FILOSOFIA 2024 pt.2
FILOSOFIA 2024 pt.2
FILOSOFIA 2024 pt.2
CONTRATO SOCIAL:
No que se refere ao contrato social, Rousseau considerava que o pacto social tradicional, que
justificava essas desigualdades, era ilegítimo. Ele propunha a necessidade de um novo pacto
baseado na vontade geral e na soberania popular, onde os indivíduos deveriam renunciar suas
vontades individuais em favor da comunidade. Esse novo pacto social não deveria apenas
refletir a soma das vontades individuais, mas sim buscar o bem comum, a verdadeira
expressão da vontade coletiva.
PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DIRETA:
Rousseau também criticava a democracia representativa, argumentando que os deputados
não conseguiam representar verdadeiramente os interesses do povo. Para ele, a participação
política deveria ser direta, com os cidadãos sendo convocados constantemente para participar
ativamente da vida política através de assembleias, expressando suas opiniões e votos. Essas
assembleias populares, segundo Rousseau, seriam a única fonte legítima de autoridade
política, garantindo que todos os membros da sociedade tivessem voz igual nos assuntos que
os afetavam diretamente.
CONTRATUALISTAS
O contratualismo é uma teoria política que sugere que a origem do Estado e das leis deriva de
um contrato ou consenso entre os indivíduos que compõem a sociedade. Essa teoria procura
justificar ou criticar a legitimidade das instituições políticas com base nesse acordo inicial.
THOMAS HOBBES:
Thomas Hobbes, em sua obra "Leviatã", postula que a natureza humana é essencialmente
guiada por desejos egoístas e um medo constante da morte. Segundo Hobbes, "o homem é o
lobo do homem", expressando uma visão pessimista onde, no estado de natureza, sem
governo, haveria um "estado de guerra de todos contra todos". A vida, então, seria "solitária,
pobre, sórdida, brutal e curta". Para escapar desse caos, os indivíduos estabeleceriam, por
meio de um contrato social, um Estado com poderes absolutos para garantir a segurança e a
ordem, sendo a principal função deste Estado a preservação da vida.
JOHN LOCKE:
John Locke apresenta uma perspectiva mais otimista e liberal. Ele acredita que, no estado de
natureza, os homens são racionais e pacíficos, vivendo sob uma "lei da natureza" que proíbe
prejudicar os outros em sua vida, saúde, liberdade ou posses. No entanto, a ausência de um
sistema judiciário imparcial para resolver disputas leva à formação de um governo por meio de
um contrato social, cujo principal objetivo é preservar a propriedade, mediar conflitos e
garantir os direitos naturais, operando com autoridade limitada e servindo aos interesses do
povo. Locke afirma que "onde não há lei, não há liberdade", destacando a importância da lei
para a verdadeira liberdade.