
outubro de 2021, às 19h40, com a Leitura Dramática da peça Sortilégio, de Abdias do
Nascimento. Esse trabalho vem sendo construído remotamente há dois anos, com
alunos e professores de ambas as universidades, possibilitando estudar estéticas
negras, trazendo para a cena narrativas historicamente marginalizadas e periféricas,
e a troca e interdisciplinaridade entre estudantes, utilizando a plataforma de streaming
como palco e estratégia de enfrentamento a desmobilização eventualmente causada
pelo contexto pandêmico. Enquanto integrante do coletivo que participou do V Festival
das Culturas, compreendo a importância e impacto de ter a apresentação do projeto
compondo o evento, pela possibilidade de maior escoamento do trabalho coletivo e
contato entre produções de diversos pesquisadores artistes. É pertinente também
avaliar positivamente a execução do Festival, porém trazendo alguns pontos
pertinentes para uma maior qualidade em edições futuras como prioridade do diálogo
entre artistas e produtores, ampliação da visibilidade desde a divulgação do edital e
tempo hábil entre resultados e demandas propostas pelo processo do edital. Acesse
aqui.

88
Adriana Chaves é atriz formada no Teatro Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais, é
cantora e investigadora dos brinquedos e manifestações populares. Pesquisa o teatro/performance
negra e as manifestações da diáspora. Atualmente é graduanda em Humanidades pela Universidade
da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.
89
Graduação em andamento em Humanidades. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira, UNILAB, Brasil.
Página | 154

O Festival das Culturas

Entre os dias 20 a 22 de outubro de 2021 nos canais de transmissão da Pró-


Reitoria de Extensão e Cultura (PROEX) da Universidade da Integração Internacional
da Lusofonia Afro-Brasileira, aconteceu o V Festival das Culturas: Diversidade na
Universidade Arte & Cultura, Direitos Humanos e Inclusão. O Evento trouxe diversos
artistas e coletivos possibilitando a criação de um espaço potente de experimentação
e fruição estética, enquanto uma plataforma de visibilização, valorização, troca e
compartilhamentos de saberes por meio da arte e da cultura.
Acredito que participar do Festival de Culturas da Unilab foi para o nosso
coletivo uma oportunidade de compartilhar um pouco do que construímos em um
processo de dois anos de encontros, trocas e aprendizados sobre a dramaturgia de
Sortilégio. O festival no meu ponto de vista é uma ótima iniciativa, visto que propôs
esse espaço de troca de conhecimentos, colocando em contato a produção de
diversos pesquisadores artistes. Entendemos que construir um festival em meio a uma
pandemia e diante de um desgoverno político é uma tarefa difícil e trabalhosa. Por
isso, pensamos que uma possível melhoria para as próximas edições seria melhorar
as vias de comunicação entre produção e artistes e pensar em datas em que todos
consigam criar e trabalhar sem urgência, pois o mundo pede calma. Assim, todos nós
artistes e produção podemos criar um espaço saudável de trabalho.
FIGURA 47: Leitura Dramática da Peça Sortilégio de Abdias Nascimento

FONTE: Arquivo Pessoal (2021).

Contatos:

Adriana Carla Santos Chaves - [email protected]


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Capítulo 9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Reinaldo Pereira de Aguiar90

O V Festival das Culturas da Unilab 2021, realizado no período de 20 a 22 de


outubro. A programação apresentou a grande riqueza cultural da instituição,
promovendo a integração de diversos povos do Maciço de Baturité no Ceará, além de
outros municípios no Estado e a cultura baiana, representada nos municípios do
Recôncavo Baiano e adjacências e principalmente a imensidão da cultura de nossa
comunidade acadêmica, ora representada por nossos parceiros dos países lusófonos
e Timor Leste. O Festival teve como ideia de preservar e demonstrar a identidade
cultural, como enfatiza Celso Furtado (2002).
A temática contemplou essa diversidade cultural e foi escolhida pela
comunidade acadêmica e pela comunidade externa: “Diversidade na Universidade:
Arte & Cultura, Direitos Humanos e Inclusão”, como forma democrática de
compreender e instigar a participação da comunidade.
Vale ressaltar que o apoio incondicional da Gestão Superior desta
Universidade, o trabalho da equipe da Pró-reitoria de Extensão, Arte e Cultura
(PROEX), juntamente com toda a comunidade universitária, servidores técnicos-
administrativos e professores, principalmente os monitores, foi de suma importância,
o que fez acontecer e dar continuidade a esse brilhante evento, mesmo diante do caos
da pandemia. Contudo, o projeto tem sua extensão geográfica ilimitada pela riqueza
cultural e ideológica dos artistas, desde 2016, ano da primeira edição.
Eventos culturais e artísticos devem fazer parte de políticas culturais, inclusive,
segundo Botelho (2001), como conceito antropológico, pois o ser humano produz
cultura, consequentemente abraçam-se problemas. A política de concretizar ações
culturais dará ênfase ao resgate cultural, que às vezes pode ficar “esquecido” no berço
da comunidade, necessitando sempre ter um “olhar expansivo” e oportunizar e

90
Possui graduação em Letras pela Faculdade de Tecnologia e Ciências de Salvador/BA (2011).
Bacharel em Direito pelo CESAMA/AL (2014). Especialista em Docência no Ensino Superior pela
UNIASSELVI/SC (2012). Mestre em Ensino pelo Centro Universitário UNIVATES/RS (2016). Doutor em
Políticas Sociais e Cidadania pela Universidade Católica do Salvador - UCSAL/BA (2021). É Secretário
Executivo lotado na Diretoria do Campus dos Malês da Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) em São Francisco do Conde-BA. Atualmente é Coordenador do
Curso de Extensão de Atendimento no Serviço Público e de Iniciativa Privada na UNILAB/BA. Contato:
[email protected]
Página | 156

(re)memorizar novos costumes, usos e hábitos, possibilitando integrar e aculturar a


comunidade acadêmica e a sociedade, desmistificando inúmeros equívocos sobre a
cultura e os povos que integram a Universidade.
Página | 157

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Reinaldo Pereira de. Manual do monitor: uma ferramenta para o exercício
da função. Repositório Institucional da Unilab, 2019.

ALVES, Robert Alexandre dos Santos. Secretário de Cultura de Turismo de São


Francisco do Conde. Pré-festival das Culturas da Unilab (depoimento), 2021.
(online).

BENNETT, Andy; TAYLOR, Jodie; WOODWARD, Ian. The festivalization of culture.


Farnham: Ashgate, 2014.

BERTINI, Fátima Maria Araújo. Pró-reitoria de Extensão, Arte e Cultura da Unilab. V


Festival das Culturas da Unilab (depoimento), 2021. (online).

BEZERRA, José Aécio (prefeito). Município de Redenção. V Festival das Culturas da


Unilab (depoimento), 2021. (online).

BONETTI, Osvaldo Peralta; DARON, Vanderléia Laodete Pulga. Ideias e dicas para
o desenvolvimento de processos participativos em Saúde. Ministério da Saúde.
Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão
Participativa. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

BOTELHO, Isaura. Dimensões da Cultura e Políticas Públicas. São Paulo em


Perspectiva, 15(2), 2001. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/spp/a/cf96yZJdTvZbrz8pbDQnDqk/?format=pdf&lang=pt
Acesso em: 10 out. 2021.

BRASIL. LEI Nº 12.289, DE 20 DE JULHO DE 2010. Dispõe sobre a criação da


Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB e dá
outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União de 21.7.2010. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12289.htm,
Acesso em: jan. 2022.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação


Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, vol.3, 1998.

CANDAU, Vera Maria. Magistério: construção cotidiana. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
1999.

CARLOS MENDES, Tavares. Pró-reitori de Extensão, Arte e Cultura (Unilab). Pré-


festival das Culturas da Unilab (depoimento), 2021. (online).

CORREA, Edison J. Extensão universitária, politica institucional e inclusão social.


2003. 4. Resumo. Universidade Federal de Minas Gerais. Minas Gerais, 2003.
Disponível em: https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RBEU/article/view/864/724.
Acesso em: 10 out. 2021.

CRUZ, Norval; PETIT, Sandra Haydée. Arkhé: Corpo, simbologia e ancestralidade


como canais de ensinamento na educação. In: Encontro anual. 31 Anais da Anped,
Caxambu, 2008.
Página | 158

DUARTE JÚNIOR, João Francisco. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível.
Curitiba: Criar, 2001.

GUARDAR, Antônio Cícero (Bienal). Por que guardar? 2012. Disponível em:
http://www.bienal.org.br/post/546 Acesso em: 15 out. 2021.

LINS, Flávio; CARMO, Maria Helena; PORTO, Alessandra. A ressignificação dos


festivais com a passagem do tempo: um olhar sobre a cidade de Tiradentes. XV
enecult: encontro de estudos multidisiciplinares em cultura, 01 a 03 de agosto de
2019, Salvador, Bahia.

MEGG LIMA. Representante dos discentes da Unilab. V Festival das Culturas da


Unilab (depoimento), 2021. (online).

NASCIMENTO, Ricardo César Carvalho. Coordenador de Arte e Cultura da Unilab. V


Festival das Culturas da Unilab (depoimento), 2021a. (online).

NASCIMENTO, Ricardo César Carvalho. Coordenador de Arte e Cultura da Unilab.


Pré-festival das Culturas da Unilab (depoimento), 2021. (online).

NEVES, Arani Santana. Secretaria de Cultura da Bahia. Pré-festival das Culturas da


Unilab (depoimento), 2021. (online).

RAMOS CARIOCA, Cláudia. Vice-reitora da Unilab. V Festival das Culturas da


Unilab (depoimento), 2021a. (online).

RAMOS CARIOCA, Cláudia. Vice-reitora da Unilab. V Pré-festival das Culturas da


Unilab (depoimento), 2021. (online).

REA, Caterina Alessandra. Professora representando a Direção do Campus dos


Malês. V Festival das Culturas da Unilab (depoimento), 2021. (online).

REIS, Mirian Sumica Carneiro. Diretora do Campus dos Malês (Unilab). Pré-festival
das Culturas da Unilab (depoimento), 2021. (online).

RUFINO, Luiz. Exu e a pedagogia das encruzilhadas. Tese (Doutorado em


Educação) – Faculdade de Educação - Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ), 2017.

SANTOS, Adelmária Ione dos. IV Festival das Culturas da Unilab : África sertaneja :
ancestralidade africana e indígena na cultura nordestina / Reinaldo Pereira de
Aguiar (Org.). – São Francisco do Conde : Pedro & João Editores, 2020.

SOUZA, Luciano Simões (UFRB). V Festival das Culturas. Unilab. 2019.

UNILAB. Programação do Pré-festival das Culturas 2021. Disponível em:


https://unilab.edu.br/pre-festival-das-culturas/ Acesso em: 10 nov. 2021.

UNILAB. Programação do V Festival das Culturas. 2021. (online). Disponível em:


https://unilab.edu.br/Programacao-V-Festival-das-Culturas, Acesso em: 10 out. 2021.
Página | 159

VIEIRA, Elaine; VOLQUIND, Lea. Oficinas de ensino: O quê? Por quê? Como? 4.
ed. Porto Alegre: Edipucrs, 2002.

YOU TUBE. Pró-reitoria de Extensão, Arte e Cultura. 2021. Disponível em:


https://www.youtube.com/channel/UCaWfo1cy_VamWZ_tG7abnSQ

YOU TUBE. Unilab oficial. 2021. Disponível em:


https://www.youtube.com/@UnilabOficial
Página | 160

MEMÓRIA

IV Festival das Culturas 2019 - acesse e-book - Campus dos Malês


Acesse ÁLBUM FOTOGRÁFICO

III Festival das Culturas 2018 - Acesse ÁLBUM FOTOGRÁFICO


(Campus dos Malês - Bahia)

II Festival das Culturas 2017 - Acesse ÁLBUM FOTOGRÁFICO


(Campus dos Malês - Bahia)

I Festival das Culturas 2016 - Acesse ÁLBUM FOTOGRÁFICO


(Campus dos Malês - Bahia)
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APÊNDICE
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Apêndice 1 - Depoimento dos monitores sobre a participação no V


Festival das Culturas 2021

Discentes descreveram em poucas palavras sua experiência em monitoria após


realização do Festival das Culturas, no período de 20 a 22 de outubro de 2021:

Antes: Nesta edição o festival oferece todas as linguagens artísticas


possíveis, com debates, apresentações, oficinas, momentos educativos,
entretenimento e principalmente servindo de gerador de reflexões que nos
permitem pensar o lugar na universidade no tempo e espaço em que estamos
vivendo. Depois: Achei muito bom, foi um evento que quebrou paradigmas
coloniais, que descolonizou mentes que nos ensinou a incluir e nos mostrou
que as várias artes e as várias culturas falam e ensinam (Erica Paula de
Vasconcelos dos Santos, 2021).

[Antes] A meu ver o evento foi de grande importância e de excepcional


sucesso, ainda sabendo que este foi o primeiro festival de que participo como
monitor; fui tratado com uma excepcional cordialidade, num ambiente de
trabalho satisfatório, integrativo inclusivo. [Depois] A experiência com a
produção deste evento foi de grande crescimento acadêmico/profissional
para mim (Marcelo da Silva Chaves Ribeiro, 2021).

[Antes] O festival das culturas tem sido uma ferramenta institucional da


Unilab para promover o intercâmbio cultural da universidade, tanto na Unilab
Ceará, quanto na Bahia. Assim como os outros eventos passados, esse
também foi rico em diversidades culturais envolvendo artistas, técnicos,
monitores e entre outras equipes que foram fundamentais para a execução
do evento. [Depois]: O festival foi enriquecedor e muito produtivo (Elma
Pereira Mané, 2021).

No meu ponto de vista o V Festival das Culturas foi muito bom, tanto na
organização quanto na apresentação, e a minha primeira experiência como
monitor; sendo assim, agradeço a Unilab pela oportunidade de fazer parte
desse magnífico evento. Por fim, agradeço a todos e todas as colegas que
fizeram parte desses grupos de monitores/as (Baba Jorge Nanque, 2021).

[Antes] em suma, percebe-se a importância da monitoria, sobretudo num


evento como o Festival das Culturas. De fato, o Festival das Culturas
promoveu a produção e o compartilhamento de saberes, pois a diversidade
marca a nossa universidade. [Depois] O festival das Culturas da UNILAB foi
um espaço de compartilhamento de produção do saber artístico-cultural. Na
verdade, este festival das Culturas permitiu uma reflexão mais aprofundada
sobre um mundo marcado pela diversidade, sobretudo cultural. Além disso,
entre várias questões ligadas à Arte e Cultura, tratadas ou apresentadas no
Festival das Culturas, é possível, com certeza, ver a partir da Leitura
dramática de Sortilégio de Abdias Nascimento o tratamento diferenciado
entre as pessoas de diferentes cores (branca e negra, por exemplo), fato que
cria o desequilíbrio entre as raças, portanto, de relações sociais. A partir
disso, ou seja, das atividades apresentadas neste Festival das Culturas,
percebe-se que, sim, fica o convite para cada um de nós, seja branco/a, seja
negro/a, não olhar mais para quem nos é diferente como inferior a nós, mas
considerar, respeitar e aceitar a diversidade cultural como um bem a ser
conservado no espaço e no tempo. Assim, considera-se o Festival das
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Culturas como um ambiente profícuo, por conter nele um conjunto de saberes


de diferentes povos. Entende-se que o compartilhamento de saberes como
algo necessário para juntos construirmos uma sociedade menos desigual,
menos preconceituosa, portanto, onde não haverá hierarquização entre as
culturas, esta hierarquização caracterizada por inferior/superior (José
Mendes, 2021).

Mais uma experiência grandiosa e oportuna para o desenvolvimento de


interesses voltados para o fomento da arte e cultura, permeados pela inclusão,
diversidade e articulação com os diversos setores da universidade e da comunidade
externa (Mateus Pereira Lago, 2021).

A Unilab em si é um espaço libertador, no que diz respeito à busca, pesquisa


e integração. Existe um povo unilabiano que vive e respira junto, todes ligades
pela missão da instituição. Além desse sentimento de pertença que carrego
dentro de mim, o Festival das Culturas é o maior expoente de comemoração
da diversidade que há dentro da universidade. É mais que acolhedor, é como
se todes fizessem parte de uma mesma família. É como entrar em um portal
em que há tudo do bom e do melhor que a cultura e a arte podem oferecer.
Um lugar de promoção, apresentação, celebração daquilo que temos de mais
puro para dar, nossa subjetividade. Por isso, me sinto grata pela oportunidade
de estar somando com todes (Renara Régia,2021).

[Antes] Participei do festival de culturas entre os dias 20 e 22 de outubro;


houve diversas apresentações culturais; como monitor, a principal função era
divulgar de forma virtual os cards das apresentações. Foi um evento bem
produtivo e pudemos conhecer e ter acesso a diversas culturas e tradições.
[Depois] foi ótimo ter recebido tantas informações e ter adquirido tanto
conhecimento (Adelson de Jesus Reis, 2021).

Foi um rico aprendizado e um momento de partilha cultural no qual foi possível


recarregar as energias e nos possibilitou entender que é possível voltarmos ao novo
normal com muito gás, companheirismo e confiança (Laís Marreiro Colares, 2021).

Durante os dias do festival, pude passar por uma experiência que, com
certeza, marcará para sempre a minha trajetória nesta instituição. Os dias do
festival serviram-me de momentos de me libertar do isolamento e solidão que
a pandemia nos impôs. Pude conhecer de perto inúmeros grupos culturais
que não fazem parte do quotidiano da UNILAB. (Umaro Seidi, 2021)

O festival foi um momento único e enriquecedor de diversas maneiras; a


oportunidade de trabalhar em equipe na construção desse evento, voltar ao
campus, ver novamente pessoas que não via há mais de um ano e ver os
corredores e o auditório cheios de arte e de cultura foi incrível. Todo cansaço
dos dias de correria e trabalho valeram muito a pena (Ivina Castro Beserra,
2021).

Foi muito enriquecedor participar do evento. Mais uma vez, o Festival das
Culturas mostrou a importância de sua existência; cada narrativa foi
apresentada, cada palavra proferida contribuiu ainda mais para o
empoderamento coletivo dos unilabianos. Sinto-me muito grato por mais uma
vez participar do evento e contribuir com o evento (Isaque de Jesus Oliveira,
2021)
Página | 164

[Antes] Posso dizer, por agora, que fui muito feliz em ter contribuído, em
algum nível, na difusão e interação da diversidade de expressões artísticas e
culturais. Foi um evento lindo, necessário e potente! Maravilhoso demais!
[Depois] Por já ter gravado um vídeo no qual consta o meu depoimento sobre
a experiência de ter sido monitor no V Festival da Culturas da Unilab (o vídeo
está presente na página do Instagram da Proex), posso dizer, por agora, que
fui muito feliz em ter contribuído, em algum nível, na difusão e interação da
diversidade de expressões artísticas e culturais. Foi um evento lindo,
necessário e potente! Maravilhoso demais! (Jonas Vieira do Nascimento,
2021)

[Antes] A recente edição do Festival das Culturas, entre os dias 20 e 22 de


outubro, teve como tema Diversidade na Universidade. Embora o evento
tenha sido realizado num período crítico caracterizado pela pandemia da
Covid-19, mais uma vez o evento superou as expectativas de todos nós,
artistas de diferentes linguagens puderam expressar a sua arte de diferentes
formas, isto é, a partir da dança, música, teatro, poesia e artes visuais,
expressões essas carregadas de diversidade cultural. [Depois] A recente
edição do Festival das Culturas, que decorreu entre os dias 20 e 22 de
outubro, teve como tema “Diversidade na Universidade”. Embora o evento
tenha sido realizado num período crítico caracterizado pela pandemia da
Covid-19, mais uma vez o evento superou as expectativas de todos nós;
artistas de diferentes linguagens puderam expressar a sua arte de diferentes
formas, isto é, a partir da dança, música, teatro, poesia e artes visuais,
expressões essas carregadas de diversidade cultural (Domingos Maweze
Gabriel, 2021).

Através do festival das culturas pude ter um dos meus primeiros contatos com
a universidade, porque até então havia ingressado na UNILAB e tido apenas
aulas EAD e nenhuma prática presencial; logo, o festival permitiu que eu
conhecesse mais do campus Liberdade, entendesse como funciona esse
espaço da universidade; além disso, também tive contato com alunos
veteranos, os quais me contaram sobre como é fazer parte da UNILAB, a
importância de estar em eventos como esse, ou seja, também possibilitou
expandir meu ciclo de amizades. Outro requisito foi usar meu hobby de
fotografar e perceber que dentro da universidade há espaço para
melhorar/praticar esse hobby, como também me lembrou o quanto é legal
poder fotografar em eventos (Patrício Ferreira Felício, 2021)

[Antes] O festival foi incrível, muito interessante e rico em aprendizado. Esse


momento enriqueceu e muito meu aprendizado, aprendi coisas pra vida
social, profissional, gostei demais. [Depois] O festival foi incrível, muito
interessante e rico em aprendizado; esse momento enriqueceu e muito meu
aprendizado, aprendi coisas pra vida social, profissional, gostei demais.
(Yasmina Lorrana de Lima Mesquita, 2021).

Em primeira instância agradeço a toda equipe que fez parte desse Festival,
sendo que estamos em tempo pandêmico que não é fácil para ninguém, mas
fez-se o possível para que as atividades acontecessem e para que nós
possamos nos divertir. O Festival teve muitas surpresas de todas as
linguagens artísticas como também os debates, roda de conversa e
apresentações. (Jorge Gaspar Mendes, 2021).

Todas as atividades presenciais foram registradas não só por mim como por
outros colegas, em fotografia e em audiovisual, nos dias 19, 20, 21, e 22 de
outubro de 2021. Esta edição do festival das culturas foi muito satisfatória em
sua realização, pois todos e todas estávamos precisando de um momento
juntos em uma atividade presencial na universidade e nada melhor ir
retornando aos poucos, mesmo que ainda enfrentando esse momento
pandêmico; tivemos todos os cuidados sanitários de proteção do Covid-19.
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Vejo que esse evento foi um grande teste para apresentações ao vivo e
remotas, e funcionou muito bem. Ocupar os espaços da universidade com
arte, cultura e conhecimento utilizando a tecnologia a nosso favor se torna
um grande avanço para multiplicar os acessos tanto para a comunidade
acadêmica quanto para a comunidade geral, levando o festival das culturas
da UNILAB para todos e todas. Mesmo o festival sendo um grande sucesso
é preciso pensar que ainda se faz necessária uma produção maior e com
mais tempo para realizá-lo; é importante dar visibilidade ao esforço de toda a
equipe da PROEX e seus monitores que se dedicaram com afinco em
conjunto com a produção de todo evento tanto no Ceará quanto na Bahia.
Fiquei muito satisfeito em poder participar como monitor desse momento
ímpar, fazendo o que gosto, que é fotografar. O festival nos mostra que dentro
de casa temos enormes potenciais artísticos e de produtores e produtoras;
temos em nossa universidade uma gama de profissionais de cultura e que
com um pouco mais de incentivo podemos realizar sempre eventos e
momentos culturais utilizando só os artistas que temos, sendo eles
estudantes, professores e servidores. É perceptível a carência de
equipamentos como câmeras fotográficas, câmeras de vídeos, som de médio
porte, tripés, pedestais, microfones interfaces para realização de streams
online, iluminação para palco entre outros equipamentos. Mesmo com essas
deficiências e com a colaboração de todos e todas o festival foi um grande
sucesso e deixo meu agradecimento em poder participar desse belo evento
(Thiago de Freitas Ramalho, 2021).

O Festival de Culturas me proporcionou vivenciar diversas formas de


linguagens, além de ter agregado experiências novas e relações
interpessoais de pessoas de outros cursos e de outras áreas. Pude ver um
pouco da realidade em que vivemos com outro olhar e por outras
perspectivas, bem como ampliar minha visão de mundo em relação às
temáticas vigentes. Além de ter sido crucial ter colocado em prática a
fotografia, que é hobby de que gosto. Estou quase concluindo meu curso na
Universidade, então foi um momento enriquecedor antes de finalizar essa
jornada (Inara da Silva de Moura, 2021)

[Antes] durante esses três dias foram realizadas várias atividades com o
apoio de várias entidades, o que permitiu que tenhamos uma realização
fantástica de mais uma edição do Festival nesse momento tão difícil em que
a gente se encontra. [Depois] O Festival das culturas desse ano foi muito
bom e divertido (Ebinezer Pedrinho Monteiro, 2021).

[Antes] vivemos um conjunto de experiências únicas e nos dispusemos ao


longo dos três dias a distintos desafios, desde a realização de entrevistas e
reportagens audiovisuais, produção de podcasts; participamos ainda de
quase todo o processo de organização do evento em vários momentos, ao
longo das atividades. [Depois] foi incrível, amei ter participado (Tiago
Chinendele Henrique, 2021).

[Antes] no ponto de vista individual, o Festival apresentou resultados


extraordinários, porque além de servir como oportunidade para o exercício
profissional de fotografar, foi também um ambiente enriquecedor em termos
de diversões e entretenimento, através das músicas, poemas, exposições
artísticas e culturais, documentários e sobretudo um espaço de produção e
absorção de conhecimento e de desenvolvimento de novos horizontes de
saberes críticos sobre culturais e a sociedade. [Depois] na verdade, o V
Festival das Culturas da Unilab foi um evento de grande interação artística e
cultural, no qual eu tive a oportunidade de participar como monitor.
Simplesmente quero parabenizar toda equipa da Unilab: Pró-reitora da Arte e
Cultura da Unilab, Profa. Dra. Fatima Bertine; meu caro Nixon Araújo; o
Coordenador de Arte e Cultura da Unilab, Prof. Ricardo Nascimento. Os meus
agradecimentos são extensivos aos meus colegas monitores e monitoras
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sem esquecer dos artistas e músicos que deram contribuições importantes


para o festival. Espero ter mais oportunidade de participar num evento de
grande envergadura como esse (Luizinho Jorge Cá, 2021).

Em um contexto complexo pelo qual estamos passando, a Arte e a Cultura


vêm para trazer um alento para nossos corações aflitos. E o V Festival das
Culturas trouxe isso para todos aqueles que participaram direta e
indiretamente, seja como artista, produtor, responsáveis ou telespectadores.
Com uma programação rica e diversa, passeamos pelos mais diversos
ritmos, tons, gritos de resistência, gritos por liberdade, gritos por
transcendência. Da arte audiovisual ao artesanato passeamos pela
pluralidade cultural dos diversos grupos sociais presentes na UNILAB e nas
comunidades próximas a ela. Foi uma honra participar da produção cultural
deste maravilhoso evento. É sempre bom ver os aplausos, os sorrisos, os
assobios e saber que todos deram o seu melhor e que, por isso, podem dizer
“dever cumprido". Agradecimentos a todos os componentes da organização
(Francisco Lucas Silva de Castro, 2021).

Agradeço a toda equipe que fez parte desse Festival, sendo que estamos em
tempo pandêmico que não é fácil para ninguém, mas fez-se o possível para
que essas atividades acontecessem e para que nós possamos nos divertir.
Foi um festival maravilhoso! (Manuel Lucala Zengo, 2021).

[Antes] O festival nos fez perceber que possuímos enquanto instituição


educacional a capacidade de impactar a economia do setor cultural e ainda
contribuir com a democratização das artes e das culturas, áreas que
carregam uma grande parte do conhecimento gerado pela humanidade ao
longo dos tempos. [Depois] tenho buscado apresentar além do olhar de
encantamento, o olhar analítico antropológico e social do festival, e considero
que esta edição teve um impacto muito grande em diversas áreas (Margarida
Lima de Moura Nascimento, 2021).

Esse ano para mim o Festival das Culturas foi um dos mais interessantes;
apesar da distância de não ser presencial como os anteriores eu pude
conhecer um pouco de novas manifestações culturais, e me encantar com as
artes dos estudantes do Ceará. Foi muito gratificante participar como
monitora e como público (Tailane Ferreira dos Reis, 2021).

[Antes] A realização das atividades de monitoria no V Festival das Culturas


da UNILAB possibilitou ampliar os conhecimentos no que diz respeito à
organização de eventos, visto que desde 2018 já tive oportunidade de
participar de monitoria em outros eventos da universidade e fora da
universidade, mas com linhas de atuação diferenciado. Nesta edição tudo foi
diferente e percebi que o espírito de trabalho em equipe é a maior coisa que
temos na UNILAB onde todos foram se ajudando. [Depois] foi uma benção
para nós, vendo a diversidade cultural da nossa universidade sendo
apresentada (Moisés Quinta Alberto Iala, 2021).

O festival das culturas da UNILAB foi uma oportunidade de aprendizagem,


inclusão e troca de conhecimentos culturais (Cássia Cris Costa do Amaral, 2021).
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REALIZAÇÃO

Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB


Pró-Reitoria de Extensão Arte e Cultura – PROEX
Diretoria do Campus dos Malês – São Francisco do Conde-BA
Coordenação de Arte e Cultura - CAC

APOIO

Prefeitura Municipal de São Francisco do Conde-BA


Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
Secretaria de Cultura de São Francisco do Conde
Equipe de Monitores
Equipe Organizadora

www.unilab.edu.br

V Festival das Culturas 2021


20 a 22 de outubro de 2021

VI Festival das Culturas - 19 a 21 de outubro de 2022


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