DESCRITOR 13 (3 Série)

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DESCRITOR 13 - identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e

o interlocutor de um texto.

PROVA BRASIL 2019- NÍVEL 5 -Leia o texto a seguir e responda:


HISTÓRIA DA PROVÍNCIA DE SANTA CRUZ
“Esta planta é mui tenra e não muito alta, não tem ramos senão umas fôlhas que serão seis ou sete palmos
de comprido. A fruita se chama banana. Parecem-se na feição com pepinos e criam-se em cachos. [...] Esta fruita
é mui saborosa, e das boas, que há na terra: tem uma pele como de figo (ainda que mais dura) a qual lhe lançam
fora quando a querem comer: mas faz dano à saúde e causa febre a quem se demanda dela”
GÂNDAVO, Pero Magalhães de. História da Província Santa Cruz. Disponível em: <http://www.graudez.com.br/literatura/ quinhentismo.html>. Acesso em: 11 abr. 2017.
Fragmento.

No texto, observam-se marcas de linguagem


(A) arcaica.
(B) informal.
(C) jornalística.
(D) regional.
(E) técnica.

PROVA BRASIL 2011- NÍVEL 5 -Leia o texto abaixo.


Bater na madeira
Esse costume vem de tempos bem antigos. Entre os celtas, consistia em bater no tronco de uma árvore
para afugentar o azar, com base no fato de que os raios caem frequentemente sobre as árvores, sinal de que elas
seriam a morada terrestre dos deuses. A pessoa estaria mantendo contato com o deus e lhe pedindo ajuda.
Na mesma linha, os druidas batiam na madeira para espantar os maus espíritos. Já na Roma Antiga, batia-
se na madeira da mesa das refeições, considerada sagrada, para invocar os deuses protetores da família e do lar.
Historicamente, a árvore preferida para neutralizar o mau agouro era o carvalho, venerado por sua força,
imponência e longevidade. Ele teria poderes sobrenaturais por suportar a força dos raios. Acreditava-se que nele
vivia o deus dos relâmpagos. Bater no carvalho era, portanto, um ato para afastar perigos e riscos diversos.
O pessoal do Íbis, de Pernambuco, considerado o pior time do mundo, andou batendo na madeira durante
anos tentando dar um xô para o azar, mas nem assim adiantou. Continuou sofrendo goleadas até ser brindado
com o vexaminoso título que hoje o identifica no futebol. Só restou a lembrança de, inutilmente, bater tanto na
madeira.
O berço da palavra. Revista do Correio. Correio Braziliense. 13 nov. 2009, p. 38.

No trecho “... dar um xô para o azar,...” (Último parágrafo), a palavra destacada é própria da linguagem
A) coloquial.
B) formal.
C) literária.
D) regional.
E) técnica.

PROVA BRASIL 2011- NÍVEL 5 - Leia o texto abaixo.


Pela janela
Quando eu percebi que a Milena estava olhando para mim, lá do outro lado da classe, virei o rosto para a
lousa, onde a professora acabava de escrever uma pergunta. Antes do recreio, a gente tinha assistido A guerra do
fogo e agora estávamos em grupos de quatro, fazendo um trabalho sobre o filme.
A história se passava na Idade da Pedra, não tinha falas, só grunhidos saindo das bocas dos homens das
cavernas. [...]
Em torno da minha mesa estavam Geandré, o Walter, o Duílio e eu. Estávamos sentados próximos à janela,
de onde eu podia ver os menores correndo, lá embaixo. [...] Olhei para Milena, bem rápido, ela estava me
olhando, de novo, mas virou o rosto, quando me viu.
No dia anterior, a Milena passou por mim, na saída e, sem me olhar, pôs um papel dobrado na minha mão.
De um lado estava escrito “De Milena” e no outro “Para Rodrigo”.
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DESCRITOR 13 - identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
Eu coloquei o papel no bolso e só tive coragem de ler quando cheguei em casa, depois de mais de uma hora
na perua, com ele queimando no meu bolso.
PRATA, Antônio. Carta fundamental. Set. 2009. Fragmento.

No trecho “Antes do recreio, a gente tinha assistido...” (1° parágrafo), a expressão destacada é característica da
linguagem
A) coloquial.
B) culta.
C) científica.
D) regional.
E) técnica.

PROVA BRASIL 2013- NÍVEL 4 -Leia o texto abaixo e responda.

Mundo grande

Não, meu coração não é maior que o mundo.


É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo.
Por isso me grito,
por isso frequento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos.

Sim, meu coração é muito pequeno.


Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.
Mas também a rua não cabe todos os homens.
A rua é menor que o mundo.
O mundo é grande.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Mundo Grande. Disponível em: <http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_
comentarios/m/mundo_grande_poema_drummond>. Acesso em: 9 nov. 2011.

A tipologia textual predominante nesse texto é


A) argumentativa.
B) descritiva.
C) dialogal.
D) injuntiva.
E) poética.

PROVA BRASIL 2017- NÍVEL 5 -Leia o texto abaixo e responda.

E a viagem continua...

Depois de rezarmos e cantarmos muito, voltávamos todos para casa e logo chegavam convidados para o
almoço, que sempre era especial. Comidas italianas que vovó, a nona, fazia.
E todos os adultos matavam saudade da Itália. Ela tinha vindo de lá, de navio, no começo do século, quando
meu pai tinha três anos. Mamãe chegou um pouco mais tarde, com seus pais.
Depois de moços, conheceram-se no Brasil e se casaram.
Durante o almoço, falavam em italiano e tomavam vinho. Era engraçado! Como na missa, não entendíamos
nada...
ZABOTO, L. H. Vovó já foi criança. Brasília: Casa Editora, 1996.

Quem é o narrador desse texto?


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DESCRITOR 13 - identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
A) a avó.
B) a mãe.
C) o pai.
D) um moço.
E) uma neta.

PROVA BRASIL 2017- NÍVEL 5 -Leia o texto abaixo e responda.

Cinco minutos
Capítulo 5

Assim ficamos muito tempo imóveis, ela, com a fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a impressão
triste de suas palavras.
Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a sua serenidade, disse-me com um tom doce e melancólico:
– Não pensas que melhor é esquecer do que amar assim?
– Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...] um grande consolo para a desgraça. O que é triste, o que é
cruel, não é essa viuvez da alma separada de sua irmã, não; aí há um sentimento que vive, apesar da morte,
apesar do tempo. É, sim, esse vácuo do coração que não tem uma afeição no mundo e que passa como um
estranho por entre os prazeres que o cercam.
– Que santo amor, meu Deus! Era assim que eu sonhava ser amada! ...
– E me pedias que te esquecesse!...
– Não! não! Ama-me; quero que me ames ao menos...
– Não me fugirás mais?
– Não. [...]
ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987. Fragmento.

Nesse texto, a linguagem usada é


A) arcaica.
B) culta.
C) popular.
D) regional.
E) técnica.

PROVA BRASIL 2019- NÍVEL 6 -Leia o texto abaixo.

O grande sábio e o imenso tolo

Por um acaso do destino, um velho e sábio professor e um jovem e estulto aluno se encontraram dividindo
bancos gêmeos num ônibus interestadual. O estulto aluno, já conhecido do sábio professor exatamente por sua
estultice, logo cansou o mestre com seu matraquear ininterrupto e sem sentido. O professor aguentou o quanto
pôde a conversa insossa e descabida. Afinal, cansado, arranjou, na sua cachola sábia, uma maneira de desativar o
papo inútil do aluno. Sugeriu:
– Vamos fazer um jogo que sempre proponho nestas minhas viagens. Faz o tempo passar bem mais
depressa. Você me faz uma pergunta qualquer. Se eu não souber responder, perco cem pratas.
Depois eu lhe faço uma pergunta. Se você não souber responder, perde cem.
– Ah, mas isso é injusto! Não posso jogar esse jogo – disse o aluno, provando que não era tão tolo quanto
aparentava –, eu vou perder muito dinheiro! O senhor sabe infinitamente mais do que eu.
Só posso jogar com a seguinte combinação: quando eu acertar, ganho cem pratas. Quando o senhor
acertar, ganha só vinte.
– Está bem – concordou o professor –, pode começar.
– Me diz, professor – perguntou o aluno –, o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo
de pau?
O professor, sem sequer pensar, respondeu:
– Não sei; nem posso saber! Isso não existe.

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DESCRITOR 13 - identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
– O senhor não disse se devia existir ou não. O fato é que o senhor não sabe o que é – argumentou o aluno
– e, portanto, me deve cem pratas.
– Tá bem, eu pago as cem pratas – concordou o professor pagando –, mas agora é minha vez. Me diz aí: o
que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?
– Não sei – respondeu o aluno. E, sem maior discussão, pagou vinte pratas ao professor.
MORAL: A sabedoria, nos dias de hoje, está valendo 20% da esperteza.
FERNANDES, Millôr. 100 fábulas fabulosas. 5ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. p. 215-216.

Nesse texto, o trecho que apresenta uso de linguagem coloquial é:


A) “O professor aguentou o quanto pôde...”. (1° parágrafo)
B) “Faz o tempo passar bem mais depressa.”. (2° parágrafo)
C) “Ah, mas isso é injusto!”. (4° parágrafo)
D) “Quando o senhor acertar, ganha só vinte.”. (5° parágrafo)
E) “– Tá bem, eu pago as cem pratas.”. (11° parágrafo)

PROVA BRASIL 2015- NÍVEL 4-Leia o texto abaixo e responda.

A moreninha

A história de amor se passa no Rio de Janeiro, envolvendo três estudantes, uma bela jovem e uma aposta. Os
estudantes são Fabrício, Augusto e Leopoldo. Carolina é a Moreninha do título, irmã de Felipe. A aposta: Augusto,
inconstante no amor, compromete-se com os amigos a escrever um romance, caso fique apaixonado por mais de
quinze dias pela mesma mulher.
─ [...] Mas venha cá, Sr. Augusto, então como é isso?... estás realmente apaixonado?!
─ Quem te disse semelhante asneira?...
─Há três dias que não me falas senão na irmã de Felipe e...
─Ora, viva! Quero divertir-me... digo-te que a acho feia; não é lá essas coisas; parece ter mau gênio. Realmente
notei-lhe muitos defeitos...sim... mas, às vezes... Olha, Leonardo, quando ela fala ou mesmo quando está calada, ainda
melhor; quando ela dança ou mesmo quando ela fala ou mesmo se está sentada... ah! ela, rindo-se... e até mesmo
séria... quando ela canta ou toca ou brinca ou corre, com os cabelos à négligé, ou divididos em belas tranças;
quando...Para que dizer mais? Sempre, Leopoldo, sempre ela é bela, formosa, encantadora, angélica!
─ Então, que história é essa? Acabas divinizando a mesma pessoa que, principalmente, chamaste feia?...
─ Pois eu disse que ela eras feia? É verdade que eu... no princípio... Mas depois... Ora, estou com dores de
cabeça; este maldito Velpeau!... Que lição temos amanhã?
─ Eu? Pode ser ...Esta minha cabeça!...
─ Não é a tua cabeça, Augusto, é o teu coração.
Houve então um momento de silêncio. Augusto abriu um livro e fechou-o logo; depois tomou rapé, passou pelo
quarto duas ou três vezes e, finalmente, veio de novo sentar junto de Leopoldo.
─ É verdade, disse; não é a minha cabeça: a causa está no coração.
Leopoldo, tenho tido pejo de te confessar, porém não posso mais esconder estes sentimentos que eu penso que
são segredos e que todo o mundo mos lê nos olhos! Leopoldo, aquela menina que aborreci no primeiro instante, que
julguei insuportável e logo depois espirituosa, que daí a algumas horas comecei a achar bonita, no curto trato de um
dia, ou melhor ainda, em alguns minutos de uma cena de amor e piedade, em que a vi de joelhos banhando os pés de
sua ama, plantou no meu coração um domínio forte, um sentimento filho da admiração, talvez, mas sentimento que é
novo para mim, que não sei como o chame, porque o amor é um nome muito frio para que o pudesse exprimir!... Eu já
não me conheço... não sei onde irá isto parar...Eu amo! ardo! morro!
─Modera-te, Augusto; acalma-te; não é graça; olha que estás vermelho como um pimentão.
MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo.Ática, 2000. p.108-9. Fragmento.

Predomina nesse texto o uso da linguagem


A) coloquial.
B) culta.
C) popular.
D) regional.
E) técnica.

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DESCRITOR 13 - identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
PROVA BRASIL 2015- NÍVEL 5 -Leia o texto abaixo.

A honra passada a limpo

Sou compulsiva, eu sei. Limpeza e arrumação.


Todos os dias boto a mesa, tiro a mesa. Café almoço, jantar. E pilhas de louças na pia, e espumas
redentoras.
Todos os dias entro nos quartos, desfaço camas, desarrumo berços, lençóis ao alto como velas. Para tudo
arrumar depois, alisando colchas de crochê.
Sou caprichosa, eu sei. Desce o pó sobre os móveis. Que eu colho na flanela.
Escurecem-se as pratas. Que eu esfrego com a camurça. A aranha tece. Que eu enxoto.
A traça rói. Que eu esmago. O cupim voa. Que eu afogo na água da tigela sob a luz.
E, de vassoura em punho, gasto tapetes persas.
Sou perseverante, eu sei. A mesa que ponho ninguém senta. Nas camas que arrumo, ninguém dorme. Não
há ninguém nesta casa, vazia há tanto tempo.
Mas sem tarefas domésticas, como preencher de feminina honradez a minha vida?
COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados.
Rio de Janeiro: Rocco, 1986.

No trecho “E, de vassoura em punho, gasto tapetes persas.” ( . 9), a inversão na ordem das palavras é
característica da linguagem
A) científica.
B) jornalística.
C) poética.
D) regional.
E) técnica.

PROVA BRASIL 2015- NÍVEL 5 - Leia o texto abaixo.


Senhor,
Posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do
achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso
minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior
que todos fazer!
Todavia tome Vossa Alteza minha ignorância por boa vontade, a qual bem certo creia que, para
aformosentar nem afear, aqui não há de pôr mais do que aquilo que vi e me pareceu.
Da marinhagem e das singraduras do caminho não darei aqui conta a Vossa Alteza -- porque o não saberei
fazer -- e os pilotos devem ter este cuidado.
E portanto, Senhor, do que hei de falar começo:
E digo quê:
A partida de Belém foi -- como Vossa Alteza sabe, segunda-feira 9 de março. E sábado, 14 do dito mês,
entre as 8 e 9 horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grande Canária. E ali andamos todo aquele dia
em calma, à vista delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas mais ou menos,
houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, a saber da ilha de São Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto.
Na noite seguinte à segunda-feira amanheceu, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com a sua nau, sem
haver tempo forte ou contrário para poder ser !
Fez o capitão suas diligências para o achar, em umas e outras partes. Mas... não apareceu mais!
E assim seguimos nosso caminho, por este mar de longo, até que terça-feira das Oitavas de Páscoa, que
foram 21 dias de abril, topamos alguns sinais de terra, estando da dita Ilha -- segundo os pilotos diziam, obra de
660 ou 670 léguas – os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, e
assim mesmo outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a
que chamam furabuchos.
Neste mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! A saber, primeiramente de um grande
monte, muito alto e redondo; e de outras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos;
ao qual monte alto o capitão pôs o nome de O Monte Pascoal e à terra A Terra de Vera Cruz!
Pero Vaz de Caminha. Carta. Tradução intralingual no site do Nupill, UFSC

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DESCRITOR 13 - identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
A forma de tratamento usada nessa carta é exemplo de linguagem
A) científica.
B) coloquial.
C) formal.
D) literária.
E) regional.

PROVA BRASIL 2013- NÍVEL 2- Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://tirinhasdogarfield.blogspot.com/>. Acesso em: 12 dez. 2010.


Nesse texto, a linguagem utilizada pelos personagens é
A) coloquial.
B) culta.
C) literária.
D) regional.
E) técnica.

PROVA BRASIL 2015- NÍVEL 7-Leia o texto abaixo.

Se eu morresse amanhã

Se eu morresse amanhã, viria ao menos


Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro!


Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!

Que sol! Que céu azul! Que doce n’alva


Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!

Mas essa dor da vida que devora


A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
Azevedo, Álvares de. Disponível em: http://www.amoremversoeprosa.com/cirandas/463seeumorresse.htm>. Acesso em: 20 mar. 2010.

Nesse texto, o trecho que apresenta um exagero na fala do poeta é:


A) “Fechar meus olhos minha triste irmã;”. (v. 2)
B) “Minha mãe de saudades morreria”. (v. 3)
C) “Se eu morresse amanhã!”. (v. 4)

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DESCRITOR 13 - identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
D) “Quanta glória pressinto em meu futuro!”. (v. 5)
E) “Que sol! Que céu azul!...”. (v. 9)

PROVA BRASIL 2009- NÍVEL 5 -Leia o texto abaixo.


Para sempre: amor e tempo – cap. 8
Como se estivesse atendendo a um chamado que nem fora feito, Manuela entrou no quarto onde a mãe
escrevia. Um raio de sol adolescente e de pijama, fazendo tudo em volta brilhar mais e mais bonito.
– Está ocupada, mãe?
– Só um pouquinho. Mas dá para interromper. Aconteceu alguma coisa?
Uma espreguiçada dengosa e sorridente.
– Não... Só queria te contar da festa de ontem.
– Pode contar. Eu tinha mesmo feito uma pausa, não vai me atrapalhar.
Antônia se levantou da cadeira em frente ao teclado e sentou no sofá ao lado da filha.
– Então, a festa foi boa? [...]
– Conheci um garoto, mãe... Demais... [...]
– Foi maaaravilhoso! A gente conversou a noite toda, parecia que se conhecia a vida inteira. Ou desde uma vida
passada, como falou a Mariana. Mãe, parecia até que um lia o pensamento do outro...
Como se não bastassem os sorrisos e a espreguiçada lânguida, Manuela suspirou. Em plena era tecnológica!
Antônia riu:
– Puxa, você ficou mesmo animada, hein? Será que vocês vão se encontrar de novo?
– Claro, mãe! Daqui a pouco ele vai me telefonar pra gente ir à praia. E depois vamos pegar um cineminha...
– Não vão cansar, hein?
– Mãe, é impossível cansar do Bruno...

MACHADO, Ana Maria. Para sempre: amor e tempo.


Rio de Janeiro: Record, 2001.

Uma expressão típica da fala é evidenciada em:


A) “Manuela entrou no quarto onde a mãe escrevia.”. (1° parágrafo)
B) “Eu tinha mesmo feito uma pausa,...”. (6° parágrafo)
C) “Antônia se levantou da cadeira em frente ao teclado...”. (7° parágrafo)
D) “Ou desde uma vida passada, como falou a Mariana.”. (10° parágrafo)
E) “Não vão cansar, hein?”. (penúltimo parágrafo)

PROVA BRASIL 2019- NÍVEL 5 -Leia o texto abaixo.

A designação de Realismo, dada a esse movimento, é inadequada, pois o realismo ocorre em todos os
tempos como um dos pólos da criação literária, sendo a tendência para reproduzir nas obras os traços observados
no mundo real, – seja nas coisas, seja nas pessoas e nos sentimentos. Outro pólo é a fantasia, isto é, a tendência
para inventar um mundo novo, diferente e muitas vezes oposto às leis do mundo real. Os autores e as modas
literárias oscilam incessantemente entre ambos, e é da sua combinação mais ou menos variada que se faz a
literatura.
Sob vários aspectos, o romance romântico foi cheio de realismo, pois a ficção moderna se constituiu
justamente na medida em que visou, cada vez mais, a comunicar ao leitor o sentimento da realidade, por meio da
observação exata do mundo e dos seres.
(Antonio Candido; J. Aderaldo Castello. Presença da literatura brasileira – do Romantismo ao Simbolismo)

O provável público-alvo e o objetivo do enunciador do texto são, respectivamente:


(A) interessados no estudo de literatura / abordar categorias relevantes da obra literária.
(B) adolescentes / elucidar aspectos da fantasia na literatura.
(C) terapeutas em geral / explicitar as diferenças entre a realidade e a fantasia.
(D) leitores de biografias / evidenciar aspectos da realidade nas obras de literatura.
(E) cineastas / ensinar a melhor maneira de mesclar realidade e fantasia em filmes.

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