Monografia Sobre Cinomose Canina
Monografia Sobre Cinomose Canina
Monografia Sobre Cinomose Canina
BELÉM
2016
1
Monografia apresentada à
coordenação do programa de
Residência Multiprofissional em
Área da Saúde em Medicina
Veterinária, da Universidade
Federal Rural da Amazônia, como
requisito para a obtenção de título
de especialista em Medicina
Veterinária Preventiva.
BELÉM
2016
2
3
______________________________________
Prof. Dr. Alexandre do Rosário Casseb
Presidente
______________________________________
Profª. Dra. Andréa Maria Góes Negrão
UFRA
______________________________________
Dr. Sandro Patroca da Silva
IEC
Belém
2016
4
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................. 6
1.1. TAXONOMIA................................................................................. 6
1.2. HISTÓRICO.................................................................................... 6
1.3. EPIDEMIOLOGIA.......................................................................... 8
1.4. PATOGENIA.................................................................................. 8
1.5. SINAIS CLÍNICOS......................................................................... 9
1.6. DIAGNÓSTICO.............................................................................. 11
1.6.1. Diagnóstico Diferencial................................................................. 13
1.7. PROFILAXIA.................................................................................. 13
2. OBJETIVOS.................................................................................. 15
3. MATERIAL E MÉTODOS.......................................................... 16
3.1. RELATO DO CASO....................................................................... 16
3.2. AMOSTRA, EXTRAÇÃO ssDNA, e PCR..................................... 16
3.3. SEQUENCIAMENTO.................................................................... 17
3.4. ALINHAMENTO E ANÁLISE FILOGENÉTICA........................ 17
3.5. AVALIAÇÃO DA RECOMBINAÇÃO GÊNICA......................... 18
4. RESULTADOS.............................................................................. 19
5. DISCUSSÃO.................................................................................. 22
6. CONCLUSÃO............................................................................... 25
REFERÊNCIAS............................................................................ 26
6
1. INTRODUÇÃO
1.1 - TAXONOMIA
A família Parvoviridae é composta pelas subfamílias Densovirinae e
Parvovirinae, capaz de infectar hospedeiros artrópodes e vertebrados, respectivamente.
Recentemente, foi proposta uma reclassificação da subfamília Parvovirinae, sendo
composta por sete gêneros distintos (ICTV, 2017). O gênero anteriormente conhecido
como Parvovirus, foi renomeado para Protoparvovirus, o qual pertence o CPV-2, tendo
o Carnivore protoparvovirus 1 (protoparvovírus dos carnívoros 1) junto com Feline
parvovirus – FPV (parvovírus felino); Mink Enteritis Virus - MEV (vírus da enterite da
marta) e Racoon parvovirus – RaPV (parvovírus do guaxinim) , de acordo com o
Comitê International de Taxonomia de Vírus (COTMORE et al., 2014; ICTV, 2017).
1.2 - HISTÓRICO
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sanitária comum) é um dos poucos desinfetantes efetivos contra o vírus (ETTINGER &
FELDMAN, 1997; MCCANDLISH, 2001).
1.3 - EPIDEMIOLOGIA
Desde sua descoberta, no final dos anos 1970, a parvovirose canina ainda gera
altas taxas de morbidade e mortalidade, onde inicialmente, sua gravidade está atribuída
à falta de imunidade dos cães contra o vírus. A vacinação e a resistência natural contra a
doença deveriam conferir maior proteção aos cães, porém, a alta incidência da infecção
se mantém em animais com idade entre 6 semanas e 6 meses. (MORAIS E COSTA,
2012).
O CPV-2 emergiu de forma pandêmica em 1978, associado com casos de
enterite hemorrágica grave e acentuada leucopenia, com alta mortalidade na população
canina suscetível. O CPV-2 foi assim denominado para diferenciar do parvovírus canino
tipo 1 (CPV-1), também chamado vírus minuto canino, encontrado normalmente nas
fezes de cães assintomáticos (GAGNON et al., 2016; GODDARD & LEISEWITZ,
2010; PARRISH et al., 1988). Estudos filogenéticos posteriores revelaram que o vírus
surgiu em meados de 1970 e em 1978 ele já havia sido distribuído mundialmente,
quando então foi detectado pela primeira vez (HOELZER & PARRISH, 2010;
PARRISH et al., 1988).
1.4 - PATOGENIA
A patogenicidade viral depende da idade, do estado imunológico do animal, da
virulência do vírus, da carga viral infectante, bem como de existência prévia de
parasitas, bactérias e outras infecções virais (LAMM & REZABEK, 2008).
O vírus é transmitido pela eliminação fecal e a porta de entrada é a via oronasal.
Após a penetração do vírus pela via oronasal, a replicação viral é observada no tecido
linfóide da orofaringe e nas amídalas. A viremia inicia-se aproximadamente no quarto
dia pós-infecção e mantêm-se por mais dois a três dias, sendo distribuído para todo a
organismo, tendo tropismo por células em divisão rápida, como a medula óssea, tecidos
linfopoiéticos, e dos epitélios das glândulas de Liberkhün nos intestinos.Após a
exposição ao vírus via oronasal, o mesmo se replica nos tecidos linfóides da orofaringe
e, subsequentemente, atinge a corrente sanguínea. Na viremia, mais intensa do primeiro
ao quinto dia após a infecção, o vírus se dissemina rapidamente para tecidos com
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células em rápida divisão celular como, medula óssea, órgãos linfopoiéticos e criptas do
jejuno e íleo (MORAES & COSTA, 2007).
Algumas raças são consideradas mais susceptíveis à infecção pelo CPV-2, como
Rottweilers, Dobermann, Pinschers, Labradores, American Staffordshire Terriers,
Pastores Alemães e Pitbulls (GREENE & DECARO, 2012; HALL & GERMAN, 2010;
MCCAW & HOSKINS, 2006). Embora as causas dessa susceptibilidade sejam
desconhecidas, sugere-se que animais destas raças sejam geneticamente não responsivos
ao CPV-2 (DAY et al., 2016).
1.6 - DIAGNÓSTICO
O diagnóstico presuntivo na rotina clínica, geralmente é feito pelo histórico,
sinais clínicos e hemograma (MORAES & COSTA, 2007). Para Tams (2005), o início
agudo dos sinais clínicos em um cão não vacinado, previamente, é consistente com
infecção por parvovírus, porém o diagnóstico definitivo de parvovirose exige a
identificação do vírus por testes específicos (MORAES & COSTA, 2007).
A apresentação típica da doença com sinais clínicos como vômitos, diarreia,
hematoquezia, letargia, desidratação, febre e leucopenia em filhotes não vacinados, não
são específicos, mesmo sendo uma base forte para um diagnóstico presuntivo
(GODDARD & LEISEWITZ, 2010). Diversos outros agentes podem causar os mesmos
sinais clínicos como coronavírus, adenovírus, rotavírus, infecções bacterianas como
salmonelose ou clostridiose e parasitas (DECARO & BUONAVOGLIA, 2012).
Portanto, a utilização de métodos laboratoriais específicos são de extrema importância
para o diagnóstico definitivo. As técnicas disponíveis se baseiam principalmente na
detecção direta do CPV-2 nas fezes dos cães no período agudo da infecção (DECARO
& BUONAVOGLIA, 2012).
No hemograma pode-se observar neutropenia e linfopenia seguidos de
leucocitose de rebote com desvio a esquerda na fase de recuperação. Na análise do
perfil bioquímico, podem ser encontrados sinais de desidratação, acidose metabólica,
hipocalcemia, hipoglicemia e hipoalbuminemia, que podem se tornar mais graves com a
persistência do quadro de diarreia (BARR & BOWMAN, 2010). Adicionalmente,
azotemia pré-renal, aumento de bilirrubina e aumento nas atividades das enzimas
12
hepáticas alanina amino transferase e fosfatasse alcalina, também podem estar presentes
(BICHARD & SHERDING, 2008).
Nos exames radiográficos é possível observar distensão do trato gastrointestinal
devido ao acúmulo de gases em decorrência de íleo paralítico. A distensão deve ser
diferenciada de casos de obstrução de intestino delgado por corpo estranho ou
intussuscepção. A palpação do abdômen auxilia a excluir obstrução mecânica, inclusive
intussuscepção secundária (BICHARD & SHERDING, 2008). Radiografia contrastada
com bário, frequentemente revela irregularidade de mucosa, com enrugamento ou forma
de concha, e maior tempo de trânsito intestinal (BICHARD & SHERDING, 2008). O
esfregaço de sangue direto, com intensa neutropenia, pode ser feito para distinguir a
doença de outras causas de enterite. Adicionalmente, exames parasitológicos como a
técnica de flutuação, realizada com as fezes de animais suspeitos, podem ser aplicados
para o diagnóstico diferencial. Nesses exames observa- se a presença de vermes adultos,
parasitas, ovos e oocistos de protozoários (RAKHA et al., 2015).
Para diagnóstico definitivo podem ser utilizados vários métodos laboratoriais,
tais como, isolamento viral, teste de imunofluorescência (IF), microscopia eletrônica
(ME), reação de hemaglutinação (HA), reação de inibição da hemaglutinação (HI),
testes imunoenzimáticos (ELISA), reação em cadeia da polimerase (PCR), ensaio
imunocromatográfico (EIE) e análise imunohistoquímica (IHQ) (MORAES & COSTA,
2007; REDDY et al., 2015).
A detecção de partículas virais nas fezes de pacientes suspeitos pode ser
realizada por intermédio de Microscopia Eletrônica, Hemaglutinação Direta (HA),
isolamento viral em cultivo celular ou ensaio imunoenzimático direto (ELISA). Estes
métodos são os mais sensíveis e específicos para o diagnóstico, porém são dependentes
do período de eliminação do antígeno fecal, que é breve e cíclico. A Reação em cadeia
mediada pela polimerase (PCR) tem sido utilizada principalmente pela alta
especificidade e sensibilidade deste teste. A detecção do material genético viral, pela
PCR, em amostras de fezes é sem dúvida o método atual de escolha, uma vez que
contribui para excluir muitos falsos positivos e falsos negativos (DE MARI et al.,
2003).
O diagnóstico precoce e definitivo da etiologia das gastroenterites caninas torna-
se essencial pra o tratamento e controle da disseminação do agente etiológico,
principalmente se o CPV estiver envolvido, e para alocação de cães com outras
infecções gastroentéricas. Técnicas baseadas na amplificação do genoma viral
13
1.7 - PROFILAXIA
A imunização ativa é a forma mais eficiente de conter o avanço da doença em
uma população. Anticorpos neutralizantes se mostraram capazes de prevenir a infecção
pelo CPV-2 e os anticorpos maternos protegem os filhotes da infecção e da doença
(TRUYEN, 2006). Cães com altos títulos de anticorpos não desenvolvem infecção ativa
e nem contribuem na disseminação da doença (PRITTIE, 2004).
No final dos anos 70 e início dos anos 80 a proteção de cães contra o CPV-2 era
obtida pelo uso de vacinas contra o parvovírus felino, que conferia uma imunidade
cruzada relativa. Entretanto, os níveis de proteção e duração do efeito protetor eram
muito baixos. Essas vacinas foram então substituídas por vacinas com vírus vivo
atenuado, que promoviam excelente proteção e maior duração da imunidade (SPIBEY
14
et al., 2008). As vacinas atualmente disponíveis no mercado são constituídas por dois
subtipos do CPV-2: o CPV-2 e o CPV-2b (DAVIS-WURZLER, 2014; DAY et al.,
2016; PRATELLI et al., 2001).
As vacinas utilizadas atualmente contêm cepas atenuadas de altos títulos e baixa
passagem de CPV tipo 2, e 2b, consideradas muito efetivas e promovem a proteção de
cães contra a doença (DECARO & BUONAVOGLIA, 2012; WILSON et al., 2014). O
termo alto título se refere a quantidade de partículas virais na dose vacinal, enquanto a
baixa passagem se refere às inoculações em culturas de células para diminuir a
virulência dos vírus. Vacinas com altos títulos e baixa passagem são as mais eficientes
em conferir imunidade por reduzir a janela de susceptibilidade em filhotes com títulos
de anticorpos passivos (PRITTIE, 2004).
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2 - OBJETIVOS
Específicos:
Detectar o CPV-2 em fezes de cão com gastroenterite hemorrágica pela
técnica da reação em cadeia pela polimerase (PCR) para amplificação do
gene VP2;
Fazer a análise molecular para caracterização do subtipo de CPV-2 em
uma amostra de cão infectado.
16
3 - MATERIAL E MÉTODOS
3.3. SEQUENCIAMENTO
A segunda etapa da síntese ssDNA foi realizada utilizando o kit de cDNA
Synthesis System (Roche, cat. No. 11117831001 ) a 400 µM Roche Primer "random". A
reação foi purificada com Agencourt AMPure XP Reagente (Beckman Coulter, No. Cat.
A63880). Sequências codificantes completas (CDS) foram obtidas utilizando a
abordagem de pirosequenciamento (SHENDURE & JI, 2008). Uma biblioteca foi
preparada e usada para sequenciamento em um pirossequenciador GS FLX + (Roche,
454 Life Sciences), no Centro de Inovação Tecnológica no Instituto Evandro Chagas,
Ministério da Saúde, Brasil.
4 - RESULTADO
A amostra clínica suspeita para CPV foi detectada via amplificação por PCR do
fragmento de 216 pb do gene de VP2 do CPV-2. A sequência nucleotídica da cepa de
CPV-2b identificada em nosso estudo está disponivel no NCBI com o número de acesso
KX774249. Variação de aminoácidos na proteína VP2 de CPV- 2 positivo em cães são
mostrados na Tabela 1.
5 - DISCUSSÃO
O CPV-2 é responsável por causar uma doença viral altamente contagiosa de
grande importância para proprietários de animais de companhia e médicos veterinários
(BARGUJAR et al., 2011). A ocorrência da infecção, bem como a gravidade dos sinais
clínicos dependem de fatores como imunidade materna, virulência da cepa viral, dose
infectante, raça e defesa imunológica do hospedeiro (LAPPIN, 2016; NELSON &
COUTO, 2006).
Apesar dos sinais clínicos da parvovirose canina serem sugestivos em animais
jovens, percebe-se que muitos animais, com gastroenterite de diversas origens, têm
sinais clínicos idênticos aos desta enfermidade, tornando-se, então, necessária a
confirmação laboratorial para o diagnóstico das infecções pelo CPV em cães. A
demonstração do CPV, ou antígenos do CPV nas fezes, deve ser rotineiro (CASSEB,
2009). Esta confirmação do diagnóstico clínico deve ser obtida através da realização de
testes laboratoriais, uma vez que os sinais clínicos são inespecíficos e podem ser
confundidos com várias outras enfermidades (REDDY et al., 2015).
Desde que emergiu em 1978 como um novo patógeno de cães, o CPV apresenta
um modelo contínuo de evolução, com o aparecimento e circulação de novos tipos e
variantes na população canina (TRUYEN, 1999; HOELZER & PARRISH, 2010).
O diagnóstico rápido de laboratório é benéfico para o começo imediato de
terapia do animal acometido pelo CPV-2 e, em alguns casos, possibilita a detecção do
subtipo envolvido com a infecção, ajudando no controle sanitário e estabelecimento de
medidas profiláticas específicas (CUBEL et al., 2002). Atualmente, uma série de testes
laboratoriais está disponível comercialmente para o diagnóstico da doença, o que pode
dificultar a escolha dos médicos veterinários. Alguns fatores como, tipo de amostra,
quantidade de amostra, estágio clínico da doença, entre outros, deve ser levado em
consideração na hora de definir o teste a ser realizado. Por exemplo, visto que a resposta
imune é iniciada de quatro a cinco dias após a infecção, a presença do vírus em testes
indiretos só poderá ser detectada de quatro a sete dias após o aparecimento dos sinais
clínicos, o que pode contribuir para resultados falso negativos (POLLOCK &
CARMICHAEL, 1990).
Vários métodos sorológicos, de microscopia eletrônica e cultura celular têm sido
utilizados para o diagnóstico de Parvovirose Canina, no entanto, a sensibilidade destes
métodos de diagnóstico tradicionais, tem provado ser inferior a ensaios moleculares.
Assim a PCR é uma técnica de alta especificidade e sensibilidade, sendo amplamente
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utilizada como método diagnóstico do CPV. Esta técnica é capaz de detectar títulos
mínimos do agente em diversos tipos de amostras biológicas, mesmo com o vírus não
mais infeccioso. Entretanto, essa técnica molecular exige infraestrutura laboratorial
especializada, além de ter maior custo quando comparada a outras metodologias de
diagnóstico (MORAES; COSTA, 2007). Deste modo, a PCR foi o método de
diagnóstico escolhido para a detecção de CPV-2 em amostras fecais, conferindo alta
sensibilidade e especificidade em nosso estudo (SCHUNCK: KRA: TRUYEN, 1995).
A técnica de sequenciamento é importante para conhecer a variante particular
do CPV presente na amostra de campo (NANDI: CHIDRI, KUMAR, 2009). As
mutações pontuais na proteína VP2 foram associadas com os tipos de CPV. A análise
da sequência pode dar uma ampla informação para a tipagem de CPV uma vez que o
fragmento amplificado por PCR convencional codifica, pelo menos, um aminoácido
informativo (resíduo 426) da proteína VP2 . A mudança do aminoácido na posição 426
pode diferenciar a CPV-2a (Asn), CPV-2b (Asp) e CPV-2c (Glu) (BUONAVOGLIA et
al., 2001).
CPV tem uma distribuição mundial. Em muitos países da Europa, como Reino
Unido, Alemanha e Itália, o tipo CPV-2a foi ultrapassado pela CPV-2b ou CPV-2c.
Tipo 2b e 2c isolado predominante na América do Norte (DECARO et al., 2006;
DECARO et al., 2007), enquanto CPV- 2c é mais difundido na América do Sul
(SHACKELTON et al., 2005; DECARO et al., 2007).
Neste trabalho foi identificado o tipo CPV-2b, corroborando com um estudo
feito por Costa et al. (2005) onde caracterizou os sub-tipos circulantes no Rio de Janeiro
usando métodos moleculares, onde mostrou que o sub-tipo prevalente entre 1995 a 2001
foi o CPV-2b. Assim como os resultados de Pereira (PEREIRA et al., 2000) que
detectaram o CPV-2b no estado de São Paulo.
Em outro estudo, Perez et al. (2007) relatou que a variante CPV-2a aumentou
em uma população de cães no Uruguai, onde era originalmente CPV-2c, indicando que
evoluiu a partir de variantes antigênicas do CPV.
A analise filogenética das variantes circulantes na população canina em
algumas regiões do Brasil tem mostrado que elas são muito similares àquelas
encontradas em outros países e não tem indicativo de uma origem geográfica comum
sendo chamados de cosmopolita (PINTO et al., 2012), corroborando com nosso achado,
cuja similaridade se mostrou em mais de 99,2%.
24
6 – CONCLUSÃO
Foi isolada pela primeira vez a cepa CPV-2b em um cão com gastroenterite
hemorrágica na cidade de Belém.
A parvovirose canina ainda é uma enfermidade de alta morbidade e mortalidade
na população canina, mesmo com a disponibilidade da vacina.
Não houve mudança nucleotídica em regiões codificadoras observadas em
alguns estudos sobre CPV.
Portanto, o monitoramento constante dos subtipos de CPV-2 circulantes na
população canina é de suma importância para subsidiar estudos epidemiológicos, de
patogenicidade e de evolução do CPV-2 no Brasil.
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