DESCRITOR 13 (3 Série)
DESCRITOR 13 (3 Série)
DESCRITOR 13 (3 Série)
o interlocutor de um texto.
No trecho “... dar um xô para o azar,...” (Último parágrafo), a palavra destacada é própria da linguagem
A) coloquial.
B) formal.
C) literária.
D) regional.
E) técnica.
No trecho “Antes do recreio, a gente tinha assistido...” (1° parágrafo), a expressão destacada é característica da
linguagem
A) coloquial.
B) culta.
C) científica.
D) regional.
E) técnica.
Mundo grande
E a viagem continua...
Depois de rezarmos e cantarmos muito, voltávamos todos para casa e logo chegavam convidados para o
almoço, que sempre era especial. Comidas italianas que vovó, a nona, fazia.
E todos os adultos matavam saudade da Itália. Ela tinha vindo de lá, de navio, no começo do século, quando
meu pai tinha três anos. Mamãe chegou um pouco mais tarde, com seus pais.
Depois de moços, conheceram-se no Brasil e se casaram.
Durante o almoço, falavam em italiano e tomavam vinho. Era engraçado! Como na missa, não entendíamos
nada...
ZABOTO, L. H. Vovó já foi criança. Brasília: Casa Editora, 1996.
Cinco minutos
Capítulo 5
Assim ficamos muito tempo imóveis, ela, com a fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a impressão
triste de suas palavras.
Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a sua serenidade, disse-me com um tom doce e melancólico:
– Não pensas que melhor é esquecer do que amar assim?
– Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...] um grande consolo para a desgraça. O que é triste, o que é
cruel, não é essa viuvez da alma separada de sua irmã, não; aí há um sentimento que vive, apesar da morte,
apesar do tempo. É, sim, esse vácuo do coração que não tem uma afeição no mundo e que passa como um
estranho por entre os prazeres que o cercam.
– Que santo amor, meu Deus! Era assim que eu sonhava ser amada! ...
– E me pedias que te esquecesse!...
– Não! não! Ama-me; quero que me ames ao menos...
– Não me fugirás mais?
– Não. [...]
ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987. Fragmento.
Por um acaso do destino, um velho e sábio professor e um jovem e estulto aluno se encontraram dividindo
bancos gêmeos num ônibus interestadual. O estulto aluno, já conhecido do sábio professor exatamente por sua
estultice, logo cansou o mestre com seu matraquear ininterrupto e sem sentido. O professor aguentou o quanto
pôde a conversa insossa e descabida. Afinal, cansado, arranjou, na sua cachola sábia, uma maneira de desativar o
papo inútil do aluno. Sugeriu:
– Vamos fazer um jogo que sempre proponho nestas minhas viagens. Faz o tempo passar bem mais
depressa. Você me faz uma pergunta qualquer. Se eu não souber responder, perco cem pratas.
Depois eu lhe faço uma pergunta. Se você não souber responder, perde cem.
– Ah, mas isso é injusto! Não posso jogar esse jogo – disse o aluno, provando que não era tão tolo quanto
aparentava –, eu vou perder muito dinheiro! O senhor sabe infinitamente mais do que eu.
Só posso jogar com a seguinte combinação: quando eu acertar, ganho cem pratas. Quando o senhor
acertar, ganha só vinte.
– Está bem – concordou o professor –, pode começar.
– Me diz, professor – perguntou o aluno –, o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo
de pau?
O professor, sem sequer pensar, respondeu:
– Não sei; nem posso saber! Isso não existe.
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DESCRITOR 13 - identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
– O senhor não disse se devia existir ou não. O fato é que o senhor não sabe o que é – argumentou o aluno
– e, portanto, me deve cem pratas.
– Tá bem, eu pago as cem pratas – concordou o professor pagando –, mas agora é minha vez. Me diz aí: o
que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?
– Não sei – respondeu o aluno. E, sem maior discussão, pagou vinte pratas ao professor.
MORAL: A sabedoria, nos dias de hoje, está valendo 20% da esperteza.
FERNANDES, Millôr. 100 fábulas fabulosas. 5ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. p. 215-216.
A moreninha
A história de amor se passa no Rio de Janeiro, envolvendo três estudantes, uma bela jovem e uma aposta. Os
estudantes são Fabrício, Augusto e Leopoldo. Carolina é a Moreninha do título, irmã de Felipe. A aposta: Augusto,
inconstante no amor, compromete-se com os amigos a escrever um romance, caso fique apaixonado por mais de
quinze dias pela mesma mulher.
─ [...] Mas venha cá, Sr. Augusto, então como é isso?... estás realmente apaixonado?!
─ Quem te disse semelhante asneira?...
─Há três dias que não me falas senão na irmã de Felipe e...
─Ora, viva! Quero divertir-me... digo-te que a acho feia; não é lá essas coisas; parece ter mau gênio. Realmente
notei-lhe muitos defeitos...sim... mas, às vezes... Olha, Leonardo, quando ela fala ou mesmo quando está calada, ainda
melhor; quando ela dança ou mesmo quando ela fala ou mesmo se está sentada... ah! ela, rindo-se... e até mesmo
séria... quando ela canta ou toca ou brinca ou corre, com os cabelos à négligé, ou divididos em belas tranças;
quando...Para que dizer mais? Sempre, Leopoldo, sempre ela é bela, formosa, encantadora, angélica!
─ Então, que história é essa? Acabas divinizando a mesma pessoa que, principalmente, chamaste feia?...
─ Pois eu disse que ela eras feia? É verdade que eu... no princípio... Mas depois... Ora, estou com dores de
cabeça; este maldito Velpeau!... Que lição temos amanhã?
─ Eu? Pode ser ...Esta minha cabeça!...
─ Não é a tua cabeça, Augusto, é o teu coração.
Houve então um momento de silêncio. Augusto abriu um livro e fechou-o logo; depois tomou rapé, passou pelo
quarto duas ou três vezes e, finalmente, veio de novo sentar junto de Leopoldo.
─ É verdade, disse; não é a minha cabeça: a causa está no coração.
Leopoldo, tenho tido pejo de te confessar, porém não posso mais esconder estes sentimentos que eu penso que
são segredos e que todo o mundo mos lê nos olhos! Leopoldo, aquela menina que aborreci no primeiro instante, que
julguei insuportável e logo depois espirituosa, que daí a algumas horas comecei a achar bonita, no curto trato de um
dia, ou melhor ainda, em alguns minutos de uma cena de amor e piedade, em que a vi de joelhos banhando os pés de
sua ama, plantou no meu coração um domínio forte, um sentimento filho da admiração, talvez, mas sentimento que é
novo para mim, que não sei como o chame, porque o amor é um nome muito frio para que o pudesse exprimir!... Eu já
não me conheço... não sei onde irá isto parar...Eu amo! ardo! morro!
─Modera-te, Augusto; acalma-te; não é graça; olha que estás vermelho como um pimentão.
MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo.Ática, 2000. p.108-9. Fragmento.
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DESCRITOR 13 - identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
PROVA BRASIL 2015- NÍVEL 5 -Leia o texto abaixo.
No trecho “E, de vassoura em punho, gasto tapetes persas.” ( . 9), a inversão na ordem das palavras é
característica da linguagem
A) científica.
B) jornalística.
C) poética.
D) regional.
E) técnica.
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DESCRITOR 13 - identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
A forma de tratamento usada nessa carta é exemplo de linguagem
A) científica.
B) coloquial.
C) formal.
D) literária.
E) regional.
Se eu morresse amanhã
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DESCRITOR 13 - identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
D) “Quanta glória pressinto em meu futuro!”. (v. 5)
E) “Que sol! Que céu azul!...”. (v. 9)
A designação de Realismo, dada a esse movimento, é inadequada, pois o realismo ocorre em todos os
tempos como um dos pólos da criação literária, sendo a tendência para reproduzir nas obras os traços observados
no mundo real, – seja nas coisas, seja nas pessoas e nos sentimentos. Outro pólo é a fantasia, isto é, a tendência
para inventar um mundo novo, diferente e muitas vezes oposto às leis do mundo real. Os autores e as modas
literárias oscilam incessantemente entre ambos, e é da sua combinação mais ou menos variada que se faz a
literatura.
Sob vários aspectos, o romance romântico foi cheio de realismo, pois a ficção moderna se constituiu
justamente na medida em que visou, cada vez mais, a comunicar ao leitor o sentimento da realidade, por meio da
observação exata do mundo e dos seres.
(Antonio Candido; J. Aderaldo Castello. Presença da literatura brasileira – do Romantismo ao Simbolismo)