Primeiros Socorros Vera
Primeiros Socorros Vera
Primeiros Socorros Vera
Brasil, Ministrio da Sade. Fundao Oswaldo Cruz. FIOCRUZ. Vice Presidncia de Servios de Referncia e Ambiente. Ncleo de Biossegurana. NUBio Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro.Fundao Oswaldo Cruz, 2003. 170p. 1. Primeiros Socorros. 2. Atendimento emergencial.
Definio: so os cuidados imediatos que devem ser prestados rapidamente a uma pessoa, vtima de acidentes ou de mal sbito, cujo estado fsico pe em perigo a sua vida, com o fim de manter as funes vitais e evitar o agravamento de suas condies, aplicando medidas e procedimentos at a chegada de assistncia qualificada.
Qualquer pessoa treinada poder prestar os Primeiros Socorros, conduzindo-se com serenidade, compreenso e confiana. Manter a calma e o prprio controle, porm, o controle de outras pessoas igualmente importante. Aes valem mais que as palavras, portanto, muitas vezes o ato de informar ao acidentado sobre seu estado, sua evoluo ou mesmo sobre a situao em que se encontra deve ser avaliado com ponderao para no causar ansiedade ou medo desnecessrios. O tom de voz tranqilo e confortante dar vtima sensao de confiana na pessoa que o est socorrendo.
FINALIDADE
1.Contatar o servio de atendimento emergencial . 2. Fazer o que deve ser feito no momento certo, afim de: a.Salvar uma vida b.Prevenir danos maiores 3.Manter o acidentado vivo at a chegada deste atendimento. 4.Manter a calma e a serenidade frente a situao inspirando confiana. 5.Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros socorros ao acidentado. 6.Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o acidentado,afastando-as do local do acidente, evitando assim causar o chamado"segundo trauma", isto , no ocasionar outras leses ou agravar as j existentes. 7.Ser o elo das informaes para o servio de atendimento emergencial. 8.Agir somente at o ponto de seu conhecimento e tcnica de atendimento. Saber avaliar seus limites fsicos e de conhecimento. No tentar transportar um acidentado ou medic-lo.
O profissional no mdico dever ter como princpio fundamental de sua ao a importncia da primeira e correta abordagem ao acidentado, lembrando que o objetivo atend-lo e mant-lo com vida at a chegada de socorro especializado, ou at a sua remoo para atendimento.
1. Avaliao do Local do Acidente Esta a primeira etapa bsica na prestao de primeiros socorros. Deve-se assumir o controle da situao e proceder a uma rpida e segura avaliao da ocorrncia. Deve-se tentar obter o mximo de informaes possveis sobre o ocorrido. Dependendo das circunstncias de cada acidente, importante tambm:
a) evitar o pnico e procurar a colaborao de outras pessoas, dando ordens breves, claras, objetivas e concisas; b) manter afastados os curiosos, para evitar confuso e para ter espao em que se possa trabalhar da melhor maneira possvel. c) Ser gil e decidido observando rapidamente se existem perigos para o acidentado e para quem estiver prestando o socorro d) Avaliar o acidentado na posio em que ele se encontra, s mobiliz-lo com segurana (sem aumentar o trauma e os riscos), sempre que possvel manter o acidentado deitado de costas at que seja examinada, e at que se saiba quais os danos sofridos. No se deve alterar a posio em que se acha o acidentado, sem antes refletir sobre o que aconteceu e qual a conduta mais adequada a ser tomada. e) Se o acidentado estiver inconsciente, colocar sua cabea em posio lateral antes de proceder avaliao do seu estado geral.
2. Proteo do Acidentado
Avaliao e Exame do Estado Geral do acidentado
Estado de conscincia: avaliao de respostas lgicas (nome, idade, etc). Respirao: Hemorragia: avaliar a quantidade, o volume e a qualidade do sangue: Se arterial ou venoso. Pupilas: Temperatura do corpo:
Deve-se ter sempre uma idia bem clara do que se vai fazer, para no expor desnecessariamente o acidentado, verificando se h ferimento com o cuidado de no moviment-lo excessivamente.
Plano de ao P.A.S.
Prevenir afastar o perigo do acidentado ou o acidentado do perigo Alertar contatar o atendimento emergencial informando o tipo de acidente, o local, o nmero de vtimas e o seu estado.
Aferio de Temperatura : - Axilar Temperatura mdia varia de 36 a 36,8C. A via axilar a mais sujeita a fatores externos. O termmetro deve ser mantido sob a axila seca, por 3 a 5 minutos, em posio sentada, semi-sentada (reclinada) ou deitada. No se verifica temperatura em vtimas de queimaduras no trax, processos inflamatrios na axila ou fratura dos membros superiores.
PULSO
O pulso a onda de distenso de uma artria transmitida pela presso que o corao exerce sobre o sangue. Esta onda perceptvel pela palpao de uma artria e se repete com regularidade, segundo as batidas do corao. No usar o polegar para no correr o risco de sentir suas prprias pulsaes. Contar no relgio as pulsaes num perodo de 60 segundos. Neste perodo deve-se procurar observar a regularidade, a tenso, o volume e a freqncia do pulso. Existem no corpo vrios locais onde se podem sentir os pulsos da corrente sangunea. Freqncia - Existe uma variao mdia de acordo com a idade Pulso normal Faixa etria 60-70 bpm Homens adultos 70-80 bpm Mulheres adultas 80-90 bpm Crianas acima de 7 anos 80-120 bpm Crianas de 1 a 7 anos 110-130 bpm Crianas abaixo de um ano 130-160 bpm Recm-nascidos Recomenda-se no fazer presso forte sobre a artria,pois isto pode impedir que se percebam os batimentos.
RESPIRAO
A respirao uma das funes essenciais vida. atravs dela que o corpo promove permanentemente o suprimento de oxignio necessrio ao organismo, vital para a manuteno da vida. A respirao comandada pelo SNC. Para se verificar a freqncia da respirao, conta-se o nmero de vezes que uma pessoa realiza os movimentos respiratrios: 01inspirao + 01 expirao = 01 movimento respiratrio.
RESPIRAO
A freqncia mdia por minuto dos movimentos respiratrios varia com a idade se levarmos em considerao uma pessoa em estado normal de sade. Adulto possui valor mdio respiratrio de 14 - 20 respiraes por minuto (no homem) 16 - 22 respiraes por minuto (na mulher), Criana nos primeiros meses de vida: 40 - 50 respiraes por minuto
TIPOS DE RESPIRAO
Eupnia Respirao que se processa por movimentos regulares,sem dificuldades,na freqncia mdia Apnia a ausncia dos movimentosrespiratrios.Equivale a parada respiratria. Dispnia Dificuldade na execuo dos movimentos respiratrios. Bradipnia Diminuio na freqncia mdia dos movimentos respiratrios. Taquipnia Acelerao dos movimentos respiratrios. Ortopnia Somente se respirasentado Hiperpnia ou Hiperventilao quando ocorre o aumento da freqncia e da profundidade dos movimentos respiratrios
Presso Arterial
A presso arterial a presso do sangue, que depende da fora de contrao do corao, do grau de distensibilidade do sistema arterial, da quantidade de sangue e sua viscosidade. importante perguntar vtima sua presso arterial e passar essa informao ao profissional que for prestar o socorro especializado
Sinais de Apoio
sinais que o corpo emite em funo do estado de funcionamento dos rgos vitais. Os principais sinais de apoio so: Dilatao e reatividade das pupilas Cor e umidade da pele Estado de conscincia Motilidade e sensibilidade do corpo
Pedir vtima de acidente traumtico que movimente os dedos de cada mo, a mo e os membros superiores, os dedos de cada p, o p e os membros inferiores.
Quando um acidentado perde o movimento voluntrio de alguma parte do corpo, geralmente ela tambm perde a sensibilidade no local. Muitas vezes, porm, o movimento existe, mas o acidentado reclama de dormncia e formigamento nas extremidades. muito importante o reconhecimento destas 2 situaes, como um indcio de que h leso na medula espinhal. importante, tambm, nestes casos tomar muito cuidado com o manuseio e transporte do acidentado para evitar o agravamento da leso. Convm ainda lembrar que o acidentado de histeria, alcoolismo agudo ou intoxicao por drogas, mesmo que sofra acidente traumtico, pode no sentir dor por vrias horas. A verificao rpida e precisa dos sinais vitais e dos sinais de apoio uma chave importante para o desempenho de primeiros socorros. O reconhecimento destes sinais d suporte, rapidez e agilidade no atendimento e salvamento de vidas.
ASFIXIA
Asfixia pode ser definida como sendo parada respiratria, com o corao ainda funcionando. causado por certos tipos de traumatismos como aqueles que atingem a cabea, a boca, o pescoo, o trax; por fumaa no decurso de um incndio; por afogamento; em soterramentos, dentre outros acidentes, ocasionando dificuldade respiratria, levando parada respiratria. Se as funes respiratrias no forem restabelecidas dentro de 3 a 4 minutos,as atividades cerebrais cessaro totalmente, ocasionando a morte. O oxignio vital para o crebro.
Ressuscitao cardo-respiratria
A ausncia de circulao do sangue interrompe a oxigenao dos rgos. Aps alguns minutos as clulas mais sensveis comeam a morrer.
Os rgos mais sensveis falta de oxignio so o crebro e o corao. A leso cerebral irreversvel ocorre geralmente aps 4 a 6 minutos (morte cerebral). A - Abertura das vias areas B - Ventilao artificial C - Suporte circulatrio
Posicionar ajoelhado, ao lado do acidentado e num plano superior,de modo que possa executar a manobra com os braos em extenso. Apoiar as mos uma sobre a outra, na metade inferior do esterno, evitando faz-lo sobre o apndice xifide Com os braos em hiper-extenso, aproveite o peso do seu prprio corpo para aplicar a compresso, tornando-a mais eficaz e menos cansativa do que se utilizada a fora dos braos. Aplicar presso suficiente para baixar o esterno de 3,8 a 5 centmetros para um adulto normal e mant-lo assim por cerca de meio segundo.
A freqncia das compresses torcicas deve ser mantida em 80 a100 por minuto. Com a pausa que efetuada para ventilao, a freqncia real de compresses cai para 60 por minuto. A massagem cardaca externa deve ser aplicada em combinao com a respirao boca a boca. O ideal conseguir algum que ajude para que as manobras no sofram interrupes devido ao cansao.
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