Relatório Estágio Stefany
Relatório Estágio Stefany
Relatório Estágio Stefany
A INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA E
OS INDICADORES ECONÓMICO-
FINANCEIROS NO PRECESSO DE
TOMADA DE DECISÃO
Estudo de caso da empresa EPACCOUNTING
Stefany Moreira
Orientador | Eunice Pina
UNIVERSIDADE DE CABO VERDE
ESCOLA DE NEGÓCIOS E GOVERNAÇÃO
Licenciatura em Ciências Empresariais e Organizacionais - Contabilidade
A INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA E
OS INDICADORES ECONÓMICO-
FINANCEIROS NO PRECESSO DE
TOMADA DE DECISÃO
Stefany Moreira
Orientador | Ailton Silva
IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURAS
Relatório Técnico – Científico de Estágio aprovado pelos como requisitos para obtenção do grau
de licenciatura em Ciências Empresariais e Organizacionais vertente contabilidade.
Orientador
Supervisor
Discente
Chega ao fim mais uma etapa do meu percurso académico, a obtenção do grau de licenciatura em
Contabilidade. O presente relatório é prova disso, no entanto a sua elaboração só foi possível graças ao
apoio e colaboração de várias pessoas. Assim, aproveito esta oportunidade para manifestar o meu
enorme reconhecimento e agradecimento a todas elas. Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por
ter me concedido a vida, por ter me guiado durante a minha jornada e que sempre me deu forças para
enfrentar os obstáculos e seguir em frente, por me proteger de todo o mal. Foram tantas as
dificuldades, mas com a minha força de vontade e ajuda de Deus consegui superar todas essas
dificuldades.
Um enorme obrigada a INSTITUIÇÃO FICASE por ter me concedido uma Bolsa de estudo, só me
resta agradecer de coração. Também ao meu supervisor pelos seus conhecimentos e profissionalismo,
bem como pela disponibilidade e ajuda prestada.
Aos meus pais pelo esforço que fizeram para eu poder realizar todo o meu percurso académico e
pelo apoio incondicional em todas as minhas escolhas. À minha mãe, em especial, por toda a paciência
e pela força que sempre me deu.. Aos meus irmãos que me suportaram, ajudaram, e me motivaram em
todos os momentos. A todos os colaboradores da EPACOUNTING, Lda., especialmente, ao Dra.
Eunice Furtado Sequeira Pina, pela oportunidade de realizar o estágio curricular nesta entidade, e por
todos os conselhos e vasto conhecimento que me transmitiu.
Gostaria também de agradecer à minha restante família e amigos não mencionados, que também
foram importantes nesta fase da minha vida. Á Evelise, Edson e Natalina pelo companheirismo e pelo
apoio que me deram nesses quatro anos académicos. Aos meus professores por todo o conhecimento e
conselhos fornecidos ao longo da jornada académica, que me enriqueceu à nível pessoal e profissional.
A universidade de Cabo Verde por proporcionar aos seus alunos um primeiro contato com o mundo
profissional. Por últimos a todos os meus colegas, amigos e os demais colaboradores que me
acolheram e contribuíram para o meu percurso profissional.
Deste modo este trabalho tem como objetivo mostrar a importância da Contabilidade na gestão das
empresas, por constituir um instrumento que permite ao gestor tomar as decisões, baseadas em
informações mais aprofundadas sobre a situação da empresa em determinado período. A contabilidade
como ferramenta de gestão empresarial, financeira e gerencial, diferenciando as e abordando sua
relevância para a organização bem como indicar os setores beneficiados com o uso dessas informações
e os relatórios que poderão ser gerados e utilizados pela gestão. A Contabilidade, por se tratar de uma
área que faz a ligação entre as demais áreas e, por existir no interior da organização, colabora com a
gestão, em decorrência das informações que é capaz de gerar e interpretar, resultando no fornecimento
de relatórios adequados à necessidade de cada seguimento empresarial, o que permite amparar o
processo de tomada de decisão. Diante dessa observação, a contabilidade permite ao gestor obter
dados reais referentes à empresa.
TL – Tesouraria Líquida
EBIT – Earnings before Interest and Taxes (Lucro Antes dos Juros e Impostos
1. INTRODUÇÃO
O estágio é um processo que envolve toda a prática profissional e que permite pôr em prática os
conhecimentos teóricos adquiridos durante as aulas lecionados, com base no plano curricular. Sendo
assim o estágio tem como objetivo permitir ao estagiário conhecer a entidade acolhedora, bem como
criar vínculos com o mundo laboral desenvolvendo responsabilidade, profissionalismo que permite
uma melhor integração no mercado laboral.
O estágio ocorreu durante o período de Abril a Julho com a duração de 8 horas, conforme o
regulamento do curso decorrido num intervalo de 8:00 às 13:00 e de 15:00 às 18:00 horas durante a
semana, e das 8:00 às 13:00 hora no sábado, sob a orientação do responsável da loja Ailton Silva.
Atualmente é crescente a competitividade entre as empresas. Por isso, há necessidade de que cada
organização esteja atenta às demandas, sendo o conhecimento do próprio negócio o fator determinante
para sua sobrevivência. O desenvolvimento tecnológico e das corporações, a complexidade do
ambiente econômico e o nível de incerteza têm dificultado esse conhecimento e, consequentemente, a
gestão dos negócios.
Diante disso, a contabilidade vem tomando um papel de destaque dentro das organizações, pois
consegue reunir todas as informações necessárias para auxiliar os gestores nas tomadas de decisão.
Pretende-se demonstrar a importância da Contabilidade na gestão das empresas, por constituir um
instrumento que permite ao gestor tomar as decisões baseadas em informações mais aprofundadas
sobre a situação da empresa em determinado período, principalmente pelo fato de a Contabilidade já
estar viabilizada no interior da empresa, e de acordo com a legislação do país.
O estágio surge conforme está estipulado no plano de licenciatura em contabilidade, com o
objetivo de obter uma familiarização com o mercado de trabalho, isto é, beneficiando os discentes em
sentido de responsabilidade e contribuindo para a sua formação pessoal, social e profissional, pois com
esse estágio consegue-se pôr em prática todo o conhecimento fornecido nas unidades curriculares. Este
relatório tem como objetivo demostrar a relevância que a informação contabilística tem para ilustrar a
situação empresarial e contribuir para a tomada de decisão dos gestores.
A contabilidade torna-se imprescindível para o mundo dos negócios uma vez que é capaz de
fornecer informações financeiras, importantes instrumentos, que permitem aos gestores conhecerem
melhor os aspetos positivos da entidade, bom como os potenciais riscos impostos pelo cenário
económico ao seu funcionamento adequado. A mesma é uma ciência tão importante para as
instituições públicas e privadas.
A informação contabilística, de uma forma geral, é cada vez mais importante para a tomada de
decisão. Nas empresas, onde diariamente se tomam decisões, a mesma tem uma particular e acrescida
importância. Uma decisão errada tomada na empresa pode pôr em causa o futuro da mesma, e de todos
que estão ligados a ele.
1.1. Problemática
Como já referido, a questão de investigação que norteou o presente estudo é a seguinte: “Os
gestores recorrem à informação contabilística para auxiliar no processo de tomada de decisão?”
Para responder àquela questão, considerou-se necessário identificar as seguintes perguntas
derivadas:
1. Quais as demonstrações financeiras com maior relevância?
2. Na análise das medidas económico-financeiras, quais os indicadores de maior relevância que
são utilizados no apoio à boa tomada de decisão?
3. A informação contabilística que consta das demonstrações financeiras vai influenciar os
gestores no processo de tomada de decisão?
1.3. Justificativa
O motivo pela escolha desse tema é o fato que é um tema bastante interessante, que cada vez mais
importante nos dias de hoje, podendo este funcionar como vantagem competitiva. A contabilidade
assume um papel fundamental no desempenho de qualquer negócio, um poderoso instrumento de
gestão na medida em que se propõe fornecer às empresas informação útil para auxiliá-las no
planeamento, controlo e processo de tomada de decisão e, assim para o seu sucesso. Sempre tive a
curiosidade em saber porquê muitas empresas entram em falência e também porquê muitas estão
evoluídos, queria saber o que estava por trás disto, com o decorrer do meu curso tive conhecimento
sobre os factores que levavam as empresas à falência ou sucesso, nestes factores inclui à tomada de
decisão que, por sua vez, pode ser adequada/certa ou inadequada/errada.
Desde o início do meu curso tive interesse e curiosidade em perceber quais são as diferenças
essenciais entre as grandes empresas e pequenas e médias empresas. Em diversos momentos tive uma
preocupação em procurar aferir informações sobre a importância que davam à contabilidade e à
informação financeira para a gestão geral e a tomada de decisão das suas empresas.
1.4. Objectivos
Com o intuito de alcançar todos estes objetivos, TOPPEÇAS AUTO, LDA. definiu, de forma
generalizada, as seguintes tarefas que, posteriormente, serão especificadas e explicadas neste relatório:
1.5. Metodologia
Assim, o relatório de estágio vai ser estruturado em duas partes, estando uma primeira parte
prática relacionada com o estágio curricular, que vai incidir sobre a apresentação da empresa,
descrição crítica das funções e processos que vão ser desenvolvidos no estágio. Numa segunda parte,
vai-se abordar a parte teórica sobre informação contabilística e a abordagem dos documentos de
prestação de contas. Assim, irão ser aprofundados alguns conceitos de informação contabilística,
através de uma abordagem às demonstrações financeiras para identificar o tipo de informação que
cada uma transmite para auxiliar os gestores na sua tomada de decisão. Associada a esta pesquisa,
determina-se alguns indicadores económico-financeiros de forma a complementar a informação obtida
através das demonstrações e relatos financeiros.
Este relatório está organizado em 5 capítulos, entre os quais, no primeiro capítlo inclui-se esta
introdução, definição da problemática, justificação da escolha do tema, objetivos gerais e específicos,
metodologia e por último a estrutura do trabalho. No segundo capítulo, apresenta-se um conjunto de
informações sobre a empresa onde decorreu o estágio. Também é neste capítulo que se descreve as
atividades desenvolvidas ao longo do estágio, tendo por base em documentos da empresa. O terceiro
capítulo tem a ver com a importância da informação contabilística na tomada de decisão, sendo que
para isso foi elaborada uma revisão da literatura com base em livros e artigos científicos. O quarto
capítulo vai ser a continuação da revisão da literatura baseada em livros e artigos científicos sobre o
enquadramento teórico que revela a importância dos indicadores económico-financeiros na tomada de
decisão. O quinto capítulo que relata uma análise e enterpretação dos resultados recolhido atraves do
inquérito. A seguir , o capítulo temos considerações finais, recomendações e anexo.
PARTE II- O Estágio curricular
CAPÍTULO II – APRESENTACÃO E PROCESSOS DESENVOLVIDOS NO
ESTÁGIO
A decisão de optar pelo estágio curricular e a realização do respetivo relatório, para a obtenção do
grau de Licenciatura em Contabilidade, deve-se ao facto de a licencianda querer adquirir a experiência
profissional tão reconhecida no domínio empresarial. Assim, o próximo passo seria a escolha da área
em que a licencianda pretendia realizar o estágio e a escolha da Entidade de Acolhimento.
Relativamente à área de atuação, a Contabilidade foi a selecionada pela licencianda, uma vez que é
uma das áreas económicas que lhe desperta mais interesse.
No que respeita à escolha da Entidade de Acolhimento, a licenianda teve em conta alguns fatores,
essencialmente, o reconhecimento da entidade no mercado de trabalho onde se insere e a sua
disponibilidade em receber estagiários e transmitir-lhes diversos conhecimentos. Após varias
tentativas de candidatura a licencianda foi selecionada pela TOP PEÇAS AUTO, LDA.
O presente estagio decorreu no empresa TOP PEÇAS AUTO,LDA, que encontra sediada na
Achada Santo António- Rua Pão Quente, junto ao restaurante O POETA. A mesma está matriculada
no conservatório do registo comercial e automóvel da Praia sob o nº
256080909/3602201711010/representado pelo seu sócio-gerente, Hélder Patrick Tavares Freire.
TOP PEÇAS AUTO, LDA é uma empresa de venda de peças de automóveis, existente no
mercado Cabo Veridiano a 5 anos. Foi criado em 2017, pelo jovem empreendedor, Hélder Freire,
Licenciado em Direito.
A mesma é constituída por duas lojas físicas e uma loja online, as lojas físicas estão localizadas na
cidade da Praia, Achada Santo António, na rua pão quente e na cidade de Pedra Badejo em Santa Cruz
em frente a Câmara Municipal.
Com o propósito de oferecer os melhores produtos aos cabo verdianos, que a TOP PEÇAS
celebrou parcerias com três grandes marcas Alemãs, Ridex, Blueprint e Febi. As lojas são divididas
em duas partes, oficina e loja física.
Ilustração 1: Logotípo da TOP PEÇAS
Fazer com que todas as pessoas tenham acesso a aquilo que chamamos TOP, que é sinónimo
de qualidade, ou seja, fazer com que todas as pessoas tenha acesso a peças de qualidade a
preço acessível;
Garantir, a durabilidade, a segurança e o conforto na condução do veículo automóvel;
Proporcionar boas experiências aos consumidores;
Oferecer o melhor produto, a melhor preço, pois os cabo verdianos e não só, merecem ter
acesso a produtos de qualidade;
Tal como a maioria das organizações do tecido empresarial, o grupo Moneris também tem como
visão Ser a referência no mercado de autopeças em Cabo Verde, pela qualidade dos produtos, bom
atendimento e rápida acessibilidade que proporciona aos clientes, porque o bom quando é tempestivo é
bom duas vezes.
TOP PEÇAS defende e partilha um conjunto de princípios e normas que caracterizam não só a
entidade, mas também os seus colaboradores, e estabelecem a forma como estes últimos procedem
entre eles e com os seus clientes. Posto isto, os valores da TOP PEÇAS são:
Qualidade, Inovação, Responsabilidade, Rapidez, Colaboração e Diversidade;
Partilha, exigências;
Sonhar em grande, começar pequeno agir agora.
2.4. Serviços prestados pela Entidade
2.5. Organograma
A empresa TOPPEÇAS AUTO, LDA é composta por duas lojas, sendo uma na cidade da Praia e
uma em Santa Cruz, cada loja e dirigida por dois funcionários.
Ilustração 2: Constituição da TOP PEÇAS AUTO, LDA
Sócio
Hélder Freire
Mêcanico Mêcanica
Isufe Cámara Sara Ribeiro
A análise SWOT é um método que permite avaliar a posição estratégica de uma empresa no
mercado onde se insere, tendo em conta quer o meio envolvente quer a empresa em si. O termo SWOT
é um acrónimo e corresponde às palavras Strengths (Pontos Fortes), Weaknesses (Pontos Fracos),
Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças) (Lisboa et al., 2004). Esta análise é realizada
mediante dois tipos de fatores, por um lado, fatores internos e, por outro, fatores externos. No que
concerne aos fatores internos, estes integram os pontos fortes e os pontos fracos, uma vez que são
aspetos resultantes de uma análise estratégica da empresa e podem ser controlados por esta. Portanto,
os pontos fortes e fracos representam, respetivamente, as vantagens e desvantagens da empresa em
relação aos seus concorrentes. Os fatores externos são aspetos que advêm de uma análise ao meio
envolvente e, por isso, a empresa não consegue controlar. Assim, os fatores externos compreendem as
oportunidades e as ameaças, que retratam, respetivamente, aspetos positivos desse meio, permitido à
empresa ganhar vantagem competitiva, e aspetos negativos, afetando essa vantagem competitiva. Na
tabela 1 apresenta-se a Análise SWOT da Entidade de Acolhimento.
Fonte: Elaboração própria com base nas infirmações fornecidas pela entidade de acolhimento
Após esta análise dos pontos fortes e fracos da empresa e das oportunidades e ameaças que o meio
envolvente proporciona, é necessário estabelecer um conjunto de medidas estratégicas de negócio,
para que a empresa consiga alcançar uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes.
Assim, essas medidas permitirão que a empresa, por um lado, diminua os pontos fracos e fortaleça os
fortes e, por outro, converta as ameaças em oportunidades e continue a beneficiar destas últimas
(Lisboa et al., 2004).
2.7. Atividades realizadas na Entidade de Acolhimento
O Estágio Curricular iniciou-se com uma breve apresentação do funcionamento geral da empresa,
sobretudo, os métodos de trabalho, bem como de todos os trabalhadores da entidade, estando, assim, a
licencianda preparada para se integrar naquela equipa.
A licencianda passava a ter acesso a todos os conteúdos informáticos, nomeadamente, uma espécie
de arquivo digital, o qual contém documentos referentes às diversas áreas presentes na empresa,
organizados por clientes, por exemplo bases de dados. Além disto, a licencianda tinha também acesso
aos softwares utilizados na empresa, o NÔS ERP, sendo este o sistema informático utilizado para o
registo contabilístico dos documentos. A partir deste momento a licencianda estava apta para iniciar as
suas funções.
Organização de Documentos
O procedimento seguinte é a organização de documentos. Este processo consiste numa das tarefas
mais básicas da contabilidade, uma vez que quanto maior for a organização dos documentos mais fácil
será encontrá-los, sempre que seja necessário. No escritório os documentos entregues são ordenados
por ordem decrescente de data e separados por tipos de documentos: recibos, faturas, documentos
bancários, vendas, compras e despesas diversas.
Este documento é feito e entregue todos os meses, a entrega é feita atraves do Porton de nos Ilha.
A DPR é a declaração mensal das retenções efetuadas nos pagamentos de salários ou fornecedores
e das retenções feitas pelos clientes nos recebimentos dos documentos emitidos. Tendo preenchido a
mapa da DPR manualmente, através do “portondinosilha”, ela é reencaminhada para as finanças e o
DUC extraído é entregue ao cliente para o pagamento.
A obrigação de efetuar a retenção na fonte de IRC ocorre na data que estiver estabelecida para
obrigação idêntica no CIRS ou, na sua falta, na data da colocação à disposição dos rendimentos,
devendo as importâncias retidas ser entregues ao Estado até ao dia 20 do mês seguinte àquele em que
foram deduzidas (nº6 do artigo 94º CIRC).
Após separar e organizar todos os documentos segue-se a fase crucial, a classificação. De forma
individual, cada documento é devidamente classificado. Este processo requer um grande rigor,
concentração e responsabilidade por parte de quem o faz. A classificação é feita de acordo com as
normas que constam no SNCRF.
Nôs ERP
Nôs ERP é um software de Gestão que possibilita a prestação de serviços em diversas áreas, desde
a Contabilidade, Recursos Humanos, Gestão do Imobilizado, Faturação de entre outros. O software
Nôs ERP permite gerir a contabilidade das empresas, sendo elas de pequena, média ou grande
dimensão, até permitindo Organizar e Controlar Cobranças, Gerir Stocks e Faturar.
Diário de Compras
Neste Diário constam faturas e faturas/recibos de fornecedores, notas de crédito, notas de débito,
vendas a dinheiro, recibos, entre outras operações e despesas suportadas pela empresa, ordenadas de
acordo com a numeração atribuída ao documento.
Diário de Vendas
Arquivo de todas as faturas, notas de crédito e débito emitidas a clientes, de modo a possibilitar o
registo de todas as operações, ordenadas de acordo com a numeração sequencial atribuída.
Diário Banco
Neste diário consta todos os lancamentos referente à pagamentos e recebimentos efetuados com
banco, como por exemplo cheque e depósitos.
Tal como o próprio nome indica este diz respeito a vários documentos que não se incluem nos
diários anteriores, mais as diversas despesas que a empresa tem de suportar.
Lançamentos Contabilísticos
Reconciliação Bancária
A Reconciliação Bancária é o processo pelo qual é feita uma comparação entre o saldo da
contabilidade de uma empresa e o saldo do seu banco. Geralmente, estes dois saldos nunca coincidem
devido a documentos em trânsito, e isso implica que seja efetuada uma comparação entre o extrato
detalhado da contabilidade e o do banco, de forma a descobrir a causa dessa diferença. Esta operação
deve ser efetuada mensalmente de forma a existir um controlo sobre as contas de depósitos à ordem,
por alguém que não tenha à sua responsabilidade a contabilização das operações ou a salvaguarda dos
ativos, promovendo a diminuição de desvios. Neste processo, confrontam-se o extrato de conta da
empresa e o extrato mensal do banco analisando cuidadosamente os movimentos que não se
encontram num ou noutro e, para tal, utiliza-se um método vulgarmente designado por “picar” que não
é mais do que rasurar ou assinalar os movimentos que coincidem nos dois extratos.
Processamento de Salário
O processamento de salários é realizado no final de cada mês para cada uma das organizações e
tem em conta os trabalhadores e os órgãos sociais. Este processamento de salários não só permite
determinar as remunerações dos trabalhadores e órgãos sociais, mas também as contribuições para a
SS e para o Estado, devidas pelas empresas e trabalhadores. Todos os colaboradores da empresa
apresentam um registo individual que apresenta vários dados pessoais (nome, morada, estado civil, BI,
NIF, NISS, data de nascimento, início e termo do contrato, quando existe, tipo de contrato, regime de
contribuição para a SS, vencimento mensal e categoria profissional). Todos os meses é necessário que
as empresas comuniquem ao responsável da contabilidade, para cada trabalhador, o número de faltas,
número de horas extraordinárias, férias, subsídio de almoço, etc.
A licencianda era responsável por registrar nas panilhas, todos os gastos, os serviços, as vendas, os
recebimentos refente a cada mês. Cabe dizer que as despesas ou gastos eram resgistados de forma
separados, isto referindo as depesas fixas das variaveis para melhor interpretação. Cabia a mesma
enserir os novos clientes na base de dados do clientes no ecxel. Sem deixar de citar o registo de todas
as encomendas que eram feitas e referido data de pagamento e entrregas, também era da sua
responsabilidade o resgito de todas as dívidas da empresa assim como os seus devedores no excel.
Durante a realização do estágio teve contato com alguns procedimentos e atividades caracteristicos
dos RH, como novas contratações, pedido de documentos de trabalhadores. Teve a honra de elaborar
alguns contratos de trabalho, partindo de orientações do orientador. Cabia a mesma consultar os
documentos dos funcionários para everiguar os documentos com validade vencida e os que estavam
em falta e só depois solicitar os mesmos dos funcionários.
No decorrer do estágio pude contratar com um dos fornecedores da TOP PEÇAS. Teve
oportunidade de pedir orçamentos para alguns tipos de serviços e produtos. Esteve presente em
algumas reuniões com alguns parceiros discutindo sobre prestação de serviços. Participou numa
reunião com a Pro Empresa acerca do crédito que a TOP PEÇAS obteve. A licencianda alega que esta
não foi a única reunião em que teve a participação.
3.1. ENQUADRAMENTO
A informação é o recurso mais valioso que uma organização pode ter. Quando é comunicada
internamente, tem o poder de se tornar o elo de ligação entre todos os departamentos, facilitando a
tomada de decisão por parte dos gestor e por outro lado, promovendo a motivação por parte dos
colaboradores ao fazer-lhes chegar informação que os ajude e incentive a fazer mais e melhor no seu
dia-a-dia. A dimensão da sua importância é tanta, que é defendida pelo “pai da gestão” – Braga (2000)
apud Peter Drucker (1996) como base para um novo tipo de gestão baseada, não no binómio
capital/trabalho, mas que evolua para informação/conhecimento, como factores essenciais para o
sucesso empresarial.
No entanto, no dia-a-dia organizacional, os gestores querem evitar que sejam tomadas más
decisões e, de modo a que a informação que lhes é fornecida sirva esse propósito, deve contemplar
determinadas características, nomeadamente deve ser: precisa (correta e respectivo tratamento de
dados sem erros), completa, económica (relação custo/beneficio deverá ser alvo de análise), flexível
(utilizável para diferentes propósitos), confiável e relevante, simples (de modo a facilitar o trabalho de
quem tem que tomar decisões), atempada, verificável (passível de confirmação), acessível, e segura
(de modo a evitar o acesso a utilizadores não autorizados). A comunicação da informação deve ser
feita através de um canal de comunicação que seja o mais adequado aos intervenientes e esta deve ser
feita atempadamente para que a informação não perca a sua relevância.
Não obstante algum dinamismo económico, Cabo Verde, não possuía um sistema contabilístico
que fosse de encontro a essas necessidades. Podemos apontar, como exemplo de uma das grandes
limitações, o PNC – Plano Nacional de Contabilidade – que apenas contemplava regra de
contabilização, quando internacionalmente se exige que as empresas apresentem as suas
demonstrações seguindo as premissas da harmonização contabilística, de tal modo que uma
Demonstração seja entendível em qualquer país. Foi nessa ordem de ideias que se instituiu, em 2009, o
SNCRF – Sistema de Normalização Contabilística e de Relato Financeiro, criado com base nas
normas do IASB – Internacional Accounting Standard Board – e tendo por objetivo a preparação de
demonstrações financeiras, que possam espelhar a posição verdadeira e apropriada da situação
económica e financeira das empresas.
3.3. Descrição e Uso da Informação Financeira
A crescente globalização e modernização das empresas levou a que estas sentissem a necessidade
de divulgar a respetiva informação financeira, de modo a atrair investimentos e recursos estrangeiros
(Rolim et al., 2010).
A divulgação da informação financeira também pode ser encarada como uma ferramenta
estratégica, cujo objetivo passa por aumentar o capital da empresa, através de um menor custo,
servindo para estimular o investimento na empresa, por parte dos credores de capital (Barako,
Hancock & Izan, 2006).
A divulgação pode ser realizada de forma voluntária ou obrigatória. A forma voluntária ocorre
quando a empresa opta por divulgar a informação, para além dos requisitos mínimos obrigatórios
(Barako et al., 2006). Quando a divulgação da informação financeira é realizada de forma voluntária, a
empresa tem mais oportunidade de se diferenciar das restantes, na medida em que disponibiliza mais
informações, o que contribui para que as partes interessadas tenham uma melhor perceção sobre a
empresa (Kang & Gray, 2011). Já a forma obrigatória, ocorre quando a empresa é obrigada a divulgar
a informação nos seus relatórios financeiros ou em outros meios exigidos legalmente (Kumar, Wilder
& Stocks, 2008). Esta obrigação de divulgação pode deverse à necessidade de satisfazer os requisitos
legais, de diminuição da assimetria de informação ou para captar a atenção das partes interessadas
(Rolim et al., 2010).
Quanto menor a assimetria de informação, maior a determinação da credibilidade e fiabilidade do
perfil de risco da empresa e do valor de mercado, levando a que quanto maior a divulgação do risco,
menor o custo do capital da empresa (Abraham & Cox, 2007; Deumes & Knechel, 2008). A
divulgação do risco permite que as partes interessadas 28 avaliem o risco e o desempenho da empresa,
assim como, a garantia de eficiência dos sistemas de controlo interno e a diminuição da assimetria de
informação (Lajili & Zeghal, 2005; Deumes & Knechel, 2008; Dobler, 2008).
3.5. Efeitos dos Fatos Internos e Externos às empresas no uso das Informações
Financeiras
No processo de tomada de decisão, a empresa deve considerar diversos fatores, quer internos, quer
externos. Os fatores internos referem-se aos fatores associados com as características do gestor, onde
se destacam: conhecimentos de gestão, habilitações académicas e experiência do gestor/proprietário.
Relativamente aos conhecimentos de gestão, o estudo realizado por Serrasqueiro e Nunes (2004)
mostra que a maioria dos gestores possui dificuldades na compreensão e na análise da diversa
informação contabilístico-financeira, levando a que estes apresentem menor tendência para utilizar
essa informação no processo de tomada de decisão. Esta dificuldade pode dever-se ao facto dos
gestores terem conhecimentos limitados na área de gestão, de contabilidade ou de finanças. Em
contrapartida, no estudo de Tang e Liu (2016), verificou-se que os gestores com mais conhecimentos,
apresentam maior assertividade e tendência a assumir riscos na tomada de decisão, em detrimento dos
que possuem conhecimentos ou experiência limitada.
Nas habilitações académicas, Serrasqueiro e Nunes (2004) mostram que, os gestores/proprietários
com formação académica superior conferem maior utilidade e relevância à informação financeira, na
tomada de decisão. Este resultado é corroborado pelo estudo de Jaffar et al., (2012) e Amoako (2013),
onde os autores afirmam que, quanto maior a formação académica, maior a compreensão, o tempo
despendido e o interesse na análise da informação financeira, ou seja, existe uma relação direta entre a
formação académica e a utilidade da informação financeira.
Na experiência do gestor/proprietário, o estudo de Serrasqueiro e Nunes (2004) mostra que, o
gestor é na maioria dos casos, o proprietário da empresa, pelo que tem maior tendência a servir-se da
sua experiência, em detrimento da informação financeira, na tomada de decisão. Estes resultados vão
ao encontro do estudo de Amoako (2013), onde o autor concluiu que as empresas eram geridas pelo
proprietário ou por um familiar, o que levava a que estes não utilizassem a informação financeira, o
que poderia colocar em causa o sucesso da empresa.
Por sua vez, os fatores externos, referem-se às características da empresa, tais como: dimensão,
antiguidade e desempenho. Na dimensão da empresa, verificou-se que os gestores das microempresas,
normalmente, atribuem menor importância à informação financeira, no processo de tomada de
decisão, o que pode dever-se ao facto das micro e pequenas empresas apresentarem menor liquidez,
fluxos de caixa mais voláteis, restrições financeiras, financiamentos a curto prazo, entre outros
(İbicioglu et al., 2010; Amoako, 2013). Em contrapartida, Halabi, Barrett e Dyt (2010) afirmam que os
gestores das pequenas empresas, que possuírem maior formação académica, poderão ter tendência a
utilizar mais a informação financeira, do que os outros gestores de pequenas empresas. Já nas
empresas de grande dimensão, existe uma maior necessidade de utilizar a informação financeira no
processo de tomada de decisão (Serrasqueiro & Nunes, 2004).
Por último, na antiguidade da empresa, quanto mais antiga for a empresa, maior a informação
financeira produzida pelos contabilistas e maior a tendência da sua utilização na tomada de decisão
(Florin, 2014).
4.1. ENQUADRAMENTO
Para o desenvolvimento deste capítulo torna-se relevante mencionar que a gestão financeira,
segundo Medina (2010), tem como finalidade gerar as tarefas que fazem parte da função financeira,
essas tarefas dizem respeito à previsão dos acontecimentos, sendo que a tomada de decisões resulta em
atos executivos, na organização e coordenação dos recursos materiais e humanos e na verificação do
cumprimento de tarefas. Tem como objetivo minimizar os custos financeiros assegurando a liquidez a
curto prazo, baseando-se nos objetivos e estratégias da empresa. Esta definição atua no sentido de
definir a estrutura mais adequada à empresa tendo o máximo de rendibilidade, mantendo e
promovendo o reforço nos seus ativos.
Com a crise financeira que, hoje em dia, as sociedades enfrentam, torna-se importante a realização
de análises económico-financeiras com o intuito de determinar as suas competências, capacidades e
potencialidades para que as empresas consigam alcançar os seus objetivos. Assim, apesar das
empresas estarem em constante mudança, a análise financeira, num determinado período, é
fundamental visto que se tem em consideração as expetativas e as respetivas decisões a efetuar
(Encarnação, 2009).
A análise económica e financeira é constituída por quatro fases, sendo que na primeira fase
recolhe-se toda a informação relevante das demonstrações financeiras e outros documentos para a
análise. A fase seguinte diz respeito à com a preparação, é nesta fase que se verifica a veracidade dos
valores que constam nos mapas contabilísticos e onde se organizam os valores contabilísticos mais
relevantes. Logo a seguir, procede-se à análise dos dados que se vão ser interpretados através de um
conjunto de instrumentos como a análise dos mapas financeiros e a respetiva análise dos indicadores
relevantes. Após essa análise retira-se as conclusões, onde se indica as medidas corretivas e as
recomendações (Medina, 2010).
A análise financeira, segundo Silva (2008), deve basear-se na situação dos dados financeiros, dos
períodos económicos e das condições internas e externas que afetam uma determinada empresa, a
nível financeiro
Os financeiros da empresa, segundo Neves (2009), refere que são pessoas que sabem lidar com os
números, sendo que existe rácios e um conjunto de algarismos que são interpretados para saber a
evolução e situação da empresa. No entanto, de acordo com Brealey et al. (2007), os rácios financeiros
são uma ferramenta prática para fazer uma síntese de um grande número de dados financeiros e que
serve ainda para comparar o desempenho económico-financeiro das empresas. Os rácios são
instrumentos que auxiliam a obter as questões certas, mas, por vezes, não fornecem as respostas
devidas.
Os autores Carvalho e Magalhães (2002) e Neves (2012) indicam que a análise dos indicadores
económico-financeiros é a técnica mais utilizada no processo de análise do desempenho da empresa.
Com este método, permite auxiliar os utilizadores a observar a evolução da situação económico-
financeira de uma empresa, tendo por base a informação contabilística que consta no balanço, na
demonstração dos resultados, na demonstração dos fluxos de caixa ou de outros documentos
contabilísticos para que sejam realizados os devidos cálculos matemáticos de modo a que se efetue o
procedimento de análise.
Do conjunto de utilizadores das técnicas de análise financeira fazem parte gestores, accionistas,
trabalhadores, fornecedores, clientes, concorrentes, entidades financeiras, comunidade local,
autoridades fiscais e outras entidades públicas, etc.
“A técnica mais utilizada pela análise financeira consiste em estabelecer relações entre contas e
agrupamentos de contas do Balanço, da Demonstrações de Resultados e da Demonstração dos Fluxos
de Caixa, ou ainda entre outras grandezas económicofinanceiras.” (Neves, 1996).
“Estes rácios são utilizados para vários efeitos. Incluem a avaliação da capacidade de uma
empresa para pagar as suas dívidas, a avaliação do negócio e do sucesso de gestão e até mesmo o
regulamento legal do desempenho da empresa” (Barnes, 1987).
4.3. As Vantagens e Limitações dos Rácios Financeiros
Neves (1996) refere que sendo os Rácios um instrumento que apesar de nos dias que correm se
encontrar em grande parte generalizado e ser utilizado com muita frequência, deve ser usado com
prudência, para que não se tirem conclusões pouco significativas ou até mesmo incorrectas. Como
qualquer instrumento de medida, os rácios financeiros contêm vantagens e inconvenientes.
Facilitar comparações, que poderão ter lugar para a mesma empresa ao longo de um certo
período temporal (análise de séries temporais) ou entre diferentes empresas num mesmo referencial de
tempo (análise cross-section).
Segundo Neves (1996) é, todavia, fundamental ter-se em atenção um conjunto de factores que
limitam o alcance prático desta técnica de análise financeira:
Os relatórios apresentados pelas empresas podem não ser a base de dados mais adequada para
análise, em relação a determinados fenómenos;
As empresas podem ter diversos ramos de actividade, dificultando a comparação das contas com
algum padrão de referência e levando a que os resultados dos rácios possam ser enviesados;
Os rácios são determinados através de uma contabilidade realizada aos custos históricos,
afectando a comparação entre diferentes períodos, uma vez que é difícil inferir os cash-flows
futuros;
Os rácios são apenas um instrumento de análise, que trata dados quantitativos, que pode e deve
ser complementado por outros, como é o caso de factores qualitativos;
No que diz respeito à interpretação dos indicadores económico-financeiros construídos, há que ter
em consideração que estes não representam por si só a situação económico-financeira da empresa, ou
seja, tratam-se apenas de resultados numéricos que devem ser interpretados da forma mais apropriada.
Denota-se assim a importância de o analista ser possuidor de conhecimentos prévios em matérias de
análise financeira e contabilidade. Também o conhecimento que o analista detém sobre a empresa em
estudo é determinante numa interpretação realista dos indicadores escolhidos e construídos.
Confirmando esta ideia, Moreira (1997) diz-nos que: interpretar indicadores exige um conhecimento
adequado da empresa e do ambiente que a rodeia.
• Indicadores económicos: têm por base as grandezas incluídas na demonstração dos resultados,
focando-se por isso estritamente em aspetos relacionados com a situação económica da empresa.
Abordam, portanto, aspetos como a estrutura de ganhos e gastos, as margens de rendibilidade ou a
capacidade de autofinanciamento.
• Indicadores de mercado: este tipo de rácios não é aplicável a todo o tipo de empresas,
restringindo-se àquelas que se encontram cotadas em bolsa. Estes relacionam grandezas do balanço ou
da demonstração de resultados com as cotações das ações das empresas, que se traduzem em
informações essenciais para todos os interessados em investir no mercado de capitais.
Pinho e Tavares (2012) optam por uma classificação dos indicadores económicofinanceiros de
uma forma mais detalhada, agrupando-os em oito categorias: indicadores de liquidez; indicadores
económicos; indicadores de funcionamento; indicadores de endividamento; indicadores de
rendibilidade; indicadores de risco; indicadores de equilíbrio financeiro e indicadores de mercado.
Importa reforçar a ideia de que esta classificação adotada por Pinho e Tavares (2012) não inclui mais
ou menos indicadores do que os abarcados na classificação mais comummente utilizada e descrita
anteriormente. Na realidade, esta última é apenas uma subdivisão dos grupos supracitados.
Em seguida far-se-á uma descrição detalhada de alguns dos principais indicadores económico-
financeiros enunciados na literatura revista. Não seria viável enumerar todos os indicadores possíveis
de construir e analisar, pelo que serão apenas enunciados os mais relevantes e mais frequentemente
utilizados. . Os indicadores foram agrupados deste modo em várias pequenas tabelas (Tabelas 1-7),
uma vez que foi a maneira mais simples e direta de se conseguir perceber a que grupo pertence cada
indicador.
As Tabelas, estão divididas em três colunas distintas onde poderão ser visualizadas, na primeira o
indicador, na segunda a fórmula correspondente a cada indicador e, numa terceira coluna, a
explicação/ análise do indicador.
Liquidez Ativo Corrente/ Passivo Se for inferior a 1, isso demonstra que o valor monetário
Gera Corrente dos activos correntes não é suficiente para que a empresa
seja capaz de cumprir com todos os seus compromissos a
curto prazo
Fonte:Elaboração Própria
Tabela 4: Indicadores Financeiros - Indicadores de Equilíbrio Financeiro - Curto Prazo
Fonte:Elaboração Própria
Tabela 5: Indicadores Financeiros - Indicadores de Equilíbrio Financeiro a Médio/ Longo Prazo
Rácio de Estrutura Rúbrica do Ativo/ Destaca o peso que determinada rubrica tem em todo o
do Ativo Total Ativo activo da empresa.
Rotação do Volume de Negócios Mede o nível de vendas gerado pelo investimento realizado
Capital Próprio / Total do Passivo na empresa por sócios e accionistas.
Fonte:Elaboração Própria
Rácios de Rendibilidade
Indicadores de Risco
Fonte:Elaboração Própria
Tabela 9: Tabela 3 - Indicadores Financeiros - Rácios de Atividade – Curto Prazo
Fonte:Elaboração Própria
CAPÍTULO V- ANÁLISE DOS RESULTADOS
Gráfico 1: Sexo
SEXO
Feminino
31%
Masculino
69%
A primeira questão do inquérito diz respeito ao género do inquirido, verificando-se que, das 13
respostas obtidas, 4 são do sexo masculino e 9 são do sexo feminino. Portanto, obtiveram-se mais
respostas do sexo feminino, representando 69% da amostra.
Total 13 100%
Idade
No que diz respeito à idade dos inquiridos, constata-se que o maior número de respostas obtidas se
insere nas faixas etárias entre os 26 e 35 anos, com 5 respostas, assumindo 38,5% da amostra.
Ensino Básico 0 0%
Ensino Secundário 1 7%
Licenciatura 7 54%
Pós-graduação 0 0%
Mestrado 4 31%
Doutoramento 0 0%
Curso Profissional 1 8%
Total 13 100%
Nível escolaridade
8% 8%
Ensino Secundário
Licenciatura
Mestrado
31%
Curso Profissional
54%
Relativamente às habilitações dos inquiridos, verifica-se que o maior número de inquiridos possui
a licenciatura, com 7 respostas, representado 54% da amostra. A seguir, com 4 respostas e, por isso,
31%, surge o ensino mestrado. Os restantes inquiridos estão distribuídos pelas opções “ensino
secundário”, constatando, através da tabela 12, que nenhum dos inquiridos possui
doutoramento,ensino básico e pós-graduação.
Proprietário/Gestor 6 46%
Gestor 3 23%
Função
15% Proprietário/Gestor
Contabilista Certificada
23%
Colaborador da área
administrativa
Quanto à função na empresa, averigua-se que o maior número de respostas obtidas integra as
opções proprietário/gestor, com 6 respostas, respetivamente. Representa, assim, 46% da amostra. O
segundo a opção de gestor com 3 resposta e respresenta 23% da amostra. O restante distribuido pelas
opção “contabilidade certificada ” e “colaborador da área administrativa”.
Total 13 100%
Gráfico 5: Anos de experiência dos inqueridos
Anos de Experiência
15% 15%
Menos de 5 anos
Entre 5 e 10 anos
Entre 11 e 20 anos
23% Mais de 20 anos
46%
Em termos de anos de experiência dos inquiridos, verifica-se que o maior número de respostas
recai sobre a opção “entre 5 e 10 anos”, com 6 respostas, representando 49% da amostra.
Economia/Gestão/Contabilidade/Finanças 6 46%
Total 13 100%
Área de formação
Economia/Gestão/Con-
46% tabilidade/Finanças
54% Outra área de formação
No que respeita à
área de formação,
apenas 46% dos inquiridos têm formação nas áreas relacionadas com a gestão de negócios, ou seja,
com as áreas de Economia, Gestão Contabilidade ou Finanças. Logo, os restantes 54% correspondem
a outras áreas de formação ou sem formação específica, como é o caso dos inquiridos cujo nível de
escolaridade recai sobre o ensino básico ou secundário.
Sociedade Anónima 0 0%
Total 13 100%
Quanto à classificação das empresas, verifica-se que na amostra predominam trés tipos de forma
jurídica, Sociedade por quotas, com 38%, as sociedades unipessoal por quotas, com 31% e emoresário
em nome Individual com 31%.
Tabela 17: Número de colaboradores
Nesta questão a maioria responderam a opção até 10 colaboradores que representa 85% da
amostra. Apenas 15% para a opção até 50 colaboradores.
Serviços 8 50%
Comércio 2 13%
Indústria 0 0%
Construção 5 31%
Agricultura e pesca 0 0%
Outros 1 6%
Total
13 100%
REFERÊNCIAS BIBIOGRAFICAS
SILVA, José Pereira. Análise Financeira das Empresas. Editora Atlas, 11ª edição, São Paulo,
2012.
MARION, José Carlos. Contabilidade básica. Editora Atlas, São Paulo, 1996.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços. Editora Atlas, 6ª edição, São
Paulo, 2003
ALMEIDA, Rui M. P; DIAS, Ana Isabel e CARVALHO, Fernando (2010), “O novo sistema
de normalização contabilística - SNC Explicado”, ATF – Edições Técnicas, 2009;
LEPORE, G. – 4 Principais Indicadores de Viabilidade Financeira de um Projeto, Brasil,
2017;
NEVES, N. S.M. L., “Evolução da Divulgação de Informação nos Relatórios de Gestão 1973-
2003”, Dissertação no âmbito do Mestrado de Contabilidade, Fiscalidade e Finanças
Empresariais, ISEG, Lisboa, 2001;
Alves, M., & Antunes, E. (2010). A implementação das Normas Internacionais de
Contabilidade na Europa – Um estudo comparativo. Universidade da Beira Interior -
Departamento de Gestão e Economia(DGE), 1-26. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/46464642_A_Implementacao_das_No rmas_I
nternacionais_de_Contabilidade_na_Europa_-
um_Estudo_comparativo/link/5534b5c00cf20ea0a076c408/download;
Amoako, G. (2013). Accounting practices of SMEs: A case study of Kumasi Metropolis in
Ghana. Internacional Journal of Business and Management, 8(24), 73-83;
Bezerra, D. (2012). Um estudo sobre a percepção de gestores de médias empresas da região
metropolitana de Recife sobre a utilização e importância das informações contábeis no
processo de tomada de decisão. Dissertação de Mestrado. Recife, Universidade Federal de
Pernambuco.
Duarte, M., & Ribeiro, M. (2007). Contabilidade criativa: Algumas abordagens. Revista TOC,
93, 29-35. ▪ Farinha, J. (2009). SNC – Oportunidades e desafios na mudança: Estaremos
preparados? Revista TOC, 115, 39-41.
Gomes, J., & Pires, J. (2010). SNC — Sistema de Normalização Contabilística: Teoria e
prática. (3ª Edição). Porto: Vida Económica.