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Palácio do Grão-Pará

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Palácio do Grão-Pará
Palácio do Grão-Pará
Informações gerais
Estilo dominante neoclássico
Arquiteto Theodoro Marx
Manuel de Araújo Porto Alegre
Proprietário inicial Pedro II do Brasil
Função inicial Palácio de Verão
Proprietário atual Pedro Carlos de Orléans e Bragança
Função atual residencial
Geografia
País  Brasil
Cidade Petrópolis,  Rio de Janeiro
Coordenadas 22° 30′ 28″ S, 43° 10′ 26″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Palácio do Grão-Pará é um prédio em estilo neoclássico, construído entre 1859 e 1861, projetado pelo arquiteto da Casa Imperial Theodoro Marx, com a participação de Manuel de Araújo Porto Alegre.[1] Fica situado na Rua Epitácio Pessoa, no centro da cidade de Petrópolis.[2]

Durante o período do Império era conhecido como “Quartel dos Srs. Semanários” e destinava-se ao alojamento dos camaristas, membros de famílias representativas, que se revezavam semanalmente a serviço do Imperador D. Pedro II e sua família.[1]

Com a Proclamação da República e o exílio da Família Imperial, passou a Casa dos Semanários, nome pelo qual ficou a edificação conhecida, a servir para várias finalidades: abrigou o Tribunal de Justiça durante a República Velha, quando Petrópolis era capital do estado do Rio de Janeiro, foi alugado à Embaixada de Portugal, foi sede do Colégio Luso-brasileiro e moradia do ex-embaixador americano Edwin Morgan.[1]

Com a revogação do banimento da Família Imperial em 1925, passou a ser moradia do Príncipe do Grão-Pará, D. Pedro de Alcântara, primogênito da Princesa Isabel, que ao retornar ao Brasil, ali fixou residência. Vem desse fato a sua atual denominação, de Palácio do Grão-Pará.[1]

Atualmente continua como moradia de seus descendentes em linha direta. Foi tombado em 1959 pelo IPHAN.[1]

Estacionamento no quintal

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Em outubro de 2016, os proprietários do imóvel arrendaram uma parte do quintal para uma empresa de estacionamento rotativo. Dois meses antes, começaram a circular no terreno caminhões com material de obra. O estacionamento foi criado nos fundos da casa, numa área junto à antiga cocheira, que foi isolada devido ao mau estado de conservação. Para abrir o empreendimento, com entrada por um portão lateral, foi necessário cortar algumas árvores e recobrir o terreno com pedra de brita. Uma cerca de metal foi instalada para limitar o acesso à propriedade, porém de dentro do estacionamento é possível ver o prédio, o resto do quintal e a piscina do palácio.[2]

O proprietário do estacionamento, Leonardo Simas, disse ao Globo que a área arrendada não pertence à Família Imperial afirmando ser "uma área adjacente ao palácio, mas não faz parte do terreno do imóvel." Simas disse também que "o terreno que não é tombado. Mas, mesmo assim, o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional) exigiu a preservação de árvores, para não descaracterizar o entorno. Por isso, não foram feitas obras robustas." Entretanto, o IPHAN deu informação diferente: segundo o órgão, o terreno é, sim, tombado e pertence à Família Imperial. O instituto autorizou a implantação do estacionamento, porém com condições, como a preservação da vegetação, além da proibição de qualquer intervenção que comprometa o imóvel tombado.[2]

Referências

  1. a b c d e «Petrópolis - RJ - Informações Turísticas - Palácio Grão Pará». Consultado em 25 de abril de 2018 
  2. a b c Alessandro Lo-Bianco; Simone Candida (17 de outubro de 2016). «Quintal de palácio da Família Real vira estacionamento». O Globo. Consultado em 25 de abril de 2018 
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