1323-Texto Del Artículo-1491-1-10-20160406

Descargar como pdf o txt
Descargar como pdf o txt
Está en la página 1de 15

¿HACIA UNA MICROHISTORIA

ECONÓMICA?

¿RUPTURA CON LA MICROHISTORIA TRADICIONAL?

E n los ú l t i m o s a ñ o s h a n aparecido artículos y libros que


a b o r d a n , de manera novedosa, la historia e c o n ó m i c a de
M é x i c o . Este comentario se o c u p a r á de u n o de esos traba-
jos, el d e l historiador tapatío A n t o n i o Ibarra, i n t i t u l a d o La
organización regional del mercado interno novohispano. La econo-
mía colonial de Guadalajara 1770-1804} E l p r i n c i p a l objetivo
de esta o b r a consiste en elaborar " u n m o d e l o de contabili-
dad regional "basado en una fuente privilegiada: las Relacio-
nes sobre Guadalajara, elaboradas p o r el i n t e n d e n t e Tosé
F e r n a n d o A b a s a d y Sousa entre 1802 y 1803.* E l autor se
p r o p o n e demostrar la u t i l i d a d de la a p l i c a c i ó n de u n mode-

1
A n t o n i o IBARRA: La organización regional del mercado interno novohispa-
no. La economía colonial de Guadalajara, 1770-1804. M é x i c o : B e n e m é r i t a
U n i v e r s i d a d A u t ó n o m a de Puebla, 2000.
2
L a f u e n t e i m p r e s a q u e n u e s t r o a u t o r d e n o m i n a Relaciones sobre Gua-
dalajara, fue e d i t a d a p o r vez p r i m e r a e n la o b r a d e R a m ó n M a . SERRERA
CONTRERAS: Estado económico de la intendencia de Guadalajara a principios del
siglo XIX: la 'Relación'de José Femando deAbascaly Sousa de 1803, J a h r b u c h
f ü r G e s c h i c h t e v o n Staat. W i r t s c h a f t u n d Gessellschaft L a t e i n a m e r i k a s ,
t o m o 1 1 , C o l o n i a , p p . 121-148. A h o r a , I b a r r a " h a reclasificado su i n f o r -
m a c i ó n c o n u n a n u e v a a p r e c i a c i ó n " , a u n q u e sostiene h a b e r p r o c u r a d o
" n o s o m e t e r n u e s t r o t e s t i m o n i o a o p e r a c i o n e s q u e a l t e r e n su c o n t e n i -
do", IBARRA, 2 0 0 0 , p . 24.

HMex, L I : 2, 2001 429


430 GUILLERMINA DEL VALLE P. Y LUIS GERARDO MORALES M.

lo cuantitativo para el estudio de la o r g a n i z a c i ó n e c o n ó m i -


ca colonial a "escala regional", 3 y para ello desarrolla u n do-
ble ejercicio interpretativo, e l "de c o m b i n a r u n enfoque
regional c o n e l manejo cuantitativo de la i n f o r m a c i ó n , y
p o r a ñ a d i d u r a , explotar de otra manera fuentes que, aun
conocidas, n o h a b í a n sido revaloradas suficientemente".*
El autor parte de la siguiente premisa: la historia regional
concebida c o m o "lo particular" de u n m o d e l o n o significa
necesariamente su f r a g m e n t a c i ó n e m p í r i c a . E l estudio de la
e c o n o m í a regional de Guadalajara plantea sólo una escala di-
ferente de observación del " p r o c e d i m i e n t o de prueba" de
u n a perspectiva teórica m á s amplia. Dicha escala permite una
c o m p r e n s i ó n particularizada de las limitaciones estructura-
les del sistema e c o n ó m i c o novohispano y del i m p e r i o espa-
ñ o l a fines del siglo X V I I I . T a l perspectiva se expone de mane-
ra didáctica en la p r o p i a jerarquía expositiva de los seis temas
que abarca el l i b r o cuyo último c a p í t u l o (dedicado expresa-
m e n t e a la i n t e r p r e t a c i ó n de la fuente p r i n c i p a l ) consiste en
u n a "lectura histórica del m o d e l o e c o n o m è t r i c o " , ya que, se-
g ú n afirma A n t o n i o Ibarra, allí "se resumen los puntos noda-
les de la internretación especialmente anuellos eme prueban
el p a t r ó n de articulaciones regionales con la e c o n o m í a colo¬
n i a l y el sector externo, así como t a m b i é n las implicaciones
internas' Cjuc rcsu.lt3.ii de externa [con rela-
c i ó n ] al t i p o de oferta regional". 5
Veamos c o n mayor d e t e n i m i e n t o las implicaciones de es-
te enfoque. E l autor p r o p o n e u n a historia e c o n ó m i c a de ín-
dole cuantitativista, aunque nada complaciente n i con el
empirismo de los historiadores "cuenta chiles", n i con "la de-
b i l i d a d t e ó r i c a " de la m i c r o h i s t o r i a mexicana d o m i n a n t e . 6
C o n esta postura, I b a r r a arriesea u n a i n t e r p r e t a c i ó n global
d e l sistema e c o n ó m i c o novohispano y t o m a distanda de la
historia regional entendida sólo c o m o u n a m i c r o g e o g r a f í a .
A pesar de que el m o d e l o cuantitativo aplicado contiene sus

3
IBARRA, 2 0 0 0 , p . 2 3 .
4
IBARRA, 2 0 0 0 , p . 2 4 .
5
IBARRA, 2 0 0 0 , p . 25.
6
IBARRA, 2 0 0 0 , p . 28.
¿HACIA UNA MICROHISTORIA ECONÓMICA? 431

propias limitaciones, 7 Ibarra sigue u n camino distinto de lo


que él considera la microhistoria tradicional. 8 Nuestro autor
recrea el enfoque de inspiración marxista del historiador
Carlos Sempat Assadourian, de quien t o m a la c o n c e p c i ó n
de espacio histórico para reconocer "otra escala de contex-
tos espaciales que partieran de la c o n s i d e r a c i ó n del carácter
fracturado de la A m é r i c a e s p a ñ o l a " . 9
El reconocimiento del espacio e c o n ó m i c o regional como
una cuestión de escala, sugiere una c o n c e p c i ó n de la micro-
historia m á s vinculada con los estudios históricos de Cario
G i n z b u r g y Giovanni Levi, autores que, p o r cierto, Ibarra no
menciona en su l i b r o . 1 0 En ellos, la microhistoria se basa en la
r e d u c c i ó n de la escala de observación en u n análisis micros-
c ó p i c o y en u n estudio p r o f u n d o del material d o c u m e n t a l . 1 1

7
Se s o b r e e n t i e n d e q u e el " m o d e l o c u a n t i t a t i v o " d e j a a u n l a d o t o d o
l o referente a los e l e m e n t o s "cualitativos" d e l c r e c i m i e n t o e c o n ó m i c o , l o
c u a l s i e m p r e resulta difícil de d i s t i n g u i r e n el h o r i z o n t e h i s t ó r i c o d e l an-
tiguo régimen.
' 8 I b a r r a se refiere a la c o n c e p c i ó n d e l c é l e b r e m i c h o a c a n o Luis G O N -
ZÁLEZ Y GONZÁLEZ, Pueblo en vilo. M é x i c o : E l C o l e g i o de M é x i c o , 1968. Poco
d e s p u é s , L u i s G o n z á l e z h i z o m á s e x p l í c i t a su i d e a de la m i c r o h i s t o r i a e n
los siguientes ensayos: Microhistoria para muUiMéxico, p u b l i c a d o o r i g i n a l -
m e n t e en 1 9 7 1 , y r e e d i t a d o e n Obras completas. M é x i c o : C l í o , t. ix, 1997 v
El arte de la microhistoria, p u b l i c a d o e n 1972 y r e e d i t a d o e n las mismas
Obras Completas.
9
IBARRA, 2000, p . 32. V é a s e al respecto a Carlos S e m p a t ASSACOLRIAN: El
sistema de la economía colonial. El mercado interior y espacio económico. M é x i c o :
N u e v a I m a g e n , 1983, p p . 155-306.
10
A l respecto v é a n s e J u s t o SERNA y A n a c l e t PONS: Cómo se escribe la micro-
historia, Ensayo sobre Cario Ginzburg. M a d r i d : E d i c i o n e s C á t e d r a , 2000, y
C a r i o GINZBURG: El queso y los gusanos. B a r c e l o n a : M u c h n i k Editores, 1981,
e Historia Nocturna, un desciframiento del aquelarre. B a r c e l o n a , E s p a ñ a :
M u c h n i n i k E d i t o r e s , 1991. Por ú l t i m o , v é a s e t a m b i é n G i o v a n n i LEVI: So-
bre microhistoria, e n P e t e r BURKE ( c o o r d . ) : Formas de hacer Historia. M a d r i d :
A l i a n z a E d i t o r i a l , 1993, p p . 119-143.
11
N o hace m u c h o , e n r e l a c i ó n c o n o t r a p u b l i c a c i ó n reciente nos
h a b í a m o s r e f e r i d o a esta m i s m a c u e s t i ó n y nos p r e g u n t á b a m o s : ¿ q u é pa-
s a r í a si la m i c r o h i s t o r i a m e x i c a n a fuese m á s a l l á de u n a s i m p l e d e l i m i t a -
c i ó n m i c r o g e o g r á f i c a p a r a plantearse el e s t u d i o de los p r o b l e m a s
h i s t o r i o g r á f i c o s a distintos grados de o b s e r v a c i ó n ? A l respecto v é a s e G u i -
l l e r m i n a d e l V A L L E PAVÓN: " U n a m i c r o h i s t o r i a l l a m a d a Aguascalientes"
( r e s e ñ a c r í t i c a al l i b r o de B e a t r i z Rojas, Las instituciones de gobierno y la
432 GUILLERMINA DEL VALLE P. Y LUIS GERARDO MORALES M.

Efectivamente, n o debemos c o n f u n d i r la escala con el objeto


de estudio, sino concebirla sobre todo c o m o u n procedimien-
to analítico aplicable en cualquier espacio, independiente-
m e n t e del t a m a ñ o del objeto analizado. Esto significa que n i
la cantidad de archivos consultados, n i las dimensiones terri-
toriales del objeto de estudio, d e t e r m i n a n la viabilidad de u n
m o d e l o constituido sobre la selección de la gama de posibles
significados alternativos (las operaciones interpretativas de
Ibarra) impuestos p o r u n sistema d o m i n a n t e de clasificación
(la fuente de Abascal y Sousa).
I b a r r a sostiene que a fines del siglo X V I I I h u b o u n desa-
r r o l l o e c o n ó m i c o , sin precedentes, e n u n a amplia p o r c i ó n
del occidente de la Nueva E s p a ñ a , espacio que h a b í a estado
m a r g i n a d o hasta poco antes de ese m o m e n t o d e l creci-
m i e n t o e c o n ó m i c o . 1 2 S e g ú n el autor h a b í a u n "carácter or-
g á n i c o de la a r t i c u l a c i ó n regional c o n el mercado i n t e r n o
c o l o n i a l " , lo que p r o p i c i a el estudio de la f o r m a como se i n -
tegra esta zona "al ciclo de c i r c u l a c i ó n del capital m i n e r o y
los beneficios que se aprecian en las tendencias internas de
c r e c i m i e n t o destacando las pulsiones internas d e l creci-
m i e n t o , c o m o proceso c o o r d i n a d o " . 1 3
Sin embargo, la crítica t e ó r i c a al e m p i r i s m o regionalista,
n o supone u n a r u p t u r a definitiva c o n la "historia puebleri-
n a t o t a l " de Luis G o n z á l e z y G o n z á l e z . 1 4 A u n q u e esa sea su
p r e t e n s i ó n , e n realidad se trata de u n desplazamiento del
p r o b l e m a en c u e s t i ó n . Para Ibarra, u n concepto de r e g i ó n
s e r á convincente y explicativo cuando p u e d a estimar el teji-
d o de relaciones sociales que hacen característico u n espa-
cio d e t e r m i n a d o . 1 5 ¿Es esto posible? S e g ú n nuestro autor, en
las regiones integradas al mercado de u n a p r o d u c c i ó n do-
m i n a n t e (plata, tabaco, sal, cochinilla o granos) observamos
c o m o d e n o m i n a d o r c o m ú n "sus ligaduras a la circulación

élite local. Aguascalientes del siglo XVII hasta la Independencia), en Historia Me-
xicana, i.:2(198) (sep.-dic. 2 0 0 0 ) , p p . 339-354.
1 2
IBARRA, 2 0 0 0 , p . 24.
1 3
IBARRA, 2 0 0 0 , p . 25.
1 4
IBARRA, 2 0 0 0 , p . 3 0 .
1 5
IBARRA, 2 0 0 0 , p . 3 0 .
¿HACIA UNA MICROHISTORIA ECONÓMICA? 433

mercantil espacialmente localizada". Y concluye que: "La


especificidad de u n a sociedad regional está d e t e r m i n a d a
por formas socialmente dominantes de p r o d u c c i ó n y repro-
d u c c i ó n , esto es, p o r la f o r m a peculiar en que el mercado
organiza y asigna funciones al espacio r e g i o n a l " . 1 6 Desde
este enfoque, la r e g i o n a l i z a c i ó n de los procesos históricos
consiste sobre t o d o en " u n a f o r m a conceptual de atrapar
procesos reales en u n a d i m e n s i ó n específica: la r e g i o n a l " . 1 7
Éste sigue siendo u n p l a n t e a m i e n t o m u y sugerente que en-
frenta, sin embargo las huellas de su p r o p i o e m p i r i s m o
e c o n o m è t r i c o p u l ¿ c ó m o definimos esos procesos reales
de "lo regional'?

E L MERCADO INTERNO:
UN PRESUPUESTO TEÓRICO EN CONSTRUCCIÓN

A n t o n i o I b a r r a parte de la existencia de u n mercado inter-


no colonial ( c u e s t i ó n a la que Ruggiero R o m a n o o p o n e
agudas objeciones en el posfacio) , 1 8 y sostiene que la r e g i ó n
"no es el eje de la historia, sino el escenario de procesos com-
binados". 1 9 Efectivamente, la r e g i ó n de Guadalajara se pue-
de considerar u n t e r r i t o r i o articulado m e r c a n t i l m e n t e
hacia a d e n t r o y hacia afuera — e n el á m b i t o macrorregio-
nal de la c i r c u l a c i ó n — , c o m o u n a e c o n o m í a subsidiaria de
la p r o d u c c i ó n m i n e r a d e l mercado i n t e r n o m e d i a n t e el cir-
cuito de su c i r c u l a c i ó n . 2 0 Este presupuesto teórico tiene, p o r
supuesto, a l g ú n f u n d a m e n t o histórico. Recordemos que el

16
IBARRA, 2000, p . 3 1 .
17
IBARRA, 2000.
18
S e g ú n la c r í t i c a de R o m a n o , I b a r r a soslaya las variables cualitativas
d e b i d o al p r e d o m i n i o de su h o r i z o n t e cuantitativista. E l l o c o n d u c e "de-
masiado f á c i l m e n t e a h a b l a r de m e r c a d o i n t e r n o . Pero es p r e c i s o q u e se
e n t i e n d a : ¿ m e r c a d o i n t e r n o significa ú n i c a m e n t e la existencia m á s o me-
nos intensa de c a m b i o s c o m e r c i a l e s e n t r e las diversas partes d e u n m á s
a m p l i o espacio e c o n ó m i c o ? " . R u g g i e r o ROMANO, "Postfacio", e n IBARRA,
2000, p . 13.
19
IBARRA, 2000, p . 33.
20
IBARRA, 2000, p . 53.
434 GUILLERMINA DEL VALLE P. Y LUIS GERARDO MORALES M.

impulso a d q u i r i d o p o r las zonas mineras convirtió el cami-


n o México-Veracruz en el eje de u n a e c o n o m í a interregio-
nal, p r i n c i p a l m e n t e d e b i d o a la p o s i c i ó n inmediata que
ocupaba en los intercambios entre la e c o n o m í a atlántica y
la Nueva E s p a ñ a . 2 1 D e l m i s m o m o d o , el desarrollo de la re-
g i ó n d e l B a j í o , considerada "el granero de Nueva E s p a ñ a " ,
desde 1660, o b e d e c i ó p r i n c i p a l m e n t e a la fuerza de arras-
tre de los centros mineros de Guanajuato, San Luis Potosí y
Zacatecas.
Para los historiadores especializados en el sector produc-
tivo, el hecho definitivo en la e x p a n s i ó n de la p r o d u c c i ó n
m i n e r a en la Nueva E s p a ñ a fue la transformación de la plata
en el factor que intensificó las operaciones de la e c o n o m í a -
m u n d o . 2 2 Este enfoque integrador del espacio e c o n ó m i c o
c o l o n i a l con los requerimientos d e l exterior, permite com-
p r e n d e r la incidencia que tuvo la p r o d u c c i ó n minera en la
f o r m a c i ó n del mercado i n t e r n o en la Nueva E s p a ñ a . La pla-
ta puso en u n vertiginoso m o v i m i e n t o las operaciones co-
merciales, i m p u l s ó la compraventa de tierras y hombres, así
c o m o la c o n t r a t a c i ó n de las m á s diversas m e r c a n c í a s . M i e n -
tras en otros países h a b í a producciones dominantes manu-
factureras o a e r í c o l a s en M é x i c o el cultivo de las minas y la
e l a b o r a c i ó n de sus productos se convirtió en la p r o d u c c i ó n
e c o n ó m i c a d o m i n a n t e Por lo tanto la f o r m a c i ó n de u n
espacio e c o n ó m i c o m e r c a n t i l fue la consecuencia inmedia¬
ta de la explotación de los recursos argentíferos del subsuelo
de M é x i c o

21
G u i l l e r m i n a d e l VALLE PAVÓN, El camino México-Puebla-Veracruz. Comer-
cio poblano y pugnas entre mercaderes a fines de la época colonial. M é x i c o : Go-
b i e r n o d e l Estado de P u e b l a - A r c h i v o G e n e r a l de la N a c i ó n , 1992 y " L a
e c o n o m í a n o v o h i s p a n a y los c a m i n o s de la V e r a c r u z y O r i z a b a e n el siglo
x v T , e n C h a n t a ! CRAMAUSSEL ( c o o r d . ) , Puentes y caminos de la Nueva Espa-
ña. M é x i c o : E l C o l e g i o de M i c h o a c á n ( e n p r e n s a ) .
2 2
V é a s e Carlos Sempat ASSADOURIAN, 1983, p p . 255-306. Para el c o n -
c e p t o d e e c o n o m í a m u n d o v é a s e I m m a n u e l WALLERSTEIN, El moderno siste-
ma mundial, la agricultura capitalista y los orígenes de la economía-mundo
europea en el siglo xvi. M é x i c o : Siglo V e i n t i u n o E d i t o r e s , 1979.
¿HACIA UNA MICROHISTORIA ECONÓMICA? 435

LA CONFORMACIÓN DE UNA ECONOMÍA


AGROPECUARIA DE ABASTO

T a l y c o m o ha demostrado la historiadora Beatriz Rojas, en


el Aguascalientes novohispano, u n a r e g i ó n intermedia en-
tre Guadalajara y Zacatecas, las grandes haciendas pertene-
c i e r o n mayoritariamente a mineros de diferentes reales y
tan sólo las medianas y p e q u e ñ a s q u e d a r o n en poder de las
familias de la r e g i ó n , c o n la e x c e p c i ó n de las propiedades
de los R i n c ó n G a l l a r d o . 2 3 E l interés de los mineros p o r la
p o s e s i ó n de tierras tuvo c o m o u n o de sus principales fines
el abastecimiento de sus minas c o n los granos y productos
a e r í c o l a s de la r e e i ó n Incluso para Beatriz Roías, fue tal la
i m p o r t a n c i a del fluido i n t e r c a m b i o entre reales mineros y
la r e e i ó n a e r í c o l a - e a n a d e r a , en especial durante el sielo
X V I I , que resulta inconveniente generalizar los ciclos e c o n ó -

micos europeos e x t r a p o l á n d o l o s a la realidad americana,


tal y c o m o lo ha advertido el m i s m o Ruggiero R o m a n o . 2 4
La zona de Aguascalientes tenía u n p a t r ó n social oligárqui-
co semejante al de Guadalajara, en d o n d e la élite local ejer-
cía u n d o m i n i o casi absoluto sobre su t e r r i t o r i o . S e g ú n Iba-
rra, esta o l i g a r q u í a se c o m p o n í a de n o m á s de 150 familias
extendidas, las cuales se agruparon en núcleos de parentesco,
estructurados patriarcalmente, c o n negocios en práctica-
mente todas las actividades de la e c o n o m í a . Esta diversifi¬
cación de las inversiones se reflejó en la riqueza familiar, la
cual, en p r o m e d i o , llegó a ser de 300000 pesos. 2 5
De acuerdo con nuestro autor, a fines d e l siglo X V I I I la
estructura agraria regional, sustentada sobre u n mestizaje
entre i n d í g e n a s y negros, era una c o m b i n a c i ó n de distintos
tipos de unidades agrarias c o n una diversidad de producto-
res locales. C o n sus propias características regionales la

2 3
Beatriz ROÍAS, Las instituciones de gobierno y la élite local. Aguascalientes del
siglo XVII hasta la Independencia. M é x i c o : E l C o l e g i o de M i c h o a c á n - I n s t i t u t o
d e Investigaciones D r . J o s é M a r í a L u i s M o r a , 1998, p p . 28-31.
2 4
R u g g i e r o ROMANO', Coyunturas opuestas. La crisis del siglo xvn en Europa
y en Hispanoamérica. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó m i c a ( F i d e i c o m i s o
H i s t o r i a de las A m é r i c a s ) , 1993.
2 5
IBARRA, 2000, p p . 57-58.
436 GUILLERMINA DEL VALLE P. Y LUIS GERARDO MORALES M.

hacienda fue la u n i d a d fundamental de la e c o n o m í a r u r a l ,


siendo el comercio de é r a n o s u n o de sus giros mas lucrativos,
así como la cría de ganado mayor y m e n o r . » Para comien-
zos del siglo X I X , Guadalajara y su r e g i ó n se h a b í a n trans-
f o r m a d o e n u n a i m p o r t a n t e zona de abastecimiento d e l
comercio novohispano. Su f u n c i ó n comercial era resultado
de u n proceso de i n t e e r a c i ó n mercantil, que a r r a n c ó desde
mediados del siglo X V I I I y se impuso vigorosamente en el úl-
t i m o cuarto del siglo.
Por otra parte, la p r o d u c c i ó n agropecuaria de la r e g i ó n de
Guadalajara fue el factor clave de u n crecimiento e c o n ó m i -
co que se vio seguido p o r el incremento de la p o b l a c i ó n y la
p r o d u c c i ó n local, la cual se diversificó, al mismo tiempo que
se dinamizaba el mercado. Ibarra demuestra el gran contras-
te que p r e s e n t ó la r e e i ó n taparía con respecto al resto de l a
e c o n o m í a novohispana. Mientras la p r i m e r a creció en pro-
p o r c i ó n a sus reservas alimentarias, la p r o d u c c i ó n agrícola de
la Nueva E s p a ñ a sufrió ciclos de contingencia agudos a par-
t i r de los trastornos de 1785-1786 (heladas, sequías, llJvias
tempranas y escasas). Esta situación t r a n s f o r m ó los cultivos
en una necesidad estratégica del crecimiento y su mercado en
una lucrativa actividad E l negocio de los granos e s t i m u l ó la
inversión en propiedades rurales, el cambio en los sistemas
de trabajo y las transacciones interregionales «
Por otra parte, la industria textil y la curtiduría se desarro-
l l a r o n en c o m b i n a c i ó n c o n la p r o d u c c i ó n de cueros, "indus-
tria ligera" que a d q u i r i ó i m p o r t a n c i a para el sector externo
regional, ya que sirvió de base a la comercialización de impor-
tantes saldos en el m e r c a d o i n t e r n o novohispano.
En síntesis, el abasto de granos y de "cueros" caracterizó a
la r e g i ó n de Guadalajara. E n ésta la m i n e r í a n o fue una pro-
d u c c i ó n local d o m i n a n t e , pues la extracción descansaba en
p e q u e ñ a s empresas que explotaban vetas "de corta ley", ca-

2 6
Esto sin p e r d e r d e vista q u e e l p a t r ó n d e mestizaje r e g i o n a l ( e n t r e
i n d i o s y negros) revela el t i p o d e fuerza de t r a b a j o r e q u e r i d a e n las labo-
res d e los reales d e m i n a s , e l c u l t i v o d e c a ñ a , los trapiches v los obrajes,
IBARRA, 2000, p . 6 0 .
2 7
IBARRA, 2 0 0 0 , p . 8 0 .
¿HACIA UNA MICROHISTORIA ECONÓMICA? 437

racterizadas p o r su baja productividad y su localización dis-


persa. B o l a ñ o s , el p r i n c i p a l m i n e r a l de la intendencia, prác-
ticamente n o tenía relación o r g á n i c a con la e c o n o m í a regio-
nal, como expone Ibarra, ya que sus fuentes de capital y
abasto eran controladas desde la ciudad de M é x i c o . La pro-
d u c c i ó n regional de plata se orientó a cubrir los requerimien-
tos monetarios del comercio. En cambio, la e x p l o t a c i ó n de
metales no preciosos tuvo mayor i m p o r t a n c i a en la organiza-
c i ó n e c o n ó m i c a interna, p o r f o r m a r parte significativa de la
d e m a n d a regional y externa de insumos industriales.
El c o m p o r t a m i e n t o de la e c o n o m í a de la r e g i ó n tampoco
fue h o m o g é n e o y, en realidad, sufrió algunos cambios drás-
ticos. Si la i n t e g r a c i ó n de Guadalajara a su e n t o r n o agrario
fue la p r i n c i p a l t r a n s f o r m a c i ó n de la segunda m i t a d del
siglo X V I I I , a fines de ese mismo siglo la o r g a n i z a c i ó n e c o n ó -
m i c a regional y el m o d e l o de crecimiento sufrieron una res-
t r u c t u r a c i ó n p r o f u n d a . La creciente i m p o r t a n c i a del sector
e x t e r n o regional, la r e n t a b i l i d a d de los intercambios a dis-
tancia y la diversidad de canales de v i n c u l a c i ó n c o n el con-
j u n t o novohispano, dislocaron el m o d e l o centralizador de
Guadalajara y su r e g i ó n . 2 8 C o n la creciente i n t e g r a c i ó n mer-
c a n t i l de regiones periféricas a la d e m a n d a del mercado i n -
t e r n o colonial, la f u n c i ó n centralizadora de la e c o n o m í a
urbano-rural de Guadalajara p e r d i ó peso en el contexto ma-
crorregional.
A d e m á s , el notable crecimiento de la p r o d u c c i ó n mine-
ra del ú l t i m o tercio d e l siglo X V I I I , a c a b ó s u b o r d i n a n d o a la
e c o n o m í a regional. U n a de sus actividades m á s caracterís-
ticas, la p r o d u c c i ó n de ganado b o v i n o y caballar, creció sig-
nificativamente en ese mismo lapso d e b i d o a la creciente
d e m a n d a de sebo, animales de t i r o , cueros y alimentos p o r
parte d e l sector m i n e r o . La d e m a n d a m i n e r a favoreció u n a
activa c i r c u l a c i ó n p o r ser p r o d u c t o r a de medios de pago y
c i r c u l a c i ó n , en tanto que la g a n a d e r í a c o m o p r o d u c c i ó n de
insumos y medios de vida se i n t e g r ó p l e n a m e n t e al esque-
m a de la p r o d u c c i ó n d o m i n a n t e . 2 9

IBARRA, 2000, p . 1 0 1 .
IBARRA, 2000, p . 102.
438 GUILLERMINA DEL VALLE P. Y LUIS GERARDO MORALES M.

E n cuanto a la p r o d u c c i ó n de granos, de acuerdo con Iba-


rra, la integración de u n amplio territorio agrario a Guadala-
j a r a fortaleció la idea del desarrollo orbital de la p r o d u c c i ó n
agraria periférica a la c i u d a d . 3 0 Sin embargo, a fines del siglo
X V I I I , el abasto urbano bajo los mecanismos de monopolio hizo

que dejara de ser negocio, como sugieren las dificultades que


se presentaron para garantizar u n abasto estable, a u n a pre¬
cios elevados. Esto explica la creciente importancia que tu-
vieron los granos introducidos desde zonas periféricas a la ciu-
dad, como las regiones de los Altos y el B a j í o . 3 1
A l g o similar o c u r r i ó en las regiones de Aguascalientes y
Lagos, en d o n d e el c o m e r c i o del ganado mantuvo i m p o r -
tantes redes c o n la capital del virreinato y la ciudad de Pue-
bla, lugares a los que se despachaban borregos, caballos y
m u í a s S e g ú n el autor, esto fue posible p o r q u e las hacien-
das, c o m o C i é n a g a de Mata, en Aguascalientes, t e n í a n u n a
extraordinaria capacidad para acoplarse ventajosamente a
las condiciones del mercado. E n cambio, la e c o n o m í a de
los rancheros y arrendatarios limitaba sus ventas a circuitos
locales y a lo m u c h o al regional de m o d o que para ellos la
demanda u r b a n a constituía u n a salida de mercado. E n su-
ma la r e g i ó n de los Altos desarrollada a p a r t i r de u n a ren-
table p r o d u c c i ó n de granos y cría de equinos y borregos
mantuvo vínculos tanto c o n las minas de Zacatecas y T i f r r á
Adentro, como con Guadalajara.32
L a f u n c i ó n nuclear de Guadalajara se vio limitada p o r u n
esquema de articulación macrorregional d o n d e las esferas
microrregionales de influencia obedecieron a centros he-
g e m ó n i c o s primarios. L a articulación primaria, e n t e n d i d a
como lazos de intercambio estacional de abasto, se realizó en
espacios limitados; pero el fortalecimiento intersectorial de
la e c o n o m í a regional se realizó p o r m e d i o de producciones

3 0
Eric V A N YOUNG, La cñsis del orden colonial. Estructura agraria y rebeliones
populares de la Nueva España, 1750-1821. M é x i c o : Patria, 1992, p p . 199, 304
y La ciudad y el campo en el México del siglo xvm. La economía rural de la región
de Guadalajara, 1675-1820. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó m i c a , 1989.
3 1
IBARRA, 2 0 0 0 , p . 103.
3 2
IBARRA, 2000, p p . 106-107.
¿HACIA UNA MICROHISTORIA ECONÓMICA? 439

dominantes ligadas al tráfico extrarregional. Para Ibarra, la


c o m b i n a c i ó n entre abasto p r i m a r i o i n t e r n o de p r o d u c c i ó n
local de insumos y excedentes exportables, p e r m i t e com-
p r e n d e r el carácter elástico de la d e m a n d a regional y su ca-
pacidad e c o n ó m i c a suplementaria, la cual fue capaz de sos-
tener u n sector externo diversificado y r e n t a b l e 3 3 Esto se
observa en el carácter del mercado de la é p o c a , cuya platafor-
m a de crecimiento fue la a m p l i a c i ó n de la demanda para
consumidores n o dedicados a su p r o d u c c i ó n . E l crecimiento
de las ciudades y los requerimientos de los centros mineros
crearon u n a estructura de mercado que estimulaba mayor
p r o d u c c i ó n agraria. Sin embargo, el o b s t á c u l o p r i n c i p a l a la
f o r m a c i ó n de u n mercado libre de: vendedores fue el mono-
p o l i o e n el abasto, tanto el ejercido institucionalmente como
el que practicaron los grandes propietarios rurales y los ma-
yoristas de las ciudades usualmente asociados. 3 4
G o m o l o mencionamos al comienzo de este trabajo, es-
tos son los aspectos cualitativos de la estructura o l i g á r q u i c a
y corporativa del m o d e l o propuesto p o r I b a r r a d o n d e en-
contramos sus mayores limitaciones. Asimismo resalta en
el seno d e l enfoque cuantitativista la o m i s i ó n que hace del
p r o b l e m a financiero de Nueva E s p a ñ a .

ECONOMÍA REGIONAL, E HISTORIA FISCAL Y CREDITICIA

¿ Q u é tan solventes f u e r o n los giros de los mercaderes de


Guadalajara y su r e g i ó n ? ¿ M a n e j a b a n caudales propios o
d e p e n d í a n del c r é d i t o de los mercaderes de la capital del
virreinato? Sobre esta c u e s t i ó n , e n particular, m e parece
necesario reflexionar la historia regional de Guadalajara en
u n a escala de o b s e r v a c i ó n m á s compleja que incluya la his-
toria d e l c o m e r c i o y el c r é d i t o novohispanos. A pesar de la
b o n a n z a e c o n ó m i c a de Aguascalientes, sus comerciantes
generalmente estuvieron supeditados al c r é d i t o otorgado
p o r los mercaderes de la c i u d a d de M é x i c o y otros i m p o r -

3 3
IBARRA, 2000, p p . 109-110.
3 4
IBARRA, 2 0 0 0 , p . 111.
440 GUILLERMINA DEL VALLE P. Y LUIS GERARDO MORALES M.

tantes centros comerciales, d e b i d o a que p r e f e r í a n invertir


su d i n e r o en negocios m á s seguros. 3 5
Si hacemos caso de las objeciones que hace Ruggiero Ro-
m a n o al concepto de mercado i n t e r n o de A n t o n i o Ibarra,
observaremos que es necesario revisar en q u é circunstancias
históricas podemos hablar de capitales, m á s a ú n cuando
hemos constatado los altos grados de e n d e u d a m i e n t o que
t i e n e n algunos mercaderes regionales (de Aguascalientes y
B o l a ñ o s ) c o n los miembros del Consulado de comerciantes
de la c i u d a d de M é x i c o . Esta c u e s t i ó n es i m p o r t a n t e sobre
todo p o r el papel que dicha c o r p o r a c i ó n m e r c a n t i l desem-
p e ñ ó en el financiamiento de la e c o n o m í a del i m p e r i o es-
p a ñ o l a fines del siglo X V I I I y principios del X I X .
Desde los a ñ o s setenta, la tesis d o m i n a n t e en la historio-
grafía e c o n ó m i c a de la Nueva E s p a ñ a del siglo X V I I I p o s t u l ó
el "crecimiento e c o n ó m i c o colonial" con base en la alta pro-
d u c c i ó n m i n e r a . 3 6 Esta tesis, c o m e n z ó a ser matizada hacia
mediados de los a ñ o s ochenta, cuando estudios m á s minucio-
sos sobre la cuestión agraria, los movimientos de p o b l a c i ó n
y la fiscalidad mostraron que h a b í a habido u n grave estanca-
m i e n t o productivo, c o m b i n a d o con una fuerte p r e s i ó n de-
m o g r á f i c a sobre la gran propiedad rural y una p r o d u c c i ó n ar-
g e n t í f e r a fuertemente gravada p o r el Estado e s p a ñ o l , 3 '

3 5
S e g ú n Beatriz ROJAS, " L O S c o m e r c i a n t e s [de Aguascalientes] estuvie-
r o n s i e m p r e supeditados al c r é d i t o q u e les h i c i e r a n los a l m a c e n e r o s de la
c i u d a d d e M é x i c o o c o m e r c i a n t e s de otros lugares". ROJAS, 1 9 9 8 , p . 1 5 3 .
Por su p a r t e , B o r c h a r t de M o r e n o y Kicza e x p o n e n los casos de varios
m e r c a d e r e s d e l C o n s u l a d o de M é x i c o q u e t e n í a n negocios c o n c o m e r -
ciantes d e c e n t r o s m i n e r o s c o m o B o l a ñ o s y Sierra d e Pinos. C h r i s t i a n a
BORCHART DE MORENO, Los mercaderes y el capitalismo en México (1759-1778).
M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó m i c a , 1 9 8 4 , p p . 8 1 , 8 2 . J o h n E. KICZA,
Empresarios coloniales. Familias y negocios en la ciudad de México durante los
Borbones. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó m i c a , 1 9 8 6 , p p . 1 0 1 - 1 0 2 .
3 6
D a v i d BRADING, Mineros y comerciantes en el México borbónico, 1763¬
1810. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a E c o n ó m i c a , 1 9 7 5 .
3 7
V é a n s e las obras c l á s i c a s de Eric V A N YOUNG, La crisis del orden colonial.
Estructura agraria y rebeliones populares de la Nueva España, 1750-1821. M é x i -
co: A l i a n z a M é x i c o , 1 9 9 2 y j o h n TEPASKE: " G e n e r a l T e n d e n c i e s a n d Secu-
lar T r e n d s i n t h e E c o n o m i e s o f M é x i c o a n d P e r ú , 1 7 5 0 - 1 8 1 0 : T h e V i e w
f r o m t h e Cajas o f M é x i c o a n d L i m a " , e n NÜSJACOBSEN y H a n s JURGEN PÜHI.E
( c o o r d s . ) , TheEconomies of México andPeru during the Late Colonial Period,
¿HACIA UNA MICROHISTORIA ECONÓMICA? 441
Desde mediados de los a ñ o s noventa diversos historiado-
res comenzaron a ocuparse del p r o b l e m a del endeudamien-
to de la Nueva E s p a ñ a a fines de la colonia. Estos estudios per-
m i t i e r o n comprender mejor la fragilidad del Estado nacional
que e m e r g i ó en 1821 y, con ello, la p r o b l e m á t i c a del endeu-
d a m i e n t o e x t e r n o . 3 8 Así se e x p a n d i ó la tesis s e g ú n la cual el
e n d e u d a m i e n t o de fines de la é p o c a colonial constituyó bá-
sicamente u n mecanismo de extracción de capitales privados
y públicos de la e c o n o m í a novohispana, los cuales se traslada-
r o n a la m e t r ó p o l i . A l respecto, quedan muchos problemas
p o r resolver: en p r i m e r término, si efectivamente estamos ha-
b l a n d o de una descapitalización o de u n simple desatesora-
m i e n t o de la e c o n o m í a novohispana, tal y c o m o lo ha suge-
r i d o Carlos Sempat Assadourian. 3 9 E n segundo lugar, falta
conocer c o n precisión el efecto que tuvo el endeudamiento
sobre las fuentes de capitales o atesoramientos de plata de los
que d i s p o n í a n las principales corporaciones, instituciones e
individuos que participaban activamente en procesos de i n -
versión en la e c o n o m í a .
Investigaciones m á s recientes han demostrado la situación
de " s a n g r í a financiera" a la que se vio sometida la e c o n o m í a
novohispana al subsidiar p o r varias d é c a d a s a la monar-
q u í a e s p a ñ o l a y al gobierno virreinal durante la guerra insur-
gente de 1810-1821. 4 0 Carlos Marichal m o s t r ó el estado de

1760-1810. B e r l í n : C o l l o q u i u m V e r l a g , 1986, p p . 316-339.


3 S
V é a n s e los estudios de H e r b e r t K L E I N , Las finanzas americanas del im-
perio español, 1680-1809. M é x i c o : I n s t i t u t o de Investigaciones D r . f o s é Ma-
r í a Luis M o r a - U n i v e r s i d a d A u t ó n o m a M e t r o p o l i t a n a , 1995; ' R i c h a r d
GARNER y S. E. STEFANOU, Economic Groiulh and Change in Bombón México.
Gainesville: U n i v e r s i t y o f F l o r i d a Press, 1993, y L u i s JÁUREGUI, La real ha-
cienda de la Nueva España, su administración en la época de los intendentes,
1786-1821. M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é x i c o , 1999.
3 9
I n t e r v e n c i ó n e n la p r e s e n t a c i ó n d e l l i b r o de A n t o n i o I b a r r a , M é x i -
co, 8 de n o v i e m b r e de 2000.
4 0
G u i l l e r m i n a d e l VALLE PAVÓN, " E l C o n s u l a d o de c o m e r c i a n t e s de la
c i u d a d d e M é x i c o y las finanzas novohispanas, 1592-1827". Tesis de doc-
t o r a d o e n h i s t o r i a . M é x i c o : E l C o l e g i o de M é x i c o , 1997 y Carlos M A R I -
CHAL, La bancarrota del virreinato. Nueva España y las finanzas del Imperio
español, 1780-1810. M é x i c o : E l C o l e g i o de M é x i c o - F o n d o de C u l t u r a Eco-
n ó m i c a ( F i d e i c o m i s o H i s t o r i a de las A m é r i c a s ) , 1 9 9 9 .
442 G U I L L E R M I N A D E L V A L L E P. Y L U I S G E R A R D O M O R A L E S M.

bancarrota que p a d e c i ó la e c o n o m í a d e l virreinato como


consecuencia de la creciente e x t r a c c i ó n de capitales que se
p r e s e n t ó e n las últimas d é c a d a s del d o m i n i o e s p a ñ o l , 4 1 pro-
ceso en el que tuvieron u n papel p r o t a g ó n i c o los mercaderes
del Consulado de la ciudad de M é x i c o , s e g ú n d e m o s t r ó Gui-
l l e r m i n a del V a l l e . 4 2 Por otra parte, el elevado endeudamien-
to p ú b l i c o distorsionó los mercados financieros, a d e m á s de
que los capitales reunidos n o se i n v i r t i e r o n en la Nueva Espa-
ñ a , sino que se r e m i t i e r o n al exterior, situación que afectó la
inversión p r o d u c t i v a . 4 3
E n una revisión reciente acerca de la i m p o r t a n c i a que tu-
vo la crisis financiera de la corona e s p a ñ o l a , los historiadores
E n r i q u e Florescano y Margarita Menegus h a n afirmado que
la política de endeudamiento p r o m o v i d a p o r la corona espa-
ñ o l a incluyó a diversos países, p e r o la carga de esta política
recayó sobre las colonias americanas y, en particular, sobre la
Nueva E s p a ñ a p o r el "papel que d e s e m p e ñ ó el Consulado
cuando se a g u d i z ó la crisis financiera de la m e t r ó p o l i " . 4 4 E n
efecto, el papel de i n t e r m e d i a c i ó n financiera que desempe-
ñ ó e l Consulado de M é x i c o p e r m i t i ó hacer u n gran acopio
de recursos extraordinarios para la corona, sin embargo, co-
m o consecuencia se p r e s e n t ó una escasez cada vez mayor de
d i n e r o para ser colocado a réditos, p r o b l e m a que llegó a pro-
vocar u n a situación insostenible, especialmente durante la
guerra i n s u r g e n t e . 4 5

4 1
M A N C H A L , 1999, p . 286.
V A L L E PAVÓN, 1997, y " E l apoyo financiero d e l C o n s u l a d o d e comer-
4 2

ciantes a las guerras e s p a ñ o l a s d e l siglo X V I I l " , e n Pilar MARTÍNEZ LÓPEZ-CA-


NO y G u i l l e r m i n a d e l V A L L E PAVÓN ( c o o r d s . ) , El crédito en Nueva España.
M é x i c o : I n s t i t u t o d e Investigaciones D r . J o s é M a r í a L u i s M o r a - E l C o l e g i o
de M i c h o a c á n - E l C o l e g i o d e M é x i c o - I n s t i t u t o d e Investigaciones Históri-
cas, U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a d e M é x i c o « L e c t u r a s d e h i s t o r i a
e c o n ó m i c a m e x i c a n a » , 1998, p p . 131-150.
4 3
MARTÍNEZ L Ó P E Z - C A N O y V A L L E PAVÓN ( c o o r d s . ) , 1998, p . 293.
4 4
E n r i q u e FLORESCANO y M a r g a r i t a MENEGUS, " L a é p o c a de las r e f o r m a s
b o r b ó n i c a s y el c r e c i m i e n t o e c o n ó m i c o (1750-1808)", e n Historia General
de México. M é x i c o : E l C o l e g i o d e M é x i c o , 2000, p . 4 2 4 .
4 6
V A L L E PAVÓN, 1997, y " E l C o n s u l a d o d e M é x i c o e n el f i n a n c i a m i e n t o
de l a g u e r r a c o n t r a los i n s u r g e n t e s " , e n LuisJÁUREGUI, E r n e s t SÁNCHEZ SAN-
TIRO y A n t o n i o IBARRA ( c o o r d s . ) , Finanzas y política en el mundo iberoamerica-
¿HACIA UNA MICROHISTORIA ECONÓMICA? 443

Los planteamientos mencionados se o p o n e n , en apa-


riencia, a la tesis principal del estudio de Ibarra. Sin embargo,
se trata de u n replanteamiento en la escala de o b s e r v a c i ó n
del sector productivo, cuyos resultados deben sopesarse con
el circuito de la circulación y del crédito. Para Ibarra deben
ponerse a d i s c u s i ó n los prejuicios "heredados de algunos
c o n t e m p o r á n e o s sobre el carácter de la e c o n o m í a novohis-
pana, c o m o e m i n e n t e m e n t e p r o d u c t o r a de plata para el
mercado m u n d i a l y, p a r a d ó j i c a m e n t e , carente de circulan-
te para el comercio i n t e r i o r " . 4 6 ¿A q u é se refiere nuestro
autor? A que el p r o b l e m a central n o parece ubicarse en la
d i s p o n i b i l i d a d de capitales, sino en el hecho de que

[... ] la estructura inequivalencial de intercambio con su sector


externo y la ampliación de una demanda marcadamente sun-
tuaria reducían los beneficios netos del crecimiento regional
al financiamiento de este consumo, lo que a la sazón significó
la ruina de la manufactura textil local y una creciente descapi-
talización de la economía regional. 4 7

C o m o el lector ha observado, el debate está abierto c o n el


fin de que nuevas investigaciones históricas enriquezcan los
problemas planteados p o r el l i b r o de A n t o n i o Ibarra a la i n -
t e r p r e t a c i ó n del periodo colonial tardío. Las hipótesis e m p í -
ricas que se desprenden de la construcción de u n m o d e l o de
contabilidad regresiva n o p u e d e n ser concluyentes, sino só-
lo indicativas de u n p r o b l e m a crucial en el análisis e c o n o m é -
trico del autor: el de evaluar y reconsiderar la importancia de
la circulación i n t e r n a c o m o sustento del esquema de articu-
lación regional.
G u i l l e r m i n a DEL VALLE PAVÓN
Instituto de Investigaciones Dr. José María Luis Mora

Luis G e r a r d o MORALES MORENO


Universidad Iberoamericana

no, del antiguo régimen a las naciones independientes. M é x i c o : Escuela de H u -


m a n i d a d e s de la U n i v e r s i d a d A u t ó n o m a d e l Estado de M o r e l o s - I n s t i t u t o
d e Investigaciones D r . J o s é M a r í a Luis M o r a - F a c u l t a d d e E c o n o m í a , U n i -
versidad N a c i o n a l A u t ó n o m a d e M é x i c o ( e n p r e n s a ) .
4 6
IBARRA, 2000, p . 149.
4 7
IBARRA, 2000, p . 148.

También podría gustarte