Resolução 14 PLANO MUNICIPAL DECENAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO 1 1

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 64

DD

CA

PLANO DECENAL DE
ATENDIMENTO
SOCIOEDUCATIVO DO
MUNICÍPIO DO JABOATÃO DOS
GUARARAPES - PE

(2017 – 2026)

Jaboatão dos Guararapes, novembro de 2016


DD
CA

EXPEDIENTE

Prefeitura Municipal de Jaboatão dos Guararapes


Prefeito
ELIAS GOMES
Vice-Prefeito
HERALDO SELVA
Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Mobilização Social
Maria da Conceição Oliveira do Nascimento
Secretaria Executiva de Assistência Social
José Fernando da Silva

CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – CMDDCA/JG


Conselheiros Representantes da Sociedade Civil
Titulares
CENTRO EDUCACIONAL E SOCIAL DAS MARINAS - Ivone Maria de Araújo
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO LORETO (ASSMORETO) - Maruska Matos Barbosa de Lima
(Presidente do CMDDCA – JG)
CENTRO ESPECIALIZADO DE PRAZERES – CENESPRA - Alana Anselmo Carneiro
CRECHE NOSSA SENHORA DA PIEDADE - Tânia Braga de Melo Correia
FUNDAÇÃO GIACOMO E LÚCIA PERRONE - Helaine Alves Alencar
FEDERAÇÃO DEFENSORA DOS DIREITOS HUMANOS –
Suplentes
ASSOCIAÇÃO S.O.S PESSOAS CARENTES
COMUNITÁRIA DOS MORADORES DE COMPORTAS
Conselheiros Representantes do Governo
SECRETARIA EXECUTIVA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Titular: João Batista do Espírito Santo (Vice-Presidente do CMDDCA – JG)
Suplente: Mirella Cavalcante Vilar Lima
SECRETARIA EXECUTIVA DA MULHER
Titular: Carina Catanho
Suplente: Laura Cristina P. da Silva
SECRETARIA EXECUTIVA DE DIREITOS HUMANOS E POLÍTICAS SOBRE DROGAS E JUVENTUDE
Titular: Lucas Magalhaes Barros
Suplente: Elza Maria de Andrade Mota -
SECRETARIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO
DD
CA

Titular: Zuleica Maria Tavares de Brito Leitão -


Suplente: Gilvaneide Burégio Maranhão
SECRETARIA EXECUTIVA DA SAÚDE
Titular: Gicely Regina Sobral da Silva Monteiro
Suplente: Marilane Freire de Melo
SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO E SUSTENTÁVEL
Titular: Samara Melquiades Moreira
Suplente: Nadja Rejane Leite
SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL
Titular: Nelino José Azevedo de Mendonça
Suplente: Ricardo Luciano

COMISSÃO DE ARTICULAÇÃO E INTEGRAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL


DECENAL SOCIOEDUCATIVO DO JABOATÃO DOS GUARARAPES.
Secretaria Executiva de Assistência Social – Mirella Vilar / Lailma Lemos
Secretaria Executiva de Saúde – Gicely Monteiro
Secretaria Executiva de Direitos Humanos, Políticas sobre Drogas e Juventude – Gabriela Cordeiro
Secretaria Executiva da Mulher – Carina Catanho
Secretaria Executiva de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo – Janaína Lopes / Cleide
Camargo.
Secretaria Executiva de Ordem Pública e Segurança Cidadã – Alessandra Serrano
Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – João Batista / Marusk
Barros
Conselho Tutelar – Suelen Vasconcelos / Conceição Vanderlei
Unidades Executoras das Medidas em Meio Aberto:
Centro de Reintegração Renascer – João de Deus / Mauricéia Paula
Associação dos Moradores de Buenos Aires – Hugo da Silva Lima / Edson Veras
FUNASE em Jaboatão dos Guararapes:
CASEM – Martha Urquisa / Giovana Rodrigues
CASE – Kissia Cavalcante

SISTEMA DE JUSTIÇA
Vara da Infância e Juventude
Dra. Christiana Caribé
Ministério Público
Dra. Maria de Fátima de Ferreira Araújo
DD
CA

EQUIPES RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO DAS MSEMA


CREAS MSE (Coordenação Municipal das MSEMA)
Lailma Sheyla de Lemos - Coordenação
Valéria Regina Granha - Analista de Politicas Sociais e Econômicas (Pedagoga)
Maria Olivia Ferreira dos Santos - Analista de Politicas Sociais e Econômicas (Assistente Social)
Mirian Zayny Souza Silva - Analista de Politicas Sociais e Econômicas (Assistente Social)
Aleksandra Lavor Serbin Umbelino - Analista de Politicas Sociais e Econômicas (Psicóloga)
Rosene Izidório dos Santos Souza- Analista de Politicas Sociais e Econômicas (Assistente Social)
UNIDADES EXECUTORAS
AMBA - Associação dos Moradores de Buenos Aires
Erika Maria Batista Bezerra - Coordenação
Silvana Magna Pereira Calestino - Psicóloga
Hugo Felipe da Silva Lima - Psicólogo
Gabriella Cavalcanti da Silva - Assistente Social
Margone Valéria Pereira Alves - Orientadora Social
Edson José Veras do Nascimento - Orientador Social
Eliane Guedes dos Santos - Orientadora Social
Elizangela Timóteo dos Santos - Orientadora Social
Valdelice Souza Santana - Orientadora Social
Centro de Reintegração Renascer
João de Deus de Oliveira Silva - Coordenação
Ana Lucia Silva do Amaral - Assistente Social
Georgia Silvia Barboza Pino - Assistente Social
Geane Batista de Souza - Psicóloga
Mauriceia Paula da Silva - Psicóloga
Fabio Riccelli Lima Souza - Orientador Social
Murilo Virgínio da Silva - Orientador Social
Maria da Conceição Barbosa Franco - Orientadora Social
Angelina Maria de Lira Costa - Orientadora Social
Carla Gonçalves Adelino - Orientadora Social
Renato de Souza Carlo - Orientador Social
CONSULTORIA
CDC – Centro de Desenvolvimento e Cidadania
CDC Rua da Assembleia, 67, sala 21.
Ed. San Gabriel – Bairro do Recife.
CNPJ 03.970.166/0001-29
DD
CA

CEP 50.030-130
[email protected]
Coordenação Técnica: João Candido de Melo Sobrinho
[email protected]
DD
CA

SUMÁRIO

Resolução n° 14 de 23 de novembro de 2016


Lista de Siglas
Lista de Gráficos
Lista de Tabelas
Apresentação
1. Princípios e Diretrizes
1.1 Princípios

1.2 Diretrizes

2. Marcos Jurídicos

2.1. Vigência internacional

2.2. Vigência nacional

2.2. 1. Vigência estadual

2.2.2. Vigência municipal


3. Marco Situacional
3.1. Sistema de Justiça e Segurança
3.2. Atendimento Inicial Integrado
3.3. Acesso aos direitos e serviço de proteção social
3.4. Atendimento em Meio Fechado
3.5. Atendimento em Meio Aberto
3.6. Recursos Humanos
3.7. Sistema de Informação
4. Diagnóstico do Atendimento Socioeducativo
4.1. Medidas Socioeducativas em meio fechado no município de Jaboatão dos
Guararapes
4.2. Medidas Socioeducativas em meio aberto no município de Jaboatão dos
Guararapes
4.2.1. Perfil dos adolescentes e jovens em cumprimento de MSEMA do município,
por regional.
4.2.1.1. Regionais e Bairros de moradia.
4.2.1.2. Adolescentes por Faixa Etária
4.2.1.3 Adolescentes por Sexo
4.2.1.4 Adolescentes por Raça/Cor
4.2.1.5 Atendimento por número de atos infracionais atribuídos
DD
CA

4.3. Situações de violências sofridas pelos/as adolescentes em cumprimento de


MSEMA
4.4. Das famílias dos adolescentes em cumprimento de MSEMA
4.5. Do acesso aos direitos fundamentais: políticas sociais básicas e de assistência
social
4.5.1. Direito à Vida e Saúde
4.5.2. Direito à Assistência Social
4.5.3 Direito à Educação
4.5.4. Direito ao Lazer
4.5.5. Direito à Cultura
4.5.6. Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho
5. Orçamento
6. Monitoramento e Avaliação
7. Modelo de Gestão do Sistema Socioeducativo Municipal de Jaboatão dos
Guararapes
7.1. Roteiros dos Fluxos de Atendimento Socioeducativo em meio aberto em
Jaboatão dos Guararapes
7.1.1 Fluxo do Atendimento da Medida Socioeducativa de Prestação de Serviço à
Comunidade – PSC
7.1.2. Fluxo do Atendimento da Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida L.A
8. Eixos Operativos: objetivos, metas, prazos e responsáveis.
Eixo 1: Gestão do Atendimento Socioeducativo de Jaboatão dos Guararapes
Eixo 2: Qualificação do Atendimento Socioeducativo de Jaboatão dos Guararapes
Eixo 3: Cofinanciamento do Plano Decenal Municipal de Jaboatão dos Guararapes
Eixo 4: Participação Cidadã dos Adolescentes de Jaboatão dos Guararapes
Eixo 5: Sistemas de Justiça e Segurança em Jaboatão dos Guararapes
Bibliografia
Anexos
DD
CA

RESOLUÇÃO n° 14 de 23 de novembro de 2016

EMENTA. Aprova o Plano Decenal de Atendimento


Socioeducativo do Município de Jaboatão dos Guararapes - PE
(2017 – 2026) e estabelece outras providências.

O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do município de


Jaboatão dos Guararapes, no uso das atribuições estabelecidas na Lei Municipal nº Lei nº
1.038/2014.
Considerando as disposições constitucionais contidas nos artigos 227, caput e § 7º e 204;
Considerando as disposições da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990, no que se referem à proteção
integral e prioridade absoluta de criança e adolescente, em especial o art. 111;
Considerando a Resolução nº 119, de 11 de dezembro de 2006, que cria o Sistema Nacional de
Atendimento Socioeducativo (SINASE);
Considerando as disposições da Lei nº 12.594, de 18 de janeiro de 2012, em especial os arts. 5º, I, II,
III, IV, V, VI, VII, VIII, 7º, §2º e 8º;
Considerando a Resolução nº 160, de 18 de novembro de 2013, que aprova o Plano Nacional de
Atendimento Socioeducativo;
Considerando a Resolução Nº 54 de 28 de abril de 2015, que aprova o Plano Estadual de
Atendimento Socioeducativo; e
Considerando a Assembleia realizada em 23 de novembro de 2016,
Resolve:
Art. 1°. Aprovar o Plano Decenal de Atendimento Socioeducativo do Município de Jaboatão dos
Guararapes-PE (2017 – 2026), contendo Princípios, Diretrizes, Marcos Jurídicos, Marco Situacional,
Modelo de Gestão do Sistema Socioeducativo Municipal, e Roteiros dos Fluxos dos atendimentos
em MSEMA, bem como os Eixos Operativos, compostos por metas, prazos e responsáveis para
Gestão, Qualificação do Atendimento, Participação Cidadã dos Adolescentes e Sistemas de Justiça e
Segurança.
Art. 2°. A concretização do Plano Decenal de Atendimento Socioeducativo do Município de
Jaboatão dos Guararapes se consubstancia no ciclo orçamentário do PPA (Plano Plurianual), LDO
(Lei de Diretrizes Orçamentárias) e LOA (Lei Orçamentária Anual), no marco temporal de 2017 a
2026.
Art. 3º. O Órgão Gestor da Política de Atendimento Socioeducativo em meio aberto do município
de Jaboatão dos Guararapes é a Secretaria responsável pela Assistência Social.
Art. 4º. Caberá ao CMDDCA – JG e ao órgão Gestor Municipal a responsabilidade de contemplar nas
leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) do município a destinação dos recursos orçamentários
necessários ao cumprimento do presente Plano.
DD
CA

Parágrafo único. A Coordenação da Política e a normatização Pedagógica são exercidas pelo CREAS
MSE vinculado à Secretaria responsável pela Assistência Social do município.
Art. 5º. Fica criada a Comissão Municipal Intersetorial do Sinase, que terá a competência de
acompanhar a execução do Plano Municipal Decenal de Atendimento Socioeducativo (2017-2026),
instituído por esta Resolução, bem como articular e integrar as políticas públicas e elaborar
estratégias conjuntas para o desenvolvimento de ações relativas à execução de Medidas
Socioeducativas no município de Jaboatão dos Guararapes - PE.
Parágrafo único. A Comissão Municipal Intersetorial do Sinase terá a seguinte composição, sendo
01 (um) representante titular e 01 (um) suplente de cada Secretária ou Órgão:
I – Secretaria responsável pela Assistência Social, órgão Gestor do Sistema Municipal de
Atendimento Socioeducativo em Meio Aberto, que tem a função de coordenar a Comissão
juntamente com o CMDDCA-JG;
II – Secretaria responsável pela Educação;
III – Secretaria responsável pela Saúde;
IV – Secretaria responsável pelos Direitos Humanos;
V – Secretaria responsável pela Mulher;
VI – Secretaria responsável pela Cultura;
VII – Secretaria responsável pelos Esportes e Lazer;
VIII – Secretaria responsável pelo Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo;
IX – Secretaria responsável pela Ordem Pública e Segurança Cidadã;
X – Secretaria responsável pelas Finanças;
XI – Secretaria responsável pelo Planejamento da Gestão;
XII - Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDDCA/JG;
XIII – Conselho Municipal de Assistência Social;
XIV – Conselho Municipal de Saúde;
XV – Conselho Municipal de Educação;
XVI – Conselho Tutelar;
XVII – Conselho Municipal de Ordem Pública e Segurança Cidadã;
XVIII - Unidades Executoras das Medidas em Meio Aberto;
XIX – Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado de Pernambuco - FUNASE;
XX – Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Art. 6º. A organização e o funcionamento da Comissão Municipal Intersetorial do Sinase serão
estabelecidos por Regimento Interno.
Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua aprovação e terá efeitos políticos,
administrativos, jurídicos, orçamentário-financeiros e pedagógicos de janeiro de 2017 a dezembro
de 2026.

Jaboatão dos Guararapes, 23 de novembro de 2016.


DD
CA

Maruska Lima
Presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Jaboatão dos
Guararapes – PE
DD
CA

Lista de Siglas

ALEPE – Assembleia Legislativa de Pernambuco


AMBA - Associação dos Moradores de Buenos Aires
CAPS – AD – Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas
CAPS – Álcool e Drogas Infanto-juvenil
CAPS – Centro de Atenção Psicossocial
CAPS -i – Centro de Atenção Psicossocial Infantil
CASE – Centro de Atendimento Socioeducativo
CASEM – Casa de Semiliberdade
CDL - Câmara de Dirigentes Lojista
CEDCA/PE – Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Pernambuco
CENIP – Centro de Internação Provisória
CMAS – Conselho Municipal de Assistência Social
CMDDCA-JG - Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Jaboatão
dos Guararapes
CME – Conselho Municipal de Educação
CMOPSC – Conselho Municipal de Ordem Pública e Segurança Cidadã
CMS – Conselho Municipal de Saúde
CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social
CNE - Conselho Nacional de Educação
CNJ - Conselho Nacional de Justiça
CONANDA – Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
CRAS – Centro de Referência da Assistência Social
CREAS – Centro de Referência Especializado em Assistência Social
CREAS MSE - Centro de Referência Especializado em Assistência Social de Medidas Socioeducativas
CT – Conselho Tutelar
CVLI Adolescentes – Crimes Violentos Letais Intencionais contra Adolescentes
DPCA – Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
FIA – Fundo para a Infância e Adolescência
FUNASE – Fundação de Atendimento Socioeducativo
LA – Liberdade Assistida
LDB – Lei de Diretrizes da Educação
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentária
LOA – Lei Orçamentária Anual
DD
CA

MDS – Ministério de Desenvolvimento Social


MPPE – Ministério Público de Pernambuco
MSE – Medida Socioeducativa
MSEMA – Medida Socioeducativa em Meio Aberto
MSEMF - Medida Socioeducativa em Meio Fechado
ONG – Organização Não Governamental
PAEFI - Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias Indivíduos
PBF – Programa Bolsa Família
PC – Polícia Civil
PIA – Plano Individual de Atendimento
PM – Polícia Civil
PNAISARI - Política de Atenção Integral à Saúde dos Adolescentes em Conflito com a Lei, em
Regime de Internação e Internação Provisória
PPA – Plano Plurianual
PPCAAM - Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte
PPP - Proposta Político Pedagógica
PPVIDA – Programa Municipal de Proteção à Vida
PSC – Prestação de Serviço à Comunidade
RENASCER - Centro de Reintegração Renascer
SCFV – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
SDS – Secretaria de Defesa Social do Governo de Pernambuco
SGD – Sistema de Garantia de Direitos
SINASE – Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
SIPIA - Sistema de Informação para a Infância e Adolescência
SUAS - Sistema Único de Assistência Social
SUS – Sistema Único de Saúde
TJPE – Tribunal de Justiça de Pernambuco
UNIAI – Unidade de Atendimento Inicial
VIJ – Vara da infância e Juventude
DD
CA

Lista de Gráficos

Gráfico Conteúdo
01 Bairros (Regionais) com maior demanda para MSEMF
02 Adolescentes atendidos na FUNASE em 2015 por municípios
03 Adolescentes atendidos na FUNASE por idade em 2015
Atos infracionais cometidos por adolescentes do sexo masculino
04
2014/2015
Atos Infracionais cometidos por adolescentes do sexo feminino
05
2014/2015
06 Procedências de adolescentes em MSEMA por Regional.
07 Bairros/Regionais de origens dos atendimentos em MSEMA
08 Faixas Etárias dos adolescentes em MSEMA PSC (2014/2015)
09 Faixas Etárias dos adolescentes em MSEMA L.A (2014/2015)
Faixa Etária dos adolescentes em MSEMA PSC e L.A concomitantes
10
(2014/2015)
11 Adolescentes por Sexo MSEMA PSC (2014 / 2015)
12 Adolescentes por Sexo MSEMA L.A (2014 / 2015)
13 Adolescentes por Sexo MSEMA PSC e L.A concomitantes (2014 / 2015)
14 Adolescentes por Raça Cor/L.A MSEMA (2014/2015)
15 Adolescentes por Raça/Cor MESMA PSC e L.A concomitantes
16 Adolescentes em 1º Ato Infracional
17 Adolescentes com 02 ou mais Atos Infracionais
Adolescentes em cumprimento de MSEMA ameaçados de morte durante
18
o atendimento
19 Composição das Famílias dos adolescentes em MSEMA
20 Composição Etária da Família (2014 e 2015)
21 Atendimento em Saúde
22 Adolescentes com Transtorno Mental
23 Adolescentes com Famílias Atendidas no Programa Bolsa Família
24 Adolescentes inseridos em outros Programas Sociais
25 Famílias de Adolescentes inseridas em outros Programas sociais
26 Escolarização
27 Matrículas e Frequências escolar.
28 Acesso ao Lazer
29 Acesso a Atividades Culturais
30 Adolescentes inseridos em Atividades Profissionalizantes
DD
CA

Lista de Tabelas
Tabela Conteúdo
01 Recursos Humanos do CREAS
Recursos Humanos das unidades executoras de MSEMA em
02
novembro/2016
Unidades de Atendimento meio fechado para o sexo masculino sediada
03
em Jaboatão dos Guararapes
04 Adolescentes do sexo feminino atendidas na FUNASE em 2015
05 Entrada de adolescentes na FUNASE por Bairros
Unidades executoras de MSEMF no município de Jaboatão dos
06
Guararapes
Tipos de Atos Infracionais atribuídos aos Adolescentes em cumprimento
07
de MSEMA no Município de Jaboatão dos Guararapes
Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA na Regional 1 –
08
Jaboatão Centro:
Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA na Regional 2 –
09
Cavaleiro.
Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA na Regional 3 –
10
Curado
Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA na Regional 4 –
11
Muribeca.
Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA na Regional 5 –
12
Prazeres
13 Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA na Regional 6 - Praias
Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA na Regional 7 –
14.
Guararapes.
15 Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA de outros municípios
16 CVLI e demais violências
17 CVLI por bairros
Relação de adolescente em Cumprimento de Medidas Socioeducativas
18
em Meio Fechado e Meio Aberto Jaboatão dos Guararapes.
Situações de violências vivenciadas pelos (as) adolescentes e jovens antes
19
do cumprimento da MSEMA.
20 Responsáveis pelo sustento da família
21 Adolescente em cumprimento de medida socioeducativa com filhos
22 Gestão do Atendimento Socioeducativo do Jaboatão dos Guararapes - PE
Eixos Estratégicos do Plano Municipal Decenal de Atendimento
23
Socioeducativo
DD
CA

Apresentação

A construção de Planos de ação para política pública significa uma mudança de paradigma para o
poder público e a sociedade civil, pois estabelece que as políticas necessárias ao atendimento dos
direitos dos diversos segmentos da população saiam da esfera das idiossincrasias dos gestores em
exercício (política de governo) para se tornar políticas de Estado. Haja vista que seus prazos
englobam mais de um período de gestão. Os Planos delineiam em que estágio se encontra as ações
governamentais referentes às políticas específicas, tanto dos órgãos de responsabilidade direta,
como dos demais a ela relacionados (diagnóstico), que propicia a organização dos objetivos, metas,
prazos, os responsáveis e parceiros pelas ações necessárias a realização da política.

Estes Planos ganham um contorno especial, quando se referem às políticas de atendimento para
criança e adolescente, em virtude da Lei Especial, Estatuto da Criança e do Adolescente, que
organiza e rege os direitos destinados a esses grupos populacionais, prevê a integração das ações
dos distintos órgãos governamentais das diversas esferas governamentais (União, Estados
membros, distrito Federal e Municípios) e das organizações da sociedade civil (Art. 86). Neste
sentido o CONANDA fez publicar, no ano de 2006, as Resoluções nºs 113 e 117, que regulam o
funcionamento do Sistema de Garantia dos Direitos de Criança e Adolescente, estabelecendo os
Eixos de atuação, bem como seus respectivos membros e funções. Não é possível executar as ações
de um Plano de Ação para criança e adolescente sem delinear as responsabilidades de cada órgão
(membros) do SGD.

Nesta direção o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de


Jaboatão dos Guararapes (CMDDCA-JG) aprova o Plano Decenal de Atendimento Socioeducativo de
Jaboatão dos Guararapes (2017 – 2026), que se organiza a partir dos marcos jurídico de
abrangência internacional e nacional.
Vale ressaltar que é uma determinação legal (Lei Federal de nº. 12.594/2012), que a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios elaborem seus Planos Decenais Socioeducativos. A
União e o Estado de Pernambuco já os fizeram, nos termos das Resoluções nºs 160/2013 e
54/2015, do CONANDA e CEDCA/PE, respectivamente. Restando ao município de Jaboatão dos
Guararapes neste momento, via Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente, com o apoio da Secretaria Executiva de Assistência Social realizar e entregar para a
sociedade jaboatonense o Plano Decenal Municipal de Atendimento Socioeducativo (2017– 2026).

O Plano Decenal busca normatizar todas as ações necessárias à consecução dos programas de
Prestação de Serviço à Comunidade (PSC) e Liberdade Assistida (LA), bem como sua retaguarda,
com ações de proteção social, vigilância e garantia de direito. Essa última também deve se estender
aos adolescentes em medidas em meio fechado, uma vez que o município é sede de unidades da
FUNASE de semiliberdade e internação.
O presente documento tem a seguinte estrutura:
 Princípios e Diretrizes;
 Marcos Jurídicos;
 Marco Situacional;
 Modelo de Gestão do Sistema Socioeducativo Municipal de Jaboatão dos Guararapes;
 Monitoramento e Avaliação;
 Eixos Operativos: objetivos, metas, prazos e responsáveis;
 Roteiro dos Fluxos do Atendimento Socioeducativo em meio aberto;
DD
CA

A execução do Plano Decenal Municipal de Jaboatão dos Guararapes tem seu cronograma dividido
em quatro períodos, a saber:
1º Perídio (2017): referente ao último ano do Plano Plurianual (PPA) da Gestão
Municipal iniciada em 2013 e nas respectivas Leis de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) e Orçamentária Anual (LOA) desses anos;

2º Período (2018 – 2021): quadriênio do PPA a ser realizado pela Gestão Municipal
eleita em 2016 e respectivas LDOs e LOAs;
3º Período (2022 – 2025): quadriênio do PPA a ser realizado pela Gestão Municipal
eleita em 2020 e respectivas LDOs e LOAs;

4º Período (2026): ano final do Plano Decenal Municipal.

A presente opção metodológica busca facilitar a incidência política no processo de elaboração do


orçamento público municipal e também o acompanhamento e a avaliação do cumprimento dos
objetivos e metas contidas no Plano Decenal.

A construção do presente Plano se deu com a participação da Comissão de Articulação e Integração


para elaboração do Plano Municipal Decenal Socioeducativo do Jaboatão dos Guararapes, criada
pela Resolução CMDDCA nº 02/2016, o corpo técnico da Gerência de Proteção Especial/Secretaria
Executiva de Assistência Social, profissionais do CREAS MSE, representantes das entidades não
governamentais executoras das medidas socioeducativas, representantes das Secretarias
Municipais e de integrantes dos Conselhos de Direito e Tutelares.

Foram ouvidas, em momentos distintos, sugestões dos membros do Sistema de Justiça: Vara e
Promotoria da Infância, Conselheiros Tutelares e a Coordenação das GPCA. Também aconteceram
encontros com representações da FUNASE (CASE e CASEM) instalados no município.

O processo de construção teve início com um Seminário do qual participaram representações dos
órgãos e profissionais acima elencados, quando foi apresentado o PORQUÊ e o PARA QUE do Plano
Decenal, bem como os procedimentos necessários a construção do Instrumento.

Entre os procedimentos de construção foram ouvidas sugestões dos técnicos da Coordenação do


atendimento e das entidades executoras para o Plano, assim como grupos de adolescentes em
atendimento e de seus familiares.

Entre as fases da realização do Plano Decenal se procedeu a construção dos roteiros dos fluxos do
atendimento socioeducativo PSC e L.A, que também teve a colaboração dos atores já
referenciados, e que é parte integrante deste Plano.

Boa leitura e boa ação para atingir objetivos e metas!

Maruska Lima

Presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Jaboatão


dos Guararapes – PE
DD
CA

1. Princípios e Diretrizes

O presente Plano estabelece relação, seguindo as determinações da Lei do SINASE, com os Planos
nacionais e do estado de Pernambuco, e visa à organização do atendimento socioeducativo de
maneira coordenada entre o município de Jaboatão dos Guararapes, o estado de Pernambuco e a
União. Cada ente tem sua especificidade, por isso foram incorporados alguns princípios e diretrizes
de significação local e contemplados outros naqueles Planos.
1.1. Princípios
i. Os/As adolescentes envolvidos em atos infracionais e com atendimento em PSC e LA são
sujeitos de direitos e devem receber a proteção integral de seus direitos;
ii. Os/As adolescentes em atendimento de PSC e LA são responsáveis pelos atos praticados;
iii. Aos/As adolescentes em atendimento socioeducativo são garantidos todos os direitos
fundamentais, entre os quais a presunção da inocência, bem como o devido processo legal
e a ampla defesa;
iv. O atendimento das Medidas de PSC e LA devem contar com participação social e gestão
democrática, a intersetorialidade e responsabilização, por meio da integração operacional
dos órgãos que compõem o SGD.
1.2. Diretrizes
i. Garantir a qualidade do atendimento socioeducativo de acordo com os parâmetros das
normas nacionais e internacionais;
ii. Focar a socioeducação por meio da construção de novos projetos pactuados com a
participação dos adolescentes e de suas famílias, consubstanciados no Projeto Político
Pedagógico e em Planos Individuais de Atendimento;
iii. Incentivar o protagonismo, participação e autonomia de adolescentes em cumprimento de
medida socioeducativa e de suas famílias;
iv. Primazia da aplicação das medidas socioeducativas em meio aberto para os/as
adolescentes que cometem atos infracionais;
v. Criar mecanismos que previnam e medeiem situações de conflitos, bem como estabelecer
práticas restaurativas;
vi. Garantir o acesso do adolescente ao Sistema de Justiça (Poder Judiciário, Ministério
Público, Defensoria Pública) e o direito de ser ouvido sempre que requerer;
vii. Garantir o acesso ao Conselho Tutelar dentro da prerrogativa da Lei do Sinase;
viii. Garantir atendimento especializado pela Polícia Civil;
ix. Garantir o direito ao reconhecimento de suas características indenitárias de gênero,
raça/cor/etnia, pessoa com deficiência e liberdades de orientação sexual e religiosa;
x. Garantir o direito à sexualidade e saúde reprodutiva;
xi. Garantir o direito à educação de qualidade, à profissionalização, às atividades esportivas,
de lazer e de cultura para os adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas de
PSC e LA, considerando sua condição singular como estudantes e reconhecendo a
escolarização como elemento estruturante do sistema socioeducativo;
xii. Promover articulação e integração da Secretaria responsável pela Assistência Social com a
Secretaria responsável pela política estadual de atendimento socioeducativo e a FUNASE,
para que as informações sobre os atendimentos de cada ente federativo sejam repassadas
um ao outro, sem solução de continuidade;
xiii. Garantir o acesso ao direito à saúde integral;
xiv. Garantir ao adolescente o direito de reavaliação e progressão da medida socioeducativa;
DD
CA

xv. Garantir a articulação e integração no atendimento do SINASE, por meio da gestão


compartilhada entre as três esferas de governo, através do mecanismo de
cofinanciamento;
xvi. Integrar a operacionalização das ações dos órgãos da área de educação, saúde, assistência
social, cultura, esporte, lazer, capacitação para o trabalho e esporte para os adolescentes e
jovens em cumprimento de medida socioeducativa;
xvii. Valorizar os profissionais da socioeducação, promovendo sua formação continuada;
xviii. Garantir a autonomia do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente de Jaboatão dos Guararapes nas deliberações e controle do Plano Municipal
de Atendimento Socioeducativo e do SINASE;
xix. Ter regras claras de convivência institucional definidas em regimentos internos apropriados
por toda a comunidade socioeducativa;
xx. Garantir ao adolescente a reavaliação da medida de Liberdade Assistida, no máximo a cada
06 (seis) meses, disponibilizando aos membros de defesa do SGD acesso aos instrumentos
pedagógicos e legais necessários a formação de seus convencimentos;
xxi. Garantir a permanente atualização dos instrumentos de avaliação pedagógica dos
adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, de forma a permitir, a
viabilidade dos pedidos de reavaliação, da substituição ou da suspensão das medidas de
meio aberto e do plano individual de atendimento a qualquer momento, por parte da
direção do programa de atendimento, do Defensor do Ministério Público, do adolescente e
de seus pais ou responsável.
xxii. Garantir políticas básicas, bem como a retaguarda com ações de proteção social, vigilância
e garantia de direito para os adolescentes em medidas em meio fechado, uma vez que o
município sedia unidades da FUNASE.
DD
CA

2. Marcos Jurídicos

Os direitos de criança e adolescente se pautam em marcos jurídicos externos e internos:


2.1. Vigência internacional
 Convenção sobre os Direitos da Criança - Aprovada pela ONU em 1989, adotada pelo Brasil
em 1990. Tem como princípios básicos: a proteção integral, a não discriminação; o melhor
interesse da criança; direito à vida, à sobrevivência e ao desenvolvimento; respeito pelas
opiniões da criança.
 Regras Mínimas das Nações Unidas para a Administração da Justiça de Menores - Regras
de Beijing - Determina que a punição pela ação delituosa deva ser aplicada imparcialmente,
sem qualquer distinção, designadamente de raça, cor, sexo, língua, religião, de opiniões
políticas ou outras, de origem nacional ou social, de condição econômica, nascimento ou
outra condição e que os Sistemas Jurídicos reconheça a noção de responsabilidade, levando
em consideração os problemas de maturidade afetiva, psicológica e intelectual; propõe a
criação de Delegacias e Justiça Especializadas para investigação e processamento das ações
cometidas por adolescentes.
2.2. Vigência nacional
 Constituição Federal – Estabelece a prioridade absoluta (Art. 227) e a inimputabilidade aos
menores de 18 anos (Art. 228). Esses dois dispositivos são decorrentes dos arts. 1º e 3º
(Princípios e os Objetivos do Estado brasileiro) e 5º (Direitos Fundamentais).
 Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/1990 – que se denomina lei da
proteção integral e determina seus destinatários como detentores de prioridade absoluta. E
ainda que adolescentes não comentem crime e sim ato infracional, responsabilizado
através de medidas socioeducativas.
 Resolução nº 119/2005 do CONANDA – Cria o Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo, como o conjunto ordenado de princípios, regras e critérios, de caráter
jurídico, político, pedagógico, financeiro e administrativo, que envolve desde o processo de
apuração de ato infracional até a execução de medida socioeducativa. Esse sistema
nacional inclui os sistemas estaduais, distrital e municipais, bem como todos as políticas,
planos, e programas específicos de atenção a esse público.
 Resolução nº 113/2006 – Dispõe sobre os parâmetros para a institucionalização e
fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente:
 Resolução nº 117/2006 Altera dispositivos da Resolução nº 113/2006, que dispõe sobre os
parâmetros para a institucionalização e fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos
da Criança e do Adolescente.
 Resolução nº 109/2009 - Tipifica os serviços a serem prestados no âmbito do Sistema Único
da Assistência Social – SUAS;
 Lei nº 12.594/2012 – Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase),
regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que
pratique ato infracional; e altera o Estatuto da Criança e do Adolescente, inclusive
determina que todos os entes federativos elaborem seus Planos decenais de atendimento
socioeducativos.
 Resolução nº 160/2013 do CONANDA – aprova o Plano Nacional Socioeducativo.
 Resolução CNE nº 3/2016 – Define diretrizes para o atendimento escolar de adolescentes e
jovens em cumprimento de medida socioeducativa.
 Resolução CNAS nº 18/2014 - Dispõe sobre expansão e qualificação do Serviço de Proteção
Social aos Adolescentes em Cumprimento de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto de
Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade no exercício de 2014
DD
CA

 Caderno de Orientações Técnicas: Serviço de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto.


Secretaria Nacional de Assistência Social.
 Portaria nº 1.082/2014 - Redefine as diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde de Adolescentes em Conflito com a Lei, em Regime de Internação e Internação
Provisória (PNAISARI), incluindo-se o cumprimento de medida socioeducativa em meio
aberto e fechado; e estabelece novos critérios e fluxos para adesão e operacionalização da
atenção integral à saúde de adolescentes em situação de privação de liberdade, em
unidades de internação, de internação provisória e de semiliberdade.
 Portaria nº 1.083/2014 - Institui o incentivo financeiro de custeio para o ente federativo
responsável pela gestão das ações de atenção integral à saúde dos adolescentes em
situação de privação de liberdade, de que trata o art. 24 e parágrafo único da Portaria nº
1.082/GM/MS, de 23 de maio de 2014.

2.2.1 Vigência estadual


 Lei nº 14.864, de 7 de dezembro de 2012 - Institui o Sistema de Transferência de Recursos
/Financeiros do Fundo Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente aos
respectivos Fundos Municipais para transferência de recursos destinada a financiar as
ações continuadas de programas de proteção e socioeducativos em meio aberto e de
atendimento inicial, executadas por entidades de atendimento governamentais e não
governamentais dos municípios, para os programas: II – Programas Socioeducativos em
meio aberto, na modalidade de: a) prestação de serviços à comunidade; b) liberdade
assistida; III – Programa de Atendimento inicial.
 Resolução nº 54/2015 do CEDCA/PE – Aprova o Plano Estadual Decenal de Atendimento
Socioeducativo do Estado de Pernambuco (2015 – 2024).
2.2.2. Vigência municipal
 Resolução nº 17/2007 – CMDDCA/JG - Institui o atendimento da medida socioeducativas
em meio aberto enquanto ação continuada;
 Instrução Normativa nº 01/2013 – CMDDCA/JG - Regulamenta o Serviço de Proteção Social
aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto de
Liberdade Assistida do Município de Jaboatão dos Guararapes, e dá outras providências.
DD
CA

3. Marco Situacional

O município do Jaboatão dos Guararapes está localizado na Região Metropolitana do Recife (RMR).
É uma cidade de grande porte, segundo tipificação da CNAS e sedia 02 (duas) unidades da
Fundação de Atendimento Socioeducativo FUNASE: Internação, Centro de Atendimento
Socioeducativo – CASE e Semiliberdade, Casa de Semiliberdade – CASEM. Na execução das MSEMA
conta com 01 (um) CREAS MSE e 02 (duas) unidades executoras. Sediar unidades de atendimento
meio fechado determina que o município construa uma estreita relação institucional entre os
atendimentos de meio fechado e aberto, com vistas à consecução das políticas sociais básicas
(saúde e educação), de assistência social e as demais políticas sociais do município.

Neste sentido, a Gestão municipal deve estar atenta aos instrumentos bilaterais decorrentes da sua
condição de sede de unidades de atendimento em meio fechado, em especial a Portaria nº
1.082/2014, que redefine as diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de
Adolescentes em Conflito com a Lei, em Regime de Internação e Internação Provisória (PNAISARI) e
Portaria nº 1.083/2014, que institui o incentivo financeiro de custeio para o ente federativo
responsável pela gestão das ações de atenção integral à saúde dos adolescentes em situação de
privação de liberdade, de que trata o art. 24 e parágrafo único da Portaria nº 1.082/GM/MS, de 23
de maio de 2014.

A seguir temos uma síntese da situação do atendimento socioeducativo no município do Jaboatão


dos Guararapes, que não pretende a ser um diagnóstico completo e conclusivo.

3.1. Sistema de Justiça e Segurança


i. O município dispõe de uma Vara Especializada de Infância e Juventude e duas Promotorias
de Justiça, uma extrajudicial e judicial;
ii. O município não dispõe de Defensoria Pública Especializada para Infância e Juventude,
tendo Defensoria com atuação geral, inclusive para todas as demandas jurídicas
envolvendo criança e adolescente: adoção, acolhimento, e demais demandas, inclusive
apuração de atos infracionais;
iii. Há Delegacia especializada com atuação tanto para repressão de violência contra criança e
adolescente, quanto para apuração de ato infracional cometidos por adolescente;
iv. A formação continuada dos operadores do Direito e da Segurança Pública e dos demais
operadores do Sistema de Justiça da Infância e Juventude não sistemática;
v. Defesa jurídica para garantia do princípio da ampla defesa de adolescente não
universalizada;
vi. Número de medidas em meio fechado inferior ao aberto;
vii. Ausência de mecanismos de solução de conflitos na esfera extrajudicial;
viii. Falta de padronização dos fluxos do atendimento socioeducativo, em especial entre o meio
fechado e aberto.
3.2. Atendimento Inicial Integrado
i. Ausência de Atendimento Integrado no município conforme preceitua o artigo 88, inciso V,
do Estatuto da Criança e do Adolescente.
3.3. Acesso aos direitos e serviço de proteção social
i. Oferta de cultura, lazer, esporte insuficiente;
ii. Serviços de proteção social para adolescentes em cumprimento de Medida Socioeducativas
em meio aberto e fechado não regionalizado;
iii. Existência do Programa municipal de Proteção à Vida – PPVIDA;
iv. Dificuldade no acesso à documentação formal.
DD
CA

3.4. Atendimento em Meio Fechado


i. Presença de unidades da FUNASE para atendimento em meio fechado: 01 - CASEM Casa de
Semiliberdade e 01 - CASE Centro de Atendimento Socioeducativo;
ii. Unidades da FUNASE atendendo adolescentes do município e de outras Regiões de
Desenvolvimento;
iii. Pouca articulação entre as unidades de meio fechado e os órgãos do Sistema de Garantia
administrados pelo município;
iv. Adolescentes do meio fechado e suas famílias atendidas pelas políticas públicas de
Jaboatão dos Guararapes;

3.5. Atendimento em Meio Aberto


i. Fluxo de informações entre instituições, órgãos e serviços da rede de atendimento e
proteção não sistematizados;
ii. Formação continuada para agentes envolvidos na execução da medida socioeducativa em
meio aberto não sistemática;
iii. Inclusão de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e
seus familiares nos serviços de prevenção e proteção não universalizada e não totalmente
integrada;
iv. Construção de políticas de inclusão que sejam atraentes para os adolescentes e jovens para
sua permanência na escola incipiente;
v. Ausência de práticas restaurativas que incluam a comunidade e atendam às necessidades
das vítimas (Lei nº 12.594, Art. 35, III);
vi. Ausência de financiamento do atendimento de PSC e LA por parte dos Governos Federal e
Estadual.

3.6. Recursos Humanos


i. Necessidade de mais formação continuada para as Equipes técnicas e de gestão;
ii. Equipe técnica (assistente social, pedagogo, psicólogos) do CREAS MSE é suficiente para a
coordenação do atendimento e para execução da medida de PSC;
iii. Necessidade de ampliação das equipes técnicas e de educadores sociais das unidades
executoras, bem como melhoria nas remunerações.

No que diz respeito aos recursos humanos, o município conta atualmente com a equipe do CREAS
MSE e mais 02 (duas) equipes das unidades executoras, conforme tabelas a seguir:
Tabela 01: Recursos Humanos do CREAS MSE
Número de Bairro de Número de Composição das
Regional que atende
CREAS MSE instalação Equipes Técnicas Equipes Técnicas
CREAS MSE:
01 Coordenador
03 Assistentes
Sociais
Todas as regionais 01 Piedade 01 Equipe MSE
01 Psicólogo
01 Pedagogo
01 Técnico
Administrativo.
Fonte: CREAS MSE
DD
CA

Tabela 02: Recursos Humanos das unidades executoras de MSEMA em novembro/2016


Regionais atendendo Entidades Bairro de Número de Composição das
prioritariamente Executoras Instalação Equipes Técnicas Equipes Técnicas
1 Coordenador
Jaboatão 2 Psicólogo
R1, R2, R3 e R4 Renascer 01 Equipe
Centro 2 Assistentes Social
6 Orientadores sociais

1 Coordenador
2 Psicólogo
R5, R6 e R7 AMBA Piedade 01 Equipe
1 Assistente Social
5 Orientadores sociais

Fonte: CREAS MSE

3.7. Sistema de Informação


i. Registros sistemáticos sobre a situação do Sistema Socioeducativo e sua população
adolescentes não universalizados;
ii. Infraestrutura de tecnologia da informação ainda não suficiente e necessidade de formação
dos profissionais do SINASE no âmbito da gestão da informação;
iii. Preenchimento sistemático do SIPIA – SINASE, pelo CREAS MSE e unidades executoras.
DD
CA

4. Diagnóstico do Atendimento Socioeducativo

As informações expressas neste tópico foram colhidas junto ao CREAS MSE / Secretaria Executiva
de Assistência Social (Meio Aberto) e a FUNASE – Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e
Juventude Governo do Estado de Pernambuco (Meio Fechado).

4.1. MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS EM MEIO FECHADO NO MUNICÍPIO DE JABOATÃO DOS


GUARARAPES

São modalidades de atendimento em meio fechado: a inserção em regime de semiliberdade e


internação em estabelecimento educacional. Essas modalidades são executadas pela FUNASE -
Fundação de Atendimento Socioeducativo, entidade de atendimento socioeducativo, vinculada à
Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude – Governo do Estado de Pernambuco.

O município de Jaboatão dos Guararapes é sede de unidades da FUNASE, com atendimento restrito
ao público masculino, conforme tabela a seguir:

Tabela: 03 Unidades de Atendimento meio fechado para o sexo masculino sediada em Jaboatão
dos Guararapes em 2013.
Faixa Qnt. de
Unidades Sexo Capacidade
Etária adolescentes
Centro de Atendimento Socioeducativo – CASE 12 a 15
Masculino 72 62
– Jaboatão dos Guararapes anos
Casa de Semiliberdade – CASEM – Jaboatão dos 12 a 18
Masculino 20 22
Guararapes anos
Fonte: Plano Estadual Decenal de Atendimento Socioeducativo do Estado de Pernambuco 2015-2024

Como não há unidade para atendimento de adolescentes do sexo feminino em meio fechado em
Jaboatão dos Guararapes, as adolescentes do município cumprem as MSEMF nas unidades
instaladas em Recife. No ano de 2015, 4(quatro) adolescentes jaboatonenses cumpriram medida
em meio fechado, conforme tabela abaixo.

Tabela 04: Adolescentes do sexo feminino atendidas na unidade da FUNASE em Recife.

Bairro Nº de Adolescentes
Alto dois Carneiros 01
Barra de Jangada 01
Vila Rica 02
Total 04
Fonte: FUNASE Diretoria Geral de Planejamento e Orçamento - DGPLA Assessoria Técnica de Tecnologia da
Informação – ATTI / 2015.

Ressaltamos que o Plano Estadual Decenal de Atendimento Socioeducativo do Estado de


Pernambuco 2015-2024, no Eixo 02 – Qualidade do Atendimento em Meio Fechado, prevê a criação
de um CASE e um CENIP para esse público, na Região Metropolitana e outro em Caruaru. As
unidades destinadas a adolescentes do sexo feminino estão hoje restritas à Capital (Recife).
DD
CA

Tabela 05: Entrada de adolescentes na FUNASE por Bairros


BAIRROS Ano de 2014 Ano de 2015 Total
Internação Semiliberdade Internação Semiliberdade
Piedade 6 6 3 7 22
Barra de Jangada 0 2 4 15 21
Prazeres 8 7 2 4 21
Jardim Jordão 7 2 3 2 14
Cavaleiro 4 6 2 1 13
Muribeca 4 3 5 0 12
Jordão 4 1 2 4 11
Cajueiro Seco 5 3 2 0 10
Marcos Freire 0 4 3 3 10
Socorro 2 4 1 0 7
Sucupira 1 3 1 2 7
Vila Rica 2 1 3 1 7
Santo Aleixo 3 1 2 0 6
Curado 0 4 0 1 5
Padre Roma 0 0 5 0 5
Centro 1 0 2 1 4
Zumbi do Pacheco 0 0 3 1 4
Jardim Piedade 0 3 0 0 3
Vista Alegre 1 0 2 0 3
Ibura 0 1 0 1 2
Jaboatão dos Guararapes 1 0 1 0 2
Monte Verde 0 0 0 2 2
Alto dois Carneiros 0 0 1 0 1
Candeias 0 1 0 0 1
Comunidade Padre Roma 1 0 0 0 1
Comunidade Porta Larga 1 0 0 0 1
Curado I 0 0 1 0 1
Curado III 1 0 0 0 1
Curado 0 0 1 0 1
Curcurana 1 0 0 0 1
Guararapes 1 0 0 0 1
Jardim Monte Verde 0 0 1 0 1
Jardim Muribeca 0 1 0 0 1
Lagoa das Garças 0 0 1 0 1
Não informado 0 1 33 22 56
Total 54 54 84 67 259
Fonte: FUNASE Diretoria Geral de Planejamento e Orçamento - DGPLA Assessoria Técnica de Tecnologia da
Informação – ATTI
DD
CA

Gráfico 01. Bairros (Regionais) com maior demanda para MSEMF

Bairros (Regionais)
Marco Freire (Regional 4)
7%
Cajueiro Seco (Regional 5)
8%
Piedade (Regional 6)
16%
Jordão (Regional 7)
8%
Barra de Jangad
Muribeca (Regional 4)
9%

Cavaleiro (Regional 2)
10% Prazeres (Regio
Fonte: FUNASE Diretoria Geral de Planejamento e Orçamento - DGPLA Assessoria Técnica de Tecnologia da
Informação – ATTI

Neste Gráfico elencamos apenas os bairros que demandaram quantitativos de adolescentes para
atendimento na FUNASE igual ou superior a 10. Observem-se os bairros de Piedade e Barra de
Jangada, ambos localizados na Regional 6, que juntos demandaram para o meio fechado 32% dos
adolescentes do município, bem como Prazeres - Regional 5, que também demandou 16% para
essas medidas.
Os bairros com maior incidência de atos infracionais ensejadores de medidas em meio fechado,
também são as que apresentam o maior número de CVLI, comparar Tabela 21.

Gráfico 02: Adolescentes atendidos na FUNASE em 2015 por municípios

Fonte: FUNASE/DGPLA/ATTI. Estimativa *Municípios com menos de 2% de incidência.

Dos adolescentes atendidos nas unidades da FUNASE (CENIP, CASEM e CASE), 6% (seis por cento)
são do município de Jaboatão dos Guararapes. O município é o quarto em demanda para o
atendimento em meio fechado, sendo o terceiro da Região Metropolitana do Recife, superado pela
capital e Olinda, sendo que este tem população inferior a Jaboatão dos Guararapes.
DD
CA

Destes adolescentes, 49,1% tinham faixa etária entre 16 e 17 anos, e os jovens com 18 anos ou
mais representavam 35,2% do total, esses últimos enquadram-se na excepcionalidade do parágrafo
único do Art. 1º do Estatuto.

Gráfico 03: Adolescentes atendidos na FUNASE por idade em 2015

Fonte: FUNASE/DGPLA/ATTI

4.2. MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS EM MEIO ABERTO NO MUNICÍPIO DE JABOATÃO DOS


GUARARAPES

As medidas socioeducativas em meio aberto são as previstas no Art. 112, III e IV, do ECA: Prestação
de Serviços à Comunidade - PSC e Liberdade Assistida – L.A. Em Jaboatão dos Guararapes a
coordenação das MSEMA é do CREAS MSE, que também é responsável pela execução da medida de
PSC; a medida de L.A é executada, de forma compartilhada, pelo CREAS MSE e por 02 (duas)
unidades executoras (organizações não governamentais).

O Plano Municipal utilizou informações das MSEMA no período compreendido entre os anos de
2014 e 2015.

Tabela 06: Unidades de Atendimento em MSEMF aberto no município de Jaboatão dos Guararapes

Atendidos/as por ano


Entidades de Atendimento MSEMA
2014 2015
CREAS MSE 11 19 PSC
CENTRO DE REINTEGRAÇÃO RENASCER
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DE BUENOS AIRES –
AMBA
156 160 L.A
FEDERAÇÃO DEFENSORA DOS DIREITOS HUMANOS
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO LORETO –
ASSMORETO
CREAS MSE

CENTRO DE REINTEGRAÇÃO RENASCER


ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DE BUENOS AIRES PSC e L.A
02 09
- AMBA concomitantes
FEDERAÇÃO DEFENSORA DOS DIREITOS HUMANOS
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO LORETO -
ASSMORETO
Fonte: CREAS MSE
DD
CA

Tabela 07: Tipos de Atos Infracionais atribuídos aos Adolescentes em cumprimento de MSEMA no
Município de Jaboatão dos Guararapes

TIPO DE ATO INFRACIONAL 2014 2015 Total

M F M F M F

Tráfico de Drogas 120 04 88 08 208 12

Assalto /Com arma 41 01 36 02 77 03

Roubo 42 00 13 02 55 02

Furto 19 01 09 03 28 04

Porte Ilegal de Arma 42 00 10 01 25 01

Estupro 03 00 02 00 06 00

Ato Libidinoso 01 00 04 00 05 00

Assalto 05 00 00 00 05 00

Agressão 00 01 04 01 04 02

Receptação 03 00 01 00 04 00

Homicídio 00 01 03 00 03 01

Infração de Trânsito 01 00 01 00 02 00

Tentativa de Homicídio 01 01 01 01 02 02

Estupro de Vulnerável 01 00 00 00 01 00

Tentativa de Latrocínio 01 01 00 00 01 01

Ocultação de Cadáver 01 01 00 00 01 01

Bullyng 01 00 00 00 01 00

Latrocínio 00 00 01 01 01 01

Formação de quadrilha 01 00 00 00 01 00

Ameaça 00 01 00 02 00 03

Lesão Corporal 00 00 00 00 00 00

Tentativa de Estupro 00 00 00 00 0 0

Assalto e Tentativa de Homicídio 00 00 00 01 0 01

Tentativa de Roubo 00 00 00 00 00 00

Comunicação Falsa/Falsidade 00 00 00 01 00 01
Ideológica

Total por ano 237 12 173 23 429 35

Fonte: CREAS MSE


DD
CA

A diferença entre o número de adolescentes da Tabela 09, e os atos infracionais, Tabela 10, se dá
em face de haver adolescentes com mais de um ato infracional atribuído.

Gráfico 04: Atos infracionais cometidos por adolescentes do sexo masculino

Atos infracionais comentidos por adolescentes do sexo masculino 2014/2015

Fonte: CREAS MSE

Gráfico 05: Atos Infracionais cometidos por adolescentes do sexo feminino

Atos infracionais comentidos por adolescentes do


sexo Feminino 2014/2015
14
12
10 Tráfico de Droga
8 Furto
6 Ameaça
4 Assalto c/ arma
2 3
0

Fonte: CREAS MSE

Os Gráficos acima demonstram a prevalência da prática de ato infracional por adolescentes do sexo
masculino. Também informam que o tráfico de drogas é o ato mais praticado por ambos os sexos,
que reforçam a necessidade dos entes federativos intensificarem políticas de enfrentamento ao
consumo de drogas por adolescente.
Segundo o CREAS MSE, em 2014, dos adolescentes atendidos em MSE por tráfico (124), 101 diziam
fazer uso de drogas; em 2015, a relação foi de 95 para 86 dos que relataram o consumo. Entre as
drogas mais consumidas estão a maconha (37%), as bebidas alcoólicas (30%) e o cigarro (28%). Em
relação ao tráfico, a maconha (76%) aparece como a droga mais traficada pelos adolescentes que
cumprem medida em razão deste ato infracional.
DD
CA

A questão das drogas é presente em todo país, o CNJ constatou que dos internamentos de meninas,
o ato infracional análogo ao tráfico de drogas corresponde, no Distrito Federal a (25%), em
Pernambuco, pouco mais de 20%, e em São Paulo, mais de 40%. Ante isto a intervenção para
prevenir e combater o uso abusivo de drogas e a relação dos adolescentes com essas, precisa ser o
mais precoce, inclusive como forma de prevenção à prática de futuros atos infracionais1.

4.2.1. Perfil dos adolescentes e jovens em cumprimento de MSEMA do município, por Regional.

4.2.1.1. Regionais e Bairros de moradia

Tabela 08: Total de adolescentes em cumprimento de MESEMA na Regional 1 – Jaboatão Centro:


BAIRROS Ano de 2014 Ano de 2015 TOTAL
PSC L. A PSC e PSC L. A PSC e
L.A L.A
Vila Rica 00 05 00 01 09 02 17
Centro 00 04 01 00 10 00 15
Santo Aleixo 00 05 00 00 10 00 15
Socorro 00 06 00 00 04 00 10
Manassú 00 02 00 00 06 00 08
Engenho Velho 00 03 00 00 02 00 05
Floriano 00 02 00 00 03 00 05
Muribequinha 00 01 00 00 04 00 05
Bulhões 00 02 00 00 02 00 04
Vista Alegre 00 01 00 00 02 00 03
Vargem Fria 00 00 00 00 02 00 02
Santana 00 00 00 00 00 00 00
Total 00 31 01 01 54 02 89
Fonte: CREAS MSE

Tabela 09: Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA na Regional 2 – Cavaleiro.


BAIRROS Ano de 2014 Ano de 2015 TOTAL
PSC L. A PSC e PSC L. A PSC e
L.A L.A
Cavaleiro 03 05 01 01 05 00 14
Sucupira 00 04 00 02 02 00 08

Dois Carneiros 00 03 00 01 02 00 06

Zumbi do Pacheco 00 01 00 00 03 02 06
Total 03 13 01 04 12 02 34
Fonte: CREAS MSE

1Dos espaços aos direitos: a realidade da ressocialização na aplicação das medidas socioeducativas de internação das
adolescentes do sexo feminino em conflito com a lei nas cinco regiões. Coord. Marília Montenegro Pessoa de Mello;
pesquisadores Camila Arruda Vidal Bastos ... [et al.]. -– Brasília: Conselho Nacional de Justiça, 2015.
DD
CA

Tabela 10: Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA na Regional 3 – Curado.


BAIRROS Ano de 2014 Ano de 2015 TOTAL
PSC L. A PSC e PSC L. A PSC e
L.A L.A
Curado 3 00 07 00 00 02 00 09

Curado 2 00 04 00 00 01 00 05

Curado 1 00 03 00 00 01 00 04
Curado 4 00 02 00 00 01 00 03

Curado 5 00 00 00 00 00 00 00

Total 00 16 00 00 05 00 21

Fonte: CREAS MSE

Tabela 11: Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA na Regional 4 - Muribeca


BAIRROS Ano de 2014 Ano de 2015 TOTAL
PSC L. A PSC e PSC L. A PSC e
L.A L.A
Muribeca 01 07 00 01 04 00 13
Marcos Freire 01 05 00 02 03 00 11
Total 02 12 00 03 07 00 23
Fonte: CREAS MSE

Tabela 12: Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA na Regional 5 - Prazeres


BAIRROS Ano de 2014 Ano de 2015 TOTAL
PSC L. A PSC e PSC L. A PSC e
L.A L.A
Jardim Jordão 00 12 00 00 06 00 18

Cajueiro Seco 04 07 00 02 04 00 11
Guararapes 00 07 00 00 01 02 10

Prazeres 00 03 00 00 02 02 07

Comportas 00 03 00 00 00 00 03

Total 04 32 00 02 13 04 49

Fonte: CREAS MSE

Tabela 13: Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA na Regional 6 - Praias


BAIRROS Ano de 2014 Ano de 2015 TOTAL
PSC L. A PSC e PSC L. A PSC e
L.A L.A
Jardim Piedade 00 10 00 01 07 00 18

Candeias 00 05 00 01 10 00 16

Piedade 02 05 00 04 05 00 16

Barra de Jangada 00 07 00 00 05 01 13
DD
CA

Dom Helder 00 05 00 00 01 00 06

Coquinhos 00 05 00 00 00 00 05

Total 02 37 00 06 28 01 74

Fonte: CREAS MSE

Tabela 14: Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA na Regional 7 - Guararapes


BAIRROS Ano de 2014 Ano de 2015 TOTAL
PSC L. A PSC e PSC L. A PSC e
L.A L.A
Jordão 00 04 00 01 10 01 16

Guararapes 00 02 00 00 02 02 06

Córrego da Gameleira 00 00 00 00 05 00 05
Areeiro 00 00 00 00 05 00 05
Auto do carneiro 00 00 00 00 05 00 05
Córrego da Rosa 00 00 00 00 05 00 05
Campo do flamengo 00 00 00 00 03 00 03
Nestlé 00 00 00 00 02 00 02
Portelinha 00 00 00 00 02 00 02
Total 00 06 00 01 40 03 49
Fonte: CREAS MSE

Tabela 15: Total de adolescentes em cumprimento de MSEMA de outros municípios


BAIRROS Ano de 2014 Ano de 2015 TOTAL
PSC L. A PSC e PSC L. A PSC e
L.A L.A
RECIFE 02 04 02 01 02 01 12

CABO 00 01 00 00 00 00 01

Total 02 05 02 01 02 01 13

Fonte: CREAS MSE

Gráfico 06: Procedência de adolescentes em MSEMA por Regional

Procedências de adolescentes em MSEMA por Regional


Regional 7 Outros municípios
Guararapes 4%
14%
Regional 1
Centro
25%
Regional 6
Praias Regional 2
21% Cavalaleiro
10%
Regional 3 Curado
Fonte: CREAS MSE
6%
Regional 5 Regional 4
Prazeres Muribeca
14% 6%
DD
CA

Gráfico 07: Bairros/Regionais de origens dos atendimentos em MSEMA

Bairros/Regionais de origens dos atendidos em MSEMA


Jordão Regional 7) Vila Rica (Regional 1)
8% 9%
Centro Regional 1)
Piedade Regional 6)
8%
Candeias Santo Aleixo
Regional 6) Regional 1)
8%

Jardim
Piedade
Regional
6)
10%
Muribeca
Guararapes Regional Regional 4)
5) Marco Freire
Fonte: CREAS MSE
Quanto ao número de adolescentes, por Regional, observa-se que a Regional 1 tem 3 (três) bairros
com mais de (10) dez adolescentes cumprindo MSEMA, da mesma forma que as Regionais 5 e 6.
Por bairros isoladamente, Jardim Piedade (R6) e Jardim Jordão (R5) tem um maior número de
demanda para os atendimentos: 18 (dezoito), seguidos de Vila Rica (R1) com 17(dezessete),
Candeias e Piedade (R6) com 16(dezesseis). Novamente o bairro de Piedade aparece com uma
incidência considerável de adolescentes cumprindo MSEMA, assim como visto nas medidas de
meio fechado.

Os dados apurados acima, se confirmam nas tabelas abaixo, quando relacionamos bairros/regionais
com maior demanda de adolescentes para sistema socioeducativo e o número de CVLI.

Tabela 16: CVLI e demais violências

Regional Regional Taxa de % Jovens com % Jovens de 15 a 29 Anos Nº de


Analfabetismo pelo Menos Ens. que não Frequentam CVLI
População 15 Médio Escola e não estão 2012
Anos ou Mais completo. ocupados

1. Jaboatão 11,5 38,7 29,0 71


/Centro
5 Prazeres 10,3 37,4 28,1 67

6. Praias 6,3 50,5 21,6 60

2. Cavaleiro 9,9 36,5 28,4 51

4. Muribeca 10,1 37,8 29,2 47

7 Guararapes 11,6 32,8 31,1 22

3 Curado 5,3 48,8 30,1 14

Fonte. Plano Municipal de Assistência Social Jaboatão dos Guararapes 2014-2017


DD
CA

Tabela 17: CVLI por bairros

POSIÇÃO BAIRROS/REGIONAL CVLI

1º Piedade (Regional 6) 16

2º Barra de Jangada (Regional 6) 15

3º Muribeca (Regional 4) 14

4º Prazeres (Regional 5) 13

5º Cavaleiro (Regional 2) 10

6º Cajueiro Seco (Regional 3) 09

7º Guararapes (Regional 7) 08

8º Vila Rica (Regional 1) 05

9º Dois Carneiros (Regional 2) 05

10º Jordão (Regional 7) 04


Fonte. Plano Municipal de Assistência Social Jaboatão dos Guararapes 20114-2017

Os bairros com maior CVLI, também são aqueles que apresentam maior incidência de prática de
atos infracionais, ver Gráfico 07.

Tabela 18: Relação entre adolescente em Cumprimento de Medidas Socioeducativas em Meio


Fechado e Meio Aberto Jaboatão dos Guararapes.

ANO Total de MEIO FECHADO MEIO ABERTO


atendidos MSE
fechado e Número Percentual Número Percentual
aberto

2014 277 108 39% 169 61%

2015 345 153 44% 192 56%

Fonte: CREAS MSE e FUNASE

O município apresenta um número maior de adolescentes cumprindo MSE em meio aberto. Esse
dado atende a orientação do ECA, de que as medidas de meio fechado só devam ser aplicadas em
casos extremos, e ainda reforça a necessidade de garantir recursos financeiros e humanos para
manutenção das ações de execução das medidas socioeducativas em meio aberto.
DD
CA

4.2.1.2. ADOLESCENTES POR FAIXA ETÁRIA


Gráfico 08: Faixa Etária dos/as adolescentes em MSEMA PSC (2014/2015)

Faixa Etária dos/as Adolescentes em MSEMA


mais de 18 anos 12 a 14 anos
19% 0%

15 a 17
anos
Fonte: CREAS MSE
81%

Gráfico 09: Faixa Etária dos/as adolescentes MSEMA L.A (2014/2015)

Faixa Etária dos/as adolescentes MSEMA L.A


15 a 17 anos
12 a 14 anos
13%
2%

mais de 18 anos
85%

Fonte: CREAS MSE

Gráfico 10: Faixa Etária dos/as adolescentes nas MSEMA PSC e L.A concomitantes (2014/2015)

Faixa Etária dos/as adolescentes nas MSEMA de


PSC e L.A Concomitantes
12 a 14 anos
0%
mais de 18 anos
36%

15 a 17 anos
64%

Fonte: CREAS MSE


DD
CA

De igual forma que as medidas de meio fechado, o número de adolescentes em MSEMA com mais
de 15 anos é majoritário, especialmente entre 15 e 17 anos, que se constitui na fase mais crítica, no
que se refere a prática de ato infracional. A maior incidência de prática de ato infracional nesta
faixa etária também foi constatada na pesquisa do CNJ, nos estados de Pernambuco, Distrito
Federal, Rio Grande do Sul e Pará, pesquisa já referenciada.

É importante destacar que somente 2% dos adolescentes em cumprimento em meio aberto estão
na faixa etária de 12 e 13 anos, o que representa um dado positivo para o município, visto que
nessa faixa etária se evidenciam os processos de violências ensejadores de práticas de atos
infracionais são menos pungentes.

4.2.1.3 ADOLESCENTES POR SEXO

Gráfico 11 - Adolescentes por Sexo MSEMA PSC (2014 / 2015)

Fonte: CREAS MSE

Gráfico 12 - Adolescentes por Sexo MSEMA L.A (2014 / 2015)

Adolescentes por Sexo MSEMA L.A


Femenino
9%

Masculino
91%

Fonte: CREAS MSE


DD
CA

Gráfico 13: Adolescentes por Sexo MSEMA PSC e L.A concomitantes (2014 / 2015)

Fonte: CREAS MSE

Em Jaboatão nas MSEMA de PSC e L.A isoladas existe uma prevalência de adolescentes do sexo
masculino 93% e 91% contra 7% e 9%, para adolescentes do sexo feminino. Entretanto, na medida
PSC e L.A concomitantes há quase uma igualdade entre os sexos 55% do sexo masculino e 45% do
sexo feminino.
Os números vistos no município realçam a questão da presença masculina nos atendimentos
socioeducativos, a exemplo da última pesquisa nacional Oficial realizada em 2010, essa sobre o
meio fechado, que informava que no Brasil havia 11.463 meninos internados, para 578 meninas.
(Conselho Nacional de Justiça, 2015).
No que diz respeito à orientação sexual apenas 1% (um) por cento dos adolescentes se declararam
LGBTT. Os demais adolescentes se declaram heterossexuais.

4.2.1.4. ADOLESCENTES POR RAÇA/COR


Gráfico 14: Adolescentes por Raça/Cor MSEMA L.A (2014 / 2015)

250

200
Branca
150 Preta
Parda
100 Amarela

50 Indígena

0
Ano 2014 Ano 2015

Fonte. CREAS MSE


DD
CA

Gráfico 15: Adolescentes por Raça/Cor MSEMA PSC e L.A concomitantes

Fonte: CREAS MSE

Na categoria Raça/Cor encontramos a maioria dos adolescentes pertencentes aos grupos dos
pardos, seguidos de pretos, se observa a presença de brancos apenas na Liberdade Assistida. A
totalidade dos adolescentes na MSEMA de PSC é de pardo. A presença majoritária dos não brancos
nos processo de violência se reflete em todas as pesquisas nacionais.

4.2.1.5 ATENDIMENTO POR NÚMERO DE ATOS INFRACIONAIS ATRIBUÍDOS

Gráfico 16: Adolescentes com 1(um) Ato Infracional imputado.

Adolescentes em 1 ( um ) Ato Infracion


PSC L.A PSC e L.A concomitantes
2 0

19 15
Fonte: CREAS MSE

6 3
ANO 2014 ANO 2015
DD
CA

Gráfico 17: Adolescentes com 02 ou mais Atos Infracionais

Fonte: CREAS MSE

O quadro acima destaca a existência de adolescentes com mais de um ato infracional cumprindo
MSEMA. Este fato se dá em face do Sistema de Justiça atribui-lhes mais de um infracional
considerando um somatório de conduta delituosa. Esse número não significa reincidência. O
número de reincidência no município não chega a 10 %.
4.3 SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIAS SOFRIDAS PELOS/AS ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE
MSEMA.
Tabela 19: Situações de violências vivenciadas pelos (as) adolescentes e jovens antes do
cumprimento da MSEMA.
Adolescentes Jovens Adolescentes

Tipos de violência 2014 2015 TOTAL

MASC FEM LGBT MASC FEM LGBT

Uso de Substâncias 96 05 03 120 09 06 236


Psicoativas
Agressões 149 03 01 60 09 00 222

Violência Intrafamiliar 101 11 02 80 05 07 206


(Psicológica e Física)
Abandono 15 07 00 05 03 00 30

Negligência 10 05 01 05 02 00 23

Abuso Sexual 00 05 00 00 02 00 07

Discriminação Racial 00 04 00 01 00 00 5

Exploração Sexual 00 05 00 00 00 00 5

Discriminação por 03 00 01 00 00 00 04
Orientação Sexual

Situação de Rua 00 02 00 00 05 00 02

Fonte: CREAS MSE


DD
CA

Os dados acima mencionados foram coletados a partir da escuta inicial realizada pelo CREAS MSE
com os adolescentes, constando-se que muitos adolescentes sofreram mais de um tipo de violação
até sua chegada ao atendimento socioeducativo, por isso não coincidem com o número de
adolescentes.

Gráfico 18: Adolescentes em cumprimento de MSEMA ameaçados de morte durante o


atendimento

Fonte: CREAS MSE

Em Jaboatão dos Guararapes os/as adolescentes são encaminhados/as ao PPVIDA, política


municipal executada pela Secretaria Executiva de Direitos Humanos, Políticas sobre Drogas e
Juventude.

4.4. DAS FAMÍLIAS DOS ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MSEMA

Gráfico 19: Composição das Famílias dos adolescentes em MSEMA

Composição das Famílias dos adolescentes em


MSEMA

Acima de 5
membros
22%

Até 3 membros
Até 5 membros 50%
28%

Fonte: CREAS MSE


DD
CA

A metade das famílias dos adolescentes em cumprimento de MSEMA tem até 03 (três) membros,
uma tipificação mais moderna de composição familiar, com menos membros. Entretanto, a
quantidade reduzida de indivíduos no núcleo familiar não tem afastando os adolescentes dos
processos de violência.

Gráfico 20: Composição Etária das Famílias (2014 e 2015)

Composição Etária das Famílias


(2014 e 2015)

Com Idosos
com Criança
24%
32%

Com Jovens
44%

Fonte: CREAS MSE

As famílias são compostas, em sua maioria, 44% com jovens e 32% com crianças, ou seja, 76% delas
são formadas por destinatários do Estatuto; esse fato deve chamar atenção dos gestores para
garantia da prioridade absoluta e para o atendimento dos direitos fundamentais desse público, no
sentido de prevenir circunstancias que ensejem aplicação de medidas protetivas e socioeducativas.

Tabela 20: Responsáveis pelo sustento da família


Ano Mulher Homem O próprio
Mãe Avó Pai Avô
2014 126 10 22 04 06
2015 170 5 10 02 07
Fonte: CREAS MSE

As famílias são predominantemente chefiadas e providas financeiramente por mulheres: mães e


avós. Situação que coincide com a pesquisa realizada pelo CNJ.

Tabela 21: Adolescente em cumprimento de medida com filhos


Ano Com Filho Sem Filho Com Sem
Companheiro Companheiro
(a) (a)
2014 15 154 05 10
2015 14 178 12 02
Fonte: CREAS MSE
DD
CA

Cerca de 10% dos/as adolescentes em MSEMA do município tem filhos. Esse dado precisa se refletir
na atuação das políticas básicas (educação e saúde) e de assistência social para esse público e para
seus familiares (ascendentes e descendentes)

4.5. DO ACESSO AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: POLÍTICAS SOCIAIS BÁSICAS E DE ASSISTÊNCIA


SOCIAL

4.5.1. Direito à Vida e Saúde

Gráfico 21: Atendimento em Saúde

Fonte: CREAS MSE

O encaminhamento dos/as adolescentes em cumprimento de MSEMA aos serviços de saúde se


inclui na rotina do CREAS MSE e das unidades executoras, atendendo a maioria, conforme
demonstrado no gráfico acima. Porém informa-se que há resistência de alguns adolescentes quanto
ao atendimento na rede de saúde e também a insuficiência na cobertura dos serviços de saúde em
alguns territórios.

Gráfico 22: Adolescentes com Transtorno Mental

Adolescentes com Transtorno Mental


Adolescentes com transtorno mental Colunas1

179
166

Fonte: CREAS MSE 2 2

Ano 2014 Ano 2015


DD
CA

A presença de adolescentes com transtorno mental é pequena, e quando se apresenta


devidamente diagnosticado com laudos periciais (psiquiátricos, com CID diagnosticado), a Equipe
Técnica do CREAS MSE tem requerido a extinção de medida, com base no art. 46, IV da Lei do
SINASE.

4.5.2. Direito à Assistência Social.

Gráfico 23: Adolescentes com Famílias Atendidas no Programa Bolsa Família

Fonte: CREAS MSE

O acesso ao Programa Bolsa Família é sujeito a condicionalidades de educação e saúde, o primeiro


diz respeito à matrícula e frequência escolar para a faixa etária que abrange os adolescentes em
cumprimento de MSEMA. É sabido que a relação com a escola corresponde a uma das maiores
questões enfrentada no atendimento socioeducativo. Sobre a situação de matriculas e frequências
escolar ver Gráfico 27. No que se refere à condicionalidade de saúde exige-se que as crianças de 0 a
6 anos, tenham seu calendário vacinal atualizado e seu peso e altura acompanhado, desta maneira
as famílias dos atendidos que tenham crianças nessa faixa também precisam se enquadrar nessas
condições. O Gráfico 20 mostra a composição etária das famílias: (70%) de público do Estatuto, por
seu turno, a Tabela 21 informa que cerca de 10% dos atendidos tem filhos.

Gráfico 24: Adolescentes inseridos em outros Programas Sociais

Adolescentes inseridos em outros Programas


Sociais
250

200
Atendidos
150
PSC
100 L.A
50 PSC e L.A concom
Fonte: CREAS MSE

0
Ano de 2014 ano de 2015
DD
CA

Destaca-se que, além da inserção no Programa Bolsa Família, os adolescentes são encaminhados
para atendimento no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos SCFV, Centros de
Referência da Assistência Social – CRAS, Centro de Referência Especializado da Assistência Social –
CREAS PAEFI Centro de Referência da Mulher Maristela Just, Balcão da Cidadania, Programa para
acesso a Carteira Nacional de Habilitação Popular, dentre outros.
Gráfico 25: Famílias de adolescentes inseridas em outros Programas Sociais

Fonte: CREAS MSE

O CREAS MSE afirma que todas as famílias são encaminhadas e orientadas para a aquisição de
documentação básicas dos adolescentes, matrícula nas escolas, orientação quanto ao Cartão SUS e
seu referenciamento nos postos de sua comunidade, CRAS/CREAS para participar de programas de
transferência de renda e de cursos de qualificação. Também são dadas orientação para busca do
Sistema de Justiça, em especial a Defensoria Pública e o Conselho Tutelar.
4.5.3 Direito à Educação

Gráfico 26: Escolarização

Escolarização
Fundamental Incompleto Fundamental Completo Médio Incompleto
Médio Completo Outros

150 140

6 4 1 4 3 3 2 3
Fonte: CREAS MSE

Ano 2014 ano 2015


DD
CA

Gráfico 27: Matrículas e Frequências Escolar.

Matrículas e Frequências Escolar


Total de Atendidos Matriculados Frenquentando Fora da Escola

192
169
147
136 132

70
47
32
Fonte: CREAS MSE

O acesso e fruição do direito à educação é um dos maiores desafios a serem desbravados na


execução de MSE, seja aberto ou fechado. No município o número de matrícula é inferior ao de
Ano ainda
atendimento e a frequência de 2014
menor. No ano de 2015 a frequência pode Ano de 2015
ser considerada
elevada. Atente-se para o alto número de adolescentes em cumprimento de MSEMA fora da escola.
Esses dados nos desafiam a construir caminhos para uma escola mais atraente.
Como estratégia para efetivação do direito à educação, o CREAS MSE juntamente com Núcleo de
Direitos Humanos da Secretaria de Educação, realiza formação sistemática para professores,
supervisores e gestores escolares sobre o serviço de acompanhamento aos adolescentes em
cumprimento de MSEMA no município. Destaca-se que estas formações visam, dentre outros
objetivos, diminuir a resistência de alguns profissionais em acolher os adolescentes em
cumprimento de MSEMA no ambiente escolar.
4.5.4. Direito ao Lazer
Gráfico 28: Acesso ao Lazer

Acesso ao Lazer

Ano de 2014
PSC e L.A concomitantes
L.A
PSC
Ano de 2014
Total de Atendidos/as
Fonte: CREAS MSE

0 50 100 150 200 250


DD
CA

Segundo informações do CREAS MSE, as atividades de lazer, em geral, são realizadas pelas unidades
executoras. O acesso a esse direito é incipiente, necessitando de um maior aporte do município
para sua consecução, inclusive em atendimento as metas do Plano Municipal de Direitos Humanos
de Criança e Adolescente.

4 5.5. Direito à Cultura


Gráfico 29: Acesso a Atividades Culturais

Acesso à Atividades Culturais


250

200

150 Atendidos/as
PSC
100 L.A
PSE e L.A concomintantes
50
Fonte: CREAS MSE

Nota-se que esse direito não está sendo a garantido e seu acesso está quase restrito a iniciativas
0
das unidades executoras.
Ano de 2014 Ano de 2015
4.5.6. Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho.
Gráfico 30: Adolescentes inseridos em Atividades Profissionalizantes

Adolescentes inseridos em Atividades


Profissionalizantes
250
200
Atendidos
150
PSC
100
L.A
50
PSC e L.A concomitantes
0
Ano 2014 Ano 2015

Fonte: CREAS MSE

Segundo o CREAS MSE, os cursos de profissionalização frequentados pelos adolescentes e jovens


atendidos/as são: eletricista, piscineiro, operador de caixa, informática básica, ajudante de
pedreiro, gesseiro. Além da inserção nestes cursos, o CREAS MSE e as unidades executoras realizam
atividades para discussão sobre a inclusão no mundo do trabalho.
DD
CA

5. ORÇAMENTO

RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS DOS FUNDOS PARA PSC E L.A


Nos últimos 02 (dois) anos o município investiu R$ 1.036.800,00 (hum milhão, trinta e seis mil e
oitocentos reais) para o atendimento aos adolescentes em liberdade assistida, oriundos do Fundo
Municipal da Criança e do Adolescente, através da celebração de convênio com organizações não
governamentais.
O Fundo Municipal de Assistência Social destinou R$ 251.040,00 (duzentos e cinquenta e um mil e
quarenta reais) para a manutenção da equipe técnica do CREAS MSE.
DD
CA

6. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

A utilização de técnicas de monitoramento e de avaliação é necessária para aferir o


desempenho das ações governamentais, especialmente nos casos dos Planos de ação de
políticas públicas. O monitoramento e a avaliação são instrumentos que contribuem para o
aperfeiçoamento da gestão da política pública, tanto ao que se refere ao desempenho de suas
atividades como da transparência administrativa.
Enquanto o monitoramento é uma atividade interna de gerência que se realiza durante o
período da execução, a avaliação pode ser realizada em qualquer momento: antes, durante ou
mesmo algum tempo após a implementação de um projeto. (Cohen e Franco 2004, por Santos -
2012. P.18).
O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDDCA em conjunto
com a administração municipal deve constituir instrumental e programações que garantam, de
forma sistêmica, o monitoramento e a avaliação dos objetivos e metas do Plano, respeitando os
prazos legais determinados na Lei do Sinase e incluindo-os sempre dentro dos procedimentos dos
Ciclos Orçamentários.
O sistema de monitoramento e avaliação a ser criado pelo Conselho de Direito será orientado pela
participação social e de todos os membros do Sistema de Garantia, dando ênfase ao protagonismo
dos adolescentes e jovens atendidos e de seus familiares, conforme princípio estabelecido no
próprio Plano Decenal.
É necessário que haja por parte dos membros do Sistema de Garantia autoavaliação de suas ações
e atividades, de forma a permitir, sempre que necessário, o redirecionamento de seus
procedimentos para garantia de um eficiente cumprimento do presente Plano.
DD
CA

7. MODELO DE GESTÃO DO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO MUNICIPAL DE JABOATÃO DOS


GUARARAPES - PE
O órgão gestor do Sistema Atendimento Socioeducativo do Jaboatão dos Guararapes é a
Secretaria responsável pela Assistência Social e sua Coordenação é do CREAS MSE. O município
em 2015 contava com o CREAS MSE e 04 (quatro) unidades executoras2 de programa de
atendimento3 socioeducativo em meio aberto. Entretanto, em março de 2016, passou a contar com
02 unidades executoras (Centro de Reintegração Renascer e a Associação dos Moradores de
Buenos Aires – AMBA).
O modelo de execução da MSEMA em Jaboatão, apesar de ser coordenado pelo CREAS MSE, difere
do estabelecido na Resolução nº 109/2009 do CNAS - Tipificação Nacional dos Serviços
Socioassistenciais, que normatiza os serviços do SUAS. O município estabeleceu seu modelo de
execução considerando as orientações e normativas nacionais, somando as práticas locais
acumuladas desde 2007, quando iniciou o atendimento aos adolescentes em cumprimento de L.A.
O MDS visitou o município para conhecer a experiência na perspectiva de reconhecer a forma de
execução. O atendimento Socioeducativo se estabelece nos termos do Art. 90 e 91 do Estatuto da
Criança e do Adolescente e Art. 1º, §5º da Lei do SINASE, bem como da Resolução 119/2006 do
CONANDA.
A seguir, apresenta-se um quadro síntese da composição, funções, instâncias de articulação e
de controle / fiscalização.
Tabela 22: Gestão do Atendimento Socioeducativo do Jaboatão dos Guararapes - PE

GESTÃO E COORDENAÇÃO INSTÂNCIA DE ARTICULAÇÃO E INSTÂNCIA DE


INTEGRAÇÃO CONTROLE/FISCALIZAÇÃO

Órgão Gestor do Programa Comissão Intersetorial  Conselho Municipal De


Municipal de Medidas Defesa Dos Direitos Da
OBJETIVO: Garantir Criança E Do Adolescente
Socioeducativas em meio
responsabilidade e – CMDDCA - JG
aberto: Secretaria Responsável
pela Assistência Social.
transversalidade das Políticas  Câmara dos Vereadores
Setoriais do SINASE  Conselho Tutelar
Função: Gerir, monitorar,  Poder Judiciário
supervisionar, e avaliar a  Ministério Público
implantação e o Composição: conforme  Entidades da Sociedade
desenvolvimento do Sistema Resolução nº 14/2016 – Civil
Socioeducativo em meio aberto; CMDDCA/JG.
articular a intersetorialidade;
estabelecer convênios, termo de
parceria e fomento, publicizar,
emitir relatórios, coordenar a
gestão e o acompanhamento e
monitoramento do Plano
Municipal – SINASE.

2
Entende-se por unidade a base física necessária para a organização e o funcionamento de programa de atendimento
(Lei nº 12. 594/2012 –Art. 1º, § 4º). No município, esse conceito se amplia para organização não governamental
conveniada para execução da medida socioeducativa de liberdade assistida, garantindo a infraestrutura necessária para
este fim, conforme Instrução Normativa nº 01/13 – CMDDCA/JG.
3
Entendem-se por programa de atendimento a organização e o funcionamento, por unidade, das condições necessárias
para o cumprimento das medidas socioeducativas. (Lei nº 12. 594/2012 –Art. 1º, § 3º).
DD
CA

Coordenador Municipal do
Sistema Socioeducativo em
Meio Aberto: CREAS MSE

Função: Executar, coordenar,


monitorar, supervisionar, e
avaliar a implantação e o
desenvolvimento do
atendimento em meio aberto;
supervisionar tecnicamente as
unidades executoras, avaliando
e monitorando; articular a
intersetorialidade, publicizar,
emitir relatórios, alimentar SIPIA
- Sinase, participar da gestão e
do acompanhamento e
monitoramento do Plano
Municipal – SINASE.

7.1 ROTEIROS DOS FLUXOS DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO EM


JABOATÃO DOS GUARARAPES

A decisão de sistematizar e incluir os roteiros dos Fluxos do atendimento das MSEMA de PSC e L.A
no Plano Decenal de Atendimento Socioeducativo busca possibilitar que esses possam ser avaliados
e aperfeiçoados ao longo da vigência da presente Resolução do CMDDCA – JG.
Os fluxos contém o passo a passo da execução das medidas socioeducativas em meio aberto e
devem ser observados, de um modo geral, pelos integrantes do Sistema de Garantia de Direito de
Criança e Adolescentes, e em particular, por todos que compõem o Sistema Socioeducativo no
município.
Frente a estas considerações, importa destacar que a inserção do adolescente a quem se atribui a
pratica de ato infracional no Sistema Socioeducativo é iniciada com a apreensão (Polícia Militar) e
seu encaminhamento para a Polícia Civil (Delegacia Especializada) e tem sequência no Sistema de
Justiça (Ministério Público e Poder Judiciário - Audiência de Apresentação). Estes passos são de
responsabilidade dos Sistemas de Segurança e Justiça do âmbito estadual.
Já a atuação de Jaboatão dos Guararapes inicia-se quando o Poder Judiciário (Vara da Infância e
Juventude) determina, por sentença, que o adolescente cumpra a PSC e/ou LA ou receba a
progressão de medida do meio fechado para o aberto. É também responsabilidade do município
articular e estruturar uma rede de instituições parceiras para o cumprimento da PSC.
É sabido que a progressão se dá quando o/a adolescente passa de um regime mais para um menos
rigoroso, em geral do sistema fechado (internação e semiliberdade) para o aberto (PSC e L.A).
Cabe ainda lembrar a possibilidade da regressão da medida de meio aberta para meio fechado, que
só deve acontecer na forma determinada na lei do sinase, com obediência ao princípio da ampla
defesa e nos prazo máximo de 03 (três) meses.
Frente ao apresentado, passa-se a descrever os roteiros dos Fluxos dos Atendimentos
Socioeducativo de PSC e L.A no Jaboatão dos Guararapes.
DD
CA

7.1.1. Fluxos do Atendimento das Medidas Socioeducativas de Prestação de Serviço à


Comunidade PSC

1. O cumprimento da PSC inicia-se após decisão da Vara da Infância e Juventude do Município


sentenciar a aplicação da medida ou das duas simultaneamente ou ainda quando da
progressão da medida de meio fechado para aberto, determinada por força de decisão
judicial;
2. Autoridade judiciária encaminha cópia integral do processo de execução ao CREAS MSE
(Órgão Coordenador do atendimento socioeducativo), solicitando designação do programa,
conforme a Lei Sinase – Art. 40;
3. O adolescente e um adulto responsável (família) são encaminhados ao CREAS MSE, que os
orienta sobre a finalidade da medida, organização e funcionamento do programa, e realiza
a escuta inicial, através da equipe interdisciplinar;
4. A equipe técnica do CREAS MSE realiza a escuta inicial com a finalidade de identificar as
potencialidades e vulnerabilidades do/a adolescente, para definir conjuntamente com o
ele/a e sua família a melhor alternativa para o cumprimento da medida de PSC. Em até 5
(cinco) dias o CREAS MSE, comunicará à Autoridade Judicial tal definição e o início do
cumprimento da MSEMA;
5. A equipe técnica do CREAS MSE analisa os documentos que compõe o processo de
execução e inicia os procedimentos para construção do estudo inicial, faz escutas isoladas e
coletivas com adolescente e família, entre outras providências;
6. O CREAS MSE, após a escuta inicial, poderá realizar encaminhamentos as demais políticas
públicas para o/a adolescente e sua família, visando atender as demandas mais urgentes
identificadas;
7. Após a escuta inicial, a equipe técnica providencia a construção do PIA (Plano Individual de
Atendimento) e encaminha à Autoridade Judiciária no prazo de 15 (quinze) dias do ingresso
do/a adolescente no programa. (Lei Sinase – Art. 56);
8. A Autoridade Judiciária dá vista ao Ministério Público e a Defesa Técnica pelo prazo de 03
(três) dias, contados do recebimento da proposta encaminhada pelo CREAS MSE. (Lei
Sinase – Art. 41);
9. A Defesa Técnica e o Ministério Público poderão requerer e o Juiz da Vara da Infância e
Juventude poderá determinar, de ofício, a realização de qualquer avaliação ou perícia que
entenderem necessárias para complementação do plano individual. (Lei Sinase – Art. 41, §
1º);
10. Após a construção/homologação do PIA, o CREAS MSE encaminhará o adolescente para o
órgão/serviço em que se dará o cumprimento da medida;
11. O PIA deve ser atualizado com todos os procedimentos (ações e atividades) ocorridas
durante o atendimento e deverá conter as metas e objetivos a serem alcançados no
período do cumprimento da medida.
12. O PIA deve orientar a construção dos relatórios técnicos que se fizerem necessários durante
o cumprimento da MSEMA;
13. O CREAS MSE realizará os encaminhamentos e articulações necessárias com as demais
políticas públicas para a reinserção do/a adolescente na comunidade e sociedade, nos
parâmetros estabelecidos na Resolução nº 119/2006 (SINASE);
14. Durante o acompanhamento, a equipe técnica do CREAS MSE realizará visitas domiciliares e
institucionais, grupos operativos e atividades socioeducativas;
DD
CA

15. Nos casos em que o CREAS MSE perceber a necessidade de reavaliação da medida, tanto
para regressão como para progressão ou extinção, demandará para o Poder Judiciário a
realização de audiência para este fim;
16. A equipe do CREAS MSE deverá participar das audiências sempre que intimada pela
Autoridade Judiciária. Nesta situação deverá dispor de informações importantes sobre o
adolescente e sua família para subsidiar a aplicação/avaliação da medida;
17. A extinção da medida se dá por decisão judicial, em razão do cumprimento de sua
finalidade, pela condição de doença grave, que torne o/a adolescente incapaz de submeter-
se ao cumprimento da medida ou nas demais hipóteses previstas em lei. (Lei Sinase – Art.
46).
18. O Poder Judiciário deverá fornecer ao CREAS MSE/unidades executoras os termos de
extinção da medida de cada adolescentes.
19. No caso da sentença determinar o cumprimento das duas medidas (L.A e PSC
concomitantes) o CREAS MSE, a partir do estudo inicial, poderá sugerir que a execução das
medidas concomitantes não prejudiquem frequência escolar e inserção no mercado de
trabalho;
20. Extinta a medida, o CREAS MSE deverá encaminhar o/a adolescente e sua família para o
Centro de Referência da Assistência Social – CRAS, quando estes estiverem em situação de
vulnerabilidade.
DD
CA

7.1.2. Fluxos do Atendimento das Medidas Socioeducativas de Liberdade Assistida

1. O cumprimento da L.A se inicia após decisão da Vara da Infância e Juventude do Município


sentenciar a aplicação da medida ou das duas simultaneamente, ou ainda quando da
progressão da medida de meio fechado para aberto, determinada por força de decisão
judicial;
2. Autoridade judiciária encaminha cópia integral do processo de execução ao CREAS MSE
(Órgão Coordenador do atendimento socioeducativo), solicitando designação do programa,
conforme a Lei Sinase – Art. 40;
3. O/A adolescente e um adulto responsável (família) são encaminhados ao CREAS MSE, que
os orienta sobre a finalidade da medida, organização e funcionamento do programa, e
realiza a escuta inicial, através da equipe interdisciplinar.
4. O CREAS MSE, a partir da escuta inicial, analisa e define em qual das unidades executoras o
adolescente deverá ser acompanhado para o cumprimento da medida, tendo como
prioridade a proximidade com sua residência. Em até 05 (cinco) dias o CREAS MSE,
comunicará à Autoridade Judicial tal definição e o início do cumprimento da MSEMA;
5. Equipe Técnica do CREAS MSE analisa os documentos que compõe o processo de execução
e inicia os procedimentos para construção do estudo inicial, faz escutas isoladas e coletivas
com o/a adolescente e família, entre outras providências;
6. O CREAS MSE, após a escuta inicial, poderá realizar encaminhamentos as demais políticas
públicas para o/a adolescente e sua família, visando atender as demandas mais urgentes
identificadas a partir do atendimento;
7. O estudo inicial é construído e encaminhado, em até 05 dias, à unidade executora que
acompanhará o adolescente. A unidade deverá, em até 10 dias, construir o PIA, junto com
o adolescente e sua família. Ao final destes 15 (quinze) dias, deverá encaminhá-lo ao CREAS
MSE, que por sua vez, encaminhará à Autoridade Judiciária. (Lei Sinase – Art. 56);
8. Autoridade Judiciária dá vista ao Ministério Público e a Defesa Técnica pelo prazo de 03
(três) dias, contados do recebimento da proposta encaminhada pelo CREAS MSE. (Lei
Sinase – Art. 41);
9. A Defesa Técnica e o Ministério Público poderão requerer e o Juiz da Vara da Infância e
Juventude poderá determinar, de ofício, a realização de qualquer avaliação ou perícia que
entenderem necessárias para complementação do plano individual. (Lei Sinase – Art. 41, §
1º);
10. O PIA deve ser atualizado com todos os procedimentos (ações e atividades) ocorridas
durante o atendimento e deverá conter as metas e objetivos a serem alcançados no
período do cumprimento da medida.
11. O PIA deve orientar a construção dos Relatórios Técnicos que se fizerem necessários
durante o cumprimento da MSEMA;
12. A unidade executora realizará os encaminhamentos e articulações necessárias com as
demais políticas públicas para a reinserção na comunidade e sociedade, nos parâmetros
estabelecidos na Resolução nº 119/2006 (SINASE);
13. Durante o acompanhamento, a equipe técnica da unidade executora realizará visitas
domiciliares e institucionais;
14. Durante o acompanhamento do/a adolescente, o CREAS MSE realizará visitas periódicas às
unidades executoras, objetivando o apoio técnico e estudos de casos, quando necessário;
15. Nos casos em que as unidades executoras perceberem a necessidade de reavaliação da
medida, tanto para regressão como para progressão ou extinção, deverá comunicar ao
DD
CA

CREAS MSE, que por sua vez, demandará do Poder Judiciário para realização de audiência
para este fim;
16. A equipe do CREAS MSE e das unidades executoras deverão participar das audiências
sempre que intimada pela Autoridade Judiciária. Nesta situação deverão dispor de
informações importantes sobre o adolescente e sua família para subsidiar a
aplicação/reavaliação da medida;
17. A extinção da medida se dá por decisão judicial, em razão do cumprimento de sua
finalidade, pela condição de doença grave, que torne o adolescente incapaz de submeter-se
ao cumprimento da medida ou nas demais hipóteses previstas em lei. (Lei Sinase – Art. 46).
18. O Poder Judiciário deverá fornecer ao CREAS MSE/unidades executoras os termos de
extinção da medida de cada um dos adolescentes.
19. No caso da sentença determinar o cumprimento das duas medidas (L.A e PSC
concomitantes) o CREAS MSE, a partir do estudo inicial, poderá sugerir que a execução das
medidas concomitantes não prejudique frequência escolar e inserção no mercado de
trabalho;
20. Extinta a medida, o CREAS MSE deverá encaminhar o adolescente e sua família para o
Centro de Referência da Assistência Social – CRAS, quando estes estiverem em situação de
vulnerabilidade.
DD
CA

8. Eixos Operativos: objetivos, metas, prazos e responsáveis.


O Plano Decenal de Atendimento Socioeducativo do Município de Jaboatão dos Guararapes, adota
a definição de objetivos, metas, prazos e responsáveis.

O Plano Decenal contém 19 objetivos e 41 metas, revelando o desafio posto para a década de 2017
– 2026.

Tabela 23: Eixos Estratégicos do Plano Municipal Decenal de Atendimento Socioeducativo

EIXOS OPERATIVOS OBJETIVOS METAS

Gestão do Atendimento Socioeducativo 06 16

Qualificação do Atendimento Socioeducativo 06 13

Cofinanciamento do Plano Decenal Municipal 01 04

Participação Cidadã dos Adolescentes 01 03

Sistemas de Justiça e Segurança 05 08

TOTAL 19 41
DD
CA

Eixo 1: Gestão do Sistema Socioeducativo de Jaboatão dos Guararapes


Períodos
Objetivos Metas 2017 2018/2021 2022/2025 2026 Responsáveis
1º 2º 3º 4º
1. Elaboração/aprovação de Regimento
X
Interno para Comissão Municipal do SINASE;
2. Atualização/aprovação da Instrução
Normativa nº 01/13 – CMDDCA/JG, de acordo X X
com as normativas vigentes;
3. Elaboração de instrumentais para avaliação Secretaria responsável pela Assistência
1. Garantir a Gestão do Sistema do Sistema Municipal de Atendimento X Social
Municipal Socioeducativo. Socioeducativo. CMDDCA-JG
4. Avaliação do Sistema Municipal de CMAS-JG
X X X
Atendimento Socioeducativo realizada.
5. Adesão do Sistema Municipal de
Atendimento Socioeducativo ao Sistema
X
Nacional de Informação sobre o atendimento
socioeducativo.
1. Projeto Político Pedagógico do Programa
Municipal de Atendimento Socioeducativo X
Secretaria responsável pela Assistência
2. Assegurar o Projeto Político elaborado/aprovado.
Social, CREAS MSE, Unidades
Pedagógico das MSEMA. 2. Projetos Políticos Pedagógicos das unidades
Executoras, CMDDCA-JG, CMAS-JG
executoras de PSC e LA elaborados/inscritos X
no CMDDCA/JG.
1. Elaboração de procedimentos
metodológicos para avaliar e monitorar o X
3. Garantir o acompanhamento,
Plano Decenal Municipal. CMDDCA-JG
monitoramento e avaliação do Plano
2. Avaliação do Plano Decenal Municipal Secretaria responsável pela Assistência
Municipal Decenal de Atendimento X X X
realizada. Social.
Socioeducativo.
3. Diagnósticos sobre o atendimento
X X
Socioeducativo no município realizado.
DD
CA

4. CREAS MSE e Unidades Executoras


X X X X CREAS MSE, Unidades Executoras.
alimentando continuamente o SIPIA SINASE.
1. Avaliação e aperfeiçoamento do fluxo das Secretaria responsável pela Assistência
X X X X
MSEMA. Social Poder Judiciário
Ministério Público
4. Consolidar o fluxo do atendimento CMDDCA-JG
2. Elaboração e aperfeiçoamento do fluxo de
socioeducativo. Conselho Tutelar
atendimento entre o meio aberto e o meio X X X X
Governo do Estado (FUNASE e
fechado.
Secretaria responsável pela política
para criança e adolescente).
Secretarias de Administração,
Planejamento, finanças e
1. Realização de concursos públicos para
5. Garantir servidores do quadro Secretaria responsável pela Assistência
contratação de profissionais (assistente social, X X
municipal atuando no CREAS MSE. Social
psicólogos, pedagogos e educadores sociais).
CMDDCA-JG e CMAS
Poder Legislativo
1. Formalização de parcerias com entidades
de ensino superior para implantar cursos de
X X X Secretaria responsável pela Assistência
extensão e especialização.
6. Garantir formação continuada para Social, Secretaria de Educação,
os profissionais do Sistema Municipal Secretaria de Saúde, Secretaria
2. 100% dos profissionais do CREAS MSE e
de Atendimento Socioeducativo. responsável pelos Direitos Humanos,
unidades executoras inseridos em atividades
X X X X CMDDCA-JG.
de formação oferecidas pelo Município,
Estado e União.
DD
CA

Eixo 2: Qualificação do Atendimento Socioeducativo em Jaboatão dos Guararapes

Períodos
Objetivos Metas 2017 2018/2021 2022/2025 2026 Responsáveis
1º 2º 3º 4º
1. Garantir aos adolescentes e
1. 100% dos adolescentes e jovens em MSE com acesso às CREAS MSE, Unidades
jovens em cumprimento de MSE o X X X X
documentações básicas. Executoras, FUNASE.
acesso à documentação básica.
1. 100% dos adolescentes e jovens em MSE com
X X X X
atendimento de saúde garantido.
CREAS MSE, Unidades
2. Adolescentes e jovens inseridos em atividades e ações Executoras, FUNASE,
2. Garantir aos adolescentes e preventivas ao uso abusivo de drogas, de atenção à saúde
X X X X Secretaria responsável
jovens em MSE o acesso ao direito à sexual e reprodutiva e à prevenção de doenças sexualmente pela Assistência Social
saúde. transmissíveis. Secretarias de Saúde do
3. Adolescentes e jovens em cumprimento de MSE inseridos Município e do Estado
nos programas de prevenção a gravidez na adolescência e X X X X
paternidade responsável.
1. 100% dos adolescentes e jovens matriculados e CREAS MSE, Unidades
X X X X
3. Garantir aos adolescentes e frequentando o ensino fundamental ou médio. Executoras, FUNASE,
jovens em MSE o acesso ao direito à Secretarias de Educação
2. 100% dos adolescentes e jovens matriculados no
educação. X X X X do Município e do
Programa de Educação de Jovens e Adultos.
Estado
CREAS MSE, Unidades
Executoras, FUNASE,
4. Garantir aos adolescentes e
1. Adolescentes e jovens participando com protagonismo Secretaria responsável
jovens em MSE acesso ao direito à X X X X
nas atividades culturais e de lazer. pela Assistência Social
cultura e lazer.
Secretaria de Cultura do
município e do Estado
5. Garantir a qualificação 1. Formalização de parcerias com escolas técnicas, CREAS MSE, Unidades
profissional e a inclusão no mercado Delegacia Regional do Trabalho e o Sistema S para inclusão Executoras
X X X X
de trabalho do Adolescente e jovens dos adolescentes e jovens em MSEMA nas prerrogativas da Secretaria responsável
em MSE. Lei de Aprendizagem. pela Assistência Social
DD
CA

2. Aprovação de lei municipal que estabeleça a inclusão no Secretaria de Governo


mercado de trabalho de adolescentes/jovens em Poder Legislativo,
cumprimento de MSEMA, através de incentivos fiscais e Faculdades e entidades
X representativas do
criação de percentual mínimo nas empresas de
terceirização de serviço de mão de obra contratadas pelo empresariado local.
Município.
3. Efetivação da Lei Municipal que trata da inclusão no
mercado de trabalho de adolescentes/jovens em
cumprimento de MSEMA, através de incentivos fiscais e
X X X
criação de percentual mínimo nas empresas de
terceirização de serviço de mão de obra contratadas pelo
Município.
4. Termos de parcerias firmados com o empresariado e
X X X X
faculdades locais para contratação em estágio e aprendiz.
1. 100% dos adolescentes, jovens e suas famílias acessando
6. Garantir o acesso dos os programas de transferência de renda, com base nas X X X X CREAS MSE, Unidades
adolescentes, jovens e suas famílias, condicionalidades. Executoras
das MSE, à rede e aos serviços 2. 100% dos adolescentes e suas famílias inseridos no Secretaria responsável
socioeassistenciais. serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, com X X X X pela Assistência Social.
base nos critérios específicos.
DD
CA

Eixo 3: Cofinanciamento do Plano Decenal Municipal de Jaboatão dos Guararapes

Períodos
Objetivos Metas 2017 2018/2021 2022/2025 2026
Responsáveis
1º 2º 3º 4º
1. Objetivos e metas do Plano contemplados
X X X X
no ciclo orçamentário (PPA, LDO e LOA) Secretaria responsável
2. Revisão periódica do valor per capita de pela Assistência Social
X X X X
atendimento aos adolescentes MSEMA. Secretaria de Finanças
1. Garantir orçamento para execução dos
3. Elaboração e aprovação, em 2017, de um Secretaria de
objetivos e metas do Plano. X X X X
Plano de captação de recursos para MSEMA. Planejamento
CMAS, CMDDCA-JG,
4. Estado de Pernambuco e União,
X X X X Conselhos Tutelares.
cofinanciando das MSEMA.

Eixo 4: Participação Cidadã dos Adolescentes em Jaboatão dos Guararapes

Objetivos Metas Períodos


2017 2018/2021 2022/2025 2025 Responsáveis
1º 2º 3º 4º
1. Encontro anual de adolescentes e jovens em
X X X X
MSEMA realizado.
2. Adolescentes e jovens em MSE participando CREAS MSE, Unidades
do Fórum Municipal de Crianças e Adolescentes, Executoras, FUNASE
1. Garantir a participação política cidadã dos
Conferências, Encontros e demais atividades X X X X (CASEM)
adolescentes e jovens em cumprimento de
sobre direitos e deveres de criança e Secretaria responsável
MSE.
adolescente. pela Assistência Social
3. Adolescentes e jovens inseridos nos processos CMDDCA-JG
de elaboração, revisão e avaliação do Projeto X X X X
Político Pedagógico – PPP e do Plano Decenal.
DD
CA

Eixo 5: Sistemas de Justiça e Segurança em Jaboatão dos Guararapes

Períodos
Objetivos Metas 2017 2018/2021 2022/2025 2026
Responsáveis
1º 2º 3º 4º
Poder Judiciário,
1. Assegurar a aplicação dos princípios da Secretaria responsável
1. 1(um) Núcleo Especializado na Vara da
Justiça Restaurativa, nos termos da Meta 8 do X pela Assistência Social,
Infância e da Juventude.
CNJ. Ministério Público,
Defensoria Pública.
2. Garantir, através da Defensoria Pública,
Secretaria responsável
defesa técnica jurídica aos adolescentes a 1. 100% dos adolescentes e jovens com defesa
Assistência Social
quem foi atribuído ato infracional, e aos técnica realizada, desde a Delegacia até a X X X X
CREAS MSE
adolescentes e jovens que estejam em extinção de MSE.
Defensoria Pública.
atendimento socioeducativo.
3. Garantir a abordagem/atuação dos
1. Conselho Municipal de Ordem Pública e
profissionais da Segurança Pública (Polícias Secretaria responsável
Segurança Cidadã discutindo sistematicamente o
Civil e Militar e Guarda Municipal) no X X X X Assistência Social e
atendimento aos adolescentes em conflito com a
atendimento aos adolescentes em conflito com CMOPSC.
Lei.
a Lei.
1. 1(um) Departamento especifico para apuração Secretarias Estaduais de
de atos infracionais instituído na DPCA de X Desenvolvimento Social,
Jaboatão dos Guararapes. Planejamento e a
4. Assegurar o atendimento especializado em Responsável pela Política
apuração de atos infracionais na Delegacia Socioeducativa,
Especializada da Criança e do Adolescente de CEDCA/PE
Jaboatão dos Guararapes. 2. 100% dos atos infracionais apurados por Gabinete do Prefeito,
X X X
Departamento Específico na DCPA. Secretaria responsável
pela política de
Assistência Social.
5. Priorizar a aplicação de medidas em meio 1. Equipes técnicas do CREAS MSE, unidades CREAS MSE, Unidades
aberto, com base em critérios técnicos, executoras e FUNASE participando das X X X X Executoras Secretaria
jurídicos e pedagógicos. audiências que envolvem os/as adolescentes em responsável Assistência
DD
CA

MSE. Social,
Poder Judiciário
Ministério Público
2. Equipe técnica da Vara da Infância e Juventude Defensoria Pública
ampliada e atuando nos procedimentos que X X X X
envolvem os adolescentes em MSE.
3. 100% dos processos de conhecimento de atos
infracionais analisados/encaminhados pelo X X X X
Ministério Público, conforme determinação legal.
DD
CA

BIBLIOGRAFI A
BRASIL. CONANDA – Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Resolução
N.º 119, de 11 de dezembro de 2006. SINASE – Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo. Brasília: 2006.
BRASIL. CONANDA – Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Resolução
N.º 160/2013. Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo. Brasília: 2013.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/1990
BRASIL. Lei do Sinase – Lei nº 12. 594/2012
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Caderno de Orientações
Técnicas: Serviço de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto. Secretaria Nacional de
Assistência Social. Brasília (DF): 2010. Publicado EM 2016
BRASIL. Resolução CNAS nº 109, de 11 de novembro de 2009. Brasília. Aprova a Tipificação
Nacional de Serviços Socioassistenciais.
Demo, Pedro. POBREZA POLÍTICA (POBREZA HUMANA)
(http://www.fundacaosintaf.org.br/arquivos/File/Pobreza%20Poltica%20-
%20Pedro%20Demo.pdf.)

Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 / Conselho Estadual


de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente - CEDCA/PE; organização de textos João
Candido Melo Sobrinho. – Recife: CEDCA-PE, 2015.
JABOATÃO DOS GURARAPES – Plano Municipal de Assistência Social 2014-2017
PNUD, Ipea, FJP. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Brasileiro. Brasília, 2013.
Santos, Adriana Rodrigues dos. Monitoramento e avaliação de programas no setor público
[manuscrito] a experiência do PPA do Governo Federal no período 2000-2011 / Adriana
Rodrigues dos Santos. -- 2012.
Soares Pe. Agnaldo PLANO NACIONAL DECENAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
COMENTADO: Uma abordagem crítica para a elaboração dos Planos Estaduais e Municipais

SITES

http://legis.alepe.pe.gov.br/default.aspx. Acesso em 14/10/2016

http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=261390&search=pernambuc
o|jaboatão dos Guararapes. Acesso em 10/09/2016

http://www.planalto.gov.br. Acesso em 14/10/2016

http://www.priberam.pt/DLPO/ Acessos durante a construção do documento


DD
CA

Anexos

Anexo 1

PROPOSTA DE DESENHO DO FLUXO MSEMA DE PSC

Anexo 2

PROPOSTA DE DESENHO DO FLUXO MSEMA DE L.A

Você também pode gostar