Aptidão Física e Saúde
Aptidão Física e Saúde
Aptidão Física e Saúde
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
gasto energético, não se preocupando com a intensidade desse mesmo gasto. Estes autores
diferenciaram atividade física e exercício físico a partir da intencionalidade do
movimento, considerando que o exercício físico é um subgrupo das atividades físicas,
que é planeado, estruturado e repetitivo, tendo como propósito a manutenção ou a
otimização do condicionamento físico, ou seja, o estado geral de saúde e capacidade física
de uma pessoa, relacionando-se com a habilidade do corpo para realizar atividades físicas
e resisitir à fadiga.
incorporado não apenas no quotidiano das pessoas, mas também na sua cultura, nos
tratamentos médicos, ao planeamento familiar e na educação infantil.
Diversos estudos indicam que a prática regular de atividade física e uma maior
aptidão física estão associadas a uma menor mortalidade e melhor qualidade de vida na
população adulta. São muitos os trabalhos científicos que destacam o sedentarismo e o
stress como responsáveis por doenças hipocinéticas e reduções na qualidade de vida.
Existem cada vez mais dados que demonstram que o exercício, a aptidão e a atividade
física estão relacionados com a prevenção, com a reabilitação de doenças e com a
qualidade de vida, associada positivamente com a saúde mental.
Já nos idosos, a qualidade de vida é avaliada tendo em conta a condição específica
de saúde, compreendendo vários aspetos como: nível de atividades diárias, nível de dor,
vitalidade, etc. Um estudo efetuado por Covinsky, com 493 pacientes com idade média
de 80 anos e com boa saúde mental, entrevistados dois meses após internamento,
mostraram valores muito signiticativos entre a condição de saúde e a qualidade de vida.
Os resultados de índices de saúde foram assim associados ao estilo de vida das pessoas e
uma baixa mortalidade, sendo mais frequente encontrada em pessoas que incluem na sua
rotina práticas saudáveis. Mudanças positivas tendem a acontecer quando os indivíduos
passam a adotar um estilo de vida mais ativo fisicamente ou quando eles recebem
exercício físico regular como um dos componentes de seu tratamento. Rejeski evidenciou
nas suas pesquisas, a existência de uma relação positiva entre redução de níveis de
ansiedade e de depressão e a prática de atividade física que resulta numa melhoria na
aptidão física dos pacientes.
Conclui-se assim que a relação entre as três variáveis, aptidão física, atividade
física e saúde são próximas e recíprocas, conforme podemos observar na imagem abaixo,
retirada por artigo “Aptidão física, saúde e qualidade de vida relacionada à saúde em
adultos”, de Denise Sardinha Mendes Soares de Araújo e Cláudio Gil Soares de Araújo:
para obter ganhos para a saúde e o bem-estar, recomenda que todos os adultos
pratiquem pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de moderada
intensidade por semana.
Quando ampliamos os efeitos de uma vida ativa fisicamente para além da saúde e
colocamos os efeitos do exercício, adequadamente realizado, como fator indispensável
para a melhoria na qualidade de vida de um dado indivíduo, estamos a partir do
pressuposto que alguém inativo e sedentário não tem boa qualidade de vida. Contudo, a
classificação de uma qualidade de vida, boa ou má, está diretamente relacionada com a
maneira das pessoas entenderem o sentido da vida, passando pelas expectativas (baixas
ou altas) das pessoas em relação à sua vida e à sua saúde. Assim, respeitando as
expectativas do indivíduo, mas sobretudo considerando os padrões esperados para o seu
género, idade, condição socioeconómica e valores éticos e culturais, podemos considerar
que a qualidade de vida divide-se em quatro categorias:
a) condição física e habilidades funcionais;
b) condição psicológica e sensação de bem-estar;
c) interação social;
d) fatores e condições económicas (educação, habitação, trabalho, etc).
A qualidade de vida de uma pessoa não pode ser considerada, naturalmente,
apenas pela via da saúde. Esse conceito ainda está por amadurecer, mesmo porque, se
considerarmos saúde apenas como ausência de doença, teremos uma visão simplista e
reduzida desse conceito abrangente que envolve outros fatores. Assim, considerar-se-á a
boa condição física como um desses fatores importantes para a prevenção e tratamento
de doenças e manutenção da saúde, como um instrumento precioso para a melhoria da
qualidade de vida das pessoas.
Da mesma forma, existe também uma relação entre uma alimentação correta e a
qualidade de vida. Ter uma alimentação saudável e equilibrada é fundamental para o bem-
estar do indivíduo. Quando o organismo recebe as quantidades ideais de nutrientes e
vitaminas de que precisa, a sua saúde física melhora e consequentemente aumenta a
qualidade de vida.
Também na saúde mental, a qualidade de vida tem vindo a ganhar, cada vez mais, uma
importância crescente. Assistimos ao aumento dos casos de stress crónico e burnout,
ansiedade e depressão para além de tantos outros problemas psicológicos e emocionais.
Uma pessoa com a saúde mental fragilizada, deprimida, por exemplo, tem grande
dificuldade em manter relacionamentos amorosos, desempenhar as funções no trabalho e
até mesmo educar os filhos. Pode ainda estar mais propensa à dependência de drogas e
de álcool, a contrair doenças infeciosas, desenvolver alergias, doenças auto-imunes, etc.
Cuidar da saúde mental é muito mais simples do que parece, basta manter boas relações
com as pessoas que nos rodeiam, ter uma vida amorosa satisfatória, não remoer problemas
passados, não ser demasiado exigente consigo mesmo, perdoar-se e perdoar o próximo,
rir sempre que puder, chorar quando precisar e amar. Se sentir dificuldades em fazer isto,
é melhor procurar ajuda de um profissional.
Estar com boa saúde mental é estar em equilíbrio com o seu mundo interior e com
o mundo que o rodeia, é estar em paz consigo mesmo e com os outros.
O meio ambiente e qualidade de vida também são termos indissociáveis. O meio
ambiente diz respeito a tudo o que nos rodeia, logo, a nossa qualidade de vida está
diretamente associada à qualidade do meio ambiente envolvente. Deste modo,
a preservação do meio ambiente são um importante fator para aumentar a qualidade de
vida das pessoas. A título de exemplo, imaginemos uma cidade com muito lixo,
muita poluição e sem espaços verdes. Certamente que serão fatores, por um lado,
suscetíveis de causar doenças e por outro, não produzem sentimentos de bem-estar nas
pessoas. Um praticante de atividade física, por exemplo, quando opta por fazê-lo num
espaço verde, une os benefícios do exercício físico a um local de ar puro, tornando a sua
atividade muito mais agradável e saudável. Uma pessoa quando realiza uma massagem e
pode usufruir simultaneamente dos sons da natureza, consegue tirar ainda mais proveito
do seu momento de relaxamento.
Entre vários outros factores é preciso preservar e respeitar o meio ambiente para
garantirmos a nossa qualidade de vida, para isso, devemos ter atitudes mais assertivas e
protetoras, no sentido de tornarmos o nosso habitat melhor tanto para nós como para as
gerações vindouras. A nossa qualidade de vida depende do estado em que o meio
ambiente se encontra, ou seja, precisamos de ar, água, alimentos, elementos essenciais
para a sobrevivência, daí ser fundamental um meio ambiente ecologicamente equilibrado
e que garantamos a sua sustentabilidade. Também não se pode falar de saúde
se temos uma boa rotina do sono e hábitos de higiene pessoal regular e adequada, relações
sociais ajustadas e saudáveis, se nos expomos desnecessáriamente a ambientes com pouca
qualidade, entre outros.
Cada vez mais crescem as evidências de que o modo de viver representa o fator
diferencial para a saúde e a qualidade de vida das pessoas, independente da sua idade ou
condição social. As pessoas que adotam comportamentos não saudáveis, que se mantêm
ao longo do tempo, têm uma maior probabilidade de desenvolver uma doença, quando
comparados com outras que não incluem este tipo de comportamentos no seu estilo de
vida.
As escolhas que fazemos, o nosso estilo de vida, afetam a nossa saúde presente e
futura. A imagem abaixo, retirada da Enciclopédia Médica da Família, da Editora
Civilização (2001), mostra algumas opções de vida saudáveis:
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
Miraldo, A.; Santos, A.; Silva, A.; Moreira, S. (Tradução). Enciclopédia Médica da
Família, Dorling Kindersley. Livraria Civilização Editora, 2001.
Araújo, D.; Araújo, C. Artigo de revisão: Aptidão física, saúde e qualidade de vida
relacionada à saúde em adultos. Revista Brasileira de Medicina e do Desporto, 2000.
https://recursos.fitescola.dge.mec.pt/aptidao-fisica/
https://www.deco.proteste.pt/saude/exercicio-fisico/noticias/maioria-portugueses-nunca-
faz-exercicio-fisico
https://www.universia.net/br/actualidad/vida-universitaria/conheca-os-tipos-
metodologia-pesquisa-que-voce-pode-usar-seu-tcc-1166813.html
https://www.saudebemestar.pt/pt/blog-saude/qualidade-de-vida/