Filosoia Medieval
Filosoia Medieval
Filosoia Medieval
A
QUEM NÃO SE ILUMINA COMO ESPLENDOR DE
TODAS AS COISAS CRIADAS, É CEGO. QUEM
NÃO DESPERTA COM TANTOS CLAMORES, É
SURDO. QUEM, COM TODAS ESSAS COISAS, NÃO
SE PÕE A LOUVAR A DEUS, É MUDO. QUEM, A
PARTIR DE INDÍCIOS TÃO EVIDENTES, NÃO
VOLTA A MENTE PARA O PRIMEIRO PRINCÍPIO, É
TOLO”
SÃO B O AV E N T U R A
TENDE CUIDADO, PARA QUE NINGUÉM VOS
FAÇA PRESA SUA, POR MEIO DE FILOSOFIAS E
VÃS SUTILEZAS, SEGUNDO A TRADIÇÃO DOS
HOMENS, SEGUNDO OS RUDIMENTOS DO
MUNDO, E NÃO SEGUNDO CRISTO.”
COLOSSENSES 2:8
INTRODUÇÃO
O ambiente helenista cria uma nova cultura, linguagem, comportamento e ideal de
homem e, em virtude das novas circunstâncias socio-políticas, com a conquista de
Alexandria e o poderio de Roma, domina o Ocidente. Até mesmo Marco Aurélio pensa
como romano, mas escreve em grego! Dessa forma, o helenismo penetra a cultura
romana e vice-versa, e terá, no cristianismo, sua mais contundente influência de
pensamento. Por sua vez, o cristianismo transformará espiritualmente o mundo.
• O HELENISMO FORNECE O PANO DE FUNDO POLÍTICO E
CULTURAL QUE PERMITE A APROXIMAÇÃO ENTRE A
CULTURA JUDAICA E A FILOSOFIA GREGA, O QUE
PROPICIARÁ MAIS TARDE O SURGIMENTO DE UMA
FILOSOFIA CRISTÃ.
•O Logos joanino será apresentado como a revelação de Deus na pessoa de Jesus de Nazaré.
•João pretende apresentar Jesus desde toda a eternidade, superando até mesmo o livro de
Genesis, pois, não inclui Jesus como obra criada por Deus, mas sim, como co-autor ao lado
do Pai em toda a obra da criação.
• FÍLON ESTAVA CONVENCIDO DE QUE A FÉ JUDAICA E A FILOSOFIA GREGA COINCIDIAM EM DIVERSOS PONTOS, EM ESPECIAL NA BUSCA DA
VERDADE.
• ATRAVÉS DA EXEGESE FÍLON REVELA UM SIGNIFICADO NAS PALAVRAS BÍBLICAS QUE VÃO ALÉM DO SIGNIFICADO IMEDIATO E LITERAL.
ESTE MODO DE INTERPRETAÇÃO VAI SER MUITO UTILIZADO PELA PATRÍSTICA. ELE TENTA CONCILIAR A FILOSOFIA GREGA E O JUDAÍSMO,
MAS NEM OS GREGOS NEM OS JUDEUS ACEITARAM MUITO BEM A SUA OBRA, QUE SOMENTE FOI RECONHECIDA E APROVADA PELOS
PRIMEIROS CRISTÃOS.
• PARA ELE EXISTE UM DEUS ÚNICO, INCORPÓREO E QUE NÃO TEM PRINCÍPIO. DEUS CRIOU O LOGOS, QUE É A ATIVIDADE INTELECTIVA DE
DEUS, E AO LOGOS DEVEMOS A CRIAÇÃO DO MUNDO. O LOGOS É O QUE ESTÁ ENTRE DEUS E OS HOMENS, É O INTERMEDIÁRIO DA RELAÇÃO
ENTRE OS DOIS. O LOGOS É O SER MAIS ANTIGO, O PRIMEIRO A SER CRIADO POR DEUS E É TAMBÉM A SUA IMAGEM.
• PARA SE UNIR A DEUS O HOMEM TEM QUE SE LIBERTAR DA SUA LIGAÇÃO COM O CORPO.
UMA FILOSOFIA
CRISTÃ
AS CONTRIBUIÇÕES FILOSÓFICAS DO
CRISTIANISMO
•O conceito de monoteísmo que substitui o politeísmo grego (essa passagem já ocorre com o
judaísmo e se consolida ainda mais com o cristianismo e posteriormente com a institucionalização
da religião cristã).
•O criacionismo a partir do nada, que faz o ser depender de um ato da vontade de Deus, e que se
contrapõe à proibição de Parmênides da geração do ser a partir do não ser.
•Uma interpretação da lei moral diretamente ligada à vontade de Deus: Deus seria a fonte definitiva
da lei moral e o dever do homem estaria em obedecer seus mandamentos. Para o grego, ao
contrário, a lei teria o seu fundamento na natureza e a ela também Deus estaria vinculado.
•Tal inversão não diz respeito apenas ao tema do amor, mas a toda a série dos valores dos
gregos, que o cristianismo ilumina sobre a base do discurso das bem-aventuranças, em que
se privilegia a dimensão da humildade e da mansidão;
FÉ E RAZÃO
• A razão é vista como uma qualidade inata, criada por Deus –um dom, uma luz concedida ao
homem para que ele possa discernir o conhecimento do bem e do mal.
• O cristianismo (a fé) busca na razão uma compreensão mais ampla e elaborada dos mistérios
da fé.
• Não basta crer . As verdades professadas pela fé precisam ser demonstradas pela filosofia –
baseada em princípios lógicos da razão.