Probabilidade - Aluno

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PROBABILIDADE

O estudo da probabilidade é de grande importância para a tomada de decisões em


nossa sociedade. Conhecemos como probabilidade a área da matemática que estuda a
chance de um determinado evento acontecer.
A probabilidade conta com conceitos importantes, como experimento aleatório, evento,
espaço amostral, e eventos equiprováveis. O valor da probabilidade é sempre um número
entre 0 e 1 ou uma porcentagem entre 0% e 100%, e é calculado com base na razão entre
os casos favoráveis e os casos possíveis.
O que é probabilidade?
Perceber o comportamento de eventos aleatórios é de grande importância para a
nossa sociedade, e a área de estudo conhecida como probabilidade faz a análise desses
eventos para entender quais são as chances reais de eles ocorrerem.
Há várias aplicações do estudo da probabilidade no cotidiano, um deles ocorre na
pandemia de COVID-19, assim como pode ocorrer em outras possíveis futuras pandemias,
nela ferramentas da estatística e da probabilidade são utilizadas para prever-se
o comportamento da transmissão da doença nas próximas semanas. É também com
base na probabilidade que se faz as estimativas para que os governadores e prefeitos tomem
providências em relação ao afrouxamento ou endurecimento de medidas de isolamento social.
Para compreender o cálculo da probabilidade, antes, precisamos dominar alguns
conceitos, como espaço amostral, evento e experimento aleatório.
Experimento aleatório
É o experimento que, ao ser realizado várias vezes nas mesmas condições, ainda sim,
gera um resultado imprevisível. Estamos cercados de experimentos aleatórios no nosso
cotidiano, por exemplo, ao realizarmos o lançamento de um dado comum, ainda que seja
possível calcular a chance de cada um dos resultados ocorrer, é impossível termos, com
precisão, o resultado do lançamento. Ao lançarmos o dado uma vez e obtermos, por
exemplo, 1 como resultado, ao realizarmos um novo lançamento, respeitando as mesmas
condições, o resultado continua sendo imprevisível, ele pode ou não ser 1 novamente.
Há vários outros exemplos de experimentos aleatórios nas outras áreas de
conhecimento, como na biologia, mais especificamente no estudo da genética.
Espaço amostral
É o conjunto de todos os resultados possíveis de um evento aleatório. Conhecido
também como conjunto universo, o espaço amostral pode ser representado pelo símbolo
grego Ω (lê-se: ômega).
Em um experimento aleatório, conhecer o espaço amostral é essencial para que a gente
consiga calcular a probabilidade desse evento acontecer. Por exemplo, em um lançamento de
um dado normal, o espaço amostral será Ω: {1,2,3,4,5,6}, outra possibilidade é escolher uma
vogal do alfabeto ao acaso, logo, nesse experimento aleatório, o espaço amostral será Ω:{a,
e, i, o, u}.

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Ponto amostral
É um elemento que pertence ao espaço amostral, ou seja, um entre os vários
resultados possíveis do experimento aleatório. Por exemplo, ao lançar-se uma moeda para o
alto, o resultado coroa é um ponto amostral assim como o resultado cara, a depender de qual
dos lados aparece após a queda do objeto. Dessa forma, um ponto amostral de um
experimento aleatório nada mais é do que um dos seus resultados possíveis.
Evento
É qualquer subconjunto do espaço amostral. O evento pode ser representado
utilizando-se notação de conjuntos, ou seja, por letras maiúscula. Geralmente o evento é o
conjunto de resultados satisfatórios, ou seja, é um subconjunto do espaço amostral que
contém os elementos com os quais se calcula a probabilidade
Exemplo:
Em um experimento aleatório, será sorteado ao acaso um estado brasileiro. Nesse
experimento podemos tirar vários possíveis eventos, por exemplo, podemos pensar no
resultado ser um estado do Sul, logo, meu evento pode ser representado pelo conjunto A: {Rio
Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina}. Outro possível evento é o conjunto de estados cujos
nomes comecem com a letra s, nesse caso o evento será o conjunto B: {Santa Catarina,
Sergipe, São Paulo}.
 Evento certo
É o que possui 100% de chance de ocorrer.
Exemplo:
Ao lançarmos um dado e observarmos, após a queda, sua face superior, um evento certo é
que encontraremos nela um número menor que 7, logo, meu conjunto E será {1,2,3,4,5,6},
pois, ao lançar-se um dado, não existe outra opção a não ser um desses resultados, o que
torna esse evento certo.
 Evento impossível
É aquele que possui 0% de chance de ocorrer, ou seja, que não ocorrerá.
Exemplo:
Utilizando-se do mesmo experimento de lançamento de um dado comum, um evento
impossível será obter-se um número maior que 6.

CÁLCULO DA PROBABILIDADE
Todos os conceitos vistos são essenciais para compreender-se o cálculo da
probabilidade. Dado um experimento aleatório, calculamos a chance de um determinado
evento ocorrer, essa probabilidade é dada pela razão entre o número de elementos do meu
conjunto evento, ou seja, o número de casos favoráveis sobre o número de elementos no meu
espaço amostral, ou seja, o número de casos possíveis.

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P(A) → probabilidade do evento A
n(A) → número de elementos no conjunto A
n(Ω) → número de elementos no conjunto
Observações:
 A probabilidade pode ser representada como fração, como porcentagem ou como número
decimal.
 A probabilidade é sempre um número decimal entre 0 e 1, ou uma porcentagem entre 0%
e 100%.
 Se P(A) = 0 então A é um evento impossível.
 Se P(A) = 1 então A é um evento certo.
Exemplo:
Uma urna contém bolas brancas, vermelhas e verdes. Sabendo-se que nela há 12 bolas
brancas, 8 vermelhas e que as 5 restantes são verdes, se uma bola for retirada ao acaso, qual
é a probabilidade de que ela seja:
a) Branca
Nosso evento A é → sair uma bola branca. Sabemos que n(A) = 12, ou seja, há 12 casos
favoráveis.
Nosso espaço amostral possui um total de 12 + 8 + 5 = 25, então n(Ω) = 25.
Dessa forma, a probabilidade de o evento A ocorrer pode ser representada por:

b) Não branca
Nosso evento B é → sair uma bola não branca. Sabemos que n(B) = 13, n(b)= total de bolas
– total de bolas brancas  25-12=13
Como o espaço amostral continua o mesmo, então n(Ω) = 25.

Espaços amostrais equiprováveis


Em um espaço amostral, os eventos podem ser equiprováveis ou não, eles são
considerados equiprováveis quando possuem a mesma chance de ocorrer.
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Exemplo:
Considere mais uma vez o experimento do lançamento de um dado, sabemos que a
1
probabilidade do seu lado superior ser 1, 2, 3, 4, 5 ou 6 é de 6 𝑜𝑢 16,66 … % em todos os casos,
logo, nesse caso, temos um espaço amostral equiprovável, ou seja, com pontos amostrais que
possuem a mesma chance de ocorrer.
Exemplo:
Agora vamos considerar o seguinte experimento: serão lançados dois dados e a soma
das faces superiores será anotada.
Vamos construir uma tabela para analisar os possíveis resultados:

+ 1 2 3 4 5 6

1 2 3 4 5 6 7

2 3 4 5 6 7 8

3 4 5 6 7 8 9

4 5 6 7 8 9 10

5 6 7 8 9 10 11

6 7 8 9 10 11 12

Analisando os resultados possíveis (no espaço amostral há 36 possibilidades), perceba


6
que a probabilidade de sair 7 nesse experimento é de 𝑜𝑢 16,66 … % e que a probabilidade
36
3
de sair 10 é de 36 𝑜𝑢 8,33 … %, logo, nesse caso, o espaço amostral não é equiprovável.

Exercícios para resolver em sala


Questão 1 - (ENEM) Em uma central de atendimento, cem pessoas receberam senhas
numeradas de 1 até 100. Uma das senhas é sorteada ao acaso. Qual é a probabilidade de a
senha ser um número de 1 a 20.
a) 1/100 b) 19/100 c) 20/100 d) 21/100 e) 80/100
Resolução

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Questão 2 - (Fundatec – 2019) Ao lançar uma moeda não viciada três vezes consecutivas, a
probabilidade de sair pelo menos duas caras é de:
a) 10% b) 20% c) 30% d) 40% e) 50%
Resolução

Questão 3 - Foi feita uma pesquisa com os alunos das turmas A e B de uma escola em que
se perguntou qual o esporte favorito de cada um. Os resultados estão no quadro abaixo.

a) Quantos alunos há nessas turmas A e B?

b) Escolhendo ao acaso um aluno das turmas A ou B dessa escola, qual a probabilidade de


que o seu esporte favorito seja futebol? E vôlei?

c) Escolhendo ao acaso um aluno da turma B dessa escola, qual a probabilidade de que o seu
esporte favorito seja futebol? E vôlei?

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EXERCÍCIOS PARA TESTAR O CONHECIMENTO.
1ª) Considere estas dez cartas numeradas, embaralhamos essas cartas e tiramos uma
ao acaso.

a) Qual é a probabilidade de ela ser a carta com o número 9?


b) Qual é a probabilidade de ela ser a carta com o número 5?
c) Qual é a probabilidade de a carta retirada ser a com um número par?
d) Qual é a probabilidade de a carta ser a com um número ímpar?
e) Qual é a probabilidade de a carta retirada ter um número maior do que 50?
f) Qual é a probabilidade de a carta retirada ter um número menor do que 70?

2ª) Considere o lançamento de um dado com faces numeradas de 1 a 6.


a) Qual é a probabilidade de o resultado ser 6?
b) Qual é a probabilidade de o resultado ser par?
c) Qual é a probabilidade de o resultado ser divisível por 3?
d) Qual é a probabilidade de o resultado ser um número primo?

3ª) Em uma festa há 10 meninos e 25 meninas. Sorteando um convidado ao acaso,


qual é a probabilidade de ser um menino? E de ser uma menina?

4ª) A possibilidade de ganhar uma bicicleta numa rifa de 100 números tendo comprado
quatro números é:
2 1 1
a) 𝑜𝑢 0,4% b) 𝑜𝑢 0,1% c) 𝑜𝑢 0,04%
5 10 25
1 1
d) 𝑜𝑢 0,033 … % e) 𝑜𝑢 0,02%
30 50

5ª) Uma caixa contém 10 fichas, sendo 1 ficha azul, 3 amarelas e 6 vermelhas, todas
com a mesma forma, tamanho e peso. Pede-se a uma pessoa para retirar ao acaso
uma ficha da caixa. Calcule em seu caderno a probabilidade de essa pessoa retirar
uma ficha amarela.
6ª) Dentre os eventos descritos abaixo, encontre um evento impossível e um evento
certo.
a) Obtenção de um número divisível por 10 no lançamento de um dado comum.
b) Conseguir pelo menos uma face “cara” no lançamento de 20 moedas comuns.
c) Lançando-se 3 dados comuns, obter a soma dos pontos maior ou igual a 3.

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