Videos by Rodrigo Bonciani
O atual (des)governo quer recuperar o ensino moral e cívico, cantar o hino nacional, louvar os he... more O atual (des)governo quer recuperar o ensino moral e cívico, cantar o hino nacional, louvar os heróis da pátria e promove uma militarização do ministério e da própria educação no país… A quem serve essa história? 7 views
A história do Brasil foi escrita sob o signo da anistia.
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Por que o Brasil não dá certo? O Brasil é o país do futuro?
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Thesis by Rodrigo Bonciani
Dominium on Indigenous and Africans and the specificity of sovereignty in the Atlantic: The colonization of the islands to overseas policy of Philip III (1493-1615)
The establishing process of the Iberian monarchies and the colonization experiences in America an... more The establishing process of the Iberian monarchies and the colonization experiences in America and Africa has defined an arrangement of political power and dominium in the Iberian Atlantic perspective. Such process began in the transition from the XV century to the XVI, was consolidated with the Iberian Union and was in crisis in mid-1610. The concept of dominium is a key reference for our study since it allows us to analyze, in a dialectical perspective, the relations between public and private, as well power and property.
After the first moment of colonization, from 1493 with the conquest and territorial occupation of the islands of São Tome and Espanhola, and defined by the comission of broad powers to private agents, the Iberian crowns began to intercede in the relations of tutelage and slavery of Indians and Africans to establish the primacy of its power on colonial societies. An important landmark of intervention occurred between 1542 and 1549: in the Western Indies, through the creation of the viceroyalties and the New Laws, and in Brazil through the foundation of a general government and an outline of an Indian policy, such measures were articulated to the expansion and to achieve larger control of the African slave trade. Between the 1570s and 1590s the Iberian monarchical power was designed in an Atlantic imperial perspective, based on the complementarity between the forms of dominium over Indians and Africans. The policy of Philip III was the culmination of this process that defined the boundaries and resistances to that new power architecture.
Books by Rodrigo Bonciani
Encontros, 2019
Coletânea de entrevistas apresentadas e organizadas por Rodrigo Bonciani
Papers by Rodrigo Bonciani
Revista de História (USP), 2023
Durante o último quarto do século XVI, a África Centro-Ocidental tornou-se um importante palco de... more Durante o último quarto do século XVI, a África Centro-Ocidental tornou-se um importante palco de disputas políticas e comerciais que envolviam a crise sucessória ao trono português, o padroado e o tráfico de escravizados. Diferentes instituições, grupos e agentes disputaram as prerrogativas e as rendas eclesiásticas, que se associavam ao comércio na região. D. Henrique foi o artífice do padroado luso-africano, desenvolveu uma política de influência sobre as Ordens Militares e a Inquisição, e encontrou na Companhia de Jesus sua principal aliada, definindo os reis do Congo como inimigos e a conquista de Angola como estratégica. No entanto, as sociedades novas e os grupos de interesse estabelecidos na ilha de São Tomé e em diferentes partes da África Centro-Ocidental, e suas conexões euro-atlânticas, tinham grande autonomia em relação à monarquia. Quando Felipe II incorporou Portugal à sua Coroa, seu principal objetivo era reunir as duas margens do Mar Oceano. Ao mesmo tempo, teve que reconhecer e remontar as peças de um complexo jogo político.
"Mines of souls": trade of folk and Christian geopolitics (late 16th century)
Authors
During the last quarter of the sixteenth century, West Central Africa became an important stage for political and commercial disputes involving the succession crisis for the Portuguese throne, the patronage, and the enslaved trade. Different institutions, groups and agents disputed the ecclesiastical prerogatives and rents that were associated with trade. D. Henrique was the architect of the Luso-African patronage, developed a policy of influence over the Military Orders and the Inquisition, and found in the Society of Jesus its main ally, defining the kings of Congo as enemies and the conquest of Angola as a strategy. However, the new societies and interest groups established on the island of São Tomé and in different parts of West Central Africa, and their Euro-Atlantic connections, had great autonomy in relation to the monarchy. When Philip II incorporated Portugal into his Crown, his main objective was to bring together the two shores of the Mar Oceano. At the same time, he had to recognize and rearrange the pieces of a complex political puzzle.
Brasilhis Diccionario Biográfico y Temático de Brasil en la Monarquía Hispánica (1580-1640), Salamanca: Ediciones Universidad de Salamanca, 2022
Nació en Évora en 1542. Ingresó en la Compañía de Jesús en su ciudad natal a los 14 años. En el m... more Nació en Évora en 1542. Ingresó en la Compañía de Jesús en su ciudad natal a los 14 años. En el mismo colegio donde estudió, fue profesor de Humanidades y Teología Moral. Fue rector de los colegios de Funchal, en la isla de Madeira, y de Braganza. En 1573, firmó una carta justificando el mantenimiento del colegio de Funchal y sus rentas (Rodrigues, 1938: 81). Predicador, profesado con cuatro votos, en la misma isla en 1577. En 1592, fue designado visitador de la Compañía de Jesús en Angola para luego ser provincial de Brasil (1594-1603). Tras dimitir como provincial, fue superior del colegio del Espíritu Santo. Murió en el colegio de Pernambuco, el 27 de diciembre de 1628, a la edad de 86 años (Leite, 1938: 498). Su trayectoria y sus escritos son representativos de la construcción de un proyecto misionero de la Compañía de Jesús en perspectiva atlántica, que se constituyó entre finales del siglo XVI y principios del XVII.
Revista de Fontes, 2021
O processo do soldado Gaspar da Cunha é o segundo que conhecemos que foi instruído pelo vigário g... more O processo do soldado Gaspar da Cunha é o segundo que conhecemos que foi instruído pelo vigário geral de Angola, Manuel Rodrigues Teixeira, e enviado, com o réu preso, para o visitador Heitor Furtado de Mendonça, na Bahia. Diferentemente do processo do ouvidor geral de Angola, Duarte Nunes Nogueira, este inquérito não envolve questões políticas. Gaspar da Cunha foi acusado de dizer que não era pecado mortal a fornicação simples de homem solteiro com mulher solteira pagando-se a parceira. O processo trata dos costumes de "soldados pobres" que viviam em Angola e que podiam ser alvo da Inquisição atlântica.
Afro-Ásia, 2021
Apresentamos, a seguir, o processo contra o pombeiro Aires Fernandes, com o “nome da terra” Dinga... more Apresentamos, a seguir, o processo contra o pombeiro Aires Fernandes, com o “nome da terra” Dinga Dinga, que viveu na África Centro-Ocidental no fim do século XVI.
Revista de Fontes, 2020
Resumo: Entre 1592 e 1593, a instituição do governo geral em Angola e a medida de subordinação di... more Resumo: Entre 1592 e 1593, a instituição do governo geral em Angola e a medida de subordinação direta dos sobas, chefes africanos, à Coroa levaram a um "alçamento", palavra de Duarte Nunes Nogueira, dos conquistadores e jesuítas contra o governador D. Francisco de Almeida e contra ele, ouvidor geral. O documento transcrito a seguir traz novos elementos para a análise deste evento e para a história da formação do mundo Atlântico no fim do século XVI e início do XVII. Palavras chave: Inquisição; governo geral; história atlântica.
Abstract: Between 1592 and 1593, the institution of the general government in Angola and the measure of direct subordination of the sobas, African chiefs, to the Crown led to an uprising of the conquerors and Jesuits against the governor D. Francisco de Almeida and Duarte Nunes Nogueira, the ouvidor geral. The document transcribed below brings new elements for the analysis of this event and for the history of the making of the Atlantic world in the late 16th and early 17th centuries.
ALMANACK, 2019
O objetivo deste artigo é fazer um estudo sobre a história das relações sociorraciais no Brasil p... more O objetivo deste artigo é fazer um estudo sobre a história das relações sociorraciais no Brasil por meio da análise de dois textos literários principais: o conto "Um homem célebre", de Machado de Assis, e o romance The autobiography of an ex-colo-redman, de James Weldon Johnson. O artigo analisa especial-mente o fim da escravidão e o período do pós-abolição, entre 1870 e 1912, confrontando as perspectivas de análise nacionais e modernistas às interpretações dos estudos da diáspora e do Atlântico negro. Do sangue negro que se dilui na ideologia da democracia racial, passando pelo sangue negro que contribui para a formação nacional e para a congenialidade de uma so-ciedade moderna e mestiça, até o sublime escravo e o negro todo poderoso que pode transformar toda a humanidade.
Portuguese Studies Review, 2017
The purpose of this article is to examine the Atlantic Expansion as a key element in the process ... more The purpose of this article is to examine the Atlantic Expansion as a key element in the process of incorporation of Portugal to the Spanish monarchy and how it lead to a reshuffling of the constituted social forces in these areas as from the reign of Philip II. The focus of this analysis is the slave trade in West Central Africa and its relation to the indigenous policies in Brazil and in the Indies of Castile, which was a defining articulation in the tensions and political agenda in the history of the Atlantic. I have mapped political actions in various spheres of power: in royal perspective, in the councils and juntas; in the high ranks of the catholic church and the Society of Jesus; for royal officials, missionaries, settlers and tradesmen; and for the native political powers.
Entre 1542 e 1549, as Coroas de Castela e Portugal desenvolveram um novo marco político da coloni... more Entre 1542 e 1549, as Coroas de Castela e Portugal desenvolveram um novo marco político da colonização das Índias Ocidentais e do Brasil. O artigo analisa as medidas tomadas, demonstrando que a especificidade da soberania régia sobre as Américas se deu pela constituição de um aparato de governo e pela definição do rei como legitimador e mediador das relações de dominação sobre as populações indígenas, em que o tráfico
de escravos africanos foi um elemento importante para essa construção. O artigo atualiza a análise das Leyes Nuevas e do regimento de Tomé de Sousa inserindo-os nos debates e reflexões atuais da historiografia: da nova história política; da história conectada; e da ideia de complementaridade entre a política indigenista e o tráfico negreiro associada à construção da autoridade régia. O artigo sugere algumas conclusões: as práticas diferenciadas das Coroas de Portugal e Castela e sua aliança dinástica estabeleceram um campo unificado de experiências de colonização ibero-atlânticas; a expansão ultramarina foi um
elemento essencial para a construção da noção moderna de soberania e a problemática do domínio sobre as populações não cristãs uma de suas chaves explicativas; o escravismo, as formas senhoriais de dominação e as limitações da condição política e da liberdade
indígenas foram fatores que ampliaram a confusão entre o público e o privado nas sociedades americanas, caracterizando-as como repúblicas da instabilidade, marcadas pela distância radical entre a representação e caracterização da autoridade política e as práticas de dominação pelos agentes coloniais.
Por meio da análise de documentos e da historiografia, o artigo identifica a constituição de um c... more Por meio da análise de documentos e da historiografia, o artigo identifica a constituição de um campo unificado de experiências de colonização no Atlântico Sul, durante a década de 1570. A caracterização da autoridade régia sobre os espaços coloniais se dava, por um lado, pela instituição de um aparato políticoadministrativo, por outro, pela intervenção nas relações de domínio senhorial estabelecidas sobre os indígenas e africanos. Esse último era o ponto de compromisso e dissensão, que definia o equilíbrio instável entre os poderes coloniais e as autoridades europeias, por meio de um sistema de exploração compósito, caracterizado pela complementaridade entre diferentes estatutos e formas de dominação.
Revista Latino-Americana de Estudos Avançados, 2016
DOSSIÊ HISTÓRIA AFROLATINOAMERICANA p or Rodrigo Bonciani e Gustau Nerín A ideia desse dossiê s... more DOSSIÊ HISTÓRIA AFROLATINOAMERICANA p or Rodrigo Bonciani e Gustau Nerín A ideia desse dossiê surgiu durante a criação da Cátedra Edison Carneiro: História Afro-Latino-Americana, em outubro de . Sediada e apoiada pelo Instituto Mercosul de Estudos Avançados (IMEA) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), a Cátedra foi fundada pelo historiador Luiz Felipe de Alencastro e teve a participação de pesquisadores em diferentes campos que englobam os estudos sobre a África e a diáspora. O principal objetivo da Cátedra e do dossiê é favorecer os diálogos acadêmicos sobre a história da presença africana na América Latina. Na entrevista concedida por Luiz Felipe de Alencastro, ele diferencia os três grandes sistemas escravistas americanos, o dos Estados Unidos, o de Cuba e o do Brasil, associando esse último ao espaço histórico do Atlântico Sul que incluía as Áfricas Ocidental e Central, Moçambique e a bacia do rio da Prata. Alencastro analisa diferentes perspectivas e tendências historiográfi cas que se desenvolveram nas últimas décadas, o que favorece uma refl exão sobre a historicidade e sobre a atualidade do debate das relações entre a África e as Américas. Os artigos de Rodrigo Bonciani, Alex Borucki e Gustau Nerín estão dedicados ao estudo sobre o tráfi co de escravos. Borucki analisa as questões historiográfi cas centrais desse campo, destacando o contexto rio platense do século XVIII, enquanto Bonciani e Nerín dedicam-se ao estudo das redes sociais constituídas em dois contextos extremos da história desse comércio, o primeiro na passagem do século XVI para o XVII e o outro na segunda metade do XIX. Bonciani observa a importância crescente dos portugueses no tráfi co negreiro no Caribe e no rio da Prata e Borucki discute a continuidade dessa presença a partir de Colônia do Sacramento além das tentativas malogradas da coroa borbônica de estabelecer relações diretas entre a África e o rio da Prata. No texto de Nerín, os espanhóis, vinculados a redes brasileiras de comércio, tentam se passar por brasileiros, são os "falsos brasileños" atuando no comércio ilegal de escravos. Arlindo Caldeira aborda como o escravismo colonial voltou a bater às portas de Portugal. No processo de independência do Brasil, os retornados traziam escravos entre seus bens. Essa situação colocava à prova a lei pombalina de apresentação: dossiê história afro-latino-americana rodrigo bonciani § gustau nerín § p. 5-6 relea § v.1, n.1 § jan./jun. 2016
O artigo refaz a história da família Coutinho, de Lopo de Sousa Coutinho (c. 1515-1577) a Francis... more O artigo refaz a história da família Coutinho, de Lopo de Sousa Coutinho (c. 1515-1577) a Francisco de Sousa Coutinho (1597-1660), procurando identificar a importância crescente dos postos de governo no Atlântico e do tráfico de escravos para a monarquia portuguesa e para a dinastia Habsburgo. Destaca as trajetórias dos irmãos João Rodrigues Coutinho, governador de Angola e contratador do tráfico de escravos, Gonçalo Vaz, sucessor do contrato, e Manuel de Sousa, administrador geral do asiento em Cartagena e Buenos Aires. Analisa, por um lado, as estratégias de ascensão social de uma família nobre portuguesa nos reinados de Felipe II e Felipe III e, por outro, os interesses e tensões suscitados pelo tráfico de escravos em diferentes instâncias e grupos sociais, entre o fim do século XVI e as primeiras décadas do XVII.
The indigenous freedom as topos and the eminence of apostolic power in the Americas (1535-1542)
The article analyzes the invention of "indigenous freedom" as a discursive and rhetorical formula... more The article analyzes the invention of "indigenous freedom" as a discursive and rhetorical formula, a topos which aimed to enhance a political power, that characterized an eminence, an authority, which sought to supersede the private’s forms and interests of dominion. Violence and disorder triggered by the conquest of Peru justified the intervention of the apostolic power, as potestas extraordinaria, in the process of colonization of the Americas. Recovering evangelization’s clause, established by Inter Caetera bulls, the "indigenous freedom" and the right of dominion of the Indians served the pope’s power as an element of intervention of spiritual authority over the process of colonization of the Americas.
Royal power changing: Iberian expansion and Atlantic alliances in the late fifteenth century
The aim of this paper is to characterize the royal power in Portugal through the analysis of cart... more The aim of this paper is to characterize the royal power in Portugal through the analysis of cartas de doação and forais of the captaincy of São Tomé, issued between 1485 and 1493. Throughout this study, we will highligth the controversial character of the formulas and political-legal doctrines of the age and the active perspective of royal action, which sought to establish the supremacy of his authority, defined also by their public dimension and the coercitive faculty and exception of its power. Legal frameworks and experiences of conquest and colonization of the Atlantic islands reafirmed the relations of competition and complementarity between the kingdoms of Portugal, Castile and Aragon and influenced the politics of alliance of the Iberian crowns in the passage of the fifteenth century to the sixteenth.
Os anos iniciais do reinado de Filipe III, segundo de Portugal, entre 1598 e 1603, foram de trans... more Os anos iniciais do reinado de Filipe III, segundo de Portugal, entre 1598 e 1603, foram de transição. A reforma política iniciou-se na Península Ibérica, com a reestruturação dos conselhos reais, com mudanças em sua composição e pelo estabelecimento de juntas. Partindo do topo da estrutura político-administrativa, a reforma atingiu os diferentes níveis de domínio e foi particularmente significativa no espaço ultramarino, principalmente entre os anos de 1604 e 1614. A primazia do poder Habsburgo na Europa dependia da eficácia de seu projeto colonial e, no espaço Atlântico, da articulação entre o tráfico de escravos e a política indigenista. Esse processo de transformação político-administrativa -que tinha elementos de continuidade em relação aos reinados de Filipe II e dos reis portugueses -foi uma política consciente de afirmação da autoridade régia e de consolidação do domínio castelhano sobre Portugal e o ultramar, e teve uma vertente político-jurídica e outra político-econômica. Em seu âmbito político, as reformas se caracterizaram pelo fortalecimento do Conselho de Portugal 1 , como instância superior em relação aos organismos tradicionais da monarquia portuguesa e ao próprio vice-rei. A Coroa ampliou sua influência sobre esse órgão e afastou o conselheiro D. Cristóvão de Moura, enviado como vice-rei a Portugal, em 1601. 2 * Professor Doutor da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).
O objetivo dessa comunicação é demonstrar que a história escrita da colonização é um dos aspectos... more O objetivo dessa comunicação é demonstrar que a história escrita da colonização é um dos aspectos fundamentais do processo de dominação colonial e pós-colonial -que vincula escrita, silenciamento, violência, encobrimento e esquecimento -e que a possibilidade uma história emancipadora, depende da recuperação de um sentido da história que relacione oralidade, memória e a libertação do corpo (aqui representada pela nudez). O ponto de partida dessa reflexão, nos foi dado pelo diálogo Fedro, de Platão, que trata da arte da retórica, e tem o amor como um de seus temas principais. Platão, pela boca de Sócrates, narra um interessante encontro entre o deus Toth e o rei Tamus, do Egito. O deus, com cabeça de Íbis, apresentava ao rei suas invenções recentese falava da importância de difundi-las entre os egípcios. Sobre cada uma delas, Tamus ponderava os prós e contras de sua adoção. Dentre as diferentes artes e tecnologias expostas, Toth destacou a invenção da escrita, e observou: "Oh rei! Esta invenção fará os egípcios mais sábios e servirá a sua memória; descobri um remédio contra a dificuldade de aprender e reter" (PLATÓN, 1871, p. 341). Mas, Tamus ponderou: Os efeitos de seu invento serão contrários ao que diz. A escrita trará o esquecimento às almas e a depreciação da memória; fiados neste auxílio estranho, as pessoas delegarão aos caracteres o cuidado de preservar as recordações, alienando-as de seu espírito e de seu coração. Você não encontrou um meio de cultivar a memória mas, somente, uma forma de despertar reminiscências; e oferece aos seus discípulos a aparência e a sombra da sabedoria. Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Doutor, [email protected].
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Thesis by Rodrigo Bonciani
After the first moment of colonization, from 1493 with the conquest and territorial occupation of the islands of São Tome and Espanhola, and defined by the comission of broad powers to private agents, the Iberian crowns began to intercede in the relations of tutelage and slavery of Indians and Africans to establish the primacy of its power on colonial societies. An important landmark of intervention occurred between 1542 and 1549: in the Western Indies, through the creation of the viceroyalties and the New Laws, and in Brazil through the foundation of a general government and an outline of an Indian policy, such measures were articulated to the expansion and to achieve larger control of the African slave trade. Between the 1570s and 1590s the Iberian monarchical power was designed in an Atlantic imperial perspective, based on the complementarity between the forms of dominium over Indians and Africans. The policy of Philip III was the culmination of this process that defined the boundaries and resistances to that new power architecture.
Books by Rodrigo Bonciani
Papers by Rodrigo Bonciani
"Mines of souls": trade of folk and Christian geopolitics (late 16th century)
Authors
During the last quarter of the sixteenth century, West Central Africa became an important stage for political and commercial disputes involving the succession crisis for the Portuguese throne, the patronage, and the enslaved trade. Different institutions, groups and agents disputed the ecclesiastical prerogatives and rents that were associated with trade. D. Henrique was the architect of the Luso-African patronage, developed a policy of influence over the Military Orders and the Inquisition, and found in the Society of Jesus its main ally, defining the kings of Congo as enemies and the conquest of Angola as a strategy. However, the new societies and interest groups established on the island of São Tomé and in different parts of West Central Africa, and their Euro-Atlantic connections, had great autonomy in relation to the monarchy. When Philip II incorporated Portugal into his Crown, his main objective was to bring together the two shores of the Mar Oceano. At the same time, he had to recognize and rearrange the pieces of a complex political puzzle.
Abstract: Between 1592 and 1593, the institution of the general government in Angola and the measure of direct subordination of the sobas, African chiefs, to the Crown led to an uprising of the conquerors and Jesuits against the governor D. Francisco de Almeida and Duarte Nunes Nogueira, the ouvidor geral. The document transcribed below brings new elements for the analysis of this event and for the history of the making of the Atlantic world in the late 16th and early 17th centuries.
de escravos africanos foi um elemento importante para essa construção. O artigo atualiza a análise das Leyes Nuevas e do regimento de Tomé de Sousa inserindo-os nos debates e reflexões atuais da historiografia: da nova história política; da história conectada; e da ideia de complementaridade entre a política indigenista e o tráfico negreiro associada à construção da autoridade régia. O artigo sugere algumas conclusões: as práticas diferenciadas das Coroas de Portugal e Castela e sua aliança dinástica estabeleceram um campo unificado de experiências de colonização ibero-atlânticas; a expansão ultramarina foi um
elemento essencial para a construção da noção moderna de soberania e a problemática do domínio sobre as populações não cristãs uma de suas chaves explicativas; o escravismo, as formas senhoriais de dominação e as limitações da condição política e da liberdade
indígenas foram fatores que ampliaram a confusão entre o público e o privado nas sociedades americanas, caracterizando-as como repúblicas da instabilidade, marcadas pela distância radical entre a representação e caracterização da autoridade política e as práticas de dominação pelos agentes coloniais.
After the first moment of colonization, from 1493 with the conquest and territorial occupation of the islands of São Tome and Espanhola, and defined by the comission of broad powers to private agents, the Iberian crowns began to intercede in the relations of tutelage and slavery of Indians and Africans to establish the primacy of its power on colonial societies. An important landmark of intervention occurred between 1542 and 1549: in the Western Indies, through the creation of the viceroyalties and the New Laws, and in Brazil through the foundation of a general government and an outline of an Indian policy, such measures were articulated to the expansion and to achieve larger control of the African slave trade. Between the 1570s and 1590s the Iberian monarchical power was designed in an Atlantic imperial perspective, based on the complementarity between the forms of dominium over Indians and Africans. The policy of Philip III was the culmination of this process that defined the boundaries and resistances to that new power architecture.
"Mines of souls": trade of folk and Christian geopolitics (late 16th century)
Authors
During the last quarter of the sixteenth century, West Central Africa became an important stage for political and commercial disputes involving the succession crisis for the Portuguese throne, the patronage, and the enslaved trade. Different institutions, groups and agents disputed the ecclesiastical prerogatives and rents that were associated with trade. D. Henrique was the architect of the Luso-African patronage, developed a policy of influence over the Military Orders and the Inquisition, and found in the Society of Jesus its main ally, defining the kings of Congo as enemies and the conquest of Angola as a strategy. However, the new societies and interest groups established on the island of São Tomé and in different parts of West Central Africa, and their Euro-Atlantic connections, had great autonomy in relation to the monarchy. When Philip II incorporated Portugal into his Crown, his main objective was to bring together the two shores of the Mar Oceano. At the same time, he had to recognize and rearrange the pieces of a complex political puzzle.
Abstract: Between 1592 and 1593, the institution of the general government in Angola and the measure of direct subordination of the sobas, African chiefs, to the Crown led to an uprising of the conquerors and Jesuits against the governor D. Francisco de Almeida and Duarte Nunes Nogueira, the ouvidor geral. The document transcribed below brings new elements for the analysis of this event and for the history of the making of the Atlantic world in the late 16th and early 17th centuries.
de escravos africanos foi um elemento importante para essa construção. O artigo atualiza a análise das Leyes Nuevas e do regimento de Tomé de Sousa inserindo-os nos debates e reflexões atuais da historiografia: da nova história política; da história conectada; e da ideia de complementaridade entre a política indigenista e o tráfico negreiro associada à construção da autoridade régia. O artigo sugere algumas conclusões: as práticas diferenciadas das Coroas de Portugal e Castela e sua aliança dinástica estabeleceram um campo unificado de experiências de colonização ibero-atlânticas; a expansão ultramarina foi um
elemento essencial para a construção da noção moderna de soberania e a problemática do domínio sobre as populações não cristãs uma de suas chaves explicativas; o escravismo, as formas senhoriais de dominação e as limitações da condição política e da liberdade
indígenas foram fatores que ampliaram a confusão entre o público e o privado nas sociedades americanas, caracterizando-as como repúblicas da instabilidade, marcadas pela distância radical entre a representação e caracterização da autoridade política e as práticas de dominação pelos agentes coloniais.
numa nova concepção europeia de mundo que se delineia a partir
de meados do século XV. No século seguinte, os debates em torno do
conceito de dominium, as experiências de conquista e a perspectiva
missionária jesuíta reconfiguraram essa geopolítica, legitimando a tomada da terra em um “Novo Mundo” (Américas) e a escravização da
gente de um “Outro Mundo” (África Subsaariana). A complementaridade
atlântica funda a modernidade europeia, esbulho e mercantilização
foram as marcas indeléveis dessa civilização/barbárie.
inquisidor geral e vice-rei de Portugal, D. Alberto de Áustria, para
uma visitação do Santo Ofício nos bispados de Cabo Verde, São
Tomé e Brasil. A visitação tinha uma perspectiva atlântica porque já
era evidente a complementaridade entre essas partes para diferentes
agentes e instituições, inclusive para a Monarquia Hispânica.
vender cuerpos!
Las “minas de animas” se hacen con la destrucción de los cuerpos:
La carne más barata del mercado es la carne negra
(Seu Jorge)
Construtora OAS, em que 111 pessoas foram submetidas a condições
degradantes, análogas à escravidão, nas obras de ampliação do
Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, no contexto de
preparação para a Copa do Mundo de 2014. O caso envolveu uma
força tarefa composta por integrantes do Ministério do Trabalho e do
Emprego (MTE), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Justiça
do Trabalho (JT). Em seguida, apresentamos as entrevistas com os
auditores fiscais Srs. Renato Bignami e Luís Alexandre de Faria que
participaram da equipe do MTE.
estudo do homem no Tempo”, a reflexão sobre a escravidão terá como
ponto de partida que essa “instituição” é uma das mais antigas da
história humana, e ao mesmo tempo um problema do presente.