Vivenciando A Teoria de Abdellah No Histórico de Enfermagem em Pediatria - Um Relato de Experiência

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VIVENCIANDO A TEORIA DE ABDELLAH NO HISTÓRICO DE ENFERMAGEM EM

PEDIATRIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores
LARISSA DOMINGAS GRISPAN E SILVA (5)
MAUREN TERESA GRUBISICH MENDES TACLA (8)
DEBORA FERNANDA VICENTINI DOS SANTOS (5)
LÚCIA MARGARETE DOS REIS (5)

Categoria
Trabalho de Pós-Graduação

Introdução
Faye Glenn Abdellah é uma teorista influenciada pelo desejo de promover cuidados abrangentes de enfermagem, centralizados no
cliente, considerando a enfermagem como um serviço ao indivíduo, família e sociedade. Para Abdellah a Enfermagem precisa reconhecer os
"problemas de enfermagem" do paciente a fim de decidir as ações a serem tomadas e fornecer assistência contínua e holística a todas as
necessidades de saúde do individuo. Com esse objetivo foram descritos o que conhecemos como os "21 Problemas de Enfermagem de
Abdellah". Um dos instrumentos que contribui para a detecção e resolução de problemas de saúde da clientela assistida é o histórico de
enfermagem, que consiste em um roteiro sistematizado para o levantamento de dados de saúde significativos e necessidades básicas, que
norteiam o paciente, família ou comunidade, a fim de tornar possível a aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE).

Objetivo
O presente trabalho tem por objetivo apresentar o relato de experiência da utilização do Histórico de Enfermagem aplicado a crianças
internadas na Unidade Pediátrica de um hospital universitário do norte do Paraná para subsidiar o levantamento de problemas segundo a teoria
de enfermagem de Abdellah.

Metodologia
Pesquisa descritiva, que aborda o relato de experiência da utilização de um instrumento de coleta de dados para o histórico de
enfermagem elaborado e aplicado pelas enfermeiras residentes da área de Saúde da Criança da Universidade Estadual de Londrina, em uma
unidade pediátrica de um hospital universitário terciário público de Londrina-PR. A unidade dispõe de 34 leitos para o atendimento de crianças
de zero a doze anos. O instrumento foi elaborado baseado na Teoria de Abdellah, buscando uma visão holística da criança e sua família, sendo
composto pela entrevista e exame físico da criança. O mesmo foi previamente testado por um período de dois meses e aplicado aos pacientes
internados, num período de até 24 horas após o momento de sua admissão. Os dados foram coletados de fevereiro a julho de 2009. A aplicação
do instrumento foi feita pelas próprias enfermeiras residentes em um momento específico, fora do seu turno de trabalho, às crianças internadas
juntamente com seus acompanhantes.

Resultado
O tempo médio de aplicação foi de 40 minutos, entre a coleta de dados (histórico de enfermagem) e o exame físico. Além de ser uma
estratégia útil para a obtenção de dados sobre as condições de saúde e de vida da criança e de sua família, o instrumento contribuiu para a
formação de vínculo no momento da admissão, o que facilita o desenvolvimento do processo de enfermagem. A variedade de informações
obtidas permite conhecer a criança e sua família com uma visão holística, focando não apenas a doença, mas também suas dimensões sociais,
educacionais e psicológicas e toda a sua rede de apoio. Por ser um instrumento relativamente extenso, verificou-se uma dificuldade em
administrar o tempo de trabalho tendo em vista as inúmeras atribuições das enfermeiras residentes. Este fato pode ser visto também como um
fator limitante para que o instrumento seja utilizado pelos enfermeiros da unidade, devido às diversas atividades pelas quais os mesmos são
responsáveis durante o seu turno de trabalho.

CONGRESSO NACIONAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3.; ENCONTRO DE ATIVIDADES CIENTÍFICAS DA UNOPAR, 12., 2009, LONDRINA.
ANAIS... LONDRINA: UNOPAR, 2009. 1 CD-ROM. ISSN 2176-2147.
Conclusão
A experiência de aplicar um instrumento baseado numa teoria de enfermagem contribuiu para enriquecer a prática profissional e otimizar
o cuidado oferecido já que os dados obtidos propiciam uma assistência individualizada e holística. Encontrou-se dificuldade na utilização do
instrumento pelo tempo gasto na aplicação e pela resistência dos enfermeiros. O formulário permanece em uso porém sugere-se que o mesmo
seja reformulado e adequado à realidade da unidade para ser efetivamente implantado.

Bibliografia
1.ARAÚJO I. E. M. Sistematização da Assistência de Enfermagem em uma unidade de internação: desenvolvimento e implantação de
roteiro direcionador: relato de experiência. Acta Paul Enf. v.8 p. 18-25, 1996.

2.CAMPEDELLI M.C. et al. Processo de enfermagem na prática. São Paulo: Ática, 1989.

3.CARVALHO, C. C. V. O aluno no curso técnico de enfermagem e o estágio hospitalar: experiências psicanalíticas de um grupo.
Campinas(SP): Pontifícia Universidade Católica de Campinas, 2008. 188p.

4.CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução 272/2002, de 27 de Agosto de 2002.

5.DINIZ, S. N. A prática docente dos enfermeiros de instituições de saúde: sua fundamentação em referenciais teóricos de enfermagem.
Guarulhos(SP): Universidade Guarulhos; 2006. 122 p.

6.FALCO, S.M. Faye Glenn Abdellah. In: George JB. Teoria de enfermagem: dos fundamentos à prática profissional. 4.ed. Porto Alegre
(RS): Artes Médicas Sul; 2000. p. 121-132.

Legenda
(5) Aluno Pós-Graduação Outra Instituição
(8) Docente Outra Instituição
(5) Aluno Pós-Graduação Outra Instituição

CONGRESSO NACIONAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3.; ENCONTRO DE ATIVIDADES CIENTÍFICAS DA UNOPAR, 12., 2009, LONDRINA.
ANAIS... LONDRINA: UNOPAR, 2009. 1 CD-ROM. ISSN 2176-2147.

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