Seminário Concepções Do Trabalho

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SEMINÁRIO

Aluna: Tatiele Alves de Lima


• No presente artigo, o termo concepções do
trabalho designa o pensamento elaborado
e articulado que oferece definições ao
indivíduo sobre a posição que o trabalho
deve ocupar em sua vida, o modelo ideal
de trabalho definido por meio dos valores
humanos e sua hierarquização, e uma
leitura das características do trabalho
concreto. São definições amplamente
compartilhadas e são componentes ou
AS CONCEPÇÕES parcelas da cultura; por isso, ao mesmo
tempo que são apropriadas por muitas
FORMAIS DO pessoas, mesclam-se de conteúdos
TRABALHO abertamente declarados e de conteúdos
implícitos.

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• Nesta perspectiva de compreensão, as concepções do trabalho não são obras de um sábio
específico, nem do acaso. Resultam de um processo de criação histórica, no qual o
desenvolvimento e propagação de cada uma são concomitantes à evolução dos modos e
relações de produção, da organização da sociedade como um todo e das formas de
conhecimento humano. Assim, a criação de cada concepção do trabalho associa-se a
interesses econômicos, ideológicos e políticos, servindo como instrumento de justificação
das relações de poder.
A PRIMEIRA CONCEPÇÃO – A CLÁSSICA -
• originou-se na filosofia de mesma designação e no regime de trabalho escravista. Ao
trabalho era atribuída baixa centralidade na vida e características como degradante,
inferior, desgastante e duro. Competia aos escravos. Era realizado sob um poder baseado
na força e na coerção, de modo que o senhor detinha o direito sobre a vida do escravo. O
principal valor era o ócio. Atividades políticas e/ou intelectuais não eram consideradas
trabalho.
• Durante a Idade Média, segundo Anthony (1977), as contradições da concepção do trabalho,
principalmente sob a influência da Igreja Católica, refletiam um movimento de transição,
tentando-se superar a concepção clássica. Oscilava-se entre exaltar o trabalho e tomá-lo
como punição e/ou instrumento de expiação do pecado. O desaparecimento da escravidão
constitui-se na condição material e econômica decisiva para esgotá-la. Só quando o livre
contrato se tornou realidade e o regime de trabalho assalariado predominante, trazendo a
necessidade de persuadir o empregado a trabalhar.
É QUE SE CON SOLIDA A SEGU N DA CON CEPÇÃO
– CAPITALISTA TRAD ICION AL -
• Exaltando o trabalho, portanto atribuindo-lhe alta centralidade.
• Tal concepção surge junto à economia de mercado concorrencial. Recebe apoio na elaboração
ideológica da economia clássica, da reforma protestante(2), da administração clássica e da
psicologia industrial. Atribui elevada centralidade ao trabalho.
• Tal concepção descreve o trabalho como mercadoria, elegendo como principal valor do trabalho
sua instrumentalidade para o sucesso econômico. Defende que deve ser realizado de forma
disciplinada, sistemática, padronizada e parcelada. Toma-o como duro, estritamente
supervisionado, simplificado, exigindo poucos requisitos de qualificação do trabalhador,
organizado de forma que se separe a execução da concepção. É, então, planejado
detalhadamente por especialistas e gerentes, e exigente de obediência. O exercício do poder se
justifica na propriedade, no controle das recompensas e coerções e no domínio do saber.
A TERCEIRA CONCEPÇÃO – A MARXISTA -
• surge fundamentando-se no movimento que leva o mesmo nome, o qual surgiu partindo da
crítica à concepção anterior. Atribui elevada centralidade ao trabalho na vida das pessoas,
enquanto representa a própria expressividade e autoconstrução do ser humano. Defende
que o trabalho deve ser produtor da própria condição humana, expressivo, fornecer
recompensas de acordo com as necessidades de cada um, de conteúdo criativo e
desafiante, dignificante, de controle coletivo e protegido pelo Estado. Por outro lado,
descreve o trabalho, na sociedade capitalista, como uma mercadoria, alienante, explorador,
humilhante, monótono e repetitivo, discriminante, embrutecedor e submisso.
• A concepção marxista do trabalho representa uma antítese da concepção do capitalismo
tradicional, no que diz respeito à definição do que seja o trabalho ideal (valores do trabalho)
e compartilha com esta última concepção a glorificação ao trabalho, fundamentada na
crença de que a produção em massa implica avanço qualitativo para a sociedade.
A QUARTA CONCEPÇÃO - GERENCIALISTA

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