Aula 6
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Pênfigo vulgar
◼ Exame histopatológico
• Pênfigo foliáceo → Bolha intraepidérmica alta, ou seja, no terço distal
da camada malpighiana (figura 2);
• Pênfigo vulgar → Bolha suprabasal;
• Pênfigo eritematoso → Igual ao pênfigo foliáceo;
• Pênfigo vegetante → Hiperceratose, acantose, abscessos
intraepidérmicos com eosinófilos, etc.
◼ Exame citológico
• Giemsa → Células epiteliais acantolíticas
Micoses superficiais
Os fungos são seres unicelulares degenerados que não são capazes de fazer
fotossíntese.
Eles encontram-se distribuídos no solo, na água e nos vegetais. Por isso,
algumas regiões possuem uma grande quantidade de fungos, como a região
amazônica por exemplo.
No homem, o acometimento ocorre por alterações climáticas, pela falta de
higiene, maceração, pequenos traumatismos, etc.
No sentido de classificação, os fungos podem estar compreendidos em 3
grupos:
✓ Ceratofitoses
✓ Dermatofitoses
✓ Candidíases
Ceratofitoses
Dermatofitoses
◼ Tinea capitis
Atinge quase sempre crianças e inicia como uma pequena placa alopécica
pruriginosa que pode se infeccionar.
O adulto só tem Tinea capitis raramente, porque a partir da adolescência
começam a ser liberados ácidos graxos pelos pêlos, que impedem o crescimento
dos fungos.
A alopécia da T. capitis é denominada “tonsurante” por causa da sua
característica de apresentar a perda dos pêlos na superfície da pele. Desta forma
pode-se observar a ponta desses pêlos através de pequenos pontos pretos com o
auxílio de uma lupa.
O seu diagnóstico diferencial é feito com as alopécias de causa
desconhecida, como a alopécia areata, que pode se apresentar como uma placa
única ou múltipla ou ser total.
◼ Tinea corporis
Apresenta lesões circulares muito bem definidas, com bordos eritematosos e
descamativos. São muito pruriginosas e apresentam uma evolução rápida. Placas,
vesículas ou pústulas podem estar presentes.
Seu diagnóstico diferencial é feito com o granuloma anular, que é uma
doença rara; com a forma tuberculóide da hanseníase; com a psoríase e, quando o
seu bordo não está muito bem definido, com os eczemas.
Tinea corporis
◼ Tinea cruris
Sua incidência é muito grande, principalmente em pacientes obesos e acima
dos 30 anos.
Às vezes, seu bordo não está muito nítido devido ao atrito excessivo nesta
topografia.
A incidência de T. cruris é mais elevada no paciente com diabetes.
◼ Tinea pedis
Epidemiologicamente, a Tinea pedis, também conhecida por “pé de atleta”,
pode se encontrar em qualquer faixa etária, mas é mais frequente no adulto.
Ela atinge os espaços interdigitais do pé e as regiões plantares,
principalmente as partes encobertas, através de pontos descamativos muito
pruriginosos, mas pode também extrapolar para o dorso dos pés.
Seu diagnóstico diferencial é feito com as dermatites de contato e com o
eczema desidrótico, em que o paciente apresenta surtos de bolhas plantares,
ligadas ao excesso de sudorese plantar.
Tinea unguium
Também conhecida como onicomicose, pode iniciar com uma coloração clara
e tornar-se escura, além de poder estar associada a infecções.
Quando ela acomete a base ungueal, seu tratamento é muito mais difícil.
Onicomicose
Candidíase
Candidíase vulvar
O granuloma da cândida, também chamado de candidíase mucocutânea
crônica, apresenta-se tipicamente como lesões epidérmicas circunscritas e
hiperceratósicas, unhas quebradiças e distróficas, lesões de crânio com áreas de
alopécia parcial e infecções orais e vaginais.
O tratamento de escolha para a candidíase mucocutânea crônica é o
ketoconazol, em uma dose de 200 mg/dia.
Infecções sistêmicas são muito raras, mas o desfiguramento da face e das
unhas pode ser severo.
Outros achados incluem epidermofitose crônica, displasia dentária e
hipofunção das glândulas tireóides, suprarrenais e paratireóides.
O uso endovenoso de anfoterecina B é o tratamento de escolha para a
candidíase sistêmica. Essa droga é geralmente administrada numa dose de 0,4 a
0,5 mg/kg/dia, ou numa dose dupla em dias alternados, por várias semanas.
O procedimento de escolha para o diagnóstico da candidíase é obtido
principalmente através da observação de pseudo-hifas na microscopia e da sua
confirmação pela cultura.
A cultura, isoladamente, não é diagnóstica.