Avaliaà à o de Sinais Vitais e Antropometria

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Avaliação de Sinais Vitais e

Antropometria

Camila B. de O. Higa
José Luiz Tatagiba Lamas
Sinais Vitais – SSVV:
“São considerados
SINAIS VITAIS porque
expressam o
Pulso funcionamento e as
Temperatura alterações dos órgãos
Pressão Arterial e/ou sintomas mais
Frequência Respiratória relacionados com a
manutenção da vida.”

Porto & Porto, 2013.


Quando devemos aferir os
SSVV de um paciente?
Pulso:

Cada batimento Podemos sentir quando


cardíaco faz com uma onda de pulso atinge
que uma nova onda uma artéria periférica ao
de pulso chegue às palpar a artéria contra um
artérias. osso ou músculo
adjacente.
Geralmente, verifica-se o pulso radial.
Características do pulso:

Frequência

Ritmo

Amplitude

Igualdade
Frequência do pulso :

Para verificar a frequência de


Em adultos é considerado
pulso deve-se contar as
normal uma frequência de 60 a
pulsações por um minuto
100 pulsações por minuto.
inteiro.

As principais alterações da
frequência são:

Taquicardia: acima de Bradicardia: menos de


100 pulsações por 60 pulsações por minuto.
minuto.
Ritmo:

É verificado pela sequência das pulsações e distingue-se


em:

Pulso regular: as Pulso irregular: os


pulsações ocorrem em intervalos entre as
intervalos iguais. pulsações ora são mais
longos ora mais curtos.
Amplitude:
É avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está
associada com o grau de enchimento (sístole) e
esvaziamento da artéria (diástole).

A força ou amplitude do pulso pode ser:

normal ampla

mediana pequena
Igualdade:

Averígua-se a igualdade ou a desigualdade dos pulsos


radiais palpando simultaneamente as duas artérias radiais,
ou seja, é feita uma comparação com o lado homólogo
para comparar a amplitude das pulsações.

Pode ser realizada a comparação em todos os pontos de


pulsação, exceto a pulsação da carótida.
Temperatura:

Temperatura corpórea = calor produzido - calor perdido

Nos seres humanos os mecanismos de controle da temperatura


mantêm a temperatura corporal central relativamente constante.

A temperatura superficial varia de acordo com a circulação


sanguínea na pele e a quantidade de calor perdido para o meio
externo.
Locais de medição da Temperatura

Temperatura Central: Temperatura superficial

Reto Pele

Membrana timpânica Oral

Artéria temporal Axilas

Esôfago

Artéria pulmonar

Bexiga urinária

Potter, 2009.
Idade

Ritmo circadiano Exercício

Fatores que afetam a temperatura


corpórea
Nível hormonal
Ambiente

Estresse
É importante conhecer as diferenças fisiológicas entre temperatura
axilar, bucal e retal porque em determinadas situações patológicas
devem ser medidas as temperaturas axilar e retal, tendo valor clínico
uma diferença maior que 0,5°C.

Temperatura axilar: 35,5 a 37°C

Temperatura retal: 36-37,5°C

Temperatura bucal: 36 a 37,4°C


Febre: temperatura corporal acima da faixa de
normalidade.

Hipotermia: consiste na diminuição da temperatura


corporal abaixo de 35,5°C na região axilar ou abaixo de
36°C no reto.
Classificação da intensidade da febre tomando por
referência o nível da temperatura axilar.

Febre leve ou febrícula: até 37,5°C

Febre moderada: 37,6 a 38,5°C

Febre alta ou elevada: acima de 38,6°C


Controle de temperatura nos idosos:

Os pacientes idosos apresentam alterações no sistema de


regulação da temperatura corporal.

Podem não apresentar febre quando acometidos por


doenças infecciosa;

Maior risco de apresentar hipertermia ou hipotermia.


Frequência respiratória

É equivalente ao número de ciclos respiratórios completos


por minuto.

No adulto a FR normal varia de 16 a 20 rpm.

Porto & Porto,2013.


A verificação da FR deve ser feita de modo
imperceptível para o paciente.
Durante a verificação da
FR avaliamos também o
ritmo e a amplitude dos
movimentos respiratórios.

Regular profunda
Ritmo Amplitude normal
Irregular superficial
Frequência respiratória normal
Ritmo respiratório regular
Amplitude normal

Eupneia
Fatores que influenciam a característica da
respiração:

exercício ansiedade

dor aguda

tabagismo medicação
posição corporal

lesão neurológica Função da hemoglobina


Alterações no padrão respiratório:

Bradipneia: frequência respiratória abaixo de 16 respirações


por minuto.

Taquipneia: frequência respiratória acima de 20 respirações


por minuto.
Dispneia: sucessão de movimentos respiratórios amplos e
quase sempre desconfortáveis para o paciente.

Apneia: parada da respiração.

Ortopneia: dificuldade para respirar na posição deitada.


Pressão Arterial

Refere-se à pressão exercida pelo sangue ejetado


pelo coração contra a parede das artérias.

O pico máximo de pressão no momento em que a ejeção


ocorre é a pressão sistólica.

Quando os ventrículos relaxam, o sangue que permanece


nas artérias exerce uma pressão mínima ou pressão
diastólica.
Fatores que influenciam a PA:

idade etnia atividade


v física

estresse sexo peso

variações diárias medicações tabagismo


A alteração mais comum da pressão arterial é a Hipertensão.

A hipertensão arterial sistêmica (HAS)


e uma condição clinica multifatorial
caracterizada por níveis elevados e
sustentados de pressão arterial .

Para ser identificada, deve ser feita a medida da


pressão arterial.

VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão


Medida da PA

Medida Medida
Indireta Direta

Técnica Técnica
auscultatória oscilométrica

Estetoscópio e Aparelhos automáticos


esfigmomanômetro com ou semiautomáticos
coluna de mercúrio ou digitais de braço ou
aneroide, devidamente punho, validados e
calibrados. calibrados.
Os procedimentos de medida da pressão são simples e
de fácil realização, contudo, nem sempre são
realizados de forma adequada.

Condutas que podem evitar erros são, por exemplo, o


preparo apropriado do paciente, uso de técnica
padronizada e equipamento calibrado.

VI DBH
Sons de Korotkoff

Exemplo para uma


PA=140x90mmHg
Potter,2009
Antropometria:

É um sistema de medida de tamanho e composição corporal.

Peso
cv Altura
cv

CA
Peso:

Na prática emprega-se a balança comum para determinar o


peso.
Altura:

É medida da planta do pé ao vértice da cabeça. Pés,


ombros e glúteos devem estar em contato com a
superfície, por isso é mais bem verificada quando há
muma fita ajustada sobre uma prancha de madeira ou
uma parede.
Altura:

Estadiômetro
O peso e altura devem ser obtidos de cada
paciente durante a internação ou na entrada
do serviço de saúde.

O peso é controlado rigorosamente


em pacientes com insuficiência
renal ou insuficiência cardíaca
congestiva, por exemplo.
Circunferência Abdominal (CA):

Medida no ponto médio entre extremidade inferior das


costelas e crista ilíaca. Valores de CA acima de 93 cm (homens)
e 79 cm (mulheres) definem obesidade abdominal.
Referências:

-Potter PA, Perry AG. Fundamentos de Enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2009.

-Porto CC. Exame Clínico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

-Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL, Rodrigues CIS, Brandão AA, Neves MFT, et al.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol 2016;107(3Supl.3):1-83.

Seidel HM, Ball JW, Dains JE, Benedict GW. Mosby Guia de Exame Físico. Rio de
Janeiro: Essevier, 2007.

Simão AF, Précoma DB, Andrade JP, Correa Filho H, Saraiva JFK, Oliveira GMM, et al.
Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular.
Arq Bras Cardiol. 2013;101(6Supl.2):1-63

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