Aula Receitas Pblicas

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INTRODUÇÃO À

AUDITORIA PÚBLICA E
GOVERNAMENTAL
DOCENTE: MSC. IGOR THIERRY SILVA DONATO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

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Semestre 2024.1
Introdução - Orçamento Público
Receitas Públicas

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RECEITAS

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Orçamento público
Receita Pública

A receita constitui o principal ativo do governo, pois representa recursos


externos que garantem o cumprimento de suas obrigações e contribui para a
melhoria da sua condição financeira.

(JACOB; HENDRICK, 2013)

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Orçamento público
Receita Pública
DEFINIÇÃO:

Entre os recursos que o Estado aufere, há as entradas que se incorporam de


forma definitiva ao patrimônio e aquelas que são restituíveis no futuro, No
primeiro grupo, há as Receitas Públicas e no segundo, os ingressos públicos, cuja
característica é a de restituir futuramente, pois são simples movimentos de
fundos.

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Orçamento público

POTENCIAL DO
GOVERNO EM
RECEITA OBTER RECURSOS
PRÓPRIA

TRANSFERÊNCIAS

CAPACIDADE DE
FORNECER
SERVIÇOS À
COMUNIDADE

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Orçamento público
Receitas quanto à Categoria Econômica
Lei 4.320/64
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas:

RECEITAS CORRENTES RECEITAS CAPITAL

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Orçamento público
Receitas Correntes

Receitas arrecadadas no exercício financeiro que aumentam as disponibilidades financeiras do


Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido. São exemplos de receitas
correntes: a receita tributária, a receita de contribuições, a receita patrimonial, a receita
agropecuária, a receita industrial, a receita de serviços e outras.
“§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de
contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e
outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos
de outras pessoas de direito público ou privado, quando
destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas
Correntes.”

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Orçamento público

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Orçamento público
Receitas de Capital

São as Receitas que aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e não provocam efeito
sobre o patrimônio líquido. São exemplos as receitas provenientes da realização de recursos
financeiros oriundos de constituição de dívidas e as receitas da conversão em espécie de bens e
direitos.

“§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos


financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em
espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de
direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis
em Despesas de Capital , ainda, o superavit do Orçamento Corrente.”

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Orçamento público
São destinadas ao atendimento das Despesas de Capital. Dividem-se em:
Operações de Crédito - financiamentos obtidos dentro e fora do País; recursos captados de
terceiros para financiar obras e serviços públicos. Exemplos: colocação de títulos públicos,
contratação de empréstimos e financiamentos, etc;
Alienação de Bens - provenientes da venda de bens móveis e imóveis;
Amortização de Empréstimos - provenientes do recebimento do principal mais correção
monetária, de empréstimos efetuados a terceiros;
Transferência de Capital - recursos recebidos de outras entidades para aplicação em despesas
de capital. O recebimento desses recursos não gera nenhuma contraprestação direta em bens e
serviços;
Outras Receitas de Capital - envolvem as receitas de capital não classificáveis nas anteriores.

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Orçamento público

INSTITUIÇÃO REQUISITOS DA
RESPONSABILIDADE
NA GESTÃO FISCAL
A Lei de
Responsabilidade PREVISÃO
Fiscal, Art. 11.
EFETIVA
ARRECADAÇÃO

CONDIÇÃO FINANCEIRA
GOVERNAMENTAL

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Orçamento público
Tributos e suas funções – Receita Pública

A divisão tributária mais eficiente é aquela em que os tributos de natureza


progressiva incidentes sobre a renda ficam a cargo do governo central. Os
Estados ficam com os impostos sobre o consumo, enquanto que os governos
locais arrecadam os impostos imobiliários e as taxas de uso.

(MUSGRAVE E MUSGRAVE, 1983)

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FONTES DE RECEITAS

 União: II, IE,IR, IPI, IOF, ITR;


*Contribuições sociais;

 Estados: ICMS, IPVA, ITCD, Contribuição


Seguridade social servidores, Taxas;

 Municípios: ISS IPTU


, ,ITBI, Taxas e
Contribuições de Melhorias;
* Transferências intergovernamentais;

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Orçamento público
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou


potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados


segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar,
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos
e as atividades econômicas do contribuinte.

§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

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Orçamento público
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade


pública, de guerra externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante


interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

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Orçamento público
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais
ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto
no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição,


cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da
contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

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Orçamento público
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir
contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de
iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere


o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.

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Orçamento público
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar

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FONTES DE RECEITAS

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FONTES DE RECEITAS
ORIGEM ORÇAMENTO INICIAL ORÇAMENTO ATUALIZADO %

CONTRIBUIÇÕES R$792.634.516.777,00 R$792.634.516.777,00 54,70%

IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA R$506.229.240.505,00 506.229.240.505,00 34,93%

PATRIMONIAL R$83.240.105.353,41 R$83.240.105.353,41 5,74%

RECEITA DE SERVICOS R$37.076.482.979,43 R$37.076.482.979,43 2,56%

OUTRAS RECEITAS CORRENTES R$27.590.593.594,00 R$27.590.593.594,00 1,90%

Outros R$2.376.524.663,00 R$2.376.524.663,00 0,16%

Total R$1.449.147.463.871,84 R$1.449.147.463.871,84 100%

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FONTES DE RECEITAS

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir


impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou
direitos;
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;
III - propriedade de veículos automotores.

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FONTES DE RECEITAS
ORÇAMENTO ORÇAMENTO
ORIGEM %
INICIAL ATUALIZADO

CONTRIBUIÇÕES R$1.555.752.000,00 R$1.555.752.000,00 12,62%

RECEITAS TRIBUTÁRIAS R$4.275.787.000,00 R$4.275.787.000,00 34,70%

PATRIMONIAL R$133.386.000,00 R$133.386.000,00 1,08%

RECEITA DE SERVICOS R$71.416.000,00 R$71.416.000,00 0,58%

OUTRAS RECEITAS CORRENTES R$386.948.000,00 R$386.948.000,00 3,14%

Total R$12.323.120.000,00 R$12.323.120.000,00 100%

Governo do Estado do RN- Balanço Consolidado 2017

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FONTES DE RECEITAS

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:


I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como
cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art.
155, II, definidos em lei complementar.
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FONTES DE RECEITAS
ORÇAMENTO ORÇAMENTO
ORIGEM %
INICIAL ATUALIZADO

CONTRIBUIÇÕES R$202.178.000,00 R$202.178.000,00 8,09%

RECEITAS TRIBUTÁRIAS R$614.477.000,00 R$614.477.000,00 24,58%

PATRIMONIAL R$62.517.000,00 R$63.290.358,51 2,53%

RECEITA DE SERVICOS R$10.318.000,00 R$10.318.000,00 0,41%

OUTRAS RECEITAS CORRENTES R$209.819.570,79 R$211.660.337,79 8,47%

Total R$2.473.902.570,79 R$2.499.883.098,24 100%

Prefeitura do Natal- Balanço orçamentário 2017

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FONTES DE RECEITAS

Art. 154. A União poderá instituir:

I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo


anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta
Constituição;

II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos


extraordinários, compreendidos ou não em sua competência
tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as
causas de sua criação

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FONTES DE RECEITAS

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FLUXO DAS TRANSFERÊNCIAS
CONSTITUCIONAIS
Esses repasses governamentais representam um dos mais importantes
instrumentos de análise financeira governamental. De acordo com Shah (2007, p.
225), os objetivos das transferências fiscais são vários, não havendo um padrão
uniforme de transferências aceito universalmente. As justificativas para a
ocorrência de transferências estão fundamentadas nos seguintes aspectos:
Os bens e serviços públicos são
prestados pelos governos locais, mas São também necessárias quando há
estes não têm a capacidade fiscal diferença fiscal entre os governos
para financiá-los em padrões regionais.
considerados adequados;
Essas transferências devem ser
feitas quando existem
externalidades associadas aos
serviços prestados;
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FLUXO DAS TRANSFERÊNCIAS
CONSTITUCIONAIS

Fonte: Receita Federal do Brasil

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FLUXO DAS TRANSFERÊNCIAS
CONSTITUCIONAIS

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COMPONENTES DA RECEITA

BASE ECONÔMICA

BASE DA RECEITA
CAPA
CIDA RECEITA
DE
ECON
ARRECADADA
ÔMIC CAPACIDADE
A
FISCAL
RESERVA DE
RECEITA

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BASE ECONÔMICA
A base econômica mede a capacidade dos indivíduos e
das empresa localizadas em determinada região de
fornecer receita ao governo contribuindo para a solidez
da condição financeira.

COMÉRCIO E
NÍVEL DE
RENDA INDÚSTRIAS
EMPREGO LOCAIS
CARACTERÍSTICAS
TENDÊNCIA DA CONDIÇÕES DAS
SOCIOECONÔMICAS
POPULAÇÃO DOS RESIDENTES
MORADIAS

NÍVEL DE VENDAS NÚMERO DE PERMISSÕES PARA


A VAREJO TURISTAS CONSTRUÇÕES

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BASE DA RECEITA

A base da receita, também denominada


de base tributária, representa o
conjunto de todas as fontes de recursos RENDA
produzidas pela economia que podem
ser legalmente exploradas pelo
governo para produzir receita.
CONSUMO

CRESCIMENTO DA DESENVOLVIMENTO
POPULAÇÃO ECONÔMICO
RIQUEZA DA POPULAÇÃO

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BASE DA RECEITA
A base da receita representa a fonte direta da
capacidade fiscal da jurisdição, ou seja os recursos
potenciais para financiar as necessidades da
comunidade.

BASE DA RECEITA

Johnson e Roswick (1991)

36
BASE DA RECEITA

IPTU

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CAPACIDADE FISCAL

Montante máximo de recursos que um governo pode


obter, acima dos limites atuais de arrecadação, com a
exploração plena da sua base de receita.

É preciso tirar proveito da realidade econômica da sua


região e enfrentar as restrições políticas e legais
impostas sobre a incidência dos tributos.

38
CAPACIDADE FISCAL
Berne e Schramm (1986): a abordagem apresenta que a capacidade fiscal dos governos é medida
observando-se três condições básicas:

 Restrições Legais: limitações impostas pelas leis.

Exemplo: Município X
Propriedades:100 milhões
Alíquota do IPTU: 1%
Capacidade Fiscal: R$ 100.000.000,00 X 1% = R$ 1.000.000,00

39
CAPACIDADE FISCAL

Exemplo:

40
RECEITA ARRECADADA
Objetiva identificar o comportamento da arrecadação ao longo do
tempo, visando verificar o grau de importância de cada espécie de
receita, bem como comparar o desempenho do governo com outros
similares.

BASE RECEITA
ECONÔMICA ARRECADADA
BASE DA BASE
RECEITA ECONÔMICA
RECEITA BASE DA
ARRECADADA RECEITA

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RESERVA DE RECEITA
CAPACIDADE FISCAL > RECEITA ARRECADADA

Conhecer a reserva de receita é importante para subsidiar decisões sobre a


capacidade de endividamento e sobre as necessidades sociais ainda não
atendidas.
Quanto maior a reserva de receita de um governo, maior a probabilidade de
esse governo extrair receitas adicionais de sua base de receita sem provocar
consequências adversas.

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RELACIONAMENTO DOS COMPONENTES DA
RECEITA

RECEITA RESERVA DE
ARRECADADA RECEITA

CAPACIDADE FISCAL
BASE DE RECEITA
BASE ECONÔMICA
Fonte: Adaptada de Berne e
Schramm (1986, p. 99).
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RELACIONAMENTO DOS COMPONENTES DA
RECEITA

MÉTODOS PARA RIQUEZA DA


EXPLORAR A BASE COMUNIDADE
ECONÔMICA BASE
FINANCEIRA
DO GOVERNO

BASE DE RECEITA
BASE ECONÔMICA

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RELACIONAMENTO DOS COMPONENTES DA
RECEITA

MÁXIMO DE CAPACIDADE RIQUEZA DA


RECURSOS PARA COMUNIDADE
PRODUZIR
RECEITA

CAPACIDADE FISCAL

BASE ECONÔMICA

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RELACIONAMENTO DOS COMPONENTES DA
RECEITA

MÉTODOS PARA RECEITAS NO


MÁXIMO DE
EXPLORAR A BASE RECURSOS LIMITE DE
ECONÔMICA SUA
CAPACIDADE
FISCAL

CAPACIDADE FISCAL
BASE DE RECEITA

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RELACIONAMENTO DOS COMPONENTES DA
RECEITA

DINHEIRO MÉTODOS PARA


EXPLORAR A BASE
ECONÔMICA
RESERVA DE
RECEITA RECEITA
ARRECADADA

CAPACIDADE FISCAL

47
Contato
[email protected]
[email protected]

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