Aula 13 - Estruturação de Macroprocessos - Diagramas

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PLANEJAMENTO E

GESTÃO ESTRATÉGICA
Professor Sergio Ventura
FMU
2021
ESTRUTURAÇÃO DE
MACROPROCESSOS:
DIAGRAMAS
Analisar as organizações é necessário, e visando compreender suas
particularidades, verificar se há necessidade de mudanças estruturais.
Uma ferramenta útil para compreensão da operação da mesma como
um todo, pode ser visualizada em seu macroprocesso. Segundo o
empresário e pesquisador Ferruccio, os macroprocessos expressam
o core business da organização, seus processos principais.
Para compreender um macroprocesso de uma empresa podemos
usar o Sistema de Gestão da Qualidade definida pela NBR ISO
9011:2008.
Na figura anterior, podemos notar que mais do que descrever
processos, uma organização mapeada por processos adota um modelo
de gestão com foco em melhoria contínua. Tornando esse o maior
objetivo do mapeamento de processos.
Tipos de organização

A organização tradicional é aquela que fragmenta o trabalho em


atividades específicas cercadas por unidades delimitadas e estáticas.
Possuem um chefe com olhar voltado apenas para sua atividade e não
para a cadeia ao seu redor. O trabalho que resulta nesse pensamento é
de Dreyfus (1995)
Contudo a organização orientada a processos, que é objeto desse texto,
vê suas atividades como um fluxo contínuo de atividades. Todo o
trabalho ou esforço realizado nas empresas faz parte de um processo.
Para que se ofereça um produto ou serviço, que entregue valor ao
cliente interno ou externo, obrigatoriamente existe um processo
empresarial. Visão expressa por Graham e LeBron (1994).
Em um resumo, as novas organizações diferem das anteriores nos
principais pontos seguintes:
Processos, subprocessos, tarefas e atividades

Processos podem essencialmente ser abordados como primários ou de


suporte.

• Processos primários são característicos da própria estratégia de


atuação da empresa na geração produto ou serviço. Genericamente
podem ser citados processos de desenvolvimento de produto, vendas
e distribuição e atendimento de pedidos e de garantia.
• Processos de suporte podem ser elencados como gerenciais ou
organizacionais. Os gerenciais possuem foco em ações de medição e
ajuste do desempenho, definidos por metas, alocação de recursos,
avaliações e a própria gestão das diversas interfaces da comunicação.
E por fim, os processos de suporte organizacionais se destinam aos
clientes internos. Sem estes, é impossível produzir resultados,
contudo, isso é imperceptível ao cliente externo.
Dentro da visão de organização orientada por processos, e processos
avaliados por seu fluxo, surge o chamado subprocesso. O subprocesso
são grupos de atividades que envolvem um mais departamentos.
Entretanto, analisando os processos é difícil entender com clareza o
que um colaborador ou departamento efetua no exercício da função.
Pra ajudar nessas especificações surgem as atividades e tarefas, que
são descritas em Manuais de procedimentos e Procedimentos
Operacionais Padrão (POP).

Assim, as atividades e tarefas são executadas pelo colaborador de


maneira perfeitamente compreensível.
Confira a seguir um gráfico a fim de ilustrar a de maneira compreensível a
aplicabilidade do modelo de macroprocesso.
Um problema detectado pela diretoria, e a cada nível da organização é
atribuída uma responsabilidade pela correção.
COMO MAPEAR PROCESSOS?

O mapeamento de processos começa pela definição como processo-


chave ou processo de apoio. Autores como Porter, Gonçalves, Adair e
Murray citam esses processos com nomes diferentes em suas obras.
Basicamente quando se formula uma organização deve-se documentar
os processos em manuais das unidades de negócio. Por outro lado, se a
organização não efetuou essa etapa é necessário um processo de
reengenharia.
O processo de reengenharia é a chave para descrever todos os
processos da organização. Primando sempre por repensar e reinventar
os procedimentos principais, a motivação pode ser aumentar a
produtividade, reduzir custos ou aumentar o grau de satisfação do
cliente por exemplo. As consequências de um mapeamento são
operacionais, de processos e de negócios.
As consequências operacionais são equipes multifuncionais, com
eliminação de conflitos da ordem hierárquica. A diluição da
responsabilidade torna os colaboradores em um time, produzindo
agilidade e desburocratização nos procedimentos.

Nos processos, há integração e informatização. A aplicação de


inovações tecnológicas promovem grandes mudanças em
determinados setores da organização.
As empresas buscam demonstrar seu modus operandi através de organogramas e
principalmente fluxogramas.

Organogramas

Os organogramas expressam da forma mas sucinta possível a


departamentalização e as pessoas que operam os processos. Segundo
Ballestero-Alvarez (2006), devem ser considerados os seguintes tipos
de organograma:
ORGANOGRAMA POR LINHA
Representa uma leitura simples, normalmente usado por organizações
rígidas na representação de setores. Um exemplo de uso são as
organizações militares.
Comumente, as comunicações são mostradas em linhas horizontais,
com sentido de cima para baixo. Podem ser usadas variantes como
organograma circular ou radial. Tais variantes são empregadas em
empresas com estruturas hierárquicas mais enxutas. Esse tipo de
organograma preserva sempre a posição de maior nível na organização.
ORGANOGRAMA DE ASSESSORIA (Organograma Assessoria Prefeitura Municipal de Santana do Piauí)
É um derivado do organograma de linha porém com uma função de
expressar atividades de apoio. Nesse modelo, as conexões horizontais
começam a aparecer, raras no organograma em linha.
A principal representação que se busca nesse tipo de modelo são as
assessorias. Esses órgãos mostram grupos de colaboradores que
auxiliam os tomadores de decisão. Contudo, não podem ser vistos a
frente das decisões ou no comando direto de funcionários.
ORGANOGRAMA FUNCIONAL
Com base em uma empresa que prima por critério de funções, é criado
um organograma funcional. Representadas portanto, os chefes e seus
respectivos subordinados. Essa estrutura é útil na especialização de
cada departamento.
Mas há uma desvantagem nessa visão: A falta de visão sistêmica nos
processos da organização. Mantendo os funcionários com foco
unicamente em suas tarefas, acaba deixando de ver as necessidades da
organização como um todo.
ORGANOGRAMA MATRICIAL
Considerado o organograma mais complexo, pois pode ser elaborado
com diferentes focos. Ele agrupa formas da empresa ser representada,
como por exemplo os setores e pessoas envolvidos na produção de um
de seus produtos. Sua expressão pode ser ainda com foco em projetos,
clientes e produtos, entre outros.
Fluxogramas

Os fluxogramas são usados na descrição dos processos,


macroprocessos, procedimentos e até tarefas simples. Antes de
compreender os fluxogramas um pouco mais, devemos atentar para as
formas básicas do mesmo.

Os tipos mais comuns de fluxogramas são:


FLUXOGRAMA DE PROCESSOS OU FLOWCHART

É desenho mais simples. Serve


de base para construção de
outros modelos. Expressando as
atividades ao longo do processo
transformando entrada em
saída.
FLUXOGRAMA HORIZONTAL

É uma representação mais


organizada. Esse modelo elenca ao
mesmo tempo os processos e suas
respectivas unidades de produção.
MAPOFLUXOGRAMA

É uma junção de um mapa das unidades produtivas, ou que têm


participação na atividade, e os processos ao longo do tempo. Dessa
forma, é mostrado no mapa da organização as etapas de um produto.
DIAGRAMA SISTEMÁTICO UML

É a tentativa de sistematizar o mapeamento de processos, onde UML


significa Linguagem de Modelagem Unificada. Com larga utilização em
gestão de negócios e programação, emprega estrutura,
comportamento e interações dos processos.
BPMN OU BUSINESS PROCESS MODEL AND NOTATION - É
uma das modelagens que possuem uma instituição normativa oficial.
Nele é utilizada a seguinte notação:

• Objetos de fluxo – São mostrados Atividades, Eventos e Gateways.


Elenca o que fazer, o pedido de início e pontos de desvio que
determinam se o processo seguirá.
• Objetos de conexão – Fluxos de conexão, Fluxos de mensagem e
Associação. Que demonstram ordem de execução da tarefa,
mensagens que influenciam as tarefas, e conexão de objetos de fluxo.
• Swin lanes – Piscinas representam processos e participantes do
mesmo. Com suas respectivas raias que simbolizam papéis, áreas e
responsabilidades .
• Artefatos – São descritivos, que são como comentários sobre
determinada atividade, e visam fornecer informações aprofundadas
sobre o mesmo.
• Objetos de dados – Descreve como os dados podem ser manipulados,
e podem ser saída, entrada, data store e data object.
Por fim, entendemos o quanto o mapeamento de processos é
importante nas organizações e como pode impactar o modo de
operação em vários aspectos. Sendo relevante sua constante revisão e
aprimoramento em busca de resultados tanto ao cliente externo
quanto ao interno.
Vídeo Ilustrativo ao tema:

https://www.youtube.com/watch?v=O_1pfi0fGpw&t=65s
FIM

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