Promovendo o Silêncio Na Uti

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PROMOVENDO O SILNCIO NA UTI

O ambiente da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tem


caractersticas potencialmente danosas tanto aos pacientes e
familiares quanto equipe. Este ambiente hostil pode gerar
consequncias a curto e longo prazo, como estresse, delirium,
burnout e sndrome de estresse ps-traumtico. Entre os
principais componentes ambientais, o rudo um dos mais
marcantes(2). Tm-se detectado nveis altos de rudo em
diversos ambientes hospitalares, como Pronto-Socorro, Centro
Cirrgico e Enfermarias(3), porm as UTIs fornecem um
ambiente nico para que o excesso e permanncia de rudo
possam ser prejudiciais

O QUE CARACTERIZA RUDO?


O rudo caracterizado por diferentes sons com diferentes
frequncias, que causam efeitos inesperados s pessoas
expostas a ele, prejudicando sua sade(5). Ou seja, um som
indesejvel, desagradvel e potencialmente perigoso sade.

QUE DANOS O RUDO PODE CAUSAR?

A Organizao Mundial de Sade (OMS) reconheceu que o rudo


pode causar danos sade das pessoas expostas a ele, como:
Perturbar o trabalho, o descanso, o sono, a comunicao
dos seres humanos
Prejudicar a audio e causar reaes psicolgicas,
fisiolgicas e patolgicas nos indivduos expostos
Entre vrios danos fisiolgicos, o rudo pode provocar
distrbios cardiovasculares
Reduo da saturao arterial de oxignio, perda auditiva
Aumento de secreo gstrica, estimulao da hipfise e
adrenal
Alterao do sono fisiolgico, imunossupresso e reduo
da cicatrizao

COMO

PROMOVER

SILNCIO

NA

UNIDADE

DE

INTERNAMENTO?
Evitar falar alto dentro do setor
Colocar o celular no modo silencioso
No conversar no celular dentro do setor
Quando o paciente chamar, evitar responder alto ir at a
beira do leito

IMPORTNCIA

DOS

SINAIS

VITAIS

Sinais vitais so aqueles que evidenciam o funcionamento e as


alteraes da funo corporal. Dentre os inmeros sinais que
so utilizados na prtica diria para o auxlio do exame clnico,
destacam-se pela sua importncia e por ns sero abordados: a
presso arterial, o pulso, a temperatura corprea e a respirao.
Por serem os mesmos relacionados com a prpria existncia da
vida, recebem o nome de sinais vitais.
As alteraes da funo corporal geralmente se refletem na
temperatura do corpo, na pulsao, na respirao e na presso
arterial, podendo indicar enfermidade.

Os sinais vitais (SSVV) referem-se a:


Temperatura (T)
Pulso ou batimentos cardacos (P ou BC)
Respirao (R)
Presso ou tenso arterial (PA ou TA).

TEMPERATURA
A temperatura corporal o equilbrio entre a produo e a perda
de calor do organismo, mediado, pelo centro termo-regulador.
Pode ser verificada na regio axilar, inguinal, bucal ou retal. A
axilar a mais comumente verificada ( embora menos
fidedigna) e o seu valor normal varia no adulto entre 36 e 37,8 C
Termologia bsica:
- febre ou pirexia: aumento patolgico da temperatura corporal;
- hipertermia ou hiperpirexia: elevao da temperatura do corpo
ou de uma parte do corpo acima do valor normal;
- hipotermia ou hipopirexia: reduo da temperatura do corpo ou
de uma parte do corpo abaixo do valor normal;
TEMPERATURA AXILAR

- Lavar as mos;
- Explicar ao paciente o que vai ser feito;
- Fazer desinfeco do termmetro com o algodo embebido em
lcool a 70% e certificar-se que a coluna de mercrio est a
baixo de 35o C;
- Enxugar a axila com a roupa do paciente (a unidade abaixa a
temperatura da pele, no dando a temperatura real do corpo);
- Colocar o termmetro com reservatrio de mercrio no
cncavo da axila, de maneira que o bulbo fique em contato
direto com a pele;
- Pedir o paciente para comprimir o brao em encontro ao corpo,
colocando a mo no ombro oposto;

- Aps 5 minutos, retirar o termmetro, ler e anotar a


temperatura.
- Fazer desinfeco do termmetro em algodo embebido em
lcool a 70% e sacudi-lo cuidadosamente at que a coluna de
mercrio desa abaixo de 35o C ( usar movimentos circulares =
fora centrfuga);
- Lavar as mos.
Contra-indicaes:
- Furunculose axilar, pessoas muito fracas ou magras.
Observao: No deixar o paciente sozinho com o termmetro.
Outros locais que podem ser monitorada a temperatura so:
Regio Inguinal, bucal e retal.

PULSO

a onda de expanso e contrao das artrias, resultante dos


batimentos cardacos. Na palpao do pulso, verifica-se
frequncia, ritmo e tenso. O nmero de pulsaes normais no
adulto de aproximadamente 60 a 80 batimentos por minuto.
As artrias mais comumente utilizadas para verificar o pulso:
radial, cartida, temporal, femoral, popltea, pediosa .
Termologia bsica:
- Taquicardia ou taquisfigmia: pulso acima da faixa normal
(acelerado).
- Bradicardia ou bradisfigmia: pulso abaixo da faixa normal
(freqncia cardaca baixa).
- Pulso filiforme, fraco, dbil: termos que indicam reduo da
fora ou volume do pulso perifrico.
- Pulso irregular: os intervalos entre os batimentos so
desiguais.
- Pulso dicrtico: d a impresso de 2 batimentos.
Observao:
- No usar o polegar para verificar o pulso, pois a prpria
pulsao pode ser confundida com a pulsao do paciente;
- Aquecer as mos para verificar o pulso;
- Em caso de dvida, repetir a contagem;
- No fazer presso forte sobre a artria, pois isso pode impedir
de sentir os batimentos do pulso.

RESPIRAO
o ato de inspirar e expirar promovendo a troca de gases entre
o organismo e o ambiente.
A freqncia respiratria normal do adulto oscila entre 16 a 20
respiraes por minuto. Em geral, a proporo entre freqncia
respiratria e ritmo de pulso , aproximadamente de 1: 4. Ex:
R=20 / P=80 .
- Como a respirao, em certo grau, est sujeito ao controle
involuntrio, deve ser contada sem que o paciente perceba:
observar a respirao procedendo como se estivesse verificando
o pulso. Termologia bsica:
- Taquipnia ou polipnia: aumento da respirao acima do
normal
- Bradipnia : diminuio do nmero de movimentos
respiratrios.
- Apnia: parada respiratria. Pode ser instantnea ou
transitria, prolongada, intermitente ou definitiva.
- Ortopnia: respirao facilitada em posio vertical.
- Respirao ruidosa, estertorosa: respirao com rudos
semelhantes a "cachoeira".
- Respirao laboriosa: respirao difcil, envolve msculos
acessrios.
- Respirao sibilante: com sons que se assemelham a assovios.
- Respirao de Cheyne-Stokes: respirao em ciclos, que
aumenta e diminui, com perodo de apneia.
- Respirao de Kussmaul: inspirao profunda, seguida de
apnia e expirao suspirante. Caracterstica de acidose
metablica (diabtica) e coma.
- Dispneia: dor ou dificuldade ao respirar (falta de ar).

PRESSO

ARTERIAL

a medida da presso exercida pelo sangue nas paredes das


artrias. A presso (PA) ou tenso arterial (TA) depende da fora
de contrao do corao, da quantidade de sangue circulante e
da resistncia dos vasos.
Ao medir a PA consideramos a presso mxima ou sistlica que
resulta da contrao dos ventrculos para ejetar o sangue nas
grandes artrias e a presso mais baixa ou diastlica, que
ocorre assim que o corao relaxa.
A pulsao ventricular ocorre em intervalos regulares. A PA
medida em mmHg. Difcil definir exatamente o que presso
arterial normal. Fatores constitutivos e ambientais interferem na
PA. Aumenta com a idade e considerada normal para o adulto
entre 130/80, 130/70, 120/80, 120/70.
Termologia bsica:
- Hipertenso: PA acima da mdia (mais de 140/90).
- Hipotenso: PA inferior a mdia (menos de 100/60).
- PA convergente: quando a sistlica e a diastlica se aproximam
( Ex: 120/100).
- PA divergente: quando a sistlica e a diastlica se afastam
( Ex: 120/40).

Observao:

- Sendo necessrio verificar a PA a intervalos peridicos, o


manguito pode ficar no brao, sem compreenso;
- Em caso de dvida, ou sendo necessrio repetir a verificao,
esvaziar completamente o manguito antes de fazer novamente
a medida.
- Embora geralmente seja utilizado o manguito padro, para
uma medio correta da PA, a largura e o comprimento da bolsa
inflvel do manguito deve ser 40% da circunferncia do brao e
o comprimento deve ser 80% da mesma circunferncia.
- Deve-se palpar o pulso radial antes de inflar o manguito para
detectar a sistlica pelo desaparecimento do pulso, a fim de
evitar leitura errnea, motivada pela presena de hiato
auscultatrio .
- Alm de anotar os valores da sistlica e diastlica
recomendado anotar a posio do paciente e o brao em que foi
realizado a medida.

Obrigada pela ateno!

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