Latim Classico e Latim Vulgar

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AS FONTES ESCRITAS

DO PROTO ROMANCE
PROTO-ROMANCE
• Inicialmente, foi uma língua falada
Fontes do latim vulgar
• Textos que opõem intencionalmente duas formas de
latim
• Gramáticos e mestres da retórica utilizavam como
exemplo de “erros” os usos populares.

• Probo – gramático (sec. III) apresentou uma lista de


“erros”. Desconsideração da variação linguística.
Fontes do latim vulgar
• Obras em que o latim vulgar penetra parcialmente
• Peregrinatio ad Loca Sancta , da monja Egéria
• Mulomedicina Chironis
• Satyricon (personagem Trimalquião, um novo-rico)
• Textos religiosos
Fontes do latim vulgar
• Inscrições
• Graffiti, Pompeia;
• Inscrições cristãs (túmulos).
Fontes do latim vulgar
• Termos latinos vulgares transmitido por empréstimos a línguas não
românicas vizinhas.
Características do latim vulgar
ACENTUAÇÃO DO LATIM
• SISTEMA QUANTITATIVO → duração/pronúncia
• Quantidade → é a propriedade que as vogais têm de serem longas ou
breves.
• Braquia (meia-lua sobre a vogal) → indica que a vogal é breve;
• ˉ Mácron (traço sobre a vogal) → indica que a vogal é longa.
AS VOGAIS DO LATIM CLÁSSICO
VOGAIS DO LATIM CLÁSSICO

BREVES
ă ĕ ĭ ŏ ŭ
LONGAS
ā ē ī ō ū
AS VOGAIS DO LATIM CLÁSSICO
Era por meio da “duração” que os romanos
distinguiam palavras com significados distintos, como:
mālum = maçã (longa)
mălum = desgraça (breve)
ŏs = osso (breve) ōs = boca (longa)
lĕgit = lê (presente) (breve)
lēgit = leu (pretérito perfeito) (longa)
As línguas românicas herdaram o mesmo sistema
vocálico, mas cada uma delas o tratou segundo suas
próprias características e tendências.
LATIM VULGAR
• A perda da duração
• Reorganização do sistema vocálico da Romania
• Consequência: o latim vulgar apresentou três
sistemas vocálicos que se distribuem em três
áreas distintas.
SISTEMA VOCÁLICO
Compreende a Íbero-România (português, espanhol,
catalão), a Galo-România (francês, provençal), a Reto-
România (dialetos réticos), a Ítalo-România (Sul e Leste da
Lucânia, com exceção da Sardenha) e a antiga Dalmácia.
O A longo e o A breve identificaram-se;
O I breve identificou-se na pronúncia com o E longo;
O U breve tornou-se indistinto do O longo;
SISTEMA VOCÁLICO = SETE VOGAIS.
SISTEMA VOCÁLICO
Dácia = o O longo e o U breve permaneceram distintos;
SISTEMA DE 08 VOGAIS.

Sardenha= as vogais longas assimilaram-se as breves correspondentes.


SISTEMA DE 5 VOGAIS.
Na língua Portuguesa
• As vogais tônicas sofreram as alterações semelhantes
às que caracterizam o Latim Vulgar.
• Pela persistência da sua tonicidade, mantiveram-se:
• a, é, ê, i, ó, ô, u
Alteração na natureza do acento
• Desapareceu o acento tonal do latim literário.

• Posição átona e posição tônica


Na língua Portuguesa
As ÁTONAS cedem enfraquecem desaparecem

As TÔNICAS resistem persistência da tonicidade (conservam-se na


maioria dos casos)

As exceções justificam-se por causas fonéticas, analógicas, ou pela


introdução de palavras eruditas na língua
OS DITONGOS
• No Latim Clássico havia três ditongos: ae, au, oe.
• O Latim Vulgar apresentava tendência para reduzir esses ditongos a
vogais simples. __ae > é: caelu > céu
• __au > ou ou au: tauro > touro
• __oe > ê/é: poena > pena

• O ditongo ou alterna com o ditongo oi, sem que seja explicável


foneticamente: louro e loiro // cousa e coisa
OS HIATOS
• A Língua Portuguesa apresenta, desde a sua fase arcaica, forte
tendência para evitar os hiatos.
• 1. Por meio da Crase (redução de duas vogais iguais a uma só): ponere
> poor > pôr
• 2. Através da oclusão (fechamento do timbre das vogais e e o,
passando, respectivamente, a i e u): caelo > ceo > céu
• 3. Por alargamento (acrescentamento de uma semivogal epentética):
freno > freo > freio
AS CONSOANTES DO LATIM
VULGAR
• Consoantes iniciais
• Consoantes mediais (surdas e sonoras)
• Consoantes finais
• CONSOANTES AGRUPADAS (geminadas)
CONSOANTES SIMPLES
• As consoantes simples iniciais do latim vulgar mantiveram-se nas
diferentes línguas românicas, com poucas exceções.
• bene > bem
• gutta > gota
• Exceções: cattu > gato
• vessica > bexiga
• pallore > bolor
O H INICIAL
ASPIRADO no latim clássico e vulgar - talvez por imitação do grego.
Não há vestígios nas línguas românicas.
A sua conservação na escrita é fruto do espírito tradicionalista das
escolas.
Habere > haver > haber > haver > aver > > avoir > avere > avea
ptg esp cat prov fr it rom
CONSOANTES GEMINADAS
• Consoantes duplas
• STUPPA = ESTOPA
• VACCA = VACA
• SECCU = SECO

LATIM CLÁSSICO – LATIM VULGAR –


AS LÍNGUAS ROMÂNICAS DO OCIDENTE SIMPLIFICARAM AS
CONSOANTES DUPLAS.
BASSETTO, Bruno Fregni. Elementos de filologia
românica: história interna das línguas românicas.
Vol. 2. São Paulo: EDUSP, 2010.

ILARI, Rodolfo. Linguística Românica. São Paulo:


Ática, 1992.

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