É Tudo Ser Humano: Invisibilizando A Diversidade Sexual em Contexto Escolar
É Tudo Ser Humano: Invisibilizando A Diversidade Sexual em Contexto Escolar
É Tudo Ser Humano: Invisibilizando A Diversidade Sexual em Contexto Escolar
ISSN 2358-1840
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“É TUDO SER HUMANO”: INVISIBILIZANDO A DIVERSIDADE SEXUAL EM
CONTEXTO ESCOLAR
Resumo
Abstract
This article is based on a segment of the doctoral thesis that was defended in
2021 at the Federal University of São Paulo (USP). The research period was
preceded by the circulation of assumptions that schools were working with
1
Doutor em Educação e Saúde na Infância e na Adolescência pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Trabalha na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC-SP).
2
Doutor em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Professor do Programa de Pós-Graduação
em Educação e Saúde na Infância e na Adolescência da UNIFESP.
1. Introdução
2. Ancoragem teórica
3. Metodologia
4. Resultados e discussões
Ah, isso é muito comum. As pessoas têm dificuldade para lidar com
o diferente, ainda mais no Ensino Médio, onde estão todos tentando
se auto afirmar e marcar posição no grupo. Então quando veem
um menino gay ou uma menina sapatona discriminam mesmo,
fazem piadas, riem e ridicularizam. (E 2)
Sei lá, pra mim não tem nada demais, o que não está certo é essas
pessoas quererem impor esse tipo de coisa pra todo mundo goela
a baixo. Eu acho que ficam forçando a gente a ter que tolerar esse
tipo de comportamento. Sei lá, acho isso uma total inversão de
valores. Na verdade, quem não aceita a gente são eles… Oxi…, se
escolheram ser diferentes, que me importa, mas daí me obrigar a
ter de aceitar isso é demais.(E 30)
Então, eu sou pessoa de Deus, sou cristã e por isso não aceito isso
daí de jeito nenhum, principalmente aqui na escola que é lugar de
respeito onde convivem muitas pessoas. (E 7)
Sei lá, mas tenho pra mim que devemos respeitar as escolhas de
cada um. Eu não tenho nada a ver com o que as pessoas fazem
nas quatro paredes, mas ficar se expondo na rua, no público daí
não! A não ser que sejam discretos, né!? Depois ficam aí se
mostrando, fazendo escândalo e quando são xingados ainda se
Perspectivas em Diálogo, Naviraí, v. 11, n. 26, p. 75-91, jan./mar. 2024.
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PERSPECTIVAS EM DIÁLOGO: Revista de Educação e Sociedade
ISSN 2358-1840
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sentem ofendidos. E a gente, não se ofende não?! Pior ainda é
querer ficar se mostrando na escola. (E 22)
Não é porque você é preto, pobre, gay e sei lá mais o quê, que tem
que ter tratamento diferenciado. Todo mundo merece respeito
igual. Esse pessoal aí que fica se vitimizando quer mesmo é ter
privilégio, cota racial e até cota pra travesti eu ouvi falar. Agora
eles tem até dia espcial, já a gente não não o dia do orgulho hétero,
o dia do homem, nem dia da consciência branca. Então… sso sim é
discriminação! (E18)
O mundo está ficando é muito chato, isso sim. Não pode falar nada
que vem esse povo ai falar que é homofobia, que é isso que é
aquilo. Muito “mi-mi-mi”, não tenho paciência pra isso não. Um tal
de vitimismo, de chororô que não tem tamanho. Tá chato isso daí,
viu! (E 17)
5. Considerações finais
REFERÊNCIAS
LOPES, Alice Casimiro; OLIVEIRA, Anna Luiza Martins de; OLIVEIRA, Gustavo
Gilson Sousa de. Os gêneros da escola: e o (im)possível silenciamento da
diferença no currículo. Recife: Editora UFPE, 2018.