(PDF Download) Quem Sou Eu 1st Edition Gnani Purush Dadashri Fulll Chapter

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Quem sou eu 1st Edition Gnani Purush


Dadashri

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Como exposta pelo Gnani Purush "Dadashri"

QUEM SOU EU?

Originalmente Compilado em Gujarati por:


Dra. Niruben Amin
Editor: Mr. Ajit C.Patel
Dada Bhagwan Aradhna Trust,
Sociedade Mamatapark 5,
atrás do Colégio Navigujarat
Usmanpura, Ahmedabad-380014
Gujarat, na Índia. Tel : (079) 27540408
E-Mail: [email protected]

©: Todos os direitos reservados- Mr. Deepakbhai Desai


Trimandir, Simandhar City, Ahmedabad-Kalol Highway,
Adalaj, Dist.-Gandhinagar-382421, Gujarat, India
Nenhuma parte deste livro pode ser usada ou reproduzida,
Sem a permissão por escrito do detentor dos direitos autorais.

Preço: Humildade Final (leva a unidade Universal) e a


Consciência do "Eu Não Sei Nada"”

Impressora: Amba offset


B -99 , Eletrônica G.I.D.C.
K -6 Road, Sector- 25 ,
Gandhinagar - 382.044 , Gujarat, na Índia.
Tel . : +91 79 39830341
Trimantra
Os Três Mantras (Trimantra) Que Destroem Todos os Obstáculos na Vida
(Recite este Mantra cinco vezes toda manhã e noite)
Namo Vitaragaya
Eu me curvo Àquele que está totalmente livre de todo apego e aversão
Namo Arihantanam
Eu me curvo Àquele que aniquilou os inimigos internos da raiva, orgulho,
engano e ganância
Namo Siddhanam
Eu me curvo Àqueles que atingiram o estado de libertação total e
definitiva
Namo Aayariyanam
Eu me curvo aos mestres Auto-realizados que dividem o
Conhecimento da libertação com outros
Namo Uvazzayanam
Eu me curvo Àqueles que receberam o Conhecimento do Ser e estão
ajudando outros a alcançá-lo também
Namo Loye Savva Sahunam
Eu me curvo a todos os Santos de todos os lugares que receberam
o Conhecimento do Ser
Eso Pancha Namukkaro
Estas cinco saudações
Savva Pavappanasano
Destroem todo o karma negativo
Mangalanam cha Savvesim
De tudo o que é auspicioso
Padhamam Havai Mangalam
Este é o mais elevado
Om Namo Bhagavate Vasudevaya
Eu me curvo a todos que alcançaram o Ser absoluto na forma humana
Om Namah Shivaya
Eu me curvo a todos os seres humanos que se tornaram instrumentos
para a salvação do mundo
Jai Sat Chit Anand
Consciência do Eterno é Bem-Aventurança
(Explicação detalhada encontra-se no livro “Trimantra” de Dadashri)

Introdução ao ’Gnani Purush (Ser Iluminado)’
Numa noite de junho, em 1958, por volta das 18:00 horas,
Ambalal Muljibhai Patel, um homem de família, e um empreiteiro
de profissão, estava sentado em um banco na plataforma de
número três da Estação Ferroviária de Surat. Surat é uma cidade
ao sul de Gujarat, um estado no ocidente da Índia. O que
aconteceu nos próximos quarenta e oito minutos foi fenomenal.
Auto-realização espontânea ocorreu dentro de Ambalal M. Patel.
Durante este evento, seu ego foi completamente dissolvido
e, daquele momento em diante, ele tornou-se completamente
separado de todos os pensamentos, falas e ações de Ambalal.
Ele tornou-se instrumento vivo do Senhor para a salvação da
humanidade, através do caminho do conhecimento. Ele chamou
este Senhor de Dada Bhagwan. A todos que encontrava, ele
dizia: “Este Senhor, Dada Bhagwan, está plenamente manifestado
dentro de mim. Ele também reside dentro de todos os seres vivos.
A diferença é que em mim, Ele se expressa plenamente, e em
vocês ele ainda tem que se manifestar”.
Quem somos nós? O que é Deus? Quem comanda este
mundo? O que é karma? O que é libertação? etc. Todas as
perguntas do mundo espiritual foram respondidas durante esse
evento. Assim, a natureza ofereceu uma visão absoluta do mundo
por meio de Shree Ambalal Muljibhai Patel.
Ambalal nasceu em Tarasali, um subúrbio da cidade
de Baroda, e foi criado em Bhadran, Gujarat. O nome de sua
esposa era Hiraba. Embora fosse um empreiteiro de profissão,
sua vida em casa e suas interações com todos ao seu redor eram
exemplares, mesmo antes de sua Auto-realização. Depois de
tornar-se Auto-realizado e atingir o estado de um Gnani, (O Ser
Desperto), seu corpo tornou-se um “fundo de caridade pública”.
Ao longo de toda a sua vida, ele viveu pelo princípio
de que não deve haver nenhum comércio na religião, mas em
todo comércio deve haver religião. Ele também nunca aceitou
o dinheiro de alguém para seu próprio uso. Ele usou os lucros
do seu negócio para ajudar seus devotos em suas peregrinações
a várias partes da Índia.
Suas palavras tornaram-se a base do caminho novo, direto
e sem etapas para a Auto- realização e foi chamado de Akram
Vignan. Através de sua original e divina experiência científica
(o Gnan Vidhi), ele transmitia esse conhecimento aos outros em
menos de duas horas. Milhares receberam sua graça através deste
processo e milhares continuam a recebê-la até hoje. ’Akram’
significa sem etapas, um elevador ou um atalho, enquanto que
’Kram’ significa caminho espiritual, tradicional, o passo a passo
ordenado. Akram é reconhecido como um atalho direto para a
bem-aventurança do Ser.
Quem é Dada Bhagwan?
Quando ele explicava aos outros quem era “Dada
Bhagwan”, ele dizia: “O que você vê aqui não é Dada Bhagwan”.
O que você vê é A.M. Patel. Eu sou um Gnani Purush e ’Ele’,
que está manifestado dentro de mim, é ’Dada Bhagwan’. Ele
é o Senhor dentro de mim. Ele está dentro de você e de todos
os outros seres. Ele ainda não se manifestou dentro de você,
enquanto que, dentro de mim, ele está totalmente manifestado.
Eu mesmo não sou um Bhagwan. Eu também me curvo a Dada
Bhagwan dentro de mim.
Atual ligação para obter o conhecimento da Auto-
realização (Atma Gnan)
“Eu vou pessoalmente transmitir siddhis (poderes espirituais
especiais) para algumas pessoas. Depois que eu for embora, não
haverá uma necessidade para eles? Pessoas de futuras gerações
precisarão deste caminho, não é?”
Dadashri, Param Pujya Dadashri ia de cidade em cidade,
de país em país, para dar satsang e transmitir o Conhecimento
do Ser, bem como o conhecimento da interação harmoniosa com
o mundo terreno, a todos que iam até ele. Durante seus últimos,
dias no final 1987, ele deu sua bênção a Dra. Niruben Amin e
outorgou a ela seus siddhis (poderes especiais), para que ela
continuasse seu Trabalho.
Após Param Pujya Dadashri deixar seu corpo mortal, em
2 de janeiro de 1988, a Dra. Niruben continuou seu Trabalho,
viajando para cidades e vilarejos dentro da Índia e também
viagens internacionais, visitando todos os continentes do mundo.
Ela era a representante de Dadashri no Akram Vignan,
até 19 de março de 2006, quando ela deixou seu corpo mortal,
confiando todos os cuidados do Trabalho a Shri Deepakbhai Desai.
Dra. Niruben foi fundamental na propagação do Akram
Vignan, como o caminho mais simples e direto para a Auto-
realização nos tempos modernos. Centenas de milhares de
buscadores espirituais aproveitaram esta oportunidade e se
consagram na experiência da Alma Pura, enquanto cumprem seus
deveres e obrigações no mundo material. Eles experimentam a
liberdade, aqui e agora, enquanto vivem sua vida diária.
O Siddhi (poderes especiais) foram transmitidos pelo Gnani
Purush Dadashri a Shri Deepakbhai Desai para conduzir satsang
do Akram Vignan, na presença de Puya Niruben Amin. Entre
1988 e 2006, ele tem oferecido satsangs na India e no exterior
conforme instruções de Dadashri, sob a orientação da Dra. Niruben
Amin. Agora as satsangs e o Gnan Vidhi continuam em pleno
vigor transmitidos por meio do Atmagnani Shri Deepakbhai Desai.
Palavras poderosas em escrituras ajudam os buscadores
a aumentar seu desejo de libertação, assim, eles representam o
caminho. O Conhecimento do Ser é o objetivo final de todos os
buscadores. Sem o Conhecimento do Ser não há libertação da
Alma. Esse Conhecimento do Ser (Atma Gnan) não existe em
livros. Ele existe no coração de um Gnani. Assim, o Conhecimento
do Ser só pode ser adquirido ao encontrar-se com um Gnani.
Através da abordagem científica do Akram Vignan hoje se pode
alcançar Atmagnan, mas isso só pode ocorrer no encontro com um
Atmagnani vivo. Apenas uma vela acesa pode acender outra vela!

NOTA SOBRE ESTA TRADUÇÃO
O Gnani Purush Ambalal M. Patel, popularmente
conhecido como Dadashri ou Dada ou Dadaji, costumava dizer
que não é possível traduzir exatamente a sua satsang sobre a
Ciência da Auto-realização e a arte da interação com o mundo
para o Inglês. Parte da profundidade e da intenção do significado
a ser transmitida ao buscador estaria perdida. Ele ressaltou a
importância de aprender o gujarati para entender precisamente
todos os seus ensinamentos.
Entretanto, Dadashri concedeu bênçãos à transmissão de
suas palavras originais, através de traduções para o inglês e
outros idiomas. Era seu desejo mais profundo e fervor, que os
seres humanos que sofrem no mundo alcancem a liberdade viva
da maravilhosa Akram Vignan que se expressava dentro dele.
Ele afirmou ainda que dias viriam em que o mundo ficaria
admirado com os poderes fenomenais desta ciência.
Esta é uma humilde tentativa de apresentar ao mundo a
essência dos ensinamentos de Dadashri, o Gnani Purush. Foi
tomado bastante cuidado para preservar o tom e a mensagem de
suas palavras. Esta não é uma tradução literal de suas palavras.
Muitas pessoas têm trabalhado diligentemente para isso e
permanecemos profundamente gratos a todos eles.
Esta é uma introdução elementar ao novo e vasto tesouro
de seus ensinamentos. Por favor, leve em conta que os eventuais
erros cometidos na tradução são de inteira responsabilidade dos
tradutores, para os quais solicitamos seu perdão.

PREFÁCIO
A vida é mais do que apenas viver. Tem que haver mais na
vida do que apenas viver. Deve haver um propósito mais elevado
na vida. O propósito da vida é obter a verdadeira resposta para:
‘Quem sou eu?’ Esta é a pergunta não respondida em infinitas
vidas anteriores. Os elos que perdemos na busca pelas respostas
da pergunta: ‘Quem sou eu?’ agora estão disponíveis através
das palavras do Gnani Purush (Aquele que alcançou o estágio
completamente desperto). Essas palavras foram editadas com o
propósito de serem absolutamente compreendidas.
Quem sou eu? O que não sou? Quem é o verdadeiro Eu?
O que é meu? O que não é meu? O que é servidão? O que é
Moksha (libertação da Alma)? Deus existe? O que é Deus?
Quem é o que ’faz’ no mundo? E o que Deus faz ou não faz?
Qual é a verdadeira natureza de Deus? Qual é a natureza do que
realmente “faz’’ neste mundo? Quem comanda o mundo? Como
isso funciona? Qual é a verdadeira natureza da ilusão? Aquilo
que sabemos é real ou ilusão? Alguém pode se tornar livre, ou
permanecerá para sempre ligada ao conhecimento que tem?
Este livro vai lhe trazer o entendimento da verdade por
trás dessas perguntas. Além disso, lendo as proximas páginas,
você será apresentado à essência do Akram Vignan (o caminho
direto para a libertação da Alma).
- Dra. Niruben Amin
QUEM SOU EU?

O MÉTODO PRECISO PARA A LIBERTAÇÃO DA


ALMA.
Dadashri: Qual é o seu nome?
Questionador: Meu nome é ‘Chandulal’.
Dadashri: Você é realmente ‘Chandulal’?
Questionador: Sim.
Dadashri: ‘Chandulal’ é seu nome. ‘Chandulal’ não
é seu nome? Você é mesmo ‘Chandulal’ ou o seu nome
é ‘Chandulal’?
Questionador: O meu nome é “Chandulal”.
Dadashri: Então, quem é você? Se ‘Chandulal’ é o
seu nome, então quem é você? Você e seu nome não estão
separados? Se você está separado de seu nome, então,
quem é você? Você entende o que estou tentando dizer?
Se você diz: ‘Estes são os meus óculos’, então você e os
seus óculos são separados, certo? Da mesma forma, você
não sente que você está separado de seu nome?
Seguindo o mesmo raciocínio, não há nada de errado
em chamar uma loja de ’Comércio Geral’. Entretanto, se
chamarmos o dono da loja: ‘Ei, Sr Comércio Geral, venha
aqui!’, ele responderia: ‘Meu nome é Jayantilal, Comércio
Geral é o nome da minha loja. O proprietário, a loja, e
2 QUEM SOU EU?

as mercadorias no interior da loja, são todas entidades


separadas. O que você pensa a respeito destas considerações?
Questionador: Isso faz sentido.
Dadashri: Pessoas insistem: ‘Não, eu sou ‘Chandulal’.
Isso significa: ‘Eu sou o dono da loja e sou também a placa
de identificação da loja’. ‘Chandulal’ é apenas um meio
de identificação.
Desde a sua mais tenra infância as pessoas chamam
você de ‘Chandulal’ e você passou a acreditar: ‘Eu sou
Chandulal‘. Você acredita que esse nome é você. Na
realidade, você não é este nome, mas você insiste que é
‘Chandulal’ porque todo mundo o chama assim. Como você
não sabe quem realmente é, você acredita ser o nome que
lhe foi dado. Isto teve um efeito psicológico muito forte
em você. Este efeito é tão profundamente enraizado dentro
de você, que você acredita que você é ‘Chandulal’. Essa
crença está errada, e por causa dessa crença errada, você
passou um incontável número de vidas ’dormindo de olhos
abertos’(alheio à sua verdadeira identidade).
PERCEBER O ‘EU’
Você não vai investigar quem realmente é? Por quanto
tempo você pode continuar no escuro, inconsciente de
seu Eu verdadeiro? Você não acha que é ignorância não
investigar sua verdadeira identidade?
Até perceber quem você realmente é, tudo se revela
errado e incorreto. Neste estado de ignorância você complica
mais sua vida casando, constituindo família, etc. É assim que
a confusão e os quebra-cabeças surgem no mundo relativo.
Mesmo quando você adormece à noite, você o faz
como Chandulal. Durante toda a noite, essa crença errônea
se reforça, tornando-se mais e mais forte. Somente quando
QUEM SOU EU? 3

você consegue a resposta para a pergunta: ’Quem sou Eu?’,


é que sua crença errônea cessa. É por causa dessa crença
errônea que você tem vagado de uma vida para outra. Você
não conhece sua verdadeira identidade e, além disso, você
imprime em si mesmo, a crença do que você não é. Você
vem impondo essa crença errônea sobre o seu Eu verdadeiro.
Além disso, você também aceitou esse conceito: ‘Eu sou
Chandulal’ e, como resultado, tem se comportado de acordo
com esse conceito. Esta falsa acusação é um erro. Este erro
é a causa raiz de todo o sofrimento. Este sofrimento vem sob
a forma de inquietação interior, miséria e descontentamento.
Neste momento, você tem muitas preocupações causadas por
sua falsa crença: ‘Eu sou Chandulal’. Esta falsa imposição
ao verdadeiro Eu é ignorância e gera sofrimento.
CRENÇAS: CERTO E ERRADO
TANTAS CRENÇAS ERRÔNEAS
Dadashri: A crença: ’Eu sou Chandulal’ não diminui,
nem mesmo durante seu sono. E quando você se casa,
as pessoas lhe dizem: ‘Você é o marido desta mulher’ e,
portanto, você aceita o papel de marido, e age como um.
Depois disso, por meio da repetição, você continua reiterando
a noção de ser um marido. Alguém é um marido para
sempre? Se vocês se divorciarem você ainda será o marido
dela? Todas essas falsas crenças, tornaram-se profundamente
enraizadas dentro de você.
A primeira crença errada é: Eu sou Chandulal, a
segunda crença errada é: ‘Eu sou o marido desta mulher’, e
‘Eu sou hindu’ é a terceira crença errada. ‘Eu sou advogado’
é a quarta crença errada. ‘Eu sou o pai deste menino’ é a
quinta crença errada. ‘Eu sou tio’ é a sexta crença errada.
‘Eu tenho pele clara’ é a sétima crença errada. ‘Eu tenho
45 anos de idade’ é a oitava crença errada. ‘Eu sou um
4 QUEM SOU EU?

homem de negócios’, também é uma crença errada. Se


você diz: ‘Eu sou um contribuinte’ então essa é mais uma
crença errada. Quantas crenças erradas dessas você tem?
Questionador: Muitas crenças erradas.
Dadashri: Sempre que você colocar o ‘Eu’ em um
lugar ao qual ele não pertence, nascerá uma crença errada.
Você tem que se livrar de todas essas crenças erradas. Como
você pode ser feliz com tantas crenças erradas? Agora me
diga. Quais os tipos de crenças fazem um homem feliz?
Questionador: A pessoa que não possui nenhuma
crença é feliz?
Dadashri: Não, ninguém vive sem crenças. Mas, o
que você precisa é a crença correta.
Questionador: É possível não ter nenhuma crença?
Dadashri: Suponha que queremos ir de Los Angeles
a San Francisco, mas em vez disso, tomamos a estrada que
vai para San Diego. Não temos então que voltar de San
Diego para Los Angeles (o nosso lugar de origem), antes
de prosseguir para San Francisco? Da mesma forma, é
importante manter esta crença correta, a fim de voltar para
o nosso lugar de origem. Depois de se livrar das crenças
erradas e manter a crença certa por algum tempo, você vai
chegar ao seu lugar de origem e, depois disso, não haverá
mais a necessidade de manter qualquer crença. Assim seu
trabalho está concluído.
Agora, como você vai se livrar de todas essas crenças
erradas?
Questionador: Não sei. Eu preciso da sua orientação
para isso.
Dadashri: Sim, porque a pessoa não possui o
QUEM SOU EU? 5

conhecimento de como se livrar dessa crença errada, ela


continua a vagar sem rumo neste mundo, vida após vida.
Mesmo que ela venha saber que essa crença é errada, não
sabe como se livrar dela. Infinitas vidas se passaram sem
se livrar nem mesmo de uma simples crença errada.
‘EU’ NO LUGAR ERRADO
Dadashri: Essa crença: ‘Eu sou Chandulal’ é ahankar
(ego). Colocar o ‘Eu’ onde o ‘Eu’ não cabe é ahankar, ou
seja, uma necessidade do ego.
Questionador: Como pode haver ego em dizer: ‘Eu
sou Chandulal’? Se eu digo: ‘Eu sou grande’ ou ‘Eu sou
o homem mais inteligente do mundo’, isto sim seria uma
questão diferente. Mas, se eu casualmente digo: ‘Eu sou
Chandulal’ onde está o ego nisso?
Dadashri: Mesmo quando você diz isso tão
casualmente, o ego desaparece? Mesmo quando você
diz: “Meu nome é Chandulal” casualmente ainda assim
considera-se ego. Ego é quando você não sabe quem você
é, e você se identifica com o que você não é.
‘Eu sou Chandulal’ tem um propósito teatral (exercer
o seu papel nas interações terrenas). Não há mal algum em
dizer: ‘Eu sou Chandulal’, mas a crença: ‘Eu sou Chandulal’
não deve se entranhar dentro de você. Ela deve ter um tom
teatral e ser usada apenas para fins de identificação.
Questionador: Sim, caso contrário, ‘Eu sou
Chandulal’ vai assumir o controle.
Dadashri: Se o ‘Eu’ está em seu lugar, o ‘Eu’ real,
então não é ego. Se você acredita: ‘Eu sou Chandulal’,
então a sobreposição do ‘Eu’ em Chandulal é ego. Quando
você se identifica com o seu Verdadeiro Eu real (seu devido
6 QUEM SOU EU?

lugar), então não é ego. Se o ‘Eu’ sai do lugar onde estava


incorretamente posicionado (Chandulal) e assume seu lugar
real, então o ego desapareceu. Portanto, você não tem que
se livrar do ‘Eu’, mas você apenas precisa colocar o ‘Eu’
em sua correta localização.
CRENÇA CORRETA, CRENÇA ERRÔNEA
As pessoas usam a palavra ’mithyatva’ livremente,
mas ninguém nunca explicou o que ela realmente significa.
Mithyatva nada mais é do que essas crenças errôneas. Não
é mithyatva usar roupas da moda ou se casar. As crenças
errôneas são a única mithyatva e, quando se adquire a crença
correta, usamos o termo samyak darshan ou samyaktva
(Visão iluminada do mundo; ou verdadeiro entendimento).
A crença através da qual se pode ’Ver’ a Alma, é samyak
darshan.
Existe uma necessidade de adquirir a visão iluminada.
A visão iluminada ocorre quando todas essas crenças
errôneas são dissolvidas e a crença correta é estabelecida.
Isto é, quando é possivel ver o mundo exatamente como
ele é. Até agora vocês não estavam sequer cientes de que
todas as suas crenças estavam erradas. Até agora sua crença
era: ‘Eu sou Chandulal’. Mas tudo isso são meros ajustes,
apenas ajustes temporários. Todos esses ajustes temporários
são relativos, mas Você é permanente. O que ocorre é que
você ainda não tem a consciência de que é permanente.
A PESSOA É UM SER ESTRANHO PARA O SEU
VERDADEIRO EU
É um esforço de nossa parte permanecer escondido
do nosso verdadeiro Eu durante incontáveis vidas.
Não é estranho que, por infinitas vidas, a pessoa tenha
permanecido escondida do seu verdadeiro Eu e mesmo
assim saiba tudo o que está relacionado com o seu não
QUEM SOU EU? 7

eu? Quanto tempo você acha que alguém pode esconder-se


do seu Eu verdadeiro? Esta vida se destina à realização da
percepção do verdadeiro Eu. A vida na forma humana é
destinada exclusivamente à investigação de sua verdadeira
identidade. Caso contrário, a pessoa vagaria sem rumo.
Você não acha que é imperativo saber a resposta para
esta questão: ‘Quem sou Eu?’ Será que você não precisa
investigar sobre quem você realmente é?
EXPERIMENTO PARA SEPARAR ’MEU’ E ‘EU’
PERCEPÇÃO DOS RESULTADOS DO EU VERDA-
DEIRO QUANDO SEPARADO DA CRENÇA DO ’MEU’
Questionador: Dada, qual é a técnica ou método
existente pelo qual eu possa vir a conhecer o meu verdadeiro
Eu?
Dadashri: Tudo relacionado ao ‘Eu’ é de natureza
elementar (vastu svaroop) e tudo relacionado ao que
chamamos de ’meu’ é de natureza circunstancial (sanyogi
svaroop). Tudo o que existe em forma circunstancial está
sempre separado do que existe na forma elementar. O ‘Eu’
é, naturalmente, uma forma elementar.
‘Eu’ é Deus e ‘meu’ é maya (ilusão). Tudo o que
se insere em ’meu’ é uma ilusão. ’Meu’ é sempre maya.
’Meu’ está preenchido com todas as variedades de maya.
No momento em que você diz ‘meu’, você está sob a
influência de maya. Sempre que você diz ’meu’, você se
apega ao que quer que se refira como ’meu’. ‘Eu’, portanto,
se anexa ao ’meu’. ’Meu’ não se pode anexar ao ‘Eu’.
’Meu’ é relativo ao ’eu’.
‘Eu’ é a única forma independente. Tudo o que se
insere em ’meu’ é estranho e não relacionado com o Eu
verdadeiro. O corpo (pudgal) - fluxo cósmico de entrada
8 QUEM SOU EU?

(puran) e a saída (galan) também se insere em ’meu’.


No mundo relativo você tem que dizer ‘meu’ ou ‘Isto é
meu’. Mas, por dentro, a sua compreensão interna deve
ser: ‘Isto não é realmente meu’. Quando alguém alcança
esse entendimento, nada mais o incomoda. Não há nada de
errado em falar desta maneira, mas internamente a pessoa
deve decidir o que realmente lhe pertence. Se um policial
faz uma investigação em sua casa e pergunta de quem
é a casa, você terá que dizer: ‘Esta casa é minha’, mas
internamente você deve entender que ela não é realmente
sua. É a compreensão interior que faz a diferença. O
verdadeiro ‘Eu’ não tem posses.
’Meu’ é o ’departamento relativo’ e é um estado
temporário, enquanto ‘Eu’ é o ’departamento real e é o
estado permanente. ‘Eu’ nunca pode ser temporário. Portanto,
entre os dois, você precisa seguir o ‘Eu’.
SEPARAR ‘EU’ E ’MEU’
Se eu lhe disser para separar ‘Eu’ e ’meu’ com um
’separador’, você seria capaz de fazer isso? Você não acha
que é importante separar o ’Eu’ e ’meu’? Mais cedo ou
mais tarde você vai ter que saber fazer isto. Separar ‘Eu’ e
’meu’. Assim como, existe um método para separar coalhada
e soro, existe um caminho para separar o ’meu’ do ‘Eu’.
No momento, você se identifica com o ’meu’? O ‘Eu’
está sozinho, ou ele está com o ’meu’?
Questionador: O ’meu’ está sempre lá.
Dadashri: Quais são todas as coisas que se inserem
no ’meu’?
Questionador: A minha casa e todas as coisas que
estão dentro dela.
QUEM SOU EU? 9

Dadashri: Todas essas coisas são suas? A quem a


esposa pertence?
Questionador: Ela também é minha.
Dadashri: E essas crianças?
Questionador: Elas também são minhas.
Dadashri: E esse relógio?
Questionador: Ele também é meu.
Dadashri: E essas mãos, de quem são estas mãos?
Questionador: Elas também são minhas.
Dadashri: Então você dirá: ‘Minha cabeça, meu
corpo, meus pés, meus ouvidos, meus olhos’. Todas estas
partes do seu corpo se inserem em ’meu’. Mas, então, quem
é a pessoa que está dizendo estas palavras relacionadas
ao ‘meu’? Quem diz: ‘Todas essas coisas são minhas’?
Alguma vez você já pensou sobre isso? Quando você diz:
‘Meu nome é Chandulal’, e então se vira e diz: ‘Eu sou
Chandulal’ você não acha que há uma contradição nisso?
Questionador: Sim, acredito que sim.
Dadashri: Você é ‘Chandulal’ exatamente agora.
Neste ‘Chandulal’ convivem juntos ‘Eu’ e ’meu’. Eles são
como duas linhas de uma mesma ferrovia. ‘Eu’ e ’meu’;
andam sempre juntos. No entanto, estão e sempre estarão
separados. Eles serão sempre paralelos e nunca se tornarão
um. Apesar disso você acredita que eles sejam algo único.
Isto é devido à ignorância ou a não consciência de sua
verdadeira identidade. Tendo compreendido isso, separe o
’meu’. Coloque tudo que vem sob ’meu’ de um lado. Por
exemplo: ‘meu coração’, coloque o coração de um lado.
Que outras coisas precisamos separar deste corpo?
10 QUEM SOU EU?

Questionador: Os pés e todos os órgãos dos sentidos.


Dadashri: Sim os cinco gnanendriyas (órgãos de
percepção) e cinco karmendriyas (órgãos de ação) e tudo
o mais. Além disso, você diz, ‘minha mente’ ou ‘Eu sou
mente’?
Questionador: Nós dizemos: ‘minha mente’.
Dadashri: Você também não diz: ‘minha inteligência’?
Questionador: Sim.
Dadashri: E ‘meu chit (o componente de visão interior
e conhecimento prévio na mente)’?
Questionador: Sim.
Dadashri: Então você diz: ‘meu egoísmo’, ou você
diz: ‘Eu sou egoísta?
Questionador: Meu egoísmo.
Dadashri: Então, mesmo o egoísmo não é uma parte
de você. Ao dizer ‘meu egoísmo’, você será capaz de
separar isso também, mas você não está ciente de outros
componentes que se inserem no ’meu’ e é por isso que
você não é capaz de fazer uma separação completa. Sua
consciência tem limitações. Você está ciente apenas dos
componentes sthool (brutos), além desses há componentes
sookshma (sutis). Os componentes sutis também precisam ser
separados, existem mais dois níveis de sutileza, sookshmatar
(mais sutil) e sookshmatum (sutilíssimo), os quais também
precisam ser retirados. Somente um Gnani Purush é capaz
de alcançar uma separação destes níveis intangíveis. Não
é possível separar os dois? Se você continuar a separar o
’meu’ do ‘Eu’, a cada passo e em todos os níveis, e colocar
todas as coisas inseridas no ’meu’ de um lado, então, o
que restará?
QUEM SOU EU? 11

Questionador: O ‘Eu’.
Dadashri: Esse ‘Eu’ é precisamente o que você é. E
esse é o ‘Eu’ que você precisa conhecer.
Questionador: Depois de tal separação sou Eu quem
entende que o que sobra é quem realmente Sou? Esse é
o Eu Real?
Dadashri: Sim, o que resta depois da separação é o
seu verdadeiro Eu. ‘Eu’ é Realmente Você. Você nunca se
perguntou isso? Este método para separar o ‘Eu’ do ’meu’,
não é simples?
Questionador: Parece ser simples, mas como é
que vamos fazer a separação nos níveis sookshmatar e
sookhmatam? Sem um Gnani, isso não é possível, correto?
Dadashri: Sim. Isso é o que o Gnani Purush faz
por você. Este é o motivo pelo qual eu digo: separe ’Eu’ e
’meu’ com o ’separador do Gnani’. Como todos os Mestres
de nossas escrituras chamam este separador?
Eles chamam isso de Bhed Gnan. É a Ciência
(conhecimento) da separação. Como você vai eliminar o
’meu’ sem esta Ciência? Você não tem o conhecimento
preciso do que está contido no ‘Eu’ e o que está contido no
’meu’. Bhed Gnan significa: ‘Eu estou totalmente separado
de tudo que é meu’. Isto é, somente através do encontro
com um Gnani Purush que se pode ter contato com essa
ciência da separação.
Uma vez que a separação entre o ‘Eu’ e o ’meu’ é
feita, isto não se torna simples? A Ciência da libertação da
Alma não pretende simplificar este caminho? Caso contrário,
nos dias de hoje, pode-se ler as escrituras à exaustão e
ainda assim não alcançar a libertação da Alma.
12 QUEM SOU EU?

Questionador: Precisamos de alguém como você para


nos ajudar a entender tudo isso, não precisamos?
Dadashri: Sim, isto é necessário. Infelizmente
encontrar um Gnani Purush é muito raro. Na verdade,
é realmente uma ocasião extremamente rara um Gnani
Purush se manifestar na terra. Em tal ocasião, você
precisa aproveitar a oportunidade e obter a libertação da
Alma, através dele. Não existe nenhuma taxa para isso.
Não existe um custo para você. Além disso, você pode
alcançar esta separação da Alma oferecida pelo Gnani em
uma hora. Depois que você adquiriu o conhecimento do
‘Eu’ real, tudo foi alcançado. Esta é a essência de todas
as escrituras.
Se você quer coisas materiais então terá que manter
o ’meu’ mas, se você quer libertar sua Alma, então terá
que abdicar da propriedade ou renunciar (renúncia apenas
através da compreensão) a tudo que se enquadra na categoria
de ’meu’.
Rendendo tudo que é ’meu’ para o Gnani Purush
e você vai ficar apenas com o ‘Eu’. A compreensão de:
‘Quem sou Eu?’ está associada à renúncia do ’meu’. Se
o ’meu’ está separado, então tudo fica separado. O estado
de crença: ‘Eu sou, e tudo isso é meu’ é definido como
jivatmadasha. Uma pessoa com essa crença (antes da
Auto-Realização) é um jivatma. A crença: ‘Eu Sou, e tudo
isso não é meu’ (uma compreensão natural e inerente, que
vem como resultado da Auto-Realização) é o estado de
Parmatmadasha. Tudo associado com ’meu’ são obstáculos
no caminho da libertação. Uma vez que o ’meu’ é isolado
do ‘Eu’, tudo se torna limpo. A compreensão de: ‘Quem
sou Eu?’ é espontaneamente associada à perda ou separação
do ’meu’.
QUEM SOU EU? 13

QUEM COMANDA O UNIVERSO?


SÓ O GNANI LHE MOSTRA O ‘EU’ REAL
Questionador: Como é possível entender e perceber
o ‘Eu’ Real enquanto vivemos esta vida terrena?
Dadashri: Onde mais você vai perceber o ‘Eu’ Real?
Existe algum outro lugar além deste mundo onde se possa
viver? Todos neste mundo devem viver nele. É aqui neste
mundo que você pode conhecer o seu verdadeiro ‘Eu’. Esta
é a ciência da compreensão de: ‘Quem sou Eu?’ Venha a
mim e eu vou fazer você perceber seu verdadeiro ‘Eu’.
Durante o processo de desenvolvimento dessa
compreensão, não estou pedindo para vocês fazerem nada,
porque não está dentro de suas capacidades. É por isso que
eu estou dizendo a vocês que eu vou fazer tudo para vocês.
Vocês não têm que se preocuparem com nada. Em primeiro
lugar, temos que estar conscientes de quem realmente somos
e o que vale a pena conhecer: Qual é a Verdade Real? Do
que se trata todo esse mundo? O que é tudo isso? O que
ou quem é Deus?
Existe um Deus? Sim, de fato existe um Deus, e,
além disso, esse Deus está dentro de você. Por que você
está procurando por ele do lado de fora? Quando alguém
abre a porta para você, você pode receber Seu darshan
(pode vê-lo). Entretanto, a porta foi fechada com tanta
força, que é impossível abri-la sozinha. Só uma pessoa que
é totalmente desperta (um Gnani Purush) pode mostrar-lhe
o caminho e abrir esta porta para você.
SEUS PRÓPRIOS EQUIVOCOS SE TORNAM SEU
CHEFE
O ‘Eu’ Absoluto que habita dentro de você é Deus.
Além desse, não há nenhum outro Deus, ou um ser
14 QUEM SOU EU?

superior acima de você. Não existe nenhuma onipotência


para governar você. Você é completamente independente.
Não existe ninguém que possa prejudicá-lo ou impedi-lo.
A única coisa que pode machucar ou impedir você, são
seus próprios equívocos.
Não só você não tem um chefe, como também
ninguém pode incomodá-lo ou interferir em sua vida.
Existem inúmeras formas de vida, mas nenhuma delas jamais
pode interferir na sua. E aquelas que interferem em sua
vida o fazem como resultado de seus próprios equívocos.
Você mesmo havia causado interferências anteriormente e,
portanto, agora está enfrentando as consequências de suas
ações passadas. Eu vejo isso na minha Visão Gnan, e eu
estou lhe dizendo exatamente como vejo.
Nas duas sentenças seguintes eu garanto a um homem
a sua libertação. São elas:
- ‘Você não tem nenhum superior neste mundo. Os
seus chefes são as suas tolices e seus equívocos. Na ausência
destes dois, Você é o Senhor Supremo’;
- ‘Ninguém jamais pode interferir em sua vida. Este
mundo é organizado de tal forma que nenhum ser vivo está
em posição de poder interferir com o outro’.
Estas duas frases irão resolver todos os seus conflitos
e trazer-lhe paz e harmonia.
QUEM É O FAZEDOR NO MUNDO?
A VERDADEIRA NATUREZA DO ’FAZEDOR’
NESTE MUNDO
É a ignorância, presente nesta realidade, que nos
trouxe como resultado toda essa obscuridade e confusão.
Então, agora, você deseja saber mais sobre coisas que já
QUEM SOU EU? 15

são conhecidas ou você gostaria de conhecer aquelas que


ainda não são conhecidas?
Do que se trata esse mundo? Como se chegou a essa
existência? Quem é o Criador? Qual é o nosso papel no
relacionamento com todos neste mundo? Como devemos
lidar com nossos parentes? Como os negócios acontecem? Eu
sou o ’fazedor’ de alguma coisa ou existe outro ’fazedor’?
Não é importante saber todas estas respostas?
Questionador: Sim.
Dadashri: Vamos falar sobre o que precisa ser
conhecido em primeiro lugar: Quem você acha que criou
este mundo? Quem você acha que fez um mundo tão
complexo e emaranhado? Qual é a sua opinião?
Questionador: Só Deus pode ter feito isso.
Dadashri: Então por que o mundo inteiro é cheio
de preocupações? Todo mundo tem preocupações. Não há
nenhum ser livre de preocupações.
Questionador: Por isso é que todos se preocupam.
Dadashri: Sim, mas se Deus fez este mundo,
então por que ele o fez cheio de preocupações? Se ele
é culpado de criar tantas misérias então, ele deveria ser
preso. Na realidade, Deus não é culpado. As pessoas do
mundo fizeram dele o culpado por chamá-lo de ’criador’
deste mundo.
Na realidade, Deus não é o criador de tudo neste
mundo. Isso tudo são Evidências Científicas Circunstanciais,
tudo isso é uma criação natural. Em Gujarati, eu chamo isso
de Vyavasthit Shakti (Evidência Científica Circunstancial).
Este é um conceito muito sutil.
16 QUEM SOU EU?

ISTO NÃO PODE SER CHAMADO DE LIBERTAÇÃO


Uma criança dirá: ‘Deus fez isso’. Até mesmo um
homem santo de renome dirá: ‘Deus fez isso’. Este é um
ponto de vista ordinário. Entretanto, não é o ponto de vista
Real.
Se Deus fosse o criador, então, ele iria ser nosso chefe
para sempre e não haveria essa tal coisa de libertação da
Alma. Mas existe libertação. Deus não é o ’criador’ deste
mundo. As pessoas que entendem a libertação nunca vão
aceitar Deus como o criador. Libertação e Deus como um
’criador’ são duas afirmações contraditórias. ’Criador’ é
alguém que faz a você um favor permanente e, se Deus é
uma entidade desse tipo, então você vai estar sempre em
débito com ele. Como seu criador, Deus será sempre seu
chefe e você sempre será seu subordinado. Mesmo quando
você atingir a libertação ele será o seu superior, não será?
Questionador: Sim, ele será o nosso superior
permanentemente.
Dadashri: Sim, ele torna-se o nosso ’chefe’
permanente e, portanto, não há libertação. Então, a libertação
não pode ser chamada ’libertação’. Podemos até dizer que
a ’libertação’ com a sua esposa seria melhor! Pelo menos
você pode apreciar comida dela, mesmo que às vezes ela
o insulte. Mesmo com insultos, tal ’libertação’ é preferível.
ENTÃO, QUEM FEZ DEUS?
Se tivéssemos que dizer que Deus é o criador então,
na realidade, a pergunta lógica seria: ‘Então, quem criou
Deus?’ Surgiriam tantas perguntas diferentes. As pessoas
vêm e me dizem: ‘Nós achamos que Deus é o ’fazedor’
neste mundo e você está dizendo que este não é o caso, mas
é difícil para aceitarmos isso’. Nessa hora eu lhes pergunto:
QUEM SOU EU? 17

‘Se eu aceito que Deus é o ’fazedor’ das coisas, então quem


fez esse Deus? Diga-me isso, quem criou o criador deste
mundo?’ Isto é simplesmente uma declaração lógica, pois
se existe um ’criador’, então tem que haver também um
outro ’criador’ desse criador. Logo, não haveria um fim
para isso. Portanto, essa conversa esta realmente incorreta.
NÃO HÁ NEM COMEÇO NEM FIM NESTE MUNDO
Tudo isso acontece sem nenhum criador. Ninguém
criou isto. Uma vez que ninguém o fez, a quem podemos
perguntar sobre isso? Eu também estava procurando a pessoa
que havia criado essa realidade tão caótica, e ainda aceitou
essa responsabilidade. Eu procurei em todos os lugares por
essa pessoa, mas nunca a encontrei em nenhum lugar.
Pedi aos cientistas para discutirem comigo as
evidencias que provassem que Deus realmente tinha criado
este mundo. Perguntei-lhes o ano em que foi criado. Deu um
branco neles. Então eu perguntei-lhes se o mundo teve um
começo ou não. Eles responderam que houve um começo. Se
existe um criador, então existe um início. Se há um começo,
então tem de haver um final. Na verdade, esse mundo é
anadi-anant (sem começo - sem fim). Este mundo continua
sem acabar nunca. Portanto, não há nenhum começo nem
fim. E, se não há começo, então não há o criador.
O ENDEREÇO CORRETO DE DEUS
Então, esses cientistas me perguntaram se tudo isso
significava que Deus não existe. Eu disse a eles que, se
Deus não existisse, não haveria experiência de prazer ou dor
para ninguém neste mundo e, portanto, Deus definitivamente
existe. Eles me perguntaram onde Deus vive. Perguntei-lhes
onde eles achavam que ele vivia. Eles apontaram para o céu.
Perguntei-lhes exatamente onde ele poderia ser encontrado,
seu endereço exato e se alguém poderia enviar uma carta
18 QUEM SOU EU?

para ele. Eles não sabiam. Eu disse a eles que não há


absolutamente ninguém lá em cima. Já que todo mundo
diz que Deus vive lá em cima (no céu), eu mesmo tinha
ido lá e checado (eu já vi em meu estado de iluminação
que não há ninguém lá em cima). Eu procurei Deus lá,
mas não há ninguém lá em cima, só um vasto céu aberto.
Ninguém vive lá em cima. Quando eles me pediram o
endereço correto de Deus, eu disse a eles para anotar esta
afirmação: ‘Deus está em toda criatura viva, seja ela visível
ou invisível. Não na criação’.
Este gravador é uma criação feita pelo homem. Deus
não reside em qualquer coisa feita pelo homem. Deus está
presente em todas as coisas que são criadas naturalmente.
Portanto, Deus reside em todas as criaturas visíveis ou
invisíveis. Há um número infinito de criaturas invisíveis
entre você e eu, que não podem ser vistas nem mesmo
através de um microscópio. Deus reside em todas elas.
Agora, o que Deus faz? Ele só dá luz a todos os seres
vivos. Como você utiliza essa luz é com você. Se você faz
boas ações, como caridade, ou más ações, como roubar, a
responsabilidade é exclusivamente sua. Use esta luz para
qualquer fim que você considere adequado.
Você também acredita que ele está lá em cima, não
é? Mas não há ninguém lá em cima. Sua crença de que
alguém está lá em cima está errada. Eu vim para revelar a
vocês que todas essas crenças estão erradas e, a menos que
isto seja declarado abertamente, as coisas nunca poderão
ser resolvidas. Todas as suas crenças erradas e a confusão
permanecerão. As crenças tradicionais não morrerão.
O MUNDO É O PRÓPRIO ENIGMA
‘O mundo é o próprio enigma’. Ele é a própria
confusão em si mesmo. Deus não criou este enigma.
QUEM SOU EU? 19

Se Deus tivesse criado este enigma, então poderíamos


responsabilizá-lo por todo o sofrimento neste mundo.
Poderíamos perguntar por que ele faz as pessoas sofrerem?
Mas Deus não criou este enigma. Deus é Deus. Deus é o
estado de felicidade permanente. Nós o acusamos por causa
da nossa própria ignorância e esse é o nosso erro. É por
isso que este mundo é a própria confusão em si. Ninguém
mais criou este enigma.
Agora, se alguém dissesse: ‘Chandulal não faz
sentido’, ele não iria dar origem a um ’enigma’?
Questionador: Sim, daria.
Dadashri: Se alguém me insultasse agora, isso não
me perturbaria. Mas para você surgiria o enigma, porque
você é limitado. As cordas da ignorância o prendem. Os
fios da ignorância o atam.
Questionador: Então, como podemos resolver este
enigma para nós?
Dadashri: Há dois pontos de vista para resolver
esse enigma: um ponto de vista relativo e um ponto de
vista Real. O Real é permanente, o relativo é temporário.
Tudo relacionado ao relativo é adaptação temporária e
tudo relacionado a Você é permanente. Uma vez que você
descobre o que é permanente, este enigma está resolvido.
Todos esses ascetas e várias pessoas têm buscado Deus,
porém, não teêm sido capazes de resolver este enigma.
Em vez disso, eles se tornaram ainda mais enredados. Eu
posso ajudá-lo a resolver este enigma. Eu posso fazer isso
para você em apenas uma hora e este enigma não aparecerá
novamente.
Você só precisa entender este mundo como ele é, e
depois não precisa nem memorizar nada. Entendê-lo apenas
20 QUEM SOU EU?

uma vez. Como ele surgiu? Por que foi criado? Quem é
Deus? Quem governa este mundo? O que é isso tudo? Qual
é a nossa forma Real? Depois de conhecer tudo isso, os
enigmas estarão resolvidos para sempre.
EVIDÊNCIA CIENTÍFICA CIRCUNSTANCIAL
Vamos continuar essa discussão. Faça quaisquer
perguntas, para as quais precisa de respostas.
Questionador: Eu não entendo essa ’Evidência
Científica Circunstancial’.
Dadashri: A Evidência Científica Circunstancial é a
base para todo esse entendimento que temos falado. Sem
ela, nem mesmo um único parmanoo (átomo) pode ser
alterado neste mundo. Quando você está prestes a sentar-
se para jantar, você sabe o que vai ser servido? Mesmo
a pessoa que prepara a comida não sabe o que ele ou ela
vai preparar amanhã. Mesmo a quantidade de alimento
que você vai ingerir é determinada com muita precisão
no nível atômico. Qual é a fonte que junta tudo isso e faz
tudo acontecer? É uma maravilha!
Qual a base do significado deste encontro entre você
e eu? Ele está baseado somente em Evidências Científicas
Circunstanciais. Há causas muito sutis e incompreensíveis
por trás dessa reunião. Descubra quais são essas causas.
Questionador: Como iremos encontrar essas causas?
Dadashri: Quando você veio aqui para esta satsang
sua crença foi: ‘Eu vim aqui hoje’. É uma crença errônea
e egoísta quando você diz: ‘Eu vim’ e ‘Eu vou’. Se eu
perguntar por que você não veio ontem, você pode apontar
para as pernas. Então, o que devo entender com isto?
Questionador: Que meus pés estavam doendo.
QUEM SOU EU? 21

Dadashri: Sim, suas pernas estavam doendo. Você


iria culpar suas pernas. Então, se as suas pernas estavam
doendo ontem, suas pernas o trouxeram aqui hoje ou você
veio aqui por si mesmo?
Questionador: Foi meu desejo vir aqui e é por isso
que estou aqui.
Dadashri: Sim, é por causa de seu desejo que você
veio. Mas porque suas pernas e tudo o mais estava bem,
você foi capaz de vir aqui. Se suas pernas não estivessem
funcionando bem, você teria vindo?
Questionador: Então eu não teria sido capaz de
chegar.
Dadashri: Então você poderia ter vindo por vontade
própria? Por exemplo, se um homem paralítico tivesse que
vir aqui em um carro de boi, ele diria: ‘Eu vim’, mas se
nós lhe dizemos: ‘Oh, mas as pernas estão paralisadas, então
como você chegou aqui?’ Ele ainda insistiria que ele veio.
Mas se eu lhe perguntasse: ‘Você veio ou o carro de boi
o trouxe aqui?’ Ele então responderia: ‘O carro de boi me
trouxe até aqui’. Então eu lhe perguntaria: ‘O carro veio
aqui ou foram os bois que o trouxeram até aqui?’
Portanto, suas crenças estão muito longe da realidade.
Sua capacidade de vir aqui depende de muitas circunstâncias
diferentes. Muitas circunstâncias que juntarem-se perfeita e
precisamente para que você seja capaz de vir aqui.
Se você tiver uma enxaqueca você pode ter que voltar
mesmo depois de chegar aqui a tempo. Se você mesmo fosse
verdadeiramente independente e viesse aqui por vontade
própria, sua enxaqueca não teria qualquer influência sobre
você estar aqui. Ou, se no seu caminho aqui para a satsang,
você encontrasse um amigo que insistisse para que você
22 QUEM SOU EU?

o acompanhasse em outro lugar, então você teria voltado.


Portanto, muitas circunstâncias têm que ser ajustadas. Você
só será capaz de chegar para a satsang desde que não haja
obstáculos que o impeçam de vir.
PRINCÍPIO DE CONVENIÊNCIA
Isto é Evidência Científica Circunstancial. Somente
quando inúmeras circunstâncias se juntam um evento pode
acontecer. No entanto, você reivindica com egoísmo: ‘eu
fiz isto’. Você assume o crédito de coisas que acabam bem,
mas culpa Deus, os outros ou a má sorte quando as coisas
não saem como planejado. Algumas pessoas colocam a
culpa em circunstâncias negativas, não é?
Questionador: Sim.
Dadashri: Uma pessoa tem orgulho de si mesma
quando ganha dinheiro, mas quando incorre em uma perda
ou falha, ela dá desculpas ou diz: ‘Deus está chateado
comigo’.
Questionador: Esta é uma desculpa conveniente.
Dadashri: Sim, é conveniente, mas não se deve acusar
Deus de nada. Não há problema em acusar um advogado
ou outra pessoa, mas como podemos acusar Deus? Um
advogado pode abrir um processo e pedir uma indenização
se o culpamos por algo, mas quem vai abrir este processo se
culparmos a Deus? Tais acusações causam servidão terrível
na próxima vida. Pode alguém acusar a Deus?
Questionador: Não.
Dadashri: Às vezes, as pessoas darão uma variedade
de outras desculpas, evitando sempre a responsabilidade
e aceitação de suas próprias falhas e erros. Estas pessoas
nunca aceitarão suas próprias falhas. Neste contexto, um
QUEM SOU EU? 23

estrangeiro, certa vez, comentou comigo: ‘Por que vocês


indianos nunca aceitam a culpa por seus próprios erros com
dignidade? Eu disse: ‘Esse é o próprio ’enigma indiano’;
o maior enigma de todos os enigmas indianos. Você não
será capaz de resolvê-los. Os indianos nunca aceitarão seus
próprios erros, ao passo que vocês estrangeiros são muito
dignos na aceitação de suas próprias falhas’.
CONTRADIÇÃO NO QUE DIZ QUE É O ’FAZEDOR’
Sanyog (um evento, associação de circunstâncias)
e viyog (dissipação de circunstâncias) ocorrem por conta
própria. Mas, um homem com ego inflado assume o crédito.
Quando um homem ganha dinheiro, ele diz: ‘Eu ganhei isso’,
mas, quando ele sofre perdas, ele perde toda a confiança e
se desespera: ‘O que eu poderia ter feito?’
Questionador: Sim, às vezes eu digo a mesma coisa.
Dadashri: Se você é o ’fazedor’, você nunca diria: ‘O
que eu poderia ter feito?’ Vamos pegar um exemplo simples,
de fazer kadhee (um prato Gujarati feito de iogurte). Se o
kadhee fica bom e gostoso, a pessoa que o preparou assume
o crédito e diz: ‘Eu fiz isso’. No entanto, se ele transborda
enquanto cozinha, a pessoa diz: ‘O que eu poderia ter feito?
As crianças estavam me incomodando, o telefone estava
tocando constantemente, o fogo estava muito alto etc’. Por
que todas essas desculpas? Eu entendo que todo mundo
diz isso. Quando um paciente se recupera de sua doença,
seu médico irá afirmar: ‘Eu lhe salvei a vida’, mas, se o
paciente morre então ele vai dizer: ‘O que eu poderia ter
feito?’ Por que fazer tais afirmações infundadas sem suporte?
VOCÊ DESPERTOU OU FOI ACORDADO?
Se você acorda cedo de manhã, você vai dizer: ‘Eu
acordei’. O que faz você pensar que é capaz de acordar cedo?
24 QUEM SOU EU?

À noite, quando não consegue dormir, você vai dizer: ‘Não


consigo dormir’. Se você tem mesmo controle sobre seu sono,
então por que você não pode dormir quando você quer? Na
realidade, você não tem controle algum sobre coisa alguma.
Se alguém pergunta: ‘Quem me acordou esta manhã?’
Eu lhe diria que ele acordou porque seu karma de sono
tinha acabado. Foi seu karma que o acordou.
O QUANTO ESTÁ EM SUAS MÃOS?
Você (o Ser Real) nunca comeu. É ‘Chandulal’ quem
consome os alimentos. Você nunca comeu nada e ainda assim
você acredita que é você quem come. ‘Chandulal’ é quem
come e ‘Chandulal’ é quem defeca. Você está aprisionado
nisso sem motivo algum. Você compreende isso?
Questionador: Por favor, explique isso.
Dadashri: Nenhum ser humano tem a força de vontade
e independência para defecar quando decide. Se ele não
tem poder e independência em relação às suas próprias
entranhas, então que outro poder ele poderia ter? Ele vai
perceber isso quando ficar com prisão de ventre. Quando
algumas coisas ocorrem de acordo com nossos próprios
planos, achamos que os fizemos acontecer.
Uma vez estava em satsang em Baroda (cidade da
Índia) com um grupo de médicos. Quando eu disse a eles
que a pessoa não tem sequer o controle sobre suas próprias
entranhas, todos eles ficaram surpreendidos. Eu continuei:
‘Vocês vão perceber isso quando ficarem com prisão de
ventre. Nesse momento, vocês terão que procurar ajuda
externa’. Vocês nunca tiveram esse poder, e é por isso
que têm que procurar ajuda. Portanto, isso não está sob
seu controle. É através de suas crenças erradas que vocês
consideram os poderes da natureza como sendo seus próprios
QUEM SOU EU? 25

poderes. Chamar o poder da natureza de seu próprio poder


é uma ilusão; uma crença errada. Você entende o que eu
estou tentando dizer? Está um pouco mais claro agora?
Questionador: Sim, eu entendo.
Dadashri: Se você entender ainda mais, você está
mais perto de resolver este enigma. Pessoas se vangloriam
de fazer penitência, japa (entoação repetida de mantras),
meditação e jejum. Tudo isso é uma ilusão. Mas, o mundo
vai sempre continuar assim e nunca estará isento de ego.
Isto é de sua própria natureza.
ACONTECE...
Dadashri: Será que os eventos que acontecem por
causa de nosso controle ou eles apenas acontecem?
Questionador: Eles simplesmente acontecem por si
mesmos.
Dadashri: Sim, tudo isso simplesmente acontece.
Quando você acorda de manhã, simplesmente acontece.
Quando você bebe chá, apenas acontece. Quando você
usa o lavatório, apenas acontece. Quando você dorme,
simplesmente acontece. Você está fazendo todas essas coisas
acontecerem ou elas apenas acontecem?
Questionador: Elas simplesmente acontecem.
Dadashri: Quando você está trabalhando, isso
acontece ou você está fazendo isso?
Questionador: Isso acontece.
Dadashri: Sim, portanto tudo neste mundo: ‘Acontece’.
O mundo se trata disso. As coisas simplesmente acontecem,
mas as pessoas dizem: ‘Eu estou fazendo isso’. ‘Eu fui ao
banheiro, eu fiz isso, eu ganhei tanto dinheiro’, e assim por
26 QUEM SOU EU?

diante. Quando alguma coisa está acontecendo por si só e


dizemos: ‘Eu estou fazendo isso’, estamos criando um novo
karma (semeando novas sementes de karma). Se você parar de
criar (carregar) novo karma, você será livre. Entretanto, sem o
Gnan (Auto-Realização) não se pode parar de criar novo karma.
’FAZEDOR’ = PRAKRUTI, ’NÃO FAZEDOR ’ = ATMA
Todo e qualquer ser humano neste mundo é um Pião.
O que é um Pião? É um brinquedo que gira em torno de
seu próprio eixo - para girar, um cordão é enrolado em
torno dele e depois puxado. O Pião vai girar até toda a
sua energia se dissipar. Neste exemplo, o enrolamento do
cordão é o purushaarth bhaav (causa) e o giro é prarabdh
(efeito, resultado). É a prakruti (natureza intrínseca) que
faz alguém realizar alguma coisa mesmo que ela diga: ‘Eu
estou fazendo isso’, na verdade, é como uma marionete em
um cordão. A Prakruti a leva a fazer penitência, canto de
mantras, rituais, meditação, etc., mas ela (a pessoa) acredita
que é ela quem está fazendo estas coisas.
Questionador: Fale-nos sobre ’prakruti’, Dada.
Dadashri: No momento em que você afirma ser
o ’fazedor’ (karta), a prakruti se manifesta. Como Atma
(Alma), você é o ’não fazedor ’ (akarta). Você tem a
crença errada: ‘Eu sou Chandulal’ e ‘eu sou o fazedor‘. No
momento em que você diz isso, você se torna vinculado. É
por causa dessa crença errada, que prakruti se manifesta.
Enquanto há ignorância do ‘Eu’ Real, a pessoa sente que ela
é o ’fazedor ’ e torna-se, vinculada à sua prakruti. Quando a
consciência desperta para a crença: Eu não sou o ’fazedor’,
deixa-se de ser o ’fazedor’, prakruti não mais permanece. A
partir desse momento, a pessoa não vincula nenhum novo
karma. No entanto, karmas passados permanecem e estes
têm que ser descarregados.
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Not to go to Cherry Farm for their vacation! Could such a thing
happen? They just stared at their mother and then at the letter still in
her hand.
“Can’t we—can’t we ever go to grandpa’s?” asked Jan slowly.
“Then where can we go on our vacation?” Ted questioned, before his
mother had a chance to answer his sister.
To the Curlytops Cherry Farm meant a great deal. Ever since they
could remember they had heard it talked of at home, and more than
once they had gone there for visits, sometimes in winter and again in
summer. Grandpa was Daddy Martin’s father, and Cherry Farm was
the nicest place in the whole world, so the Curlytops thought.
There was a big white house. There were red barns, broad, green
fields, shady trees, horses, cows, sheep, a little brook, a lake—oh,
so many delightful things! And now——
“Why can’t we go to Cherry Farm?” asked Jan again.
“Because there may not be a Cherry Farm any more,” answered
Mother Martin, and her voice was sad.
“Did—did somebody take it?” asked Ted, and yet he did not quite
see how anyone could pick up a big farm and walk off with it,
especially when it had on it houses and barns to hold it down, as
teacher used to put a weight on the papers of her desk to keep the
wind from scattering them about the room.
“Somebody may take it,” said Mother Martin. “It’s too much for you
little folks to understand. However, I’ll tell you about it as well as I
can. But here comes daddy. Wait until after supper, then we’ll talk.”
“Hello, everybody!” cried Daddy Martin, coming into the room and
catching up first Jan and then Ted. “Where’s Trouble?” and he
looked around for Baby William.
“Oh, Trouble had—trouble,” said his wife with a smile. “He waded in
the mud of the brook. Nora is cleaning him now.”
“Little Trouble in a brook,
Nora cleans him with a—washrag!”
Daddy Martin laughed as he made up this little verse. Then came a
patter of bare feet in the room, and a joyous cry.
“Ah, here’s my bunch of Trouble!” exclaimed Mr. Martin as he caught
up the little fellow who, now all sweet and clean, ran crowing and
laughing into his father’s arms.
“Well, I guess all the trouble is over now,” said Daddy Martin, as he
tossed William toward the ceiling, being careful, of course, not to
bump it, which might have made the plaster fall down. Oh, yes, and it
might have hurt Trouble too. I almost forgot that part.
“There’s more trouble,” said Jan, as her father sat down in the easy
chair to wait for Nora to say that supper was on the table.
“More trouble? I hope our old rooster hasn’t caught cold! We must
send for the doctor at once!”
“No, it isn’t that,” answered Ted, laughing, for his father was always
making some joke about the rooster catching cold.
“What is it then?”
“Grandpa is going to lose Cherry Farm!”
Jan gave a gasp as Ted said this.
“Lose Cherry Farm!” cried Daddy Martin, as he looked over at his
wife in surprise.
“Yes, there is bad news,” she said. “But maybe it will turn out all right
in the end, as Nora would say. I’ll tell you after supper. There’s the
bell.”
And while the family is at table I will tell you just a little about them,
so you will feel that you have been properly introduced. I did not
have time to do it before, on account of so much happening—
Trouble getting stuck in the mud and all that.
I have told you why Ted and Jan were called Curlytops, so you know
that much about them, anyhow. And you have really met all the
family, from daddy and mother, down to Trouble and Nora, with Ted
and Jan coming in between, you might say.
The Martins lived in the town of Cresco in an Eastern State, and Mr.
Martin owned a store. He also owned a nice home just outside the
place.
Grandpa Martin, who was Daddy Martin’s father, lived with Grandma
Martin on Cherry Farm. This was near the country village of
Elmburg, close to Clover Lake. And, while I am about it, I may as
well tell you that the children had an Uncle Frank Barton, who owned
a large cattle ranch near Rockville, Montana. Then there was Aunt
Josephine Miller, a maiden lady who lived in Clayton and had a
summer place at Mt. Hope near Ruby Lake. She was a sister of Mrs.
Martin’s. The children always called her Aunt Jo.
Theodore, Teddy or Ted Martin, any of which names he answered to,
was aged seven and his sister was six years old. The children’s birth
anniversaries came on the same day, but they had been born a year
apart. I have told you of their curly hair, and I can’t do more than add
that never were such ringlets, twists, whorls, waves and whatever
else goes to make up curly hair, seen on children before. Once
Grandma Martin’s thimble was lost and—well, I’ll tell you about that
when we get to it. At any rate “Curlytops” was the best name in the
world for Jan and Ted, just as Trouble was for Baby William.
I call him a baby, though really he was getting to be quite a good-
sized boy. He was “half-past two years growing on three,” as Jan
always said whenever anyone asked his age, and he was bright and
quick.
“Well, now let’s hear about the trouble,” said Daddy Martin, as,
having finished his supper, he pushed back his chair from the table,
and took his little boy up in his lap.
“I gived posy-tree to bossy-cow, an’ bossy sneezed an’ I got wet-
muddy,” said William, reaching up to kiss his father.
“Yes, I heard about what happened to you, Trouble,” said Mr. Martin,
pretending to bite off one of the baby’s ears as a sort of dessert after
his meal. “But what is worrying you, Mother?” and he looked over at
his wife.
“There is trouble at Cherry Farm.”
“What kind of trouble?”
“High water has spoiled the wheat, your father has lost money, and
now he may lose the farm.”
Mr. Martin gave a long whistle.
“That is bad,” he said. “Who told you about it?”
“A letter came this afternoon. It was from Grandmother Martin. Here
it is.”
Jan and Ted watched their father as he read what the postman had
left. Then Mr. and Mrs. Martin talked together in low voices.
Jan and Ted did not know what it was all about, but they heard
enough to tell them that it was real trouble. Something had
happened to grandpa’s farm, he had lost much money, and unless
he paid some men more money to get rid of some queer thing called
a “mortgage,” he might have to move away from Cherry Farm.
And that, Jan and Ted knew, would be dreadful. Dreadful not only for
them, for they would have no place to spend the long vacation, but
bad also for grandpa and for Grandma Martin. For Cherry Farm was
their home.
“However,” said Daddy Martin after a bit, “it may not be so bad as it
seems now. I’ll see what I can do.”
Ted and Jan felt better. When Daddy Martin talked this way
something good was always sure to happen. It always had, and it
always would, they were sure. Daddy Martin could do almost
everything.
“Do you think we can go to Cherry Farm?” asked Ted anxiously.
“Oh, yes, I think so,” answered his father slowly. “Even if trouble
comes it will not get here right away. You’ll have the summer there
anyhow.”
“And cherries?” asked Jan, who was very fond of them.
“Oh, yes. Grandma writes that they’ll have a bigger crop of cherries
than ever before. They weren’t hurt by the high water that flooded
and spoiled the wheat.
“And now I think I’ll write grandpa a letter,” went on Daddy Martin. “I’ll
tell him I’ll help all I can, and——”
“So will we!” chimed in Jan and Ted, while Trouble gurgled:
“Me help too!”
“Yes, I guess you will—help eat cherries and get sick!” laughed Jan,
throwing her arms about him.
“Maybe grandpa won’t want us all to go out there for the summer,”
said Mother Martin. “If he has to save his pennies——”
“Oh, there’ll be plenty to eat—there always is at Cherry Farm,” said
her husband; “and that’s all the children want. The old house is big
enough for us all, and more. We’ll go surely enough. It wouldn’t
seem right if we didn’t. Summer would not be summer without
Cherry Farm.”
Jan and Ted thought so too.
Daddy Martin had set Trouble on the floor, to go away to write his
letter. Mrs. Martin was talking to Nora about the work, while the
Curlytops drew their chairs to the table, now cleared of dishes, and
began to talk of what they would do in the country.
“Maybe we can pick cherries and sell ’em,” said Ted.
“Maybe,” agreed Jan. “If we had a little cart and a pony——”
“Oh, that would be great!” cried her brother. “I could drive and you
could dish out the cherries! Let’s write a letter to grandpa and ask
him——”
Just then, before Ted could finish what he was saying, there came a
crashing sound from the kitchen. A look around showed that Trouble
had slipped away. The reason for the crash was consequently
explained—at least, in part.
“Oh, Nora, what is it?” called Mrs. Martin who had just gone upstairs.
“Oh, nothin’ much, Ma’am,” was the answer. “It’ll be all right, I
guess.”
“But, Nora! What was it?”
“Oh, nothin’; only William pulled a big pan full of milk over on himself.
I was goin’ to make junket of it, but now Turnover is lappin’ it up. It’s
all right; she hadn’t had her supper yet, and the milk’ll do her good.”
CHAPTER III
AT CHERRY FARM

Ted and Jan rushed to the kitchen. In the middle of the floor, in the
center of a pool of milk that flowed all about him like a little lake, sat
Trouble, a look of surprise on his chubby face. Near him was a pan
that had held the milk. It had bounced right side up after having been
pulled from the table, and a little milk had remained in it. This milk a
maltese cat was now lapping up.
“Oh, Trouble!” cried Ted.
“And you spilled the nice milk!” added Jan. “And you’re all wet again!
Oh, Trouble Martin!”
“He’s wet, sure enough,” said Nora, who did not seem at all angry at
the mess in her kitchen. “There was nigh two quarts of milk in the
pan. I was goin’ to make it into junket, but the baby got ahead of
me.” She laughed. Nora could laugh easily.
“Oh, my dear Trouble!” cried Mother Martin. “How did it happen?”
“He just got hold of the table oilcloth and pulled on it when I wasn’t
lookin’,” explained Nora. “The pan of milk came with it.”
“Oh, Trouble!” said Mrs. Martin with a sigh, “when will you ever learn
not to pull things?”
“Trouble all wet—bossy-cow splash water—bossy-cow give milk,”
said William, rubbing the white fluid out of his eyes.
“He means a cow was to blame for every bit of his trouble to-day,”
explained Nora. “He was in trouble with a cow in the brook, and now
here. But it’ll be all right. I’ve got more milk for junket, and Turnover
is enjoyin’ herself.”
Turnover was the children’s cat. She had learned the trick of lying
down on her back and rolling over when told to do so. Generally she
did that trick to get something to eat.
“Oh, Turnover!” gasped Jan, “what a fine supper you’re having!”
And then the cat, thinking she had been told to do her trick, rolled
right over in the pool of milk on the kitchen floor.
“I ’ike Turnover,” gurgled William, as he clasped the now dripping
and bedraggled pet in his arms, making himself wetter than ever.
“I’ll be glad when this day is over!” sighed Mrs. Martin, but she could
not help laughing at the funny picture Trouble made.
His mother carried the baby off to put him to bed; Nora set the pan
out of the way, where the cat could finish her supper in peace; and
then the maid started to mop the floor.
“I’ll make more junket after William’s asleep,” said Nora to Jan and
Ted.
They were very fond of milk made thick and sweet in this way, and
Trouble too always ate his share of junket.
The day on which so many things had happened came to an end at
last. Trouble was in bed and asleep. So were Jan and Ted. Mother
and Father Martin sat up a little later than usual, talking.
“Then you think, after all, we can go to Cherry Farm?” asked Mother
Martin.
“Oh, yes. We’ll go. Maybe there’ll be some way out of the trouble. I
want the children to have a happy summer.”
“Well, they surely will if they spend their vacation on Cherry Farm.”
And, though neither Mother nor Father Martin knew it, the Curlytops
were also going to do more than just have fun.
“What are you goin’ to do, Teddy?” asked Jan the next morning after
breakfast, as she saw her brother out in the yard with a shovel.
“Huh? Who dropped a ‘g’ letter that time?” asked Ted with a laugh.
“Well, I didn’t mean to,” responded Janet. “I was wondering what you
were going to do with the shovel.”
“I’m going to dig a hole,” and Ted was very particular to put his g on
the ends of words this time, though he forgot oftener than did his
sister.
“A hole! What for?” asked Janet. “Are you going to plant something,
as grandpa does at Cherry Farm?”
“Nope. I’m just going to dig a big hole and see how deep I can make
it. Then it won’t seem so long waiting until it’s time to go to
grandpa’s.”
“Oh! Let me help?” begged Jan. “I love to dig!”
“I’ll let you shovel away the dirt I dig,” promised her brother. “But
don’t let Trouble see us.”
“Why not?”
“Because he might fall down the hole, and if I make it deep maybe
we couldn’t get him out.”
“Nora took him to the store with her,” answered Janet. “He won’t
bother us for awhile.”
“All right. Then we’ll dig.”
Part of the Martin yard was the children’s playground, where they
were allowed to do about as they pleased. Ted was fond of digging in
the sandy soil, and he often made forts, tunnels and cities in the
earth, Jan helping in this play.
Picking out a spot where the soil was soft, Ted began to dig.
“You poke the dirt away when I shovel it up,” Ted ordered his sister,
for though she sometimes told him what to do, like a “little mother”
when it came to anything like this Ted was the “boss.”
It was not hard digging, and Ted soon had a hole deep enough for
him to stand in, being down in it as far as his knees. As he was
shoveling out the dirt, which Janet pushed to one side, the iceman
came along.
“Hello, Curlytop!” he called to Ted. “What are you doing?”
“Digging a hole.”
“So I see,” and the iceman jingled his tongs. “Are you going clear
through to China?”
“Where’s China?” asked Jan.
“It’s where the laundryman does daddy’s shirts,” explained Ted.
“No, I mean the country where the Chinese laundrymen come from,”
went on the iceman with a laugh. “It’s supposed to be straight down
through this earth on the other side, you know. So, if you dig deep
enough, you may come to China,” and he passed on.
“I’m going to do it,” said Ted after a bit, during which time he had dug
so deep that only his shoulders were out of the ground.
“Do what?” asked his sister.
“Dig to China. And when I get the hole all the way through I’ll take
you with me.”
“I—I guess I don’t want to come,” said Janet slowly.
“Why not?”
She thought for a minute while Ted looked at her over the edge of
the hole.
“’Cause what are you going to stand on when you get all the way
through the hole to China? There won’t be anything there and you’ll
fall. I don’t want to fall.”
Teddy thought this over a minute and then said:
“Well, maybe I won’t go all the way to China. I forgot about falling
through. But I’ll dig a deep hole anyhow.”
And he did—so deep that at last Jan had to stand on the very edge
of it and look down in it before she could see her brother.
“Don’t go down any farther,” she begged. “You maybe can’t get out
again.”
“Yes I can,” declared Ted. “You get the little ladder we play light
street-lamps with, an’ I can climb out.”
This ladder was a side from an old wooden crib that Trouble no
longer slept in, and Ted and Jan often used it in their games.
When Jan brought this and put it down in the hole, Ted could easily
climb out.
“I guess I won’t dig any more now,” he said. “I’ll cover up the hole
with some boards, and maybe to-morrow I’ll go deeper.”
Jan helped her brother put some pieces of wood over the hole and
then she went off to play with her doll while Ted found Tom Taylor,
and the two boys played marbles in the shade.
That night, just as the Curlytops were going to bed, there was a
queer howling in the yard.
“What’s that?” asked their mother.
“It sounds like Skyrocket,” said Daddy Martin.
“Oh, it is our dog!” cried Ted. “Something has bit him.”
“Maybe he has bit some person, or maybe a cat,” said his father. “I’ll
go and see what it is.”
The Curlytops waited anxiously until their father came back. When
he did he was laughing, and he carried Skyrocket in his arms.
“I found him down in a big hole in the yard,” said Mr. Martin. “Poor
Skyrocket couldn’t get up. He had fallen through the boards that
were over the hole. I wonder how it got there?”
“I was going to dig through to China,” explained Ted, “but I didn’t
finish. Is Skyrocket hurt?”
“No,” answered Daddy Martin. “But I guess he was pretty badly
scared. Don’t dig such deep holes any more, Teddy.”
Ted promised he would not, and after he and his sister had petted
their dog they went to bed.
A few days later everything was ready for the start to Grandpa
Martin’s home in the country. Ted and Jan, dressed and ready to
start for the railroad station, were out on the front porch taking care
of Trouble.
“Well, well! you look very spruce this morning!” called the postman
as he passed the house. “Where are you going, Curlytop—you and
your brother and sister all dressed up so stylish?” and he patted
Ted’s hair, which seemed more tangled than ever.
“We’re going to grandpa’s Cherry Farm,” Ted answered.
“Save me some cherries,” begged the postman. “I love ’em, but
nobody ever sends me any in the letters I deliver.”
“I guess they’d squash and the juice would run all over if they did,”
laughed Jan.
“I guess so,” agreed the postman. “Well, good-bye, Curlytops, and
Trouble too! I hope you have a good time!”
“Good-bye!” they called to him.
A little while after this they were in the train and on the way to
Elmburg. Many of the passengers in the car looked more than once
at the curly, tousled heads of Jan and Ted, and one woman
remarked:
“Did you ever see such wonderful hair?”
“It must be a task to comb it,” said another.
“No wonder the conductor called them what he did as he passed
through,” said the first woman.
“What was it?” asked the second.
“He named them the ‘Curlytops.’ But I suppose they’re used to that
by this time. I never saw such tight curls!”
Nothing much happened on the trip, except that Trouble wanted a
number of drinks of water. Ted or Jan brought them to him in cute,
little, white paper cups, and Baby William thought they were fine to
play with, after he had emptied them.
“P’ease, Teddy, det me a dwink,” Trouble begged for about the
eighth time. “I’s fwirsty!”
So Ted brought the paper cup full of water.
“Dat’s dood! bring me annuver!” demanded Trouble, as soon as he
had drained the last drop, and piled the cup up with others on the
window-sill. “I ’ikes water!”
“Better look out or you’ll have to swim to grandpa’s if you drink much
more,” laughed Daddy Martin.
Then Mother Martin took Baby William on her lap and talked to him,
telling him a little story that sent him to Slumberland, thus giving Ted
and Jan a rest from going up and down the car aisle after drinks of
water for their little brother.
In the afternoon the train reached the village, and there was
Grandpa Martin smiling and looking eagerly at each coach to get the
first glimpse of his loved ones.
“Well, well! Here you are! Here you are!” he cried as he saw them.
“Right over this way is the team! Pile in! Pile in!”
The patient horses stood waiting. The big wagon held the whole
family, trunks and all. Jan and Ted looked curiously at their
grandfather at first, as if to see whether his trouble had changed him
any. But if he was worrying, he did not show it, and the two Curlytops
breathed easier.
“Is the farm there all right?” Jan could not help asking, as grandpa
turned the horses down the shady road.
“All there—what the high water didn’t wash away,” he answered with
a laugh, and hearing this the children felt better.
“And how is Trouble?” asked grandpa, looking at the baby. “Did he
cut up any coming down?”
“No, he was pretty good,” laughed the baby’s mother, and then she
and daddy and grandpa talked, while Jan and Ted looked at houses
and other things along the road, trying to remember what they had
seen on their last visit to the country.
“Oh, there’s the house!” cried Ted as the horses trotted around a turn
in the highway.
“And there’s grandma waving to us!” added Jan. “Oh, I’m so happy!”
“Bless your hearts!” cried grandma, as she kissed them all,
snuggling her withered cheeks—like well-kept apples—down on the
chubby face of Baby Trouble. “Bless your hearts—every one!”
“You dot any bossy-cows?” Trouble demanded when everyone had
seen everyone else, and it was quiet for a minute in the old
farmhouse. “I want a bossy-cow.”
“What does he mean?” asked grandma.
“Oh, I guess he’s thinking of the time he gave some watercress to a
cow that was in our brook,” explained Ted, telling how Trouble had
been stuck in the mud.
“Bossy-cow splashed milk on me,” went on Trouble. “I like milk.”
“But I don’t want you taking any more baths in it,” laughed his
mother. “You may go out and play with him,” she added to the two
Curlytops. “Be careful he doesn’t get into mischief!”
“Come on!” cried Jan. “We’ll go outside and have some fun,
Trouble!”
“Trouble!” exclaimed Grandma Martin. “What a name for a dear,
sweet little baby!”
“Well, he’s a dear, sweet, little bunch of trouble—sometimes,”
laughed Daddy Martin.
“We see bossy-cow?” asked William, as he took hold of his sister’s
hand on one side, and Ted’s on the other.
“Yes, if we can find one,” promised Jan. “Come on!”
Trouble was very willing to go. He toddled along down the side path
out toward the barn. Some chickens, in their wire-fenced yard where
they were kept so they could not scratch the garden, cackled at the
children, and an old rooster crowed.
“Dat our roosterfer?” asked William, making the name a little longer
than it needed to be.
“No, that isn’t our roosterfer,” laughed Jan. “It’s one just like ours,
though. Oh, Trouble, you mustn’t throw a stick at the nice rooster!”
she cried, for her little brother had let go of her hand and had tossed
a stick over into the chicken yard, making the fowls scatter about
with many a surprised cluck.
“What are you doing, Trouble?” asked Ted.
“Make roosterfer crow see if he got cold like our roosterfer,” was the
answer. “Trouble want hear roosterfer crow.”
“Oh, never mind about the roosterfer,” beguiled Jan. “Let’s go to see
the bossy-cows.”
This was what William wanted, so away he toddled, leaving the
chickens in peace. The children went out to the barn, where some of
the horses, which the men were not using at different places on the
farm, were eating hay or grain in their stalls. Ted and Jan always
liked to look at the horses. Sometimes one would put its head over
the lower half of the closed stall door and look at the little boy and
girl, letting them rub its velvety nose.
While Jan and Ted were doing this of course they could not keep
hold of Trouble’s hands, nor did they watch him very closely. So,
when they looked for him a little later, they did not see their small
brother.
“Oh, where can he have gone?” gasped Janet. “And mother told us
to be so careful in watching him!”
“He can’t be very far off,” answered Ted. “He was here a little while
ago. Come on, we’ll look!”
They went out of the barn, one of the horses calling, or whinnying,
after them. The door had been left open when they went into the
barn, and of course Trouble could have gone out that way.
But when Jan and Ted looked around the barn, near the corncrib, up
past the smoke-house and in near-by hiding places, where they,
themselves, often hid, they did not find Trouble.
“Oh, where can he be?” said Jan again and again.
“We’ll find him!” Ted declared.
But this time Trouble seemed to have hidden himself very carefully.
Nor did he answer to the calls Jan and Ted gave. They did not want
to call their father or mother, for they were not yet quite ready to give
up and admit that they, themselves, could not find their little brother.
“Let’s look down in the lane,” said Ted after a bit.
This lane was a long, grassy one between two big meadows, and
was a sort of driveway leading to a far-off part of Cherry Farm. Other
farmers besides Grandpa Martin sometimes used it, though it
belonged to him and came to an end near his barns.
So down the lane went Jan and Ted, calling for their little brother.
They walked on a little way and then stopped to listen.
“Hark!” called Ted suddenly, when his sister had finished her last cry
for the missing child.
From behind some bushes a little way ahead of them came a baby
voice saying:
“I found de bossy-cow! I found de bossy-cow! But he’s a ’ittle bit one.
Such a ’ittle bit!”
“There’s Trouble!” cried Jan joyously.
“Yes. But I wonder what he has,” said Ted.
They ran ahead, and there, behind the bush, they saw Baby William
sitting on the ground and holding to the horns of a big goat that was
standing in front of Trouble, looking at him as though in great
surprise.
“Why Trouble Martin! What are you doing?” cried Jan. “Come away
from that goat this minute! He may hook you!”
“Dis a bossy-cow!” Trouble murmured, holding with one hand to the
long horns of the animal and with the other stroking the chin
whiskers. “Nice bossy-cow!”
“It’s a goat!” cried Ted, walking toward the child and wondering if the
goat would butt him if he lifted Trouble out of the way.
“Dis a bossy-cow!” insisted Trouble. “Bossy-cow got horns. Dis got
horns. Dis bossy-cow!”
“Get up off the ground,” ordered Jan. “How did you get there?”
“Nice bossy-cow push me down here,” said Trouble.
“I think the goat must have butted him a little,” said Ted. “But the goat
is a gentle one, I guess. He didn’t hurt Trouble. Get up!” he said.
“Come here, Trouble.”
“No! Can’t.”
“You can’t come! Why not?” asked Ted in surprise. “Why can’t you
come away from the goat—I mean bossy-cow, Trouble?”
“’Cause Trouble am a hen now. Trouble goin’ to sit on hen’s nest and
watch for ’ittle chickens. De bossy-cow he push me in chickie’s nest
an’ I goin’ to be hen! I dess I didn’t break all de eggs!” He moved a
little to one side, still keeping hold of the goat’s horn, and showed
Ted and Jan that he was, indeed, sitting in the midst of the whites
and yellows of the broken eggs of a hen’s nest which had been
made under the bush.
“Oh my!” gasped Ted. “He is right in with the eggs! Oh, what a mess
he’ll be! Oh, Trouble!”
“Such trouble!” echoed Jan.
“Dat me. I’s Trouble!” cheerfully observed Baby William. “An’ I’s dot a
bossy-cow!”
CHAPTER IV
THE GOAT WAGON

The Curlytops stood and looked at their little brother. That was all
they could do for a few seconds. It all seemed so very queer and
funny. There sat Trouble right in the middle of the hen’s nest, and he
had sat down so hard, or rather, the goat had pushed him down so
quickly, that many of the eggs were broken.
“I’s a chickie—dat’s what I is,” said Trouble. “An’ I dot a bossy-cow.
He’s all mine—I ketched him. He was jumpin’ over de grass like a
grasshopper an’ I ketched him. I got him now!”
“Yes, he has got him,” remarked Ted. “It’s a fine goat, too. I wonder
whose he is?”
“Dis a bossy-cow, an’ I ketched him,” said Trouble again. “I’s a hen,
too, an’ I’s goin’ to have ’ittle chickies!”
“Chickens can’t come out of broken eggs—anyhow not till after the
hen sits on ’em and the chickens break the shells themselves,”
explained Jan. “I saw a chickie break out of the shell once. But, oh,
Trouble! you are such a sight! What will mother say, I wonder?”
“She like de bossy-cow,” answered the little fellow.
“It isn’t a cow. That’s a goat,” said Ted. “And it’s a wonder he didn’t
butt you and hurt you.”
“I guess he’s tame,” remarked Jan. “He looks like a nice goat.”
Ted went up to the animal Trouble was holding by the horns and
patted it. The goat made a soft bleating sound, like a sheep, and
seemed to like being rubbed.
“He is a nice goat,” went on Ted. “I wish we could keep him.”
“He’s mine,” announced Trouble. “He’s a ’ittle bossy-cow, isn’t him?”
“Well, you can call him that,” laughed Jan. “Let go of him, Trouble,
and let’s see if he’ll run away.”
Baby William let his chubby hands slip from the goat’s horns, and the
animal backed away a few steps but did not leave the place. Instead
he came close to Ted and rubbed his little black nose on the boy’s
hand.
“He likes you,” said Jan. “Oh, wouldn’t it be great if we could keep
him for our own, and hitch him to a pony cart, Ted?”
“A pony cart would be too big. It would have to be a goat cart.”
“I’s got a go-cart at home. We can put de ’ittle goat-bossy-cow in dat
an’ div him a wide,” put in Trouble in his own peculiar language.
“Brother Ted means a goat cart—not a baby-carriage go-cart,”
explained Jan. “Oh, Trouble, wouldn’t it be nice if we could keep the
goat?”
“Yes. Him’s my goat,” said Trouble, but he was more interested just
then in himself. He had pulled himself to his feet by taking hold of
some of the branches of the bush over his head, and now he turned
half around to look at the seat of his little bloomers.
“Oh, Trouble!” cried Ted, laughing, “you look just like a fried egg!”
“Or an omelet!” added Jan. “What shall we do with him?”
Ted did not know. Nearly always when his little brother fell in the
mud, or got dirty from playing in the yard, his mother or Nora took
charge of him. Neither of them was at hand how. What could be
done?
“We could let him ride home on the goat,” said Ted, scratching his
head as he had seen his father do when he was trying to think.
“Oh! are you going to take him home—to grandpa’s?” asked Jan.
“We’ve got to. Can’t leave him here. He’s got to be washed and
dressed and——”
“I was talking about the goat,” laughed Jan.
“Oh! I meant Trouble. But we’ll take the goat home, too. He may
belong to somebody else, but maybe we can keep him a little while
and have some fun. Wonder what his name is?”
“Bossy,” said Trouble. “Him’s a bossy!”
“No; that’s a cow’s name, and this is a goat,” explained Jan. “We’ll
have to think up a name for him. But, oh, Trouble! how are we ever
going to get you clean? Those eggs are so messy!”
“That’s what I meant by letting him ride the goat,” went on Ted. “Most
of the whites and yallers would come off on the goat.”
“Then we’d have to wash it,” said Jan.
“That would be easy,” declared Ted. “All we’d have to do would be to
let him swim in the brook.”
“Dere’s a brook over here,” said Trouble, waving his hand to show
where he meant. “I frowed stones in it, an’ den I found de bossy-
cow-goat. I wash myse’f in de brook.”
“Oh!” exclaimed Jan. “Maybe we can wash off some of the egg
before mother sees him, Ted. She’ll blame us for not keeping watch
of him.”
“He ran out of the barn before I saw him,” said Teddy. “Well, come
on, let’s go to the water. Wait, though. I don’t want this goat to get
away. I’ll tie a piece of string to his horns and lead him along with
us.”
Ted found a piece of thin cord among the many things in his pockets,
and fastened a bit to the horns of the goat. If the animal had not
wanted to go along with the children the string would not have pulled
him, for it could have easily been broken. However the goat seemed
to have taken a liking to the Curlytops, and it followed Jan and Ted
as they led their little brother toward the brook.
It was not far from where Trouble had sat down in the hen’s nest,
and then, tying the goat to an old stump near by, Ted and Jan started
to clean Baby William’s bloomers of the egg stains. They stood him
on the edge of the brook, and by using bunches of grass for wash
cloths they got off some of the sticky whites and yellows. Trouble

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