Karl Popper

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 18

FILOSOFIA

CAP. 7 – FILOSOFIA DA
CIÊNCIA

Prof. Paulo Hejel


A QUESTÃO DO MÉTODO CIENTÍFICO:

 A ciência = corpos de conhecimento organizado, e


classificados.

 A Ciência se distingue do senso comum porque suas


conclusões se baseiam em investigações sistemáticas,
empiricamente fundamentadas pelo controle dos fatos.

 As explicações científicas são formuladas em


enunciados gerais, buscando unificar um grande
número de fatos.
 A ciência moderna nasce ao determinar seu objeto
específico de investigação e ao criar um método
confiável pelo qual estabelece o controle desse
conhecimento.

 São os métodos possibilitam um conhecimento


sistemático.
 A partir da modernidade, as ciências se multiplicaram,
buscando cada uma delas seu próprio caminho, ou
seja, seu método.

 Cada ciência torna-se, então, uma ciência particular,


pois delimita um campo de pesquisa e procedimentos
específicos.

 Recentemente, a partir do século XX, constituíram-se


as ciências híbridas, como a bioquímica, a biofísica, a
mecatrônica, a fim de melhor resolver problemas que
exigem, ao mesmo tempo, o concurso de mais de uma
ciência.
 As conclusões a que chegam os cientistas são
avaliadas pelos seus pares, que pertencem a uma
comunidade intelectual encarregada do constante
exame crítico desses resultados.

 Até pouco tempo atrás as grandes realizações


científicas eram fruto de gênios individuais, enquanto
hoje em dia, cada vez mais, o trabalho da ciência é
feito em equipe.

 Exemplo: Wiki
KARL POPPER, A QUESTÃO DO MÉTODO
CIENTÍFICO E SEUS CRITÉRIOS

 Segundo Popper, é fundamental distinguir os sentidos


científico e social da lei.

 Uma lei científica não determina que algo aconteça,


mas apenas descreve o que acontece, ao passo que a
lei social não descreve o que acontece, mas, sim,
determina o que deve acontecer segundo
circunstâncias específicas.

 Em suma, enquanto a primeira não pode ser


contrariada, a segunda prevê exatamente essa
possibilidade.
 A tarefa do cientista é delimitar as leis científicas e,
para isso, deve adotar um método.

 Desde Francis Bacon, uma lei científica é válida


quando a comunidade científica, fundada em
experiências particulares, colhe resultados
semelhantes ou pretensamente iguais repetidas vezes.

 Esse é o método da indução, conforme explica


Popper. Costuma-se chamar de “indutiva” a uma
inferência se ela passa de enunciados particulares, ou
experimentos, aos enunciados universais, tais como as
hipóteses ou “teorias”.
 Evidentemente, lembra Popper, jamais poderemos
passar de enunciados singulares para universais com
a certeza da verdade.

 Para começar a solucionar o problema, os defensores


da indução entendem ser necessário estabelecer um
Princípio de Indução, o qual possa garantir o
processo.

 Para Popper, isso é impossível um Princípio de


Indução válido deveria ser universal e o homem parte
sempre do singular, o que não lhe permite chegar,
logicamente, ao universal.
 Para tentar resolver esse problema, Popper
estabeleceu o que ele mesmo denomina método
dedutivo de teste.

 Na elaboração de uma teoria, há dois momentos: o


primeiro, de sua enunciação, e o segundo, de sua
provação.

 Não interessa, segundo Popper, como o cientista


chegou àquele enunciado, mas, sim, como justificá-lo.

 Para justificar uma teoria é necessário testá-la


logicamente, e esse teste é dedutivo, pois parte de um
enunciado que se pretende seja uma lei universal.
 Para testar uma teoria, Popper segue quatro passos,
ou espécies de provas.
 1º Testes internos: buscam a coerência das
conclusões extraídas a partir do enunciado.

 2º Testes da forma: consiste nos testes para se


saber se a teoria é, de fato, uma teoria empírica ou
científica ou meramente tautologia.

 3º Testes de inovação: verificação se a teoria


realmente é nova ou já está compreendida por
outras existentes no sistema.

 4º Testes empíricos: verificação da aplicabilidade


das conclusões extraídas da teoria nova.
o A sustentação de uma teoria é sempre provisória,
posto que suas conclusões estarão sempre sendo
testadas empiricamente.

o O falsear da ciência é que a faz evoluir.

o Popper afirma que uma teoria será mais válida


quanto mais for falseável, ou seja, quanto mais
possibilidades de ser falseada existirem e, mesmo
assim, ela continuar respondendo aos problemas
científicos.

o Popper, ao derrubar o método indutivo, criou


também um outro problema. A necessidade de um
novo critério de demarcação entre o que é Ciência e
o que não é. Professor: Paulo Hejel
o Um enunciado que não traga limitações temporais,
espaciais e subjetivas terá uma probabilidade de
acerto altíssima, a maior até, mas terá, em
contrapartida, um teor informativo baixíssimo,
quase zero.

o Logo, o que demarca a Ciência da não-ciência é a


falseabilidade.

o O critério de demarcação inerente à lógica indutiva,


é equivalente ao requisito de que todos os
enunciados da ciência empírica são suscetíveis de
serem finalmente decididos, com relação à sua
verdade e falsidade.

Professor: Paulo Hejel


o Isto significa que sua forma deve ser tal que deve
ser logicamente possível tanto verificá-los como
falseá-los.

o Enfim, impende ressaltar que, para Popper, é


necessário o enunciado poder ser testado
empiricamente, não pela sua verificabilidade, mas
pela sua falseabilidade.

o Dessa forma, fica, derrubado o mito da verdade


científica, pois estas são sempre verdades
provisórias.

Professor: Paulo Hejel


EXERCÍCIOS

Professor: Paulo Hejel


 1. “As experiências e erros do cientista consistem de
hipóteses. Ele as formula em palavras, e muitas vezes por
escrito. Pode então tentar encontrar brechas em qualquer
uma dessas hipóteses, criticando-a experimentalmente,
ajudado por seus colegas cientistas, que ficarão
deleitados se puderem encontrar uma brecha nela. Se a
hipótese não suportar essas críticas e esses testes pelo
menos tão bem quanto suas concorrentes, será
eliminada”. (POPPER, Karl. Conhecimento objetivo. Trad.
de Milton Amado. São Paulo: Edusp & Itatiaia, 1975. p.
226.).
 Com base no texto e nos conhecimento sobre ciência e
método científico, é CORRETO afirmar:

Professor: Paulo Hejel


a) o método cientifico implica a possibilidade constante de
refutações teóricas por meio de experimentos cruciais.

b) a crítica no meio científico significa o fracasso do cientista que


formulou hipóteses incorretas.

c) o conflito de hipóteses científicas deve ser resolvido por quem


as formulou, sem ajuda de outros cientistas.

d) o método crítico consiste em impedir que as hipóteses


científicas tenham brechas.

e) a atitude crítica é um empecilho para o progresso científico.

Professor: Paulo Hejel


2. Leia o seguinte trecho de um diálogo: (...)
Kobir: Porque, embora haja poucos motivos, se é que há algum,
para supor que Deus existe, há algumas boas provas de que
deve haver formas de vida extraterrestres.
Bob: Que provas? Não descobrimos vida em outros planetas.
Kobir: É verdade. Mas sabemos que a vida evoluiu aqui neste
planeta, não sabemos? E também sabemos que há milhões de
outros planetas no universo, muitos dos quais são bem
semelhantes ao nosso. Nesse caso, não parece improvável que
a vida deva ter evoluído pelo menos em um desses outros
planetas também. Existem, portanto, boas provas para a
existência de vida por lá. Só não temos provas conclusivas. Por
outro lado, parece-me que há poucas provas, se é que há
alguma, que sugiram que Deus existe (Arquivos filosóficos, de
Stephen Law).

Assinale a alternativa INCORRETA.


Professor: Paulo Hejel
a) Kobir propõe um argumento de tipo indutivo para a existência
de vida em outros planetas no universo.

b) O argumento de Kobir pode admitir contra-exemplo.

c) Kobir refuta a afirmação da existência de Deus.

d) Kobir admite que uma boa prova não precisa ser


dedutivamente válida.

e) Kobir não afirma que, se não existem provas para a existência


de Deus, então Deus não existe.

Professor: Paulo Hejel

Você também pode gostar