Trovadorismo Resumo
Trovadorismo Resumo
Trovadorismo Resumo
3º Ano
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SÉCULOS XII – XIV
Primeira época medieval
VOCABULÁRIO
TROVADORES = Poetas compositores
CANTIGAS = Poesia com acompanhamento musical
PORTUGUÊS ARCAICO = Galego-português
CONTEXTO HISTÓRICO
Feudalismo
Teocentrismo
Cruzadas
Peste negra
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FEUDALISMO
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OBRAS CINEMATOGRÁFICAS
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CRONOLOGIA
Período: séculos XII a XIV
Término: 1418
Nomeação de Fernão
Lopes como guarda-mor
da Torre do Tombo
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Cantigas
Líricas
Cantiga de amor
Cantiga de amigo
Cantigas
Satíricas
Cantiga de escárnio
Cantiga de Maldizer
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CARACTERÍSTICAS DAS
CANTIGAS
Língua galego-português
Tradição oral e coletiva
Poesia cantada e acompanhada por instrumentos
musicais colecionada em cancioneiros
Autores: trovadores
Intérpretes: jograis, segréis e menestréis.
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Cantiga de amor
Origem provençal
Eu lírico masculino
Tratamento dado à
mulher: mia senhor
Expressão da vida da
corte
Convenções do amor
cortês:
Idealização da
mulher;
Vassalagem
amorosa;
Expressão da
coita
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CANTIGA DE AMOR
Cantiga da Ribeirinha Cantiga da Ribeirinha
No mundo non me sei parelha,
mentre me for’ como me vai, No mundo ninguém se assemelha a mim
ca já moiro por vós – e ai! enquanto a minha vida continuar como vai
mia senhor branca e vermelha,
porque morro por vós, e ai
queredes que vos retraia
quando vos eu vi en saia! minha senhora de pele alva e faces rosadas,
Mau dia me levantei, quereis que vos descreva
que vos enton non vi fea! quando vos eu vi sem manto
E, mia senhor, des aquel di’, ai! Maldito dia! me levantei
me foi a mi muin mal, que não vos vi feia (ou seja, a viu mais bela)
e vós, filha de don Paai E, minha senhora, desde aquele dia, ai
Moniz, e bem vos semelha tudo me foi muito mal
d’aver eu por vós guarvaia, e vós, filha de don Pai
pois eu, mia senhor, d’alfaia
Moniz, e bem vos parece
nunca de vós ouve nem ei
valia d’ua correa. de Ter eu por vós guarvaia
(Paio Soares de Taveirós) pois eu, minha senhora, como mimo
de vós nunca recebi
VOCABULÁRIO algo, mesmo que sem valor
retraia: retrate
saia: roupa íntima
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guarvaia: roupa luxuosa
parelha: semelhante
CANTIGA DE AMOR
A dona que eu am’e tenho por senhor Dama que eu sirvo e que muito adoro
amostráde-mh-a Deus, se vos en prazer for, mostrai-ma, ai Deus! Pois que vos
se non, dade-mi a morte. imploro,
Senão, dai-me a morte.
A que tenh’eu por lume destes olhos meus
e por que choran sempr’, amostráde-mh-a, Essa que é a luz dos olhos meus
Deus,
se non, dáde-mi a morte. por quem sempre choram, mostrai-me,
ai Deus!
Senão, dai-me a morte.
Essa que vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, ai Deus!, fazéde-mh-a veer,
se non, dáde-mh a morte. Essa que entre todas fizestes formosa,
mostrai-ma, ai Deus! Onde vê-la eu
Ay Deus, que mi-a fezestes mais ca min possa,
amar, Senão, dai-me a morte.
mostráde-mh-a u possa con ela falar,
se non, dade-mh a morte
A que me fizesse amar mais do que tudo,
Bernardo Bonaval Mostrai-ma e onde posso com ela falar,
Senão, dai-me a morte.
(Bernardo Bonaval)
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INFLUÊNCIA TROVADORESCA NA MÚSICA
BRASILEIRA
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INTERTEXTUALIDADE: AMOR I LOVE
YOU – MARISA MONTE
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POESIA TROVADORESCA
CANTIGAS SATÍRICAS
Cantiga de escárnio
Críticaindireta
Uso da ironia
Cantiga de Maldizer
Críticadireta
Intenção difamatória
Palavrões e xingamentos
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CANTIGA DE ESCÁRNIO
Ai dona fea! foste-vos queixar Ai! dona feia! fostes vos queixar
porque vos nunca louv’ em meu trobar porque nunca vos louvei em meu trovar
mais ora quero fazer um cantar mas, agora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via; em que vos louvarei, todavia;
e vedes como vos quero loar; e vide como vos quero louvar:
dona fea, velha e sandia! dona feia, velha e louca.
Ai dona fea! se Deus mi perdom! Ai! dona feia! que Deus me perdoe!
e pois havedes tan gran coraçon pois vós tendes tão bom coração
que vos eu loe em esta razon, que eu vos louvarei, por esta razão,
vos quero já loar toda via; eu vos louvarei, todavia;
e vedes queal será a loaçon: e veja qual será a louvação:
dona fea, velha e sandia! dona feia, velha e louca!
Dona fea, nunca vos eu loei Dona feia, eu nunca vos louvei
em meu trobar, pero muito trobei; em meu trovar, mas muito já trovei;
mais ora já um bom cantar farei entretanto, farei agora um bom cantar
em que vos loarei todavia; em que vos louvarei todavia;
e direi-vos como vos loarei: e vos direi como louvarei: 23
dona fea, velha e sandia! dona feia, velha e louca!
UMA ARLINDA MULHER
MAMONAS ASSASSINAS
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CANTIGAS DE MALDIZER
Dom Bernaldo (Bernaldo de Bonaval), um
famosos trovador (poeta nobre, pois o
"Dom Bernaldo, pois trazeis
pronome Dom antecedendo seu nome indica
convosco uma tal mulher, isso), vulgarizado pelo autor da cantiga ao ser
chamado de jogral (poeta plebeu): afinal, um
a pior que conheceis poeta que anda com a pior prostituta que
que se o alguazil souber, conhece só pode ser como ela, que “ se vende”
açoitá-la quererá. (lembrando o ditado “dize-me com quem
A prostituta queixar-se-á andas e te direi quem és” ).
e vós, assanhar-vos-ei A cantiga de Pero da Ponte, ainda, tem tom
ameaçador : se o alguazil ( espécie de policial
Vós que tão bem entendeis da época) souber vai querer açoitá-la (observe
o que um bom jogral entende, a insinuação de que Dom Bernaldo se excitará
(assanhar-vos-ei) quando a prostituta estiver
por que demônio viveis apanhando e se queixando por isso), e se
com uma mulher que se vende ? alguém (que pode ser o próprio autor da
cantiga) contar a el-rei, ele vai querer justiçá-
E depois, o que fareis la. E o que Bernardo de Bonaval fará ? Irá
se alguém a El-rei contar contra o alguazil? Contra el-rei? Não. Se
a mulher com quem viveis
ambos souberem que Bernaldo anda com uma
e ele a quiser justiçar? prostituta como aquela, o poeta estará perdido
Se nem Deus lhe valerá, ("muito vos molestará" ): nem Deus poderá
muito vos molestará, salvá-lo (“Se nem Deus lhe valerá”), nada ele
pois valer-lhe não podeis“ poderá fazer a respeito (“valer-lhe não
(Pero da Ponte) podeis”). Se o que a cantiga denuncia for de
conhecimento de muitas pessoas, Bernaldo de
Bonaval, certamente, perderá seu prestígio literário,
político, moral etc. 25
GENI E O ZEPELIN – CHICO BUARQUE
CANTIGA DE MALDIZER
De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato
E também vai amiúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir
Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni 26
AS CRUZADAS
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OS CAMINHOS DAS CRUZADAS
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VESTIMENTA DO HOMEM MEDIEVAL
EUROPEU
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O CLERO
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A NOBREZA
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O POVO
• vestia túnicas simples e blusas.
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OS CAVALEIROS
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OS TROVADORES
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COSTUMES DO HOMEM MEDIEVAL
EUROPEU
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COSTUMES DO HOMEM MEDIEVAL EUROPEU
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A caçada era o esporte preferido da nobreza.
COSTUMES DO HOMEM MEDIEVAL
EUROPEU
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://hipocrates.com.br/quarentena/pre/300320/3sm_literatura_josivan_300320.pdf
https://pt.slideshare.net/clauheloisa/trovadorismo
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/51363/o-trovadorismo-e-as-suas-
caracteristicas-literarias#ixzz3i9TIgkhm.
http://www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2012/11/A-Trovadorismo.png
http://1.bp.blogspot.com/-SlExlihPIV4/U96r9GulfsI/AAAAAAAAD7w/VOhgcGfECc0/s1600/
trovadorismo.jpg - trovadorismo 2
http://mlb-s2-p.mlstatic.com/violo-giannini-trovador-awnt2-anos-70-14490-
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http://www.discosdobrasil.com.br/discosdobrasil/capas/DI00810.JPG
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