Aula06 IRRIGAÇÃO

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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS ESUDA

DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA
CURSO DE PAISAGISMO AVANÇADO

IRRIGAÇÃO

PROFESSOR:
CLODOMIR BARROS
1.0 IRRIGAÇÃO

Irrigação é uma técnica que tem por objetivo o


fornecimento controlado de água para as plantas em
quantidade suficiente e no momento certo, assegurando
a sobrevivência das plantas. Complementa a
precipitação natural, e em certos casos, enriquece o solo
com a deposição de elementos fertilizantes.
QUALIDADE DA IRRIGAÇÃO

Ao longo do tempo na história da civilização a irrigação trouxe


muitos benefícios para o desenvolvimento de culturas e a fixação
do homem no campo.

No entanto a irrigação também apresenta perigos ambientais.


Deve ser utilizada com critério e consciência ecológica, pois um
sistema mal-planejado pode causar sérios desastres ambientais.

Na prática da irrigação, a longo prazo, a qualidade da água é um


dos fatores mais importantes. Pequenas quantidades de solutos
podem transformar lentamente uma área fértil em uma área
salina, ou de baixa produtividade

Alguns dos maiores desastres ambientais da história são oriundos


de projetos de irrigação mal projetados, como foi o exemplo do
secamento do Mar de Aral, ocorrido devido ao mau planejamento
feito pelos soviéticos.
IRRIGAÇÃO E QUALIDADE DA ÁGUA

Além de problemas gerados pela escassez das águas mal


administradas, outro dano grave gerado pelo manejo
incorreto da irrigação é a salinização.

Nas regiões áridas e semi-áridas irrigadas, a salinização do


solo é um dos importantes fatores que afetam o
rendimento dos cultivos , limitando a produção agrícola e
causando prejuízos.

Nessas regiões, caracterizadas pelos baixos índices


pluviométricos e intensa evapotranspiração, a baixa
eficiência da irrigação e a drenagem insuficiente,
contribuem para a aceleração do processo de salinização,
tornando estas áreas improdutivas em curto espaço de
tempo.
IRRIGAÇÃO e CONSUMO DE ÁGUA

Sendo a água um fator escasso e sabendo que a irrigação


é um fator desperdiçador e um grande responsável por
danos ambientais, o trato com a rega é fundamental e a
gestão desse serviço de suma importância para o meio
ambiente, desde pequenos jardins, praças, parques e
grandes culturas.

Os sistemas de rega devem ser instalados sempre através


de um bom planejamento, é importante conhecimento
técnico e mão de obra especializada. Equipamentos como
mangueiras, válvulas, aspersores, bombas e
temporizadores são importantes no conjunto final.
2.0 IRRIGAÇÃO NA HISTÓRIA
2.0 IRRIGAÇÃO NA HISTÓRIA

O surgimento da irrigação foi fundamental ao florescimento da


civilização, e os ganhos de produtividade agrícola permitidos por
ela são, em grande parte, os responsáveis pela viabilidade da
alimentação da população mundial.

Estudos comprovam que 4500 a.C. essa prática era utilizada pelos
Assírios, Caldeus e Babilônicos no continente asiático.Da mesma
forma, as grandes aglomerações que se fixaram nas margens dos
rios Huang Ho e Iang-Tse-Kiang na China (ano 2.000 a.C.), do
Nilo, no Egito, do Tigre e do Eufrates, na Mesopotâmia e do
Ganges, na Índia (ano 1000 a.C.), nasceram e cresceram graças à
utilização eficiente de seus recursos hídricos.

No Egito Antigo, às margens do Rio Nilo, temos o registro do que


foi a primeira obra de “engenharia” relacionada à irrigação.
2.0 IRRIGAÇÃO NA HISTÓRIA

Na África, a civilização egípcia desenvolveu-se no fértil vale do rio


Nilo. Inundado anualmente, durante a cheia, o Nilo depositava
uma camada de húmus sobre a terra, que, cultivada,
proporcionava colheitas abundantes. Por meio da construção de
diques e barragens, o trabalho humano modificou o traçado do rio
e melhorou as plantações.

A agricultura gerava grãos duros e resistentes como o trigo e a


cevada, que, mantidos secos em armazéns, alimentavam
contingentes populacionais cada vez maiores.

O controle das cheias do rio foi condição essencial para o


desenvolvimento da civilização na região, pois o seu leito não era
suficiente para conter as águas que inundavam a região. Foram
construídos diques e reservatórios às margens do Nilo que
retinham as águas que seriam utilizadas no momento da escassez
das chuvas para a agricultura e a pecuária - conduzidas através
de canais de irrigação, ou para consumo humano.
2.0 IRRIGAÇÃO NA HISTÓRIA

E há aproximadamente 5.000 anos atrás, no Egito Antigo, nas


margens do Rio Nilo. Ali também ocorreu a primeira obra de
"engenharia" relacionada a irrigação, quando o Faraó Ramsés III
ordenou a construção de diques, represas e canais, que
melhoravam o aproveitamento das águas do Rio Nilo.

Muitos outros exemplos antigos existem, visto que as grandes


civilizações de outrora se desenvolviam nos vales dos grandes rios,
sempre com o intuito de se aproveitar de suas águas.

.
2.0 IRRIGAÇÃO NA HISTÓRIA

Nas Américas temos como exemplo os Astecas e Maias com suas


plantações de milho na América Central. Os incas com sua irrigação
no vale andino com água proveniente das geleiras dos Andes é que
procediam a irrigação de suas culturas.
2.0 IRRIGAÇÃO NA HISTÓRIA

A historia da irrigação no Brasil vem desde a colonização,


primeramente nas lavouras de cana de açucar no nordeste e depois
quando os jesuítas começaram a cultivar arroz irrigado no Rio de
Janeiro, permanecendo pouco significativa até a expansão recente
dessa técnica de cultivo no Rio Grande do Sul. A área irrigada foi
inexpressiva até o final dos anos 60.
3.0 IRRIGAÇÃO DE VIVEIROS

A irrigação no viveiro é um prática importante para o


sucesso na produção de mudas de boa qualidade e em
tempo reduzido.
Assim a escolha de um sistema de irrigação deve ser feita
em função da disponibilidade de água, sua qualidade, bem
como a operacionalização de todas as atividades ligadas ao
sistema de irrigação, para que consiga um controle sobre a
disponibilidade correta de água para as mudas.
As perdas na produção de mudas muitas vezes são
causadas pelo relaxamento do processo de aguação,
qualidade da água, mau planejamento e deficiência no
manejo.
O sistema de irrigação é parte fundamental no processo de
desenvolvimento das plantas.
IRRIGAÇÃO DE VIVEIROS E A QUALIDADE DA ÁGUA

A água utilizada para irrigação no viveiro deve ser de boa


qualidade, isenta de patógenos, algas, teor excessivo de
sais e outros elementos que venham a prejudicar o
crescimento das mudas, além de causar danos ao sistema
de irrigação.
Recomenda-se antes da fase de projeto verificar através de
laboratórios, a qualidade da água no que tange as suas
características físicas, químicas e biológicas.
A captação desta água também é fundamental pois as
vezes a mudança na qualidade da água do recurso hídrico,
através de descargas sazonais de elementos químicos,
produzidos nas industrias, usinas, matadouros,etc.
No caso de poços e cacimbas a análise é importante para
verificação do teor de cálcio, ferro entre outros.
IRRIGAÇÃO E OS PROBLEMAS AMBIENTAIS

Caso a água tenha alto teor de cloro devido ao tratamento,


é conveniente deixa-la em repouso por 24 horas antes de
utiliza-la. O uso de aeração para diminuição das
quantidades de cloro também é um uso indicado.
Problemas de contaminação do meio ambiente na
produção em larga escala podem ocorrer devido ao uso de
adubo, herbicidas, inseticidas. Para tal é importante avaliar
a qualidade da água no final do processo.
Essa água pode ser captada no processo de escorrimento
ou em caixas de inspeção no final de drenos previamente
construídos e locados estrategicamente. Essa água ainda
pode ser reciclada diminuindo os custos de produção.
A legislação do conama 20/1986, pode servir de padrão
para verificar as concentrações de produtos químicos na
água de escoamento.
FREQUENCIA E VOLUME DE ÁGUA NAS REGAS
A rega de mudas deve ser realizada sempre que necessária.
Normalmente duas vezes ao dia, no início da manhã e ao
final da tarde.
Essa freqüência pode variar em função do tempo, dias
quentes onde existe maior evapotranspiração essa
freqüência pode até dobrar. Em dias de chuva, dependendo
da precipitação pluviométrica, as vezes não se faz
necessário.
Também dependendo do tipo de rega, deve ser observado
a quantidade e a velocidade de vento, a temperatura, o
substrato utilizado, a drenagem, etc.
Quando as mudas estiverem na fase de rustificação ou
próximas de serem transferidas para o local do plantio,
deve-se diminuir a freqüência para as plantas adquirirem
resistência a falta de água.
FREQUENCIA E VOLUME DE ÁGUA NAS REGAS
Todo esse controle de freqüência e intensidade das
irrigações deve ser acompanhado de perto pelo viveirista,
que em função do estagio de crescimento das plantas e das
condições climáticas, poderá aumentar ou diminuir a
freqüência das irrigações.
Existe hoje a possibilidade de automação do processo por
intermédio de sistemas computadorizados acoplados
“timers” ou temporizadores e tensiômetros, que promovem
o controle da freqüência e intensidade das irrigações com
base no tempo, na umidade do ambiente e substrato,
respectivamente.
Mesmo com a automatização dos sistemas de irrigação, as
inspeções e ajustes periódicos são necessários. Muitos
insucessos na produção de mudas de plantas ornamentais
devem-se a irrigação mal controlada e manejada.
4.0 SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

A escolha do sistema de irrigação a ser empregado


depende de vários fatores como: disponibilidade de água,
solo, substrato, clima, ventos, drenagem, tipologia das
plantas, etc.
Em viveiro de plantas ornamentais, há maior aplicabilidade
dos sistemas de aspersão. Porém, o uso do sistema de
gotejamento é muito freqüente para plantas envasadas,
ambos apresentando um bom resultado. Mas,
economicamente o sistema de gotejamento é mais
indicado, principalmente quando há pouca disponibilidade
de água.
Outra forma de irrigação de plantas em canteiro é através
da irrigação por ascensão capilar ou subsuperficial,
utilizada mais com freqüência na horticultura. Esse método
tem como vantagem agir apenas no substrato evitando a
ocorrência de algumas doenças.
METODOS DE IRRIGAÇÃO
O objetivo de um sistema de irrigação é aplicar água no
solo de tal forma que o solo, em todas partes do jardim
seja uniformemente molhado até a mesma profundidade.

Os métodos utilizados para irrigação podem ser divididos


em três grupos:

MÉTODOS DE ASPERSÃO
MÉTODOS DE SUPERFÍCIE
MÉTODOS DE SUBSUPERFÍCIE
4.1 METODOS DE ASPERSÃO

Os vários métodos de aspersão simulam chuva pois a água é


lançada para cima e a partir daí, é distribuída as várias partes do
campo/jardim. A água é enviada por meio de tubulações e depois
é pressionada e pulverizada no ar caindo no solo sob forma de
precipitação.

Existem os sistemas fixos, os semimóveis, e os sistemas


inteiramente móveis, com a mudança de todos os seus
componentes até os totalmente automatizados.

No método convencional, a linha principal é fixa e as laterais são


móveis. Requer menor investimento de capital, mas exige mão de
obra intensa, devido às mudanças da tubulação.

Uma alternativa extremamente interessante que tem sido


utilizada pelos viveiristas é uma modificação na aspersão
convencional, a chamada aspersão em malha, onde as linhas
principais, de derivação e laterais ficam fixas, sendo móveis
somente os aspersores.
METODOS DE ASPERSÃO

Para que a água caia sobre as plantas é necessário o uso


de um conjunto de motobomba que pressurize e conduza a
água através de tubulações para aspersores destinados ao
espalhamento da água sobre as mudas.

Um outro método de aspersão mais utilizados em estufa é


o de nebulização, que objetiva a produção de mudas por
enraizamento de estacas. As gotículas neste caso devido
aos micros orifícios e alta pressão resultam no aumento da
umidade do ar (acima de 80%), proporcionando um
enraizamento favorável.

Esse sistema geralmente pode ser instalado logo a cima


das mudas ou a um pé direito de 2 a 3 metros acima das
mudas.
METODOS DE ASPERSÃO

Nas casas de sombra (área de germinação de sementes) o


método de aspersão através da microaspersão é o mais indicado,
pois não é necessário alta pressão e a gotículas podem ser de
maior diâmetro.

Mangueiras e regadores com crivo fino poderão ser adotados


tomando-se o cuidado de evitar jatos diretos e muito fortes.

Os microaspersores são materiais de plástico, destinados a


aspergir água em circulos com diâmetro variável em função do
módelo e da pressão.

Os microaspersores vendidos no comércio são geralmente


adaptados a hastes de 30 a 40 cm de comprimento e são
instalados nas bancadas de germinação.
METODOS DE ASPERSÃO

VANTAGEN DO MÉTODO DE ASPERSÃO

• Pode ser empregado em terrenos de qualquer topografia


• Fácil instalação e automatização, com economia de mão
de obra
• A distribuição de água é uniforme
• Promove melhor a distribuição de adubos via irrigação;
• Proporciona grande oxigenação e resfriamento da água.
• A umidade do ar é aumentada, reduzindo, dessa maneira,
a transpiração das plantas.
• Diminuição do acúmulo de poeira nas folhas,
consequentemente maior capacidade de fotossíntese e
consequentemente maior desenvolvimento das mudas.
METODOS DE ASPERSÃO

DESVANTAGEN DO MÉTODO DE ASPERSÃO

• Remoção dos fungicidas e inseticidas aplicados na


superfície das folhas, dos frutos e ramos, prejudicando o
combate as pragas e doenças nas mudas.
• Consumo de energia relativamente alto
• Dependendo da velocidade dos ventos a distribuição
uniforme da água pode ser prejudicada.
• Os custos da aquisição dos equipamentos, bem como sua
instalação nos jardins ou viveiro necessita de um capital
inicial mais elevado.
4.2 METODOS DE SUPERFÍCIE

Os métodos de superfície são aqueles nos quais a água é


distribuída as diferentes partes do jardim/campo
escorrendo sobre a superfície do solo. Dessa forma, a
penetração e distribuição da água no solo ocorre enquanto
ela escoa pelo solo.

Problemas ocasionais de lixiviação de matéria orgânica e


erosão podem ocorrer em um planejamento mal feito.
GOTEJAMENTO

Nesse sistema, a água é levada sob pressão por tubos, até


ser aplicada ao solo através de emissores diretamente
sobre a zona da raiz da planta, em alta freqüência e baixa
intensidade. Possui uma eficiência na ordem de 90%. Tem
no entanto um elevado custo de implantação.
É utilizado majoritariamente em culturas perenes e em
fruticultura, também são usados por produtores de
hortaliças e a bem pouco tempo atrás por viveiristas que
trabalham com plantas ornamentais, em especial pela
reduzida necessidade de água, comparado aos demais
sistemas de irrigação.
Nos viveiros e jardins esse método só se justifica quando a
produção de mudas ou as plantas do jardim estiverem em
canteiros ou vasos.
MÉTODO POR GOTEJAMENTO

VANTAGEN DO MÉTODO DE GOTEJAMENTO

• Grande economia de água


• Irrigação direta na muda
• Diminuição da mão de obra
• Custos de manutenção reduzidos
METODOS DO MÉTODO POR GOTEJAMENTO

DESVANTAGEN DO MÉTODO DE GOTEJAMENTO

• Distribuição uniforme da água em alguns casos


• Os custos da aquisição dos equipamentos, bem como sua
instalação nos jardins ou viveiro necessita de um capital
inicial mais elevado.
• Entupimento dos orifícios, filtros e mangueiras.
SULCOS NO SOLO

Usa o método de irrigação por superfície. A distribuição da


água se dá por gravidade através da superfície do solo.
Tem menor custo fixo e operacional, e consome menos
energia que os métodos por aspersão.

É o método ideal para cultivos em fileiras. Deve ser feito


em áreas planas. Exige investimento na mão-de-obra e na
manutenção constante. Possui baixa eficiência, em torno
de 30 a 40% no máximo.

Atualmente, devido a escassez de água no mundo e


problemas ambientais, inclusive para a irrigação, esse
método tem recebido várias críticas devido a baixa
eficiência conseguida.
SUBIRRIGAÇÃO

Os métodos de subsuperfície são aqueles que a água é


aplicada diretamente na zona radicular da planta,
abaixo da superfície do solo. Conhecidos também por
Subirrigação.

Pode ser feito com drenos subsuperficiais ou com


tubulação, onde o lençol de água agi diretamente no
sistema radicular da planta.

É comumente associado a um sistema de drenagem


subsuperficial. Em condições satisfatórias, pode ser o
método de menor custo.
MÉTODOS DE ASCENSÃO CAPILAR
MÉTODOS DE ASCENSÃO CAPILAR

Outro método de subsuperfície é o de ascenção capilar


caracteriza-se pela irrigação por baixo das bandejas de
germinação ou canteiros. A água entra em contato com
a base das plantas, diretamente no sistema radicular E
começa a ser absorvida através do substrato que
funciona como acumulador de água.

Nesse método quando se dá a umidade completa do


substrato é desligado o sistema. Tem como vantagem
economia de água e a diminuição de ocorrência de
doenças na parte aérea das mudas.
OUTROS MÉTODOS

•HIDRPONIA

•PIVÔ

•CANHÃO HIDRÁULICO
5.0 IRRIGAÇÃO PARA PAISAGISMO

Atualmente, ao tratarmos do tema de irrigação para


paisagismo, ou popularmente "Irrigação para Jardins,
deparamos com os seguintes pontos:

• Falta de critérios e normas para avaliação de projetos;


• Falta de parâmetros básicos,
• Pouquíssimos profissionais e empresas realmente
capacitadas tecnicamente para elaboração e instalação
destes sistemas.
• Falta de informação

O ramo de irrigação de jardins é hoje, o segundo mais


desenvolvido tecnicamente, só perdendo para sistemas de
irrigação de campos de Golfe.
IRRIGAÇÃO PARA PAISAGISMO

A preocupação com o meio ambiente e a utilização


otimizada da água torna os sistemas de irrigação
automatizados para paisagismo de extrema importância
para o uso racional da água e melhoria da qualidade de
vida nas áreas urbanas.

A irrigação para áreas paisagísticas e gramados esportivos


já faz parte da cultura européia e americana há mais de
quarenta anos.

No Brasil, os primeiros trabalhos se iniciaram a apenas a


uma década e, infelizmente, esse tema sequer é abordado
em Cursos da área de Agronomia, Engenharia Agrícola,
Engenharia Civil, Paisagismo e Arquitetura
IRRIGAÇÃO PARA PAISAGISMO

A água é o elemento indispensável para a vida das plantas;


uma boa safra ou a manutenção da beleza ornamental de
qualquer projeto de paisagismo só é possível através de
um perfeito sistema de irrigação.

A Irrigação Automatizada é, basicamente, um sistema


onde culturas, jardins e gramados são irrigados em dias e
horários pré-programados, com a duração de tempo
determinado para atender as necessidades específicas de
cada área e do tipo de vegetação.

Após implantado, cessa a preocupação com a rega pois tal


serviço é executado automaticamente.
IRRIGAÇÃO PARA PAISAGISMO

Para a elaboração do projeto são analisados os seguintes


aspectos:

•Tamanho e forma da área


•Paisagismo a ser implantado
•Horas de radiação direta de cada
área
•Declividade do terreno
•Necessidades hídricas das plantas
•Profundidade efetiva do sistema
radicular das plantas
•Ação de ventos predominantes
•Tipo de solo
•Sombreamento
IRRIGAÇÃO PARA PAISAGISMO

METODOLOGIA DO PROJETO DE IRRIGAÇÃO

1 – Desenhe o plano do seu jardim e passe-o a limpo em papel


milimetrado.
2 – Escolha os aspersores em função da superfície a regar.
3 – Obtenha os dados básicos: Vazão / Pressão.
4 – Divida o seu sistema de irrigação em setores, de acordo com a
vazão disponível e o tipo de rega para cada zona.
IRRIGAÇÃO PARA PAISAGISMO

Feita tais análises passa-se a escolha dos equipamento


necessários à implantação do sistema de irrigação.

Os equipamentos que compõem tal sistema são:

Redes hidráulica, secundária e principal


Emissores de água (sprays, rotores, gotejadores, micro
sprays, borbulhadores)
Rede elétrica
Válvulas solenóides (Registros)
Controladores ("Timers" eletrônicos)
IRRIGAÇÃO PARA PAISAGISMO

As redes hidráulicas a serem utilizadas geralmente são de


PVC ou polietileno nas bitolas dimensionadas em função da
vazão do sistema e da extensão da área a ser irrigada.

Os emissores são os elementos responsáveis pela emissão


de água. Cada modelo possui características específicas. Os
aspersores podem ser sprays, de impacto, rotores entre
outros. Os raios de alcance podem variar de 0,50 m a 46 m.

Podem ser ainda do tipo escamoteáveis, que são instalados


submersos no solo e emergem somente na hora de realizar
a irrigação.
IRRIGAÇÃO PARA PAISAGISMO

As principais vantagens do uso dos aspersores


escamoteáveis são:

Não ferem a estética do paisagismo


Permite trânsito livre sobre os gramados de pedestres e
veículos;
Permitem a poda manual ou mecanizada com absoluta
segurança;
Os aspersores devem ser distribuídos de forma a
proporcionar uma superposição adequada do jato d'água
para garantir uma uniformidade de aplicação da lâmina de
água sobre o terreno;
IRRIGAÇÃO PARA PAISAGISMO

O aspersores conhecidos atualmente são divididos em dois


grandes grupos:

Sprays -São aspersores que podem ser do tipo


escamoteáveis ou aparentes. Possuem o jato de água fixo
em onze opções de ângulos pré-determinados e de
trajetórias variadas, somando um número de 72 opções de
bocais. No caso de serem escamoteáveis eles podem
possuir diferentes alturas de elevação do pop-up (3", 4", 6"
e 12"). Possuem raio de alcance mínimo de 0,60 m e
máximo de 4,5 m.

Podem vir com opcionais para adequação em situações


particulares como válvula anti-drenagem e regulador de
pressão interno. São geralmente utilizados em áreas de
menores dimensões, recortadas e com paisagismo mais
denso.
IRRIGAÇÃO PARA PAISAGISMO

Rotores : São aspersores que também podem ser do tipo


escamoteáveis ou aparentes. Como o próprio nome diz, são
giratórios. Possuem um único jato de água e giram por
meio de turbina de engrenagens, turbina de esferas ou por
impacto de um braço oscilante.

O raio de alcance dos rotores varia 6,5 m até 24 m. São


mais indicados para áreas maiores, com paisagismo de
baixo porte e menor densidade.

Face aos aspectos de raios de alcance e ângulos de atuação


os aspersores garantem que a irrigação seja realizada nos
locais necessários, evitando molhar paredes, muros e
acessos pavimentados gerando, consequentemente, uma
grande economia de água.
IRRIGAÇÃO DE BAIXO VOLUME

A irrigação de baixo volume, com menos disperdício de


água é aquela realizada através de microaspersores,
gotejadores e borbulhadores.

Estes métodos de irrigação são mais indicados para áreas


não gramadas.

A água é aplicada de forma precisa e diretamente na zona


radicular de árvores, arbustos, flores e vasos.

Atualmente tem se observado um leve crescimento em


jardins de residências e edifícios. Além de ser uma grande
alternativa para economia de energia.

A automação é executada através de controladores e


válvulas solenóides.
AUTOMAÇÃO NO PAISAGISMO

A Irrigação Automatizada consiste, basicamente, de um sistema


hidráulico composto por uma casa de bombas que capta a água
de um reservatório (cisterna ou Caixa D’água) e, utilizando uma
rede de dutos, lança água sobre a superfície através de emissores
de rega.

O controlador eletrônico é o cérebro do sistema de


irrigação automatizado. Com ele é possível programar o
horário, ligando e desligando o sistema em tempos
projetados para cada área a ser irrigada (setor).

Hoje, no mercado, existem diversas opções de


controladores para atender demandas específicas.

O nível de automação está tão evoluído que hoje temos


controles remotos para controladores e, para projetos de
maior porte, temos o monitoramento de vários sistemas
através de um computador central integrado a uma
estação meteorológica.
AUTOMAÇÃO NO PAISAGISMO

Os setores são comandados por válvulas solenóides, que


são componentes que respondem a programação do
quadro controlador. Dado o horário programado, elas se
abrem e permitem que a água se direcione aos aspersores
comandados por ela. Após decorrido o tempo programado
ela se fecha.

Existem em vários modelos e tamanhos que são


dimensionadas de acordo com as características do projeto
em questão.
AUTOMAÇÃO NO PAISAGISMO

Acoplado ao sistema existe um sensor de chuvas que


interrompe automaticamente o funcionamento do sistema,
e só permite que o sistema retorne a funcionar quando o
solo estiver novamente necessitando de água.

Além das vantagens e benefícios descritos com a


implantação de um perfeito sistema de irrigação
automatizada é importante ressaltar ainda os aspectos
econômicos, entre eles:

Redução de mão de obra


A eliminação de aquisição de mangueiras e acessórios
Sensível redução do consumo devido ao uso eficiente e
racional da água
Maior produção
Plantas mais saudáveis e bonitas
Valorização da propriedade.

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