2a. e 3a. Leis Da Termodinâmica
2a. e 3a. Leis Da Termodinâmica
2a. e 3a. Leis Da Termodinâmica
V.1- Introdução
V.2- Entropia.
V.2.1- A definição termodinâmica da entropia
V.2.2- A entropia como função de estado (a máquina térmica de Carnot).
V.2.3- A temperatura termodinâmica.
V.2.4- A desigualdade de Clausius.
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V.1- Introdução
- um gás expande até ocupar todo o volume finito que lhe é oferecido;
- um corpo quente se esfria até atingir a temperatura ambiente;
- um palito de fósforo, quando riscado, se incendeia no ar; etc...
É possível confinar um gás num pequeno volume, ou resfriar um corpo num refrigerador,
ou forçar a ocorrência de uma reação no sentido inverso do natural. Nenhum desses processos, no
entanto, ocorre espontaneamente e cada qual só se realiza mediante a intervenção de trabalho.
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V.2- Entropia
onde Stot é a entropia total, ou seja, a entropia do sistema e das suas vizinhanças (Stot = Ssist + Sviz).
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∆Sviz):
Variação de entropia das vizinhanças (∆
Como a temperatura das vizinhanças é constante qualquer que seja o processo, para uma
mudança finita:
q viz
∆S viz = (5)
Tviz
A equação (5) pode ser usada para qualquer mudança, reversível ou irreversível (desde que não se
formem pontos locais quentes nas vizinhanças).
Para uma transformação adiabática ⇒ qviz = 0 e ∆Sviz = 0.
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EXERCÍCIOS: 1. Calcule a variação de entropia quando o volume de 1,00 mol de gás perfeito é
duplicado, a uma temperatura constante.
2. Calcule a variação de entropia das vizinhanças quando se forma 1,00 mol de
H2O(l) a partir dos seus elementos, nas condições padrões, a 298 K.
Como provar que a entropia é uma função de estado? Mostrar que a integral da equação
(2) ao longo de um ciclo é nula (garantia de que a entropia seja a mesma nos estados inicial e
final):
dq rev
∫ T
= ∫ dS = 0 (6)
onde o símbolo ∫ mostra que a integração é feita sobre uma curva fechada.
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⇒ A máquina térmica (Figura 1) converte calor em trabalho mecânico. Admitindo que a
máquina receba a energia qh (da fonte quente) e ceda a energia qc para o reservatório frio, o
trabalho efetuado pela máquina é igual a w = qh + qc.
Figura 1- Uma máquina térmica retira calor de uma fonte quente para realizar trabalho na vizinhança e
descarrega parte do calor em um reservatório frio. Por exemplo, a máquina recebe qh = 20 kJ e cede a
energia qc = -15 kJ. O trabalho efetuado pela máquina é w = qh + qc = 20 + (-15) = 5 kJ.
∆S = qh/Th
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2º. Expansão adiabática reversível de B até C. No processo, temperatura cai de Th até Tc
(temperatura da fonte fria ou do sumidouro frio).
∆S = qc/Tc
sendo qc negativo.
∆U = 0 (processo isotérmico, gás perfeito)
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Figura 2- Diagrama de um ciclo de Carnot.
∆U (ciclo) = 0
w (ciclo) = - n RTh ln VB/VA + CV,m (Tc – Th) - n RTc ln VD/VC + CV,m (Th – Tc)
qh qc
∫ dS = +
Th Tc
V A VD
=
V B VC
7
qh = n RTh ln VB/VA
nRTh lnVB
qh VA T
= =− h
q c − nRT lnV B Tc
V
A
c
qh q
=− c (7)
Th Tc
trabalho efetuado w
ε= = (8)
calor absorvido qh
A eficiência da máquina será tanto maior quanto maior for a quantidade de trabalho obtida por uma
certa quantidade de calor cedido pelo reservatório quente.
A eficiência pode ser definida em termos exclusivos das trocas térmicas, pois o trabalho
efetuado pela máquina é igual à diferença entre o calor fornecido pelo reservatório quente e o calor
devolvido ao reservatório frio (lembrando que qc < 0):
qh + qc q
ε= =1+ c (9)
qh qh
8
⇒ Para a máquina de Carnot:
Tc
εrev = 1 − (10)
Th
Logo, a segunda lei da termodinâmica implica que todas as máquinas reversíveis têm a
mesma eficiência, qualquer que seja o seu modo de operar. Da equação (10) pode-se observar
que, na prática, a eficiência termodinâmica nunca pode ser 1 ou 100%, porque Tc não pode ser zero
(o zero absoluto de temperatura não pode ser atingido na prática) e Th não pode ser infinito (jamais
poderemos converter totalmente calor em trabalho; alguma parte dele escapa para a vizinhança
como não aproveitado).
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EXEMPLO: Em uma usina, o vapor aquecido a 560 °C é usado para operar uma turbina
que gera eletricidade. O vapor é descarregado em uma torre de resfriamento a 38 °C. Calcule a
eficiência desse processo.
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V.2.3- A temperatura termodinâmica
Vamos considerar uma máquina que opera reversivelmente entre uma fonte quente à
temperatura Th e uma outra fria à temperatura T. Logo,
T
ε = 1− (11)
Th
T = (1 - ε) Th (12)
Essa expressão permitiu que Kelvin definisse uma escala de temperatura termodinâmica
baseada na eficiência de uma máquina térmica. O zero ocorre quando a eficiência de uma máquina
de Carnot é 1. O tamanho da unidade de temperatura é arbitrário. Na escala Kelvin, é definido
fazendo-se a temperatura do ponto triplo da água igual a 273,15 K. Assim, se uma máquina térmica
tem a fonte quente na temperatura do ponto triplo da água, a temperatura da fonte fria (que
queremos medir) é encontrada pela determinação da eficiência da máquina. Este resultado não
depende da substância operante na máquina.
⇒ TERMODINAMICA DA REFRIGERAÇÃO
Quando uma quantidade de calor |qc| é retirada de uma fonte fria à temperatura Tc e lançada
num sumidouro quente a temperatura Th, como num refrigerador típico, a variação de entropia é:
qc qc
∆S = − + ∠0
Tc Th
O processo não é espontâneo porque não é gerada entropia suficiente, no sumidouro quente, para
superar a perda de entropia da fonte fria (Figura 3). A fim de gerar mais entropia, devemos
adicionar mais energia à corrente que entra no sumidouro quente. Qual é a quantidade mínima de
energia que deve ser fornecida? O resultado deve ser expresso como um coeficiente de
desempenho, c:
calor transferido q c
c= =
trabalho efetuado w
10
Quanto menor o trabalho necessário para se atingir uma dada transferência, maior o coeficiente
de desempenho e mais eficiente é o refrigerador.
O calor depositado no sumidouro quente é: |qh| = |qc| + |w|. Assim,
1 qh − qc qh
= = −1
c qc qc
Esse resultado pode ser expresso em termos de temperaturas (para uma transferência reversível),
como:
Tc
c=
T h − Tc
e representa o coeficiente máximo de desempenho, do ponto de vista termodinâmico.
Figura 3- (a) O fluxo de energia, na forma de calor, da fonte fria para o sumidouro quente, NÃO É
ESPONTÂNEO. O aumento de entropia da fonte quente é menor que a diminuição de entropia da fonte fria,
de forma que ocorre uma diminuição global de entropia. (b) O processo se torna factível se injetarmos
trabalho, de forma que o aumento de entropia da fonte quente possa balancear a diminuição de entropia da
fonte fria.
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Para um refrigerador que retira calor da água na temperatura de fusão (Tc = 273 K) num
ambiente onde a temperatura média é de Th = 293 K ⇒ c = 14 ⇒ para serem removidos 10 kJ
(energia suficiente para congelar cerca de 30g de água), é necessário o fornecimento de 0,71 kJ de
trabalho. Os refrigeradores comerciais disponíveis têm um coeficiente de desempenho menor.
Da equação (4), dSviz = dqviz /Tviz = - dq/T onde dq é o calor recebido pelo sistema durante o
processo (isto é, dqviz = - dq, pois todo o calor que o sistema recebe provém das suas vizinhanças).
Assim, para qualquer transformação,
dS ≥ dq/T (13)
A desigualdade nos diz que, num sistema isolado, a entropia do sistema não pode diminuir quando
ocorrer uma transformação espontânea.
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2º. Expansão isotérmica irreversível de um gás perfeito: dq = -dw pois, dU = 0. Se o gás
expande livremente no vácuo ⇒ não há trabalho e dw = 0 ⇒ dq = 0. Portanto, pela desigualdade
de Claussius, dS ≥ 0. Como não há transferência de calor dSviz = 0 . Portanto, nesse caso, teremos
também dStotal ≥ 0.
3º. Resfriamento espontâneo (processo irreversível): Vamos imaginar uma troca de calor
de um sistema – fonte quente na temperatura Th – para outro sistema – fonte fria na temperatura Tc,
como ilustrado na Figura 4. Quando a fonte quente perde |dq| unidades de calor, a sua entropia
diminui e varia de – |dq| /Th. Quando a quantidade de calor |dq| entra no sumidouro frio sua
entropia aumenta de + | dq| /Tc. A variação global da entropia é:
dq dq 1 1
dS = − = dq − (15)
Tc Th Tc Th
que é uma grandeza positiva, pois Th ≥ Tc. Logo, a passagem de calor de um corpo quente para
outro frio (resfriamento) é espontânea, como nos diz a experiência. Os dois sistemas estarão em
equilíbrio térmico quando as temperaturas dos dois reservatórios térmicos forem iguais e dStotal = 0.
Figura 4- Quando a energia sai do reservatório quente como calor, a entropia do reservatório diminui.
Quando a mesma quantidade entra no reservatório frio, a entropia aumenta mais do que a diminuição que
ocorreu no reservatório quente. Há então um aumento global de entropia e o processo é espontâneo. As
setas simbolizam as variações relativas de entropia.
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V.3- Variação de entropia em alguns processos.
Tabela 1-Algumas entropias padrões (e temperaturas) de transições de fase, ∆trsSo (J K-1 mol-1).
Substância Fusão (a Tf) Vaporização (a Teb)
Argônio, Ar 14,17 (a 83,8 K) 74,53 (a 87,3 K)
Benzeno, C6H6 38,00 (a 279 K) 87,19 (a 353 K)
Água, H2O 22,00 (a 273,15 K) 109,0 (a 353,15 K)
Hélio, He 4,8 (a 1,8 K e 30 bar) 19,9 (a 4,22 K)
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A Tabela 2 mostra as entropias padrões de vaporização de alguns líquidos nos respectivos
pontos de ebulição. Pode-se observar que a maioria dos líquidos apresenta a mesma entropia
padrão de vaporização (cerca de 85 J K-1 mol-1). Esta observação empírica é conhecida como REGRA
DE TROUTON. EXPLIQUE ESTA REGRA E OS DESVIOS EM RELACAO À MESMA.
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Exemplo: Estime a entalpia molar de vaporização do bromo, sabendo que o seu ponto de ebulição
normal é a 59,2°C.
Se não houver possibilidade de organização estrutural anômala na fase líquida ou anomalia
na fase gasosa, a regra de Trouton pode ser usada na forma:
∆vapH = Teb x (85 J K-1 mol-1)
Resposta: Neste caso, podemos usar a regra de Trouton, pois não há ligação de hidrogênio no
bromo líquido e a molécula de Br2 sendo pesada é pouco provável que tenha comportamento irregular na
fase gasosa. Assim,
∆vapH = (332,4) x (85 J K-1 mol-1) = 2,8 x 104 J mol-1 = 28 kJ mol-1
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V.3.2- Expansão de um gás perfeito
∆S = nR ln Vf/Vi (17)
Figura 4- Aumento logarítmico da entropia para um gás perfeito que expande isotermicamente.
A equação (3) pode ser usada para calcular a entropia de um sistema na temperatura Tf a
partir da entropia na temperatura Ti e do calor trocado para provocar a variação de temperatura em
questão:
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f
dq rev
S (T f ) = S (Ti ) + ∫ (18)
i
T
Se o sistema está sujeito, durante o aquecimento, a uma pressão constante e não efetua
trabalho diverso do de expansão, a capacidade calorifica é dada por:
dqrev = CP dT
Assim, a pressão constante:
f
C P dT
S (T f ) = S (Ti ) + ∫ (19)
i
T
f
dT
S (T f ) = S (Ti ) + C P ∫ = S (Ti ) + C P ln T f / Ti (20)
i
T
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Exercicios: 1. Calcule a variação de entropia do argônio, que está inicialmente a 25°C e
1,00 atm, num recipiente de 500 cm3 de volume, e se expande até o volume de 1000 cm3 e
simultaneamente é aquecido até 100 °C. DADO: CP,m = 20,786 J K-1 mol-1
2. Calcule a variação de entropia, quando a mesma amostra de gás mencionada no
exercício anterior, a partir do mesmo estado inicial, é comprimida a 50,0 cm3 e resfriada a -25°C.
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V.3.3- A medida da entropia
Exceto S(0), todas as propriedades que aparecem na equação podem ser medidas
calorimetricamente. As integrais podem ser estimadas graficamente ou, como se faz mais
comumente, pelo ajuste de um polinômio aos dados e pela integração analítica do polinômio. A
Figura 6 ilustra o procedimento. A área sob a curva de CP/T em função de T é a integral que se
quer. Como dT/T = dlnT, um outro procedimento é o de estimar a área sob a curva de CP em
função de lnT.
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Figura 6- Determinação da entropia a partir de dados de capacidade calorífica. (a) A variação de
CP/T com a temperatura para a amostra. (b) A entropia é medida pela área abaixo da curva da
temperatura, CP/T, mais a entropia de cada transição de fase.
Exemplo: A entropia molar do nitrogênio gasoso, a 25°C, pode ser calculada a partir dos
seguintes dados:
S0m (J K-1 mol-1)
Extrapolação de Debye 1,92
Integração de 10 K a 35,61 K 25,25
Transição de fase a 35,61 K 6,43
Integração de 35,61 K a 63,14 K 23,38
Fusão a 63,14 K 11,42
Integração de 63,14 K a 77,32 K 11,41
Vaporização a 77,32 K 72,13
Integração de 77,32 K a 298,15 K 39,20
Correção para o comportamento real do gás 0,92
TOTAL = 192,06
Portanto: Sm (298,15 K) = Sm ( 0 K) + 192,1 J K-1 mol-1
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V.4- A terceira lei da termodinâmica
Em T = 0, toda energia do movimento térmica foi extinta e, num cristal perfeito, todos os
átomos ou íons estão uniforme e regularmente organizados ⇒ ausência de desordem espacial e
de desordem do movimento térmico ⇒ sugere que a entropia das substâncias seja nula em T= 0.
Cabe ressaltar que: a terceira lei não afirma que as entropias são nulas em T = 0; ela
afirma que todos os materiais perfeitos têm a mesma entropia nessa temperatura. A escolha deste
valor comum como zero é uma mera questão de conveniência.
Entropia padrão (da terceira lei): quando a substância está no seu estado padrão na
temperatura T ⇒ So(T). A Tabela 3 mostra alguns valores correspondentes a T = 298 K.
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Tabela 3- Entropias padrões da terceira lei a 298 K.
Substância Som (J K-1 mol-1)
Sólidos
Grafita, C (s) 5,7
Diamante, C (s) 2,4
Sacarose, C12H22O11 (s) 360,2
Líquidos
Benzeno, C6H6 (l) 173,3
Água, H2O (l) 69,9
Mercúrio, Hg (l) 76,0
Gases
Dióxido de carbono, CO2 (g) 213,7
Hidrogênio, H2 (g) 130,7
Oxigênio, O2 (g) 205,1
Amônia, NH3 (g) 192,4
A entropia padrão de reação, ∆rSo, se define como: a diferença entre as entropias molares
dos produtos puros, separados, e as entropias molares dos reagentes puros, separados, todas as
substâncias nos respectivos estados padrões, numa certa temperatura.
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Exercício: Calcule a entropia padrão da reação, a 25°C:
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V.5- As energias de Helmholtz e de Gibbs
dq
dS – ≥ 0 (23)
T
Conforme as condições do processo que sofre o sistema, esta desigualdade pode se transformar de
duas maneiras: ou a volume constante ou a pressão constante.
Se a energia interna for constante (dU = 0) ou se a entropia for constante (dS = 0), a
expressão anterior fica, em cada caso,
onde os índices indicam as propriedades mantidas constantes. A equação (26) dá os critérios das
transformações espontâneas em termos exclusivos das propriedades do sistema.
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Troca de calor a pressão constante (não há outro tipo de trabalho além do de expansão)
⇒ dqP = dH
dU –T dS ≤ 0 e dH – T dS ≤ 0
é possível exprimi-las de modo mais simples pela introdução de outras duas funções de estado
termodinâmicas: a energia de Helmholtz (A) definida por
A = U–TS (29)
e a energia de Gibbs (G):
G = H–TS (30)
Os critérios para transformações espontâneas são obtidos introduzindo as equações (25) e (26):
♣ Estas duas desigualdades são as duas mais importantes conclusões da termodinâmica para
a química.
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V.5.2- Algumas observações sobre a energia de Helmholtz.
dwmáx = dA (34)
wmáx = ∆A (35)
onde
∆A = ∆U - T ∆S (36)
A expressão (36) mostra que, em certos casos, dependendo do sinal de T∆S, nem toda
variação de energia interna está disponível para ser transformada em trabalho:
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Figura 7- Num sistema que não está isolado das suas vizinhanças, o trabalho efetuado pode ser
diferente da variação de energia interna. O processo será espontâneo se a entropia total (sistema +
vizinhanças) aumentar. No caso ilustrado, a entropia do sistema diminui, de modo que a das
vizinhanças deve aumentar, para que o processo seja espontâneo.
Figura 8- Neste processo, a entropia do sistema aumenta. Parte da energia das vizinhanças pode se
cedida como calor para o sistema. Esta energia pode retornar para a vizinhança na forma de
trabalho. Assim, o trabalho efetuado pode ser maior do que ∆U.
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Exercício: Quando se oxida 1,000 mol de glicose (C6H12O6) a dióxido de carbono e água, a
25°C, as medições calorimétricas fornecem ∆rU0 = -2808 kJ mol-1 e ∆rS0 = + 182,4 kJ mol-1, a
25°C. Que energia é possível aproveitar (a) na forma de calor a pressão constante e (b) na forma de
trabalho?
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we, máx = ∆G (38)
Esta expressão é útil para estimar o trabalho elétrico que pode ser gerado por pilhas a
combustível ou por pilhas eletroquímicas. OBTENHA a equação (37).
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Exercício: Qual a energia disponível para sustentar a atividade muscular e nervosa na combustão
de 1,00 mol de moléculas de glicose nas condições normais, na temperatura do sangue (37°C)? A
entropia padrão da reação é 182,4 J K-1 mol-1.
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V.6- Energia de Gibbs molar padrão
A energia de Gibbs padrão da reação é igual à diferença entre as energias de Gibbs molares
padrões dos produtos e as energias análogas dos reagentes, todas as substâncias nos respectivos
estados padrões e na temperatura da reação.
A energia de Gibbs padrão de formação, ∆fG0, é a energia de Gibbs padrão da reação de
formação de um composto a partir dos seus elementos nos respectivos estado de referência. As
energias de Gibbs padrões de formação dos elementos nos respectivos estados de referência são
nulas (a formação de um elemento é, na realidade, uma reação “nula”). A tabela 4 ilustra os
valores para alguns compostos.
Com os valores tabelados pode-se calcular a energia de Gibbs padrão de uma reação:
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Tabela 4- Energias de Gibbs padrões de formação a 298 K.
Substância ∆fG0m (kJ mol-1)
Diamante, C (s) 2,9
Benzeno, C6H6 (l) 124,3
Metano, CH4 (g) -50,7
Dióxido de carbono, CO2 (g) -394,4
Monóxido de carbono, CO (g) -137,2
Água, H2O (l) -237,1
Cloreto de sódio, NaCl -384,1
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Exercícios: 1. Calcule a energia de Gibbs padrão da reação: CO (g) + ½ O2 (g) → CO2 (g), a
25°C.
2. Calcule a energia de Gibbs padrão da reação da reação de combustão do metano a
298 K.
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