Fertilidade de Solos e Nutrição de Plantas

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Instituto Politécnico Familiar Rural de Mecubúri

Realizar o Maneio da Fertilidade de


Solos e de Nutrição de Plantas
CV4 em Agropecuária
APRESENTAÇÃO DO
MÓDULO
REALIZAR O MANEIO DA
FERTILIDADE DE SOLOS E DE
• CRÉDITOS: 6,
NUTRIÇÃO DE PLANTAS
• HORAS: 60HS

• RESULTADOS DE APRENDIZAGEM: 3

• EXAMES/ AVALIAÇÕES: 3 (1 TESTE ESCRITO, 1 PRATICO-ESCRITO, 1


PRATICO)

• ALCANÇA O CANDIDATO QUE TIVER: MÍNIMO 80% NOS TESTES ESCRITOS,


E 100 % NOS TESTES PRÁTICOS

• FORMADOR: PEDRO HILÁRIO NOVA

• EMAIL: [email protected]

• CONTACTOS: 840322000 (WHATSAPP) / 870322000


APRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS DE
COMPETÊNCIA/RESULTADOS DE APRENDIZAGEM

1. DEMONSTRAR COMPREENSÃO SOBRE AS PROPRIEDADES FÍSICAS,


MECÂNICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS DO SOLO E O SEU IMPACTO NO
CRESCIMENTO DAS PLANTAS;

2. APLICAR NUTRIENTES, USANDO EQUIPAMENTO ESPECIALIZADO;

3. IMPLEMENTAR A PREPARAÇÃO E A CORRECÇÃO DO SOLO


ACTIVIDADES

• EM GRUPO DE 6 ELEMENTOS, OS FORMANDOS VÃO FAZER


COMPOSTO ORGÂNICO (PILHAS DE COMPOSTAGEM) QUE
SERÁ USADA PARA MELHORAR OS SOLOS DO SEU
INSTITUTO.
• O FORMANDO VAI REALIZAR UMA AVALIAÇÃO FORMATIVA
DE 30MINUTOS, PARA FAZER UM UPGRADE DA MATÉRIA
ESTUDADA NO CV3 NO MODULO DE IFS.
ELEMENTO DE COMPETÊNCIA 1:
• DEMONSTRAR COMPREENSÃO SOBRE AS PROPRIEDADES FÍSICAS,
MECÂNICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS DO SOLO E O SEU IMPACTO NO
CRESCIMENTO DAS PLANTAS
PROPRIEDADES DO
SOLO
TEXTURA, ESTRUTURA, POROSIDADE, COR,
CONSISTÊNCIA, ETC.
TEXTURA DO SOLO
TEXTURA
É expressa pela proporção dos componentes granulométricos da
fase mineral do solo, areia, silte e argila.

• Argila (< 0,002 mm)

 Silte (0,002 - 0,05 mm)

 Areia fina (0,05 - 0,2 mm)

 Areia grossa (0,2 - 2 mm)

Deve ser observada em campo, mas seu valor definitivo é dado


pela análise granulométrica, realizada em laboratório.
ESTRUTURA DO SOLO
ESTRUTURA
• É o arranjo estabelecido pela ligação das partículas primárias do
solo entre si por substâncias diversas encontradas no solo, como
matéria orgânica, óxidos de ferro e alumínio, carbonatos, sílica,
etc.

• Este arranjo dá origem aos agregados ou peds, que são unidades


estruturais separadas entre si por superfícies de fraqueza. A
estrutura tem grande influência no desenvolvimento de plantas
no solo, como sistema radicular, armazenamento e
disponibilidade de água e nutrientes e resistência à erosão.
ESTRUTURA

• A estrutura é caracterizada conforme três aspectos:

 Tipo: laminar, prismática, colunar, blocos angulares, blocos


subangulares, granular;

 Tamanho: muito pequena, pequena, média, grande muito grande;

 Grau de desenvolvimento: solta, fraca, moderada, forte.


COR DO SOLO
COR
• É de fácil identificação e possibilita fazer inferências a
respeito do conteúdo de matéria orgânica, tipos de óxidos
de ferro, processos de formação, dentre outros.

• Para que se tenha um padrão de identificação de cor do


solo, utiliza-se a carta de cores de munsell (munsell color
charts), que considera as variações da cor em escalas de
três componentes: matiz, valor e croma.
COR

carta de cores de munsell


CONSISTÊNCIA DO
SOLO
CONSISTÊNCIA
A consistência diferencia a adesão e coesão de partículas do
solo, que podem variar em função da textura, matéria orgânica
e mineralogia e deve ser observada em campo em três
condições de umidade:

1. CONSISTÊNCIA DO SOLO SECO (DUREZA)

2. CONSISTÊNCIA DO SOLO HÚMIDO (FRIABILIDADE)

3. CONSISTÊNCIA DO SOLO MOLHADO (PLASTICIDADE


E PEGAJOSIDADE)
CONSISTÊNCIA DO SOLO SECO
(DUREZA)
• A expressão da consistência quando o solo está
seco (dureza) é a resistência à ruptura dos torrões.
• Para determinar a dureza pega-se um torrão de
solo, a fim de tentar quebrá-lo com os dedos, ou, se
não for possível, com a(s) mão(s). A consistência
do solo seco varia de solta até extremamente dura
CONSISTÊNCIA DO SOLO HÚMIDO
(FRIABILIDADE)
• É também determinada a partir de um torrão de
solo, mas este deve estar ligeiramente húmido (não
molhado).
• Tenta-se romper o torrão húmido com os dedos (ou
se necessário com a mão), para verificar a
resistência à pressão. Este estado de consistência é
conhecido como friabilidade e pode variar de solta
a extremamente firme.
CONSISTÊNCIA DO SOLO MOLHADO
É CARACTERIZADA PELA PLASTICIDADE E PEGAJOSIDADE, E
DETERMINADA EM AMOSTRAS:
• A plasticidade é observada quando o material do solo, no estado molhado, ao
ser manipulado, pode ser modelado constituindo diferentes formas (por
exemplo, moldar e dobrar um fio com 3 a 4 mm). A plasticidade varia de não
plástica até muito plástica .A plasticidade do solo é uma propriedade muito
utilizada pelos professores de artes, mas é útil ao engenheiro civil, ao artesão e
ao agricultor.
• A pegajosidade refere-se à aderência do solo a outros objetos, quando
molhado. Para se determinar a pegajosidade, uma amostra de solo é molhada e
comprimida entre o indicador e o polegar, estimando-se a sua aderência. A
pegajosidade varia de não pegajosa (não gruda nos dedos) até muito pegajosa.
POROSIDADE DO
SOLO
POROSIDADE
• A porosidade é visualizada no perfil de solo e deve ser
descrita conforme a quantidade e o tamanho dos poros.

 Quantidade: poucos, comuns ou muitos (maior ou


menor);

 Tamanho: pequenos, médios grandes ou muito grandes


(macro ou micro).
ACTIVIDADE 1
TENDO LEMBRADO DAS PROPRIEDADES DOS SOLOS, EM GRUPO DE 6
ELEMENTOS FAÇA UMA ANÁLISE MINUCIOSA E EXPLIQUE:

 O IMPACTO DAS PROPRIEDADES DO SOLO DA NUTRIÇÃO DE PLANTAS;

 O IMPACTO DAS PROPRIEDADES DO SOLO DA PREPARAÇÃO DO SOLO.


FERTILIDADE DO SOLO E
NUTRIÇÃO DAS PLANTAS
FERTILIDADE
DO SOLO
FERTILIDADE DO SOLO
• Pode definir-se como, a capacidade do solo em fornecer as plantas os
nutrientes assimiláveis essenciais na quantidade e proporções adequadas ao
seu crescimento e desenvolvimento, na ausência de substâncias tóxicas, que
os possam inibir.
• 60% da produtividade agrícola depende da fertilidade do solo.
LEIS DA FERTILIDADE DE SOLO OU DAS
ADUBAÇÕES

• Os princípios da adubação são provenientes de três leis fundamentais:

• LEI DA RESTITUIÇÃO;
• LEI DO MÍNIMO E
• LEI DO MÁXIMO:
LEI DA RESTITUIÇÃO
• Baseia-se na necessidade de restituir ao solo
aqueles nutrientes absorvidos pelas plantas e
exportados com as colheitas, também daqueles
perdidos do solo, por erosão, lixiviação, fixação,
volatilização, etc.”(Voisin, 1973)
LEI DO MÍNIMO OU DE LIEBIG

“O rendimento de uma colheita é limitado pela ausência de qualquer um


dos nutrientes essenciais, mesmo que todos os demais estejam disponíveis
em quantidades adequadas”.
LEI DO MÁXIMO

• “O excesso de um nutriente no solo reduz a


eficácia de outros e, por conseguinte, pode
diminuir o rendimento das colheitas.”(Voisin).
Nesse caso, é o excesso que limita ou prejudica a
produção”
NUTRIÇÃO DAS PLANTAS
NUTRIÇÃO DAS PLANTAS
• O estudo da nutrição das plantas estabelece, quais são os elementos
essenciais para o ciclo de vida das plantas, como são absorvidos,
transloucados e acumulados, as suas funções, exigências e os distúrbios
que causam, quando em quantidades deficientes ou excessivas.

A planta não escolhe o que absorve e por essa razão, podemos encontrar
na sua composição nutrientes (N, K, P, Ca, Mg, etc.), Não nutrientes e até
mesmo, alguns elementos químicos tóxicos.
NUTRIÇÃO DAS PLANTAS
• Assim, o termo fertilidade está associado ao solo e a nutrição,
por sua vez, diz respeito a planta. As duas coisas estão
intimamente ligadas e uma boa fertilidade do solo conduzira a
uma boa nutrição das plantas.

• A cultura, dará sempre sinais de como está o solo. “É como se


fosse uma pessoa, ou seja, se ela se alimenta corretamente estará
com aspeto saudável, caso contrário, manifestações visíveis,
mostram que ela não se encontra bem.”
NUTRIÇÃO DAS PLANTAS

• É impossível ter uma cultura bem nutrida com um solo


pouco fértil, mas é possível ter um solo fértil e uma planta
com deficiências de nutrientes, ficando este facto, a dever-
se a diversos fatores:
NUTRIÇÃO DAS PLANTAS
i) Quando existe algum elemento toxico no solo;

ii) Solo compactado (compactação característica do próprio solo, ou provocada);

iii) Doenças e pragas do solo, que afetam o crescimento das raízes;

iv) Presença de nematódos no solo;

v) Deficiência hídrica, o que conduz a uma redução da absorção dos nutrientes;

vi) Deficiente crescimento inicial da planta, originando raízes mal formadas.


Nutrição das Plantas

Nesse caso:
NUTRIÇÃO
Nutrição de planta estudaDAS PLANTAS
a relação entres elementos
químicos no solo e o desenvolvimento, ou não
desenvolvimento da planta.
A absorção e o suprimento de elementos químicos requeridos
para o crescimento e metabolismo, podem ser definidos como
nutrição.
NUTRIENTE
NUTRIENTE ESSENCIAIS
Quanto ao nutriente, este é definido como um elemento químico essencial às plantas, ou
seja, sem ele a planta não vive. Para que um elemento químico seja considerado
nutriente, é preciso atender critérios de essencialidade:

a) O elemento participa de algum composto ou de alguma reação, sem a qual a planta


não vive;

b) Na ausência do elemento a planta não completa o seu ciclo de produção (vegetativo


e reprodutivo).

c) O elemento não pode ser substituído por nenhum outro.

d) O elemento deve ter um efeito direto na vida da planta e não exercer apenas o papel
de, com sua presença no meio, neutralizar efeitos físicos, químicos ou biológicos
desfavoráveis ao vegetal.
NUTRIENTE ESSENCIAIS
A literatura mundial considera dezesseis elementos químicos como
nutrientes de plantas.

A natureza, gratuitamente o gás carbônico (co2), a água (h2o) e a energia


solar necessários ao processo de fotossíntese. Nesse caso ela fornece o C,
H e O.

Porém uma planta completar o seu ciclo precisa dos demais nutrientes
minerais:
NUTRIENTES ESSENCIAIS
Os Macronutrientes: Os Micronutrientes:
Nitrogénio (N) Ferro (Fe)
Fosforo (P) Manganes (Mn)
Potassio (K) Zinco (Zn)
Calcio (Ca) Cobre (Cu)
Magnesio (Mg) Boro (B)
Enxofre (S) Cloro (Cl) e Molibdenio (Mo).
TPC

QUAIS MÉTODOS SÃO USADOS PARA REALIZAR-SE A O


DIAGNOSTICO NUTRICIONAL NAS PLANTAS?
DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
DAS PLANTAS
MÉTODOS USADOS NOA
DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
DAS PLANTAS
Para a determinação da deficiência e ou excesso de nutrientes na planta
não usados vários métodos dos quais destacam-se os seguintes:

a) Diagnose visual;

b) Analise foliar;

c) Analise do solo.
DIAGNOSE VISUAL

• A diagnose visual consiste em se comparar visualmente o


aspecto (coloração, tamanho, forma) da amostra (planta,
ramos, folhas) com o padrão. Na maioria das vezes o órgão
de comparação e a folha, pois é aquele que melhor reflete o
estado nutricional da planta.
DIAGNOSE VISUAL

Deve-se ressaltar, que o sintoma visual de deficiência ou


toxidez, e o último passo de uma série de problemas
metabólicos, irreversíveis, e que quando aparecem, de
maneira geral, a produção já foi comprometida. Pode haver
situações em que o crescimento e a produção são limitadas,
sem que a sintomatologia típica se manifeste. Trata-se então
da chamada “fome ou toxidez oculta”, e ocorre quando a
carência ou excesso são mais leves.
INDICAÇÕES PRÁTICAS, DA DIAGNOSE
VISUAL
Fatores bióticos e abióticos podem induzir sintomas parecidos com os
nutricionais, citando-se:

 Pragas,

 Doenças,

 Climáticos (sol, ventos frios, seca),

 Físicos do solo (compactação, afloramento de rocha, alagamento),

 Toxidez por produtos químicos (herbicidas, defensivos).

Portanto, na prática da diagnose visual deve-se sempre considerar algumas


indicações, que permitem minimizar a possibilidade de enganos no
diagnóstico:
INDICAÇÕES PRÁTICAS, DA DIAGNOSE
VISUAL

a) Generalização do sintoma - se o sintoma visual for de origem nutricional, o


mesmo aparece generalizado em todas as plantas da talhão, não o fazendo em uma
ou outra planta.

Os sintomas de origem nutricional apresentam duas características não apresentadas


pelos de origem não nutricional:

▪ Simetria - os sintomas de origem nutricional ocorrem de maneira simétrica


na folha e entre folhas do mesmo par ou próximas no ramo, e aparecem
independente da face de exposição da planta.

▪ Gradiente - refere-se às diferenças de coloração entre folhas velhas e novas


do ramo, devido à redistribuição dos nutrientes na planta .
INDICAÇÕES PRÁTICAS, DA
DIAGNOSE VISUAL
REDISTRIBUIÇÃO DOS NUTRIENTES E OS ÓRGÃOS ONDE OS
SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA OCORREM PRIMEIRO.

Sintomas visuais de
deficiência ocorre:

Nutrientes Redistribuição
N, P, K e Mg móveis folhas velhas

S, Cu, Fe, Mn, pouco móveis folhas novas


Zn e Mo

B e Ca imóveis folhas novas e meristemas


REDISTRIBUIÇÃO DOS NUTRIENTES E OS ÓRGÃOS ONDE OS
SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA OCORREM PRIMEIRO
IDENTIFICAÇÃO DOS SINTOMAS DE DEFICIÊNCIAS (-) E EXCESSOS
(+).
Sintoma
Causa mais provável
Folhas ou órgãos mais velhos
1. Clorose em geral uniforme (dicotidelôneas) -N
2. Cor verde azulada com ou sem amarelecimento das margens -P
3. Clorose e depois necrose das pontas e margens; clorose
-K
internerval nas folhas novas (monocotiledôneas)
4. Clorose internerval seguida ou não da cor vermelho-roxa - Mg
5. Murchamento (ou não), clorose e bronzeamento - Cl
6. Clorose uniforme, com ou sem estrangulamento do limbo e
- Mo
manchas pardas internervais; encurvamento (ou não) do limbo
7. Cor verde azulada com ou sem amarelecimento das margens + Al
8. Pontuações pequenas e pardas perto das nervuras; coalescência,
encarquilhamento e clorose; internódios curtos + Mn
9. Clorose mosqueada perto da margem, manchas secas perto das
margens e na ponta +B
10. Manchas aquosas e depois negras no limbo entre as nervuras + Cu
11. Ver nitrogênio - Co
IDENTIFICAÇÃO DOS SINTOMAS DE DEFICIÊNCIAS (-) E EXCESSOS

Folhas ou órgãos mais novos Causa mais provável

1. Murchamento das folhas, colapso do pecíolo; clorose marginal;


manchas nos frutos, morte das gemas - Ca

2. Clorose geralmente uniforme -S

3. Folhas menores e deformadas; morte da gema; encurtamento de


internódios; superbrotamento de ramos; suberização de - B
nervuras; fendas na casca

4. Murchamento, cor verde azulada, deformação do limbo;


encurvamento dos ramos; deformação das folhas; exsudação de
goma (ramos e frutos) - Cu

5. Clorose, nervuras em reticulado verde e fino - Fe


6. Clorose, nervuras em reticulado verde e grosso, tamanho
- Mn
normal
7. Lanceoladas (dicotiledôneas), clorose internerval, internódio
- Zn
curto; morte de gemas ou região de crescimento
8. Necrose nas pontas - Ni
LIMITAÇÕES DA DIAGNOSE VISUAL
A diagnose visual é um método bastante usado e o seu conhecimento é muito importante na atividade
profissional do técnico em agropecuária. Mas, a mesma apresenta algumas limitações listadas a seguir:

 O uso do método é possível apenas quando os sintomas de deficiência ou toxidez se manifestam


visualmente; nesse estágio, em geral, é inevitável a perda de produção;

 O método é qualitativo - permite o diagnóstico do nutriente limitante, mas não estabelece doses
para sua correção;

 Exige bastante experiência do técnico, com a cultura em questão;

 Não permite o diagnóstico da “fome ou toxidez oculta”;

 Não permite o diagnóstico de deficiências múltiplas, devido ao mascaramento dos sintomas


típicos;

 Confusão de sintomas de origem nutricional e não nutricional.


DEFICIÊNCIA/EXCESSO
NUTRICIONAIS
-N em Citrus
+N em Citrus
-N em Poaceas
-P
-K
-Ca
-Mg
DIAGNOSE FOLIAR

A diagnose foliar é um método em que se analisam os teores


dos nutrientes em determinadas folhas, em períodos definidos
da vida da planta, e os compara com padrões nutricionais da
literatura. Como já foi dito, na folha ocorrem os principais
processos metabólicos, portanto, é o órgão que melhor
representa o estado nutricional da planta.
ANÁLISE DO SOLO

A análise química do solo, certamente, é a principal


ferramenta para o diagnóstico da fertilidade do solo e
estabelecimento da necessidade de correção e
adubação das culturas.
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
DAS ANÁLISES DE SOLOS
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DAS ANÁLISES DE
SOLOS

Após o laboratório realizar a análise da amostra do


solo coletada num dado campo de produção, procede
a interpretação dos resultados da análise do solo.
Esta actividade é realizada por um técnico
agropecuário ou engenheiro agrónomo.
EXEMPLO DE UM RESULTADO DE
ANÁLISE DE SOLO
LEITURA E INTERPRETAÇÃO
DE ALGUNS COMPONENTES
CLASSES DE INTERPRETAÇÃO PARA A ACIDEZ ATIVA DO SOLO
(pH)1/
INTERPRETAÇÃO DO FOSFORO DISPONÍVEL (P) E FOSFORO
REMANESCENTE (P-REM)
INTERPRETAÇÃO PARA POTÁSSIO DISPONÍVEL
INTERPRETAÇÃO PARA CÁLCIO E MAGNÉSIO

Os teores de Ca2+ e Mg2+ estão diretamente


relacionados com a acidez dos solos. Geralmente
solos ácidos apresentam baixos teores de Ca2+ e Mg2+
e solos de boa fertilidade, maiores teores de Ca2+ e
Mg2+
INTERPRETAÇÃO PARA ENXOFRE
INTERPRETAÇÃO DE MICRONUTRIENTES
RECOMENDAÇÃO DE
ADUBAÇÃO
RELAÇÕES BÁSICAS ENTRE
NUTRIENTES
De posse do resultado da análise química da amostra do solo
que representa um talhão, levando em conta a cultura a ser
adubada, o técnico deve verificar quais as doses de nitrogênio
(N), de fósforo (P2O5) e de potássio (K2O) devem ser
aplicadas. Essas doses apresentam definida relação. Para
efeito de simplificação, essa relação é conhecida como
N:P:K.
NECESSIDADE DA ADUBAÇÃO DA
CULTURA DE MILHO
Pretende-se saber qual é quantidade de NPK a ser aplicada
em 1ha da cultura de Milho (Zea mays).

Na interpretação dos resultados teve-se o seguinte:

Teor no solo Classe de


(mg/dm3) interpretação

pH 5,1 ---------- Baixo


P ------ 8 Baixo
K ------ 73 Médio
NECESSIDADE DE ADUBAÇÃO DA
CULTURA DE MILHO
NECESSIDADE DE ADUBAÇÃO DA
CULTURA DE MILHO

Teor no solo
Necessidade de
Classe de Produtividade
adubação/correção do
interpretação desejada/esperada
(mg/dm3) milho

(Calagem
pH 5,1 ---------- Baixo
necessária)
P ------ 8 Baixo 6ton/ha 80kg/ha
K ------ 73 Médio 40kg/ha
N ------ ------- -------- 20kg/ha
CALCULO DA ADUBAÇÃO
A análise química da amostra do solo determinou
(por exemplo), de acordo com os teores dos
nutrientes do solo, a necessidade de 20:80:40 kg/ha
de N:P2O5:K2O, respetivamente, para a adubação de
plantio de determinada cultura. O agricultor tem
neste caso, duas alternativas:
ALTERNATIVA 1:

Adquirir fertilizantes minerais simples e fazer a mistura dos mesmos, desde que
sejam compatíveis.

Alguns fertilizantes simples que podemos encontrar no mercado são:


CALCULO DA ADUBAÇÃO
Neste caso em questão, utilizando uréia: 46 % N (dosagem

existente em moçambique), superfosfato simples: 18 % P2O5 e

cloreto de potássio: 58 % K2O, os cálculos seriam os seguintes:


PARA NITROGÊNIO

NB: no mercado poderá se comprar quantidade corresponde a um


saco (50kg) de ureia, para subtrair 6kg.
CALCULO DA ADUBAÇÃO

PARA FOSFORO

NB: se no mercado estiver disponível em 50kg/saco poderá comprar quantidade


corresponde a 9 sacos de superfosfato simples, para subtrair 200g ou 0,2kg.
CALCULO DA ADUBAÇÃO

PARA POTÁSSIO

NB: se no mercado estiver disponível em 50kg/saco poderá comprar quantidade


corresponde a 2 sacos de cloreto de potássio, para subtrair 31kg em um dos
sacos.
EM SUMA:
Quantidade a
Sacos de subtrair para Quantidade a
Adubo
50kg obter a quantidade ser misturada
exata
Ureia (N) 1 6kg 44kg
Superfosfato simples
9 0,2kg 444,4kg
(P)
Cloreto de Potássio
2 31kg 69kg
(K)
NPK misturado 557,4kg
ALTERNATIVA 2:
Verificar, entre as fórmulas de fertilizantes
(fertilizantes mistos ou complexos) encontradas no
mercado, quais as que poderiam atender às
exigências do fornecimento de 20:80:40 kg/ha de
N:P2O5:K2O, para adubação de plantio.
FORMULAÇÃO
Para encontrar as relações dos fertilizantes formulados, basta dividir os
números das fórmulas pelo menor deles, que seja diferente de zero. Da
mesma forma, para estabelecer a relação entre kg/ha de N:P 2O5:K2O,
basta dividir as doses recomendadas pela menor delas.
Exemplo:
Fórmulas encontradas Relações
17 : 17 : 17 ÷ 17 1:1:1
10 : 30 : 20 ÷ 10 1:3:2
10 : 10 : 20 ÷ 10 1:1:2
4 : 16 : 8 ÷ 4 1:4:2
24 : 8 : 12 ÷ 8 3 : 1 : 1,5
27 : 3 : 21 ÷ 3 9:1:7
12 : 24 : 12 ÷ 12 1:2:1
23 : 10 : 5 ÷ 5 4,6 : 2 : 1
FORMULAÇÃO
• A adubação recomendada 20:80:40 kg/ha de N:P2O5:K2O deve ser
dividida por 20 para se obter a relação, ou seja, 1:4:2.

• Neste exemplo, o fertilizante formulado que apresenta a mesma relação


1:4:2 entre as doses dos nutrientes recomendadas é o 4:16:8.
Encontrado o fertilizante adequado, o próximo passo é verificar quantos
kg/ha, irão fornecer os 20:80:40 quilogramas de N:P2O5:K2O por
hectare.
FORMULAÇÃO

• Como a relação N:P2O5:K2O é a mesma, basta dividir qualquer dos


elementos necessários, por hectare, pelo elemento correspondente do
fertilizante formulado comercial, multiplicando o resultado por 100, para
obter a quantidade de adubo a ser aplicado por hectare.

Assim, no exemplo citado, tem-se:

 Para o nitrogênio: 20 ÷ 4 = 5 x 100 = 500 kg/ha do fertilizante 4:16:8, ou

 Para o fósforo: 80 ÷ 16 = 5 x 100 = 500 kg/ha do fertilizante 4:16:8, ou

 Para o potássio: 40 ÷ 8 = 5 x 100 = 500 kg/ha do fertilizante 4:16:8


100m/0,80m= 125

QUANTIDADE A SER APLICADA POR SULCO/COVACHOS

• Para calcular a quantidade da mistura total (557,4kg /ha – alternativa 1) ou da


fórmula 4:16:8 (500 kg/ha – alternativa 2) a ser aplicada por metro de sulco ou
por cova, é necessário conhecer o espaçamento de semeadura da cultura.

• Supondo que o arranjo espacial recomendado para a cultura do milho seja de


0,8m x 0,4 m (80cm x 40cm).

• Nesse espaçamento cada hectare (100mx100m=10.000m 2) conteria 12.500 m de


sulco, ou então:
100m/0,80m= 125 sulcos

100m (largura de 1 ha)


0,80m (espaçamento entrelinhas)
125 (no de sulcos na largura de 1 ha)

Então: 125 x 100 m (comprimento de 1 ha) = 12.500m de sulco em 1 ha.


QUANTIDADE A SERÁ APLICADA NO
SULCO
A quantidade da mistura ou do fertilizante misto a ser aplicada por metro de sulco
será, portanto:

Quantidade de adubo por metro de sulco = quantidade de adubo por hectare/n o de


metros em 1 ha.

Alternativa 1: total da mistura = 557,4 kg/ha = 557.400 g/ 12.500 m = 44,6 g/m


de sulco.

Alternativa 2: total da fórmula 4:16:8 = 500 kg/ha = 500.000 g/12.500 m = 40


g/m de sulco.
QUANTIDADE A SER APLICADA NA COVA

Se a adubação é para uma cultura plantada em covas, usando o exemplo do milho, o


raciocínio é o mesmo, porém divide-se a quantidade de adubo pelo número de covas por
hectare, ou seja:

Número de covas/ha = área de 1 ha/área da cova

Área da cova = 0,8 m x 0,4 m = 0,32 m2

Número de covas/ha = 10.000 m2/0,32 m2 = 31.250 covas

Alternativa 1: Alternativa 2:

Total da mistura = 557,4 kg/ha; Total da fórmula 4:16:8 = 500 kg/ha;


500.000 g/31.250 covas = 16 g/cova
557.400g/31.250covas=17,8g/cova
EXERCÍCIOS
1. Com base o exemplo dos resultados da análise da apresentada
nesse manual interprete os resultados de N, P, K, Mg, Ca e S.

2. Com base os resultados N.P.K recomende a adubação na cultura


de repolho:
a) Ache as necessidades de adubação acima indicada, com base
os resultados da análise do solo. (Lembre-se da calcular
apenas a quantidade requerida no plantio);

b) Recomende a quantidade exata a ser usada no plantio em 1ha;

c) Sugere uma quantidade a ser usada em sulcos e em covachos.


ELEMENTO DE COMPETÊNCIA 3:
IMPLEMENTAR A PREPARAÇÃO E A CORRECÇÃO DO SOLO
PREPARAÇÃO E CORREÇÃODO SOLO
Preparação do solo

É um conjunto de actividades que se realizam antes da


sementeira/plantio de uma cultura, com vista a criar condições
adequadas para o desenvolvimento saudável das plantas. Nesse
processo são envolvidas actividades de correção e adubação
dos solos de modo a garantir uma boa produção.

Correção do solo

Aplicação de substância ao solo para melhorar seu ph e ou


propriedades físicas; por exemplo, calcário, gesso, turfa.
.

pH (POTENCIAL DE HIDROGÉNIO)
Designação numérica de acidez e alcalinidade (ou base e
salinidade). Tecnicamente, pH é o logaritmo comum da
recíproca concentração do íon hidrogênio de uma solução.

Um pH 7 indica neutralidade; valores entre 7 e 14 indicam


aumento da alcalinidade; valores entre 7 e 0 indicam
aumento de acidez
GRÁFICO DO pH

pH do solo pode ser medido usando-se 2 métodos mais


comuns que são o colorimétrico e o potenciométrico.
A RELAÇÃO DO pH E A DISPONIBILIDADE
DOS ELEMENTOS NO SOLO

O hidrogénio, é um nutriente para a planta, porem a


quantidade elevada no solo causa acidez.
Esta acidez é prejudicial ao solo, pois ela traz o alumínio
(que é um elemento toxico para a planta) que acaba
dificultado a absorção dos nutrientes essenciais. E se for se
a adubar em solos ácidos será um desperdício de adubos.
Para fins práticos, considera-se a faixa de pH entre 6,0 e
6,5 adequada para a maioria das plantas.
ACIDEZ SOLO
A acidez do solo afeta o crescimento das plantas de
várias formas. Sempre que o pH é baixo (a acidez é alta),
um ou mais efeitos prejudicais podem afetar o
crescimento das culturas. E reduz a disponibilidade de
nutrientes como: Ca e Mg (principalmente).

A melhor forma de correção da acidez é a aplicação do


calcário ou gesso essas substâncias apresentam altos
teores de cálcio e magnésio, que reduzem o nível ade
acidez e elevam o pH do solo.
CALAGEM
O calcário quando aplicado para atingir ph adequado, o calcário faz
muito mais do que “adocicar” o solo:

 Reduz a toxidez de alumínio e de outros metais;


 Melhora as condições físicas do solo;
 Estimula a atividade microbiana no solo;
 Aumenta a CTC em solos de carga variável;
 Aumenta a disponibilidade de vários nutrientes;
 Supre cálcio. Calcário dolomítico supre ambos: cálcio e magnésio;
 Melhora a fixação simbiótica de N pelas leguminosas.
RELAÇÃO DA CALAGEM COM A DA
DISPONIBILIDADE DE
Calcário
NUTRIENTES
pH cmol /dm3
Água
(t/ha) destilad Ca Mg K Al CTC
a
0 4,9 2,54 0,36 0,30 2,1 6,0
3 5,2 3,30 0,39 0,29 1,6 6,6
6 5,3 4,69 0,40 0,28 0,6 7,2
12 5,4 5,59 0,40 0,30 0,2 8,4
15 5,8 8,60 0,42 0,29 0,1 10,4
T.P.C
1. Qual e o pH ideal para o desenvolvimento da maiorias da culturas?
2. Qual são os nutrientes que aumentam no solo com o pH acido?
3. Qual são os nutrientes que aumentam no solo com o pH alcalino?
4. Qual eh a faixa que os nutrientes encontram-se disponível?
5. Mencione 2 vantagens da calagem?
6. O que pode se fazer para melhorar o pH?

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