Resumo Leishmaniose Tegumentar Americana
Resumo Leishmaniose Tegumentar Americana
Resumo Leishmaniose Tegumentar Americana
SILVESTRE
TRANSMISSÃO
AGENTE ETIOLÓGICO
O protozoário pertence a:
Família: Trypanossomatidae, Gênero: Leishmania e
Sub-gênero: Leishmania(1) e Viannia(6)
o L(V). brasiliensis, L(V). guyanensis e L.(L) amazonenses.
Formas principais:
o Flagelada ou Promastigota, encontrada no tubo digestivo do inseto transmissor e em
alguns meios de cultura artificiais.
o Aflagelada ou Amastigota, como é vista nos tecidos dos hospedeiros vertebrados (homem
e outros animais superiores).
Leishmaniose Cutânea
o Única
o Múltipla
o Disseminada
o Difusa
Leishmaniose Mucosa
Aspecto característico:
o lesão única (usualmente), ulcerada, com bordas elevadas em moldura, fundo granuloso,
com ou sem exsudação.
o Em geral as úlceras são indolores;
o A lesão inicial é uma pápula eritematosa, no local da inoculação.
Outras formas: Úlcero-crostosa, impetigóide, verrucosa, ectimatóide, ulcero-vegetante, tuberosa,
liquenóide.
Caracteriza-se clinicamente pela presença de múltiplas lesões acneiformes, em pelo menos duas
regiões corporais (disseminação por via hematogênica);
O quadro surge semanas após a lesão inicial ulcerada característica;
As lesões evoluem para pápulas, nódulos e ulcerações, que coexistem;
Sintomas gerais como febre, calafrios e mialgia durante a disseminação podem estar presentes.
Múltiplas pápulas
Lesões acneióides em grande eritematosas com centro
quantidade na região dorsal ulcerado na face
Lesões Nodulares
lesões Ulceradas
Planos Pápulo-nodulares
FORMA MUCOSA
Secundária às lesões cutâneas, surgindo geralmente, um a dois anos após o início da infecção ou
resolução da lesão cutânea;
Disseminação hematogênica é o padrão usual
Regiões mais acometidas:
o Septo e asas do nariz, seguido de Faringe, Laringe, e Cavidade oral (palato, lábios,
gengivas e língua).
Sinais e sintomas típicos:
o Obstrução nasal, Epistaxe, Rinorréia, Odinofagia, Rouquidão, Tosse e Crostas.
Evolução: infiltração, ulceração, perfuração de septo nasal, lesões, úlcero-vegetantes e úlcero-
crostosas;
Quando associada a infecção secundária pode comprometer ossos da face, destruindo o maciço
centro-facial;
Comprometimento ganglionar pode ser primário (enfartamento ganglionar precedendo à lesão de
pele) ou secundário;
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Envolvimento cutâneo:
o Úlceras de estase, Esporotricose, Cromomicose, Sífilis, Úlceras da Drepanocitose, Sífilis
cutânea tardia, Piodermites, Hanseníase Virchowiana, Tuberculose e Carcinoma
espinocelular.
Acometimento mucoso:
o Paracoccidioidomicose, Rinoscleroma e Histoplasmose, Perfusão septal dos usuários de
cocaína e Neoplasias malignas.
SUSPEITA CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA
Nas formas cutâneas: Lesões características que não cedem com medicação não específica;
Nas lesões de mucosa: ulcerações pregressas na pele de longa duração, cicatrizes, uso de
medicações específicas;
Procedência de áreas endêmicas;
Existência de outros casos na região;
Referência de cães ou equinos com lesões cutâneas.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Exame Parasitológico
o Raspagem ou justaposição da lâmina na ulceração;
o Fixação em metanol;
o Coloração pelo Leishman ou Giemsa;
o Quase sempre positivo em lesões recentes
o Quase sempre negativo em lesões tardias
Histopatologia
o Biópsia por punch ou incisional;
o Em formas recentes, leishmanias podem ser encon-tradas pela HE.
Cultura e inoculação
o Empregada em pesquisa, pouco interesse para o diagnóstico;
o Positiva em 40% dos casos;
o Permite a confirmação etiológica e definição da espécie;
o É feita em meio de Novy-McNeal-Nicolle (NNN);
o Após o 5º dia se observa formas promastigotas.
DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO
Reação de Montenegro
o Consiste na aplicação de 0,1 a 0,3 de uma solução contendo formas promastigotas de
leishmania;
o Faz-se a leitura após 48 - 72 horas;
o A reação é positiva com pápula > 5,0 mm de diâmetro;
o Sensibilidade e especificidade estão próximas de 100%;
o A reação pode ser negativa até um ou dois meses após o início da doença e continua
positiva após a cura.
IF apresenta baixa especificidade. É útil p/ seguimento sorológico pós-tratamento. ELISA tem boa
especificidade.
TRATAMENTO
Anfotericina B
Anfotericina B lipossomal
Pentamidina (3mg/kg/dia)