Parada Cardíaca

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Parada cardíaca em crianças

Integrantes: Caio, Lucas e Pedro


Definição

Ritmo de colapso, parada cardiopulmonar ou


simplesmente parada cardíaca são situações clínicas
caracterizadas pela interrupção da circulação do
sangue causada por ausência ou ineficácia da
atividade mecânica cardíaca.
Incidência

 As causas de parada cardíaca em pediatria são


heterogêneas e incluem síndrome da morte súbita
do lactente (SMSL), submersão/quase-
afogamento, trauma, intoxicação, sufocamento,
asma grave, pneumonia e sepse.
Incidência
 Assistolia e AESP são os ritmos iniciais mais
comumente observados na parada cardíaca em
crianças abaixo de 12 anos.

 5-15% tem à arritmia cardíacas - fibrilação


ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem
pulso - como ritmo inicial de colapso súbito.

 Haverá um ritmo chocável durante a RCP em 27%dos


pacientes hospitalizados.
Sobrevivência à alta hospitalar

 Nos últimos 30 anos, a sobrevivência de


pacientes hospitalizados aumentou de 9 para
27%;
 Em pacientes tratados fora do hospital se mantém
a mesma, 6% (3% para lactentes e 9% para
crianças e adolescentes).
 A sobrevivência também é maior quando o ritmo
inicial é chocável (25%-33%) comparado ao
ritmo não-chocável à apresentação(7%-11%).
Parada Cardíaca

 De acordo com a etiologia, a apresentação da


parada cardíaca em crianças pode ser de dois
tipos:

 Parada cardíaca hipóxica ou por asfixia

 Parada cardíaca súbita.


Apresentação

 A parada cardíaca é reconhecida por ausência de sinais da função


cardiorrespiratória (sem movimentação, sem ventilação e sem pulso).
Parada Cardíaca hipóxica

 É o mecanismo fisiopatológico mais comum de


parada cardíaca;

 Ocorre como evento terminal da hipóxia tecidual


progressiva e acidose;
Parada Cardíaca hipóxica

 Os pacientes desenvolvem falência


cardiopulmonar imediatamente antes da parada
cardíaca.

 A falência cardiopulmonar se caracteriza por


oxigenação, ventilação e perfusão tecidual
inadequadas.
Parada Cardíaca hipóxica

 Clinicamente, o paciente em parada cardíaca se


apresenta com apnéia ou respiração agônica, sem
pulsos detectáveis e não responsivo
(inconsciente).
Parada Cardíaca súbita

 Eventos raros
 Miorcardiopatia hipertrófica, artéria coronária
anômala, síndrome do QT longo, miocardite,
intoxicações e contusões cardíacas.
 Geralmente associada a arritmias cardíacas,
especificamente a FV e a TV sem pulso.
Ritmos de colapso

Assistolia: Ritmo de parada cardíaca associado à


ausência de atividade elétrica detectável pelo ECG e
representado por uma linha reta.

Deve-se confirmar o diagnóstico clinicamente para


descartar artefatos e má fixação do aparelho.
Ritmos de colapso

Fibrilação ventricular: O coração não apresenta


ritmo organizado, não tem contrações coordenadas e
a atividade elétrica é caótica; portanto, o coração
tremula e não bombeia sangue.
A FV pode ser causada por doenças cardíacas,
intoxicações, choques elétricos, acidentes por
submersão e traumas, e geralmente se associa com
colapso súbito.
Ritmos de colapso

 Taquicardia ventricular (TV) sem pulso:


Caracteriza-se por complexos QRS organizados e
largos.
 As causas podem estar associadas à doença
cardíaca de base, pós-operatório de
miocardiopatias, distúrbios hidroeletrolíticos e
intoxicações.
 TV monomórfica

 TV polimórfica
Ritmos de colapso

Atividade Elétrica sem Pulso (AESP): Qualquer


atividade organizada observada no monitor cardíaco
ou no ECG em paciente sem pulso central palpável.
A AESP pode ser causada por condições reversíveis
e, portanto, durante a reanimação cardíaca deve-se
sempre procurar e tratar suas causas.
6 Hs e os 5 Ts:

• Hipovolemia
• Hipóxia
• Tóxicos (intoxicações em geral)
• Hidrogênio (distúrbios do H+ – o mais
• Tamponamento cardíaco
comum é a
• Tensão no tórax (Pneumotórax)
acidose)
• Trombose coronariana
• Hipo/hiperpotassemia
• Trombose pulmonar
• Hipoglicemia
• Hipotermia
Tratamento dos ritmos de colapso

 A alta qualidade da ressuscitação cardiopulmonar


(RCP) e a sistematização do atendimento são
bases fundamentais para o sucesso do tratamento
da parada cardíaca, tanto no suporte básico como
no suporte avançado de vida.
Suporte básico de vida
O suporte básico de vida (suporte dado fora do hospital) inclui o
reconhecimento dos sinais de parada cardíaca, a realização da RCP de
qualidade e o uso da desfibrilação com desfibrilador externo automático
(DEA).

Na recomendação de 2010, os profissionais


de saúde e leigos devem considerar no atendimento
das crianças as seguintes faixas etárias:
Lactentes: como aqueles menores que 1 ano;
Crianças: 1 ano até a idade do início da puberdade (adolescência) definida
como desenvolvimento de mamas nas meninas e pelos axilares nos meninos.
Suporte básico de vida

Situações:
1- Paciente pediátrico com sinais de parada cardíaca
e esta não foi testemunhada:
 Realizar RCP na ordem CAB;
 Relação de 30 compressões/2 ventilações com
um socorrista e de 15/2 com dois socorristas.
Suporte básico de vida

 Local: Nas crianças abaixo de 1 ano, o local


recomendado é 1 cm abaixo da linha inter-
mamilar.
Suporte básico de vida

 Nas crianças acima de 1 ano, o local


recomendado é na linha inter-mamilar.
Suporte básico de vida

 Frequência de compressões: 100/min;

 Interromper a massagem o mínimo possível;

 Trocar as funções a cada 2 minutos.


Suporte básico de vida

2- Se o paciente tiver um colapso súbito


testemunhado e se encontrar com sinais de parada
cardíaca:
 Antes de iniciar a RCP, deve-se acionar o serviço
de emergência ou conseguir um DEA, se você
estiver sozinho.
Suporte básico de vida
 DEA:
O DEA é programado para avaliar o ECG da vítima e
verificar se o ritmo é chocável ou não; se for um ritmo
chocável, ele orienta o socorrista em relação ao momento
ideal para dar o choque por meio de mensagens sonoras e
visuais.

Nas novas diretrizes de 2010 sobre o DEA, recomenda-se


utilizar um atenuador de carga elétrica pediátrico para
crianças de 1 a 8 anos, mas na ausência deste, pode ser
utilizado o DEA com carga padrão.
Suporte básico de vida

 DEA:
Em crianças menores de 1 ano, recomenda-se em
primeiro lugar a utilização do desfibrilador manual,
mas na ausência deste, pode ser utilizado o DEA
com atenuador de carga elétrica pediátrico e se caso
este também faltar, pode-se usar o DEA com carga
padrão.
Suporte avançado de vida

 Cenário intra-hospitalar, com vários profissionais


disponíveis;
 Deve-se então pedir o desfibrilador e que coloque
a monitorização enquanto inicia-se a RCP.
 O objetivo é o retorno da circulação espontânea,
com restauração da perfusão e do ritmo cardíaco
espontâneo .
Suporte avançado de vida

Deve-se iniciar então o CAB:


 15/2 se idade até a adolescência e 30/2 em
adolescentes e adultos antes da intubação;
 Após a intubação, a maneira como se ventila
muda, passando para 8 a 10 ventilações por
minuto (6 segundos entre as ventilações) e a
massagem torna-se contínua.
Suporte avançado de vida

Acesso venoso deve ser estabelecido toda vez que se


detectar uma situação de emergência.
A prioridade para o estabelecimento do acesso
vascular deve ser na seguinte sequência:
 Intravenoso
 Intraósseo
 Endotraqueal
Suporte avançado de vida

Após a identificação do ritmo pelo ECG, deve-se


iniciar o tratamento apropriado de acordo com o tipo
de ritmo (chocável ou não-chocável):
Ritmos não-chocáveis

 Ritmos não-chocáveis: assistolia e a AESP.


 Esses ritmos nunca são tratados com choque
 É necessário também tratar as condições
reversíveis associadas (pensar nos 6Hs e 5Ts).
Ritmos não-chocáveis

1-Detectar ausência de pulso central


2- Iniciar a massagem cardíaca de alta qualidade.
3- Assegurar as vias aéreas e fornecer oxigenação.
4-Checar ritmo após 5 ciclos ou 2 minutos de RCP
5-Reiniciar RCP e administrar Epinefrina: única
droga indicada nesses casos
IV/IO- 0,01 mg/Kg, podendo ser repetida em
intervalos de 3 a 5 minutos.
Ritmos chocáveis

 Constituem ritmos chocáveis a FV e a TV sem pulso.


 Uso de choque com desfibrilação não sincronizada
 Uso de pás adequadas
Pás pediátricas: menores de 1ano ou < 10kg
Pás de adulto: maiores de 1 ano ou > 10 kg
 Os locais apropriados para a colocação das pás são o
lado superior direito do tórax abaixo das clavículas e à
esquerda do mamilo esquerdo na linha axilar anterior
Ritmos chocáveis
 Faz-se a sequência de massagem cardíaca, abertura das
vias aéreas e oxigenação apropriada.
 Após 5 ciclos ou 2 minutos de RCP, verifica se o ritmo.
 Colocação das pás e aplicação do choque com carga
inicial de 2 J/Kg.
 Reiniciar RCP por mais 2 minutos, verifica-se o pulso
central e o ritmo.
 Se ritmo chocável aplicar choque com carga aumentada
para 4 J/Kg )
 Reiniciar RCP administrando Epinefrina
 Administração de medicamentos:
 Epinefrina - Após o primeiro choque e dois
minutos de RCP, deve-se administrar epinefrina.
Na dose de 0,01mg/Kg
 Amiodarona 5 mg/kg IV; lidocaína 1mg/kg IV .
Pedem ser administradas após o segundo choque.
Caso clínico

 Caso 1
 Criança de 7 meses de vida, previamente
saudável, é encontrada pela mãe no berço
inconsciente e cianótica, após a mamada da
madrugada. A criança chega à sala de emergência
inconsciente, cianótica, em apnéia e com pulsos
centrais ausentes.
 Pergunta-se: Quais são o diagnóstico e a
conduta?
 Resposta:
 O diagnóstico é de parada cardiorrespiratória.
 A conduta é inicialmente pedir para trazer a monitorização/
desfibrilador e iniciar o “CAB”:
 C. Quando os pulsos centrais estão ausentes, deve-se iniciar
massagem cardíaca de alta qualidade, comprimindo forte e rápido
(100 movimentos por min).
 A. Abrir as vias aéreas, posicionando o paciente com coxim sob
os ombros, entre as escápulas e aspirar as vias aéreas.
 B. Fornecer oxigenação, que neste caso, deve ser sob a forma de
ventilação com pressão positiva com bolsa-valva e máscara (15:2
se dois socorristas).
 Pergunta-se: Quais são o diagnóstico e a
conduta?
 Resposta:
 O diagnóstico é assistolia
 Conduta é manter RCP e após o estabelecimento de
acesso venoso ou intraósseo, deve-se administrar
epinefrina 0,1 mL/kg da solução 1:10.000,
 Deve-se reavaliar o ritmo e o pulso a cada dois
minutos, sendo que esta reavaliação também deve
incluir a efetividade da ventilação, verificando se as
vias aéreas ainda permanecem pérvias e procurando
tratar as causas reversíveis (lembrar dos 6Hs e 5Ts).
 Caso 2
 Paciente de 7 anos, 30 kg, internado na
enfermaria de cardiologia pediátrica no pós-
operatório tardio de cirurgia cardíaca, apresenta
síncope com perda da consciência. É levado à
sala de emergência e ao chegar lá, você encontra
a criança inconsciente, em apnéia, e apresentando
o seguinte ritmo na monitorização cardíaca:
 Pergunta-se: Quais são o diagnóstico e a
conduta?
 Resposta:
 O diagnóstico é fibrilação ventricular
 A conduta é checar o pulso central e iniciar a massagem cardíaca,
 abrir as vias aéreas e aspirar se necessário e fornecer oxigênio
com bolsa-valva e máscara, até a chegada
 e o preparo do desfibrilador.
 Assim que ele chegar, realiza-se um choque com 2 J/kg e logo
após, reinicia-se a RCP começando pela massagem cardíaca.
 Após dois minutos, verifica-se novamente o pulso central e o
ritmo, e se a fibrilação ventricular persistir, prepara-se o próximo
choque com 4 J/kg.
 Após estabelecimento do acesso venoso
administrar epinefrina 0,1 mL/kg da solução
1:10.000,
 Reinicia- se a RCP e após o segundo inicia-se
Amiodarona 5 mg/kg IV ou IO (dose máxima
única 300 mg); lidocaína 1mg/kg IV ou IO 2-3x a
dose
 Lembrar de procurar e tratar as causas reversíveis
(“6Hs e 5 Ts”).
Referências

 http://revista.fmrp.usp.br/2012/vol45n2/Simp7_P
arada%20card%EDaca%20em%20crian%E7as.p
df
 http://www.sbp.com.br/show_item2.cfm?id_cate
goria=24&id_detalhe=559&tipo_detalhe=s
Obrigado

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