Violencia Nos Vestibulares

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Violência nos vestibulares

1. (Uel 2024) Analise a charge a seguir.

Essa charge diz respeito ao assassinato de Genivaldo de Jesus dos Santos, em 25 de maio de 2022, pela Polícia
Federal Rodoviária de Sergipe. O rapaz foi trancafiado em uma espécie de câmara de gás improvisada pelos policiais,
por estar conduzindo uma motocicleta sem capacete.
Com base nesse fato, na charge apresentada e na amplificação da violência, segundo o Anuário Brasileiro de
Segurança Pública de 2023, explique o que são direitos humanos e argumente como o seu descumprimento afeta a
democracia no Estado brasileiro.

2. (Provão Paulista 3 2023) A criminalização da homofobia e da transfobia foi permitida pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) em decisão de junho de 2019. Por 8 votos a 3, os ministros consideraram que atos preconceituosos
contra homossexuais e transexuais passariam a ser enquadrados no crime de racismo.
(https://g1.globo.com. 30.09.2021. Adaptado)

Os registros de racismo e homofobia (ou transfobia) cresceram mais de 50% no Brasil em 2022 na comparação com
o ano anterior, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública
em 2021, para 488, em 2022, o que representa aumento de 54% no período.
(https://g1.globo.com. 20.07.2023. Adaptado)

A análise dos excertos permite concluir que, em relação à homofobia e à transfobia,


a) a legislação nacional permanece conivente com práticas discriminatórias.
b) o judiciário brasileiro institui obstáculos legais para a efetivação da democracia.
c) a ampliação formal da cidadania encontra barreiras significativas no cotidiano.
d) a união de fatores sociais e políticos atenuaram as manifestações de violência.
e) as demandas dos movimentos sociais foram supridas nos últimos anos.

3. (Provão Paulista 3 2023) A pessoa achar que não existe racismo no Brasil não muda o fato de que, em 2013,
negros ganharam 54,7% do salário de brancos, segundo pesquisa do IBGE. Não muda o fato de que o assassinato de
jovens negros no Brasil é 2,5 vezes maior que o de jovens brancos, segundo o Mapa da Violência de 2012. Ou de a
maioria da população negra ser pobre por conta do legado da escravatura. De as mulheres negras ainda serem a
maioria das empregadas domésticas e estarem na base da pirâmide social.
(Djamila Ribeiro. Quem tem medo do feminismo negro? 2018)

Segundo o excerto, para Djamila Ribeiro, a questão do negro no Brasil contemporâneo deve
a) desconsiderar as mulheres por afetar mais aos homens.
b) desconsiderar o sistema escravocrata ao focar na problemática atual.
c) ser pautada em dados em detrimento de construções pessoais subjetivas.
d) envolver discussões sociais sem interferir nas práticas econômicas do país.
e) valorizar as conquistas coletivas recentes em oposição de casos pontuais.
4. (Provão Paulista 2 2023) A Lei Maria da Penha, promulgada em 07.08.2006, tem como um de seus objetivos
centrais criar mecanismos de combate a um tipo específico de violência, para cujo enfrentamento as leis penais
existentes se mostravam insuficientes.

A aprovação da referida lei foi necessária, pois


a) as práticas de racismo estrutural careciam de punições legais.
b) os índices de violência policial cresciam rapidamente.
c) a violência urbana afetava particularmente jovens pretos.
d) os indicadores de violência doméstica eram muito altos.
e) os conflitos no campo necessitavam de legislação específica.

5. (Uece 2023) Na história recente do Brasil, quando a juventude é tida como problema social, ela apareceu na figura
do perigo, do risco ou da regressão às drogas, à promiscuidade e à violência. De modo esquemático, pode-se dizer
que tais imagens sobre a juventude foram usadas como motes e justificativas de muitos programas socioeducativos,
de leis, de ações do Terceiro Setor – as organizações não governamentais (ONGs) – e de fundações empresariais em
áreas ditas como “vulneráveis” desde os anos 1990. Contudo, existe uma outra concepção sobre a juventude que a
encara como sujeito social capaz de refletir e decidir sobre sua ação, ter posicionamentos acercadas mais diversas
questões sociais e ser protagonista, contribuindo para o crescimento pessoal e da sociedade. Essa concepção deve
melhor fundamentar e reformular ações, projetos de leis e programas, privados e públicos, para as juventudes das
áreas “vulneráveis”, principalmente, e que possa pensar esses jovens como cidadãos ativos e participativos.

Acerca do exposto, marque a alternativa correta.


a) A medida socioeducativa de internação, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, está embasada na
perspectiva da juventude como protagonista.
b) Um projeto exemplar embasado na concepção de juventude como sujeito social é o das Unidades de Polícia
Pacificadora nas comunidades cariocas.
c) A imagem do jovem como problema, a juventude perigosa no Brasil, aparece como importante elemento para
projetos de lei de redução da maioridade penal.
d) A concepção de juventude como risco está nos programas da Rede Cuca de Fortaleza que incentivam a
mobilização dos jovens para a arte e a comunicação

6. (Provão Paulista 2 2023) As atuais políticas de segurança pública nos Estados e Municípios brasileiros têm
enfrentado muitas dificuldades, sobretudo nos grandes centros urbanos.
Dentre essas dificuldades, encontra-se
a) a implementação de políticas públicas de direitos humanos.
b) o racismo frequentemente subjacente em ações policiais.
c) o discurso crítico ao uso de violência pelas forças policiais.
d) a formação humanista das forças de segurança pública.
e) o uso tímido de instrumentos repressivos nas ações policiais.

7. (Ufpr 2019) No livro Mulheres, raça e classe, Angela Davis perfaz um caminho histórico e social da luta das
mulheres nos Estados Unidos e como diferentes movimentos e campanhas possibilitaram a construção dos direitos e
das pautas políticas de gênero naquele país. Numa das passagens da obra, em que aborda as campanhas pelo direito
ao aborto, Davis afirma que “o controle de natalidade – escolha individual, métodos contraceptivos seguros, bem
como abortos, quando necessário – é um pré-requisito fundamental para a emancipação das mulheres. [...] E se a
campanha pelo direito ao aborto do início dos anos 1970 precisava ser lembrada de que mulheres de minorias étnicas
queriam desesperadamente escapar dos charlatões de fundo de quintal, também deveria ter percebido que essas
mesmas mulheres não estavam dispostas a expressar sentimentos pró-aborto. Elas eram a favor do direito ao aborto,
o que não significava que fossem defensoras do aborto. Quando números tão grandes de mulheres negras e latinas
recorrem a abortos, as histórias que relatam não são tanto sobre o desejo de ficar livres da gravidez, mas sobre as
condições sociais miseráveis que as levam a desistir de trazer novas vidas ao mundo”.
(DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016, p. 219-220.)

Com base no texto, é correto concluir que:


a) o feminismo e as pautas antiaborto foram fundamentais para se pensarem novas políticas públicas de controle de
natalidade nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, a legislação moderna também propiciou que os movimentos das
mulheres em busca de emancipação social fossem protegidos pelo Estado.
b) a despeito dos movimentos organizados que buscavam constituir a emancipação social das mulheres, a grande
questão de fundo era e continua sendo não colocar-se contra ou a favor do aborto, mas de possibilitar que o direito
ao aborto fosse extensivo às mulheres em condições de vulnerabilidade social, a ponto de as impedir de “trazer novas
vidas ao mundo”.
c) as campanhas pró-aborto receberam apoio amplo da sociedade norte-americana e a sua prática obteve
repercussão, já que até mesmo as mulheres de minorias étnicas conquistaram esse direito, adotando o aborto como
método contraceptivo mais eficaz.
d) Angela Davis remete a um aspecto preciso na formação social norte-americana: as mulheres sempre tiveram os
mesmos direitos que os homens e nunca houve qualquer forma de distinção por gênero nos Estados Unidos, já que a
constituição daquele país é respeitada e protege a todos e todas de forma equânime.
e) embora o livro Mulheres, raça e classe tenha pertinência ao tratar de temas sobre a formação das minorias de
gênero, raça e classe e, sobretudo nos Estado Unidos, é uma obra que repercute de forma instigante os temas
presentes na década de 1970, tendo pouca relação com o contexto atual de luta por direito das mulheres no cenário
global.

8. (Enem 2022)

O ápice da ilustração se traduz por uma conduta social caracterizada pela


a) cultura do cancelamento.
b) prática do feminicídio.
c) postura negacionista.
d) ação involuntária.
e) defesa da honra.

9. (Uel 2020) Leia o texto a seguir.


O Brasil teve uma ligeira redução no número de mulheres assassinadas em 2018. Mas, ainda assim, os registros de
feminicídio cresceram em um ano. [...] Foram 1.173 no ano passado [2018], ante 1.047 em 2017. Desde 9 de março
de 2015, a legislação prevê penalidades mais graves para homicídios que se encaixam na definição de feminicídio –
ou seja, que envolvam “violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”. Os
casos mais comuns desses assassinatos ocorrem por motivos como a separação. Os dados mostram que, quatro anos
após a sanção da Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/2015), há uma maior notificação desses casos - ou seja, mais
delegados estão enquadrando os crimes como feminicídio, e não apenas como homicídio doloso.
Adaptado de: Cai o nº de mulheres vítimas de homicídio, mas registros de feminicídio crescem no Brasil. Portal G1. g1.globo.com

Defina o conceito sociológico de gênero, e com base nas informações do texto, relacione-o à distinção entre homicídio
doloso de mulheres e feminicídio, demonstrando, a seguir, a importância dessa distinção no combate à violência
contra as mulheres.
10. (Provão Paulista 2 2023) 60% dos jovens da periferia sem antecedentes criminais já sofreram violência policial. A
cada quatro pessoas mortas pela polícia, três são negras. Nas universidades brasileiras apenas 2% dos alunos são
negros.
(Racionais MC’s, música: Capítulo 4, versículo 3, disco Sobrevivendo no Inferno . Disponível em: https://www.letras.mus.br. Acesso em 14.08.2023. Adaptado)

O trecho da música acima aponta a situação de vulnerabilidade dos jovens moradores da periferia, sobretudo no que
se refere à população negra. Tal situação revela que a incidência da violência contra esse grupo ou a sua
oportunidade de ter acesso a equipamentos públicos e à universidade, frequentemente localizados em áreas distantes
da periferia, possui intrínseca relação com a renda, o lugar de moradia das pessoas no espaço da cidade e com as
questões raciais.
Qual conceito da geografia pode ser utilizado para analisar esse assunto?
a) Mobilidade populacional.
b) Organização regional.
c) Diversidade étnico-racial.
d) Segregação socioespacial.
e) Diversidade político-territorial.

11. (Ufgd 2022) [...] Em 2020, o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) registrou 17 casos de ameaças de morte
contra os povos indígenas, nos estados do Amazonas (4), Bahia (1), Maranhão (1), Mato Grosso do Sul (7), Paraná
(1), Pernambuco (2) e Rondônia (1). [...] as ameaças praticadas contra os povos indígenas foram de extrema
violência. [...] Dados oficiais obtidos junto à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e secretarias estaduais de
saúde informam a ocorrência de 182 assassinatos de indígenas em 2020. [...] Roraima (66), Amazonas (41) e Mato
Grosso do Sul (34) são os estados com maior número de casos. Os registros oficiais mostram um aumento no número
de assassinatos, em relação a 2019, de 61,06%. [...].
Relatório Violência contra os povos indígenas no Brasil. Conselho Indigenista Missionário (CIMI), p. 145 e p. 156, 2020. Disponível em: https://cimi.org.br/wpcontent/
uploads/2021/10/relatorio-violencia-povos-indigenas-2020-cimi.pdf. Acesso em: 02 nov. 2021 (adaptado).

O aumento relatado de assassinatos e os casos de ameaças são realidades incontestáveis, inclusive no Mato Grosso
do Sul. Assinale a alternativa que destaca corretamente a principal motivação desses acontecimentos nesse ente
federado.
a) Fome e desemprego.
b) Aspectos socioeconômicos.
c) Aspectos religiosos.
d) Disputa pela posse dos territórios indígenas.
e) Acesso à bebida alcoólica com facilidade.

12. (Fuvest-Ete 2022) O mapa e os diagramas a seguir refletem os dados colhidos pela Freedom House, entidade de
defesa dos direitos humanos, que há décadas coleta informações sobre a condição das liberdades civis e dos direitos
políticos em mais de 200 países e territórios, produzindo mapas sobre o estado da democracia no mundo. Os dados
foram publicados no início de 2021 e incluem os efeitos da pandemia de 2020.
Com base nas ilustrações e em seus conhecimentos, é correto afirmar:
a) A maioria da população mundial vive em países classificados como livres, embora numericamente estes países não
representem a maior quantidade dentre os 200 pesquisados.
b) A queda verificada na situação da liberdade no ano 2020 não apresenta relação com a pandemia, pois isso já vinha
sendo constatado nos países desde 2015.
c) Desigualdades econômicas, taxas de homicídios, feminicídios e condições de indígenas, pessoas negras e grupos
LGBT, podem explicar a condição limite obtida pelo Brasil na pontuação em liberdades civis.
d) Embora o mapa indique que a maioria dos países se encontrem em condição de classificação como "livres", em
anos recentes a tendência verificada é a de crescimento do número de "não livres".
e) Dentre os continentes, apenas a Europa apresenta países que, em sua totalidade, ou são "livres" ou "parcialmente
livres", como é o caso da Hungria, em condição limite e semelhante à do Brasil.
Gabarito:

Resposta da questão 1:
Os direitos humanos são os direitos fundamentais inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça,
sexo, nacionalidade, etnia, religião, orientação sexual ou qualquer outra condição. Eles incluem direitos civis, políticos,
econômicos, sociais e culturais, como o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à saúde, à educação, entre outros. Os
direitos humanos são universalmente reconhecidos e protegidos por diversos instrumentos legais internacionais, como
a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O descumprimento dos direitos humanos, como no caso do assassinato
de Genivaldo de Jesus dos Santos pela Polícia Federal Rodoviária de Sergipe, representa uma violação grave dos
princípios democráticos e do Estado de Direito, pois o assassinato de um cidadão por uma autoridade policial é uma
clara violação do direito à vida e do princípio da proporcionalidade na aplicação da lei. Além disso, o descumprimento
dos direitos humanos mina a confiança da população nas instituições democráticas e no Estado de Direito. Isto é,
quando os agentes do Estado agem com impunidade e violam os direitos dos cidadãos, isso gera um clima de medo,
desconfiança e injustiça. A sociedade perde a fé na capacidade do Estado de proteger seus direitos e garantir sua
segurança, o que enfraquece os pilares da democracia.

Resposta da questão 2:
[C]
Apenas a alternativa [C] está correta, pois reflete uma interpretação consistente dos dados apresentados. A decisão
do Supremo Tribunal Federal (STF) em junho de 2019 foi um avanço significativo ao criminalizar a homofobia e
transfobia, equiparando essas práticas ao crime de racismo. Entretanto, os dados do Anuário Brasileiro de Segurança
Pública mostram um aumento de mais de 50% nos registros de racismo e homofobia (ou transfobia) no Brasil em
2022 em comparação com o ano anterior. Essa constatação sugere que, apesar da ampliação formal da cidadania por
meio da decisão do STF, há barreiras significativas no cotidiano que impedem a efetiva redução das manifestações de
violência e discriminação contra a comunidade LGBTQIA+.

Resposta da questão 3:
[C]
Apenas a alternativa [C] está correta, pois reflete a importância de basear as discussões sobre questões sociais, como
o racismo, em dados concretos e objetivos, em oposição às construções pessoais subjetivas. Djamila Ribeiro enfatiza
que, apesar de algumas pessoas negarem a existência do racismo no Brasil, os dados estatísticos apresentados
evidenciam as disparidades e desigualdades enfrentadas pela população negra no país. Ao mencionar dados como a
diferença salarial entre negros e brancos, o aumento do número de assassinatos de jovens negros em comparação
com jovens brancos e a predominância da população negra entre os mais pobres e nas ocupações de menor prestígio
social, Djamila Ribeiro destaca a importância de olhar para a realidade através de uma lente baseada em evidências e
não em opiniões desinformadas.

Resposta da questão 4:
[D]
Apenas a alternativa [D] está correta. A Lei Maria da Penha, oficialmente Lei nº 11.340/2006, é uma legislação
brasileira que foi criada com o objetivo de combater a violência doméstica e familiar contra a mulher. Ela foi
sancionada em 7 de agosto de 2006 e recebeu esse nome em homenagem a Maria da Penha Maia Fernandes, uma
mulher brasileira que sofreu violência doméstica durante anos e ficou paraplégica em consequência de tentativas de
homicídio por parte de seu marido. Essa lei representa um marco na luta contra a violência de gênero no Brasil ao
introduzir medidas de proteção mais rigorosas e mecanismos legais para prevenir, punir e erradicar a violência contra
as mulheres.

Resposta da questão 5:
[C]
Apenas a alternativa [C] está correta.
A alternativa [A] está incorreta pois a “internação” de jovens funciona como uma espécie de encarceramento, uma
punição para atos que infrinjam a lei. Esse tipo de medida está muito mais relacionado à visão da juventude como
“problema/perigo”.
A alternativa [B] está incorreta pois as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) contribuíram para a criminalização da
juventude periférica do Rio de Janeiro, aumentando a violência policial e institucionalizando a ideia de que moradores
da periferia, inclusive os jovens, precisam de vigilância constante.
A alternativa [D] está incorreta pois os programas da Rede Cuca, ao incentivarem a mobilização dos jovens para a
arte e a comunicação, se encaixam numa visão da juventude como protagonista.

Resposta da questão 6:
[B]
Apenas a alternativa [B] está correta.
A alternativa [A] está incorreta pois a questão se refere, especificamente, a políticas de segurança pública, e não de
direitos humanos.
A alternativa [C] está incorreta pois não é possível afirmar que haja, na sociedade, um discurso crítico amplamente
difundido e homogêneo sobre o uso de violência pelas forças policiais. Em muitos casos, o uso da violência é ainda
defendido por parte da população.
A alternativa [D] está incorreta pois não há uma formação humanista nas forças de segurança públicas. Ao contrário,
essas forças possuem, muitas vezes, formação violenta e embasada em estigmas e preconceitos.
A alternativa [E] está incorreta pois o uso de instrumentos repressivos nas ações policiais não é tímido. Ao contrário,
essas ações são, frequentemente, bastante violentas.

Resposta da questão 7:
[B]
Apenas a alternativa [B] está correta.
A alternativa [A] está incorreta pois, nem sempre, os movimentos feministas foram protegidos pelo Estado.
A alternativa [C] está incorreta, pois as campanhas pró-aborto não foram amplamente apoiadas pela sociedade norte-
americana, especialmente no que diz respeito às frações conservadoras. Ainda, o aborto não deve ser considerado
um “método contraceptivo” e, como o trecho de Angela Davis demonstra, mulheres que recorrem ao aborto não
necessariamente gostariam de fazê-lo caso tivessem outras condições materiais de vida.
A alternativa [D] está incorreta pois não é verdade que, nos Estado Unidos, mulheres sempre tiveram os mesmos
direitos que os homens. Ainda, o trabalho de Angela Davis parte, justamente, do reconhecimento das desigualdades
de gênero, raça e classe.
A alternativa [E] está incorreta pois, ainda hoje, o trabalho de Angela Davis se mantém atual. Por exemplo, podemos
considerar que, em muitos países (como o Brasil) o aborto ainda não é legalizado e as mulheres sofrem com diversos
tipos de opressão.

Resposta da questão 8:
[B]
Apenas a alternativa [B] está correta. A ilustração representa o ciclo da violência contra as mulheres, geralmente
praticada pelos seus parceiros em ambiente doméstico. Esse ciclo é caracterizado pela sucessão de momentos de
carinho (lua de mel), irritação e agressões verbais (tensão) e violência física (agressão). A cada novo ciclo, as etapas
violentas tendem a escalar, culminando no feminicídio, isto é, no assassinato da mulher por conta de sua condição de
gênero.
As alternativas [A] e [C] estão incorretas pois o tema apresentado pela ilustração não possui relação com a cultura do
cancelamento ou com posturas negacionistas.
As alternativas [D] e [E] estão incorretas pois o feminicídio, representado no ápice da ilustração, não pode ser
justificado como uma ação involuntária, ou seja, pela qual o agressor não pode ser responsabilizado e, nem ao
menos, como uma ação de defesa da honra, dado que não há nenhuma atitude da vítima, seja ela qual for, que
autorize a violência por parte do seu agressor.

Resposta da questão 9:
Gênero, em termos sociológicos, refere-se às relações de caráter social e cultural presentes nas definições e
distinções sobre o masculino e o feminino. Gênero seria, portanto, uma construção social que demarca papéis sociais
e historicamente determinados, não decorrentes da diferença anatômica dos corpos. A consideração dos papéis de
gênero possibilita o questionamento de formulações naturalizantes que justificam a existência de uma hierarquia, ou
desigualdade, entre masculino e feminino, que resulta em relações de poder e dominação dos homens sobre as
mulheres. A queda no número de registros de “homicídios dolosos de mulheres” se deve a um aumento do número
de registro de casos de assassinatos tipificados como “feminicídios”. O feminicídio define-se como o homicídio
pautado por motivações violentas baseadas no gênero – ou seja, no papel social determinado à condição feminina em
um determinado contexto. A importância dessa distinção está em uma coação mais severa ao agressor, além de
tornar mais evidente para a sociedade a condição de submissão e subserviência a que mulheres são colocadas pela
dominação masculina, possibilitando a construção de práticas e políticas de transformação dessa realidade.

Resposta da questão 10:


[D]
A segregação socioespacial ocorre quando parte da população é geograficamente segregada em bairros periféricos,
favelas e cortiços, muitas vezes em locais distantes dos centros mais ricos e dos empregos. A população, grande
parte em situação de pobreza e pobreza extrema, é submetida aos transportes coletivos precários e perda de tempo
nos movimentos pendulares entre residências e locais de trabalho. Apresenta também dificuldade de acesso aos
serviços sociais (educação, saúde e segurança pública), infraestrutura urbana e saneamento básico (água potável,
rede coletora de esgotos e coleta de lixo).
Resposta da questão 11:
[D]
Nos últimos anos, agravaram-se os conflitos pela posse da terra entre povos indígenas e latifundiários, grileiros,
garimpeiros e madeireiros. Entre os estados mais conflituosos: Roraima, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
Bahia. Em Mato Grosso do Sul, os conflitos envolvem as etnias guarani caioá e terrena ante proprietários rurais. São
frequentes os assassinatos de lideranças indígenas e, por vezes, o envolvimento da política em reintegrações de
posse violentas.

Resposta da questão 12:


[C]
O Brasil é uma democracia pluripartidária com liberdade de expressão e de imprensa. Todavia, a posição limite do
país decorre de problemas sociais graves do país e quadro preocupante em relação ao respeito aos direitos humanos.
Destacam-se questões como desigualdade social acentuada, violência (inclusive estatal), além da discriminação contra
povos originários, negros, mulheres e comunidade LGBTQIAP+.

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