Monografia Sobre Meningites
Monografia Sobre Meningites
Monografia Sobre Meningites
Introduo
Objetivo
Realizar reviso da literatura sobre meningites na infncia, afim de atualizar as informaes aos profissionais de sade buscando otimizar o manejo desta patologia.
Metodologia
LILACS-BIREME, e COCHRANE
Artigos
originais, artigos de reviso, editoriais e diretrizes. 10 anos nas lnguas inglesa, portuguesa e
ltimos
escritos
francesa,
Definio
A meningite um processo inflamatrio das meninges, os tecidos que envolvem o encfalo e medula espinhal.
Agentes etiolgicos:
Patognese
A bactria para ser patognica necessita aderir a mucosa; invadir e sobreviver no espao intravascular; cruzar a barreira hematoenceflica; e se multiplicar no LCR.
Meningite bacteriana
Os agentes etiolgicos das meningites bacteriana variam de acordo com a idade do paciente
Agente etiolgico mais comum
Idade do paciente
At 30 dias
1 ms a 3 meses
Clnica
Sndrome infecciosa: febre, nuseas, vmitos, cefalia e mialgia. Sndrome de irritao menngea:
compresso do exsudato purulento sobre a emergncia dos nervos raquidianos: rigidez de nuca, sinal de Kernig, sinal de Brudzinski, sinal de Lasgue e a posio de trip.
Diagnstico
Exames laboratoriais :
hemograma completo com diferencial e contagem de plaquetas e duas hemoculturas, glicose, coagulograma
Cultura do lquor:
A reao em cadeia de polimerase (PCR): sensibilidade de 86-94% especificidade de 96-100%. til quando usado antibitico antes da puno lombar
Puno lombar
Crianas com bacteremia e sinais menngeos Febre persistente mesmo sem sinais menngeos. Repetida: persistncia de clnica caso a primeira cultura seja negativa ou piora clnica.
Contra- indicao:
distrbio de coagulao.
A puno lombar em alguns pacientes pode resultar em trauma e pequenas quantidades de sangue podem interferir na contagem de clulas. Algumas frmulas so propostas para auxiliar na interpretao dos resultados, no entanto nenhuma delas consegue corrigir o resultado com confiana para confirmar ou excluir o diagnstico.
Aglutinao em ltex: identificao rpida de antgenos bacterianos no lquor. sensibilidade varivel de acordo com a cepa bacteriana. resultado em 15 minutos a uma hora falso positivos ocorrem por isso no utilizado rotineiramente.
Exames de imagem: no indicados em meningite no complicada. Indicadas antes da puno lombar: paciente apresenta sinais de hipertenso intracraniana aps o incio do tratamento quando as anormalidades neurolgicas persistem
Neisseria Meningitidis
A Neisseria meningitidis uma bactria aerbica, diplococo gram-negativo, presente na nasofaringe de indivduos saudveis.
O meningococo: 1 causa de meningite aps vacina contra Haemophilus em pases desenvolvidos. incidncia de 59% dos casos. Pode ser dividido em 12 sorotipos 90% dos sorogrupos A, B e C
Neisseria Meningitidis
Clnica: tpica
exantema
petequial
purprico ou hemorrgico.
localizado principalmente nas extremidades e regies submetidas a presses. As petquias podem coalescer e acometer regies mais profundas formando sufuses hemorrgicas ou equimoses.
Neisseria Meningitidis
Streptococcus pneumoniae
Coco gram-positivo, capsulado, oval ou em forma de chama de vela e agrupados aos pares, normalmente encontrado na nasofaringe de pessoas saudveis.
O pneumococo ocupa o segundo lugar como causa de meningite bacteriana.
Principalmente
Streptococcus pneumoniae
Clnicas: tpica Erupo cutnea petequial ou purprica pode ocorrer em meningite por pneumococo apesar de ser mais freqente na doena meningoccica.
Streptococcus pneumoniae
Quimioprofilaxia:
no
necessria para evitar a propagao da meningite pneumoccica. importante para a preveno de infeco pneumoccica invasiva em crianas com asplenia anatmica ou funcional.
Haemophilus influenzae
Bactria gram-negativa. Classificada em seis sorotipos de acordo com a diferena antignica presente na cpsula polissacardica.
Crianas menores de 5 anos doena invasiva, aps infeco de via area superior viral ou por micoplasma. ruptura da barreira mucosa por alterao do mecanismo fisiolgico de depurao mucociliar do trato respiratrio.
Haemophilus influenzae
Clnica: tpica
Tratamento: cefalosporina de terceira gerao.
por
24
horas
do
incio
da
Os casos devero ser notificados para realizar medidas de controle de comunicantes para prevenir as infeces secundrias.
Adulto: 600mg/dose.......... 24/24 h At 12 meses: 10 mg/kg/dose. .............24/24 h 12 meses a 12 anos: 20mg/Kg/dose. ........ 24/24 h
Haemophilus influenzae
Antibiticos bactericidas acarreta a liberao de produtos da parede bacteriana, que estimulam a produo de potentes ativadores inflamatrios (TNF-alfa e IL-1), responsvel pela letalidade e pelas seqelas da meningite, especialmente a surdez. Dexametasona: bloqueia a produo destas citocinas, diminuindo a resposta inflamatria.
crianas maiores de seis semanas: 0,6 mg/kg/dia........ 6/6h....2 a 4 dias outra etiologia discutvel e no existe consenso. Deve ser individualizado.
Meningite viral
A meningite viral definida como uma doena febril associada a sinais de irritao menngea que evolui de forma benigna na maioria dos casos.
Agente etiolgicos:
enterovirus, herpes vrus , arbovrus, vrus coriomeningite linfoctica, vrus da raiva e influenza
Meningite viral
e fotofobia sem sinais de doena sistmica erupo cutnea sintomas genitourinrios sintomas de encefalite: alterao do comportamento ou personalidade, alteraes motoras ou sensoriais;
Histria de contato com guas poludas ou locais com roedores h cerca de 3 semanas do incio dos sintomas; vida sexual de risco.
Meningite viral
Tratamento:
Antibitico emprico, com a melhora dos sintomas associado a cultura bacteriana negativa aps 24 a 48 horas este poder ser suspenso.
corticide no recomendado.
RN : 15mg/Kg/dose........8/8h.........21 dias.
Meningite tuberculosa
Mycobacterium tuberculosis uma bactria intracelular obrigatria que dissemina por via hematognica do pulmo para o SNC. A resposta imunolgica forma um granuloma que interrompe a evoluo da doena, mas h positivao do teste tuberculnico. A tuberculose uma das doenas infecciosas mais frequentes no mundo. oito milhes de pessoas doentes trs milhes morrem anualmente. Clnica: com sintomas clssicos Diagnstico: difcil porque os mtodos disponveis no so sensveis nem rpidos.
Meningite tuberculosa
Lquor:
Meningite eosinoflica
ingesto de moluscos ou alimentos crus contaminados com larvas que migram para o crebro onde morrem e causam a doena. Clnica:
A cefalia o sintoma mais comum (90% ). Febre em metade dos casos Acometimento do nervo ocular
Meningite eosinoflica
Tratamento:
medidas
Leveduras globosas ou ovaladas, com brotamento nico ou mltiplo, de colo estreito, e envolvidas por caracterstica cpsula mucopolissacride.
A criptococose uma micose sistmica transmitida pela inalao de fungos das espcies Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gatti.
nos
pases
desenvolvidos,
43%
nos
pases
em
A resposta imune normal vai eliminar ou sequestrar o fungo que permanece latente no organismo. Alteraes imunolgicas determinam sintomas. Clnica: cefalia reabsoro LCR importante por aumento da presso intracraniana
Fcil diagnstico:
marcado tropismo neurolgico, abundncia de elementos fngicos no liquor e nas leses presena de cpsula caracterstica colorao tecidual especfica.
Tratamento:
Esta associao apresenta ao fungicida mais rpida que a anfotericina B usada isolada. determina uma esterilizao mais rpida do LCR que a anfotericina B convencional alm de menor ndice de recada
Concluso
A meningite uma doena com distribuio universal altas incidncia e mortalidade apesar de todos os recursos disponveis para o diagnstico e tratamento. Mesmo quando tratada adequadamente. Doena grave mas evitvel com vacina
Anti-pneumoccica Anti- meningoccica
Profissional de sade deve sempre pensar neste diagnstico afim de evitar sequelas e morte.
Obrigada!