Aisenberg Didact de Las Ciencias Sociales PDF
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)
A lic ia R , W . d e C a m illo n i, S ilv ia G o jm a n , R a q u e l G u r e v ic h , A n a lía S e g a l,
u sta v o Ia ie s, C e c ilia B r a sla v sk y , F. J a v ier M er ch á n I g le s ia s ,
b i s c o F. G a r c ía P é r e z , A n a M a ría Q rradre d e L ó p e z P ic a s s o ,
lo s é H . S v a r z m a n , P e r la Z e lm a n o v ic h , Is a b e lin o A . S ie d e
Didáctica de
las ciencias sociales
A portes y reflexiones
Paidós Educador
PARTE I
LA H IST O R IA , LA G EO G R A FIA Y LA D ID A C T IC A
C O M O D ISC IPLIN A S C IEN T IFIC A S
C a pít u l o I
EPISTEMOLOGIA DE LA DIDACTICA
DE LAS CIENCIAS SOCIALES
Alicia R. W. de Camilloni
In t r o d u c c ió n
1. B ru n er , J er o m e, H a c i a u n a t e o r í a d e l a i n s t r u c c i ó n , M é x ic o , U T E H A , 1 9 6 9 , ca p . 4 .
2 . S te n h o u s e , L a w r e n c e , “ E l a p re n d iz a je h a c ia l a re sp o n s a b ilid a d ” e n E d m u n d J. K in g y
c o l.: L a s n e c e s i d a d e s d e l a s o c i e d a d m o d e r n a y l a f u n c i ó n d e l m a e s t r o , B u e n o s A ir e s , E l
A ten eo , 1 973.
EPISTEMOLOGÍA DE LA DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES 27
L a d id á c t ic a d e l a s c ie n c ia s s o c ia l e s c o m o d is c ipl in a
3 . F erry , G ilíe s , L e t r a j e t d e l a f o r m a t i o n . L e s e n s e i g n a n t s e n t r e l a t h é o r i e e t l a p r a t i q u e ,
P a rís, D u n o d , 1 9 8 3 . [T ra d. ca st.: E l t r a y e c t o d e l a f o r m a c i ó n , M é x ic o , P a id ó s , 1 9 9 1 .]
4 . M o o r e , T . W „ I n t r o d u c c i ó n a l a T e o r í a d e l a E d u c a c i ó n , M a d rid , A lia n z a , 1 9 8 0 .
28 DIDACTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES
énfasis en uno u otro argumento según quién sea el autor, que la teoría
didáctica no puede tener carácter científico en razón de su estrecha relación
con una actividad práctica como la actividad docente y por causa de sus
presupuestos valorativos, de su carácter normativo o prescriptivo y de los
modos de validación o justificación de sus conclusiones que son empleados
corrientemente.
Este razonamiento, sin embargo, parte de un supuesto que debe ser ana
lizado y discutido, porque el concepto de ciencia que se adopta responde a
la misma interpretación positivista de la ciencia, que para algunos
epistemólogos pone en cuestión, también, el carácter científico de las deno
minadas ciencias sociales.
Según ese concepto positivista de la ciencia, ella tiene como meta alcan
zar la verdad, y postula como ideal el logro de un conocimiento absoluto
de la realidad en sí misma. Pretende llegar a conocer la totalidad de su
dominio. Y, aunque algunos de estos autores acepten, incluso, que las teo
rías científicas tienen un carácter hipotético, metas móviles, un camino
itinerante y carencial, se descartan siempre de las teorías que son calificadas
como científicas todas las implicaciones normativas. En esta concepción, la
ciencia es eminentemente desinteresada, en el mismo sentido en que Aris
tóteles diferenciaba la teoría de la praxis y de la poiesis.
Así, pues, en este enfoque, razón y decisión, conocimiento y valores
están estrictamente separados entre sí. El interés y la inclinación son expul
sados de la ciencia. O son apartados, al menos, cuando no responden a lo
que se establece como racionalidad científica. Es el caso de Popper, por
ejemplo, cuando exige “como una las tareas más significativas de la crítica
científica, la desvelación de las confusiones de esferas de valor y la sepa
ración de cuestiones concernientes a valores puramente científicos como la
verdad, la relevancia, la sencillez, etc., de problemas extracientíficos”.5 Los
dominios del ser y del deber ser se diferencian rigurosamente. Y el campo
del deber ser queda librado a la irracionalidad. En su crítica a esta postura,
Jurgen Habermas sostiene que, a partir de esta concepción de la ciencia,
“cada valor individual aparece como un apelotonamiento de sentido, mar
cado tan sólo con el estigma de la irracionalidad. A causa de ésta, la pre-
5. P o p p er , K arl R ., “L a ló g i c a d e la s C ie n c ia s S o c ia le s ” , e n P o p p e r , K . R . A d o r n o , T .
D a h r e n d o r f y H a b erm a s, J ., L a l ó g i c a d e l a s C i e n c i a s S o c i a l e s , M é x ic o , G r ija lb o , 1 9 7 8 , p á g .
20.
EPISTEMOLOGÍA DE LA DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES 29
ponderancia de un valor sobre otro, esto es, el compromiso que tal valor
exige para su actuación, no puede de ningún modo fundamentarse”.6
En el marco de una concepción positivista o neopositivista de la ciencia,
por lo tanto, sería discutible toda afirmación que postule el carácter cientí
fico de la didáctica, del mismo modo que muchos enfoques y teorías de las
ciencias sociales caen bajo idéntico anatema racionalista. Para esta corrien
te, entonces, la didáctica es una disciplina que no puede ser considerada
como un punto de vista científico porque está íntimamente ligada a la bús
queda del logro práctico de los fines de la educación, comprometida, por
consiguiente y necesariamente, con un plexo de valores, con un discurso
que nunca puede excluir los juicios del deber ser, aunque sí pueden caber
dentro de ella diferentes teorías científicas.7 La didáctica, a partir de la
aceptación de una concepción positivista o neopositivista de la ciencia, es
una teoría diferente, no científica. Es una teoría práctica.
Frente a esta postura epistemológica, ejemplificada en Moore y Hirst, no
se trata de manifestar nuestro disenso centrando el eje de la discusión en
una descripción y una caracterización diferentes de las que se hace de la
didáctica, desde esa perspectiva.
Nadie podría afirmar seriamente que la didáctica es desinteresada y
objetiva, o que se limita a desarrollar un conocimiento explicativo o com
prensivo de los procesos que configuran su dominio y que no presenta
postulaciones normativas para la acción. Lo que sí debe discutirse, y se ha
discutido efectivamente, es el concepto positivista de la ciencia, en particu
lar cuando es aplicado al análisis de las ciencias sociales. En este terreno,
otros autores han revelado no sólo lo inapropiado de una concepción se
mejante, porque no describe lo que ocurre históricamente en este campo
de construcción de conocimiento, sino también porque es programáticamente
limitante, porque amputa desarrollos ya realizados y obstaculiza concrecio
nes posibles de los conocimientos acerca de las problemáticas sociales. Si
bien ninguna ciencia se limita a reflejar más o menos pasivamente el mundo
exterior, en las ciencias sociales la neutralidad valorativa es imposible. Es
en la región de construcción del conocimiento acerca de la sociedad y los
procesos sociales donde se advierte más intensa y directamente la importan
cia de los valores. Gunnar Myrdal asegura que la valoración es parte de la
6 . H a b erm a s, J u rg en , T e o r í a y p r a x i s , B u e n o s A ir e s , S u r, 1 9 6 6 , p á g . 1 4 1 .
7 . M o o r e , T . W ., o b . c it., p á g . 2 1 .
30 DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES
8 . C it a d o p o r J e iz y T o p o ls k y , M e t o d o l o g í a d e l a h i s t o r i a , M a d rid , C á te d r a , 1 9 8 3 , p á g .
261.
9 . P o p p er , K a r l, o b . c iL , p á g . 1 1.
EPISTEMOLOGÍA DE LA DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES 31
1 2 . H a b en m a s, J u rg e n , ‘T e o r ía a n a lític a d e la C ie n c ia y la D ia lé c t ic a ” e n L a l ó g i c a d e
l a s C i e n c i a s S o c i a l e s , o b . c it ,, p á g . 7 3 .
1 3 . P o p p e r , K a rl, c ita d o p o r R o jo (n o ta 1 0 ), o b . c it ., p á g . 1 1 3 y 1 1 4 .
1 4 . M a n s illa , H . C . F ., I n t r o d u c c i ó n a l a t e o r í a c r í t i c a d e l a s o c i e d a d , B a r c e lo n a , S e ix
B a rra i, 1 9 7 0 .
EPISTEMOLOGÍA DE LA DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES 33
15. H a b er m a s , J u rg en , T e o r í a y p r a x i s , B u e n o s A ir e s , Sur, 1 9 6 6 , p á g . 1 6 1 .
34 DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES
1 6 . B o u r d ie u , P ., C h a m b o re d o n , J. C . y P a s s e r o n , J. C ., E l o f i c i o d e s o c i ó l o g o . P r e s u
p u e s t o s e p i s t e m o l ó g i c o s , M é x ic o , S i g l o X X I , 1 9 8 6 , p á g . 2 7 .
1 7 . B a c h e la r d , G ., E p i s t e m o l o g í a , B a r c e lo n a , A n a g ra m a , 1 9 8 9 , p á g . 1 8 9 .
1 8 . F o u c a u lt , M ic h e l, L a s p a l a b r a s y l a s c o s a s , M é x ic o , S i g l o X X I , 1 9 8 6 , p á g . 3 5 4 .
S e g ú n F o u c a u lt, h a b la r d e c ie n c ia s d e l h o m b r e e s u n p u ro a b u s o d e l le n g u a je . N o s o n
c i e n c i a s , p e r o ta m p o c o fa ls a s c ie n c ia s ; s o n c o n fig u r a c io n e s e p is t e m o ló g ic a s q u e p er te n ec en ,
s in e m b a r g o , a l d o m in io p o s it iv o d e l sa b er — s o n c a s i c ie n c ia s .
EPISTEMOLOGÍA DE LA DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES 35
2 0 . Id em , p á g . 2 1 .
2 1 . Id em , p á g . 2 4 .
EPISTEMOLOGÍA DE LA DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES 39
2 3 . A p p le , M ic h a e l, I d e o l o g í a y c u r r í c u io , M adrid, A k a l, 1 9 8 6 , p á g . 1 1 9 .
2 4 . V e c a , S a lv a to r e , “ M o d o s d e la razón”, en A ld o G argan i (c o m p .) , C r i s i s d e l a R a z ó n ,
M é x ic o , S ig l o X X I , 1 9 8 6 , p á g . 2 5 7 .
2 5 . C a sto ria d is, C o m e liu s , “L a institución im ag in a ria d e la s o c ie d a d ” , e n E d u a rd o C o -
lo m b o : E l i m a g i n a r i o s o c i a l , M o n tev id eo , T up ac-N orda n, 1 9 8 9 .
EPISTEMOLOGÍA DE LA DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES 41
2 6 . B ru ner, J e ro m e, A c t o s d e s i g n i f i c a d o , M a d r id , A lia n z a , 1 9 9 0 , p á g . 1 3 3 .
2 7 . Id em , p á g . 4 9 .
C a pít u l o II
Silvia Gojman
I n t r o d u c c ió n
¿Cómo reconstruir los hechos del pasado? ¿Cómo comprender los fenó
menos sbaares 'pasad5"S‘y presentes? Es a partir de preguntas, problemas y
explicaciones como los historiadores logran organrzSry^érár^uizaHa'V a-
riada y~hetérógénea infqrmaciójijcpj. .que cüehtffirSm embargo, .esta Tn-
formación no tiene valor explicativo sin una teoría, sin un marco conceptual
que le dé sentido. En otras palabras, la concepción Histórica que posee el
historiador y los marcos conceptuales con los que trabaja funcionan como
organizadores de la información, ayudan a jerarquizarla y a encontrar las
generalizaciones necesarias para alcanzar la comprensión de los fenómenos.
> Que. los alumnos comprendan la Semana de Mayo implica que-tamhién
ellos puedan preguntar y obtener respuestas, y en el entramado de las pre
g u n ta sy .respuestas construyan su propia explicación de los .hechos, dpi
proceso histórico.
Lucien Febvre (1970) afirma: “Elaborar un hecho es construir. Es dar
soluciones a un problema, si se quiere. Y si no hay problema no hay
nada”, y Jacques Le Goff (1991): “No hay hecho o hecho histórico sino
dentro de una historia-problema”.
Conocerx6-Omprender-4a-RevcduciójideMayasignifica tambiéirqvíelbs
alumnos modifiquen y amplíen sus ideas sobre qué es una revolución como
proceso social de cambio, que descubran las relaciones .¿ articulaciones
existentes entre los hechos, que construyan nuevas relaciones y-que-con-
fronten sus propias hipótesis con los datos y la información que obtengatr.
Es, sin duda, tarea de la didáctica y de la psicología del aprendizaje
analizar qué pueden comprender los niños de estos procesos y cuál es el
modo más adecuado de trabajo en el aula.
En este capítulo nos limitaremos a mostrar, en primer lugar, cuál es el
recorrido histórico, y algunos de los problemas y discusiones que constitu
yen a la historia como ciencia. En segundo lugar, cuáles son los fundamen
tos de una nueva concepción de la historia que, tal como lo expresa José
Luis Romero (1988), estudia el pasado no como algo muerto sino como
“vida vivida, la que sigue viviendo en el presente de cada uno”.
Pensamos poder contribuir al debate y al intercambio de algunos de estos
temas que preocupan a los docentes. Nuestro objetivo es aportar ideas acer
ca de la historia que enseñamos, la que queremos enseñar, y reflexionar
acerca del “para qué” enseñamos la historia en la escuela.
46 DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES
L a h is t o r ia c o m o c ie n c ia : u n l a r g o c a m in o
a) ¿Q ué es la historia?
Después de esta larga cita, cabe una pregunta: ¿qué es la historia? Co
mencemos por definirla. No es una tarea fácil, porque la palabra “historia”
tiene múltiples acepciones. Tal como lo plantea Pierre Vilar (1980): “His
toria designa a la vez el conocimiento de una materia y la materia de ese
conocimiento”.
Es decir que el concepto historia incluye la realidad histórica tal y como
objetivamente aconteció y el conocimiento histórico , o sea la ciencia que
pretende develar la realidad histórica mediante el trabajo del historiador.
La importancia de la aclaración anterior reside en el hecho de que la
realidad histórica no siempre se corresponde con el producto del conoci
miento histórico. Podemos afirmar que así como existió una historia de la
Revolución de Mayo, de la Argentina o de América, existen múltiples y
muchas veces divergentes historias de cada revolución, de cada país o de
cada continente, pnrqv? ?p w el conocimiento t****1'* rniirl^ £
versiones y múltiples perspectivas, va q u e laliisto ria.de.. la íiumanidad está
hecha por una gran diversidad deD ombres v sociedades.
Un e je m p lo e n e s te se n tid o e s la h istoria" 3eT cIescu b rím ien to d e A m érica,^
LA HISTORIA: REFLEXIÓN Y COMPROMISO 47
Definir una ciencia es, ante todo, definir el objeto cuyo conocimiento
quiere alcanzar. Durante siglos, la historia fue considerada el relato de los
hechos del pasado. Esta concepción, hoy en crisis no totalmente superada,
limitaba este relato a los acontecimientos de la vida política: la vida gloriosa
de los “grandes hombres”, las guerras, las leyes, las instituciones. Desde el
Renacimiento, pero sobre todo durante el siglo XVIII, comenzó a ampliarse
el objeto de conocimiento de la historia. La reconstrucción histórica siguió
marcada por un fuerte sentido pragmático y político, pero las preguntas que
comenzaron a hacerse los historiadores cambiaron: la historia comienza a
ler la lección de donde se sacan enseñanzas políticas.
En el siglo XVIII, para Voltaire
[La historia] tratará de averiguar cuáles han sido el vicio radical y la virtud
dominante de una nación; por qué ha sido poderosa o débil en el mar; cómo
y hasta qué punto se ha enriquecido desde hace un siglo; los registros de las
exportaciones pueden decírnoslo. Querrá saber cómo se han establecido las
artes, las manufacturas; las seguirá en su paso y en su vuelta de un país a
otro. En fin, los cambios en las costumbres y en las leyes serán su gran tema.
Se sabría así la historia de los hombres en vez de conocer una pequeña parte
de la historia de los reyes y de las cortes.
e l e s t u d io c ie n t íf ic a m e n t e e la b o r a d o d e la s d iv e r s a s a c t iv id a d e s y d e la s
d iv e r s a s c r e a c io n e s d e lo s h o m b r e s d e o tr o s t ie m p o s , c a p ta d o s e n su f e c h a ,
e n e l m a r c o d e s o c ie d a d e s e x tr e m a d a m e n te v a r ia d a s y , s in e m b a r g o , c o m
p a r a b le s u n a s a o tr a s [ . . . ] ; a c t iv id a d e s y c r e a c io n e s c o n la s q u e c u b r ie r o n la
s u p e r f i c i e d e l a T ie r r a y l a s u c e s i ó n d e l a s e d a d e s ( F e b v r e , 1 9 7 0 ) .
d) L as teorías de la historia
e) L a objetividad en la historia
lo s ll a m a d o s d a to s b á s ic o s , q u e s o n lo s m is m o s p a r a t o d o s l o s h is to r ia d o r e s ,
m á s b i e n s u e l e n p e r t e n e c e r a l a c a t e g o r í a d e m a t e r i a s p r im a s d e l h i s t o r ia d o r
q u e a la h is to r ia m is m a [y ] la n e c e s id a d d e fija r e s t o s d a to s b á s ic o s n o s e
a p o y a e n n in g u n a c u a lid a d d e lo s h e c h o s m is m o s , s in o e n u n a d e c is ió n q u e
f o r m u l a e l h i s t o r i a d o r a p r io r i.
f ) La causalidad en la historia
S ig l o XX: n u e v o s a po r t e s
I n d u d a b le m e n te la h is to r ia s e h a c e c o n d o c u m e n t o s e s c r it o s . P e r o ta m
b ié n p u e d e h a c e r s e , d e b e h a c e r s e , s in d o c u m e n t o s e s c r ito s s i é s t o s n o e x is
te n . C o n to d o lo q u e e l in g e n io d e l h is to r ia d o r p u e d e p e r m itir le u tiliz a r p a r a
f a b r i c a r s u m i e l , a f a l t a d e l a s f l o r e s u s u a l e s . P o r t a n t o , c o n p a la b r a s . C o n
s ig n o s . C o n p a is a j e s y c o n te ja s . C o n fo r m a s d e c a m p o y ( m a la s h ie r b a s . C o n
e c li p s e s d e lu n a y c a b e s t r o s . C o n e x á m e n e s p e r i c i a l e s d e p ie d r a s r e a l i z a d o s
54 DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES
r s ' . c ,-
A MODO DE CIERRE
U n a c o n c i e n c i a h i s t ó r i c a c e r t e r a p u e d e p r o v e e r a l h o m b r e d e u n c r it e r io
s e g u r o p a r a l a a c c ió n ; a n te e l m u n d o s a b r á d e s c u b r i r l o s e s p e c t r o s q u e — c r e a
d o s p o r fu e r z a s a n ó n im a s — p u e d e n s e r d e s t r u id o s , e v it a n d o a s í s u p e lig r o ;
sa b r á d e s c u b r ir la s e m p r e s a s q u e la s g e n e r a c io n e s p a s a d a s e m p r e n d ie r o n y
q u e e s d e b e r s u y o p r o se g u ir ; s a b r á p o r ú lt im o q u e c a d a é p o c a c o m o c a d a
h o m b r e d e b e j u g a r s u ca rta : h a c e r l a h i s t o r i a y n o d e j a r l a h a c e r .
B ib l io g r a f ía
I n t r o d u c c ió n
U N I«OCO DÉ HISTORIA
L a s “nuevas m etodologías ”
L o s m ejores proceres
Desde los años 70 en adelante, y con más fuerza a partir de los 80, la
preocupación por el papel que tienen las ideas de los chicos en el proceso
de enseñanza-aprendizaje aparece en el centro del déBate. Los discutios
provenientes"te'la psicología, y especialmente- 3é la psicología genética,
sesgaron la tarea didáctica.
La aspiración de adaptar los contenidos de laenseñanza a las formas de
pensar de los chicos se transformó en una preocupación para quienes éiise^
fiábamos.
Este objetivo estuvo presente en muchas de nuestras prácticas cotidianas.
Pero tras la saludable inclusión en la escuela de la preocupación por “en
señar a pensar” a íos alumnos, también se gestaron algunos malentendidos:
Esta afirmación abonó erróneamente la defensa de un supuesto aprender
a pensar en abstracto, en el que se le restaba importancia a una parte esen
cial del problema: la relación necesaria entre los procesos de pensamiento
y el objeto de conocimiento, es decir, aquello sobre lo cual se piensa.
En la práctica, este malentendido tuvo el efecto de desequilibrar el peso
que se les otorgaba a los contenidos en el proceso de enseñanza-aprendizaje.
Este desequilibrio fue más notorio en algunas áreas.
Las didácticas de la matemática y la lengua contaban con algunos traba
jos que investigaban puntualmente los procesos de construcción de conoci
miento en relación con temas específicos. Esto les permitió centrarse con
mayor facilidad en el objeto de conocimiento que debían enseñar, aunque
de todas maneras no estuvieron exentas de estos malentendidos.
En el caso de las ciencias sociales el problema resultó mayor, porque no
estaba en el centro de las discusiones cuál era el objeto de conocimiento al
que se debía facilitar el acceso de los chicos, y porque, además, las primeras
indagaciones respecto de la construcción de las nociones sociales fueron
talmente tardías.
También apareció cierta creencia de que, de acuerdo con su desarrollo
cognitivo, los alumnos estaban en condiciones de comenzar a pensar prime
ro su familia, luego su barrio, su partido, su provincia, y así sucesivamente
hasta pensar el mundo. Basadas en esta idea aparecieron propuestas de
ordenamiento de los contenidos que seguían una secuencia fija. En el pri
mer ciclo había que centrarse en contenidos como la casa, la familia, el
\barrio, la escuela y el partido. Luego avanzar hacia la provincia, el país y
el mundo en los grados superiores.
LA ESCUELA PRIMARIA Y LAS CIENCIAS SOCIALES 91
2 . A lg u n o s d e lo s a u to re s d e e s ta c o rr ie n te s o n L o d i, M ., E l p a í s e r r a d o , B a r c e lo n a , L a ia ,
1 9 7 7 ; L u c , J. N ., L a e n s e ñ a n z a d e l a h i s t o r i a a t r a v é s d e l m e d i o , B u e n o s A ir e s , K a p e lu sz ,
1 9 8 1 ; D e b e s s e , A ., E l e n t o r n o e n l a e s c u e l a , u n a r e v o l u c i ó n p e d a g ó g i c a , B a r c e lo n a , F o n ta n ella ,
1 9 7 7 ; H a n n o u n , H ., E l n i ñ o c o n q u i s t a e l m e d i o , B u e n o s A ir e s , K a p e lu s z , 1 9 7 7 .
LA ESCUELA PRIMARIA Y LAS CIENCIAS SOCIALES 9S
In t e n t a r l a r u p t u r a d e l c o n t r a t o b á s ic o
Situación 1
Situación 2
Situación 3
Llega desde Buenos Aires una orden de atacar el principal bastión de las
fuerzas españolas. Nuestras tropas no se encuentran en las mejores condi
ciones y las probabilidades de éxito son escasas. Si desobedecemos las
órdenes del gobierno seremos juzgados todos los oficiales. ¿Qué hacemos?
Definir a la ciencia como uno de los ejes de los contenidos de esta área
no es, inicialmente, más que una declaración de principios.
Pero, ¿qué significa en la práctica esta afirmación?, ¿transformar a la
escuela en un espacio de investigación?, ¿trabajar con los mismos materia
les o lecturas que utilizan los científicos?, ¿suponer que existe una ciencia
aséptica, despojada de valores, que es la que se debe enseñar?
No es posible hacer ciencia en la escuela, entre otras razones porque ésta
no es esencialmente un espacio de producción de conocimiento sino de su
transmisión. Por otro lado, los chicos no manejan las habilidades cognitivas
requeridas para trabajar dentro del territorio de las diferentes disciplinas de
la manera como lo hacen los científicos. Y, por último, no existe ciencia
despojada de ideología. Los científicos definen los marcos teóricos e ideo
lógicos desde los cuales construyen el conocimiento; el saber científico es
un saber cargado de ideología. Los chicos no pueden hacer esto, aunque
utilizan sus propias ideas para reconstruir el conocimiento.
En el caso de la escuela, hay una toma de postura ideológica tanto en la
definición de los objetivos más generales del sistema como en los enfoques
disciplinares desde los cuales se seleccionan los contenidos.
Apoyar nuestros programas de estudio en los productos de la ciencia
significa acercar la información, los conceptos, los valores y los métodos
producidos por la comunidad científica al trabajo escolar. En este sentido
podemos hablar de un camino viable.
102 DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES
L a m a r c h a d e lo s c o n o c im ie n t o s “ a p u n ta ” h a c ia e l o b je to e n s í, p e r o n o
l o g r a a tr a p a r lo e n t e r a m e n t e . S u b s i s t e s i e m p r e u n a d i s t a n c i a . D e e s t e m o d o ,
lo s o b je t o s d e c o n o c im ie n t o c o n s t r u id o s tie n d e n a la r e a lid a d c o m o a u n
lím it e .3
3. C a s to rin a , J o s é A ., P r o b l e m a s e n P s i c o l o g í a G e n é t i c a , l a p o s i c i ó n d e l o b j e t o , B u e n o s
A ir e s , M iñ o y D á v ila E d ito re s , 1 9 8 9 , p á g . 4 5 .
LA ESCUELA PRIMARIA Y LAS CIENCIAS SOCIALES 103
4 . B a c h e la r d , G a s tó n , L a f o r m a c i ó n d e l e s p í r i t u c i e n t í f i c o , B u e n o s A ir e s , S ig lo X X I ,
1972.
5 . D o m ín g u e z , J e s ú s , E l l u g a r d e l a h i s t o r i a e n e l c u r r i c u l u m 1 3 - 1 6 . L a e n s e ñ a n z a d e
l a s C i e n c i a s S o c i a l e s , M a d r id , A p r e n d iz a je V is o r , 1 9 8 9 .
104 DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES
L a ciencia y el aula
6 . B a c h e la r d , o b . cit.
7 . G o m b r ic h , W ., M e d i t a c i o n e s s o b r e u n c a b a l l o d e j u g u e t e , B a r c e lo n a , S e i x B arra l,
1965.
LA ESCUELA PRIMARIA Y LAS CIENCIAS SOCIALES 105
largo del trabajo en esta área, los chicos dejen de pensar el barrio sólo como
un barrio en particular, el que conocen más, para empezar a pensarlo como
aquello que todos los barrios tienen en común y que los define como tales.
Un grupo de alumnos de primer ciclo de una escuela de la Capital Fede
ral trabajaba el tema barrio-ciudad. La pregunta que se les formulaba era:
“¿En qué se parecen y en qué se diferencian los barrios de una ciudad?”.
Algunas de las respuestas fueron: “Son distintos porque en algunos hay más
negocios”, “En algunos hay más bancos”, “Hay algunos que vas solamente
para hacer las compras”, “En algunos hay más gente de día que de noche”.
Sin duda, los chicos están organizando percepciones, experiencias, reunién
dolas en proposiciones, de acuerdo con algún criterio. Sin duda, no es ésta
la categorización de un barrio que haría un urbanista, aunque la pregunta
que se les ha planteado los ha puesto ante una tarea de análisis y síntesis
que les ha permitido arribar a una conceptualízación que, aunque precaria,
empieza a acercarlos a una forma de ordenar la información.
Además de conceptos, la ciencia posee sus propios métodos de investi
gación y verificación del conocimiento, es decir, caminos normatizados
para la producción y validación del saber.
En este sentido resulta interesante el esquema planteado por Gregorio
Kliniovsky que permite pensar estas instancias dentro de tres contextos:
• Contexto de descubrimiento.
• Contexto de verificación.
• Contexto de uso o aplicación.
E s t e c o n t e x t o d e d e s c u b r im ie n t o tie n e m u c h o q u e v e r c o n e l p r o c e s o d e
p r o d u c c i ó n d e l c o n o c i m i e n t o y a q u í e n g r a n m e d i d a e s t á i n s e r t a b u e n p a r te
d e la c r e a tiv id a d ...8
9. B u n g e , M a r io : Q u é e s l a c i e n c i a . L a c i e n c i a , s u m é t o d o y f i l o s o f í a , B u e n o s A ir e s ,
S ig lo X X I, 1 980.
LA ESCUELA PRIMARIA Y LAS CIENCIAS SOCIALES . 107
Pero para poder confrontar una hipótesis ésta debe tener determinadas
características. En principio, debe ser falsable, es decir, debe permitimos
oponerla a la realidad, debe afirmar un estado de cosas que requiera ser
demostrado.
Puede resultar una tarea interesante de construcción grupal definir lo
siguiente: ¿qué le vamos a preguntar a la información o qué ideas tenemos
sobre determinada zona de la realidad? E incluso, ¿qué datos nos permitirían
confirmar y cuáles desconfirmar esta idea?
La posibilidad de verificación de las proposiciones o hipótesis no se
realiza solamente sobre la vía de la experiencia, sino también mediante
procedimientos lógicos o deductivos. En muchos casos la ciencia construye
nuevos razonamientos a partir de otros, aplicando reglas lógicas o procedi
mientos explicativos.112
Las relaciones de subordinación, de causalidad, etcétera, constituyen
instrumentos a través de los cuales se avanza en la construcción del cono
cimiento. Los chicos deben utilizar este tipo de explicaciones para entender
muchos de los contenidos implicados en los textos de historia y geografía.
La causalidad que une a la independencia de Estados Unidos con la Revo
lución de Mayo no es evidente para un chico. La relación planteada entre
hechos que están separados en el espacio y en el tiempo es también un
contenido que trabajar.
Hasta aquí hemos sostenido idea de que los contenidos del área de
ciencias sociales que la escueí iebe enseñar no son solamente hechos, sino
t ' E s ta tr a n s fo r m a c ió n d e m o g r á f ic a d e l p a ís r e s p o n d ía a lo s in t e n s o s c a m
b io s e c o n ó m i c o s q u e s e h a b ía n p r o d u c id o d e s d e q u e c o m e n z a r o n a r e fin a r -
j s e lo s g a n a d o s v a c u n o y o v in o y a e x te n d e r s e la s á r e a s d e c u lt iv o d e
c e r e a l e s . E n 1 8 8 3 s e in s t a la r o n lo s p r im e r o s f r ig o r í f i c o s a r g e n t i n o s , q u e a l
cabo de poco tie m p o fu e r o n so b rep a sa d o s p o r lo s q u e se crearon con
c a p ita le s b r itá n ic o s y n o r te a m e r ic a n o s p a r a s e r v ir a la s dem andas del
m e r c a d o i n g l é s . [ . . . ] E l i n t e n s o t r a j ín q u e s e a d v e r t í a e n l o s p u e r t o s — e n
B uenos A ir e s , e n L a P la ta y e n R o s a r io , t o d o s de a ir e c o s m o p o l i t a —
o b lig ó a e m p r e n d e r la s o b r a s q u e lo s c a p a c ita r a p a r a s o p o r ta r e l c r e c ie n t e
m o v im ie n t o . E n 1 8 9 0 s e in a u g u r a r o n lo s tr a b a jo s d e l p u e r to d e L a P la ta
y d e u n a s e c c ió n d e l d e B u e n o s A ir e s , q u e d a n d o c o n c lu i d o e s t e ú lt im o
s ie t e a ñ o s d e s p u é s . C o n tin u ó , e n tr e ta n to , la p r o lo n g a c ió n d e la r e d fe r r o
v ia r ia , q u e e m p e z ó a c a e r d e n tr o d e l m o n o p o lio d e l o s c a p it a le s in g le s e s
p o r la d e lib e r a d a d e c is ió n d e l g o b ie r n o , s e g ú n e l p r in c ip io d e q u e s ó lo la s
r u ta s i m p r o d u c t i v a s d e b í a n s e r e x p l o t a d a s p o r e l e s t a d o . [ . . . ] G a r a n t i z a d a s
la s in v e r s io n e s , l o s g r u p o s f in a n c ie r o s e x tr a n je r o s o f r e c ie r o n a l esta d o
a r g e n tin o s u c e s iv o s e m p r é s tit o s . [ . . . ] Q u e d a r o n e n s u s m a n o s lo s d o s g r a n
d e s s is t e m a s in d u s tr ia le s d e c a r á c te r m o d e r n o q u e s e h a b ía n o r g a n iz a d o
\ h a s t a e n t o n c e s : lo s fe r r o c a r r ile s y J o s f r ig o r íf ic o s ; p e r o a l m is m o t ie m p o
¡ su r g ie r o n e n tr e 1 8 8 0 y 1 8 9 0 , e s p e c ia lm e n t e e n B u e n o s A ir e s , o tr a s in d u s -
i tr ia s m e n o r e s v d e s a r r o lla d a s c o n c a p it a le s m e d ia n o s , e s p e c ia lm e n t e e n e l
j c a m p b d e la s a r te s g r á fic a s , d e la a lim e n t a c ió n , d e la c o n s t r u c c ió n y d e l
I v e s t id o . E n u n a s y o tr a s c o m e n z a r o n a c r e a r s e c o n d ic io n e s d is tin ta s d e la s
j t r a d ic io n a le s p a r a lo s o b r e r o s a s a la r ia d o s q u e tr a b a ja b a n e n e ll a s . L a r g a s
{ j o m a d a s y , s o b r e t o d o , s a la r io s q u e d is m in u ía n e n s u p o d e r a d q u is it iv o a
m e d id a q u e c r e c ía la in f la c ió n .
LA ARGENTINA DEL 80
Construir este cuadro implica que los chicos entiendan que el desarrollo
del modelo se sostiene tanto en la infraestructura como en el capital inver
tido. Que el modelo de desarrollo requiere de mano de obra y genera po
sibilidades de trabajo; esto permite entender el proceso inmigratorio y el
surgimiento de nuevas formas institucionales y culturales. Al mismo tiempo,
y en el nivel de lo político, la organización del Estado aparece como un
elemento central.
Los alumnos tendrán serias dificultades para comprender el concepto de
Estado. La tarea de reconocerlo detrás de decisiones puntuales tales como
el establecimiento de un sistema educativo común, la organización de un
ejército nacional, la creación de un registro civil, probablemente facilite a
la rg o plazo la formación de ese concepto.
Podemos entonces sostener que contamos con una “idea fuerte” qué
*
% o
LA ESCUELA PRIMARIA Y LAS CIENCIAS SOCIALES 113
A m odo de síntesis
Raquel Gurevich
P r e s e n t a c ió n
Quizá sea la geografía, dentro de las materias del área de Ciencias So
ciales, la más cuestionada por sus contenidos y por los problemas que
presenta su enseñanza en el aula, pero es, a la vez, la más abandonada: poco
se han ocupado de ella las nuevas corrientes pedagógicas, no cuenta con
suficiente difusión de bibliografía actualizada, y su valoración y legitima
ción como ciencia social son todavía relativamente bajas.
Las dificultades con las que los maestros trabajan son muchas y muy
variadas; en particular, en lo que se refiere a los contenidos de la disciplina,
lo hacen en un marco de dudas y confusión acerca de la pertinencia y la
actualidad de los temas. El malestar que provoca enseñar siempre lo mismo
y del mismo modo tiene su contraparte en la insatisfacción de los alumnos,
por tener que aprender de memoria abundante información, generalmente
muy alejada de sus inquietudes e intereses. Frente a esto, las casi únicas
salidas que tiene el docente para combatir el aburrimiento y lograr que los
chicos aprendan los temas escolares de la geografía son apelar a la invéntiva
o la intuición, recurrir a las noticias de los diarios y la TV, o la consulta
esporádica y asistemática a alguna publicación reciente.
Los libros de texto que existen en plaza mayoritariamente no abordan
problemáticas del mundo de hoy; edición tras edición, presentan los mismos
contenidos, con alguna actualización estadística y nuevos modos discursi
vos que atrapan más a los chicos, pero en general es escasa la incorporación
de elementos que favorezcan la explicación y comprensión de los fenóme-
64 DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES
■ Pa r a s it u a r s e m e j o r
¿Por dónde empezar? Pensamos que será útil recorrer, aunque sea muy
brevemente, las principales corrientes de nuestra disciplina que participaron
y siguen participando del debate teórico-metodológico. Esta panorámica
permitirá situar, con mayor claridad, el alcance de la renovación crítica
Ocurrida en los últimos años. En un segundo momento, analizaremos las
'distintas visiones de la relación naturaleza-sociedad que han prevalecido en
Oída una de las grandes corrientes del pensamiento geográfico.
D is tin ta s c o r r ie n te s en g e o g r a fía
Así como las formas cambian en el mundo real, las concepciones tam
bién lo hacen. Queremos decir que los conceptos no son eternos, sino his
tóricamente construidos. En tal sentido, analizaremos ahora, por ser una
relación fundamental en la geografía, distintas visiones de la relación natu
raleza-sociedad que han tenido lugar a lo largo del tiempo.
En el transcurso de la historia de nuestra disciplina, el concepto de la
relación naturaleza-sociedad ha ido modificándose.
En algunos momentos el peso estuvo en lo natural exclusivamente; en
otros, en una relación asimétrica donde la naturaleza imponía sus condicio
nes al hombre; en otros, en una relación de mayor control por parte de los
hombres, y así sucesivamente. Podemos sintetizar las diferentes posturas,
aun con riesgo de caer en cierto esquematismo, del siguiente modo. Según
Vila Valenti (1984):
Pa r a e x pl ic a r m e j o r
El espacio no-esjin a cosa ni un lugar donde las cosas-están, sino que “es
un conjunto de cosas y relaciones ju ntas” (Santos, 1988). Está formado ppr
dos componentes que se integran continuamente: un conjuntó’de cimientos
L naturalMriní&^
derelaclóhés'sbcjales, q u e "d e fín ^ u ñ a~ so c ie^
uñ^ccSjíuffi)
que tienen las distintas formas espaciales, porque es el uso social el que les
da significa d a
La base natural se va modificando por masas de construcciones e inver
siones de todo tipo que, en distintos momentos históricos, se van depositan
do sobre la superficie terrestre. Esta transformación se lleva a cabo a través
de las distintas fases del proceso productivo (producción, circulación, dis
tribución, consumo). Ellas quedan cristalizadas en las formas espaciales;
por lo tanto, la división territorial del trabajo resulta un concepto básico
para entender cómo se organiza un espacio. Este concepto cambia históri
camente, pues, por ejemplo, la división del trabajo de la época colonial no
es la misma que la actual. No podemos seguir hablando de países exporta
dores de materias primas y países industrializados como eran entendidos
para el siglo XIX, pues hoy básicamente las relaciones comerciales se hacen
centro-centro, quedando la periferia excluida del intercambio. Por lo tanto,
estudiar la actual división territorial del trabajo es un punto clave para
interpretar el mapa del mundo de hoy.
“Es todo aquello que vemos, que nuestra vista alcanza” (Santos, 1988).
El conocimiento de un paisaje está muy ligado a la percepción que de él
tenemos, pues no es el mismo paisaje el que aparece desde e í nivel deí süelo
que desde un balcón, o el registro que tiene un niño rural y otro que vive
en el medio urbano. No sólo depende del punto de referencia que tomemos
sino también de la selección que todo observador realiza cuando observa.
Se trata, pues, de superar los aspectos fenomenológicos (lo visible, lo ob
servable, el modo como el fenómeno se presenta) para llegar a “captar su
significado”.
Mucho se ha hablado de la diferencia entre paisaje natural y paisaje
cultural, humanizado o artificial. Recuperando algunas ideas que tratamos
anteriormente, podemos decir que el paisaje natural hoy día prácticamente
no existe, pues ha sido transformado por el hombre, constituyendo entonces
el llamado paisaje artificial. Cuando más compleja y con mayor grado de
desarrollo es la vida social, más artificial es el paisaje. Ya dijimos que en
los últimos 50 años el mundo ha “fijado” gran cantidad y diversidad de
objetos atornillándolos a la superficie terrestre. Las ciudades son el mejor
ejemplo de esto: selvas de hormigón, cemento, acero y vidrio.
74 DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES
Diremos entonces que lo que ocurre en el Chaco “tiene que ver” con lo
que ocurre en otras áreas del país (Buenos Aires, Rosario, Córdoba, que
; consumen el producto) y aun en lugares extranacionales (Taiwan, que avan-
i za en la colocación de textiles). Vemos, entonces, cómo la respuesta a una
j pregunta que partía de lo regional nos llevó a un ámbito más general, el
UN DESAFÍO PARA LA GEOGRAFÍA: EXPLICAR EL MUNDO REAL 77
M undialización y globalización
Por ejemplo, la pasada Guerra del Golfo fue seguida por todos los ojos
del mundo a través de una sola mirada. Un banco de datos de importancia
tiene usuarios en más de 30 países. A través de .una videoconferencia es
posible un inmediato encuentro internacional sobre cualquier tema, en el
cual los participantes no necesitan moverse de sus casas. Los tendidos de
redes de cables de fibra óptica aumentan cientos de veces la capacidad de
transmitir información. Una baja pronunciada de las acciones en la Bolsa de
Tokio puede arruinarle el desayuno a un inversor de Nueva York (Landesman,
1991).
UN DESAFÍO PARA LA GEOGRAFÍA: EXPLICAR EL MUNDO REAL 79
U n e f e c t o d e la s n u e v a s t e c n o lo g ía s [ . . . ] e s a u m e n ta r la d is ta n c ia s o c ia l
e n tr e q u ie n e s tie n e n a c c e s o a e lla s y la s u sa n y q u ie n e s n o . E n v e z d e
u n if ic a r e l p la n e t a y c o n v e r tir lo e n u n a a ld e a g lo b a l , h a n r e e m p la z a d o la s
b arreras d e l tie m p o y d e l e s p a c io p o r b arreras d e a c c e s o , p r iv ile g io y c a p a
c id a d . [...] C a d a o la a d ic io n a l d e n u e v a s te c n o lo g ía s [ . . . ] r e fu e r z a e sa s
b a rrera s, c o n v ir t ie n d o a q u ie n e s v iv e n e n u n m is m o p a ís — e in c lu s iv e e n la
m is m a c iu d a d — n o s ó lo e n d e s c o n o c id o s s in o e n e x tr a n je r o s e l u n o p a ra e l
o tr o (W . B a m e tt P e a r c e , 1 9 9 2 ).
abiertas, son más vulnerables, es decir que no son más autónomas (Santos,
1988).
Comprender una región pasa por entender el funcionamiento de la eco
nomía en un nivel global y su repercusión en el territorio de un país. Cobra
especial importancia, entonces, identificar la presencia y el comportamiento
de aquellos agentes involucrados en el proceso. Nos referimos a la necesi
dad de analizar el papel del Estado, los diferentes actores individuales o
sociales, las instituciones, las empresas, etcétera.
Desde esta concepción, hay cambios permanentes en los límites regiona
les; ya no son de una vez y para siempre los mismos y los tiempos que
pueden durar esas divisiones regionales son también muy variables.
“Como el espacio se toma uno para atender a las demandas de la
globalización, las regiones aparecen como las distintas versiones de la
mundialización” (Santos, 1988). Es interesante destacar que cuanto mayor
es el grado de mundialización, más singulares y particulares se erigen los
lugares. Justamente porque hacen jugar sus especificidades de forma com
petitiva, y así afirman su diferenciación geográfica.
Cualquier fracción del planeta se entiende, entonces, desde el cruce de
la realidad global con sus condiciones particulares. Esto implica tener en
cuenta la historia del lugar, las condiciones preexistentes al momento de
la internacionalización. Así podemos explicar cómo el mismo proceso
global en escala mundial tiene distintos resultados particulares, según los
lugares.
Si tenemos en cuenta que la región ha cambiado de significado, pues hoy
el mundo se encuentra organizado en subespacios articulados dentro de qna
lógicajjlobal, resulta más explicativa de tal realidad la conceptualización de
circuitos espaciales de producción. Los circuitos permiten reconstruir las
distintas fases o .eslabones del proceso productivo de un determinado pro
ducto. Se entiende por circuito productivo al
c o n ju n to d e e n c a d e n a m ie n to s q u e s e v e r if ic a n d e n tr o d e u n a m is m a a c tiv i-
d a d p r o d u c t i v a y q u e s e v i n c u l a n e n t r e s í d a n d o lu g a r a u n p r o c e s o s e c u e n c i a l
y o b lig a d o , q u e v a d e s d e la o b t e n c ió n d e la m a t e r ia p r im a in i c ia l h a s t a la
e n tr e g a d e l p r o d u c to e la b o r a d o a l m e r c a d o d e c o n s u m o fin a l (R o fm a n y
o tr o s, 1 9 8 7 ).
82 DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS SOCIALES
d e fle x ió n f i n a l ^ J
B ib l io g r a f ía