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    Direito Penal I

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    O documento discute três pontos principais: 1) O princípio da culpabilidade na Constituição e no Código Penal, onde a culpabilidade é necessária para haver crime e a presunção de inocência deve prevalecer até condenação final. 2) A relativização da presunção de inocência pelo STF em 2016 ao permitir execução provisória da pena, desconsiderando recursos pendentes. 3) A culpabilidade como fundamento e medida da pena no Código Penal, excluindo a responsabilidade objetiva.

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    O documento discute três pontos principais: 1) O princípio da culpabilidade na Constituição e no Código Penal, onde a culpabilidade é necessária para haver crime e a presunção de inocência deve prevalecer até condenação final. 2) A relativização da presunção de inocência pelo STF em 2016 ao permitir execução provisória da pena, desconsiderando recursos pendentes. 3) A culpabilidade como fundamento e medida da pena no Código Penal, excluindo a responsabilidade objetiva.

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    DIREITO PENAL I

    Prof.ª Dr.ª Michelle Gironda Cabrera


    Doutora em Direito Socioeconômico e Desenvolvimento
    Advogada criminalista
    [email protected]
    PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE

    • Não há crime sem culpabilidade: “nullum crimen sine culpa”

    • Art. 5º, LVII, CRFB

    “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado


    de sentença penal condenatória”
    Uma regra de processo penal: presunção de
    inocência
    STF: guardião da CRFB?

    Com o advento da Constituição de 1988, que traz um excelente


    catálogo de direitos e garantias fundamentais, este sentido –
    hegemônico desde então – foi amplificado. Neste ponto, o termo
    “guarda” resulta em equívoco, pois gera certa confusão na
    percepção entre o papel de “guarda” da Constituição no sentido
    do controle concentrado (como corte constitucional) e a proteção
    de direitos fundamentais, fenômeno reforçado especialmente
    pela transição democrática brasileira.
    STF, em 2016, autorizou a execução provisória da
    pena criminal. No voto do relator (HC 126.292, de
    relatoria do Ministro Teori Zavascki, julgado em
    17/02/2016), que orientou a admissibilidade da
    execução provisória da pena, reapareceram
    argumentos como a presunção de culpabilidade.
    De acordo com este entendimento, a presunção de
    inocência deixaria de operar tão logo brotasse uma
    sentença condenatória de primeiro grau, cabendo ao
    acusado “provar a sua inocência” em segundo grau
    e via de consequência, nos tribunais superiores (cuja
    matéria fática restaria impedida de ser conhecida no
    recurso de cassação). Não é difícil perceber-se o
    grau de relativização da presunção de inocência, que
    acaba produzindo efeitos não somente no que diz
    respeito à prova, como conjectura o relator, em
    análise que recorre a precedente da própria corte
    (HC 84.078, de relatoria do Ministro Eros Grau).
    2019:Por maioria, o Plenário do Supremo
    Tribunal Federal (STF) decidiu que é
    constitucional a regra do Código de
    Processo Penal (CPP) que prevê o
    esgotamento de todas as possibilidades de
    recurso (trânsito em julgado da
    condenação) para o início do cumprimento
    da pena. A Corte, no final de 2019, concluiu
    o julgamento das Ações Declaratórias de
    Constitucionalidade (ADC) 43, 44 e 54, que
    foram julgadas procedentes.
    Dimensão material do princípio de culpabilidade

    Grau de reprovabilidade = Medida da pena

    Crime é: FT
    A Pena
    C
    3 aspectos:

    • Culpabilidade como fundamento da pena: art. 59, CP

    • Culpabilidade como elemento de determinação / medição da pena

    • Culpabilidade como conceito contrário à responsabilidade objetiva

    • Culpabilidade é de fato, não de autor


    CO-CULPABILIDADE

    • OU CULPABILIDADE POR
    VULNERABILIDADE
    • ZAFFARONI
    • 1985
    • O Estado cria as condições
    criminogênicas.
    • “Todo mundo tem escolhas?”
    • Livre-arbítrio x determinismo

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