Acao de Reparacao de Danos Morais Materiais e Esteticos Acidente de Transito Por Avanco de Sinal (1)
Acao de Reparacao de Danos Morais Materiais e Esteticos Acidente de Transito Por Avanco de Sinal (1)
Acao de Reparacao de Danos Morais Materiais e Esteticos Acidente de Transito Por Avanco de Sinal (1)
[ JUSTIÇA GRATUITA ]
contra JOSÉ DE TAL, casado, motorista, residente e domiciliado na Rua Xista, nº. 000, na
Cidade (PR), inscrito no CPF(MF) sob o nº. 555.444.333-22, com endereço eletrônico
desconhecido, em razão das justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.
INTROITO
I – CONSIDERAÇÕES FÁTICAS
II – NO MÉRITO
CAPÍTULO III
DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
Art. 34 - O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que
pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem,
precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua
velocidade."
RECURSOS DE APELAÇÃO.
Ação de indenização por danos materiais, morais e estéticos. Acidente de trânsito.
Concessionária de serviço público. Transporte coletivo. Responsabilidade civil
objetiva em relação a terceiros não-usuários do serviço. Art. 37, § 6º, CF.
Precedentes do STF. Atropelamento. Ausência de culpa exclusiva da vítima. Laudo
do detram/am conclusivo. Culpa do preposto da empresa. Inafastável obrigação de
indenizar. Dano material e moral. Vítima com impotência funcional irreversível.
Dano estético. Lesão de caráter ostensivo e permanente. Valor fixado em
observância ao princípio da razoabilidade. Denunciação da lide. Contrato de seguro.
Condenação solidária da seguradora litisdenunciada até o limite do valor da apólice
de seguro. Sentença mantida. Apelos não providos. (TJAM; AC 0039324-
07.2003.8.04.0001; Primeira Câmara Cível; Rel. Des. Lafayette Carneiro Vieira Júnior;
DJAM 17/03/2016; Pág. 16)
ACIDENTE DE TRÂNSITO.
Indenizatória por danos morais e materiais em decorrência da queda de fio.
Concessionária de serviço público. Omissão específica. Dever de manter os cabos de
telefonia em altura compatível com as normas de segurança. Motociclista que
colide com fio solto na pista, pendurado por apenas uma ponta ao poste, e acaba
provocando o acidente sofrido pelo autor. Aplicação da teoria da responsabilidade
objetiva. Prejuízos configurados. Parte ré que não comprova culpa exclusiva de
terceiro. Dever de indenizar caracterizado. "(...) havendo uma omissão específica, o
estado deve responder objetivamente pelos danos dela advindos. Logo, se o
prejuízo é consequência direta da inércia da administração frente a um dever
individualizado de agir e, por conseguinte, de impedir a consecução de um resultado
a que, de forma concreta, deveria evitar, aplica-se a teoria objetiva, que prescinde
da análise da culpa" (TJSC, AC n. 2009.046487-8, Rel. Des. Luiz cézar medeiros, j.
15.9.09). Legitimidade patenteada. Preliminar afastada. A concessionária é parte
legítima passiva para responder pelos danos causados em acidente de trânsito,
quando evidenciada sua culpa pelo evento danoso. Danos morais. Almejada
minoração do quantum indenizatório pela demandada versus autor que objetiva a
majoração. Critérios da razoabilidade e proporcionalidade. Condenação que não
deve servir como fonte de enriquecimento sem causa e, ao mesmo tempo, deve
consubstanciar-se em sanção inibitória à reincidência. Majoração devida. Sentença
reformada no ponto. Já que não existem critérios objetivos em Lei para o
arbitramento do quantum indenizatório, alguns elementos devem ser ponderados
em cada caso, a começar pelas funções que a paga pecuniária deve desempenhar,
quais sejam, compensar a vítima ou família da vítima, de certo modo, pela dor
psíquica experimentada, e admoestar o agente causador do dano para que a prática
ilícita não se reitere. Todos os critérios que envolvem o caso, para a fixação do
quantum, devem ser esquadrinhados, avaliando-se a reprovabilidade da conduta, o
nível sócio-econômico do das partes, atento, ademais, à peculiaridades do caso em
concreto. Danos materiais demonstrados por meio de nota fiscal. Impugnação
genérica. Necessidade de arrostar-se de forma substanciosa o valor apresentado.
Diante da inexistência de ataque judicioso ao orçamento apresentado - O que
poderia ter sido feito com a apresentação de outro orçamento ou mesmo prova
pericial - É de rigor a manutenção daquele apresentado pelo demandante em sua
peça inicial. Danos morais. Fixação dos juros de mora desde o evento danoso e da
correção monetária a partir do arbitramento. Tratando-se de ilícito civil gerador de
dano moral, a correção monetária tem incidência a partir da data de fixação do
valor estabelecido em condenação. Os juros moratórios fluem a partir do evento
danoso, consoante o exposto na Súmula nº 54 do Superior Tribunal de Justiça.
Recursos conhecidos. Apelo do autor parcialmente provido. Apelo da concessionária
não provido. (TJSC; AC 2015.078514-2; Forquilhinha; Terceira Câmara de Direito
Civil; Rel. Des. Gilberto Gomes de Oliveira; Julg. 08/03/2016; DJSC 17/03/2016; Pág.
303)
DANO MATERIAL
DANO MORAL
No plano do direito civil, para a configuração do dever de
indenizar, segundo as lições de Caio Mário da Silva Pereira, faz-se necessário a
concorrência dos seguintes fatores:
CÓDIGO CIVIL
Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
viola direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito. “
No que tange ao dano moral, decorrente de lesão corporal, como
no caso em liça, apropriado transcrever as lições de Sílvio de Salvo Venosa:
Art. 949 - No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido
das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença,
além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
A propósito:
APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E LUCROS CESSANTES.
DISCUSSÃO NO TRÂNSITO. AGRESSÕES FÍSICAS RECÍPROCAS. EXCESSO POR PARTE
DO RÉU. LESÃO CORPORAL. FRATURA DE NARIZ E HEMATOMAS. DANO MORAL -
CONFIGURAÇÃO. INDENIZAÇÃO DEVIDA.
I- Comprovadas as lesões corporais sofridas pelo autor em virtude das agressões por
parte do autor, que em evidente desequilíbrio excedeu no revide às provocações
recíprocas, e demonstrado o nexo de causalidade entre o fato e os danos, deve ser
imposto ao responsável o dever de indenizar a vítima do ilícito, nos termos dos arts.
186, 187, 927 e 949 e seguintes do Código Civil. II- A reparação moral deve ser
fixada em valor suficiente e adequado para compensar os prejuízos imateriais
experimentados pelo ofendido, e para desestimular a prática reiterada da conduta
lesiva do ofensor, devendo-se atentar também que, no caso, que o autor contribuiu
para a eclosão da briga travada entre as partes. III- Na valoração da verba
indenizatória a título de danos morais, devem ser levadas em conta as
circunstâncias do fato, bem como a dupla finalidade da reparação, buscando-se um
efeito repressivo e pedagógico, propiciando à vítima uma satisfação, sem que isto
represente para ela uma fonte de enriquecimento sem causa. (TJMG; APCV
1.0702.13.021002-5/002; Rel. Des. João Cancio; Julg. 08/03/2016; DJEMG
14/03/2016)
"O dano estético estaria compreendido no dano psíquico ou moral, de modo que,
em regra, como ensina José de Aguiar Dias, se pode ter como cumuláveis a
indenização por dano estético e a indenização por dano moral,
representado pelo sofrimento, pela vergonha, pela angústia ou sensação de
inferioridade da vítima, atingida em seus mais íntimos sentimentos" (Ob. e
aut. citados, p. 82). (destacamos)
STJ, Súmula nº 387. É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano
moral.
II – DO VALOR DA CONDENAÇÃO
ALMEJADA
CÓDIGO CIVIL
Art. 944 – A indenização mede-se pela extensão do dano.
“Não existe uma previsão na lei sobre a quantia a ser ficada ou arbitrada. No
entanto, consolidaram-se alguns critérios.
Domina a teoria do duplo caráter da reparação, que se estabelece na finalidade
da digna compensação pelo mal sofrido e de uma correta punição do causador
do ato. Devem preponderar, ainda, as situações especiais que envolvem o caso, e
assim a gravidade do dano, a intensidade da culpa, a posição social das partes, a
condição econômica dos envolvidos, a vida pregressa da pessoa que tem o título
protestado ou o nome negativado. “ (RIZZARDO, Arnaldo. Responsabilidade Civil.
4ª Ed. Rio de Janeiro, Forense, 2009, p. 261)
Anote-se que não se pode olvidar que a presente ação, nos dias
atuais, não se restringe a ser apenas compensatória; vai mais além, é verdadeiramente
sancionatória, na medida em que o valor fixado a título de indenização reveste-se de pena
civil.
APELAÇÃO CÍVEL.
Ação de reparação de danos causados em acidente de trânsito. Motocicleta do
autor interceptada pelo veículo caminhão da sociedade empresária requerida.
Sentença de parcial procedência. Litigância de má-fé afastada. Recurso da
seguradora demandada. Agravo retido. Alegação de ilegitimidade passiva ad causam
sob o argumento de inexistência de relação jurídica com a autora. Inacolhimento.
Possibilidade de ajuizamento de ação diretamente contra a seguradora do causador
dos danos. Exegese dos princípios da celeridade, economia processual e função
social do contrato (art. 421, CC/02). Precedentes judiciais. Agravo retido conhecido
e desprovido. Mérito. Pedido de reforma da sentença ao argumento de que o
contrato de seguro firmado contempla tão somente o reembolso ao segurado e não
diretamente ao terceiro. Insubsistência. Possibilidade de ajuizamento de ação de
indenização pelo terceiro prejudicado. Responsabilidade solidária da seguradora
requerida reconhecida, respeitado os limites da apólice. Pedido de afastamento da
condenação ao pagamento de despesas futuras. Alegação de não existir
comprovação nos autos acerca da necessidade de tratamento médico futuro.
Insubsistência. Laudo pericial judicial atestando a necessidade de tratamento
médico para restabelecer ou, ao menos, amenizar os sintomas dolorosos do autor.
Pedido de exclusão da condenação a título de danos estéticos ao argumento de
inexistência de cobertura contratual. Impossibilidade. Existência de cobertura
específica para danos corporais. Danos estéticos englobados nos danos corporais.
Precedentes judiciais. Danos morais. Argumento de que o sinistro não gerou danos
morais ao autor. Insubsistência. Ofensa à integridade física e psíquica do autor.
Sinistro que lhe causou redução permanente da capacidade laborativa. Abalo moral
configurado. Pleito de enquadramento da indenização fixada a título de pensão
mensal e despesas médicas na cobertura por danos corporais. Insubsistência.
Pensão mensal e despesas médicas consistentes em espécie de dano material.
Pedido de afastamento da inclusão dos danos morais na cobertura por danos
corporais. Insubsistência. Entendimento pacífico desta corte e do Superior Tribunal
em sentido contrário. Juros de mora incidentes sobre o dano moral. Pedido de
adequação do dies a quo para a data do arbitramento. Insubsistência. Manutenção
do termo inicial dos juros moratórios a contar do evento danoso. Exegese da
Súmula nº 54 do Superior Tribunal de Justiça. Agravo retido da requerida dematec
materiais de construção Ltda me. Ausência de requerimento de apreciação nas
razões de apelação. Exegese do artigo 523, § 1º, do código de processo civil.
Recurso não conhecido. Mérito da apelação. Pedido de ambas as partes de
afastamento do caráter de vitaliciedade da pensão mensal. Impossibilidade.
Incapacidade laborativa do autor apurada por meio de laudo pericial (redução
permanente da capacidade laboral em grau moderado). Verba devida de forma
vitalícia. Exegese do artigo 950, do Código Civil. Pleito de substituição da
constituição de capital pela inclusão do beneficiário em folha de pagamento da
sociedade empresária devedora. Parcial subsistência. Sociedade empresária
requerida de pequeno porte econômico. Possibilidade de inclusão do beneficiário
em folha de pagamento mediante caução fidejussória. Necessidade de garantia do
pagamento das verbas indenizatórias. Inteligência do artigo 475-q, §2º, do código
de processo civil e Súmula nº 313, do Superior Tribunal de Justiça. Pedido de ambas
as partes de minoração do quantum indenizatório fixado em R$ 30.000,00 (trinta
mil reais a título de danos morais e R$ 15.000,00 (quinze mil reais) por danos
estéticos. Insubsistência. Quantias fixadas que se mostram compatíveis com a
extensão dos danos causados ao autor. Observância aos princípios da
proporcionalidade e razoabilidade, além do caráter inibitório e pedagógico da
reprimenda, visando o fortalecimento da cidadania e prestigiamento da dignidade
humana (art. 1º, II e III, da CF). Quantum mantido. Agravo retido da seguradora
conhecido e desprovido. Recurso de apelação da seguradora conhecido desprovido.
Agravo retido da requerida não conhecido. Recurso de apelação da requerida
conhecido e provido tão somente para determinar a inclusão do autor em folha de
pagamento da empresa requerida, mediante caução fidejussória. (TJSC; AC
2014.049999-4; Blumenau; Sexta Câmara de Direito Civil; Relª Desª Denise Volpato;
Julg. 06/10/2015; DJSC 13/10/2015; Pág. 82)
3.1. Requerimentos
a) A parte Autora opta pela realização de audiência conciliatória (CPC, art. 319,
inc. VII), razão qual requer a citação da Promovida para comparecer à audiência
designada para essa finalidade (CPC, art. 334, caput), se assim Vossa Excelência
entender pela possibilidade legal de autocomposição (CPC, art. 334, § 4º, inc. II);
b) também condená-la a indenizar o Autor em lucros cessantes (CC, art. 948, inc.
II), com a prestação de alimentos mensais, correspondentes a dois terços (2/3)
do salário mínimo (CPC, art. 533, § 4º) sem data limite como termo final.
Secundariamente (CPC, art. 326), até a data que completaria 70 anos de idade,
inclusive verba natalina. Requer-se a inclusão do nome Autor na folha de
pagamento da Ré. Quanto às pensões vencidas, requer o pagamento de única
vez;
Fulano de Tal
Advogado - OAB(PR) 112233