A Teoria Ética de Kant
A Teoria Ética de Kant
A Teoria Ética de Kant
Na sua intenção.
Kant defendia que o valor moral das ações depende
unicamente da intenção com que são praticadas.
PORQUÊ?
Porque sem conhecermos as intenções dos agentes
não podemos determinar o valor moral das ações. Na
verdade, uma ação pode não ter valor moral, apesar
de ter boas consequências.
Quando é que a intenção tem valor moral ou é
boa?
Quando o propósito do agente é cumprir o
dever pelo dever.
Ordena que uma ação boa seja realizada pelo seu valor
intrínseco, que seja querida por ser boa em si e não por causa
dos seus efeitos ou consequências.
Fórmula da Humanidade
Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua
pessoa como na pessoa de outrem, sempre e simultaneamente
como fim e nunca apenas como meio.
QUAL É A FUNÇÃO DESTAS FÓRMULAS? PARA QUE SERVEM?
Para sabermos, em cada circunstância da vida, se a ação que
queremos praticar está, ou não, de acordo com a moral, temos
de perguntar se aquilo que nos propomos fazer poderia servir
de modelo para todos os outros e se não os transforma em
simples meios ao serviço dos nossos interesses.
Não vale a pena Eva prometer porque Bernardo não irá acreditar em
nada que ela diga. Logo, Bernardo não lhe iria emprestar o dinheiro se a
máxima de Eva fosse uma lei universal. Por estranho que pareça, ao
exigir que todos mintam, estou a tornar a mentira impossível.
ANÁLISE DA PRIMEIRA FÓRMULA
Eva não pode querer sem contradição universalizar a exceção
que abriu para si própria porque se tornará exceção para todos.
Se todos nós fizéssemos promessas com a intenção de não as
cumprir, todos desconfiaríamos delas e o empréstimo de
dinheiro baseado em promessas acabaria. A prática de fazer e
de aceitar promessas desapareceria.
A máxima referida autodestrói-se ao ser universalizada porque
ninguém poderá agir de acordo com ela. A máxima «Mente
sempre que isso for do teu interesse» não pode ser
transformada numa lei universal.
O nosso dever moral básico consiste em praticar apenas as
ações que todos os outros possam ter como modelo.
ANÁLISE DA SEGUNDA FÓRMULA
Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua
pessoa como na pessoa de outrem, sempre e simultaneamente
como fim e nunca apenas como meio.