Dip - Doença Inflamatória Pélvica
Dip - Doença Inflamatória Pélvica
Dip - Doença Inflamatória Pélvica
INFLAMATRIA PLVICA
Definio
A DIP uma sndrome clnica caracterizada por processo inflamatrio do trato genital feminino superior atribuda ascenso de microorganismos do trato genital inferior (crvix e vagina).
Etiologia
Polimicrobiana:
Agentes Sexualmente Transmissveis Neisseria gonorrhoeae (gonorria) e a Chlamydia trachomatis (clamdia). Flora Vaginal Anaerbios como Gardnerella vaginalis (bacteriose vaginal), Streptococcus agalactiae, bacilos Gram negativos e outros.
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Fisiopatologia
De maneira geral, o processo iniciado pelos agentes sexualmente transmissveis. Os microorganismos disseminam-se por via canalicular ascendente para o trato genital superior e se instalam no endomtrio, passando para as tubas e ovrios, onde exercem o seu papel patognico. Havendo extravasamento de material purulento para a cavidade plvica ocasionar peritonite.
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Fatores de Risco
DSTs prvias ou atuais; Ser adolescente ou adulta jovem; Ter mltiplos parceiros sexuais ou parceiro recente; Usar Dispositivo Intra-Uterino (DIU); J ter tido DIP; Ter parceiro sexual portador de uretrite com pouco ou nenhum sintoma; Manipular inadequadamente o trato genital.
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Classificao
ESTGIO I (Leve) ESTGIO II (Moderada sem Abscesso) ESTGIO III (Moderada com Abscesso) ESTGIO IV (Grave)
Observaes:
Usurias de DIU Pacientes HIV positivo
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Diagnstico Clnico
necessrio a presena de:
trs critrios maiores mais um critrio menor; ou um critrio elaborado.
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Exames Complementares
Ultra-sonografia Radiografia simples do abdome Hemograma completo Protena C reativa Bacterioscopia Sumrio de Urina e Urocultura Teste de Gravidez (hCG) Sorologia para HIV, sfilis e hepatites Laparoscopia
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Diagnstico Diferencial
Apendicite Aguda Gravidez Ectpica Infeco do Trato Urinrio Litase Ureteral Toro de Tumor Cstico de Ovrio Toro de Mioma Uterino Rotura de Cisto Ovariano Endometriose
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Tipos de Tratamento
AMBULATORIAL
Quadro clnico leve; Exame abdominal e ginecolgico sem sinais de pelviperitonite.
HOSPITALAR
Quadro grave; Emergncia cirrgica; Gestante; Paciente imunodeficiente; Fracasso do tratamento ambulatorial; Incapacidade de aderir ao tratamento 13 ambulatorial.
Objetivos do Tratamento
Estgio I: Cura da infeco.
Estgio II: Preservao da funo tubria. Estgio III: Preservao da funo ovariana. Estgio IV: Preservao da vida da paciente.
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Tratamento
ESTGIO I
Medidas Gerais Repouso, abstinncia sexual, retirar o DIU se usuria (aps pelo menos 6h de cobertura com antibitico), tratamento sintomtico (analgsicos, antitrmicos e anti-inflamatrios no hormonais). Antibioticoterapia
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Cefoxitina 2g, IM, dose nica + Probenecide 1g, VO, dose nica + Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12 horas por 14 dias;
Ofloxacina 400 mg, VO, de 12/12 horas, por 14 dias + Doxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 horas, por 14 dias + Metronidazol 500 mg,
VO, de 12/12 horas, por 14 dias;
Ampicilina 3,5 g, VO, dose nica, antecedida em meia hora por Probenecide 1g, VO, dose nica + Doxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 horas, por 14 dias + Metronidazol 500 mg, VO, de 12/12
horas por 14 dias.
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Tratamento
ESTGIO II
Medidas Gerais Repouso, hidratao e tratamento sintomtico (analgsicos, antitrmicos e anti-inflamatrios no hormonais). Antibioticoterapia
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ESTGIO II Esquema de Antibioticoterapia Gentamicina 60-80mg, EV, 8/8horas + Penicilina G Cristalina 5 milhes UI, EV, 4/4horas; Gentamicina 60-80mg, EV, 8/8horas + Clindamicina 600900mg, EV, de 8/8horas;
Superada a fase aguda, iniciar tratamento ambulatorial: Doxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 horas por 10 dias.
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Tratamento
ESTGIO III
Medidas Gerais Repouso, hidratao e tratamento sintomtico (analgsicos, antitrmicos e anti-inflamatrios no hormonais). Antibioticoterapia
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Gentamicina 60-80mg, EV, de 8/8horas + Metronidazol 500mg, EV, de 8/8horas + Penicilina G Cristalina 5
milhes UI, EV, 4/4horas;
Gentamicina 60-80mg, EV, de 8/8horas + Tianfenicol 750mg, EV, de 8/8horas + Penicilina G Cristalina 5
milhes UI, EV, 4/4horas;
Superada a fase aguda, iniciar tratamento ambulatorial: Ofloxacina 400 mg, VO, de 12/12 horas por 10 dias.
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Tratamento
ESTGIO IV
Realizar esquema trplice de antibiticos igual ao estgio III mais a cirurgia.
INDICAES DO TRATAMENTO CIRRGICO: Abscesso de fundo de saco de Douglas; Falha do tratamento clnico; Presena de massa plvica que persiste ou aumenta, apesar do tratamento clnico; Sangramento Intraperitoneal; Suspeita de rotura de abscesso tubo-ovariano.
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Tratamento
OBSERVAES:
Nos casos mais graves ou de resposta inadequada, deve-se avaliar a necessidade de associar outro antibitico. Reavaliar a paciente a cada 3 meses durante o primeiro ano. Tratar todos os parceiros com Azitromicina 1g, VO, dose nica mais Ofloxacina 400 mg, VO, dose nica.
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Complicaes
Dor Plvica Crnica Gravidez Ectpica
Infertilidade
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Preveno
Comportamento sexual seguro;
Higiene antes e aps relao sexual; Realizar exames plvicos anualmente, incluindo testes para infeco; Uso de preservativo e anticoncepo segura.
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Papel da Enfermagem
EDUCAO EM SADE ANAMNESE EXAME FSICO
ACONSELHAR
OFERECER VDRL E ANTI-HIV CONVOCAR PARCEIRO(S) NOTIFICAR
PRESERVATIVOS
AGENDAR RETORNO
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Consideraes Finais
A doena inflamatria plvica (DIP) doena de extrema importncia que afeta as mulheres, principalmente jovens, levando a taxas significativas de complicaes. Alm de todo o desconforto que causa s pacientes acometidas, so tambm importantes os custos econmicos da DIP, relacionados ao tratamento com antimicrobianos, internaes hospitalares e absentesmo ao trabalho.
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Referncias
BRASIL, Ministrio da Sade. Coordenao de Doenas Sexualmente Transmissveis e Aids. Manual de Controle das Doenas Sexualmente Transmissveis. 3 ed. Braslia: Ministrio da Sade, 1999. 142 p.
FEBRASGO, Linhares, I. M. et al. DST/AIDS Manual de Orientao. So Paulo: Ponto, 2004. 179 p.
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Reflexo
"O futuro tem muitos nomes: para os fracos, ele inatingvel; para os temerosos, ele desconhecido; para os corajosos, ele a chance..."
Victor Hugo
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