LimpopoCorredor Agroindustrial Portugues

Estudo do ETC I nternational em consrcio com SEED
EQUIPA DE PESQUISA

Antnio da Silva Francisco
Marco Machado
Jos Castro
Filomena dos Anjos
Joaquim Mutemba
Antnio Andr

I IN NI IC CI IA AT TI IV VA A E ES SP PA AC CI IA AL L D DE E
D DE ES SE EN NV VO OL LV VI IM ME EN NT TO O D DO O
C CO OR RR RE ED DO OR R D DO O L LI IM MP PO OP PO O: :
F FO OM ME EN NT TO O D DO O P PR RO OC CE ES SS SA AM ME EN NT TO O
A AG GR RO O- -I IN ND DU US ST TR RI IA AL L

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Relatrio Principal

ii
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Relatrio Principal

iii

N ND DI IC CE E

NDICE .................................................................................... iii
Lista de Tabelas ..................................................................... vii
Lista de Grficos ................................................................... viii
Lista de Mapas ........................................................................ ix
SUMRIO EXECUTIVO ............................................................. xi
VISO E DIAGNSTICO .................................................................. xi
ESTRATGIA: RESUMO DOS INDICADORES DE VIABILIDADE DE
TRS PROJECTOS NCORA .................................................. xii
PARTE I. VISO ........................................................................ 1
1 INTRODUO: Princpios, Objectivos e Metodologia ..................... 1
1.1 O que que este estudo oferece? .......................................................................... 1
1.2 ALGUNS PRINCPIOS SUBJACENTES AO ESTUDO ............................................................. 3
1.3 OBJECTIVOS E RESULTADOS PRINCIPAIS DO ESTUDO .................................................... 7
1.4 METODOLOGIA ........................................................................................................ 8
2 VALE DO LIMPOPO: rea, Populao e Economia ....................... 10
2.1 O corredor do Limpopo DEFINIO GEOGRFICA e mbito ................................... 10
2 2. .2 2 D De ef fi in ni i o o a am mp pl la a e e r re es st tr ri it ta a d do o C Co or rr re ed do or r d do o L Li im mp po op po o ( (C CL L) ) ......................................... 11
2.3 Oportunidades futuras sem precedentes para o Corredor do Limpopo? ..................... 13
2 2. .5 5 C Co on ns st tr ra an ng gi im me en nt to os s g ge er ra ai is s a ao o i in nv ve es st ti im me en nt to o n no o C Co or rr re ed do or r d do o L Li im mp po op po o .......................... 16
PARTE II. DIAGNSTICO ....................................................... 23
3 INFRAESTRUTURAS HIDRO-AGRCOLAS ..................................... 24
3.1 Infra-estruturas hidro-agrcolas ao longo do Vale do Limpopo .................................. 24
3.2 Situao Actual dos Permetros de Rega no Vale do Limpopo ................................... 25
3.3 Tipos de Rega Mais Comuns ................................................................................ 25
3.4 Potencial de Desenvolvimento da Irrigao no Vale do Limpopo ............................... 26
3.5 Perspectivas de desenvolvimento da irrigao ....................................................... 26
4 SECTOR AGRCOLA ..................................................................... 28
4.1 Produo Agrcola .............................................................................................. 29
4.2 Os Sistemas de Produo .................................................................................... 31
4.3 Potencialidade Agrcola da rea ........................................................................... 32
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Relatrio Principal

iv
4.4 As reas Irrigadas .............................................................................................. 32
4.5 Potencialidade da Cultura de Arroz: principais sistemas de produo ........................ 34
4.6 Potencialidade da Produo de Tomate ................................................................. 41
4.7 Investimentos necessrios para viabilizar a produo do Tomate ............................. 42
4.8 REA Costeira ................................................................................................... 43
4.9 O coqueiro e copra: produo potencial ................................................................ 44
5 SECTOR PECURIO ..................................................................... 46
5.1 Potencialidade da Produo Pecuria .................................................................... 46
5.2 Produo actual e produtos ................................................................................ 47
5.3 Evoluo dos efectivos - Bovinos.......................................................................... 47
5.4 Projeco (previso para os prximos 10 anos) ..................................................... 48
5.5 Pequenos ruminantes ......................................................................................... 48
5.6 Sunos .............................................................................................................. 49
5.7 Produo Pecuria .............................................................................................. 49
5.8 Poltica e estratgia de pecuria ........................................................................... 50
6 SECTOR AGRO-INDUSTRIAL ....................................................... 53
6.1 Abordagem conceptual ....................................................................................... 53
6.2 METODOLOGIA DE ABORDAGEM USADA NO ESTUDO ............................................. 54
6.3 O TERRITRIO COBERTO PELO ESTUDO: .............................................................. 56
6.4 AS CULTURAS ESTUDADAS ................................................................................. 57
6.5 Potencialidades do sector de processamento agro-industrial .................................... 58
6.6 CONSTRANGIMENTOS DO SECTOR DE PROCESSAMENTO AGRO-INDUSTRIAL ............................... 59
6.7 INFERNCIAS PARA OS PROJECTOS SELECCIONADOS ............................................ 61
PARTE III. ESTRATGIA ......................................................... 65
7 Investimento Pblico para a Melhoria das Condies de
Investimento Privado .......................................................... 66
8 PROJECTOS NCORA IDENTIFICADOS E DESENVOLVIDOS ......... 68
8.1 Projectos ncora Identificados ............................................................................. 68
8.2 Projectos ncora Desenvolvidos ........................................................................... 69
8.3 Resultados principais dos 3 estudos de pr-viabilidade ........................................... 69
9. AVALIAES DE PREVISIBILIDADE PARA TRS PROJECTOS ..... 70
9.1 PROJECTO 1: recuperao da fabrica de processamento de arroz em conhane ........... 70
9.2 PROJECTO 2: Fbrica de processamento em Chilembene - Tomate, enlatados de
hortcolas e concentrados de sumos de fruta .................................................. 76
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Relatrio Principal

v
9.3 PROJECTO 3: CONSTRUO DUMA FBRICA DE DERIVADOS DE COCO EM Inhambane
................................................................................................................ 81
10. BIBLIOGRAFIA ........................................................................ 85
ANEXOS ................................................................................. 89
Anexo 1: Termos de Referncia ..................................................... 90
Anexo 2: Estudo de Pr-viabilidade do da Fbrica de Arroz em
Conhane .............................................................................. 93
Anexo 3: Estudo de Pr-viabilidade da Fbrica de Tomate em
Chilembene ......................................................................... 93
Anexo 4: Estudo de Pr-viabilidade da Fbrica de Derivados de Cco
em Inhambane/Maxixe ....................................................... 93

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Relatrio Principal

vi
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Relatrio Principal

vii

L Li is st ta a d de e T Ta ab be el la as s
Tabela SUMEXC Tabela sumrio dos indicadores de
viabilidade dos trs projectos ncora ............................ xii
Tabela 1.1 Estimativa da superfcie e da populao do
Corredor do Limpopo, 1987-2002 ................................. 11
Tabela 1.2 ndice de liberdade econmica, Moambique
1995-2002 .................................................................... 18
Tabela 1.3: Empresrios: O que querem ver resolvido e o que
exigem do Governo e do CTA? ....................................... 19

Tabela 2.1: rea irrigvel por Bacia .................................................... 26
Tabela 2.2: Potencial de Desenvolvimento no Vale do
Limpopo ......................................................................... 27
Tabela 2.3: Utilizao da rea por Tipo de Cultura .............................. 29
Tabela 2.4: rea de Culturas em Gaza em Percentagem de
reas do Pas ................................................................. 30
Tabela 2.5: Nmero de Fruteiras e Produo, 2000 ............................. 31
Tabela 2.6: Diferentes Regies Produtivas. rea Ocupada e
rea Potencial (Ha) ....................................................... 32
Tabela 2.7: Investimentos Necessrios para a Preparao e
Operao de 1000 Ha de Arroz ...................................... 37
Tabela 2.8: Maquinaria: Os custos por hora de maquinaria
so os mesmos da Carta tecnolgica mais 20-
25% para reposio ...................................................... 38
Tabela 2.9: Factores de Produo ....................................................... 38
Tabela 2.10: Mo de Obra .................................................................... 39
Tabela 2.11: Transporte ...................................................................... 39
Tabela 2.12: Investimentos no Sector Familiar ................................... 39
Tabela 2.13: Operao: Os custos por H/M so os mesmos
que os actuais mais 20-25% para reposio ................. 40
Tabela 2.14: Factores de Produo ..................................................... 40
Tabela 2.15: reas Mnimas para Arroz ............................................... 41
Tabela 2.16: Operaes por hectare .................................................... 42
Tabela 2.17: Factores de Produo por hectare ................................... 43
Tabela 2.18: Produo Potencial de Copra ......................................... 44
Tabela 2.19: Lugares de Ocupao das Terras ..................................... 45
Tabela 2.20: Ritmo de Produo das Plantas ....................................... 45
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Relatrio Principal

viii
Tabela 2.21: Nmero de efectivos de gado (Gaza), 2000 ................. 46
Tabela 2.22: Evoluo dos efectivos de sunos ................................ 49
Tabela 2.23: Lugares de agro-processamento industrial
visitados .................................................................... 56

Tabela 3.1: Projectos ncora identificados ...................................... 68
Tabela 3.2: Projectos ncora desenvolvidos .................................... 69
Tabela 3.3: PROJECTO 1 Recuperao da fbrica de
processamento de arroz em Conhane (breve
apresentao) ............................................................ 72
Tabela 3.4: Custo e Benefcios para a fbrica de
processamento de arroz em Conhane ........................ 74
Tabela 3.5: Preos de venda do arroz, Agosto 2002 ........................ 74
Tabela 3.6: Preo do Paddy Estimativa do preo pago ao
produtor ..................................................................... 75
Tabela 3.7: Sumrios dos indicadores de pr-viabilidade
do Projecto 1 fbrica de processamento de
arroz em Conhane ...................................................... 76
Tabela 3.8: PROJECTO 2 Fbrica de processamento de
tomate de Chilembene (breve apresentao) ............. 76
Tabela 3.9: Custo e Benefcios para a fbrica de
processamento de Chilemebene ................................. 78
Tabela 3.10: Preos de venda do tomate, Agosto 2002 .................... 79
tomate em Chilembene .............................................. 79
Tabela 3.12: PROJECTO 3 Construo duma fbrica de
produtos de coco em Inhambane/Maxixe
(breve apresentao) ................................................. 81
Tabela 3.13: Custo e Benefcios para a fbrica de produtos
de coco em Inhambane .............................................. 82
Tabela 3.14: Preos de venda dos derivados de coco,
Agosto 2002 ............................................................... 83
derivados do coco em Inhambane .............................. 83

L Li is st ta a d de e G Gr r f fi ic co os s
Grfico 1.1 Produto interno bruto, Moambique 1996-2000 ............ 12
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Relatrio Principal

ix
Grfico 1.2 Peso do Corredor do Limpopo na Economia
Nacional Comparativamente a Maputo Cidade e
Regio Sul ..................................................................... 12
Grfico 1.3 Peso do PIB do Corredor do Limpopo na
Economia da Regio Sul, Moambique 1996-
2002 .............................................................................. 12
Grfico 1.4 Corredor do Limpopo, 2000 ........................................... 13
Grfico 1.5 Estrutura do PIB na Zona Sul Com e Sem a
Cidade de Maputo, por Actividade Econmica
(Mdia Anual, 1996-2000) ............................................. 14
Grfico 1.6 Evoluo de Alguns Indicadores de
Investimento e da Produo Alimentar e No-
Alimentar: Moambique versus frica sub-
Sahariana, 1975-1999 ................................................... 16
Grfico 1.7 African Countries Ranked According to the
Improvement Index (1996-1999) of the Africa
Competiteveness Report, 2000/2001 ............................ 17
Grfico 1.8 Liberdade Econmica e Renda per Capita ...................... 20
Grfico 1.9 Proteco dos Direitos de Propriedade e Renda
per Capita ...................................................................... 21
Grfico 2.1 Precipitao versus Distncia do Mar ............................ 28
Grfico 2.2 Distribuio da rea Cultivada pela rea das
Exploraes ................................................................... 29
Grfico 2.3 Distribuio da rea por Tipo de Cultura ....................... 30
Grfico 2.4 Evoluo do Efectivo de Bovinos, 1980-2001 ................. 47
Grfico 2.5 Evoluo dos Efectivos de caprinos e Ovinos,
1995-2001 ..................................................................... 49
Grfico 2.6 Contribuio Percentual de Carne por Espcies ............. 50
Grfico 2.7 Evoluo da Produo de Carne de Vaca, 1992-
2001 .............................................................................. 50
Grfico 2.8 Produo de Arroz no Vale do Limpopo ......................... 61
Grfico 2.9 Arroz: Capacidade de Descasque ................................... 61

L Li is st ta a d de e M Ma ap pa as s
Mapa 1.1 Localizao do Corredor do Limpopo no Mapa de
Moambique .................................................................. 1
Mapa 1.2 rea Abrangida pelo Corredor do Limpopo ....................... 10
Mapa 2.1 Provncias do Sul de Moambique ..................................... 28
Mapa 2.2 Provncia de Gaza ............................................................. 48
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Relatrio Principal

x

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Relatrio Principal

xi

S SU UM M R RI IO O E EX XE EC CU UT TI IV VO O

VISO E DIAGNSTICO
1. A audincia principal deste estudo os empresrios interessados em
investir no sector agro-industrial da regio do Corredor do Limpopo (CL),
bem como todas as entidades privadas ou pblicas que ajudam os seus
clientes nesta tarefa.
2. O principal objectivo do estudo Identificar projectos agrcolas e de agro-
processamento merecedores de considerao pelo sector privado, mas que
necessitam de investimento pblico adicional para que o ambiente de
investimento seja verdadeiramente favorvel. Mais do que um simples
estudo de oportunidade, este trabalho oferece uma avaliao de pr-
viabilidade, o que pressupem uma pr-seleco de projectos a partir dum
vasto leque de possveis oportunidades de investimento.
3. O relatrio que se segue contempla trs partes principais: Parte I. Viso:
O Corredor do Limpopo no contexto da iniciativa espacial de
desenvolvimento (SDI); Parte II. Diagnstico da situao agro-pecurio e
agro-industrial, bem como infra-estruturas e investimentos relevantes;
Parte III. Estratgia geral e especfica para o fomento do processamento
agro-industrial no Corredor de Limpopo, incluindo os resultados da
avaliao de pr-viabilidade de trs projectos especficos. Para no tornar
o relatrio demasiado exaustivo, os estudos especializados e, em
particular, os detalhes completos dos trs estudos especficos de
avaliao de pr-viabilidade so remetidos para anexo.
4. O estudo considera o enquadramento estratgico e contexto socio-
econmico actual, em que o processamento agro-industrial no Corredor do
Limpopo est a emergir, no s promissor e atractivo, mas mesmo sem
precedentes. Na verdade, prev mesmo que o Corredor do Limpopo tem
possibilidade, nos prximos 10 a 20 anos, de imprimir uma transformao
radical da sua estrutura da actividade econmica, transformao
resultante do impacto dos grandes e mdios projectos em vias de serem
implementados na regio, nomeadamente: as Areias Pesadas, o Gs do
Pande, a Barragem de Massingir, o turismo transfronteirio, entre outros.
Estes empreendimentos podero, por si s, revolucionar radicalmente a
estrutura econmica da regio Sul do Pas, actualmente bastante
dependente da agricultura. Duas direces podem ocorrer. Uma
alternativa que a estrutura da economia da regio do Corredor do
Limpopo mude numa direco idntica da capital do Pas; ou seja, que
passa a ser dominada pelo sector tercirio, por causa da crescente
actividade dos transportes, turismo e comrcio. A outra possibilidade,
que o sector secundrio (industria mineira e transformadora) passe a
assumir um papel cada vez mais dinmico, se no mesmo dominante, na
economia da regio.
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Relatrio Principal

xii
5. No esta a primeira vez que se procura fomentar o processamento agro-
industrial no Vale do Limpopo, mas ser desta que tal processo se tornar
sustentvel e duradoiro? A resposta directa e simples oferecida pelo
estudo pode ser resumida numa palavra: Depende! Depende, no tanto de
estratgias econmicas extremas, como o foram as polticas colonial e
socialista, nas dcadas passadas, mas do que efectivamente for feito para
que o capital nacional se desenvolva e consolide em Moambique. A este
respeito, dois instrumentos importantes podero contribuir para o sucesso
do fomento do processamento agro-industrial. Por um lado, a Iniciativa
Espacial de Desenvolvimento (SDI) que financiou este mesmo trabalho, e
tem vindo a financiar vrias iniciativas no Corredor do Limpopo, e no s.
Por outro lado, e talvez ainda mais importante, o fomento do
processamento agro-industrial depender, a longo prazo, da capacidade
de Moambique desenvolver mecanismos legais e institucionais capazes de
converterem as poupanas e os activos disponveis no pas em capital
produtivo e competitivo.
6. O diagnstico da situao actual destaca os sectores hidro-agrcola, a
produo agrcola, com incidncia nos produtos seleccionados para a
avaliao de pr-viabilidade, apresentada na Parte III, a pecuria, e o
processamento agro-industrial. O estudo lista ainda as oportunidades e os
constrangimentos especficos do investimento agro-industrial no Corredor
do Limpopo.

ESTRATGIA: RESUMO DOS INDICADORES DE VIABILIDADE DE
TRS PROJECTOS NCORA
7. Trs estudos de pr-viabilidade seleccionados entre os projectos ncora
identificados, cujos indicadores referentes a um dos dois cenrios
considerados (o realista) so os seguintes:

TABELA SUMEXC: TABELA SUMRIO DOS INDICADORES DE
VIABILIDADE DOS TRS PROJECTOS NCORA

Projecto 1 fabrica de processamento de arroz em conhane
(recuperao, modernizao e diversificao)

Investimento necessrio 1 333 125$00 usd
Ano Cruzeiro Ano 3
"Break-Even" 1 646752 983$00 usd
Vendas no ano cruzeiro 1 797 277$00 usd
Prazo de Recuperao do Investimento 54 meses
TIR 22,97 %
VAL 267 775$00 usd
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Relatrio Principal

xiii

Projecto 2 - Fbrica de processamento em Chilembene
(Pasta de Tomate, enlatados de hortcolas e
concentrados de sumos de fruta: recuperao,
modernizao e diversificao)

Ano Cruzeiro Ano 3
"Break-Even" 1 221 052$00 usd
TIR 21,01 %
VAL 437 035$00 usd

Projecto 3 - Fabrica Integrada de Processamento de Derivados de
Coco (Construo de uma fbrica nova em Inhambane/Maxixe)

Ano Cruzeiro Ano 3
TIR 21,67 %
VAL 517 617$00 usd

Para os Trs projectos

Taxa Juro do financiamento bancrio
(70% do investimento total)

10%
Impostos Est considerado o pagamento
integral de todos os impostos
aplicveis.
Segurana no fornecimento das
matrias-primas (qualidade,
quantidade e competitividade)
Esto considerados investimentos
em alfaias agrcolas (no projecto 2),
financiamento dos factores-
produtivos agrcolas (nos 3 projectos)
e os servios de extenso
necessrios (nos 3 projectos)

8. Da anlise dos indicadores de rentabilidade, econmicos e financeiros,
pode constatar-se que os trs projectos acima sumarizados so tcnica,
econmica e financeiramente viveis, pelo menos em termos de pr-
viabilidade no presente momento. As precaues tidas nos pressupostos
utilizados e anlise de sensibilidade efectuada aos parmetros crticos do
projecto, do-lhes uma margem de segurana bastante razovel, e
diminuem significativamente o risco do projecto. Para efeitos de pr-
viabilidade no foram considerados os benefcios lquidos decorrentes do
processamento dos produtos previstos para fases posteriores (apenas se
consideraram os produtos cujo mercado j existe e se conhece), os quais
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Relatrio Principal

xiv
podero trazer muito mais valor acrescentado ao projecto. Estas
concluses sero reais na medida em que os constrangimentos
identificados em termos gerais, ao sector agrcola e agro-indstria sejam
ultrapassados. Nos investimentos e custos previstos esto salvaguardadas
as medidas e respectivos meios (alfaias, extensionistas, suporte dos juros
do fomento dos insumos) para ficar assegurado o fornecimento da
matria-prima, respectiva qualidade e competitividade, que tem sido um
dos principais constrangimentos das fbricas j instaladas.
9. Em resumo, com um investimento total privado nos trs projectos ncora
seleccionados, na ordem dos 9/10 milhes de Usd (inclui investimento no
sector agrcola por forma a garantir a matria-prima em quantidade,
qualidade e competitividade necessrias), podem-se criar as condies
mnimas para alavancar a actividade agrcola e agro-indstrial do Vale do
Limpopo. Estes projectos para alm de serem viveis tcnicas, econmica
e financeiramente, tm, na forma como esto concebidos, a caracterstica
de poderem servir como aces demonstradoras do tipo de estratgia que
se recomenda para os novos projectos de agro-processamento que surjam
no futuro no Vale do Limpopo.

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Relatrio Principal

1

P PA AR RT TE E I I. . V VI IS S O O
O
OO C
CCO
OOR
RRR
RRE
EED
DDO
OOR
RR D
DDO
OO L
LLI
IIM
MMP
PPO
OOP
PPO
OO N
NNO
OO C
CCO
OON
NNT
TTE
EEX
XXT
TTO
OO
D
DDA
AA I
IIN
NNI
IIC
CCI
IIA
AAT
TTI
IIV
VVA
AA E
EES
SSP
PPA
AAC
CCI
IIA
AAL
LL
D
DDE
EE D
DDE
EES
SSE
EEN
NNV
VVO
OOL
LLV
VVI
IIM
MME
EEN
NNT
TTO
OO

1 INTRODUO: PRINCPIOS, OBJECTIVOS E METODOLOGIA

1.1 O QUE QUE ESTE ESTUDO OFERECE?
A audincia principal deste estudo os empresrios interessados em investir
no sector agro-industrial da regio do Corredor do Limpopo (CL), bem como
todas as entidades privadas ou pblicas que ajudam os seus clientes nesta
tarefa.
O Corredor do Limpopo,
semelhana dos demais corredores
de desenvolvimento j
estabelecidos em Moambique,
define-se mais pelo esprito de
cooperao, gerado por um
conjunto de sinergias geogrficas e
socio-econmicas, do que pelas
delimitaes politico-
administrativas fixadas pelo
governo nacional e as
administraes locais.
Este estudo pretende ir alm dos
muitos levantamentos sobre as
ricas oportunidades de
investimento agro-industrial
existentes na regio do Vale do
Limpopo. Mais do que um estudo
de oportunidade, trata-se duma
avaliao de pr-viabilidade
1
de
projectos especficos assentes, por

1
A palavra pr-viabilidade significa literalmente possibilidade de que algo especfico
possa ser realizado, entre muitas outras necessrias ou que gostaria fazer. Ou seja,
na fase de pr-viabilidade seleccionam-se, a partir duma vasta gama de oportunidades
de investimento, os projectos a priorizar.
ralmente pos sssssssssssi si si i si si si si i si ii si si i si iiiiiii si i si si i si i ss bbbi biiii bi bi bbii bbbbbbi bbiiiiii bbiii bi biiiiiiilidade de quuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuueeeee eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee al al al al al aal al al al al al al al al aal all al ll al ll all al al al aaaaaaaa go go go go go go go go go go go go ggo go goo goo go ggo ggo gggggggggggggggoo ggggoo gggggggggggooo ggggo eeeeeeeee eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeesp sp sp sp ssp ssp sp sp sp sp sp sp sp p sp sssp sp sp sp sp sssp sp sspppppppppp ssssp sssssspppp sp s ecfico
nnnec ec eces es ess s sri ri rias as as ooouuu qqque ue ue gggos os osta ta tari ri riaaa ffaz az azer er er Ou Ou Ou sssej ej ejaaa
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Relatrio Principal

2
um lado, na seleco de algumas das oportunidades comerciais, identificadas
em estudos anteriores; por outro lado, no reconhecimento de projectos em
fase j avanada de implementao, mas que se confrontam com dificuldades
de diversa ordem.
O contexto em que o estudo surge distingue-se tambm do contexto de
estudos anteriores, tanto em termos de enquadramento do seu planeamento
estratgico como das circunstncias socio-polticas.
O enquadramento estratgico principal do estudo o aprofundamento das
reformas econmicas implementadas ao longo de mais de uma dcada e, em
particular, a chamada Iniciativa Espacial de Desenvolvimento (SDI, em
Ingls); uma estratgia de fomento de oportunidades de investimento
privado, comprovadamente viveis e lucrativas, em locais especficos da
frica Austral.
Quanto s circunstncias
socio-polticas em que surge o
estudo, destaca-se
principalmente o ambiente
econmico e os factores de
risco comercial no pas. No
ltimo quinqunio, a regio
compreendida pela Bacia do Rio
Limpopo e a Linha Frrea do
Limpopo converteu-se num dos
locais mais privilegiados e
atractivos do investimento
privado. Isto confirmado
pela presena de grandes
projectos ncora em diferentes
sectores de actividade, em fase
avanada de concepo ou
implementao, tais como: o
"Corredor Sands" (minerao de
areias pesadas), o "Parque
Nacional do Limpopo, a Barragem
de Massingir; dois grandes
projectos infra- estruturais
que, a mdio e longo prazos traro
benefcios importantes ao
desenvolvimento do Vale: a Linha
de Alta Tenso para Inhambane e o Gs de Pande.
Estes projectos beneficiaram j da melhoria das condies econmicas de
investimento e exportao criadas em Moambique na ltima dcada. Mas a
sua principal contribuio para um ambiente de negcios favorvel ao
desenvolvimento agro-processamento incide principalmente a nvel micro-
econmico: a expanso da dimenso dos mercados locais, o restabelecimento
de um ambiente de confiana entre os empresrios, a populao e os
organismos pblicos, e a melhoraria do ambiente de negcios necessrio para
Este estudo pretende ir
alm dos muitos
levantamentos sobre as
ricas oportunidades de
investimento agro-
industrial existentes na
regio do Vale do Limpopo.
Mais do que um estudo de
oportunidade, trata-se
duma avaliao de pr-
viabilidade de projectos
especficos assentes, por
um lado, na seleco de
algumas das oportunidades
comerciais, identificadas
em estudos anteriores; por
outro lado, no
reconhecimento de
projectos em fase j
avanada de
implementao, mas que se
confrontam com
dificuldades de diversa
ordem.
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Relatrio Principal

3
estimular a eficincia, a produtividade e a competitividade dos diversos
agentes econmicos ao nvel dos mercados locais e regionais.
O relatrio do estudo contempla trs partes principais:
Parte I. Viso: O Corredor do Limpopo no contexto da iniciativa
espacial de desenvolvimento (SDI);
Part2 II. Diagnstico da situao agro-pecurio e agro-industrial, bem
como infra-estruturas e investimentos relevantes;
Parte III. Estratgia geral e especfica para o fomento do
processamento agro-industrial no Corredor de Limpopo,
incluindo os resultados da avaliao de pr-viabilidade de trs
projectos especficos.
Para no tornar o relatrio demasiado exaustivo, os estudos especializados e,
em particular, os detalhes completos dos trs estudos especficos de avaliao
de pr-viabilidade so remetidos para anexo.

1.2 ALGUNS PRINCPIOS SUBJACENTES AO ESTUDO
NO ESTA A PRIMEIRA VEZ QUE SE PROCURA FOMENTAR O
PROCESSAMENTO AGRO-INDUSTRIAL NO VALE DO LIMPOPO ... No ltimo
meio Sculo, foram ensaiados, pelo menos em duas outras ocasies, esforos
com vista a fomentar o processamento agro-industrial na regio do Corredor
do Limpopo. Tais esforos acabariam por falhar, por razes diferentes, mas
em ambos casos devido principalmente natureza do sistema poltico e
econmico que geraram as polticas econmicas e de desenvolvimento
implementadas.
A primeira experincia de transformao agro-industrial em Moambique
ocorreu no mbito do primeiro e segundo Planos de Fomento da
administrao colonial Portuguesa. A independncia nacional, em 1975, ps
fim a tal experincia, com uma particularidade importante. Para alm de
destruir o regime e administrao colonial, a natureza revolucionria e
socialista da independncia provocou destruio tambm do prprio sistema
mercantil-capitalista desenvolvido no pas no Sculo XX (Newitt, 1995;
SOGREAH & INGENIERIE, 1996: 7.1).
A segunda experincia de fomento dum sector agro-industrial em
Moambique surgiu no mbito da estratgia socialista, concebida como uma
alternativa ao modelo de desenvolvimento econmico capitalista. O novo
enquadramento estratgico do processamento agro-industrial e, na verdade,
da economia nacional em geral, foi implementado entre 1977 e 1985. A
estatizao e cooperativizao da produo foram privilegiadas, em
detrimento tanto do investimento privado estrangeiro como, at mesmo, do
exguo capital fundirio e produtivo que por ventura foi acumulado, durante o
perodo colonial, por um pequeno nmero de Moambicanos, entre outras
formas, na condio de assimilados. Assim, tal como na primeira
experincia, a segunda tentativa de fomento do processamento agro-
industrial na regio do Vale do Limpopo tambm fracassou. Neste caso, o
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Relatrio Principal

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fracasso deveu-se no tanto marginalizao dos Moambicanos das
principais oportunidades de acumulao do capital produtivo disponveis, mas
negao do papel que o capital desempenha no acrscimo da produtividade,
da produo e da riqueza nacional em geral (Newitt, 1995)
... MAS SER DESTA VEZ QUE O PROCESSAMENTO AGRO-INDUSTIRAL NO
VALE DO LIMPOPO IR REVELAR-SE SUSTENTVEL E DURADOIRO? A
resposta mais directa para esta dvida pode resumir-se numa simples
palavra: Depende! Depende, no tanto de estratgias econmicas extremas,
como o foram tanto a poltica colonial como a socialista, mas do que for
efectivamente feito para que o capital nacional se desenvolva e consolide em
Moambique.
Aps mais de uma dcada e meia de profundas reformas econmicas no pas,
vrias tm sido as manifestaes de frustrao e observaes crticas feitas
ao programa de ajustamento estrutural da economia moambicana. O
programa de ajustamento estrutural tem motivado criticas, dentro e foram
das instituies nacionais e internacionais que o conceberam, apesar de
Moambique se considerado um exemplo de sucesso na implementao de tal
tipo de programa. Os problemas
identificados, incluem: a crescente
armadilha da dependncia
externa; o contedo de polticas
sectoriais especficas; a limitao de
recursos tcnicos e financeiros. Por
causa das limitaes identificadas, o
Fundo Monetrio Internacional
(FMI) e o Banco Mundial tem
vindo a dar um crescente apoio
aos PRSPs. Outras agncias
internacionais, como por exemplo o
PNUD (1986, 1999, 2002) e o
UNCTAD (2002) vo mais longe ao,
insistindo na necessidade de
se substituir a estratgia de
reduo da pobreza assente na
perspectiva de ajustamento
estrutural por uma estratgia
orientada para o desenvolvimento
humano.
Ao longo do presente trabalho uma
vasta gama de oportunidades e de constrangimentos, relevantes para as
avaliaes de pr-viabilidade dos projectos especficos seleccionados, so
identificados. Contudo, a este nvel introdutrio, afigura-se til destacar a
essncia dum constrangimento fundamental, se bem que politicamente
bastante controverso, que est por de trs do fracasso da economia de
mercado, e especificamente do capitalismo, em pases no-Ocidentais como
Moambique. Para tal, vale a pena sublinhar a viso esboada por de Sotto
NO ESTA A
PRIMEIRA VEZ QUE SE
PROCURA FOMENTAR O
PROCESSAMENTO AGRO-
INDUSTRIAL NO VALE DO
LIMPOPO ...
... MAS SER DESTA VEZ
QUE O PROCESSAMENTO
AGRO-INDUSTIRAL NO
VALE DO LIMPOPO IR
REVELAR-SE SUSTENTVEL
E DURADOIRO?
INVESTIR NO UM
JOGO, MUITO MENOS UMA
INCURSO NO
DESCONHECIDO
COMPLEMENTARIDADE
E CONFIANA NOS
ACORDOS ESTABELECIDOS
PRODUTIVIDADE E
COMPETITIVIDADE
O OBJECTIVO DO
INVESTIDOR, A
SEGURANA E O TEMPO
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Relatrio Principal

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(2000), viso esta que oferece uma perspectiva mais construtiva do que
muitos discursos manietados por uma crescente ateno na pauperizao da
prpria pobreza.
De Sotto argumenta que os dirigentes do Terceiro Mundo no necessitam de
vaguear pelos ministrios dos Negcios Estrangeiros, nem pelas instituies
financeiras internacionais do mundo em busca da sua fortuna. No meio das
zonas pobres e dos bairros de lata dos seus pases, sustenta de Sotto (2000),
existem trilies de dlares completamente disponveis para serem utilizados,
bastando para isso resolver o mistrio de como esses bens podem ser
transformados em capital produtivo.
Se de Sotto estiver certo, o sucesso das reformas e iniciativas especficas,
incluindo por exemplo a SDI que motivou este estudo e muitas das reformas
econmicas implementadas pelo Governo Moambicano, depender da
capacidade de Moambique transformar os inmeros activos existentes mas
desaproveitados em capital produtivo. Milhes de cidados em Moambique,
tal como em grande parte dos pases pobres, encontram-se descapitalizados,
no tanto por falta de dinheiro, mas por no disporem de mecanismos legais
e institucionais para converter as suas poupanas em capital produtivo.
Centenas ou milhares de pequenos empresrios emergem anualmente no
sector informal, preenchendo os hiatos e as limitaes da economia legal.
Contudo, a sua permanncia no sector extralegal resulta da inexistncia de
mecanismos de acesso ao enorme potencial que a propriedade possui quando,
alm de mero papel ou ttulo, pode e deve servir de instrumento mediato que
capta e guarda praticamente tudo o que necessrio para fazer funcionar
uma economia de mercado. de Sotto sustenta ainda que a propriedade lana
as sementes do sistema ao tornar as pessoas responsveis e os bens
fungveis, ao seguir as transaces e, portanto, oferecer todos os mecanismos
necessrios para que os sistemas monetrio e bancrio funcionem e para que
o investimento desempenhe a sua funo. A ligao entre capital e dinheiro,
como hoje entendida, faz-se atravs da propriedade (de Sotto, 2000).
Ora, em Moambique, s a partir de 1990, como a introduo da nova
Constituio da Repblica, se formalizou juridicamente o reconhecimento da
economia de mercado-capitalista ps-independente. Porm, o sistema de
propriedade formal que dever permitir o processo, as formas e as regras que
estabelecem as condies para que os bens sejam transformados em capital
activo ainda incipiente e muito ineficiente. A ausncia de tal sistema
constitui, talvez, o principal e maior constrangimento ao desenvolvimento
duma economia de mercado saudvel, eficiente e sustentvel.
INVESTIR NO UM JOGO, MUITO MENOS UMA INCURSO NO
DESCONHECIDO. Os investidores no tomam decises com base em palpites,
mas sim em informaes especficas que esto, de algum modo, imunes
tanto ao optimismo exagerado como ao pessimismo sem fundamento. Assim,
o presente trabalho toma em considerao duas preocupaes principais: ser
profissional e tecnicamente de boa qualidade, por um lado, e ser
intelectualmente criativo, por outro. Neste contexto, a questo da criatividade
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Relatrio Principal

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est longe de ser bvia e reconhecida como um critrio explcito de
qualidade.
2
O senso comum dominado por noes de criatividade diversas
e confusas, umas que a reduzem a meros aspectos artsticos e outras
espontaneidade irreflectida. No entanto, para este trabalho, criatividade
entendida como o conjunto de aptides, que no podem ser reduzidas a
aspectos tcnicos, mas so indispensveis para que se operem mudanas
reais nas percepes e ideias, bem como nas atitudes e comportamentos, das
partes envolvidas em qualquer investimento privado: os investidores e os
beneficirios do investimento.
COMPLEMENTARIDADE E CONFIANA NOS ACORDOS ESTABELECIDOS -
Aquilo de que Moambique mais necessita, para que o investimento privado
aumente nos sectores decisivos para a melhoria do padro de vida dos
Moambicanos, e no apenas em alguns osis, : complementaridade e
confiana nos acordos estabelecidos.
O pior que se pode pedir a um investidor privado - quanto mais exigir! -
que ocupe o lugar ou execute as funes sociais da inteira responsabilidade,
primeiro que tudo e todos, das entidades pblicas e sem fins lucrativos.
Infelizmente, para o desenvolvimento econmico de Moambique, muita
confuso tem existido a tal respeito, tanto no passado ainda na actualidade.
Parece pois importante esclarecer, de forma explcita e desde o incio, que
este trabalho assenta numa ideia simples mas crucial: s podem existir boas
condies de investimento quando a complementaridade de interesses
prevalece, em vez da unio, mistura ou subordinao.
A complementaridade, em vez do antagonismo e desconfiana, o mbil da
relao comercial entre as partes envolvidas no investimento: de um lado, as
empresas, em nome individual ou colectivo, nacionais ou estrangeiras, que
procuram novos locais para as suas aplicaes; e de outro lado, os pases ou
as regies especficas dentro dum determinado pas, que procuram atrair
recursos financeiros e humanos para gerar riqueza. Trata-se de um processo
de aproximao que est longe de ser simples e directo. Enquanto as
empresas tm os seus objectivos estratgicos especficos, nomeadamente o
lucro, os pases e as sociedades possuem objectivos econmicos e sociais que
transcendem a atraco do investimento (UNCTAD, 2001).
PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE - Estes dois conceitos pouco dizem
generalidade dos Moambicanos. Talvez, a ideia de que o aumento dos
rendimentos depende da capacidade e do esforo individual digam algo mais?
Mas mesmo isto, provavelmente ainda diga muito pouco por enquanto.
A improdutividade nacional aflitiva e preocupante, e com os actuais nveis
de produtividade jamais os moambicanos atingiro os nveis de rendimento
internacionais. na produtividade que se encontra a chave para a melhoria
dos padres de vida dos moambicanos, para se reduzir a dependncia e a
pobreza, bem como o hiato entre a economia moambicana e a economia
regional e internacional.

2
Na sua definio mais simples, criativo significa gerar ou produzir algo que no
existia antes. Mas como exemplifica de Bono (1996: 3), numa tal perspectiva, criar
confuso tambm pode ser visto como um exemplo de criatividade.
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Relatrio Principal

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Numa economia j bastante aberta ao exterior, mas mais em termos de
dependncia e importao, a nica forma de Moambique aspirar a padres
de vida cada vez mais prximos da mdia internacional, atravs da melhoria
da competitividade econmica. Ora, a soluo para uma maior
competitividade est, em ltima instncia, na produtividade.
O OBJECTIVO DO INVESTIDOR, A SEGURANA E O TEMPO: No por acaso
que o investimento muitas vezes designado, de forma metafrica, como
veculo. Por outras palavras, trata-se dum meio mais eficaz para o
investidor avanar dum determinado estdio, em que se encontra
financeiramente, para onde pretende posicionar-se no futuro. Se existe risco,
ameaa directa, ou mesmo simples suspeita, de que o objectivo principal do
investimento no ser alcanado, dificilmente se pode esperar uma grande
afluncia de investidores.
Os investidores srios no aplicam o seu dinheiro por razes filantrpicas ou
de caridade, nem motivados por uma especial afeio por um determinado
produto. E por que deveriam faz-lo, quando existe espao para tais aces,
mas a outros nveis? Tudo o que o investidor deseja sair do lugar A para B,
em termos financeiros, mas para tal precisa do mnimo de confiana, se
garantias no so dadas, de que o far de forma segura e dentro dum perodo
de tempo razovel. Assim, segurana e tempo so cruciais na ponderao que
os investidores fazem: vale a pena tentar concretizar os seus objectivos
financeiros naquele pas ou regio?
Neste contexto, a preparao do presente trabalho assenta no pressuposto
claro que so as oportunidades reais de lucro, no os planos e muito menos o
clientismo dos intermedirios, que em ltima instncia poder determinar o
crescimento econmico, contnuo e sustentvel. Neste contexto, que papel se
espera que o Governo desempenhe na rea em que se espera que os privados
invistam? Um papel limitado, do ponto de vista directamente econmico, mas
crucial: proteger os direitos de propriedade e dos bens dos cidados, fazer
cumprir os contractos, tratar as pessoas por igual perante a lei, minimizar os
desequilbrios macro-econmicos, entre muitos outros aspectos. No ser isto
mais do que suficiente para manter os governantes inteiramente ocupados e
sem mos a medir?

1.3 OBJECTIVOS E RESULTADOS PRINCIPAIS DO ESTUDO

Os objectivos especficos deste estudo so:
Avaliar o papel que a agricultura desempenha no Vale e que poder
desempenhar futuramente na economia da regio e do pas em geral.
Rever em detalhe a capacidade de produo agrcola;
Rever as condies de irrigao disponveis e potenciais, bem como
outras infra-estruturas directamente e a capacidade da sua gesto;
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Relatrio Principal

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Avaliar a capacidade de processamento de produtos agrcolas e a
tecnologia de produo;
Desenvolver os cenrios e polticas susceptveis de despoletarem o
potencial agrcola e de agro-processamento;
Esboar um conceito estratgico de desenvolvimento que tome em
considerao os produtores familiares e as iniciativas do sector
empresarial mdio e grande; e
Identificar projectos agrcolas e de agro-processamento merecedores
de considerao pelo sector privado, mas que necessitam de
investimento pblico adicional para que o ambiente de investimento
seja verdadeiramente favorvel.
Neste contexto, os Termos de referncia (TORs) estabelecidos pelo promotor
e cliente directo do presente trabalho aguardam receber os trs resultados
especficos seguintes:
(i) uma avaliao geral agrcola e do agro-processamento da
regio em estudo;
(ii) um relato dos projectos identificados; e
(iii) apresentao de pelo menos trs projectos de pr-viabilidade
detalhados para investimentos para produtos seleccionadas da
na vasta gama de possibilidades existentes.
Entre os objectivos especficos apresentados pelo cliente nos Termos de
Referncia (TSRs), o ltimo capta a finalidade principal do estudo: Identificar
projectos agrcolas e de agro-processamento merecedores de considerao
pelo sector privado, mas que necessitam de investimento pblico adicional
para que o ambiente de investimento seja verdadeiramente favorvel. No
final do estudo, o cliente, beneficirio imediato deste trabalho, espera dispor
de trs avaliaes de pr-viabilidade para projectos no sector de
processamento agro-industrial.

1.4 METODOLOGIA
Considerando que existiram, no passado, vrios estudos relacionados com o
desenvolvimento do Vale do Limpopo, o presente foi preparado em trs fases,
nomeadamente: (i) reviso da literatura secundria disponvel; (ii) trabalho
de avaliao das condies do terreno, avaliao e actualizao da informao
disponvel, e recolha de novos dados indispensveis; e (iii) anlise da
informao e preparao do relatrio final.
No decurso do trabalho a equipa responsvel pelo estudo contactou entidades
governamentais e no-governamentais, membros da comunidade empresarial
que tm estado a investir, ou dispostos a investir, especialmente os que esto
interessados na produo agrria e no agro-processamento industrial.
Um draft preliminar, contendo os resultados provisrios do estudo, foi
discutido em encontros com os principais stakeholders. Um primeiro encontro
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Relatrio Principal

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foi com o Grupo do Competir, realizado em Chokw a 2/09/2002. O segundo
encontro, bastante mais alargado e tambm realizado em Chokw, foi a
3/10/2002. Um terceiro encontro aconteceu em Johanesburgo, no The
Development Bank of Southern Africa Limited (DBSA), a 11/10/2002, e
contou com a participao de equipas envolvidas em estudos idnticos,
sobretudo os que foram efectuados nos Corredores da Beira e da Zambzia.
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Relatrio Principal

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2 VALE DO LIMPOPO: REA, POPULAO E ECONOMIA

2.1 O CORREDOR DO LIMPOPO DEFINIO GEOGRFICA E
MBITO
Moambique possui hoje um programa de SDI bem estabelecido, com pelo
menos cinco SDIs especficos em diversos estdios de execuo. Atravs de
estudos diversos, a SDI tem identificado locais especficos em funo das suas
potencialidades privilegiadas, at aqui subtilizadas e latentes, e das suas
possibilidades de liderana em termos de acessibilidade e viabilizao
competitiva entre os diversos investimento comerciais elegveis.
Em particular, o Vale do Limpopo um dos locais privilegiados no Corredor de
Limpopo, no que diz respeito ao agro-processamento industrial. Situado a
norte da Cidade de Maputo, o Vale do Limpopo compreende a Bacia do Rio
Limpopo e da Linha Frrea do Limpopo que liga o Zimbabwe ao Porto de
Maputo. No que diz particularmente respeito ao potencial agrcola, o Vale do
Limpopo dispem de bons solos, antecedentes prticos comprovados, gua
suficiente, oportunidades de Mercado, tanto a nvel nacional como regional.
Dado que os SDIs visam promover a criao de empregos, novos e viveis,
como oportunidades potenciais de investimentos, identificadas para
empresrios privados, o foco principal deste estudo esboar a estratgia
mais aconselhvel para lanamento da actividade de agro-processamento no
CL, bem como identificar e formular projectos susceptveis de, a curto e
mdio prazos, agirem como catalisadores do desenvolvimento agrcola da
rea em questo. Em particular, os objectivos do Corredor do Limpopo so:

1. Empreender aces que visem recuperar a economia da zona,
particularmente nos sectores tradicionais da agricultura, agro-
industrial e pecuria, e promover novos investimentos nas reas de
turismo, minas, produo de energia elctrica e outras, de forma a
criar postos de trabalho e assim garantir o desenvolvimento econmico
sustentvel da regio a longo termo;
2. Estabelecer no Corredor condies atractivas ao investimento pblico e
privado em parceria com as comunidades, em sectores da economia
que apresentem vantagens comparativas para garantir o processo de
crescimento rpido da economia da regio; e
3. Desenvolver um sistema adequado de transportes e comunicaes que
torne a regio do Corredor competitiva em termos de investimentos.

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Relatrio Principal

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2 2. .2 2 D DE EF FI IN NI I O O A AM MP PL LA A E E R RE ES ST TR RI IT TA A D DO O C CO OR RR RE ED DO OR R D DO O L LI IM MP PO OP PO O
( (C CL L) )
Localizado a norte de Maputo, o Vale do Limpopo integra a bacia do Rio
Limpopo e a Linha Frrea do Limpopo que liga o Zimbabwe ao Porto de
Maputo. Esta rea foi considerada, no h muito tempo, o celeiro de
Moambique em termos de potencial agrcola. Os Portugueses criaram um
enorme sistema de irrigao em meados dos anos 50 com o objectivo de nele
instalarem agricultores colonos Portugueses como forma garantirem uma
ocupao efectiva do Pas. Abaixo e acima do esquema de irrigao surgiram
outros desenvolvimentos tais como a criao de gado e uma indstria de
agro-processamento pequena e mdia. O arroz do Limpopo e os produtos
lcteos chegaram a ser exportados para os mercados Europeus e para alguns
dos pases vizinhos.
Em termos mais especficos, o Corredor do Limpopo define-se pela linha
frrea que vai do Porto de Maputo at Chicualacuala, no territrio nacional,
ligando depois o pas, pela regio sul, vizinha Repblica do Zimbabwe. Para
efeitos de planeamento da actividade trs regies principais podem ser
idenficadas no permetro do Corredor do Limpopo: primria, secundria e
terciria.
A regio primria do Corredor abrangida constituda pelas infra-estruturas
de transportes e comunicaes que se desenvolvem ao longo do Corredor.
A regio secundria compreende as diversas regies administrativas
atravessadas pelo eixo primrio das infra-estruturas, designadamente os
distritos de Manhia, Magude, Chokw, Macia, Xai-Xai, Chibuto, Guij,
Superfcie Populao
Distrito 1997 2002
(1000 km % % Densidade
Total do Vale 125 100 2.013 2.297 100 18
Gaza 76 61 1.117 1.266 55 17
Xai-Xai City 0,1 0 112 145 6 1.448
Bilene 2,2 2 139 161 7 73
Chibuto 5,7 5 169 165 7 29
Chicualacuala 18,2 15 36 38 2 2
Chigubo 14,9 12 14 15 1 1
Chokwe 2,5 2 182 226 10 90
Guij 4,2 3 60 65 3 15
Mabalane 9,1 7 27 29 1 3
Mandlakazi 3,8 3 167 176 8 46
Massangena 7,5 6 13 14 1 2
Massingir 5,6 4 25 25 1 4
Xai-Xai 1,9 2 174 208 9 110
Outros distritos 49 39 896 1.031 45 21
Inhambane 0,2 0 58 64 2,8 320
Maxixe 0,3 0 99 133 5,8 442
J angamo 1,3 1 84 113 4,9 87
Morrumbene 2 2 115 129 5,6 54
Massinga 2 1 63 68 3,0 38
Mabote 14,2 11 38 38 1,7 3
Funhalouro 7,9 6 15 17 0,7 2
Panda 7,0 6 47 49 2,1 7
Inharrime 2,1 2 79 93 4,0 44
Zavala 2,6 2 131 157 6,8 60
Magude 7,0 6 40 34 1,5 5
Manhia 2,4 2 127 137 6,0 58
Nota: 1/2 de Funhalouro, 1/3 de Massinga
Fonte: INE. 1999. Demographic Projeces 1997-2010
(1000 pessoas)
Populao
Tabela 1.1: Estimativa da superfcie e da populao do Corredor do Limpopo, 1997-2002
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Relatrio Principal

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Mabalane e Chicualacuala.
A regio terciria constituda por outras regies fora do eixo principal e
pelos de recursos que influenciam e subsidiam economicamente a regio
primria, tais como a
barragem de Massingir,
os campos de gs de
Pande e Temane, os
Parques Nacionais de
Banhine e Zinave.
Mesmo sabendo que
rea compreendida no
Corredor do Limpopo
no se define, nem se
circunscreve, segundo
as delimitaes
administrativas
estabelecidas, para efeitos do presente estudo consideram-se duas definies
da extenso do CL: uma ampla e outra restrita. A Tabela 1.1 sumariza os
dados referentes definio ampla do CL, integrando as trs sub-regies
acima referidas: primria, secundria e terciria. Em termos da diviso
administrativa existente isto corresponde grosso modo Provncia de Gaza,
dez dos catorze distritos da Provncia de Inhambane e dois distritos da
Provncia de Maputo que fazem fronteira com Gaza (Magude e Manhia). Em
termos resumidos, a definio ampla do CL integra cerca 125 mil Km
2
de
superfcie e 2 a 2,3 milhes de habitantes. Isto representa, no mbito
nacional, 15-20% da superfcie total de Moambique e 10-15% da populao
total do pas. Por seu turno, uma definio mais restrita do Corredor do
Limpopo, em que a Provncia de Inhambane seja totalmente excluda do
mesmo, o CL representa cerca de 85 mil Km
2
e entre 1.3 a 1.5 milhes de
habitantes.
A definio ampla do CL a que melhor responde aos TSRs, sobretudo em
relao produo do coco cuja produo se concentra principalmente na
Provncia de Inhambane.
Uma outra dimenso importante no CL, se no mesmo a mais importante do
ponto de vista do conceito de corredor de desenvolvimento, refere-se ao
tamanho e caractersticas da sua
Grfico 1.2: Peso do Corredor do Limpopo na Economia
Nacional Comparativamente a Maputo
Cidade e Regio Sul
35%
9%
14%
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
Sul s/ Map C.
Maputo Cidade
Corredor do Vale do
Limpopo
0
200
400
600
800
1000
1200
Grfi co 1.3: Peso do PIB do Corredor do Li mpopo na
Economi a da Regi o Sul , Moambi que 1996-2000
em % 72% 17% 11%
US$ 10^6 1133 274 166
Maput o Cidade
Cor r edor do Vale do
Limpopo
Rest o do Sul
(em 10
6
US$)
2.600
2.800
3.000
3.200
3.400
3.600
Grfico 1.1: Produto Interno Bruto, Moambique
1996-2000
PIB 2.937 3.189 3.453 3.473 2.947
1996 1997 1998 1999 2000
(em10
6
US$)
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Relatrio Principal

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economia, seu peso na economia da regio do pas em geral. semelhana
da superfcie e da populao, de imediato a estimativa da economia do CL
apenas poder ser feita de forma aproximada e indicativa.
A regio Sul de Moambique, que integra o CL, produz praticamente 50% da
economia nacional, estimada em 3,2 bilies de US dlares anuais, nos ltimos
cinco anos da dcada de 1990 (Grfico 1.1). Porm, dos referidos 50%, a
Cidade de Maputo representa cerca de 72%, enquanto as trs provncias
(Maputo, Gaza e Inhambane) apenas 28% (UNDP, 2000, 2002).
Os Grfico 1.2 e 1.3 ilustram, de forma sumria e aproximada, o que na
definio ampla do CL representa em termos de riqueza nacional. Assume-se
que a Provncia de Gaza contribuiu com a totalidade da sua produo para o
CL; a Provncia de Inhambane com 58% - correspondente mdia aritmtica
da sua rea (61%) e da populao residente (54%), e a Provncia de Maputo,
com cerca de 36% (36% da rea e 17% da populao).
3
Assim, o CL poder
representar actualmente cerca de 9% da economia nacional. Isto
corresponde, em termos monetrios, a mais ou menos 274 milhes de dlares
Americanos por ano, no ltimo quinqunio da dcada de 1990, contra
aproximadamente US$440 milhes do conjunto das trs provncias do Sul,
sem contar com a Cidade de Maputo, com cerca de US$1.133 milhes.
Assim, enquanto a Cidade de Maputo representa 72% da economia da regio
Sul, o Corredor do Limpopo representa entre 15-20% e o resto do sul os
restantes cerca de 11% (UNDP, 2002).

2.3 OPORTUNIDADES FUTURAS SEM PRECEDENTES PARA O
CORREDOR DO LIMPOPO?
Como j foi referido a regio do CL, particularmente a Bacia do Rio Limpopo
e a Linha Frrea do Limpopo) converteu-se num dos locais mais atractivos
para o investimento privado em
Moambique, captando nos ltimos
anos importantes projectos e grande
e mdia dimenso, como o "Corredor
Sands" (minerao de areias
pesadas), o "Parque Nacional do
Limpopo, a Barragem de
Massingir; a Linha de Alta Tenso
para Inhambane e o Gs de Pande,
dois grandes projectos infra-
estruturais que, a mdio e longo
prazos traro benefcios importantes
ao desenvolvimento do Vale.

3
A frmula usada na estimativa do PIB do CL foi a seguinte:
PIB Gaza Inhambane Maput o ov
CVL
= + +
100% 58% 36%
Pr

Pr imr io
36%
Ter cir io
49%
Secundr io
15%
Grfi co 1.4: Corredor do Li mpopo, 1996-2000
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Relatrio Principal

14
Por seu turno, com uma superfcie de 78.5 milhes de hectares, em
Moambique utiliza-se presentemente apenas 3.9 milhes de hectares da
para fins agrrios. Isto representa 5%, ou um vinteavos do total da superfcie,
contra 12,5%, ou um oitavo, do aproveitamento agrrio j atingido no incio
da dcada de 1970.
O contraste da actual subtilizao agrria revela-se ainda mais evidente
quando se considera que h trs dcadas atrs, com 42 milhes de hectares
(praticamente metade do territrio) de terras no ocupadas, mas susceptveis
de explorao agrria, Moambique dispunha uma populao activa estimada
em quarto milhes de pessoas, das quais 90% (na maioria mulheres) ocupada
no sector primrio, principalmente na agricultura.
Actualmente, com um aproveitamento agrrio cerca de 40% inferior ao
existente em 1970, Moambique possui o dobro da populao e, em termos
de populao activa, mais de seis milhes de pessoas; destas
aproximadamente 90% das mulheres e cerca de 70% dos homens ocupam-se
na actividade agrcola.
No caso particular da Provncia de Gaza, que constitui a maior provncia no
CL, s se est a aproveitar agrariamente cerca de 460 mil hectares, contra
2.5 milhes de hectares que chegou a aproveitar-se em finais da dcada de
1960. Ou seja, um aproveitamento agrrio de apenas um sexto, ou 18%, do
que for a atingido h mais de trs dcadas atrs (DSPIE, 1973; INE, 2001).
Presentemente, a peso da terra agrariamente utilizada no CL de
aproximadamente Presentemente aproximadamente 16-20% do total da
terra em uso agrrio no pas, dos quais 95% em regime de explorao
familiar, 4,5% mdia e menos de 1% em grande explorao. Por sua vez,
Grfico 1.5: Estrutura do PIB da Zona Sul com e sem a Cidade de Maputo por Actividade
Econmica, Mdia Anual entre 1996-2000
0 5 10 15 20 25 30 35
Agriculture
Livestock
Florestry
Fisheries
Mining Industry
Manufacturing Industry
Electricity and Water
Construction
Transport and Communications
Commerce
Restaurants and Hotels
Public Administration and Defenseservices
Financial Services and Insurance
Real estate, renting and business activities
Educational Services
Health Services
Other Services and adjustment
Sul s/Maputo C. Sul c/Maputo C.
in %
Source: UNDP, 2002
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Relatrio Principal

15
enquanto o peso do sector primrio no PIB da ordem dos 36% (Grfico 1.4),
o mesmo absorve mais de 85% da populao economicamente activa.
Mas ser que esta estrutura de produo e de ocupao da fora de trabalho
iro manter-se nos prximos 10-20 anos? A informao actualmente
disponvel permite antever duas possveis alternativas para esta questo.
Uma alternativa que a actual estrutura de produo e de emprego
permanea inaltervel. Trata-se duma hiptese pouco provvel, que apenas
acontecer se os grandes e mdios projectos de investimentos no se
concretizassem, ou os seus resultados fracassassem.
A outra alternativa a mudana radical da actual estrutura de produo, quer
para um tipo de estrutura idntica da Cidade de Maputo (4% sector
primrio, 20% no sector secundrio, e 76% no sector Tercirio), quer para
uma estrutura em que o sector secundrio assumir um peso dominante,
devido ao contributo da indstria mineira e de transformao. O Grfico 1.5
ilustra as duas hipteses atrs enunciadas: a primeira, representada pela
barras azuis, em que o PIB da regio Sul conta com uma grande contribuio
da agricultura; a segunda, representada pelas barras castanhas, observa-se o
tipo de estrutura que se pode esperar, caso os servios (transportes, turismo
e comercio) cresam, em termos relativos e absolutos, mais rapidamente do
que o sector secundrio.
Doutra forma, assim que a indstria extractiva e de transformao comecem
a produzir em Gaza e Inhambane, imediatamente observar-se-o mudanas
estruturais na actividade produtiva. Basta referir, por exemplo, que a
indstria extractiva da Provncia de Gaza actualmente representada
unicamente pela extraco de sal, a qual contribui 0,1% para o PIB provincial.
Dentro dos prximos 5 a 10 anos, assim o Corredor Sands comece a produzir,
a industria extractiva em Gaza dever crescer entre 300 a 500 por cento.
Entretanto, enquanto possvel prever que a estrutura de produo da regio
Sul altere radicalmente, a mdio o at mesmo curto prazo, o mesmo j no
se pode dizer quando estrutura de ocupao da populao economicamente
activa. Os grandes projectos proporcionar importantes oportunidades de
emprego, mas talvez as oportunidades mais significativas sejam indirectas do
que propriamente as directas. Se assim for, de se prever que enquanto o
sector primrio possa a representa 10 ou menos por cento do PIB, a
transferncia de trabalhadores do sector agrcola para o secundrio e Tercirio
seja muito mais lenta.
No este o local apropriado para imaginar as consequncias deste ltimo
cenrio, mas trata-se dum aspecto que deveria merecer ateno noutras
oportunidades. De qualquer forma, tanto em relao s oportunidades de
emprego como necessidade do fomento da produo agro-industrial, o
quadro socio-econmico acima esboado para o futuro prximo da regio Sul
revela um cenrio promissor e sem precedentes.
Tal como se descreve acima, o Vale do Limpopo possui um conjunto de
caractersticas que, associadas a uma srie de outras iniciativas privadas e
pblicas de grande dimenso, proporcionam um ambiente que se revela
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Relatrio Principal

16
favorvel, e com grande potencial, para o desenvolvimento do sector agrcola
e agro-industrial. Estas caractersticas e iniciativas so detalhadas mais
adiante, na seco 6.5.

2 2. .5 5 C CO ON NS ST TR RA AN NG GI IM ME EN NT TO OS S G GE ER RA AI IS S A AO O I IN NV VE ES ST TI IM ME EN NT TO O N NO O
C CO OR RR RE ED DO OR R D DO O L LI IM MP PO OP PO O
O conjunto de quarto imagens includos no Grfico 1.6 sumarizam, de forma
eloquente, a tendncia do crescimento percentual mdio anual do
investimento interno bruto, pblico e privado, comparativamente ao
crescimento percentual mdio anual da produo, alimentar e no-alimentar,
em Moambique na frica Sub-Sahariana. Obviamente, com investimentos
privados negativos na primeira dcada ps-independncia, e investimentos
no superiores ao crescimento mdio anual demogrfico na segunda dcada,
a crise da produo alimentar e no-alimentar no pas era inevitvel.
Para alm da melhoria evidenciada na srie de quadros anteriores
relativamente ao investimento privado, existem outros indicadores, que so
geralmente utilizados por investidores e agncias internacionais, que
testemunham srios progressos na dcada passada, relativamente
eliminao dos constrangimentos bsicos ao investimento. Por exemplo,
UNCTAD (2001), no seu An Investiment Guide to Mozambique: Opportunities
and Conditions destaca o ndice de competio actual em frica ilustrado na
figura seguinte. Moambique parece emergir como um possvel local escolhido
para o investimento.
Grafico 1.6: Evoluo de alguns indicadores de investimento e da produo alimentar e no-alimentar:
Moambique versus frica sub-Sahariana, 1975-1999
Produo Alimentar versus Produo No-alimentar,
Moambique 1975-99
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
19'75-84 1985-89 1990-Mr
ndice de Produo Alimentar ndice de Produo No-alimentar
ndice de Produo alimentar per capita Source: WordBank, 2001
Average annual % growth
Produo Alimentar versus Produo No-alimentar, frica-
sub-Sahariana, 1975-99
-1
0
1
2
3
4
5
19'75-84 1985-89 1990-Mr
ndice de Produo Alimentar ndice de Produo No-alimentar
ndice de Produo alimentar per capita Source: WordBank, 2001
Investimento Bruto como percentagem do PIB: interno, pblico
e privado, Moambique 1975-99
-10
-5
0
5
10
15
20
25
19'75-84 1985-89 1990-Mr
Investimento Interno Bruto Investimento Pblico Ivestimento Privado
Source: WordBank, 2001
Investimento Bruto como percentagem do PIB: interno,
pblico e privado, frica-sub-Sahariana, 1975-99
0
5
10
15
20
25
19'75-84 1985-89 1990-Mr
Investimento Interno Bruto Investimento Pblico Ivestimento Privado
Source: WordBank, 2001
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Relatrio Principal

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No entanto, diversas evidncias sugerem que, no obstante as profundas
reformas e melhoria das condies para o investimento nacional e
estrangeiro, existe ainda um grande hiato entre a elevada procura latente
existente em Moambique e o acesso efectivo. Como refere ICON Group
International (2000) um pas pode possuir uma demanda latente elevada,
mas dispor de um baixo acesso, tornando-se assim um mercado muito menos
atractivo que muitos pases pequenos que apresentam maiores nveis de
acesso.
A Tabela 1.2 sumariza a evoluo dos indicadores que integram o ndice de
liberdade econmica. O ndice de Liberdade Econmica (ILE), produzido por
ODriscoll et al. (2002) do The Heritage Foudation & The Wall Street Journal,
mede o impacto dos impostos e taxas aduaneira, da regulamentao
comercial, da interveno do governo na economia, da corrupo no governo,
do sistema judicirio , e dos servios alfandegrios, entre outros factores
relevantes. No seu ltimo relatrio, ODriscoll (2002: xiv) refere-se a
Moambique como um pas que tem passado por grandes mudanas. Em
1996, foi classificado economicamente reprimido. Porm, devido s melhorias
observadas nos passados, Moambique passou a ser classificado como
economicamente pouco livre em vez de reprimido.
Este tipo de classificaes poder ser questionado pelo seu carcter mais ou
menos subjectivo e juzos de valor que lhe so inerentes. De qualquer forma,
os indicadores que integram o ILE sintetizam e captam aspectos importantes
da actividade empresarial e encontram, em muitos casos, testemunhos
empricos no quotidiano da vida econmica, neste caso, de Moambique. Por
exemplo, Hamela (2002a, 2002b) resumiu recentemente O que os
empresrios querem ver resolvido ... pelo Governo e CTA.
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Relatrio Principal

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Tabela 1.2: O ndice de Liberdade Econmica, Moambique 1995-
2002

Ano: 1995 2002
Posio 97 76
Pontuao 4.20 3.05
Categoria Reprimido Pouco Livre
1995
Poltica
Comercial
5.0
Interveno
Governamental
4.0
Investimento
Estrangeiro
4.0
Salrios e
Preos
4.0 Regulamentao 4.0
Carga
Fiscal
3.0
Poltica
Monetria
5.0
Bancos e
Finanas
4.0
Direitos de
Propriedade
4.0 Mercado Negro 5.0
2002
Poltica
Comercial
3.0
Interveno
Governamental
3.0
Investimento
Estrangeiro
2.0
Salrios e
Preos
3.0 Regulamentao 4.0
Carga
Fiscal
3.5
Poltica
Monetria
1.0
Bancos e
Finanas
3.0
Direitos de
Propriedade
4.0 Mercado Negro 4.0
Pas 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995
Tendncia 3.05 3.35 3.80 3.90 4.10 4.00 4.10 4.20

Entre 1990 e 1999 o crescimento do PIB de Moambique rondou os 3.9% anuais e o PIB real per capita $144 a $198
(ano de base 1995 U.S. dlares). A interveno governamental em Moambique piorou um ponto em 2002; contudo a
classificao na poltica monetria, investimento estrangeiro e mercado negro melhoraram 2 pontos, 1 ponto, e 1
ponto, respectivamente. Como resultado, a classificao geral de Moambique 0.30 pontos melhor este ano.

Poltica comercial Pontuao: 3 Estvel (nvel moderado de proteccionismo).
Carga Fiscal do Governo: Pontuao Imposto das empresas e rendimento: 3 Pior(taxas de
imposto moderadas); Pontuao despesas do governo: 4-Estvel (elevado nvel de despesas
governamentais); Pontuao Final: 3,5-Estvel (Elevados custos governamentais)
Interveno do Governo na Economia Pontuao: 3-Pior (nvel moderado)
Poltica monetria Pontuao: 1-Melhor (nvel bastante baixo de inflao)
Fluxos de capital e Investimento estrangeiro Pontuao: 2-Melhor (restries baixas)
Banco e Finanas Pontuao: 3-Estvel (nvel moderado de restries)
Salrios e Preos Pontuao: 3-Estvel (nvel moderado de interveno)
Direitos de Propriedade Pontuao: 4-Estvel (baixo nvel de proteco)
Regulamentao Pontuao: 4-Estvel (nvel elevado)
Mercado Negro Pontuao: 4-Melhor (nvel elevado de actividade).
Fontes: http://cf.heritage.org/index/

Grande parte dos problemas e preocupaes enumerados por Hamela ilustram
e apoio a pontuao a classificao resumida na Tabela 1.2, o que poder ser
verificado no sumrio apresentado na Tabela 1.3.

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Relatrio Principal

19

Tabela 1.3: Empresrios: O que querem ver resolvido e
o que exigem do Governo e do CTA?

I
n
t
e
r
v
e
n
o

d
o

G
o
v
e
r
n
o

n
a

E
c
o
n
o
m
i
a

Inspeces das Finanas (MPF)
Os empresrios do centro e norte esto agastados com as inspeces multi-
institucionais do MPF. Reclamam que recebem inspeces locais, provinciais e centrais
(Maputo). Os inspectores no educam, somente reprimem. Os sulistas (inspectores
centrais) multiplicam as penalizaes e as famosas multas. O reembolso do IVA para
os provincianos est cada vez mais caro, por causa da taxa de andamento, como
apelidam os empresrios, que varia entre 5 a 10 por cento.
Sector informal versus formal: a guerra de sempre. Os empresrios acreditam que as
multas so as responsveis pela informalizao dos negcios e no os impostos em si.

Ministrio do Trabalho promove desemprego
Legislao laboral: Para o sector privado no centro e norte, a Lei do Trabalho
socialista, somente protege o trabalhador, encoraja a indisciplina, desencoraja o
investidor estrangeiro que vem procura de mo-de-obra barata e disciplinada,
apadrinha uma produtividade muito baixa.
Recrutamento de estrangeiros: porque que o Governo tem que interferir na
contratao de gestores estrangeiros, quando a nvel provincial no existem quadros
qualificados? A experincia mostra que um quadro nacional com qualidade para ir
provncia mais caro que um estrangeiro.
Certos empresrios dizem que o Ministrio do Trabalho promove o desemprego ( ao
invs de privilegiar a promoo do emprego) ao afugentar o investimento estrangeiro
(ver exemplo dos Zimbabweanos inscritos para investir em Manica. De 50 s 5 esto a
implementar os seus projectos. Os restantes desistiram perante diversas complicaes e
foram para a Austrlia, frica do Sul e Nova-Zelndia.
T
e
r
r
a

Os empresrios de Manica e os de Cabo Delgado levantaram a velha questo da terra
que continua a no poder ser usada para aceder ao crdito para a prtica agrcola. Eles
no acreditam que a propriedade sobre a terra ou pelo menos a transacionabilidade dos
seus ttulos prejudique os camponeses, antes pelo contrrio ela poderia ser a chave do
acesso ao capital, primordial para a prtica duma agricultura empresarial. Muitos
terrenos permanecem em banho maria por causa de homens politicamente influentes.
Por sua vez, os investidores no sabem porque que tm que andar a discutir com 10,
20 ou mais camponeses para obter um ttulo de terra.
B
A
L
C
N
I
C
O

Sobre o Balco nico (BU), pelo menos na Zambzia os empresrios questionam o seu
efeito na reduo do tempo e papelada necessrios para obter uma licena de seja o
que for. Pior ainda se a actividade pretendida inclui a obteno dum pedao de terra. Os
procedimentos e os papeis necessrios no foram alterados nas diversas direces e o
BU somente se substitui ao investidor no sobe e desce necessrio para obter qualquer
autorizao governamental. Na verdade, at fica pior o tempo necessrio para a
obteno duma licena, pois o funcionrio no vai usar lubrificantes ao longo do
processo todo, pois no parte interessada dele.

P
R
O
A
G
R
I

Os empresrios acham que esta entidade foi atingida pelo sndroma do umbigo: o seu
objectivo desenvolver a eles prprios. Da a quantidade de 4x4 e outras mordomias
altura claro dum programa de vrias centenas de milhes de dlares, parte dos quais
so um crdito, que os nossos filhos e netos vo pagar l mais para frente.
Fonte: Hamela, 2002a, 2002b.
Entre os vrios objectivos do presente estudo, o objectivo especfico mais
importante produzir trs estudos de pr-viabilidade de projectos no sector
de agro-processamento industrial. Na prtica, porm, a demonstrao da
viabilidade dum projecto especfico constituiu apenas um dos propsitos
duma avaliao mais ampla das possibilidades de viabilidade financeira, neste
caso, da actividade agro-industrial no pas. Existem outros objectivos e
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Relatrio Principal

20
resultados que fazem parte dos requisitos indispensveis para se optimizar o
efeito positivo e amplo do investimento, tais como: definir as prioridades
dentro de inmeros projectos possveis; minimizar o risco do investimento, ou
ainda melhor, eleger a melhor combinao de risco, rentabilidade e outros
objectivos.
A anlise de sensibilidade de resultados, como a que se apresenta aqui para
os trs projectos seleccionados, deixa a concluso final nas mos dos
investidores e das autoridades de deciso. Os decisores e investidores
acabaro por ter que optar diante dum leque de resultados possveis, cuja
probabilidade em muitos casos no se especifica. A anlise de risco procura
minimizar as incertezas que subsistem, pois se trata duma ferramenta de
avaliao da probabilidade de ocorrncia de certos acontecimentos. Contudo,
ainda que existam muito poucas probabilidades de que em certo momento
determinado se combinem as piores ou as melhores estimativas das variveis
em anlise, a generalidade dos investidores est convencida que, pelo menos
em relao s piores, no foi h muito tempo que Moambique as
experimentou.
Uma boa anlise de risco elimina a necessidade de se qualificar previamente
as estimativas como pessimistas ou conservadoras, optimistas ou realistas.
Mas em ltima instncia, o investidor quem, perante as informaes sobre a
situao micro e macro econmica do pas, tem de decidir arriscar ou, ento,
esperar que a liberdade econmica evolua duma situao reprimida para uma
maioritariamente livre, como ilustram os Grfico 1.8 e 1.9.
As percepes e ideias graficamente
ilustradas nos Grficos 8 esto presentes,
mais ou menos conscientemente, no
pensamento dos investidores e de muitas
outras pessoas. Pouco vale escamotear a
validade da noo de liberdade e
represso em que assenta a economia de
Mercado. Em ltima instncia, contra o
enorme poder persuasivo de tais ideias,
percepes e imagens, como as dos
Grficos 1.8 e 19, que pases como
Moambique tm que se confrontar e
encontrar solues eficazes, se realmente esto apostados a fomentar o
investimento privado, quer seja ele estrangeiro ou nacional. Por isso, a
considerao do poder deste tipo de representaes no menos importante
do que a observao do TIR (taxa interna de rentabilidade) e do VAL (Valor
actualizado lquido dos cash flows) dos projectos seleccionados.
Os principais constrangimentos que explicam o estado de reduzida actividade
econmica so sem sombra de dvidas os seguintes:
Desarticulao das polticas pblicas com influencia directa ou indirecta
sobre a actividade agrcola e agro-industrial:
Apoios agricultura disponibilizados fora de tempo, atribudos sobre
critrios de difcil compreenso (ex.: agricultores que no devolvem
Grfico 1.8: Liberdade Econmica e Renda per Capita
$23.325
$11.549
$3.238
$3.829
$0
$5.000
$10.000
$15.000
$20.000
$25.000
Livr e Maior it ar iament e
livr e
Maior it ar iament e
r epr imido
Repr imido
Nvel de Liber dade Econmica
(Renda per capita emPPP, 1999)
Fonte: O'Driscoll, 2002: 2
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Relatrio Principal

21
o dinheiro de uma campanha, voltam a ter acesso a fundos nas
campanhas seguintes, sem devolver o das anteriores)
Disponibilizao da gua tem-se verificado tambm fora de tempo
Inexistncia de fiscalizao
tributria e alfandegria
Forte economia paralela que
desincentiva os empresrios
a se endividarem e a
recuperarem as suas
produes (esta actividade
assume at padres de
aceitao e incentivo por
parte do estado, existindo
uma associao constituda
que ouvida pelo estado.
Junto fronteira com a Swazilndia, existe permanentemente carreiras
cheias com locais pagos para atravessar a fronteira e realizar pequenas
compras por conta de comerciantes do lado Moambicano)
Deficiente investimento por parte do estado na I&D, factor
determinante para a competitividade do sector agrcola
Ausncia de incentivos fiscais ou bonificaes de juros pelo estado em
funo da perfomance;
Descrdito em relao s polticas pblicas e respectivos interlocutores
centrais. Os agentes econmicos no acreditam na capacidade do estado
em intervir na gesto e na operacionalizao das mesmas;
Deficiente oferta de servios de mecanizao agrcola: escasso e por sua
vez caro;
Factores Produtivos agrcolas no disponveis localmente, atempadamente
e vendidos pelos agentes econmicos a preos altamente inflacionados e
aparentemente concertados;
Deficiente oferta de servios tcnicos: extensionistas, tcnicos agrcolas,
consultoria na rea da gesto e marketing;
Difcil acesso ao crdito (sector financeiro recusa-se a financiar a
agricultura, pelo risco da actividade e pela impossibilidade dos agricultores
fornecerem garantias aceitveis) e taxas de juro totalmente insuportveis
por qualquer actividade econmica (ronda os 40%);
Inexistncia ou escassez de matria-prima;
Reduzida qualidade do Caju;
Dificuldade de algumas Unidades Industriais em repor a sua capacidade
produtiva com novos financiamentos, mantendo as dvidas contradas
antes das cheias de 2000;
Grfico 1.9: Proteco dos Direitos de Propriedade e
Renda per Capita
$ 23.769
$ 13.027
$ 4.963
$ 3.010
$ 2.651
$ 0
$ 5.000
$ 10.000
$ 15.000
$ 20.000
$ 25.000
P r o t ec o
bas t ant e
el ev ada
P r o t ec o
el ev ada
P r o t ec o
mo der ada
P r o t ec o
bai xa
P r o t ec o
mui t o bai xa
Pr ot eco dos Dir eit os de Pr opr iedade
(Renda per capita emPPP, 1999)
Fonte: O'Driscoll, 2002: 2
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Relatrio Principal

22
Mo-de-obra disponvel pouco qualificada, pouco motivada e que tem
perdido o sentido de "profissional da indstria".

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Relatrio Principal

23

P PA AR RT TE E I II I. . D DI IA AG GN N S ST TI IC CO O
D
DDO
OO S
SSE
EEC
CCT
TTO
OOR
RR A
AAG
GGR
RRO
OO-
--P
PPE
EEC
CCU
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R
RRI
IIO
OO E
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OO
P
PPR
RRO
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CCE
EES
SSS
SSA
AAM
MME
EEN
NNT
TTO
OO
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AAG
GGR
RRO
OO-
--I
IIN
NND
DDU
UUS
SST
TTR
RRI
IIA
AAL
LL
___________________________________________________________
_
_
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Relatrio Principal

24

Efectuada a recolha, seleco, anlise e discusso da informao tanto
secundria e como primria, o diagnstico geral que a equipa efectuou pode
ser agrupado, de forma resumida, da seguinte forma:
4

hidrulico-agrcola
Sector Agrcola
Sector Pecuria
Agro-industrial
Potencialidades do "Vale do Limpopo"
Principais Constrangimentos
Para no tornar o presente relatrio demasiado exaustivo, nesta Parte II do
trabalho apresenta-se um resumo dos captulos elaborados, individualmente
ou em colaborao, pelos membros da equipa.

3 INFRAESTRUTURAS HIDRO-AGRCOLAS
O Vale do Limpopo combina condies naturais e infra-estruturais que justifica
o investimento na produo agrcola com recurso irrigao. A Bacia do
Limpopo cobre uma rea de 412.000 km
2
, dos quais 19% esto dentro do
territrio Moambicano. A Barragem de Massingir, se operasse a 100%
(capacidade de armazenamento de 125m), e tendo em conta o uso urbano e
rural da gua e uma reserva de 410 milhes de metros cbicos para o
controle da intruso salina, pode fornecer cerca de 1 690 milhes de metros
cbicos de gua para irrigao, permitindo assim o pleno funcionamento dos
esquemas de irrigao existentes e a extenso das actuais reas de rega.
Os principais afluentes do Rio Limpopo fora de Moambique so os rios Sasha,
Bubye, e Nuanetze no Zimbabwe (margem esquerda) e os rios Palala, Sand,
Sterk e Pafuri na frica do Sul (margem direita). Dentro de Moambique, o
afluente principal o Rio dos Elefantes na margem esquerda do Rio Limpopo.
Em Moambique, a bacia do Limpopo quase plana, com uma ligeira
inclinao na direco NW-SE. O Rio Limpopo tem um comprimento de 1.461
km, dos quais 516 km so dentro de Moambique. A altitude mdia de toda a
bacia de cerca de 840 metros.

3.1 INFRA-ESTRUTURAS HIDRO-AGRCOLAS AO LONGO DO
VALE DO LIMPOPO
De acordo com o levantamento efectuado em Maio de 2002 (FDHA,
Levantamento dos Regadios Existentes no Pas Fase III, 2002), o total da
rea identificada como estando actualmente equipada com infra-estruturas de
rega nas trs Provncias do sul do pas (Inhambane, Gaza e Maputo) de
75.747 hectares, dos quais apenas 23.145 ha (30.6%) esto operativos.

4
Os relatrios individuais completos sero inCLudos em anexo.
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Relatrio Principal

25
A provncia de Gaza a que possui a maior rea equipada para irrigao
(50.323 ha) dos quais cerca de 17,5% (8.825 ha) so actualmente irrigados.
Destes, 30.000 ha equipados (60%) pertencem ao Regadio Eduardo
Mondlane, no Distrito de Chkw, dos quais somente 7.500 ha esto
presentemente a serem explorados. Em contrapartida, Inhambane a
provncia com menor rea equipada para rega e actualmente irrigada (1.285
ha e 177 h, respectivamente). Em Maputo, a rea equipada para rega de
24.139 ha, dos quais cerca de 59% (14.143 ha) esto actualmente irrigados.

3.2 SITUAO ACTUAL DOS PERMETROS DE REGA NO VALE DO
LIMPOPO
A maior rea equipada para irrigao na zona sul do pas localiza-se na
provncia de Gaza e ao longo do Vale do Limpopo. O regadio Eduardo
Mondlane no distrito do Chkw, aquele que maior rea infraestruturada
apresenta, na ordem dos 30.000 ha, embora apenas 7.500 ha sejam
considerados operativos actualmente. Em termos de dimenso dos sistemas
de irrigao, o destaque vai tambm para os regadios de Macia (8 000 ha),
Matuba (2 834 ha) e Xai-Xai (2 970 ha). Estes regadios constituem os
permetros irrigados de maior dimenso e onde houve um grande
investimento atravs de fundos pblicos para o desenvolvimento de
agricultura irrigada. O Estado ainda o proprietrio destes regadios.
Qualquer um destes regadios foi concebido para ser explorado nos moldes de
grandes empresas estatais, que no existindo mais, urge agora a procura de
solues para a definio do regime de propriedade dos mesmos, para uma
gesto e operao que possibilite a rentabilizao do investimento realizado.
A gesto de alguns dos regadios pertencentes ao estado est sendo
parcialmente transferida para associaes de camponeses e para o sector
privado, sendo estes responsveis pelo pagamento dos custos correntes
inerentes operao dos mesmos, assim como na sua gesto sustentvel.

3.3 TIPOS DE REGA MAIS COMUNS
A rega por gravidade, quer seja por sulcos (hortcolas, feijes, milho) ou por
bacias de inundao (arroz, fruteiras), e manual (regadores) so os mtodos
mais utilizados. A rega por asperso ocupa uma rea de cerca de 8 330 ha,
dos quais 7 800 ha so plantaes de cana de acar (asperso convencional,
Pivs Central, Rain Gun e Floppy). A irrigao atravs do maneio do lenol
fretico ocorre e tambm praticada nas reas ao longo da faixa costeira. A
rega gota-a-gota, constitui um mtodo de rega novo em Moambique, tendo
sido identificado apenas na Provncia de Maputo, onde ocupa actualmente
uma rea de 115 ha (hortcolas e fruteiras).

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Relatrio Principal

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3.4 POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO DA IRRIGAO NO
VALE DO LIMPOPO
Na zona Sul de Moambique, o total da rea equipada para irrigao de
75.747 ha, dos quais 1.170 ha esto em Inhambane, 50.323 ha em Gaza e
24.139 ha em Maputo. Os regadios mais relevantes do Sul do pas localizam-
se na provncia de Gaza ao longo do Vale do Limpopo (Chkw: 30.000 ha;
Macia: 8.000 ha; Matuba: 2.834 ha; e Xai-Xai: 2.970 ha). Ao longo das trs
bacias existentes na zona sul, existe um potencial de desenvolvimento de
cerca de 280.000 hectares de terras aptas para agricultura irrigada. Desta
rea, cerca de 53% situa-se ao longo do Vale do Limpopo.

Tabela 2.1 - rea irrigvel por Bacia

Bacia rea irrigvel %
Umbeluzi 21 000 7.5
Incomati 111 000 39.6
Limpopo 148 000 52.9
Total 280 000

No vale do Limpopo, dos cerca de 150 000 hectares disponveis para
irrigao, somente 50 323 (34%) foram desenvolvidos e destes somente 8
825 (17,5%) esto actualmente operativos. A reabilitao (cerca de 41 500
ha) e extenso dos sistemas de rega existentes, assim como a construo de
novos sistemas de rega teriam um grande impacto na reactivao do
potencial agrcola do vale e na promoo de Agro-Indstrias.
Existem trs regies com potencial de desenvolvimento a curto e mdio
prazos nomeadamente:
A regio do Chkw;
A regio do Rio dos Elefantes;
A regio do Xai-Xai.
Estas regies foram seleccionadas tendo em conta a j aprovada reabilitao
das barragens de Massingir e Macarretane, e em conformidade com as infra-
estruturas sociais existentes (estradas, rede elctrica, etc.). A longo prazo,
outras regies ao longo do Vale podero vir a integradas no desenvolvimento
da regio.

3.5 PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO DA IRRIGAO
Com base no potencial que o Vale do Limpopo apresenta e em funo das
infra-estruturas existentes, se antev que a curto e mdio prazo e no mbito
da hidrulica agrcola, projectos de impacto para o impulso do
desenvolvimento da regio do vale em particular e do pas em geral
assentariam essencialmente na:
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Relatrio Principal

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Reabilitao do Regadio Eduardo Mondlane e extenso da rea irrigada
(atravs da construo de novos permetros irrigados);
Reabilitao do regadio de Xai-Xai e possivelmente a extenso da rea
irrigvel actualmente existente;
Construo de novos sistemas de rega ao longo do Rio dos elefantes
jusante da barragem de Massingir;
Aces de formao dos agricultores em relao s melhores culturas,
melhor altura, melhor maneira e o melhor local onde comercializar a
sua produo;
Reabilitao de algumas Agro-Indstrias locais j h bastante tempo
paralisadas, e construo de novas;
Implantao na regio de um sistema de fornecimento de factores de
produo e assistncia tcnica;
Implantao de servios de manuteno de obras hidrulicas;
Implantao dum sistema de informao tecnolgica e do mercado na
regio do Chkw.
Estas aces possibilitariam o relanamento do potencial agrcola do vale e
criariam condies bsicas para a projeco, longo prazo, de um plano mais
integral de desenvolvimento de todo o Vale do Limpopo. Uma projeco do
desenvolvimento do sector da irrigao, apresentada no estudo da SOCREAH
(1993), estimou que uma rea de 150.000 ha pode ser considerada apta para
a rega. A Tabela 2.2 sumariza a distribuio da referida rea por principais
regies:

Tabela 2.2: Potencial de Desenvolvimento no Vale do Limpopo
(em hectares)
Regies Actual Mdio Prazo Longo Prazo
Rio dos Elefantes 427 15,800 15,800
Alto Limpopo 500 500 500
Mdio e Baixo Limpopo 49,500 59,500 133,700

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Relatrio Principal

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4 SECTOR AGRCOLA
A rea agrcola, considerada neste estudo, cobre cerca de 8 milhes de
hectares, a maior parte na provncia de Gaza. Neste estudo incluem-se, para
alm de Gaza, as reas costeiras da Provncia de Inhambane.
Do ponto de vista fisiogrfico, a rea
agrcola pode ser subdividida em duas
grandes zonas. A primeira zona, de vale
aluvial e de sedimentos marinhos, possui
um bom potencial agrcola, tanto em
sequeiro nas reas com maior
precipitao, como em rega nos solos bem
drenados.
A segunda zona, de topografia ondulada e
com solos arenosos profundos e bem
drenados, que permitem o arraigamento
profundo de espcies arborcolas. A sua
fertilidade baixa, tal como baixa a
capacidade de reteno de gua nos
horizontes superficiais, embora a
profundidade de arraigamento permita um
bom aproveitamento das guas pluviais
por pomares e florestas, assim como por
algumas culturas como a mandioca e o
feijo boere.
Mais do que a fertilidade, a produtividade agrcola da rea em estudo
determinada pela
disponibilidade de
gua. A precipitao
nas reas costeiras
ronda os 1000 mm,
mas no interior, a
precipitao cai
rapidamente,
conforme a tpica
curva de extino
representada no
grfico ao lado, at
atingir menos de 400
mm nas reas mais
afastadas da costa.
Nos primeiros
quilmetros, a
precipitao superior a 10 mm por km. Consequentemente, o perodo de
crescimento desce de 6-7 meses (Novembro-Maio) na costa at 3-4 meses

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Relatrio Principal

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(Novembro-Maro) em Chibuto, e at praticamente sem estao de
crescimento em Pafuri, Chicualacuala e Mapai no interior a mais de 300 Km
da costa, fazendo invivel a maior parte das culturas (Ver apndice sobre a
distribuio da precipitao na Provncia de Gaza).

4.1 PRODUO AGRCOLA
A produo agrcola da rea em estudo est, em grande parte, nas mos do
sector familiar, que representa
99% do nmero de exploraes
rurais e 95% da rea cultivada. O
Grfico 2.2 e a Tabela 2.3 ilustra a
distribuio da rea cultivada
segundo o tamanho das reas de
explorao.
Estima-se que a rea mdia das
machambas, sem contar com as
fruteiras, de 1,7 hectare para o
sector familiar, um pouco mais do
que a mdia total do Pas,
estimada em 1,3 hectares. Para os mdios e grandes produtores, estima-se
que as reas de cultivo rondem os 6,3 e 41 hectares, respectivamente.

Tabela 2.3: Utilizao da rea por Tipo de Cultura

Tipo de
Explorao
Utilizao da rea Cultivada

Culturas
Alimentares
Culturas de
Rendimento
Hortcolas
rea
(Ha)
% rea
(Ha)
% rea
(Ha)
%
Pequena 340
550
95,6 871 32,2 22
317
91,9
Mdia 14 646 4,1 174(1) 6,4 1 259 5,2
Grande 913 0,3 1 661(2) 61,4 706 2,9

Elaborado na base do CAP 1999-200. (1) Arroz, algodo, e cana.(2) Arroz

O arroz praticamente a nica cultura de rendimento nas grandes e mdias
exploraes da Provncia de Gaza. O algodo, que no passado ocupou reas
importantes, est agora limitado a 27 hectares. No entanto, as pequenas
exploraes so responsveis por 160 hectares de algodo, 438 Ha de cana
de acar, 170 Ha de girassol, e 103 Ha de tabaco.

Distribuio da rea Cultivada pela rea das
Exploraes
Grande 50 Ha<
0.04%
Mdia10 Ha<
50 Ha>
1.16%
Pequena<10
Ha
98.80%
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Relatrio Principal

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Em anexo, encontra-se uma tabela com detalhes sobre as reas cultivadas e
as produes para 30 culturas alimentares, de rendimento e hortcolas,
referentes ao ano agrcola 1999-2000 na Provncia de Gaza. Nesta provncia,
tal como no resto do pas, o milho a
cultura dominante nas culturas
alimentares, com quase 50% da rea
cultivadas. So tambm importantes a
mandioca, uma cultura muito bem
adaptada s condies agro-climticas
da zona que, pelas suas
caractersticas, pode aproveitar-se no
s das precipitaes da poca
chuvosa, mas tambm das chuvas fora
de estao, que so frequentes na
zona. As leguminosas de gro,
principalmente o feijo nhemba e o
amendoim, tambm so culturas adaptadas aos solos arenosos e tolerantes
de perodos secos.
A Tabela 2.4 apresenta um sumrio das reas cultivadas, em comparao
com o resto do pas. Como mostra a Tabela 2.4, as hortcolas tm importncia
significativa, tendo esta zona sido tradicionalmente uma das principais
fornecedoras de hortcolas para o mercado da Cidade de Maputo.

Tabela 2.4: rea de Culturas em Gaza em
Percentagem de reas do Pas (ha)
Cultura Gaza Pas (%)
Alimentares 299 126 3 110 610 9,6
Amendoim 41 424 319 482 13,0
Batata doce 13 407 46 305 30,0
Feijo boere 1 915 72 700 2,6
Feijo jugo 11 660 83 564 14,0
Feijo manteiga 3 495 59 721 5,8
Feijo nhemba 40 078 207 158 19,4
Mandioca 61 693 637 847 9,7
Mapira 3 914 232 447 1,68
Mexoeira 3 238 39392 8,4
Milho 156 157 1 268 075 12,3
De Rendimento 2 564 202 372 1,3
Algodo 182 131 284 0,1>
Arroz 1 661 --- 100
Cana de acar
443 35 294 1,2
Girassol 170 7 555 2,2
Tabaco 107 26 635 0,1>
Hortcolas 24 424 200 957 12,2
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Culturas
Alimentares
Culturas de
Rendimento
Hortcolas
Tipo deCultura
Utilizao da rea por Tipo de Cultura
Pequena Mdia Grande

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Relatrio Principal

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CAP 1999-2000. INE
Os solos arenosos e as dunas fsseis das reas costeiras so bastante
adequadas para fruteiras e tm sido tradicionalmente usados para tais
culturas. Pode-se considerar que at 20 Km da costa a precipitao ainda
superior aos 800 mm, o que suficiente para as fruteiras, incluindo as mais
exigentes em precipitao, como acontece com o coqueiro. Isto representa
uma rea total nas zonas costeiras de Gaza e Inhambane de
aproximadamente 1.300.000 hectares, aptas para a produo destas culturas.
A rea disponvel ainda maior, se considerar que culturas como o caju e a
mafurreira so mais tolerantes e podem ser cultivadas em reas com menores
precipitaes. O nmero de fruteiras nesta regio costeira de Gaza e
Inhambane apresentado na Tabela 2.5.

Tabela 2.5: Nmero de Fruteiras e Produo, 2000

Fruteira
(1)
Rendimento
(ton/arv.)
Gaza Inhambane Total
Nmero Produo
(ton)
Nmero Produo
(ton)
Produo
(ton)
Abacateiro 0,040 119 366 4 775 153 927 6 175 10 950
Goiabeira 0,005 58 751 294 90 466 452 746
Laranjeira 0,040 598 638 23 946 1 490 153 59 606 83 552
Limoeiro 0,050 231 412 11 571 225 593 11 280 22 851
Mafurreira 0,010 511 576 5 116 11 237 112 369 16 353
Mangueira 0,050 795 171 39 758 1 238 714 61 936 101 694
Papaeira 0,020 944 495 18 890 1 092 321 21 846 40 736
Tangerineira 0,050 365 963 18 298 2 335 839 116 792 135 090
Torangeira 0,040 3 352 134 25 614 1 025 1 159
Cajueiro 0,010
(2)
5034 600 25 732 16052171 16 052 41 784
Coqueiro 0,006
(3)
912 996 4 382 20722889 99 470 103 852
(1) O nmero de rvores provm do CAP 1999-2000. INE. Os rendimentos de informantes qualificados.
(2) Baseando-se na castanha comercializada por rvore nas provncia nas campanhas 97-98 at 99-00 e
considerando que s o 30% da castanha comercializada formalmente. Dados de INCAJU.
(1) Copra. Estima-se uma produo de 6 kg por rvore e una utilizao de 80%.

Em 2000, existiam um total de 8,7 milhes de fruteiras em Gaza e 43,4
milhes em Inhambane, totalizando 52 milhes de rvores nas duas
provncias. Estimando uma mdia de 100 rvores por hectare, a rea ocupada
representa 40% da rea potencialmente apta. Mesmo em relao a este nvel
de ocupao, a produo subtilizada enorme, o que oferece boas
possibilidades para o processamento industrial de tal matria-prima.

4.2 OS SISTEMAS DE PRODUO
Uma das grandes limitaes para a produo dos camponeses a fraca
disponibilidade de mo de obra. Ao longo do tempo, os agricultores tm
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Relatrio Principal

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desenvolvido tecnologias que lhes permite aumentar a eficincia deste factor
escasso e diminuir os riscos, tais como as sementeiras consorciadas, (com
uma rea equivalente de 1,2-1,3, de acordo com as determinaes do INIA).
Outras tcnicas para superar as limitaes de fora de trabalho, so as
plantaes de fruteiras que, mesmo nas actuais condies de baixa utilizao
do produto, revelam uma boa rentabilidade em relao escassa demanda de
trabalho existente. Outra maneira de aumentar a produtividade da mo de
obra atravs da pecuria. Praticamente todos os produtores criam uma ou
outra espcie pecuria. A traco animal est bastante difundida na rea,
sendo usada por pelo menos 50% dos camponeses.

4.3 POTENCIALIDADE AGRCOLA DA REA
Do ponto da produtividade agro-pecuria, actual e potencial, trs regies
principais podem ser identificadas, como mostra a Tabela 2.6.

Tabela 2.6: Diferentes Regies Produtivas. rea Ocupada e
rea Potencial (Ha)

Provncia Regio
Costeira Irrigvel Pastoreio
Extensivo (2)
Actual Potencial Actual Potencial Actual Potencial
Inhambane 434 389 1 006 000 --- --- --- ---
Gaza 86 633 244 000 50 322(1) 133 700 2 500 000 4 000 000

A rea actualmente explorada e de perto de 9 000 Ha.
Com agricultura de subsistncia, Sistema 2 da Regio R3 do PROAGRI. (INIA, 1994)

A Tabela 2.6 mostra que existe uma vasta margem para expanso das
produes agrcolas da rea do Limpopo. As limitaes no so tanto em
termos de disponibilidade de terra ou infra-estruturas adequadas, mas sim de
capacidade tcnica, financeira e econmica.
As restantes pginas de diagnstico do sector agrcola destacam apenas as
culturas, tanto das reas irrigadas como da rea costeira, que na Parte III
deste trabalho sero objecto da avaliao dos projectos de pr-viabilidade,
nomeadamente: o arroz, o tomate e algumas frutas, e o coqueiro. Em
particular, pretende-se aqui sublinhar o potencial de produo e os
investimentos necessrios para a viabilizao das culturas seleccionadas como
prioridade no fomento do processamento agro-industrial.

4.4 AS REAS IRRIGADAS
Com a recuperao das estruturas de rega no Chokw e o desenvolvimento j
planeado de outros regadios, a rea mnima de arroz, (solos com estruturas
de rega e sem usos alternativos) poder chegar aos 11.000 hectares, na
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Relatrio Principal

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campanha 2002-03, e aos 40.000 hectares, em mdio prazo, podendo ocupar
reas maiores se a cultura resultar economicamente atractiva (nos anos 70, a
rea de arroz no regadio de Chokw chegou atingiu os 18 000 hectares). A
situao da cultura para a prxima campanha pode resumir-se da seguinte
maneira:
- Terra irrigada disponvel com boa aptido para a produo de arroz
(mnimo de 11 000 Ha).
- gua de boa qualidade em quantidade suficiente para a inundao
atempada das bacias semeadas.
- Variedades de arroz de comprovada adaptao zona, de arquitectura
moderna e em consequncia, com boa capacidade produtiva. Em
relao a isto, pode-se assegurar que os rendimentos actuais
(inferiores aos 3 ton./Ha na mdia, mas alcanando s 7 tons./Ha
pelos maiores utentes) no esto limitados, nas sementeiras da
estao de chuvas, por problemas com as variedades ou as sementes
em uso. No se pode esperar aumentos de rendimento importantes, a
curto prazo, pela via do melhoramento gentico. Isto, no quer dizer
que os trabalhos de melhoramento devam paralisar-se. A introduo,
desenvolvimento e avaliao de novos cultivos, assim como a
produo de sementes mes, actividades contnuas e prioritrias
para o mantimento dos sistemas produtivos. Por outro lado, o
desenvolvimento de variedades tolerantes a baixas temperaturas
durante a florao, assim como a adaptao de variedades aromticas
(tanto as exticas como as semi-aromticas de origem local) ter
grande importncia na rentabilidade da produo orizicola no vale.
- Capacidade de produo de semente em quantidade e qualidade
adequadas s necessidades.
- Produtores com conhecimento da cultura e boa atitude empresarial
mas com falta de organizao.
- Tcnicos com boa formao, na rea de investigao e de extenso,
mais com escasso suporte financeiro para desenvolver as suas
actividades.
- No h pragas ou doenas importantes, com a excepo das malezas
comuns a todas as reas arrozeirais (Echinochloa sps. entre as
gramneas, e Commelina entre as de folha larga) e os pssaros que
so a praga principal, sobre tudo nas colheitas tardias, quando a
populao de pssaros maior.
- Parque de maquinaria envelhecido, e sem possibilidades de renovao,
de baixo rendimento e altos custos que impede a realizao atempada
dos trabalhos agrcolas, principalmente na sementeira e na colheita.
Podemos exemplificar isto comparando os custos de preparao da
terra na Carta Tecnolgica de Arroz (Rural Consult Ltd 2002) onde
registam-se 3 H/M para lavoura, mais 1 H/M para gradagem, com um
custo total de US$ 43/ha. Em contrapartida, com a preparao com
uma grade pesada de discos offset (5 m de largura de trabalho) com
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Relatrio Principal

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um tractor de 150 CV e uma velocidade de trabalho de 6,5 Km/H,
pode-se preparar 1 ha em 0,4 H (estimando uma perda de 30% nas
voltas) a um custo operativo de US$ 6/ha.
- Altos custos dos factores de produo (agravados pelos exagerados
custos financeiros) e m utilizao destes. Por exemplo, a Carta
Tecnolgica de Arroz regista a aplicao de 12 l de Propanil (Controle
de gramineas) e 4 l de MCPA (controlo de malezas de folha larga) com
um custo total de US$ 43/ha. Com uma boa nivelao do terreno
podem-se conseguir melhores resultados (j que as maiores redues
de rendimento por infestao de malezas produzem-se nos primeiros
20-30 dias de desenvolvimento da cultura) com a aplicao de 2 l de
Pendimethalin com um custo menor a USD$ 10/ha. Caso similar o da
sementeira que se faz manualmente com um consumo de semente de
120 Kg/ha (mais gradagem para cobrir a semente) e poderia fazer-se,
conjuntamente com a adubagem de fundo, numa s operao com
uma semeadora adubadora em linha, utilizando 100 Kg/ha de
semente.
- Por ltimo devemos mencionar a produtividade industrial que um dos
aspectos onde a comparao com os sistemas produtivos asiticos
mais desfavorvel. A eficincia da moenda Incio de Souza de 43%
(43% de gros inteiros + 23% quebrados). A Fbrica Orizcola Orli
estima uma eficincia total (quebrados + inteiros) de 63%, pelo que a
eficincia de moenda provavelmente menor. Em comparao com as
moendas da indstria moderna, com eficincia da ordem de 60%, a
diferena de 39%, embora o gro quebrado tenha um valor
comercial relativamente alto em Moambique, a eficincia industrial
continua a ser um factor extremadamente negativo, face
concorrncia do arroz asitico.
O potencial da produo orizcola do vale grande, mas nas condies
actuais no pode enfrentar a concorrncia com a importao do arroz asitico.
Pode-se afiar o lpis e apurar custos, mas as diferenas so demasiado
grandes para arranjos cosmticos. A soluo passa por substituio total
quer na produo agrcola quer na indstria, e isto significa investimentos,
organizao e estruturas de apoio.

4.5 POTENCIALIDADE DA CULTURA DE ARROZ: PRINCIPAIS
SISTEMAS DE PRODUO
O arroz foi tradicionalmente uma cultura dominante nas reas de irrigao do
vale do Limpopo, chegando a ocupar 18 mil hectares na rea irrigada do
Chokw e alcanando uma produo total, no vale, nos anos 70, de mais de
70 000 ton de arroz casca. Actualmente, com a reabilitao em curso dos
regadios da rea, e com o arroz local sofrendo uma forte competio no
mercado local, por parte dos arrozes importados da sia, a viabilidade da
cultura tm sido posta em causa.
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Relatrio Principal

35
Em relao a isto, h um facto a considerar: no existem culturas alternativas
ao arroz para solos pesados mal drenados, pelo menos na estao chuvosa. A
rea destes solos tem sido estimada em 29.000 hectares, para as reas
potencialmente irrigveis de Gaza (INIA Srie Terra e Agua. Nota Tcnica 26),
ocupando no regadio de Chokw uma rea de 11.000 hectares. Isto no
implica, logicamente, que a cultura do arroz no possa ocupar outros solos
irrigados no vale, mas sim que, com o desenvolvimento futuro das reas de
rega, haver uma rea de 40.000 hectares que dever ocupar-se com arroz,
ou com uma hipottica cultura alternativa. O desafio est, todavia, no
desenvolvimento de tecnologias alternativas que tornem o arroz nesta zona
rentvel. Os grandes sistemas de produo comercial de arroz no mundo
podem ser classificados em:
Sistema dos Pases Desenvolvidos
Totalmente mecanizado e com alto nvel de investimento. Campos irrigados
(em alguns casos, antes mesmo das sementeiras, por meio de avies com
sementes embebidas) com muito boa nivelao do solo e regulao da gua,
assim como controle qumico de pragas e doenas. A produo
complementada com sistemas de maneio ps-colheita que incluem
secadouros, silos, moinhos de alto rendimento (mais de 60%) e
industrializao dos gros e dos subprodutos. Os tipos de arroz produzidos de
gro grande e arredondados, com endosperma vtreo (tipo Carolina) ou
amidaceo (tipo Japons). Os rendimentos so da ordem das 5 ton/Ha. Com
algumas variaes, este sistema praticado em USA (Florida), Europa
(Espanha e Itlia) e Japo.
Sistema dos Pases Asiticos
Este sistema produtivo basicamente o tradicional, com um agregado de
variedades melhoradas, fertilizantes e produtos qumicos para controle de
pragas. Nas zonas mais hmidas, cultiva-se em sequeiro (upland rice). A
rega tradicional, utilizando as correntes superficiais, bem como a rega por
gravidade, o mtodo comum nos arrozes inundados. A nivelao
frequentemente feita por meio de lavouras em solos inundados com traco
com bfalos de gua. O mtodo de viveiro e transplante universalmente
aplicado. Os sistemas ps-colheita, assim como as condies de tratamento
ps-colheita, e moagem so muito eficientes. O tipo de arroz produzido o
Patna, de gros delgados e compridos, e endosperma vtreo, prprio dos
arrozes da ndia. A produo de arrozes aromticos tambm frequente. Os
rendimentos unitrios so relativamente baixos ( volta de 2,5 Ton/Ha), mas
os custos tambm so baixos e os rendimentos ps-colheita so altos.
Sistema Chins
Caracteriza-se por ser uma mistura dos dois sistemas anteriores. Uso
extensivo de arrozes hbridos, sendo a nica regio que usa actualmente esta
tecnologia que s recentemente est a ser desenvolvida pelas transnacionais
de sementes. Os rendimentos so da ordem das 4 ton. por hectare.
Sistema Extensivo-Intensivo
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Relatrio Principal

36
Este sistema praticado na Austrlia e no Uruguai, e est sendo introduzido
nalgumas regies da Argentina e Sul do Brasil. O sistema est baseado na
alternncia da cultura do arroz, com perodos de pastoreio de misturas
forrageiras de gramineas e leguminosas (2- culturas de arroz e 2-3 anos de
pastoreio). A utilizao de insumos alta, com a excepo de adubos N que
so aportados pelas leguminosas. As variedades so do tipo patna, carolina e
tambm aromticas. A utilizao de mtodos de sementeira directa
comum. Os rendimentos por rea semeada so os mais altos, chegando a
uma mdia de 6 ton./Ha. A eficincia no moinho e a utilizao dos
subprodutos, includo o leo, eficiente. Na frica Ocidental, a difuso bem
sucedida de variedades (incluindo a variedade aromtica Jasmin), tecnologias
melhoradas e sistemas de apoio produo, resultaram em incrementos
importantes da produo, mas no se pode falar dum sistema produtivo
diferente.
Sistema Madagascar
Baseado no transplante de plantas de poucos dias, com compasses de 40 cm
e com uma nica planta por cova. A rega mantm o solo continuamente
hmido mas sem inundao, e no se utilizam agro-qumicos ou fertilizantes.
O controlo das malezas realiza-se por meio do sombreado do solo pelas
folhas, j que se utilizam variedades de folhas horizontais. Alm das
dificultadas prticas para se transplantar plantas to pequenas, (fora de
pequenas reas tipo jardim) no h explicao, quer fisiolgica quer
agronmica, sobre como este sistema consegue obter rendimentos de 6-10
ton/H, que os criadores de tal mtodo mencionam. Estas revelaes tm
sido, por isso, recebidas com interesse, mas tambm com cepticismo. Por
outro lado, tais resultados no foram ainda repetidos por investigadores do
IRRI.
No sul de frica, Moambique o nico pas com boas condies para a
produo de arroz. Por isso, existem amplas possibilidades, do ponto de vista
de mercado (a comear pelo mercado interno), para o arroz, mas desde que
se consiga produzir em condies competitivas com os actuais fornecedores
destes mercados, principalmente os pases asiticos. Neste sentido h duas
regies claramente diferentes para a produo de arroz no pas:
A regio de Sofala, Zambzia e parte de Nampula, onde as condies
de clima e solo permitem a produo em condies similares s dos
pases asiticos, com vantagens no que se refere a custos de
transporte e mo de obra. De facto, foram j preparados dois
projectos para a produo de arroz, um no Corredor de Beira e o outro
na rea de desenvolvimento de Zambzia, que visam a produo anual
de 300.000 ton. de arroz casca.
As reas irrigadas do sul do pas, onde os investimentos em estruturas
de rega e os custos de maquinaria e factores de produo, indicam que
a concorrncia deve realizar-se principalmente pelo aumento dos
rendimentos. Nesta rea, as possibilidades imediatas so as de
utilizao de tecnologias dos pases desenvolvidos e, ao mesmo tempo,
realizar investigaes para adaptar tecnologias de maneio da cultura
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Relatrio Principal

37
que permitam reduzir os custos de produo e incrementar
rendimentos nos sistemas produtivos.
Parece interessante, por exemplo, a utilizao de arrozes hbridos, a cultura
de Azolla (um simbioze de feto e alga, com capacidade de fixao de N
atmosfrico) na gua de inundao de arroz; a rotao com algumas
leguminosas, com o objectivo de fixao de N, produo de forragem, e
reduo de malezas infectantes (Sesbania aculeata ou S. exaltata que podem
crescer em solos inundados e fixam N nas partes areas da planta ou alguma
leguminosa anual que possa crescer na poca seca como Crotalaria ou
Styloshantes, esta ltima com capacidade de re-sementeira), ou inclusive a
criao de peixes na gua, de inundao onde pode se possa produzir mais de
500 kg/ha de peixe por estao da cultura.

Investimentos Necessrios para Viabilizar a Cultura do Arroz
Moambique tem feito, e continua a fazer, grandes investimentos na
recuperao de sistemas de regadio do vale do Limpopo. Os investimentos
tm de ser suplementados pelo desenvolvimento de produes que permitam
rentabiliza-los. No possvel fazer isto mantendo sistemas de produo
agrcola de subsistncia em sequeiro, nestas reas relativamente caras.
Sero necessrios investimentos e uma organizao da produo e da
comercializao para desenvolver sistemas produtivos eficientes e rentveis.
Isto no significa necessariamente a substituio do pequeno produtor por
empresas comerciais grandes, mas sim a integrao de empresas agro-
industriais que financiem, promovam e agreguem valor s produes dos
pequenos e mdios produtores agrcolas.

Sector Empresarial: Investimento Inicial
A viabilidade da cultura de arroz, face importao do arroz asitico, passaria
por uma modernizao do parque de maquinaria e uma boa nivelao dos
terrenos, que seguissem a recuperao das estruturas de rega actualmente
em curso. Os custos estimados para 1.000 hectares do sector comercial, so
apresentados na Tabela 2.7.

Tabela 2.7: Investimentos Necessrios para a Preparao e
Operao de 1000 Ha de Arroz
Item Operao No. Unid. Preo
Unid.
Preo
Item
1 Nivelao do terreno (1) Hectares 1 000 200 200 000
2 Maquinaria para a preparao da
sementeira. Calculando a preparao
em 25 dias de 16 H efectivas de
trabalho.

Tractor dupla traco de 150 CV 2 50 000 100 000
Grade pesada offset de 5,1m de largura 2 7 500 15 000
Grade de corrente 2 500 1 000
3 Sementeira e adubao
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Relatrio Principal

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Semeadora adubadora de 30 sulcos. (6
m de largo). Para semear em 25 dias
de trabalho de 16 h efectivas/dia.
Rendimento 0,4 H/Ha
2 10 000 20 000
Adubadora centrfuga 1 1 000 1 000
4 Aplicao de herbicidas
Sprayer com tanque 2 000 l. Largura
de trabalho de 15 m. Rendimento 0,15
H/Ha
1 4 000 4 000
5 Colheita
Combinada de 4,2m de corte. 4 150 000 600 000
Wagon descarga mecnica 8 5 000 40 000
Total 1 070 000
(3) (1) Maquinaria contratada.
Sector Empresarial: Custos Operativos

Tabela 2.8: Maquinaria: Os custos por hora de maquinaria
so os mesmos da Carta tecnolgica
mais 20- 25% para reposio.
Operao H/M US$
Preparao do solo e marrachamento 1,80 21,60
Sementeira e adubao de fundo 0,40 4,80
Aplicao de herbicidas 0,15 1,80
Ureia em cobertura 0,20 2,40
Colheita 0,30 7,20
Nivelao (20 % da rea) 20,00
Total 2,85 57,80
Dados da Carta Tecnolgica 8,00 111,00
Diferena -5,15 -53,20

Tabela 2.9: Factores de Produo

Factor Unidade Qt.
Ha
Preo
Unitrio
US$
Custo Por
Ha
Adubo de fundo, NPK 12-24-12 Ton. 0,2 316 63,0
Semente Ton. 0,1 250 25,0
Adubo de cobertura (ureia) Ton. 0,15 236 35,4
Herbicidas pr-emergente L 2.0 4 8,0
Herbicida para folha larga, 2-4-
D ou MCPA
L 1,5 3 4,5
gua ( 6 meses) Ha/ano 0,5 20 10,0
Total Factores de Produo 145,9
Dados da Carta Tecnolgica 169,4
Diferena -23,5

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Relatrio Principal

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Tabela 2.10: Mo de Obra
Abertura de machambas, controle de pssaros, regas 25 jornas US$ 30
Carta Tecnolgica 57 jornas US$ 57
Diferena -32 jornas US$ - 27

Tabela 2.11: Transporte
Transporte de factores de produo e colheita. US$ 25,0
Total de custos direitos US$ 258,7
Carta Tecnolgica US$ 365,0
Diferena US$ 106,3

Rendimentos mdios esperados, sempre que se consiga a realizao
atempada das operaes agrcolas: >5 Ton./Ha
Sector Familiar: Investimento Inicial

Tabela 2.12: Investimentos no Sector Familiar
Item Operao No. Unid. Preo
Unid.
Preo
Item
1 Nivelao do terreno (1) Hectares 1 000 200 200 000
2 Maquinaria para a preparao da
sementeira. Calculando a preparao
em 25 dias de 16 H efectivas de
trabalho.

Grade pesada offset de 3,6 m de
largura
3 6 000 18 000
Grade de corrente 3 500 1 500
3 Sementeira e adubao
Semeadora tipo matraca com
rendimento 10H/H
50 20 1 000
Adubadora centrfuga 3 1 000 3 000
4 Aplicao de herbicidas
Sprayer tipo Mochila com tanque de 20l
e 2m de largo trabalho. Rendimento:
4H/H
1 4 000 4 000
5 Ceifa e trilha
Manual
Total 328 500
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Relatrio Principal

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Sector Familiar: Custos Directos
A Tabela 2.13 sumariza os Custos directos totais do sector familiar, os quais
rondam os 269,2 US$/Ha com rendimento de 4,5 Ton./Ha. O rendimento
relativamente inferior ao do sector empresarial, por problemas de
atempamento das operaes agrcolas.

Tabela 2.13: Operao: Os custos por H/M so os mesmos que os
actuais mais 20-25% para reposio
Operao Jornas H/M US$
Preparao do solo 1,0 12,0
Adubao. Centrfuga mais grade de corrente 0,5 6,0
Sementeira 2,0 2,0
Aplicao herbicidas 4,0 4,0
Ureia em cobertura 2,0 2,0
Ceifa e trilha 20,0 20,0
Mo de obra. Abertura de machambas, regas,
mondas correctivas, carga e descarga, controlo de
pssaros etc.
30 30
Total 58,0 1,5 76,0

Tabela 2.14: Factores de Produo
Factor Unidade Qt.
H
Preo
Unitrio US$
Custo Por
Ha
Adubo de fundo, NPK 12-
24-12
Ton. 0,2 316 63,2
Semente Ton. 0,05 250 12,5
Adubo de cobertura
(ureia)
Ton. 0,15 333 50,0
Herbicida pr-emergente l 2,0 4 8,0
Herbicida ps-emergente l 1,5 3 4,5
gua (6 meses) H/ano 0,5 20 10,0
Total factores de produo 148,2
Aluguer transporte 45,0

Desenvolvimento da Produo
Uma vez realizados os investimentos previstos, e mais tarde, com o
desenvolvimento de novas reas de rega, as reas mnimas para o arroz no
vale seriam as apresentadas na seguinte Tabela 2.15:

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Relatrio Principal

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Tabela 2.15: reas Mnimas para Arroz
Ano rea. Ha Rendimento
Ton./Ha
Produo
(Ton.)
Observaes
1-5 15 000 5 45 000
5-10
5-10

22 000
15 000
37 000
5
4,5
110 000
67 500
177 500

Arroz de 2 poca
(1)
Prod. Total
10 e
seg.
40 000
28 000
68 000
5,5
5,0
220 000
140 000
360 000

Prod, total
(1) O arroz de segunda ter provavelmente menores rendimentos unitrios por problemas de
radiao solar, mas tambm menores custos de fertilizao, aproveitando o efeito
residual do P aplicado s primeiras e tambm menores problemas com os pssaros.

Com estas produes, e as da Zambzia e de Sofala j em desenvolvimento,
a partir do quinto ano, Moambique poder passar de importador a
exportador de arroz, para os mercados vizinhos, pois o pas com melhores
condies para a produo de arroz na frica Austral.

4.6 POTENCIALIDADE DA PRODUO DE TOMATE
O tomate foi a hortcola mais importante nas reas de rega do vale, quando
funcionava a fbrica de processamento de Chilembene, com uma capacidade
de 230 ton/h, e se exportava polpa de tomate para a RDA e, depois, para
Japo. As reas plantadas com tomate nessa poca ultrapassaram as 500 ha
no regadio de Chokw.
Os tomates produzidos no vale so principalmente de tipo industrial, de frutos
pequenos, com menor contedo de sumo que as variedades de mesa, e com
polpa fortemente colorida. Este tipo de tomate ideal para a produo de
concentrado, tendo alm disso, boa aceitao como tomate para consumo no
mercado de Maputo. A SEMOC comercializa 3 variedades de tomate do tipo
industria, ao preo de US$ 50/kg.
Uma fbrica de processamento de tomate necessitar de aproximadamente
1.000 hectares deste tipo de tomate. A produo da rea de rega poderia
tambm ampliar sua participao no mercado de Maputo, o qual consome
19.000 ton deste tipo de tomate na estao seca. No total, a rea deste tipo
de tomate poderia alcanar as 1.300 ha.
H tambm boas possibilidades para se exportar tomate de mesa para o
mercado Sul-africano, sobretudo nos meses de Maio a Setembro, em
concorrncia com os tomates de inverno vindo do sul do pas. A qualidade
para estas exportaes, assim como para o mercado mais exigente de
Maputo. Para isso, necessrio utilizarem-se variedades longa vida, com
bom aspecto e durao ps-colheita; ou ento se usarem hbridos, como o
HTX 14, comercializado pela SEMOC a US$ 350/kg.
O manuseamento da cultura, sobretudo a rega, diferente nos dois tipos de
tomate. No tomate para a industria, o objectivo principal obter tomates de
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Relatrio Principal

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cor intensa, alta concentrao de slidos, e amadurecimento uniforme, de
maneira a conseguir-se uma ou, no mximo, duas colheitas. Para tal,
necessrio fazer turnos de rega espaados e abandonar a rega no ltimo
perodo de maturao. No entanto, nos tomates para consumo directo, as
regas devem ser frequentes, o que favorece o desenvolvimento de frutos
grandes e com alto contedo de sumo.
O ciclo da cultura tambm diferente nos dois tipos de produo. Nos
tomates tipo industrial o ciclo de 100-120 dias (incluindo 30 dias no
viveiro), enquanto que nos tomates de consumo directo, o ciclo pode ser de
120 dias. O ciclo pode chegar at 150 dias utilizando apoios, j que as plantas
continuam a crescer e florir, mas os talhos no suportam o peso dos frutos
nas plantas muito crescidas.
O tomate uma cultura insensvel ao foto-periodo pelo que, teoricamente,
poderiam plantar-se em qualquer poca. As temperaturas altas, no entanto,
induzem a um crescimento vegetativo exagerado, prejudicando a frutificao.
Temperaturas superiores a 25 oC, acompanhadas de alta humidade
atmosfrica, favorecem tambm o desenvolvimento de doenas e pragas,
especialmente o apodrecimento dos frutos. Por esse motivo, o perodo de
produo est limitado ao perodo seco, de Junho-Julho at Dezembro.

4.7 INVESTIMENTOS NECESSRIOS PARA VIABILIZAR A
PRODUO DO TOMATE
Ficha da Cultura de Tomate Industria
Ciclo da cultura 100 dias. Sementeiras em viveiro Maro- Agosto. Transplante
aos 30 dias.

Tabela 2.16: Operaes por ha
No Operao H/M Jornais Observaes
1
Preparao de viveiros e
sementeira
15 Em bandejas de plstico
ou sacos de papel
de jornal. Substracto de
vermiculita ou turba
2
Lavoura, gradagem,
marrachamento e formao de
camalhes e adubao de
fundo
5 4 Camalhes a 0.8m
3
Transplantao 10 Distancia entre plantas
0.3m. 40 000
plantas/ha
4
Regas 6
5
Sachas e desbrotes 10
6
Aplicao de agro-qumicos e
adubos de cobertura
10
7
Colheita e transporte 10 20 Camio
Total 15 75

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Relatrio Principal

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Tabela 2.17: Factores de Produo por ha

Factor Unidade Qt. Preo
Total US$
Observaes
Caixas e
substracto
Caixa 400 500
Semente g 200 12
Adubos
fundo
ton 0.75 250 15-15-15
Ureia ton 0.05 12 2 meses aps transplantao
Agua Ano 0.5 20
Agro-
qumicos
30 Ridomil, Difolatan, Lorsbn ou similares
Total 824
Rendimento: 45 ton/ha

4.8 REA COSTEIRA
Esta regio estende-se por mais de 600 km ao longo da costa de Gaza e
Inhambane com uma extenso total de mais de 1 500 000 ha. Solos
arenosos e muito profundo, alm de seu clima sub-hmido, com precipitaes
maiores de 900 mm, fazem que esta zona seja ideal para as produes
arborcolas.
O perodo de chuva estende-se por 6-7 meses ainda que haja precipitaes
superiores aos 20 mmainda nos meses da secao que favorece a produo
de aquelas fruteiras que florescem na poca seca como os cajueiros e as
mangueiras.
Foi estimado, na base de 100 plantas por ha e em comparao com a rea
disponvel, que cerca de 35% da rea potencial para fruteiras est
actualmente ocupada com estas culturas. A percentagem ainda muito
menor se considerarmos que a rea com precipitaes entre 900 e 700 mm
que representa vrios milhes de ha nas duas provncias e tambm apta, e
actualmente ocupada por fruteiras.
Com a excepo dos coqueiros as fruteiras no esto agrupadas em
plantaes comerciais seno dispersas e alternadas com outras culturas e
com vegetao espontnea. Esta caracterstica, que por uma parte, dificulta
a recolha para comercializao, por outra, a explicao da surpreendente
sanidade das plantas, j que a produo totalmente orgnica sem qualquer
uso de agro-qumicos.
Existem reais condies para exportao de frutas a RAS, tendo em conta, a
qualidade da fruta produzida e a diferena em maturao, que vai de mais de
dois meses para o Norte de Inhambane at 1 ms para a provncia de Gaza.
Estas vantagens no esto a ser aproveitadas actualmente por falta de uma
organizao da recolha e preparao para exportao. Com centros regionais
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Relatrio Principal

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de armazenamento e transporte para a Central de Tipificao e Embalagem
esta possibilidade poder ser realizada.

4.9 O COQUEIRO E COPRA: PRODUO POTENCIAL
As plantaes de coqueiros encontram-se distribudas em toda a rea costeira
de Moambique, com as maiores concentraes nas provncias de Zambzia e
Inhambane. Estas duas provncias tm tido desde antigamente uma
organizao da produo e pertena das rvores. Enquanto que na
Zambzia, a produo de copra tem estado maioritariamente nas mos das
companhias que, desde os tempos coloniais, usavam a disponibilidade
abundante e barata de trabalho assalariado na sua produo. Em
Inhambane, no entanto, a produo de copra foi feita sempre pelos
camponeses que logo vendiam o produto s fbricas de leo.
Estranhamente, neste momento, enquanto que a participao do sector
familiar e privado crescente na Zambzia, onde as companhias esto
inclusivamente contratando a gesto das plantaes, e compram mais de 20
000 toneladas aos sectores familiar e privado, as indstrias de Inhambane
queixam-se da falta de matria prima e esto iniciando plantaes com
coqueiros anes por um total de 10 mil hectares (1.000.000 rvores).
A produo por rvore em Inhambane estima-se normalmente em 100
cocos/rvore na variedade alta e 250 na variedade an. A informao tcnica
internacional estima de 4 a 6 mil cocos da variedade alta o 5 a 9 mil cocos da
an, por tonelada de copra, pelo que a produo de copra por rvore ser ao
mnimo de 16 Kg na variedade alta e de 28 Kg na variedade an. Isto
muito mais do que se estima na tabela No 5, na base da produo e nmero
de plantas dos anos 70.
Mesmo assim, com estas baixas estimaes, a produo potencial de copra
em Inhambane e Gaza quase 300% superior elaborada pelas fbricas que
se apresenta na Tabela 2.18:

Tabela 2.18: Potencial de produo de Copra
Factores Toneladas de
Copra Processada
Produo
(tons.)
Produo de Bagao
(tons.)
Copromol 24 000 12 000 8 000
Somoil 6 000 3 000 2 000
Inhacongo 6 000 3 000 2 000
Total 36 000 18 000 12 000

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Relatrio Principal

45
Tanto Copromol como Somoil esto a planificar a plantao de 5 000 Hectares
de coqueiros anes, com um total aproximado de 1 milho de plantas. As
terras para as plantaes j esto finalizando as formalidades para a
concesso e a disponibilidade da semente est assegurada. Estima-se que o
ritmo de ocupao das terras ser com o indicado na Tabela 2.19:

Os preos da copra aos produtores tm estado a baixar nos ltimos anos,
desde um mximo de 150 US$ por Ton. em 1996 at o preo actual 1 900
000 Mt (79 US$), pelo que possvel que parte da escassez de matria prima
que registam as fbricas se deva ao aumento do autoconsumo, venda de
coco fresco (muito mais rentvel que a copra) e produo de sura (uma
bebida preparada com a seiva da palmeira).
Por outro lado, as plantaes no apresentam falta de plantas nem a
dominncia de plantas envelhecidas. A descida dos preos deve-se, em
parte, queda dos preos internacionais face concorrncia do leo da palma
africana por outra parte aos altos custos financeiros das empresas.
As variedades ans so muito precoces, comeando a frutificar desde o
segundo ano, mas as produes comerciais s comeam no terceiro (10%),
alcanam ao 50% no quarto ano e podem chegar ao 100% a partir do quinto
ano. De acordo com isto as produes das novas plantaes seriam com se
indicado na Tabela 2.20:

Tabela 2.20: Ritmo de Produo das Plantas
Ano
do
Proj.

Idade, nmero e produo das plantas
Terceiro ano Quarto ano Quinto ano
e seguintes
Total
No. de
plantas
Ton de
copra
No. de
plantas
Ton de
copra
No. De
plantas
Ton de
copra
Ton de
copra
1 --- --- --- --- --- --- ---
Tabela 2.19: Ritmo de Ocupao das Terras
Ano 0 Preparao de terras e viveiros.
Ano 1 1 000 Ha; 100 000 plantas.
Ano 2 3 000 Ha; 300 000 plantas.
Ano 3 7 000 Ha; 700 000 plantas.
Ano 4 10 000 Ha; 1 000 000 plantas.
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_
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Relatrio Principal

46
2 --- --- --- --- --- --- ---
3 100 000 250 --- --- --- --- 250
4 200 000 500 100 000 1 250 --- --- 1 750
5 400 000 1 000 200 000 2 500 100 000 2 500 6 000
6 300 000 750 400 000 5 000 300 000 7 500 13 250
7 --- --- 300 000 3 750 700 000 17 500 21 250
8 --- --- --- --- 1 000 000 25 000 25 000

5 SECTOR PECURIO
Em princpio, o sector pecurio no contemplado no mbito dos projectos e
dos projectos a seleccionar para a avaliao de pr-viabilidades efectuada em
conformidade com os termos de referncia fixados para o presente trabalho.
Contudo, tanto a reviso das fontes secundrias como as visitas de campo,
imediatamente evidenciaram a dificuldade de se deixar de parte o sector
pecurio, quando mais no fosse do diagnstico geral da situao actual.

5.1 POTENCIALIDADE DA PRODUO PECURIA
O potencial pecurio da provncia de Gaza tem sido calculado pelo INIA (na
base dum modelo australiano adaptado por Reddy e Timberlake) em 590 000
UA. Como mostra a Tabela 2.21, em 2000 os efectivos pecurios incluam
178.097 bovinos, 383.214 caprinos e 30.620 ovinos. Utilizando a equivalncia
de 1 UA = 1.6 cabeas bovinas = 5 caprinos =5 ovinos, a populao total
seria de 194 077 UA. Ou seja, estima-se que apenas 1/3 do potencial
pecurio da provncia esteja a ser actualmente utilizado.

Tabela 2.21: Nmero de cada espcies ( Gaza), 2000
ESPCIES Numero Percentagem Numero ( Censo)
**
Gado 153 152 53,7% 178 097
Carneiros 17 786 6.2% 30 620
Cabritos 68 282 24% 383 214
Porcos 7 119 2.5% 109 039
Galinhas 23 536 8.2% 1 532 488
Patos 12 735 4.5% 30 620
___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

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Burros 2 198 0.7% 5 3550
Total 284 808*
Fonte : * SPP- 2001, ++Censo agro-pecurio ( 1999-2000)

Como se pode observar nesta Tabela 2.24, os dados reportados pelo Servio
Provincial de Pecuria so inferiores aos efectivos reais recenseados. Tal
discrepncia resulta da ineficiente do sistema de recolha de dados.

5.2 PRODUO ACTUAL E PRODUTOS
Actualmente, em Gaza, os bovinos so a espcie arrolada de maior
expresso, representando cerca de 54% do total da populao animal. Os
caprinos representam 19,7% e as galinhas 14,6%, de acordo com os dados
obtidos em 2001 (SPPs). O arrolamento realizado no ano 2001 reporta que
comparativamente ao ano anterior houve um aumento dos efectivos de
bovinos em 13%, dos caprinos em 38%, dos ovinos em 71.6% e dos sunos
em 10.6%.

5.3 EVOLUO DOS EFECTIVOS - BOVINOS
O arrolamento anual (2001)
apurou um total de 153.152
cabeas de gado bovino,
correspondendo a uma taxa
anual de crescimento dos
efectivos de cerca de 13 % e
uma taxa de natalidade de
44,1%.
Apesar dos baixos ndices de
natalidade registados, os
efectivos esto em crescimento.
Este crescimento , por um lado,
resultado do repovoamento
pecurio (que no nosso entender insignificante). Dentro do programa de
Repovoamento Pecurio a Provncia de Gaza beneficiou nos anos 1992-2000
de apenas 2.747 bovinos. As ONGs e os privados importaram 861 bovinos de
1997 a 2001. Por outro lado o melhoramento de assistncia veterinria
realizada junto aos criadores influenciou de forma positiva este crescimento.
Grfico 2.4: Evoluo do efectivo de
bovinos
0
100000
200000
300000
400000
500000
1980 1990 1992 2000 2001
Anos
C
a
b
e
a
s
___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

48
Do total do efectivo de bovinos existentes na Provncia de Gaza, a
maior concentrao encontra-se nos distritos de Mabalane, Chokw, Chibuto e
Xai-Xai. Cite-se que o distrito de Chokw detm a maior concentrao de
bovinos (SPP, 2001).
Do total do efectivo de
bovinos existentes na
Provncia de Gaza, a
maior concentrao
encontra-se nos distritos
de Mabalane, Chokw,
Chibuto e Xai-Xai. Cite-
se que o distrito de
Chokw detm a maior
concentrao de bovinos
(SPP, 2001).
A relao do efectivo de
bovinos por Km
2
na
provncia de Gaza de
2,02 cabeas/Km
2
e a
relao do efectivo por nmero de habitantes de 0,144 bovinos/habitante.
de referir que em 1970 a densidade era de 1,7 cabeas por Km
2
em todo o
Pas (Quental Mendes, 1974).

5.4 PROJECO (PREVISO PARA OS PRXIMOS 10 ANOS)
De acordo com os dados apresentados na tabela em anexo, daqui a 10 anos o
nmero de animais (efectivos) seria igual ou superior aos efectivos arrolados
em 1975. Com uma taxa anual de extraco de 4,7% e um crescimento
mdio anual de 15 %, poder-se-ia atingir uma produo media anual de
3.250 toneladas de carne bovina, com um pico de 7.414 toneladas no ano
2011.

5.5 PEQUENOS RUMINANTES
Os resultados do censo agro-pecurio reportam que a provncia de Gaza
detm 7,59% dos caprinos e 17.59% dos ovinos do Pas. Com base na
informao anual da provncia, os distritos com maior concentrao de
pequenos ruminantes so Mabalane, Chicualacuala, Guij e Chokw. Estes
distritos contribuem com 65,7% do total de efectivos de caprinos e com
76,9% dos ovinos da provncia.
O Grfico 2.5 sobre a evoluo dos efectivos mostra que houve um aumento
dos efectivos em cerca de 92% para os caprinos e 117% para os ovinos, no
perodo de 1995 a 2001.

___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

49

A relao efectivo por km
2
de 0,90 caprinos/Km
2
e 0,2 ovinos/Km
2
. A
relao caprinos/habitantes de 0,06.

5.6 SUNOS
O efectivo de sunos na Provncia de Gaza est a registar um crescimento. De
acordo com a informao do censo 4,55% dos efectivos do Pas encontra-se
nesta provncia. A Tabela 2.22 apresenta a evoluo do efectivo de 1995 a
2001:

Tabela 2.22: Evoluo dos efectivos de sunos
1995 2000 2001 Censo (99-200)
Efectivos 3.605 6.453 7.119 109.039
Fonte: DINAP, 2000; SPPS, 2001

A maior concentrao de sunos registada em 2001 verifica-se nos distritos de
Manjakaze, Mabalane, Guij,e Chokw. de salientar que estes efectivos so
quase na totalidade do sector familiar.

5.7 PRODUO PECURIA
A produo de carne, proveniente de varias espcies exploradas na Provncia
de Gaza, totalizou 227,48 toneladas em 2001. De realar que a contribuio
em carne bovina registada para o abastecimento foi de 97.6%.

0
20000
40000
60000
80000
Caprinos Ovinos
Grfico 2.5: Evoluo dos efectivos de Capri nos e
Ovinos (1995-2001)
1995
2000
2001
___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

50

Grfico 2.6: Contribuio Percentual de
Carne por Espcies
97,6%
1%
1,32%
Carne de vaca Carne de P.ruminantes Carne de porco

Carne de vaca
A produo de carne de vaca em Gaza em 2001 foi de 222,21 toneladas
(cerca de 1300 cabeas) e correspondeu a um aumento de cerca de 35% em
relao ao ano 2000. O sector familiar contribuiu com 79,5% e o privado com
20,5%. O peso mdio de carcaa foi de 168 kg, contra 152 kg registado em
2000 e foi de cerca de 1,45 Kg por cabea existente. de salientar que, no
ano 2000, 66% dos animais abatidos no matadouro municipal do Maputo
eram provenientes da Provncia de Gaza (DINAP, 2000). A taxa de extraco,
em 2001, foi de 0,7% e 1,7% para o sector familiar e privado
respectivamente. Importa referir que a mdia no Pas foi de 13,1% no perodo
de 1967 a 1974, tendo atingido um mximo de 15,2% em 1971. No mesmo
perodo (1967-1971) o sector empresarial do Sul do Save apresentou uma
taxa de extraco media anual de 17,1%.

Grfico 2.7: Evoluo da Produo de Carne
de Vaca, 1992-2001
0
50
100
150
200
250
1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
Anos
T
o
n

5.8 POLTICA E ESTRATGIA DE PECURIA
Com base no preconizado pelo Governo, o Ministrio de Agricultura, atravs
da sua Direco Nacional de Pecuria, define como estratgia/poltica
promover o desenvolvimento pecurio de modo a que este sector contribua
para o aumento da segurana alimentar e melhoria da dieta alimentar das
famlias, utilizando racionalmente e de forma sustentvel os recursos
disponveis.
Para atingir os objectivos acima descritos definida a seguinte poltica:
___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

51
Reabilitar as infra-estruturas pecurias (incluindo pontos para beber,
tanques carracicidas, corredores e currais de maneio, unidades de
quarentena, laboratrios de analise e diagnostico, postos de fomento,
etc.)
Realizar o repovoamento pecurio (prioridade para os ruminantes e o
sector familiar como grupo alvo)
Promover o desenvolvimento das instituies ligadas pecuria
O apoio ao sector familiar, para alm das aces de fomento, prende-se com:
Promoo da assistncia aos produtores de leite;
Introduo de programas para a expanso da traco animal;
Promoo do aumento da produo avcola;
Apoio aos servios de extenso.
No sector privado o programa visa capacitar os criadores comerciais a
desenvolverem aces com vista a continuar o repovoamento: reabilitao da
capacidade de produo de leite e aumento da produo da carne suna.

Principais limitantes do sector pecurio
Maneio geral deficiente
Deficiente assistncia veterinria
Insuficientes reprodutores
Prevalncia de doenas
Deficiente cobertura sanitria para a preveno e controle de
doenas
Insuficientes infra-estruturas pecurias
Falta de gua durante 4-6 meses ao ano
Ausncia de credito disponvel
Falta de cultura comercial
Deficiente rede comercial de produtos pecurios do sector familiar.
Falta de industrias (carne, leite, raes)
Limitada extenso para a divulgao de normas tcnicas de
produo e maneio dos animais

Principais Oportunidades do sector Pecurio
Existncia de efectivos (diferentes espcies).Existe um boa unidade
de gado de corte.
Existncia de algumas infra-estruturas pecurias (tanques
carracicidas, corredores de tratamento, pontos para beber)
___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

52
reas de pastagens de qualidade, embora com escassez na poca
seca.
Existncia de criadores com algum conhecimento sobre a criao
(existe tradio de criar animais)
Vontade dos criadores em desenvolver a produo animal

Estratgia a adoptar
Apesar dos factores negativos, existem potencialidades para o
desenvolvimento da produo pecuria no Vale do Limpopo. A potencialidade
est relacionada com a existncia de animais (varias espcies), reas de
pastagem, infra-estruturas agro-industriais e organizao dos criadores
(embora numa fase embrionria). Algumas mudanas no sistema de criao
poderiam contribuir para o desenvolvimento de uma produo pecuria virada
para o mercado.
A Provncia de Gaza a segunda maior produtora (24,66% dos efectivos) de
gado bovino no Pas e ocupa o primeiro lugar em relao zona Sul, pois
possui 54,2% do total do efectivo da regio sul. Na regio a Provncia de
Inhambane ocupa a segunda posio (31.7%) e, por ultimo, a Provncia de
Maputo com 14% dos efectivo da regio Sul do Save. Em relao ao gado
caprino a liderana vai para a Provncia de Inhambane (52.3%), seguida pela
Provncia de Gaza com 34.2 %. Em relao aos ovinos Gaza detentora de
63% dos efectivos da regio.
O Vale do Limpopo tem como principais vantagens o facto de possuir boas
condies agro- ecolgicas para a produo de ruminantes tais como: boas e
grandes reas de pastagem, relativo baixo custo da mo de obra e um clima
relativamente favorvel. Este aspecto observado pelo facto dos efectivos
pecurios estarem a registar um crescimento. Apesar disso o Vale no se
destaca como grande produtor de carne e leite porque o sistema de criao
extensivo praticado e a sazonalidade das chuvas no favorecem as pastagens
durante todo o ano. Por causa disso, o gado perde peso na poca seca e
ganha no perodo das chuvas.
de salientar que a existncia/reactivao de agro-industriais na regio
tambm joga um papel importante na produo pecuria, pois os seus
resduos podem ser utilizados na alimentao dos animais, bem como
contribuir para melhorar a qualidade dos produtos pecurios atravs do
processamento da carne e do leite.
A mudana no sistema de produo por parte dos grandes e mdios criadores
poder ser vantajosa, sobretudo na poca seca, ao manter constante o
crescimento e engorda dos animais e conseguir maior produtividade da
manada. Isto porque ir possibilitar um rpido retorno do capital aplicado,
com resultados ao nvel do aumento da produtividade por reas, maior ganho
de peso em curto espao tempo, melhor controle sanitrio, etc.
Com base no descrito anteriormente sugerimos que sejam promovidos os
seguintes projectos:
___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

53
Bovinos de corte
Estabelecimento de um matadouro
Produo de forrageiras
Promoo de feiras de gado
Estabelecimento de uma industria de curtumes
Bovinos de leite
Pequenos ruminantes
Sunos
Pecuarizao da fauna bravia

6 SECTOR AGRO-INDUSTRIAL
6.1 ABORDAGEM CONCEPTUAL
O relanamento do agro-processamento no Vale do Limpopo, que constitui o
propsito do presente estudo, est necessariamente associado explorao
efectiva do potencial agrcola no Vale. De facto, o relanamento da agro
indstria , per si, o incentivo necessrio para o relanamento da actividade
agrcola por representar, para alm de um caminho de escoamento da
produo agrcola, tambm, pelo menos numa perspectiva macro-econmica,
o factor incrementador de valor dessa produo.
Porm, ao longo das intensas consultas, entrevistas e discusses que temos
mantido durante o presente estudo, revelou-se crucial que para se poder
prognosticar ou estimular uma adeso de investidores privados ao negcio do
agro-processamento no Vale, quer seja numa perspectiva de reactivao,
quer em projectos de raiz, , sem dvida necessrio responder questo:
Para quando uma reactivao estvel e sustentvel de uma produo agrcola
competitiva e de qualidade no Chokw?
Se esta questo no for respondida rapidamente, de forma consistente, com
projectos e aces concretos e convincentes - particularmente pblicos -,
ento, dificilmente ao j antigo drama dos agricultores se poder juntar o
drama de mais e outros investidores privados. E, os investimentos pblicos
tm que ser equacionados como o catalisador indispensvel dos investimentos
privados, quer conferindo a estes a segurana necessria quer agindo
naquelas reas de difcil ou lenta recuperao. Assim, os aspectos ligados a:
infra-estruturas fsicas;
estruturas de apoio agricultura;
poltica e estratgias de investigao agronmica;
extenso rural;
estmulo ao crdito actividade agrcola;
___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

54
sistemas de escoamento da produo;
sistemas de armazenagem;
mecanismos de certificao de origem e qualidade,

so uma parte importante de um pacote institucional indispensvel para uma
actividade agrcola de sucesso. A estas componentes, que so eminentemente
de investimento pblico - mesmo que executadas por provedores privados -
se somaro as iniciativas de investimento privado, estas estimuladas pelo
investimento e atitude pblicos em relao agricultura.
O drama actualmente vivido no sector agrcola nacional, e no Vale do Limpopo
em particular, de si suficientemente desmotivador, porque, para alm todos
os factores de risco ligados ao negcio,
juntam-se os riscos das calamidades
naturais seca e cheias cclicas -
que tornam o investimento neste
sector ainda mais vulnervel. Mais
grave, afastam ainda o sector financeiro
do negcio rural. A possibilidade de a
agricultura e, a seguir, a agro-
indstria, atrarem investimentos de
qualidade no Vale do Limpopo est, pois,
associada a um posicionamento
claro e interessado do Estado na
liderana do processo de
relanamento.
Uma nota especial, e para ilustrar o
drama vivido pela agricultura no Vale,
deve ser feita ao eminente
encerramento da nica empresa de
processamento de sementes do Chokw, pertencente SEMOC/SEED Co., por
alegada inviabilidade econmica decorrente do baixo nvel de vendas. A
acontecer, a paralisao desta unidade ir, certamente, comprometer todo o
sistema de produo agrcola no Vale, com especial destaque para a cultura
do arroz, de cuja semente a SEMOC se notabilizou quer como
produtor/fomentador quer como processador/vendedor.

6.2 METODOLOGIA DE ABORDAGEM USADA NO ESTUDO
O conceito de Projecto ncora presidiu a metodologia adoptada para a
execuo deste estudo.
Este conceito baseia-se na convico de que um bom projecto ncora encerra
o potencial de arrastar consigo um conjunto de efeitos positivos multiplicados.
E, na convico de que um bom projecto agro-industrial, mais do que
necessariamente um bom projecto agrcola, poder contribuir de forma
decisiva e eficaz para arrastar no s a actividade agrcola directamente
No de prever
qualquer fluxo de
investimentos privados
em agro-processamento
enquanto no houver
segurana quanto
abundncia de
matrias-primas, de
qualidade e a custos
comportveis, por um
perodo suficientemente
longo para permitir a
rentabilizao desses
investimentos.

___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

55
associada mas tambm o sistema de transportes, de distribuio de insumos,
servios de mecanizao, servios de poupana e crdito, armazenagem,
entre outros. Ou seja, um conjunto de projectos ncora poder desencadear a
recuperao de todo um sistema integrado de produo, processamento e
comercializao no Vale do Limpopo, numa cultura ou num conjunto delas.
Assim:

Assumiu-se que cada uma das culturas seleccionadas para este
estudo obedece a uma determinada distribuio geogrfica ao
longo do Vale: O arroz no Chokw e Macia; as hortcolas no Chokw
e Xai-Xai; a copra, mandioca, tangerina e papaia, em Inhambane.
Assim, cada visita a cada um destes locais tinha em vista analisar a
problemtica do agro-processamento de cada cultura local. Olhando
para essa distribuio, as culturas foram divididas entre aquelas j
processadas, dentro do permetro do Vale ou ao longo dele e aquelas
ainda no processadas, mas com potencial para processamento.
Para as culturas j processadas, o estudo foi orientado para um
conhecimento aprofundado das capacidades, tipo de tecnologias e
estado actual das unidades de processamento, atravs da sua
inventariao e do seu estado de operacionalidade, bem como das
causas mais provveis que determinam esse estado actual. O princpio
de que se deste estudo e das aces subsequentes resultar o
relanamento das unidades de agro-processamento aos nveis de
laborao mais altos atingidos no seu historial, ento, ter valido a
pena. Porm, a ambio do estudo muito maior, e mais alargada.
Os nveis de rendimento das tecnologias usadas nas unidades de
agro-processameto estabelecidas foram analisados comparativamente
com as dos pases concorrentes, para determinar a sua
competitividade e a sua viabilidade.
Determinadas as capacidades globais de agro-processamento de
cada cultura dentro do Vale ou arredores, foi feita a anlise
comparativa da capacidade potencial de produo agrcola de
abastecer as unidades de processamento j estabelecidas e de
produo excedentria que poderia justificar o surgimento de outras
unidades de agroprocessamento.
Para cada cultura foi avaliado o potencial de agro-processamento:
com base, no exclusivamente na experincia local, mas acima de
tudo na experincia internacional conhecida, para cada cultura foram
estudados os nveis possveis de processamento, suas aplicaes,
rendimentos e custos, bem como o processamento de subprodutos.
Foram traadas as possibilidades de agroprocessamento de cada
cultura. A referncia sempre tida em conta foi o mercado internacional
do produto processado, ou seja: quando que se considera
competitivo o agro-processamento de uma determinada cultura face
aos mercados mais competitivos conhecidos? No sendo competitivo,
como torn-lo competitivo? A determinao deste potencial de
___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

56
agroprocessamento por cultura teve como referncia dois objectivos
principais:
i. Extrair o mximo valor acrescentado por cultura,
de maneira competitiva;
ii. Alargar o mercado da cultura e remuner-la
melhor.
Foram traados os cenrios que determinariam a pre-viabilidade do
investimento privado no agro-processamento no Vale do Limpopo e,
assim definidos os projectos a serem recomendados para
busca/encorajamento de investidores.

6.3 O TERRITRIO COBERTO PELO ESTUDO:

Provncia de Gaza

Provncia de Inhambane

Provncia de Maputo

Foram abrangidas as Provncias de Gaza, Inhambane e Maputo, esta ltima
no por estar dentro do territrio do Vale do Limpopo, mas por ser o
mercado por excelncia Cidade de Maputo - dos produtos produzidos no
Vale, por um lado, e, por outro lado, por ter unidades de agro-
processamento, como o caso da Fbrica de Descasque de Arroz Incio de
Sousa, que tm como matria-prima, produtos agrcolas produzidos no Vale.
A Cidade de Maputo, para alm de ser o principal mercado para a produo
agrcola do Vale do Limpopo, assume-se tambm como o corredor atravs do
qual mercados como a frica do Sul podero ser alvejados.
Foram visitados os locais indicados no quadro seguinte, em funo da sua
representatividade no contexto da produo agrcola e da indstria de agro-
processamento no Vale do Limpopo:

Tabela 2.23 Lugares de agro-
processamento industrial visitados

Gaza
Xai-Xai;
Cidade de Chokw
Conhane;
Chilembene;
Lionde;
Macia.
___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

57

Inhambane
1. Cidade da Maxixe
2. Cidade de Inhambane

Provncia Maputo
3. Palmeira

6.4 AS CULTURAS ESTUDADAS
Os critrios que foram seguidos para a seleco das culturas cujo agro-
processamento foi objecto do presente estudo foram os seguintes:
culturas sugeridas pelos TORs do estudo;
culturas confirmadas por estatsticas como tendo potencial produtivo
que possa rentabilizar o agro-processamento;
culturas favorecidas pelas condies agro climticas para a sua
produo agrcola dentro do permetro do Vale;
culturas processveis nas unidades de processamento j implantadas
dentro ou ao longo do permetro do Vale.

Assim, foram as seguintes as culturas abordadas num contexto de agro-
processamento:
Arroz;
Tomate;
Batata;
Hortcolas
Cebola
Couve, Alface

Castanha de Caju
Mandioca

Tangerina
Manga
Coqueiro
Frutas
Papaia
Banana
___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

58

6.5 POTENCIALIDADES DO SECTOR DE PROCESSAMENTO AGRO-
INDUSTRIAL
Conforme j foi descrito O Vale do Limpopo rene um conjunto de
caractersticas prprias, que adicionadas de uma srie de iniciativas privadas
e pblicas de grande relevo, apresenta um ambiente propcio e com grandes
potencialidades para o desenvolvimento do sector agrcola e agro-indstria.
Essas caractersticas e iniciativas podem resumidas da seguinte forma:
Presena de projectos ncora noutros sectores de actividade, em inicio de
implementao ou prximo desse estado: "Corredor Sands"; "Parque
Nacional do Limpopo; Barragem de Massingir.
O Vale do Limpopo tambm atravessado por dois grandes projectos
infra-estruturais que a mdio/longo prazos traro benefcios importantes
ao desenvolvimento do Vale: Linha de Alta Tenso para Inhambane e Gs
de Pande.
Estes projectos vo contribuir para o desenvolvimento econmico e social do
Vale, contribuindo para aumentar a dimenso dos mercados locais,
restabelecer o ambiente de confiana entre os empresrios, populao em
geral e organismos pblicos e melhorar o ambiente de negcios necessrio
para estimular a eficincia, a produtividade e a competitividade dos diversos
factores produtivos e mercados
Proximidade da Cidade de Maputo e suas infra-estruturas: porto,
aeroporto, caminhos de ferro, estrada N4 para a frica do Sul, servios
pblicos e privados, centro do poder poltico e administrativo, que em
Moambique ainda muito centralizado
Acesso fcil s provncias do Centro e Norte de Moambique, frica do
Sul e ao Zimbabwe
Disponibilidade na provncia de: infra-estruturas hidrulicas; vastas reas
com potencial de irrigao, grande parte de regadio (Actual - 50.427 Ha;
Mdio prazo - 75.800 Ha; Longo prazo - 150.000 Ha); gua em
abundncia nas zonas urbanas e nas reas com maior potencial agrcola;
energia elctrica nos povoados principais; telecomunicaes fixas e
mveis; rede de estradas em estado razovel, principais troos esto
alcatroadas; Linha do caminho de ferro do Limpopo na provncia de Gaza a
funcionar
Boas condies agro-climticas, que permite explorar com fortes
vantagens competitivas mais de 40 culturas, devidamente enquadradas no
terreno (fruteiras na Costa do Bilene at Inhambane; arroz no Chokw,
Xai-Xai e Massingir; Hortcolas no Chokw, etc.)
Tradio de elevada produo agrcola de diversas e importantes culturas
como os hortcolas (Tomate, Couve, Melancia, Alface, Abbora), culturas
alimentares (Amendoim, Batata Doce, Feijo Jugo, Feijo Nhemba, Milho,
___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

59
Mandioca, Mexoeira) e de rendimento (Arroz), frutas (Tanjerineira,
Mangueira, Coqueiro, Laranjeira, Mafurreira).
Algumas destas j com bons nveis de competitividade e grande potencial,
em destaque: Arroz; Batata Doce; Feijo Nhemba; Tomate; Abbora;
Tanjerineira; Coqueiro; Mangueira
Nveis de produo pecuria actual e perfomance recente que indiciam um
excelente potencial deste sector: Bovinos de corte (de 150.000/180.000
cabeas); Ovinos e Caprinos (mais de 300.000 cabeas, numero que oscila
muito em funo da fonte de informao) e Porcos (mais de 100.000
cabeas).
Existncia de Know-How por parte de empresrios locais, trabalhadores
(antigos trabalhadores da indstria florescente que j existiu no Vale, boas
exploraes agrcolas e projectos financiados por doadores ou ONG's) e de
quadros de entidades pblicas ligadas agricultura (SIREMO; HICEP;
INIA).
Existncia de Agro-Indstrias j em laborao actualmente: Indstria da
Copra em Maxixe e Inhambane (5 unidades fabris a produzir leo bruto,
sabo e uma destas a realizar investimentos para produzir sabo,
sabonete e coco ralado); Indstria de Transformados de Carne no Chokw
(5 Ton./dia de transformados cozidos e fumados de vaca e porco), com
matadouro para 60 bois/dia e 50 porcos/dia (dados a confirmar); Indstria
de descasque de arroz (Orli e Palmeiras com capacidade na ordem das 7
Ton./hora de arroz paddy)
Grande Capacidade Agro-Industrial instalada e pronta a funcionar por
iniciativa privada, logo que exista matria - prima: Caju no XAI-XAI
(MOCITA 40 Ton./dia) e na MACIA (Macia Castanha de Moambique
4 Ton./dia); Arroz no Chibuto (4 Ton./hora paddy
Existe mercado a nvel nacional para grande parte das culturas e gado,
actualmente abastecido pelo Zimbabu, frica do Sul e Swazilndia (a
grande maioria por contrabando de gado vivo, depois abatido inclusiv em
matadouros municipais)
Existe forte potencial de exportao para a frica do Sul e Pases
Fronteirios: Arroz; Girassol; Tomate; Feijo Seco; Manga; Anans;
Banana; Toranja; Tangerina.

6.6 CONSTRANGIMENTOS DO SECTOR DE PROCESSAMENTO AGRO-
INDUSTRIAL
Os principais constrangimentos que explicam o estado de reduzida actividade
econmica so sem sombra de dvidas os seguintes:
Desarticulao das polticas pblicas com influencia directa ou indirecta
sobre a actividade agrcola e agro-industrial:
Apoios agricultura disponibilizados fora de tempo, atribudos sobre
critrios de difcil compreenso (ex.: agricultores que no devolvem
___________________________________________________________
_
_
__________________________________________________

Relatrio Principal

60
o dinheiro de uma campanha, voltam a ter acesso a fundos nas
campanhas seguintes, sem devolver o das anteriores)
Disponibilizao da gua tem-se verificado tambm fora de tempo
Inexistncia de fiscalizao tributria e alfandegria
Forte economia paralela que desincentiva os empresrios a se
endividarem e a recuperarem as suas produes (esta actividade
assume at padres de aceitao e incentivo por parte do estado,
existindo uma associao constituda que ouvida pelo estado. Junto
fronteira com a Swazilndia, existe permanentemente carreiras
cheias com locais pagos para atravessar a fronteira e realizar
pequenas compras por conta de comerciantes do lado Moambicano)
Deficiente investimento por parte do estado na ISO, factor
determinante para a competitividade do sector agrcola
Ausncia de incentivos fiscais ou bonificaes de juros pelo estado em
funo da perfomance
Descrdito em relao s polticas pblicas e respectivos interlocutores
centrais. Os agentes econmicos no acreditam na capacidade do estado
em intervir na gesto e na operacionalizao das mesmas
A distribuio das terras est pulverizada por milhares de agricultores
(99% das exploraes rurais e 95% da rea cultivada), que muitas vezes
no a cultivam e outras no sabem como o fazer por falta de investimento
pblico na sua educao e formao e na realizao de extenso no
campo (a extenso muitas vezes realizada a partir dos gabinetes da
capital)
Deficiente oferta de servios de mecanizao agrcola: escasso e por sua
vez caro
Factores Produtivos agrcolas no disponveis localmente, atempadamente
e vendidos pelos agentes econmicos a preos altamente inflacionados e
aparentemente concertados
Deficiente oferta de servios tcnicos: extensionistas, tcnicos agrcolas,
consultoria na rea da gesto e marketing
Difcil acesso ao crdito (sector financeiro recusa-se a financiar a
agricultura, pelo risco da actividade e pela impossibilidade dos agricultores
fornecerem garantias aceitveis) e taxas de juro totalmente insuportveis
por qualquer actividade econmica (chegando a ultrapassar os 50%)
Inexistncia ou escassez de matria-prima
Reduzida qualidade do Caju
Dificuldade de algumas Unidades Industriais em repor a sua capacidade
produtiva com novos financiamentos, mantendo as dvidas contradas
antes das cheias de 2000
mo-de-obra disponvel pouco qualificada, pouco motivada e que tem
perdido o sentido de "profissional da indstria".
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Relatrio Principal

61

6.7 INFERNCIAS PARA OS PROJECTOS SELECCIONADOS
Por ser fundamental no contexto do agro-processamento, para cada cultura
iremos apresentar os cenrios de potencialidade agrcola no Vale, para a
seguir apresentarmos as capacidades instaladas e actuais - de
processamento dessa cultura em torno do Vale. Apresentaremos, a seguir, os
limites de agroprocessamento impostos pelas potencialidades agro-climticas.
Uma anlise profunda dos factores crticos de viabilidade levar a uma
recomendao sobre Projectos a adoptar para um tratamento subsequente
visando estimular o fluxo de investimentos domsticos e externos - quer de
reabilitao/modernizao, quer de raiz, tendo como fim a explorao plena
dessas potencialidades olhando quer para o mercado domstico quer para o
mercado regional quer, ainda, para o mercado internacional.

O ARROZ: RELAO
POTENCIAL
AGRCOLA versus
POTENCIAL DE
AGROPROCESSAMEN
TO: A VIABILIDADE
DAS INDSTRIAS DE
PROCESSAMENTO
DE ARROZ

Dos dados desta tabela
H 4 bolsas de arroz no
Vale: Chokw ( 16000 Ha );
Macia ( 7000 Ha ); Xai-Xai ( 3000 Ha ) e Manjacaze ( 3000 Ha ) - se pode
estimar em 116.000 Ton/ano o potencial de produo de arroz no Vale, para
uma rea disponvel de cerca de 30.000 Ha, a uma mdia de rendimento de 4
Ton/Ha. De acordo
com os dados sobre
potencialidades de
irrigao, possvel
mobilizar pelo menos
mais 30.000 Ha
irrigados na baixa de
Massingir,
beneficiando da
reabilitao da
Barragem de
Massingir. Dessa
forma o potencial de
produo de arroz no
Vale poderia duplicar
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
Volumes e
reas de
Produo
Macia Xai-Xai
Zonas de Produo
Grfico 2.8: Produo de Arroz no
Vale do Limpopo
rea de Produo(Ha) Produo por Ha Potencial mx. (Ton/ano)
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Relatrio Principal

62
num perodo de cerca de 2 a 3 anos.
Porm, deste enorme potencial de produo de arroz, os dados da produo
da campanha 2000/2001, mesmo tendo em conta todo o esforo que foi feito
para a reabilitao do Regadio, apontam para uma produo de menos de
5.500 Ton em cerca de 2500 Ha (a mdia de produo por Ha de 2,3 Ton,
apesar de haver referncias de casos em que a produo por Ha ter atingido
5 a 6 Ton, na campanha 2001/02 ).
Pelos dados desta tabela extrados das visitas, entrevistas e consultas
realizadas, se conclui que a capacidade instalada global de descasque de
arroz no permetro do Vale do Limpopo ronda as 45.000 Ton/ano, ou seja
cobre em cerca de 30% a capacidade potencial de produo agrcola, sem
incluir Massingir. Porm, a capacidade e descasque explorada actualmente
ainda muito inferior, sobretudo porque:
SORGAZA, est completamente desactivada, depois de
completamente reabilitada em 1998 e ter ficado submersa durante
as cheias de 2000;
F. de Conhane, est completamente paralisada e carente de um
investimento de reabilitao completa da linha de descasque e dos
silos.
Fbrica de Chibuto, est paralisada desde cerca de 1991, sendo, portanto
imprevisvel o estado actual os equipamentos. Sofreu uma reabilitao em
finais da dcada 80, mas de prever que o nvel de adequao tecnolgica
seja fraco. Da comparao destes dois grficos se depreende o seguinte:
Aos nveis actuais de aproveitamento
da potencialidade agrcola do Vale
do Limpopo, as unidades de
descasque de arroz localizadas no
permetro do Vale que, conforme
acima referido, no absorveriam
sequer 30% do potencial
agrcola do arroz, no dispem
actualmente de matria-prima
para laborar acima de 10% da sua
capacidade instalada.
A actualizao tecnolgica
deve ser
obrigatoriamente equacionada
no s com o objectivo de se
garantir o mnimo de perdas durante
o descasque mas tambm para
se assegurar o processamento
de subprodutos, extrado o
mximo valor acrescentado
possvel do arroz.

No Vale do Limpopo,
dentro de um quadro
incontornvel e inadivel
- de relanamento da
produo do arroz em
moldes sustentveis e
competitivos, h espao
e pertinncia para
investimentos na
indstria de
processamento do arroz
e de seus subprodutos,
desde que este
processamento seja em
moldes eficazes e
competitivos para assim
se garantir a
competitividade da
cadeia do arroz.
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Relatrio Principal

63
AS BASES PRINCIPAIS DE VIABILIZAO DE UMA INDSTRIA DE
PROCESSAMENTO DE ARROZ:

LOCALIZAO PTIMA: Mais do que os centros de consumo, os centros de
produo de matria-prima que tambm so centros de consumo dos
subprodutos so, quanto a ns uma melhor localizao de uma unidade de
processamento de arroz;
INFRAESTRUTURAS NECESSRIAS: Sem dvida que a energia elctrica
representa um factor de peso na rentabilizao de uma indstria de
processamento de arroz. Vias de acesso para abastecimento em matria-
prima e escoamento da produo so de grande importncia na viabilizao
de uma indstria de processamento de arroz.
PRODUTOS EXTRADOS DO PROCESSAMENTO DO ARROZ: Estudos de
viabilidade slidos devem anteceder a deciso sobre os investimentos a fazer.
A diversidade de produtos a extrair deve ser objecto de uma avaliao
cuidadosa para assegurar os retornos esperados pelos investidores. Porm,
para alm dos produtos clssicos extrados do arroz, h uma diversidade
maior de outros produtos, alguns de muito maior valor comercial.

ITEM
PRODUTO
OBTIDO
MAT-PRIMA
%/1Kg arroz
em casca
Aplicao Mercados
1 Arroz inteiro
Arroz em
casca
52%
Alimentao
humana
SADC
2 Arroz partido
Arroz em
casca
15%
Alimentao
humana/ra
o animal
Moambi
cano
3 Smea de arroz
Arroz em
casca
2%
Rao para
animais
Moambi
cano
4 leo de arroz Gro de arroz 6%
Alimentao
humana
Internaci
onal
5
Pranchas de
madeira
Palha de
arroz

Construo e
mveis
Internaci
onal
6 Pranchas
Casca de
arroz
20%
Construo e
mveis
Internaci
onal

DIMENSO E TECNOLOGIA PTIMAS: Existem no mundo vrias opes
tecnolgicas, de grandes rendimentos. O princpio para a seleco da
tecnologia tem a ver com o produto final que se pretende obter, ou seja:
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Relatrio Principal

64
Dois estgios de branqueamento: menor apuramento da qualidade
final;
Trs estgios de branqueamento: maior apuramento da qualidade
final.
Em termos de capacidade de processamento (entenda-se branqueamento
do arroz), varia de um quadro vasto que tanto pode dar:
250 Kg/H a 1000Kg/H, para pequenas unidades movidas a Diesel
mquinas de nica passagem - a preos que podem variar entre US$
8.000 at US$ 20.000, dependendo da robustez do motor e
equipamentos.
100 a 300 Ton/dia, para grandes indstrias de processamento, a
custos que podem variar entre US$ 60.000 a mais de US$ 1,5 milhes,
dependendo muito da origem dos equipamentos.
Tecnicamente, quanto maior a capacidade de processamento, maior tende a
ser o rendimento, mas, maior tambm a demanda de matria-prima e de
capacidade de gesto.

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Relatrio Principal

65

P PA AR RT TE E I II II I. . E ES ST TR RA AT T G GI IA A

F
FFO
OOM
MME
EEN
NNT
TTO
OO D
DDO
OO P
PPR
RRO
OOC
CCE
EES
SSS
SSA
AAM
MME
EEN
NNT
TTO
OO
A
AAG
GGR
RRO
OO-
--I
IIN
NND
DDU
UUS
SST
TTR
RRI
IIA
AAL
LL
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Relatrio Principal

66
7 INVESTIMENTO PBLICO PARA A MELHORIA DAS CONDIES DE
INVESTIMENTO PRIVADO
AS MEDIDAS SEGUINTES FAZEM PARTE DUMA ESTRATGIA DE LONGO-
PRAZO, GERIDA POR PRINCPIOS EMPRESARIAIS, MENOS SUJEITA S
OSCILAES DO MERCADO, MAIS FLEXVEL, E DE GRANDE VALOR
ACRESCENTADO NACIONAL, CONTRARIAMENTE S ESTRATGIAS ASSENTES
EM VANTAGENS COMPETITIVAS DE CURTO PRAZO E NO FACTOR PREO.
Criar um "seguro de colheita" em parceria com as entidades competentes,
coloc-lo no mercado, mas pagar parte do resseguro ou criar um Fundo de
Garantia, para diminuir o custo ao produtor
Criao de um Certificado de Origem "Vale do Limpopo"
Criar uma Sociedade de Desenvolvimento Rural com as seguintes
caractersticas e objectivos:
Caractersticas (sociedade comercial; participada pelo estado; associaes
ou empresas gestoras dos sistemas de irrigao; associaes de
agricultores familiares; associaes de empresrios agrcolas; associaes
de empresrios agro-industriais; Corredor do Vale do Limpopo;
instituies financeiras; entidade que represente a investigao; nenhum
accionista dever Ter a maioria do capital; gesto privada).
Objectivos (1 - criar e gerir marcas "Vale do Limpopo"; 2 - Criar e gerir
um laboratrio moderno; 3 - Criar um Certificado de origem Vale do
Limpopo, regulamentao necessria, gerir e fiscalizar o cumprimento
permanente; 4 - Criar certificao de produto orgnico ou ecolgico - Criar
um GAE - Gabinete de Apoio ao Empresrio, no arranque e na explorao,
que trate e informe de todos os aspectos burocrticos, que centralize a
recolha e pesquisa de toda o tipo de informao sobre tecnologias,
mercados, preos, etc.; 6 - Criar e gerir um Centro de Formao
Profissional para a agricultura e agro-indstria; 7 - Prestar servios de
extenso aos agricultores familiares e pequenos empresrios)
Receitas: Registo anual como empresa Vale do Limpopo; Servios
prestados aos agentes econmicos; parte dos impostos cobrados em sede
de Contribuio Industrial, IVA e outros a Empresas Comerciais e
Prestadores de Servios registadas como processadores ou comerciantes
de produtos Vale do Limpopo, que seria directamente entregue pelos
contribuintes a esta sociedade, com base num anexo prprio s
declaraes fiscais (ex.: que tenham mais de 50% do volume de negcios
realizado com estes produtos)
Criar uma Sociedade de Investimento com os seguintes objectivos e
caractersticas:
Caractersticas: participada pela sociedade anterior (com controle da
gesto), instituies financeiras, fundos de fomento, doadores e cotada
em bolsa para captar todo o tipo de investidores nacionais e estrangeiros;
gesto privada.
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Relatrio Principal

67
Objectivos: financiar a agricultura e agro-indstria a taxas de juro
bonificadas (em funo das prioridades estratgicas; qualidade dos
produtos; excelncia na gesto; tipo de investimentos investigao,
modernizao, melhoria da qualidade, ambientais, produtivos) efectuar
estudos de viabilidade e de anlise de crdito; colocar emprstimos-
obrigacionistas.
Receitas: Servios e Juros
Criar uma "Task-Force" para aumentar a eficincia do controlo das
alfndegas
Criar uma "Task-Force" para aumentar a eficincia da fiscalizao das
actividades econmicas (verificar inscrio para efeitos de Nuit, alvars,
licenas, etc.)
Concentrar poderes num membro do Governo para "desburocratizar"
acesso e despacho aos restantes ministrios e institutos pblicos
Criar Benefcios Fiscais: Reduo das taxas de Contribuio Industrial, IVA
e iseno dos impostos aduaneiros sobre bens de equipamento ou factores
produtivos, previamente listados, nos primeiros 3 anos de actividade das
empresas que processem, comercializem produtos ou prestem servios
Vale do Limpopo (aluguer de mquinas; manuteno; fornecedores de
agro-qumicos; transportadores de mercadorias; consultores; auditores;
contabilistas; hotelaria/restaurao). Criar critrios na base das
prioridades estratgicas, qualidade dos produtos/servios, excelncia na
gesto, investimento efectivo.
Estado pode em parceria com o sector privado, utilizar a criao de
reservas alimentares, como forma de reduzir custos financeiros da agro-
indstria e agricultura (o estado adquire e/ou recebe ajuda externa para
segurana alimentar, que ser armazenada e conservada pelo sector
privado, sem custos para o estado. O sector privado utiliza estes stocks,
segundo regras rigidamente estabelecidas e fiscalizadas pelo estado, como
forma de no ter de investir cabea na aquisio de matrias-primas e
de ocupar a sua capacidade produtiva ao mximo sem ter de aguardar
pelo relanamento da agricultura)
Investimento na I & D e nos servios de extenso ao sector familiar:
Reforar oramento e recursos humanos do INIA e outras entidades
ligadas I & D, devolvendo-lhes as condies para desempenharem o
papel determinante para o desenvolvimento sustentado do VL
Reforo dos investimentos na recuperao das infra-estruturas hidrulicas
agrcolas
Plano de Investimento na Educao: essencial a existncia de escolas
profissionais e ensino politcnico, mas tambm aumentar o nvel de
alfabetizao dos agricultores e populao em geral. Este o factor
determinante do desenvolvimento econmico sustentado
Plano de Investimento na Sade
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Relatrio Principal

68
Plano de Investimento na Melhoria das Infra-estruturas em geral,
principalmente fora das cidades (gua, energia, estradas, comunicaes,
etc.).

8 PROJECTOS NCORA IDENTIFICADOS E DESENVOLVIDOS
8.1 PROJECTOS NCORA IDENTIFICADOS

Tabela 3.1. Projectos ncora Identificados

Sector

Descrio
Indstria de arroz Recuperao da Fbrica de Conhane
1 Fase: Fomento; Extenso; Processamento e armazenamento do arroz
2 Fase: Produo de "Placas prenssadas" da palha do arroz ; Utilizao
dos Silos para reserva alimentar do pas
Indstria de Sumos,
Concentrados,
Compotas, Conservas
e Congelados de
hortcolas e frutas
1 Fase
Produo agrcola em parceria com os agricultores
Produo de pasta de tomate
Produo de concentrados, sumos, enlatados, Compotas de
frutas e hortcolas
2 Fase
Congelados de Batatas, e mistura de legumes
Refeies pr-confeccionadas e enlatadas de legumes e carne
Fabrica de derivados
do coco
Produo e transformao integradas: Fomento/Parceria,
extenso, processamento de coco e derivados
Embalamento e
comercializao de
Hortcolas, Frutas e
Carne
Extenso e Fomento
Aquisio, Seleco, lavagem, calibragem, preparao,
embalamento, rotulagem armazenamento, refrigerao
Mercado com Agentes Comerciais que compram ao Agricultor,
acompanham o respectivo processamento e vendem por Grosso
Fbrica de castanha
de caju e derivados
Duas unidades integradas (produo e transformao, com
participaes mtuas no capital): Fomento, extenso,
processamento castanha, produo aguardente e vinho do falso
fruto.
Indstria de Raes Aquisio de matria-prima: Smea do arroz retirado o leo;
Bagao da Copra; Milho; Bagao de Algodo;
Transformao, Embalamento, Armazenamento
Indstria de leo Aquisio da matria Prima: Farelo do arroz, Soja, Caroo seco
da Mafurra, Milho
Transformao por solvente, Embalamento e armazenamento
Indstria de Sementes Fomento, extenso e processamento de sementes de arroz e
outras
Servios Agrcolas

Compra por grosso e Comercializao de Qumicos e agro-
qumicos, Mistura e embalamento, Servios de aluguer de
alfaias agrcolas, Servios de extenso
Sector

Descrio
(oportunidades com grande potencial para serem mais
aprofundadas)
Unidade de engorda de
bovinos
Fomento, extenso e engorda intensiva, apuramento de raa
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Relatrio Principal

69
Indstria de Carnes Matadouro, carne fresca embalada e classificada, transformados
diversos de bovino e porco
Industria de produtos
lcteos
Fbrica de leite e derivados
Indstria de Curtumes e
Botes
Fazer extenso e curtimento das peles
Fabrico de botes a partir a partir das presas
Unidade de criao de
porcos
Produo intensiva de porcos em ciclo fechado

8.2 PROJECTOS NCORA DESENVOLVIDOS

Tabela 3.2. Projectos ncora Desenvolvidos

DESCRIO

TIPOLOGIA PONTO SITUAO
Fbrica de Processamento de arroz Recuperao Pr-viabilidade pronta
Investidores Identificados

Indstria de processamento de
concentrados, sumos, congelados de
hortcolas e frutas
Recuperao Pr-viabilidade pronta
Investidores identificados

Indstria de processamento de derivados de
coco
Criao Pr-viabilidade pronta
Central de processamento de hortcolas e frutas Criao Ficha de Projecto

Empresa de prestao de servios de
mecanizao, extenso e comercializao de
factores produtivos
Criao
Ficha de Projecto

8.3 RESULTADOS PRINCIPAIS DOS 3 ESTUDOS DE PR-
VIABILIDADE
5

Os trs estudos de pr-viabilidade seleccionados entre os projectos ncora
identificados, so os seguintes:
1) Fabrica de processamento de arroz: Recuperao, modernizao e
diversificao dos produtos da fbrica de Conhane
2) Fbrica de processamento de pasta de tomate, enlatados de
hortcolas e concentrados de sumos de fruta: Recuperao,
modernizao e diversificao dos produtos da fbrica de Chilembene
3) Fbrica integrada de processamento de derivados de Coco
Construo de uma fbrica nova em Inhambane/Maxixe

5 Os elementos bsicos de pr-viabilidade aqui apresentados devero sofrer um
aprofundamento atravs dos subsequentes estudos de mercado e de viabilidade
tcnica e econmica.
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Relatrio Principal

70

9. AVALIAES DE PREVISIBILIDADE PARA TRS PROJECTOS
P PR RE ES SS SU UP PO OS ST TO OS S G GE EN N R RI IC CO OS S
Esto quantificados em pormenor os investimentos necessrios, desde os
edifcios/obras, equipamento industrial, transporte, administrativo,
formao, marketing, estudos, constituio, licenas e alvars
Aquisio de tecnologia moderna que permitir retirar o mximo de
rendimento das fbrica
As fbricas so autnomas em termos de transportes
Financiamento foi considerado com a seguinte estrutura: 30% de capitais
prprios ou equivalentes e 70% de financiamento bancrio. Foi
considerada para efeitos de anlise uma taxa de juro de mercado (10%),
sem qualquer bonificao
Foi considerado para efeitos de anlise o pagamento integral de todas as
obrigaes fiscais (IVA, IRT, CI, INSS), sem qualquer benefcio fiscal (este
dever ser dado pelo estado, fazendo-o reverter para a sugerida
sociedade de desenvolvimento rural)
Est considerado um "factor surpresa de 2%" sobre os proveitos totais,
considerado na rubrica "outras despesas e encargos" da Demonstrao de
Resultados
Foi utilizada uma taxa de actualizao dos "Cash-Flows" de 13%
Foi utilizada como estimativa uma inflao do dlar de 1% ao longo do
perodo do estudo
No esto quantificados Investimentos, Proveitos e Custos, para os produtos
de fases subsequentes de desenvolvimento dos projectos
9.1 PROJECTO 1: RECUPERAO DA FABRICA DE PROCESSAMENTO DE
ARROZ EM CONHANE
As principais razes para a eleio do projecto do Arroz em Conhane, como
um dos projectos ncora da agro-indstria no CL, so as seguintes:
ptima localizao, por se tratar duma zona de intensa produo de arroz,
de fcil acesso, por dispor de infra-estruturas, tais como boas estradas,
gua e electricidade;
Disponibilidade duma estrutura accionista que congrega um leque de
stakeholders da cadeia de arroz: Membros de Associao de Produtores
(AGRIGAZA), Produtores e Comerciantes;
Pode jogar um papel importante no fomento da produo de arroz,
servindo de ponte entre os financiadores e os produtores e absorvendo a
produo destes;
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Relatrio Principal

71
Pela sua capacidade anteriormente instalada, 12.000 Ton/ano, a Fabrica
de Conhane j foi a maior unidade do gnero localizada no Distrito de
Chokw; uma vez reabilitada e modernizada, poder jogar um papel
crucial no processamento do arroz produzido na regio;
J tem estudos avanados para a sua reabilitao, incluindo um projecto
completo de reabilitao/modernizao (para 13.550 Ton/ano), incluindo
um estudo para o aproveitamento de subprodutos;
uma das unidades produtivas que mais carece de apoio em termos de
acesso a financiamentos, dada a sua longa paralisao, agravada pelas
cheias do ano 2000;
Possui um complexo de silos com uma capacidade de 10.000 Ton, os nicos
na zona, principalmente pela possibilidade de constituio de reservas
alimentares.
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Relatrio Principal

72
BREVE APRESENTAO

Tabela 3.3: PROJECTO 1 Recuperao da fbrica de processamento de arroz
em Conhane (breve apresentao)

Produtos/
Subprodutos

Pontos Fortes
Outros Dados
Importantes
1 Fase
Arroz Indica 1
Arroz Aromtico 1
Trinca
Farelo
2 Fase
Placas de palha do
arroz para o sector
da construo
Possvel utilizao
dos Subprodutos:
leo retirado da
Smea do arroz
Raes para a
pecuria
Pranchas e blocos
fabricados com a
casca do arroz
Valorizao de variedades aromticas tradicionais
Introduo de novas variedades aromticas altamente
valorizadas no mercado internacional (similares ao Basmati)
Elevados rendimentos por Ha, conseguidos com a estratgia
proposta
Instalao de tecnologia moderna Tailandesa com rendimento
industrial elevado
Estratgia Agrcola Vivel uma vez centrada em 2
vertentes:
- Sector empresarial: com capacidade de tirar a curto prazo
rendimentos mdios de 4/6 ton./Ha; variedades essencialmente
indicas (mais de 4 ton./Ha cada), aposta na mecanizao e
utilizao adequada de agro-qumicos;
- Sector familiar e outros empresrios: produzindo
essencialmente variedades aromticas (com extenso; com
fomento; com marca; com a menor necessidade de obter
competitividade via preo, uma vez que este consumidor de nicho
menos sensvel ao factor preo)
Competitividade em relao ao arroz importado e outras
produes de origem nacional, conseguida com margem de
segurana razovel (apesar de se partir do princpio que em
termos de produo agrcola, os empresrios iro dispor de
alfaias agrcolas e agro-qumicos a preos mais
competitivos, alm da indispensvel extenso e fomento,
foram pressuposto para a anlise de pr-viabilidade, 5 anos,
para se atingir rendimentos por hectare de 5,3 ton./ha no
sector empresarial e 2,6 ton./ha no sector familiar e
pequenos empresrios).
Outras Potencialidades com vista diversificao e
valorizao nacional da matria-prima:
leo de arroz altamente valorizado no mercado
"Placas Prensados de Palha de arroz", produtos altamente
ecolgicos
Investidores
interessados com
estudos j
desenvolvidos
para recuperao
da "Fabrica de
Conhane" e numa
2 fase
recuperao de
Silos para reserva
alimentar e
introduo do
sector de
fabricao de
Placas de palha
de arroz
prensada

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Relatrio Principal

73

Custos e Proveitos

Tabela 3.4: Custo e Benefcios para a fbrica de processamento de arroz em
Conhane
C CU US ST TO OS S P PR RO OV VE El lT TO OS S
A matria-prima adquirida ao produtor a preos
que resultam da implementao das medidas definidas
no "Relatrio Draft", do Diagnstico e Estratgia do
Sector Agrcola (anexo). Os pressupostos utilizados so
perfeitamente atingveis, e no foi considerado na
simulao apresentada o alcance pleno da produtividade
do sector familiar e pequenos empresrios ali exposta
(4,5 Ton./Ha), mas apenas 2,6 Ton./Ha e apenas no Ano
5 do projecto (ou seja daqui a cerca de 6/7 anos)
Dado que sero adquiridos equipamentos novos com
tecnologias actuais, considerou-se a obteno de
rendimentos industrias ao nvel dos melhores produtores
mundiais (67%). Considerou-se tambm que a fbrica
comear com uma eficincia de 80% no Ano 1,
passando para 90% no Ano 2 e 95% nos restantes anos
Os Fornecimentos de Servios, Fornecimentos de
Terceiros, Despesas com Pessoal, Amortizaes de
equipamentos, foram exaustivamente quantificados e a
preos de mercado (incluindo seguros multi-riscos,
acidentes de trabalho, stock; 2% de manuteno e
conservao sobre o valor inicial do investimento;
publicidade e outros), como se pode constatar nos
respectivos quadros.
Nas despesas com pessoal esto previstos ordenados
dos operrios e administrativos de 150 usd, por ms, o
que evidencia a preocupao de valorizao desta
profisso, de obter motivao, produtividade e eficincia,
ou seja de no se pretender obter competitividade
custa de factores no sustentveis a mdio-longo prazo.
Esto tambm previstas as contrataes de 1 Director
Geral, 1 Director Financeiro, 1 Director Comercial, 1
Director Produo, com remuneraes mensais de 1.200
a 1.500 usd e 2 Extensionistas (1 snior a 800 usd e 1
jnior a 450 usd/ms)
Na rubrica custos financeiros de funcionamento esto
previstos os custos derivados do fomento integral da
produo de arroz necessria para a fbrica (a uma taxa
de 15% do usd sobre o valor das compras).
Apesar da estratgia a longo-prazo
dever seguir uma linha de diferenciao
do produto final (marca, qualidade e
variedade aromtica), com muito
melhores margens, considerou-se apenas
que, comeando no Ano 1 com um peso
das variedades aromticas de 2,5%, se
chegar no Ano 5 a 7,6% das vendas da
empresa;
Apesar de se considerarem nos
investimentos e custos todos os
elementos necessrios para a obteno
de um produto de qualidade,
consideraram-se preos de venda
competitivos com o arroz importado de
menor qualidade (25% partidos)
A capacidade de absoro pele
mercado da produo desta unidade
(quantidade) no constitui problema, se
levarmos em conta os seguintes
indicadores:
- Moambique ser Importador de mais
de 180.000 ton./ano de arroz
descascado;
- A frica do Sul importa mais de
530.000 ton./ano (maioritariamente
branqueado);
- Os pases fronteira importarem mais
de 650.000 ton./ano;
- A capacidade produtiva de
Moambique actual no ser superior a
100.000 ton./ano;
- e a capacidade de descasque no Vale
do Limpopo, actualmente operacional, ser
de cerca de 35.000 ton./ano.
Os Subprodutos "trinca" e o "farelo"
esto quantificados a preos de mercado
nacional, com uma evoluo descendente
derivado da crescente maior
competitividade da produo agrcola. A
trinca um subproduto particularmente
valorizado no mercado nacional. O
farelo um subproduto que poder
obter valorizao acrescida com o
desenvolvimento do sector pecurio.
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Relatrio Principal

74

Tabela 3.5: Preos de venda do arroz, Agosto 2002

VARIEDADE

PREO DE VENDA
Arroz de 1 "Vale do Limpopo"
Cenrio 1 - Cauteloso Cenrio 2 - Realista

ndica
FOB VIETMAN 25%
25-10-2002
168 Usd(1)
Ano 1: 212 usd/Ton.(3)
Ano 2/3/4/5: 239 usd/Ton.(3)
FOB VIETMAN 25%
25-10-2002
168 Usd(1)
Ano 2/3/4/5: 252
usd/Ton.(3)

Fragrante/
Aromtica

FOB BASMATI NDIA
25-10-2002
680 Usd(2)
Ano 1: 708 usd/Ton.
Ano 2: 626 usd/Ton.
Ano 3/4/5: 529 usd/Ton.
FOB BASMATI NDIA
25-10-2002
680 Usd(2)
Ano 1: 708 usd/Ton.
Ano 2: 626 usd/Ton.
Ano 3/4/5: 529 usd/Ton.
Nota:
1. Acrscimo de custo ao preo FOB at chegar ao armazenista importador: 97,5 na variedade ndica
3. No Ano 1 o produto entra no mercado nacional 20% abaixo do arroz importado, no Ano 2 e
seguintes coloca-se sempre 10% abaixo
4. No Ano 1 o produto entra no mercado nacional 10% abaixo do arroz importado, no Ano 2 e
seguintes coloca-se sempre 5% abaixo
5. Considerou-se que os preos internacionais se mantero estveis ao longo dos 5 anos do estudo
(descem em termos reais)

Tabela 3.6: Preo do Paddy Estimativa do preo pago ao produtor

VARIEDADE

PREO DE COMPRA AO AGRICULTOR (1)
Arroz paddy "Vale do Limpopo"
Cenrio 1 Cenrio 2

ndica

PREO DA FILEIRA ESTIMADO
Ano 1: 72 usd/Ton.
Ano 2: 69 usd/Ton.
Ano 3/4/5: 63 usd/Ton.

Ano 1: 72 usd/Ton.
Ano 2: 69 usd/Ton.

Fragrante/Aromtica

Ano 1: 201 usd/Ton.
Ano 2: 183 usd/Ton.
Ano 3/4/5: 152 usd/Ton.

Ano 1: 201 usd/Ton.
Ano 2: 183 usd/Ton.
Ano 3/4/5: 152 usd/Ton.
Nota: 1. Estes preos, permitem ao agricultor obter os rendimentos adequados sustentao do seu negcio (pagando juros de mercado),
aps implementao das medidas propostas no Relatrio - Draft do sector agrcola, cujos efeitos na reduo dos custos de produo,
permitiro aumentar a rentabilidade, a competitividade e a sustentabilidade de toda a fileira.

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Relatrio Principal

75

FICHA RESUMO INDICADORES DE PR-VIABILIDADE

TABELA 3.7: SUMRIOS DOS INDICADORES DE PR-VIABILIDADE
DO PROJECTO 1 FBRICA DE PROCESSAMENTO DE
ARROZ EM CONHANE

CENRIO 1 Cauteloso
I
N
D
I
C
A
D
O
R
E
S
Investimento necessrio
1 322 102$00 usd
Ano Cruzeiro
Ano 3
TIR 14,84 %
VAL
53 045$00 usd
CENRIO 2 Realista
I
N
D
I
C
A
D
O
R
E
S
1 333 125$00 usd
Ano Cruzeiro Ano 3
"Break-Even" 1 646752 983$00 usd
TIR 22,97 %
VAL 267 775$00 usd

C CO ON NC CL LU US S E ES S R RE EF FE ER RE EN NT TE ES S A AO O P PR RO OJ JE EC CT TO O 1 1
Da anlise dos indicadores de rentabilidade, econmicos e financeiros, pode
constatar-se que o projecto de recuperao, modernizao e diversificao
da actividade da fbrica de descasque de arroz de Conhane, tcnica,
econmica e financeiramente vivel (em termos de pr-viabilidade).
As precaues tidas nos pressupostos utilizados e anlise de sensibilidade
efectuada aos parmetros crticos do projecto, do-lhe uma margem de
segurana bastante razovel, e diminuem significativamente o risco do
projecto. Para efeitos de pr-viabilidade no se consideraram os benefcios
lquidos decorrentes do processamento dos produtos relativos 2 fase, os
quais traro muito mais valor acrescentado ao projecto.
Estas concluses sero reais na medida em que os constrangimentos
ultrapassados. Esto efectuadas no Relatrio Draft do Diagnstico e
Estratgia preconizada sugestes para a resoluo em termos de iniciativa
privada de parte significativa desses constrangimentos.
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Relatrio Principal

76
Nos investimentos e custos previstos esto salvaguardadas as medidas e
respectivos meios para ficar assegurado o fornecimento da matria-prima,
que tem sido um dos principais constrangimentos das fbricas j instaladas.

9.2 PROJECTO 2: FBRICA DE PROCESSAMENTO EM CHILEMBENE -
TOMATE, ENLATADOS DE HORTCOLAS E CONCENTRADOS DE
SUMOS DE FRUTA

BREVE APRESENTAO

Tabela 3.8: PROJECTO 2 Fbrica de processamento de tomate de
Chilembene (breve apresentao)
Produtos/Subprodutos Pontos Fortes Outros Dados
Importantes
Tomate (pasta, pelado e sumo)
Batata e mistura de legumes
(congelada)
Legumes pr-cozidos enlatados
(feijo seco ou verde; ervilhas;
milho)
Sumos, concentrados e
compotas (anans, papaia, manga,
toranja, goiaba, maracuj, laranja)
Refeies pr-confeccionadas
(feijoada, dobrada, ervilhas com
ovos e enchidos, etc.,)
Absorve excedentes
Valoriza o produto de menor
qualidade
Incentiva agricultores porque garante
escoamento da produo agrcola
Actividade no totalmente dependente
da fileira do tomate, por se apostar na
diversificao
Aposta em marca prpria Vale do
Limpopo
Reserva alimentar
Recuperao
total de
unidade j
existente (ex.
Fbrica da
Lomaco)
Mo-de-obra
com know-
how, jovem e
ainda
disponvel no
local (chefias)

So as seguintes, entre outras, as razes que justificam a eleio deste
projecto como um dos projectos ncora da agro-indstria no contexto do
estudo do vale do Limpopo:
H efectivamente disponibilidade de matria-prima na regio da fbrica;
H potencialidade de uma diversificao da produo para:
sumos/concentrados de tomate, manga, papaia, laranja, maracuj e muito
especialmente anans; enlatados de ervilhas, feijo, fruta em calda, etc..
Esta diversificao sujeita-se a estudos tcnicos, econmicos e de
mercado aprofundados, no contemplados neste estudo;
A fbrica poder actuar como factor dinamizador da produo de tomate e
de outras culturas a processar. De imediato iria reduzir a vulnerabilidade
do tomate produzido no Chokw ao mercado de tomate fresco e garantir o
seu escoamento a preos competitivos. A fbrica pode tambm usar o
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Relatrio Principal

77
tomate rejeitado pelo mercado do tomate fresco como matria prima na
sua produo;
Na visita realizada ao local a infra-estrutura da fbrica parece intacta;
Uma estratgia de investimento bem delineada, associada a um estudo de
mercado slido teria que assegurar a adequao tecnolgica do produto da
fbrica, colocando-o na rota do mercado regional e internacional. Tal
poder passar por um marketing forte de uma marca prpria "Vale do
Limpopo", por exemplo ou por uma adopo de uma marca mais forte
no mercado, num regime de parceria a definir.
O relanamento da fbrica poderia (re)criar cerca de 80 postos de
trabalho, nmero mximo atingido anteriormente.
As linhas gerais deste projecto so:
Independentemente da opo de marcas que se adoptar prpria, ou
outra -, parece-nos razovel acomodar no projecto um laboratrio de
certificao da qualidade e de origem. Seria de aprofundar a questo da
tutela, propriedade e gesto deste tipo de laboratrio, mas ele no se
restringiria ao controle e certificao do tomate, mas tambm a outras
culturas e produtos processados/produzidos no vale.
Com base na pr-avaliao da viabilidade da fabrica de Chilembene,
assegurada com o produto j testado e disponvel pasta de tomate
avanar com o processo de captao de potenciais investidores que
estivessem preparados para contemplar as etapas subsequentes.
Com base num estudo de mercado (financiamento contemplado nos
clculos aqui apresentados) sobre os produtos de maior rendimento para
serem objecto de processamento quer a partir do tomate quer de outras
culturas afins com o processo, definir os produtos ptimos a processar e
os a extrair e o dimensionamento ideal das linhas de produo adicionais.
Desenho de uma componente agrcola que, usando os 600ha da fbrica e
outras reas do regadio, assegure o envolvimento interessado dos
produtores locais na produo da matria-prima e fornecimento fbrica.
Isto importante pelo facto de libertar a gesto da fbrica da gesto
agrcola, sem pr em risco o fluxo e a qualidade da matria prima. Esto
contemplados nas simulaes apresentadas a aquisio da maquinaria
necessria para servir todos os 600ha (sejam os actualmente propriedade
da fbrica, ou outros), a contratao de 3 extensionistas e os custos
financeiros com o fomento.
Desenho da engenharia de emparcelamento ( accionrio ou simplesmente
comercial) e de financiamento da reabilitao/modernizao e do
marketing do produto da fbrica.
Ser de rpida implementao, ter mercados assegurados (Moambique j
importa actualmente mais pasta de tomate do que aquela que
necessrio vender para viabilizar a fbrica), ter grande impacto na
economia da regio e do pas (o pas precisa criar mais valor acrescentado
a partir das suas riquezas naturais), ser gerador de postos de trabalho
directa e indirectamente (fixando as populaes e melhorando o seu nvel
de vida).
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Relatrio Principal

78

CUSTOS E PROVEITOS

Tabela 3.9: Custo e Benefcios para a fbrica de processamento de
Chilemebene
Dado que sero adquiridos equipamentos novos
com tecnologias actuais, considerou-se a obteno
de rendimentos industrias ao nvel dos melhores
produtores mundiais (20% de pasta por cada kg de
tomate fresco). Considerou-se tambm que a
fbrica comear com uma eficincia de 90% no
Ano 1, passando para 95% no Ano 2 e 100% nos
restantes anos, dado existirem ainda no local
trabalhadores qualificados aptos a produzir com
eficincia.

Nos custos com pessoal (ver ficha de produo
anexa), combustveis, manuteno e conservao,
seguros, amortizaes, etc. esto considerados os
extensionistas necessrios para a produo nos
terrenos da fbrica ou outros, do tomate necessrio.

Os Fornecimentos de Servios, Fornecimentos
de Terceiros, Despesas com Pessoal, Amortizaes
de equipamentos foram exaustivamente
quantificados e a preos de mercado (incluindo
seguros multi-riscos, acidentes de trabalho, stock;
2% de manuteno e conservao sobre o valor
inicial do investimento; publicidade e outros), como
se pode constatar nos respectivos quadros.

Nas despesas com pessoal esto previstos
ordenados dos operrios e administrativos de 150
usd, por ms, o que evidencia a preocupao de
valorizao desta profisso, de obter motivao,
produtividade e eficincia, ou seja de no se
pretender obter competitividade custa de factores
no sustentveis a mdio-longo prazo. Esto
tambm previstas as contrataes de 1 Director
Geral, 1 Director Financeiro, 1 Director Comercial, 1
Director Produo, com remuneraes mensais de
1.200 a 1.500 usd e 5 Extensionistas (1 snior a
1200 usd e 4 jnior a 800 usd/ms)

Na rubrica custos financeiros de funcionamento
esto previstos os custos derivados do fomento
integral da produo de tomate fresco necessrios
para a fbrica (a uma taxa de 15% do usd sobre o
valor das compras).
dever seguir uma linha de diferenciao
do produto final (transformar outros
hortcolas e frutas, marca, qualidade),
com muito melhores margens,
quantificou-se apenas o produto pasta de
tomate, por se considerar ser este
produto, por j existir matria-prima
abundante, que tem de garantir a
viabilidade da fbrica

A capacidade de absoro pelo
mercado da produo de pasta de tomate
desta unidade (quantidade) no constitui
problema, se levarmos em conta os
seguintes indicadores:
- Moambique ser Importador de mais
de 10.750 ton./ano de pasta de tomate;
- A frica do Sul importa mais de 1.560
ton./ano de pasta de tomate;
- Angola importar mais de 5.900
ton./ano de pasta de tomate, com
tendncia para aumentar;
- Os pases da SADC importam mais
de 11.000 ton./ano de pasta de tomate
- O tomate fresco actualmente j
produzido em Gaza ser j superior a
30.000 ton./ano, mas com nveis de
produtividade mdios inferiores a 15
Ton./ Ha (sector empresarial mdio e
grande tira entre 25 a 35 Ton./Ha, e os
produtores mais eficientes na frica do
Sul chegam a tirar 60 Ton./H);
- Tendncia para melhorar o nvel de
vida leva ao aumento do consumo per
capita de pasta de tomate (estima-se
actualmente em Moambique na ordem
dos 0,6 kg ano/per capita; no EUA situa-
se nos 3,3 kg ano per capita).
- e a capacidade de transformao no
pas ser "zero".

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Relatrio Principal

79

Tabela 3.10: Preos de venda do tomate, Agosto 2002

Produto

PREO DE VENDA
Tomate "Vale do Limpopo"

Pasta de tomate enlatada
(latas de 3 e 5 kg,
tambores de 210 kg)

(1)
Ano 1: 810 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 818 a 843 usd/Ton. de
acordo com inflao.

(1)
Ano 1: 840 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 848 a 874 usd/Ton. de
acordo com inflao.

Tomate fresco

(2)
Ano 1: 50 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 51 a 52 usd/Ton. de
acordo com inflao.

(2)
Ano 1: 45 usd/Ton.
acordo com inflao.
Nota:
1. Preos obtidos por referncia aos preos do estudo "Competir", baseados por sua vez na publicao da "Tomato News", preos dos EUA e
Itlia (preos CIF Maputo, oscilam entre 832 usd/Ton. e os 900 usd/Ton.). Foram tambm obtidos preos da China (grande produtor
mundial) e Turquia (www.tomatopaste.cc e www.algy.com/ )
2. Preos obtidos por referncia aos preos do estudo "Competir" e os preos mdios nas duas pocas do mercado de "Malanga", para a venda
de tomate fresco. No preo de venda indstria deve considerar-se a poupana dos custos de transporte e acondicionamento em caixas, a
poupana de tempo do agricultor que pode assim dedic-lo produo, a estabilidade do preo, o escoamento de todo o produto (s os
podres no so aceites).
3. Considerou-se que os preos internacionais se mantero estveis ao longo dos 5 anos do estudo, evoluindo apenas segundo a inflao do
dlar.

FICHA RESUMO DOS INDICADORES DE PR-VIABILIDADE

Tabela 3.11: Sumrios dos indicadores de pr-viabilidade do
Projecto 2 fbrica de processamento
de tomate em Chilembene
CENRIO 1 Cauteloso
I
N
D
I
C
A
D
O
R
E
S
3 119 043$00 usd
Ano Cruzeiro
Ano 3
TIR 15,82 %
VAL
156 662$00 usd
CENRIO 2 Realista
I
N
D
I
C
A
D
O
R
E
S
3 110 442$00 usd
Ano Cruzeiro Ano 3
TIR 21,01 %
VAL 437 035$00 usd

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Relatrio Principal

80
Concluses referentes ao projecto 2
Da anlise dos indicadores de rentabilidade, econmicos e financeiros,
apresentados nos captulos seguintes, pode constatar-se que o projecto de
recuperao, modernizao e diversificao da actividade da denominada
fbrica de processamento de tomate Chilembene, tcnica, econmica e
financeiramente vivel (em termos de pr-viabilidade).
projecto.
Para efeitos de pr-viabilidade no se consideraram os benefcios lquidos
decorrentes do processamento de outros produtos, alm da pasta de
tomate, com viabilidade j assegurada, os quais traro muito mais valor
acrescentado ao projecto (produtos com muito melhores margens comerciais,
e investimentos e custos marginais pouco significativos)
que tem sido um dos principais constrangimentos das fbricas j instaladas
noutros sectores.

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Relatrio Principal

81

9.3 PROJECTO 3: CONSTRUO DUMA FBRICA DE DERIVADOS DE
COCO EM INHAMBANE
BREVE APRESENTAO

Tabela 3.12: PROJECTO 3 Construo duma fbrica de produtos de coco em
Inhambane/Maxixe (breve apresentao)

Produtos/Subprodutos Pontos Fortes Outros Dados
Importantes
leo de copra cru
leo de copra refinado
Margarina
Bagao
Sabo
Sabonete
Coco ralado
Leite de Coco
Carvo
Fibra
Permite renovar rvores
Plantar variedade hbridas de
mais fcil apanha do fruto (ans)
Estabiliza mercado
Incentiva agricultores
Permite indstria pagar melhor
ao agricultor
Grande valor acrescentado
Menor vulnerabilidade a um s
mercado
Pode incentivar-se
empresa j existente e
em funcionamento,
Copromol mas
apenas a tirar leo em
bruto cru e bagao,
ambos 100% para
exportao, ao qual se
devem sugerir
ajustamentos para
garantir sucesso: criar
mais valor
acrescentado e
integrar componente
agrcola em parceria
com sector familiar.
Entre as vrias unidades de processamento visitadas e estudadas,
recomendamos a construo de uma Fbrica Integrada de Derivados de Coco,
a instalar na Zona de Inhambane ou Maxixe pelos seguintes motivos:
A sua localizao parece-nos ptima por ser numa zona de intensa
existncia de palmares (no h ainda sinais de presena da doena
amarela presente nos palmares da Zambzia), de fcil acesso; e com
disponibilidade de um conjunto de infra-estruturas como a electricidade;
Ter uma estrutura accionria que congregue um leque de stakeholders da
cadeia do Coco e Copra: Membros de Associao de Produtores,
Produtores e Comerciantes;
Pode jogar um papel importante no fomento da plantao de coqueiros
(novas variedades: ans), servindo de ponte entre os financiadores e os
produtores e absorvendo a produo destes;
Pode jogar um papel decisivo, como projecto piloto (efeito demonstrador),
garantindo a criao de mais valor acrescentado nacional, a partir de uma
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Relatrio Principal

82
das maiores riquezas naturais desta regio, diversificando os produtos
transformados, que tm mercados garantidos;
A produo ser maioritariamente para exportao;
Ser de rpida implementao, ter mercados assegurados, ter grande
impacto na economia da regio e do pas (o pas precisa criar mais valor
acrescentado a partir das suas riquezas naturais), ser gerador de postos
de trabalho directa e indirectamente (fixando as populaes e melhorando
o seu nvel de vida)
CUSTOS E PROVEITOS

Tabela 3.13: Custo e Benefcios para a fbrica de produtos de coco em
Inhambane
A matria-prima adquirida ao produtor a
preos que resultam da implementao das
medidas definidas no "Relatrio Draft", do
Diagnstico e Estratgia do Sector Agrcola
(anexo). Os pressupostos utilizados so
atingveis, existindo uma maior valorizao da
copra, gerando mais valor acrescentado
nacional, com produo de alguns dos derivados
referidos

Apesar de serem adquiridos equipamentos
novos com tecnologias actuais, considerou-se a
obteno de rendimentos industrias (50%)
abaixo do nvel dos melhores produtores
mundiais (66%). Considerou-se tambm que a
fbrica comear com uma eficincia de 90% no
Ano 1, passando para 95% no Ano 2 e 100%
nos restantes anos

Os Fornecimentos de Servios,
Fornecimentos de Terceiros, Despesas com
Pessoal, Amortizaes de equipamentos foram
exaustivamente quantificados e a preos de
mercado (incluindo seguros multiriscos,
acidentes de trabalho, stock; 2% de
manuteno e conservao sobre o valor inicial
do investimento; publicidade e outros), como se
pode constatar nos respectivos quadros.

Na rubrica custos financeiros de
funcionamento esto previstos os custos
derivados do fomento da plantao de novos
coqueiros (equivalente a 2% sobre o valor das
compras anuais).

dever seguir uma linha de diferenciao do
produto final (marca, qualidade, e todos os
derivados j referidos que se apure como
rentveis), com muito melhores margens,
considerou-se apenas a transformao da
copra em leo Bruto Cru, leo Refinado e o
aproveitamento do subproduto Bagao

A capacidade de absoro pelo mercado
da produo desta unidade (quantidade)
no constitui problema, se levarmos em
conta os seguintes indicadores:

- Moambique ser Importador de grande
parte do leo refinado que consome;

- A frica do Sul importa j 100% do
leo bruto cru produzido, mais de 20.000
ton./ano;

- As actuais unidades a produzir leo de
copra no Vale do Limpopo (cinco), no
conseguirem satisfazer a procura externa,
por falta de matria prima;

- A capacidade produtiva de Copra do
Vale do Limpopo ser superior a 600.000
ton./ano (a uma mdia de 275gr de copra
por fruto), dos quais menos de 10% vo
para a indstria;

O Subproduto "bagao" est
quantificado a preos de mercado nacional.
De referir que com o desenvolvimento do
sector pecurio o bagao de copra
encontrar com certeza um grande
mercado por abastecer, dadas as suas
ptimas caractersticas para a alimentao
animal.

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Relatrio Principal

83

Tabela 3.14: Preos de venda dos derivados de coco, Agosto 2002

Produto

PREO DE VENDA
Derivados de Coco do "Vale do Limpopo"

leo Bruto

(1)
Ano 1: 350 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 354 a 364 usd/Ton.
de acordo com inflao.
(1)
Ano 1: 350 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 354 a 364 usd/Ton.

leo Refinado

(1)
Ano 1: 550 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 556 a 572 usd/Ton.
(1)
Ano 1: 575 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 581 a 598 usd/Ton.

Copra

(2)
Ano 1: 100 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 101 a 104 usd/Ton.
(2)
Ano 1: 95 usd/Ton.
acordo com inflao.
Nota:
1. Preos obtidos por referncia aos preos de mercado das indstrias j a laborar (100% de exportao para a frica do Sul), no caso do leo
cru, e aos preos nos mercado internacionais deste e do leo refinado (Junho/02): leo Bruto cru, CIF - Duty paid Liverpool, 322 usd/ Ton.;
leo Refinado, Ex-Works UK 442 usd/ Ton.
2. Preos obtidos por referncia aos preos actualmente pagos pela indstria. Estes preos na ordem dos 85 usd/Ton., so reduzidos e no nosso
entender incentivam o agricultor a vender fresco, e a nem sequer realizar a colheita (escassez de mo-de-obra para subir s rvores das
variedades altas). Preo da Copra das Filipinas em Junho/02: CIF- Rotterdam, 266,5 usd/ Ton.
3. Considerou-se que os preos internacionais se mantero estveis ao longo dos 5 anos do estudo, evoluindo apenas segundo a inflao do dlar

Ficha Resumo Indicadores de pr-viabilidade

Tabela 3.15: Sumrios dos indicadores de pr-viabilidade do
Projecto 3 fbrica de processamento
de derivados do coco em Inhambane

CENRIO 1 Cauteloso

I
N
D
I
C
A
D
O
R
E
S
3 327 568$00 usd
Ano Cruzeiro
Ano 3
TIR 17,03 %
VAL
245 398$00$00
usd
___________________________________________________________
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Relatrio Principal

84

CENRIO 2 Realista
I
N
D
I
C
A
D
O
R
E
S
3 317 469$00 usd
Ano Cruzeiro Ano 3
TIR 21,67 %
VAL 517 617$00 usd

CONCLUSES REFERENTES AO PROJECTO 3
Da anlise dos indicadores de rentabilidade, econmicos e financeiros,
apresentados nos captulos seguintes, pode constatar-se que o projecto de
construo de uma fbrica integrada de derivados de coco, tcnica,
econmica e financeiramente vivel (em termos de pr-viabilidade).
projecto.
Para efeitos de pr-viabilidade no foram considerados os benefcios lquidos
dos derivados de coco que constituem a diversificao desta unidade e a
grande mais valia em relao s j instaladas (melhores margens, menor
dependncia dos clientes do leo, maior estabilidade, maior valor
acrescentado nacional).
que tem sido um dos principais constrangimentos das fbricas j instaladas.

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Relatrio Principal

85

10. BIBLIOGRAFIA
Antnio Catalo Dionsio Evoluo da Produo Pecuria na Repblica Popular
de Moambique com especial nfase para Bovinos de Corte - Instituto
de Reproduo e Melhoramento Animal - (Trabalho apresentado no
Seminrio de Produo Animal 2-7 de Dezembro 1985) - Ministrio
de Agricultura/Food and Agriculture Organization os United Nations.
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IV Plano de Fomento, Parte III Relatrios Sectoriais, Vol. 1, Tomo 1,
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Repblica de Moambique. Maputo: Ministrio da Agricultura.
Repblica de Moambique. Maputo: Ministrio da Agricultura.
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Relatrio Principal

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Relatrio Principal

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Relatrio Principal

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A AN NE EX XO OS S
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Relatrio Principal

90

ANEXO 1: TERMOS DE REFERNCIA
LIMPOPO CORRIDOR SPATIAL DEVELOPMENT INITIATIVE
PROMOTING AGRO-INDUSTRIAL PROCESSING

THE BRIEF, THE SERVICES AND TIME SCHEDULE

1. THE BRIEF
Located north of Maputo, the Limpopo Valley is constituted by the Limpopo River
Basin and the Limpopo Railway linking Zimbabwe and the Maputo Port. This area was
once considered the bread-basket of Mozambique in terms of its agricultural potential. A
huge irrigation scheme was established by the portugueses in mid 50's with a goal of
settling the Portuguese farmers as a way of effective occupation of the country. Down and
upstream the irrigation scheme other developments took place such as raising livestock
and medium-scale agro-processing industries. Rice from Limpopo as well as dairy
products were being exported to European markets as well as some of the neighbouring
countries.
With independence of Mozambique in 1975 most of, if not all, Portuguese farmers left the
country and with them all the management institutions for the irrigation scheme. This has
created management difficulties to the new Mozambican authorities. The centrally planed
economy, that constituted the development strategy of the country, and the two
consecutive wars that followed damaged all the production capacity of the Limpopo
Valley. Two years ago floods never seen before devastated the whole Limpopo Valley
transforming the first highly productive area in place of vulnerable people highly
dependent on foreign assistance. The Government of Mozambique with assistance of the
Donnor Community has been putting efforts to rehabilitate the Valley and put it back on
track of exploring its productive capacity and potential. In a joint-effort with the
Government of South Africa, the Government of Mozambique has launched a Spatial
Development Initiative for the Limpopo Valley. The objective of this initiative is to assist
in unlocking the existing potential in the Valley in order to promote development of the
area and induce activities aimed at reducing poverty.
In the area covered by the Limpopo Valley Spatial Development Initiative (L
VSDI) there are already some investment initiatives in need of recovery that will largely
contribute to the development of the area, as well as there is also potential for new
initiatives in agro-processing sector. Some of these initiatives among others are:
In stoppage status
Rice peeling
Dairy products
Grinding
Tomato sauce
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Relatrio Principal

91
Cashew nuts factories
Cotton-mill

b) Recovered or in labour
Incomati Valley sugar factories
Sausage factory (transformed into industrial butchery)
Processing seeds
c) Other Initiatives
Coco nut processing
Tangerine and others citrus processing
Other agro-industry products
The Limpopo Valley area has high agricultural potential characterized by good soils,
agricultural good practices, availability of water, market, etc.
Under this situation, the central thrust of this study is to design the advisable strategy for
re- launching the sector activity, as well as identify and formulate projects that can act as
drivers of agricultural development of the area.

2. OBJECTIVES

Therefore the main objectives of this study are:
To assess the role that agricultural Valley plays and can play in the
economy of area as well as at country level.
To review in detail the agricultural production capacity;
To review the existing and potential irrigation and associate infrastructure
as well as the management capacity;
To review the agricultural products processing capacity and production
technology;
To develop the possible scenarios and policies that would lead to unleash
the agricultural and agro-processing potential;
To formulate a development concept strategy that will take into account
local subsistence farmers and large scale business initiatives; and
To identify agricultural and agro-processing investment projects to be
considered by the private sector and the needs for further public
investment to create a favorable investment environment.

3. METHODOLOGY
Considering that there are several studies related to the development of the Limpopo
Valley, it is proposed that this study be carried out in three phases, namely: (i) a desk
study review; (ii) field assessment and data collection; and (iii) analysis of the
information and reporting.
During the process the study team shall contact Governmental entities and individuals,
members of the business community investing or interested in investing, especially the
ones interested in agricultural and agro-processing production.
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Relatrio Principal

92

4. SCOPE
This study is part of different initiatives and efforts for the development of an investment
portfolio for the Limpopo Valley. Therefore, the study shall cross-check other sectoral
studies, in order to make sense in a package of investment portfolio to attract investors
to an Investment Conference, scheduled for 2002. The study should cover the existing
agro-industries in stoppage status and new initiatives in need of re-launching/recovering
in Limpopo valley SDI as well as in selected areas covered by Incomati Valley. The focus
should be based on priorities defined under the Government of Mozambique Programme,
in particular for the
Provinces of Gaza and Maputo taking into consideration the strong need for the
development of a private sector in Mozambique.

5. OUTPUTS
As part of a SDI program, the study should attempt to identify the constraints to wealth
creation and to put in place processes to remove or alleviate them, thereby unleashing
the inherent agricultural and agro-processing potential of the area. The expected three
main outputs of the study are: (i) an overall agricultural and agro-processing appraisal
report; (ii) a project identification report; and (iii) at least three detailed investment
projects at pre-feasibility level.

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Relatrio Principal

93

ANEXO 2: ESTUDO DE PR-VIABILIDADE DO DA FBRICA DE ARROZ EM
CONHANE
ANEXO 3: ESTUDO DE PR-VIABILIDADE DA FBRICA DE TOMATE EM
CHILEMBENE
ANEXO 4: ESTUDO DE PR-VIABILIDADE DA FBRICA DE DERIVADOS DE
CCO EM INHAMBANE/MAXIXE

Appendix 2
1
Appendix 2 Pre-viability Study for the
Conhane Rice Factory

LVSDI

AGRI-PROCESSING SECTORIAL STUDIES

PROJECTO 1: REABILITAO, MODERNIZAO E DIVERSIFICAO DA
ACTIVIDADE DA FBRICA DE DESCASQUE DO ARROZ DE CONHANE

(ESTUDO DE PR-VIABILDADE Relatrio Final)

SUMRIO

I. B BR RE EV VE E A AP PR RE ES SE EN NT TA A O O

II. F FI IC CH HA A R RE ES SU UM MO O D DO OS S I IN ND DI IC CA AD DO OR RE ES S D DE E P PR R - -V VI IA AB BI IL LI ID DA AD DE E

I II II I. . C CO ON NT TE EX XT TO O D DO O P PR RO OJ JE EC CT TO O
1. Sector agrcola
2. Sector agro-industrial
3 3. . Sector Comercial/Marketing

I IV V. . A AN N L LI IS SE E D DA A V VI IA AB BI IL LI ID DA AD DE E E EC CO ON N M MI IC CA A E E F FI IN NA AN NC CE EI IR RA A
1. Pressupostos
2. Investimento
3. Plano de Financiamento
4. Proveitos
5. Custos
CENRIOS (Cauteloso; Realista)
1. Demonstrao de Resultados Previsional
2. Indicadores de Rentabilidade
3. Anlise de Sensibilidade
4. Indicadores Econmicos
5. Balano Previsional
6. Indicadores Financeiros

A AN NE EX XO OS S
1. Formao dos preos agrcolas e agro-indstria no Chkw. Sua Evoluo
2. Estatistcas de Preos, Produo, Rendimentos, Importaes, Exportaes
3. Diagnstico e Estratgia do Sector Agrcola
4. Diagnstico e Estratgia de Agro-Indstria

Appendix 2
2
I I. . B BR RE EV VE E A AP PR RE ES SE EN NT TA A O O

So as seguintes, entre outras, as razes que justificam a eleio deste projecto como
um dos Projectos ncora da agro-indstria no contexto do estudo do Vale do
Limpopo:

ptima localizao por ser numa zona de intensa produo de arroz, de fcil
acesso e por dispor de um conjunto de infraestruturas, tais como bons acessos,
gua e electricidade;
Tem uma estrutura accionista que congrega um leque de stakeholders da fileira do
arroz: Membros de Associao de Produtores (AGRIGAZA), Produtores e
Comerciantes.
Pode jogar um papel importante no fomento da produo de arroz, servindo de
ponte entre os financiadores e os produtores e absorvendo a produo destes.
Pela sua capacidade anteriormente instalada: 12.000 Ton/ano, esta era a maior
unidade localizada no Distrito de Chkw e, uma vez reabilitada e modernizada,
dever jogar um papel crucial no processamento do arroz produzido na regio;
J tem estudos avanados para a sua reabilitao, incluindo um projecto completo
de reabilitao/modernizao (para 13.550 Ton/ano), incluindo um estudo para o
aproveitamento de sub-produtos (palha e casca do arroz).
uma das unidades de processamento de arroz que mais carece de apoio em
termos de acesso a financiamentos, dada a sua longa paralizao, agravada pelas
cheias do ano 2000.
Possui um complexo de silos de 10.000 Ton de capacidade, que so os nicos na
zona, e que podero ser importantes por exemplo para a constituio de reservas
alimentares.

Os elementos bsicos de pr-viabilidade aqui apresentados devero sofrer um
tcnica e econmica.

Appendix 2
3

DESCRIO DO PROJECTO

Sector

Descrio
Produtos/
Subprodutos

Pontos Fortes
Outros
Dados
Importantes
Indstria de
arroz
Recuperao da
Fbrica de
Conhane
1 Fase
Fomento
Extenso
Processamento e
armazenamento do
arroz
2 Fase
Produo de "Placas
prenssadas" da palha
do arroz
Utilizao dos Silos
para reserva alimentar
do pas

1 Fase
Arroz Indica 1
Arroz Aromtico 1
Trinca
Farelo
2 Fase
Placas de palha do
arroz para o sector da
construo
Possvel utilizao
dos Subprodutos:
leo retirado da
semea do arroz
Raes para a
pecuria
Pranchas e blocos
fabricados com a
casca do arroz
Valorizao de variedades aromticas
tradicionais
Introduo de novas variedades aromticas
altamente valorizadas no mercado
internacional (similares ao Basmati)
Elevados rendimentos por Ha, conseguidos
coma estratgia proposta
Instalao de tecnologia moderna
Tailandesa com rendimento industrial
elevado

Estratgia Agrcola Vivel uma vez
centrada em 2 vertentes:
- Sector empresarial: comcapacidade de tirar
a curto prazo rendimentos mdios de 4/6
ton./Ha; variedades essencialmente ndicas
(mais de 4 Ha cada), aposta na mecanizao e
utilizao adequada de agro-quimicos;
- Sector familiar e outros empresrios:
produzindo essencialmente variedades
aromticas (comextenso; comfomento; com
marca; com a menor necessidade de obter
competitividade via preo, uma vez que este
consumidor de nicho menos sensvel ao factor
preo)

Competitividade em relao ao arroz
importado e outras produes de origem
nacional, conseguida com margem de
segurana razovel (apesar de se partir do
prncipio que em termos de produo
agrcola, os empresrios iro dispor de
alfaias agrcolas e agro-quimicos a preos
mais competitivos, alm da indispensvel
extenso e fomento, foram pressuposto
para a anlise de pr-viabilidade, 5 anos,
para se atingir rendiemntos por hectare de
5,3 ton./ha no sector empresarial e 2,6
ton./ha no sector familiar e pequenos
empresrios).

Outras Potencialidades com vista
diversificao e valorizao nacional da
matria-prima:
leo de arroz altamente valorizado no
mercado
"Placas Prenssados de Palha de arroz",
produtos altamente ecolgicos
Investidores
interessados
com estudos j
desenvolvidos
para
recuperao da
"Fabrica de
Conhane" e
numa 2 fase
recuperao de
Silos para
reserva
alimentar e
introduo do
sector de
fabricao de
Placas de
palha de arroz
prensada

Appendix 2
4

I II I. . F FI IC CH HA A R RE ES SU UM MO O I IN ND DI IC CA AD DO OR RE ES S D DE E P PR R - -V VI IA AB BI IL LI ID DA AD DE E

CENRIO 1 Cauteloso
I
N
D
I
C
A
D
O
R
E
S
Ano Cruzeiro Ano 3
Prazo de Recuperao do Investimento
59 meses
TIR 14,84 %
VAL 53 045$00 usd
CENRIO 2 Realista
I
N
D
I
C
A
D
O
R
E
S
Ano Cruzeiro Ano 3
"Break-Even" 1 646752 983$00
usd
TIR 22,97 %
VAL 267 775$00 usd

Concluses:
Da anlise dos indicadores de rentabilidade, econmicos e financeiros, apresentados
nos captulos seguintes, pode constatar-se que o projecto de recuperao,
modernizao e diversificao da actividade da fbrica de de descasque de arroz de
Conhane, tcnica, econmica e finaceiramente viavl (em termos de pr-
viabilidade).

As precaues tidas nos pressupostos utilizados e anlise de sensibilidade efectuada
aos parametros crticos do projecto, do-lhe uma margem de segurana bastante
razovel, e diminuem significativamente o risco do projecto.
decorrentes do processamento dos produtos relativos 2 fase, os quais traro muito
mais valor acrescentado ao projecto.

Estas concluses sero reais na medida em que os constrangimentos identificados em
termos gerais, ao sector agrcola e agro-indstria sejam ultrapassados. Esto
efectuadas no Relatrio Draft do Diagnstico e Estratgia preconizada sugestes
para a resoluo em termos de iniciativa privada de parte significativa desses
constrangimentos.

Appendix 2
5
Nos investimentos e custos previstos esto salvaguardadas as medidas e respectivos
meios para ficar assegurado o fornecimento da matria-prima, que tem sido um dos
principais constrangimentos das fbricas j instaladas.

I II II I. . C CO ON NT TE EX XT TO O

Como j foi referido no "Relatrio Draft" relativo ao Diagnstico e Estratgia de
Desenvolvimento do Sector Agrcola e da Agro-Indstria, a viabilidade da fileira do
arroz no Vale do Limpopo, depende resumidamente dos seguintes factores:

1. Melhoramento das infra-estruturas (iniciativa pblica) existentes:

Disponibilidade e estabilidade no fornecimento de gua para rega
Recuperao dos sistemas de irrigao
Melhoramento das acessibilidades: rede rodoviria e ferroviria
Estabilidade no fornecimento de energia, telecomunicaes fixas e mveis
Melhoramento dos servios de educao e sude
Diminuir a burocracia do aparelho pblico e aumentar a eficincia. Criar
mecanismos de descentralizao das decises do estado e de controlo de todos os
intervenientes, para diminuir as condies para a continuao da proliferao de
vcios que desviam a sua conduta do interesse nacional
Fazer cumprir a lei no que respeita evaso fiscal, aduaneira, licenciamentos das
actividades, por parte dos agentes econmicos pblicos e privados

2. Investimento na formao profissional, ao nvel dos agricultores, operrios,
administrativos, vendedores e outros profissionais relevantes

3. Investimento na investigao e nos servios de extenso

4. Disponibilidade de servios: contabilidade, jurdicos, recolha, tratamento e
disponibilizao de informao relativa aos mercados (dos factores produtivos,
dos produtos primrios e transformados ao nvel nacional e internacional),
transporte de mercadorias, armazenamento, formao, recrutamento, servios
financeiros, etc.

5. Vencer a relutncia do sector financeiro em financiar a agricultura e
diminuir as taxas de juro actualmente praticadas, que inviabilizam por si s
qualquer negcio neste sector (esto feitas sugestes, nomeadamente a criao de
um fundo de garantia por parte do estado, que cubra parte dos riscos do sector
financeiro e seguradoras).

EM RESUMO CRIAR O INEXISTENTE "AMBIENTE DE NEGCIOS"
INDISPENSVEL AO SUCESSO DE QUALQUER PROJECTO.

6. Sector agrcola

Appendix 2
6
Actualmente j se produz arroz no "Vale do Limpopo", embora em reduzida
quantidade, existindo agricultores do sector empresarial com bom know-how sobre o
negcio, com exploraes com dimenses adequadas mecanizao, com nveis de
rendimento por hectar interessantes (desde 3 a 6 Ton. Por hectare), o abastecimento
de gua est j a ser recuperado, o mercado nacional e regional enorme e o "Vale do
Limpopo" reune condies naturais, infraestrurais e histricas, ptimas para o
desenvolvimento da produo de arroz, em grandes quantidades, com qualidade e de
forma competitiva.

Ao nvel do sector agrcola, conforme respectivo "Relatrio Draft", so
indispensveis para a viabilidade das exploraes de arroz, que se verifiquem as
seguintes condies:

Assegurar a disponibilidade e estabilidade do fornecimento de gua

Incentivar a criao de empresas que forneam servios de aluguer de maquinaria
agrcola e de extenso (o agricultor tem de ser informado e formado na sua
correcta utilizao), principalmente para o sector empresarial, que tem de adoptar
processos de produo fortemente mecanizados

Incentivar a criao de empresas que faam a compra de agro-qumicos em
quantidades que permitam reduzir o seu preo unitrio final, e a respectiva
extenso (o agricultor tem de ser informado e formado na sua correcta utilizao,
uma vez que parte da falta de competitividade resulta da utilizao deficiente dos
mesmos)

Alterao progressiva da estrutura fundiria, incentivando o uso efectivo da terra,
a juno de pequenas exploraes e a produo de culturas adequadas s
caracteristicas das mesmas e ao know-how dos seus proprietrios

Incentivar a introduo junto do sector familiar de variedades de arroz aromtico,
cujo processo de produo mais adequado s suas caractersticas, e a menor
eficincia na sua produo no to fortemente penalizada no mercado (destina-
se ao segmento mdio-alto, cujo factor preo no o mais importante, mas sim a
qualidade do produto e a sua imagem)

Para incentivar o sector empresarial, necessrio diminuir o peso da economia
informal

Incentivar a agro-indstria a realizar o "fomento", e criar formas privados e
segundo as leis de mercado, de financiar os agricultores atempadamente e com
juros suportveis pela sua actividade

Incentivar o sector segurador a lanar "seguros de colheita", com preos
suportveis

Appendix 2
7


Ao nvel do sector agro-indstrial, conforme respectivo "Relatrio Draft", so
indispensveis para a viabilidade das unidades de processamento de arroz, que se
verifiquem as seguintes condies:

Disponibilidade e estabilidade no fornecimento de matria-prima
Qualidade da matria-prima
Realizar a extenso, complementarmente ao estado ou outros agentes
especializados
Realizar o fomento, complementarmente ao estado ou outros agentes
especializados
Disponibilidade de mo-de-obra qualificada (essencialmente saber ler; ter sentido
de responsabilidade em relao ao seu papel na organizao; no ter vcios)
Criao de marcas de arroz "Vale do Limpopo", ndicas e aromticas
Maior valorizao da fileira, obtendo mais sub-produtos, por exemplo da palha do
arroz (placas de madeira prensada), da casca, da semea (leo)
Existncia de servios de certificao de origem
Investimento em marketing: focar na qualidade e na certificao de origem (estes
segmentos de mercado, ainda nichos, tm taxas de crescimento exponencial e
elevadas rentabilidades, adequadas a novas marcas que estejam a entrar)


Este sector no constitue um estrangulamento ao desenvolvimento da fileira do arroz,
existindo j agentes fornecedores destes servios, ou sendo necessrio mais agentes, o
mercado tratar de os fazer aparecer:
Fornecedores de servios de tranporte de mercadorias
Armazenistas
"Tradings"
Distribuidores e retalhistas
Empresas de comunicao, marketing, publicidade, etc.
Empresas que fazem a concepo, desenvolvimento e produo de embalagens.

A este nvel IMPORTANTE a criao da regulamentao e do organismo de gesto
e fiscalizao do "CERTICADO DE ORIGEM", no Vale do Limpopo, para ser
utilizada como MARCA.

Appendix 2
8


1. Pressupostos

C CE EN N R RI IO OS S

Foram desenvolvidos dois Cenrios, que se distinguem exclusivamente quanto aos
pressupostos relativos aos Preos de Venda do produto final.

Cenrio 1 Cauteloso

Adoptou-se como preo de venda, no os preos permitidos pelos custos de produo
da Fileira do Arroz em Moambique, mas sim os preos de venda fixados tendo
como referncia os preos do mercado internacional, para um arroz com valorizao
intermdia no mercado (VIETNAME), mas no de 1 qualidade (considerou-se por
salvaguarda uma cotao com 25% de arroz partido, que actualmente o nvel de
qualidade maioritariamente procurado em Moambique).

A partir dos preos obtidos no dia 25-10-2002 FOB, que apresentam alguma
estabilidade nos ltimos meses, considerou-se que a indstria nacional conseguiria
colocar o seu produto 20% abaixo daqueles no Ano 1 e 10% abaixo nos anos
seguintes, no mercado nacional ou para exportao para os pases com fronteira com
Moambique.

Estes preos foram considerados fixos ao longo de 5 anos, e a vantagem competitiva
de Moambique seria sustentada pela diferena dos custos de transporte, aduaneiros e
outros inerentes importao de um pas no SADC localizado na sia Oriental.

Cenrio 2 Realista

A exigncia do diferencial do Cenrio 1, pouco realista uma vez que logo que o
arroz processado apartir da produo nacional seja competitivo, no h razo para que
este arroz de maior qualidade que o importado (que maioritariamente 25%
partidos), tenha ainda de ter um diferencial de preo to elevado.

Assim, a partir dos preos obtidos no dia 25-10-2002 FOB, que apresentam
alguma estabilidade nos ltimos meses, considerou-se que a indstria nacional
conseguiria colocar o seu produto 10% abaixo daqueles no Ano 1 e 5% abaixo nos
anos seguintes, no mercado nacional ou para exportao para os pases com fronteira
com Moambique.

Estes preos foram considerados fixos ao longo de 5 anos, e a vantagem competitiva
de Moambique seria sustentada pela diferena dos custos de transporte, aduaneiros e
outros inerentes importao de um pas no SADC localizado na sia Oriental.

Appendix 2
9

VARIEDADE

PREO DE VENDA
Arroz de 1 "Vale do Limpopo"

ndica
FOB VIETMAN 25%
25-10-2002
168 Usd(1)
Ano 2/3/4/5: 239 usd/Ton.(3)
FOB VIETMAN 25%
25-10-2002
168 Usd(1)
Ano 2/3/4/5: 252
usd/Ton.(3)

Fragrante/
Aromtica

FOB BASMATI NDIA
25-10-2002
680 Usd(2)
Ano 1: 708 usd/Ton.
Ano 2: 626 usd/Ton.
Ano 3/4/5: 529 usd/Ton.
FOB BASMATI NDIA
25-10-2002
680 Usd(2)
Ano 1: 708 usd/Ton.
Ano 2: 626 usd/Ton.
Ano 3/4/5: 529 usd/Ton.
Nota:
3. No Ano 1 o produto entra no mercado nacional 20% abaixo do arroz importado, no Ano 2 e seguintes coloca-se
sempre 10% abaixo
4. No Ano 1 o produto entra no mercado nacional 10% abaixo do arroz importado, no Ano 2 e seguintes coloca-se
sempre 5% abaixo
5. Considerou-se que os preos internacionais se mantero estveis ao longo dos 5 anos do estudo (descememtermos
reais)

VARIEDADE

PREO DE COMPRA AO AGRICULTOR (1)
Arroz paddy "Vale do Limpopo"
Cenrio 1 Cenrio 2

ndica

PREO DA FILEIRA
ESTIMADO
Ano 1: 72 usd/Ton.
Ano 2: 69 usd/Ton.

PREO DA FILEIRA
ESTIMADO
Ano 1: 72 usd/Ton.
Ano 2: 69 usd/Ton.

Fragrante/Aromtica

PREO DA FILEIRA
ESTIMADO
Ano 1: 201 usd/Ton.
Ano 2: 183 usd/Ton.
Ano 3/4/5: 152 usd/Ton.

PREO DA FILEIRA
ESTIMADO
Ano 1: 201 usd/Ton.
Ano 2: 183 usd/Ton.
Ano 3/4/5: 152 usd/Ton.
Nota: 1. Estes preos, permitemao agricultor obter os rendimentos adequados sustentao do seu negcio (pagando juros de
mercado), aps implementao das medidas propostas no Relatrio - Draft do sector agrcola, cujos efeitos na reduo dos custos
de produo, permitiro aumentar a rentabilidade, a competitividade e a sustentabilidade de toda a fileira.

Appendix 2
10

O OU UT TR RO OS S P PR RE ES SS SU UP PO OS ST TO OS S G GE EN N R RI IC CO OS S

edifcios/obras, equipamento industrial, transporte, administrativo, formao,
marketing, estudos, constituio, licenas e alvars

A tecnologia adquirida (Tailandesa), permitir retirar o mximo de rendimento da
fbrica

A fbrica autonoma em termos de transportes

Financiamento foi considerado com a seguinte estrutura: 30% de capitais prprios
ou equivalentes e 70% de financiamento bancrio. Foi considerada uma taxa de
juro de mercado (10%), sem qualquer bonificao

Foi considerado o pagamento integral de todas as obrigaes fiscais (IVA, IRT,
CI, INSS), sem qualquer benefcio fiscal (este dever ser dado pelo estado,
fazendo-o reverter para a sugerida sociedade de desenvolvimento rural)

considerado na rbrica "outras despesas e encargos" da Demonstrao de
Resultados


Foi utilizada como estimativa uma inflao do dlar de 1% ao longo do perodo
do estudo

No esto quantificados Investimentos, Proveitos e Custos, da 2 Fase do
projecto: Fabricao de pranchas de madeira a partir de palha de arroz; pranchas
da casca de arroz; rentabilizao dos silos

NOTA: Parte da informao utilizada foi recolhida junto dos stakeholdres do Vale do
Limpopo, nomeadamente agricultores do sector empresarial, agro-industrias (Orly;
Sorgaza; Incio de Sousa), sector comercial, tcnicos e quadros de entidades pblicas,
um dos representantes dos actuais proprietrios da Fbrica de Conhane, Hicep, entre
outras, alm de estudos e informao secundria disponvel (COMPETIR, Site da
Oryza, outros).

Appendix 2
11

2. Investimento

PLANO GLOBAL DE INVESTIMENTOS

DESIGNAO 1

ACTIVO FIXO CORPREO 1 140 000$00
Recuperao de instalaes, Bscula, Ar-
comprimido, Instal.Electrica 275 000$00
Equipamento produtivo (12.000 Ton./ano) 600 000$00
Prateleiras, Racks, porta paletes, empilhador 55 000$00
Camio pesado 8 Ton., 2 carrinhas de 3,5 Ton. 150 000$00
Equipamento administrativo 60 000$00

ACTIVO FIXO INCORPREO 47 500$00
Licenas, Alvars 2 500$00
Constituio da empresa 2 500$00
Implementao de Plano de Formao profissional 20 000$00
Estudo de Viabilidade 10 000$00
Implementao de Plano de Marketing 12 500$00

INVESTIMENTO EM ACTIVO FIXO 1 187 500$00

INVESTIMENTO EM NECESSID.FUNDO DE MANEIO 134 602$00

TOTAL 1 322 102$00

Appendix 2
12

NECESSIDADES DE FUNDO DE MANEIO
Unid.:dlares
RBRICAS DIAS 1 2 3 4 5
1. Disponibilidades 30 39 226$00 39 618$00 39 843$00 40 242$00 45 403$00
2. Clientes 30 107 669$00 136 335$00 143 178$00 145 553$00 146 407$00
3. Existncias 30 58 567$00 63 709$00 61 944$00 63 398$00 63 920$00
4. Fornecedores de Existncias 30 63 447$00 64 138$00 61 797$00 63 519$00 63 964$00
5. Estado
- IVA suportado
- IVA liquidado
- IVA a crdito
- IVA a pagar
- IRT 4 570$00 4 616$00 4 629$00 4 675$00 5 637$00
6. I.N.S.S. 2 842$00 2 870$00 2 876$00 2 905$00 3 575$00
7. Necessidades de F.M. 134 602$00 168 038$00 175 663$00 178 093$00 182 554$00
8. Investimento em F.M. 134 602$00 33 437$00 7 625$00 2 430$00 4 461$00
1 2 3 4 5
Existncias iniciais 58 567$00 63 709$00 61 944$00 63 398$00
Existncias finais 58 567$00 63 709$00 61 944$00 63 398$00 63 920$00
Compras 761 367$00 769 655$00 741 564$00 762 226$00 767 567$00
CMV 702 800$00 764 512$00 743 329$00 760 773$00 767 045$00

Appendix 2
13


PLANO DE FINANCIAMENTO DO PROJECTO
Unid.:dlares

RBRICAS 1

1. ORIGENS

Capitais Prprios 330 525$00
Capital Social 330 525$00
Prestaes Suplementares

Capitais Alheios 991 576$00
Emprstimo bancrio 925 471$00
Emprstimos scios 66 105$00

Subsdio
Fundo Perdido ao Investimento
Fundo Perdido aos PT

TOTAL 1 322 102$00

2. APLICAES

Investimento em Capital Fixo 1 187 500$00
Investimento em Nec. Fundo de Maneio 134 602$00
Reembolso do emprstimo bancrio
Reembolso do emprstimo de scios
TOTAL 1 322 102$00

Appendix 2
14

4. Proveitos

Apesar da estratgia a longo-prazo dever seguir uma linha de diferenciao do
produto final (marca, qualidade e variedade aromtica), com muito melhores
margens, considerou-se apenas que, comeando no Ano 1 com um peso das
variedades aromticas de 2,5%, se chegar no Ano 5 a 7,6% das vendas da
empresa

Apesar de se considerarem nos investimentos e custos todos os elemntos
necessrios para a obteno de um produto de qualidade, consideraram-se preos
de venda competitivos com o arroz importado de menor qualidade (25% partidos)

A capacidade de absoro pele mercado da produo desta unidade (quantidade)
no constitui problema, se levarmos em conta os seguintes indicadores:

- Moambique ser Importador de mais de 180.000 ton./ano de arroz
descascado;

- A frica do Sul importar mais de 530.000 ton./ano (maioritariamente
branqueado);

- Os pases fronteira importarem mais de 650.000 ton./ano;

- A capacidade produtiva de Moambique actual no ser superior a 100.000
ton./ano;

- e a capacidade de descasque no Vale do Limpopo, actualmente operacioanal,
ser de cerca de 35.000 ton./ano.

Prazo do Emprstimo 5
Taxa de juro 10,00% Periodo de Carencia de Cap 2
Unid.:dlares
Perodo Capital dvida Amortizao Juro Amortizao Capital div.
inicio perodo + juro fim perodo
1 semestre do Ano 1 925 471$00 46 274$00 46 274$00 925 471$00
2 semestre do Ano 2 925 471$00 46 274$00 46 274$00 925 471$00
1 semestre do Ano 2 925 471$00 46 274$00 46 274$00 925 471$00
2 semestre do Ano 2 925 471$00 46 274$00 46 274$00 925 471$00
1 semestre do Ano 3 925 471$00 154 245$00 46 274$00 200 519$00 771 226$00
2 semestre do Ano 3 771 226$00 154 245$00 38 561$00 192 807$00 616 981$00
1 semestre do Ano 4 616 981$00 154 245$00 30 849$00 185 094$00 462 736$00
2 semestre do Ano 4 462 736$00 154 245$00 23 137$00 177 382$00 308 490$00
1 semestre do Ano 5 308 490$00 154 245$00 15 425$00 169 670$00 154 245$00
2 semestre do Ano 5 154 245$00 154 245$00 7 712$00 161 957$00

Appendix 2
15
Os Subprodutos "trinca" e o "farelo" esto quantificados a preos de mercado
nacional, com uma evoluo descendente derivado da crescente maior
competitividade da produo agrcola. A trinca um sub-produto
particularmente valorizado no mercado nacioanal. O farelo um sub-produto
que poder obter valorizao acrescida com o desenvolvimento do sector
pecurio.

5. Custos

A matria-prima adquirida ao produtor a preos que resultam da implementao
das medidas definidas no "Relatrio Draft", do Diagnstico e Estratgia do Sector
Agrcola (anexo). Os pressupostos utilizados so perfeitamente atingveis, e no
foi considerado na simulao apresentada o alcance pleno da produtividade do
sector familiar e pequenos empresrios ali exposta (4,5 Ton./Ha), mas apenas 2,6
Ton./Ha e apenas no Ano 5 do projecto (ou seja daqui a cerca de 6/7 anos)

Dado que sero adquiridos equipamentos novos com tecnologias actuais,
considerou-se a obteno de rendimentos industrias ao nvel dos melhores
produtores mundiais (67%). Considerou-se tambm que a fbrica comear com
uma eficincia de 80% no Ano 1, passando para 90% no Ano 2 e 95% nos
restantes anos

Os Fornecimentos de Servios, Fornecimentos de Terceiros, Despesas com
Pessoal, Amortizaes de equipamentos, foram exaustivamente quantificados e a
preos de mercado (incluindo seguros multiriscos, acidentes de trabalho, stock;
2% de manuteno e conservao sobre o valor inicial do investimento;
publicidade e outros), como se pode constatar nos respectivos quadros.

Nas despesas com pessoal esto previstos ordenados dos operrios e
administrativos de 150 usd, por ms, o que evidencia a preocupao de
valorizao desta profisso, de obter motivao, produtividade e eficincia, ou
seja de no se pretender obter competitividade custa de factores no sustentveis
a mdio-longo prazo. Esto tambm previstas as contrataes de 1 Director Geral,
1 Director Financeiro, 1 Director Comercial, 1 Director Produo, com
remuneraes mensais de 1.200 a 1.500 usd e 2 Extensionistas (1 senior a 800
usd e 1 junior a 450 usd/ms)

Na rbrica custos financeiros de funcionamento esto previstos os custos
derivados do fomento integral da produo de arroz necessria para a fbrica (a
uma taxa de 15% em usd sobre o valor das compras).

TODOS OS RESTANTES PRESSUPOSTOS E RESPECTIVOS QUADROS SO
APRESENTADOS DE SEGUIDA EM RELAO AOS 2 CENRIOS
UTILIZADOS.

Appendix 2
16

CENRIO 1 - CAUTELOSO

1. Proveitos

CAPACIDADE PRODUO INSTALADA E UTILIZADA
SERVIOS/PRODUTOS 1 2 3 4 5
Capacidade de Produo Instalada (Ton.Hora) 6 6 6 6 6
Taxa de eficincia 80% 90% 95% 95% 95%
Turnos:
I 8 8 8 8 8
II
III
Total de horas mquina (H/M) por dia 8 8 8 8 8
N. dias de laborao / Ano 242 242 242 242 242
TOTAL 9293 10454 11035 11035 11035
ESTRUTURA DE VARIEDADES PROCESSADAS
Arroz Branqueado 1 "ndica" 97,5% 96,3% 94,8% 93,0% 92,4%
Arroz Branqueado 1 "Fragrante" 2,5% 3,7% 5,2% 7,0% 7,6%
TOTAL 100% 100% 100% 100% 100%
QUANTIDADES MENSAIS (Ton. / branqueado)
Arroz Branqueado 1 "ndica" 415 478 497 488 484
Arroz Branqueado 1 "Fragrante" 10 17 25 33 36
Trinca "ndica" 91 84 87 86 85
Trinca "Fragrante" 3 5 8 11 12
Smea 39 44 46 46 46
TOTAL 558 628 663 663 664

Appendix 2
17

PREO UNITRIO (USD/TON)
Unid.:dlares
Arroz Branqueado 1 "ndica" 212$00 239$00 239$00 239$00 239$00
Arroz Branqueado 1 "Fragrante" 708$00 626$00 529$00 529$00 529$00
Trinca "ndica" 120$00 114$00 104$00 104$00 104$00
Trinca "Fragrante" 120$00 114$00 104$00 104$00 104$00
Smea 35$00 33$00 30$00 30$00 30$00
TOTAL
PROVEITOS PREVISIONAIS MENSAIS
Unid.:dlares
Arroz Branqueado 1 "ndica" 88 188$00 114 295$00 118 706$00 116 494$00 115 698$00
Arroz Branqueado 1 "Fragrante" 6 858$00 10 376$00 13 177$00 17 645$00 19 252$00
Trinca "ndica" 10 873$00 9 592$00 9 057$00 8 888$00 8 827$00
Trinca "Fragrante" 395$00 620$00 846$00 1 133$00 1 236$00
Smea 1 355$00 1 452$00 1 393$00 1 393$00 1 393$00
TOTAL DE PROVEITOS 107 669$00 136 335$00 143 178$00 145 553$00 146 407$00
PROVEITOS PREVISIONAIS ANUAIS
Unid.:dlares
Arroz Branqueado 1 "ndica" 1 058 256$00 1 371 543$00 1 424 467$00 1 397 923$00 1 388 378$00
Trinca "ndica" 130 471$00 115 106$00 108 679$00 106 654$00 105 926$00
Trinca "Fragrante" 4 739$00 7 434$00 10 152$00 13 595$00 14 833$00
Smea 16 262$00 17 424$00 16 720$00 16 720$00 16 720$00
TOTAL DE PROVEITOS 1 292 026$00 1 636 024$00 1 718 140$00 1 746 634$00 1 756 879$00

Appendix 2
18

2. Custos

CUSTO UNITRIO (arroz em casca/TON.)
Unid.:dlares
Arroz Paddy "ndica" 72$00 69$00 63$00 63$00 63$00
Arroz Paddy "Fragrante" 201$00 183$00 152$00 152$00 152$00
TOTAL 273$00 252$00 215$00 215$00 215$00
CUSTOS DA MATRIA PRIMA MENSAIS
Unid.:dlares
Arroz Paddy "ndica" 54 677$00 57 886$00 54 654$00 53 636$00 53 270$00
Arroz Paddy "Fragrante" 3 889$00 5 823$00 7 290$00 9 762$00 10 651$00
TOTAL 58 567$00 63 709$00 61 944$00 63 398$00 63 920$00
CUSTOS DA MATRIA PRIMA ANUAIS
Unid.:dlares
Arroz Paddy "ndica" 656 130$00 694 631$00 655 850$00 643 629$00 639 235$00
Arroz Paddy "Fragrante" 46 671$00 69 881$00 87 479$00 117 144$00 127 810$00
TOTAL 702 800$00 764 512$00 743 329$00 760 773$00 767 045$00
FORNECIMENTOS E SERVIOS DE TERCEIROS MENSAIS
Unid.:dlares
FSE 1 2 3 4 5
Subcontratos
Electricidade 1 105$00 1 116$00 1 128$00 1 139$00 1 150$00
Combustveis 585$00 591$00 597$00 603$00 609$00
gua 176$00 177$00 179$00 181$00 183$00
Ferramentas e uten. de desgate rpido 117$00 118$00 119$00 121$00 122$00
Embalagens (sacos de 1 kg e 50 kg) 7 464$00 7 538$00 7 614$00 7 690$00 7 767$00
Material de Escritrio 117$00 118$00 119$00 121$00 122$00
Rendas e alugueres
Comunicao 234$00 236$00 239$00 241$00 244$00
Avena da contabilidade 351$00 355$00 358$00 362$00 365$00
Seguros 1 453$00 1 467$00 1 482$00 1 497$00 1 512$00
Deslocaes e estadas 150$00 152$00 153$00 155$00 156$00
Comisses e honorrios 200$00 202$00 204$00 206$00 208$00
Conservao e reparao 2 223$00 2 245$00 2 268$00 2 290$00 2 313$00
Publicidade e propaganda 585$00 591$00 597$00 603$00 609$00
Limpeza, higiene e conforto 117$00 118$00 119$00 121$00 122$00
Outros fornecimentos e servios de terceiros 585$00 591$00 597$00 603$00 609$00
TOTAL 15 462$00 15 616$00 15 772$00 15 930$00 16 089$00
QUANTIDADES ARROZ PADDY PROCESSADAS
Arroz Paddy "ndica" 755 839 872 855 850
Arroz Paddy "Fragrante" 19 32 48 64 70
TOTAL 774 871 920 920 920

Appendix 2
19

FORNECIMENTOS E SERVIOS DE TERCEIROS ANUAIS
Unid.:dlares
FSE 1 2 3 4 5
Subcontratos
Electricidade 13 265$00 13 397$00 13 531$00 13 667$00 13 803$00
Combustveis 7 020$00 7 090$00 7 161$00 7 233$00 7 305$00
gua 2 106$00 2 127$00 2 148$00 2 170$00 2 192$00
Ferramentas e uten. de desgate rpido 1 404$00 1 418$00 1 432$00 1 447$00 1 461$00
Embalagens (sacos de 1 kg e 50 kg) 89 565$00 90 461$00 91 365$00 92 279$00 93 202$00
Material de Escritrio 1 404$00 1 418$00 1 432$00 1 447$00 1 461$00
Rendas e alugueres
Comunicao 2 808$00 2 836$00 2 864$00 2 893$00 2 922$00
Avena da contabilidade 4 212$00 4 254$00 4 297$00 4 340$00 4 383$00
Seguros 17 435$00 17 609$00 17 785$00 17 963$00 18 142$00
Deslocaes e estadas 1 800$00 1 818$00 1 836$00 1 855$00 1 873$00
Comisses e honorrios 2 400$00 2 424$00 2 448$00 2 473$00 2 497$00
Publicidade e propaganda 7 020$00 7 090$00 7 161$00 7 233$00 7 305$00
Limpeza, higiene e conforto 1 404$00 1 418$00 1 432$00 1 447$00 1 461$00
Outros fornecimentos e servios de terceiros 7 020$00 7 090$00 7 161$00 7 233$00 7 305$00
TOTAL 185 538$00 187 394$00 189 268$00 191 160$00 193 072$00
CUSTOS MENSAIS COM O PESSOAL
Unid.:dlares
PT'S 1 2 3 4 5
DG+DC+DF+DP 5 304$00 5 357$00 5 411$00 5 465$00 5 519$00
- Remunerao 5 100$00 5 151$00 5 203$00 5 255$00 5 307$00
- Encargos 204$00 206$00 208$00 210$00 212$00
100 Oper.+2Extens. 16 900$00 17 069$00 17 069$00 17 240$00 21 765$00
- Remunerao 16 250$00 16 413$00 16 413$00 16 577$00 20 928$00
- Encargos 650$00 657$00 657$00 663$00 837$00
Adminitrativos(10) 1 560$00 1 576$00 1 591$00 1 607$00 2 029$00
- Remunerao 1 500$00 1 515$00 1 530$00 1 545$00 1 951$00
- Encargos 60$00 61$00 61$00 62$00 78$00
TOTAL 23 764$00 24 002$00 24 071$00 24 312$00 29 314$00
CUSTOS ANUAIS COM O PESSOAL
Unid.:dlares
PT'S 1 2 3 4 5
DG+DC+DF+DP 63 648$00 64 284$00 64 927$00 65 577$00 66 232$00
- Remunerao 61 200$00 61 812$00 62 430$00 63 054$00 63 685$00
- Encargos 2 448$00 2 472$00 2 497$00 2 522$00 2 547$00
100 Oper.+2Extens. 202 800$00 204 828$00 204 828$00 206 876$00 261 181$00
- Remunerao 195 000$00 196 950$00 196 950$00 198 920$00 251 136$00
- Encargos 7 800$00 7 878$00 7 878$00 7 957$00 10 045$00
Adminitrativos(10) 18 720$00 18 907$00 19 096$00 19 287$00 24 350$00
- Remunerao 18 000$00 18 180$00 18 362$00 18 545$00 23 414$00
- Encargos 720$00 727$00 734$00 742$00 937$00
TOTAL 285 168$00 288 020$00 288 852$00 291 740$00 351 764$00

Appendix 2
20

IRT MENSAL
Unid.:dlares
Taxa PT'S 1 2 3 4 5
20,00% DG+DC+DF+DP 1 020$00 1 030$00 1 041$00 1 051$00 1 061$00
10,00% 100 Oper.+2Extens. 1 625$00 1 641$00 1 641$00 1 658$00 2 093$00
10,00% Adminitrativos(10) 150$00 152$00 153$00 155$00 195$00
Total 2 795$00 2 823$00 2 835$00 2 863$00 3 349$00
INSTITUTO NACIONAL SEGURANA SOCIAL
Unid.:dlares
Taxa PT'S 1 2 3 4 5
3,00% DG+DC+DF+DP 153$00 155$00 156$00 158$00 159$00
3,00% 100 Oper.+2Extens. 488$00 492$00 492$00 497$00 628$00
3,00% Adminitrativos(10) 45$00 45$00 46$00 46$00 59$00
Total 686$00 692$00 694$00 701$00 846$00
Quadro de amortizaes
DESIGNAO VALOR TAXA DE 1 2 3 4 5
AMORTIZAO
I - ACTIVO FIXO CORPREO
Recuperao de instalaes, Bscula, Ar-comprimido,
Instal.Electrica 275 000$00 4,00% 11 000$00 11 000$00 11 000$00 11 000$00 11 000$00
Equipamento produtivo (12.000 Ton./ano) 600 000$00 12,50% 75 000$00 75 000$00 75 000$00 75 000$00 75 000$00
Prateleiras, Racks, porta paletes, empilhador 55 000$00 12,50% 6 875$00 6 875$00 6 875$00 6 875$00 6 875$00
Camio pesado 8 Ton., 2 carrinhas de 3,5 Ton. 150 000$00 25,00% 37 500$00 37 500$00 37 500$00 37 500$00
Equipamento administrativo 60 000$00 20,00% 12 000$00 12 000$00 12 000$00 12 000$00 12 000$00
II - ACTIVO FIXO INCORPREO
Licenas, Alvars 2 500$00 33,33% 833$00 833$00 833$00
Constituio da empresa 2 500$00 33,33% 833$00 833$00 833$00
Implementao de Plano de Formao profissional 20 000$00 33,33% 6 667$00 6 667$00 6 667$00
Estudo de Viabilidade 10 000$00 33,33% 3 333$00 3 333$00 3 333$00
Implementao de Plano de Marketing 12 500$00 33,33% 4 167$00 4 167$00 4 167$00
TOTAL ( I+II ) 1 187 500$00 158 208$00 158 208$00 158 208$00 142 375$00 104 875$00

Appendix 2
21


CONTA DE EXPLORAO PREVISIONAL DA EMPRESA PROJECTO
Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
1.Vendas Lquidas 1 292 026$00 1 636 024$00 1 718 140$00 1 746 634$00 1 756 879$00
1.1.Mercado Interno 1 292 026$00 1 636 024$00 1 718 140$00 1 746 634$00 1 756 879$00
1.2.Mercado Externo
2.Outros Proveitos
2.1.Servios Prestados
2.2.Outros
3.Variao da Produo
4.Total 1 292 026$00 1 636 024$00 1 718 140$00 1 746 634$00 1 756 879$00
5.Custo das Exist. Consum. Nacionais 702 800$00 764 512$00 743 329$00 760 773$00 767 045$00
6.Custo das Exist. Consum.Importadas
7.Subcontratos
8.Outros Fornecim. e Serv.de Terceiros. 185 538$00 187 394$00 189 268$00 191 160$00 193 072$00
8.1.Electricidade/gua/Combustveis 22 391$00 22 615$00 22 841$00 23 069$00 23 300$00
8.2.Renda
8.3.Comunicaes 2 808$00 2 836$00 2 864$00 2 893$00 2 922$00
8.4.Seguros 17 435$00 17 609$00 17 785$00 17 963$00 18 142$00
8.5.Comisses 2 400$00 2 424$00 2 448$00 2 473$00 2 497$00
8.6.Publicidade e propaganda 7 020$00 7 090$00 7 161$00 7 233$00 7 305$00
8.5. F. S. Terceiros Diversos 133 485$00 134 820$00 136 168$00 137 530$00 138 905$00
9.Impostos 129$00 164$00 172$00 175$00 176$00
9.1.Directos
9.2.Indirectos 129$00 164$00 172$00 175$00 176$00
10.Despesas com Pessoal 285 168$00 288 020$00 288 852$00 291 740$00 351 764$00
11.Outras Despesas e Encargos 25 841$00 32 720$00 34 363$00 34 933$00 35 138$00
12.Amortizaes e Reintegraes 158 208$00 158 208$00 158 208$00 142 375$00 104 875$00
13.Provises
14.Total 1 357 685$00 1 431 018$00 1 414 191$00 1 421 155$00 1 452 069$00
15.Resultados Operacionais do Exerccio - 65 659$00 205 006$00 303 948$00 325 478$00 304 810$00
16.Encargos Financeiros 146 757$00 149 886$00 140 585$00 111 044$00 80 665$00
16.1.De Funcionamento 54 210$00 57 338$00 55 750$00 57 058$00 57 528$00
16.2.De Financiamento 92 547$00 92 547$00 84 835$00 53 986$00 23 137$00
17.Custos e Perdas extraordinrios
18.Resultados Antes dos Impostos - 212 416$00 55 120$00 163 364$00 214 435$00 224 145$00
19.Provises p/ Impostos sobre Lucros 2 124$00 75 052$00 78 451$00
20.Resultados Lquidos - 212 416$00 55 120$00 161 240$00 139 382$00 145 694$00

Appendix 2
22


INDICADORES RENTABILIDADE DO PROJECTO

Valor Actual Lquido do Projecto (VAL) 54 731$00

Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) 14,90%

ndice de Lucratividade (IL) 113,98%

Perodo Rec. Investimento (PRI) - Meses 59

CASH-FLOWS GERADOS PELO PROJECTO
Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
Investimento Total Anual (1) 1 322 102$00 33 437$00 7 625$00
Valor Residual do Investimento (2) 641 289$00
Cash-Flow de Explorao (3) 38 339$00 305 876$00 404 283$00 335 743$00 273 706$00
Cash-Flow Antes do Projecto (4)
Cash-Flow do Projecto (3+2-1-4) -1 283 763$00 272 439$00 396 658$00 335 743$00 914 995$00
Perodo para efeitos de actualizao 1 2 3 4 5
CF explorao actualizados 33 929$00 305 876$00 404 283$00 335 743$00 273 706$00
CF Actualizados -1 136 073$00 213 360$00 274 904$00 205 918$00 496 623$00
VAL 54 731$00
CF Acumulados -1 136 073$00 - 922 713$00 - 647 809$00 - 441 892$00 54 731$00

Appendix 2
23


ANLISE DE SENSIBILIDADE

Unid.:dlares
Variao Indicador PARMETROS CRTICOS CONSIDERADOS
Efectuada Calculado Preo de Nvel de Custo de Nvel de
Venda Custos Investim. Vendas
-10% V.A.L. - 484 298$00 413 258$00 123 925$00 - 161 907$00
T.I.R. -0,9% 26,6% 17,2% 8,1%
-5% V.A.L. - 215 315$00 239 256$00 92 789$00 - 49 296$00
T.I.R. 6,6% 20,6% 16,0% 11,5%
10% V.A.L. 486 732$00 - 387 585$00 - 19 366$00 236 589$00
T.I.R. 29,0% 1,9% 12,5% 20,4%
5% V.A.L. 276 606$00 - 167 678$00 21 975$00 149 120$00
T.I.R. 21,8% 8,0% 13,6% 17,6%

Appendix 2
24


ESTRUTURA DE CUSTOS DO PROJECTO
RBRICAS 1 2 3 4 5
Total de Proveitos 1 292 026$00 1 636 024$00 1 718 140$00 1 746 634$00 1 756 879$00
Existncias Consumidas 54,40% 46,73% 43,26% 43,56% 43,66%
Subcontratos
F. S. Es 14,36% 11,45% 11,02% 10,94% 10,99%
Impostos 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01%
Despesas como Pessoal 22,07% 17,60% 16,81% 16,70% 20,02%
Outras Despesas e Engargos 2,00% 2,00% 2,00% 2,00% 2,00%
Amortizaes e Reintegraes 12,24% 9,67% 9,21% 8,15% 5,97%
Provises
Enc. Fin. de Funcionamento 4,20% 3,50% 3,24% 3,27% 3,27%
Enc. Fin. de Financiamento 7,16% 5,66% 4,94% 3,09% 1,32%
Resultados Lquidos -16,44% 3,37% 9,38% 7,98% 8,29%
MARGEM BRUTA DAS VENDAS
Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
Vendas 1 292 026$00 1 636 024$00 1 718 140$00 1 746 634$00 1 756 879$00
CMVMC 702 800$00 764 512$00 743 329$00 760 773$00 767 045$00
Margembruta 45,60% 53,27% 56,74% 56,44% 56,34%
ESTRUTURA DE CUSTOS
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
140,00%
1 2 3 4 5
Enc. Fin. deFinanciamento
Enc. Fin. deFuncionamento
Provises
Amortizaes eReintegraes
Outras Despesas eEngargos
Despesas como Pessoal
Impostos
F. S. Es
Subcontratos
Existncias Consumidas
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
1 2 3 4 5

Appendix 2
25

OUTROS INDICADORES ECONMICOS DO PROJECTO
Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
Ponto Crtico (PC) 1 987 999$00 1 500 506$00 1 352 435$00 1 263 676$00 1 250 470$00
Cobertura do VBP sobre o PC 65% 109% 127% 138% 140%
Valor Acrescentado Bruto (VAB) 397 681$00 671 430$00 771 413$00 780 204$00 782 265$00
Produtividade 3 428$00 5 788$00 6 650$00 6 726$00 6 744$00
Valor Acrescentado Nacional (VAN) 1 100 481$00 1 435 943$00 1 514 742$00 1 540 976$00 1 549 309$00
VAN / VBP 85% 88% 88% 88% 88%
Cash-Flow de Explorao 38 339$00 305 876$00 404 283$00 335 743$00 273 706$00
PONTO CRTICO
$00
500 000$00
1 000 000$00
1 500 000$00
2 000 000$00
2 500 000$00
1 2 3 4 5
RL E VAB
- 400 000$00
- 200 000$00
$00
200 000$00
400 000$00
600 000$00
800 000$00
1 000 000$00
1 2 3 4 5
VAB
RL
VAB E PRODUTIVIDADE DA EMPRESA
Unid.:dlares
RBRICA 1 2 3 4 5
Despesas com pessoal 285 168$00 288 020$00 288 852$00 291 740$00 351 764$00
Despesas financeiras 146 757$00 149 886$00 140 585$00 111 044$00 80 665$00
Amortizaes 158 208$00 158 208$00 158 208$00 142 375$00 104 875$00
Resultados liqudos - 212 416$00 55 120$00 161 240$00 139 382$00 145 694$00
VAB 377 717$00 651 234$00 748 885$00 684 541$00 682 998$00
N. de trabalhadores 116 116 116 116 116
Produtividade global do emprego 3 256$00 5 614$00 6 456$00 5 901$00 5 888$00
Produtividade global do activo 31,46% 52,67% 68,77% 68,83% 81,57%

Appendix 2
26
RCIOS ECONMICOS DA EMPRESA
RBRICA 1 2 3 4 5
Meios libertos de explorao 38 339$00 305 876$00 404 283$00 335 743$00 273 706$00
Rendibilidade do capital prprio -179,85% 31,82% 48,21% 29,41% 23,52%
Rendibilidade bruta das vendas 45,60% 53,27% 56,74% 56,44% 56,34%
Rendibilidade lquida das vendas -16,44% 3,37% 9,51% 12,28% 12,76%
Rentabilidade de explorao das vendas 2,97% 18,70% 23,53% 19,22% 15,58%
Rentabilidade econmica do activo 3,19% 24,74% 37,12% 33,76% 32,69%
Rendibilidade do activo -5,47% 16,58% 27,91% 32,72% 36,40%

Appendix 2
27


Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
ACTIVO
1.Imobilizado Bruto 1 187 500$00 1 187 500$00 1 187 500$00 1 187 500$00 1 187 500$00
1.1.Incorpreo 47 500$00 47 500$00 47 500$00 47 500$00 47 500$00
1.2.Corpreo 1 140 000$00 1 140 000$00 1 140 000$00 1 140 000$00 1 140 000$00
1.3.Financeiro
3.Crditos a Mdio e Longo Prazo
4.Existncias 58 567$00 63 709$00 61 944$00 63 398$00 63 920$00
5.Crditos a Curto Prazo 107 669$00 136 335$00 143 178$00 145 553$00 146 407$00
5.1.Clientes 107 669$00 136 335$00 143 178$00 145 553$00 146 407$00
5.2.Outros Devedores
6.Dep.Bancrios/Caixa/Tit.Negociveis 5 018$00 165 302$00 170 984$00 215 148$00 161 326$00
7.Acrscimos e Diferimentos
8.Total do Activo 1 200 545$00 1 236 430$00 1 088 981$00 994 599$00 837 278$00
CAPITAIS PRPRIOS
9.Capital 330 525$00 330 525$00 330 525$00 330 525$00 330 525$00
10.Prestaoes Suplementares
11.Reservas / Result. Transitados - 212 416$00 - 157 296$00 3 944$00 143 327$00
13.Dividendos Antecipados
14.Total dos Capitais Prprios 118 109$00 173 229$00 334 470$00 473 852$00 619 547$00
PASSIVO
15.Provises para Riscos e Encargos
16.Dbitos a Mdio e Longo Prazo 991 576$00 991 576$00 683 086$00 374 596$00 66 105$00
16.1.Emprstimos Obtidos (Bancos) 925 471$00 925 471$00 616 981$00 308 490$00
16.2.Suprimentos de Scios 66 105$00 66 105$00 66 105$00 66 105$00 66 105$00
16.3.Outras Dvidas
17.Dbitos a Curto Prazo 90 859$00 71 624$00 71 426$00 146 151$00 151 627$00
17.1.Emprstimos Obtidos (Bancos) 20 000$00
17.2.Fornecedores 63 447$00 64 138$00 61 797$00 63 519$00 63 964$00
17.3.Sector Pblico Estatal 7 412$00 7 486$00 9 629$00 82 632$00 87 663$00
17.4.Outras Dvidas
19.Total do Passivo 1 082 436$00 1 063 200$00 754 512$00 520 747$00 217 732$00
20.Total do Passivo + Capitais Prprios 1 200 545$00 1 236 430$00 1 088 981$00 994 599$00 837 278$00
BALANOS PREVISIONAIS

Appendix 2
28


RCIOS FINANCEIROS DA EMPRESA
RBRICA 1 2 3 4 5
Capacidade de endividamento 10,91% 16,29% 44,33% 90,99% 284,55%
Perodo de recuperao da dvida -18,66 4,65 2,14 1,33 0,26
Custo mdio do passivo 13,56% 14,10% 18,63% 21,32% 37,05%
Autonomia financeira 9,84% 14,01% 30,71% 47,64% 74,00%
Solvabilidade 10,91% 16,29% 44,33% 90,99% 284,55%
RCIOS LIQUIDEZ DA EMPRESA
RBRICA 1 2 3 4 5
Liquidez geral 1,88 5,10 5,27 2,90 2,45
Liquidez reduzida 1,24 4,21 4,40 2,47 2,03
Liquidez imediata 0,06 2,31 2,39 1,47 1,06
LIQUIDEZ
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
1 2 3 4 5
Liquidez geral
Liquidez reduzida
Liquidez imediata
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
1 2 3 4 5
AUTONOMIA FINANCEIRA
0,00%
50,00%
100,00%
150,00%
200,00%
250,00%
300,00%
1 2 3 4 5
SOLVABILIDADE

Appendix 2
29

OUTROS INDICADORES DA EMPRESA
RBRICA 1 2 3 4 5
PMR (dias) 30 30 30 30 30
PMP (dias) 33 31 30 30 30
Rotao do activo 107,62% 132,32% 157,77% 175,61% 209,83%
Rotao das existncias (dias) 30 30 30 30 30
Encargos com pessoal / vendas 22,07% 17,60% 16,81% 16,70% 20,02%
Produtividade salarial 132,45% 226,11% 259,26% 234,64% 194,16%
Cobertura do Imob. Pelos C. Prp. 9,95% 14,59% 28,17% 39,90% 52,17%
BALANO ESQUEMTICO DA EMPRESA
Unid.:dlares
RBRICA 1 2 3 4 5
Capitais permanetes 1 109 686$00 1 164 806$00 1 017 555$00 848 448$00 685 652$00
Imobilizado liqudo 1 029 292$00 871 083$00 712 875$00 570 500$00 465 625$00
Fundo de Maneio 80 394$00 293 722$00 304 680$00 277 948$00 220 027$00
Necessidades cclicas 166 235$00 200 045$00 205 122$00 208 951$00 210 327$00
Recursos cclicos 70 859$00 71 624$00 71 426$00 146 151$00 151 627$00
Necessidades fundo de maneio 95 376$00 128 421$00 133 696$00 62 799$00 58 700$00
Tesouraria activa 5 018$00 165 302$00 170 984$00 215 148$00 161 326$00
Tesouraria passiva 20 000$00
Tesouraria - 14 982$00 165 302$00 170 984$00 215 148$00 161 326$00
Controle tesouraria $00 $00
- 50 000$00
$00
50 000$00
100 000$00
150 000$00
200 000$00
250 000$00
300 000$00
350 000$00
1 2 3 4 5
TESOURARIA
FM
NFM
TESOURARIA

Appendix 2
30

CENRIO 2 - REALISTA

NOTA: Apresentam-se apenas os quadros alterados

1. Proveitos

Unid.:dlares
Arroz Branqueado 1 "ndica" 239$00 252$00 252$00 252$00 252$00
Arroz Branqueado 1 "Fragrante" 708$00 626$00 529$00 529$00 529$00
Trinca "ndica" 120$00 114$00 104$00 104$00 104$00
Trinca "Fragrante" 120$00 114$00 104$00 104$00 104$00
Smea 35$00 33$00 30$00 30$00 30$00
TOTAL
Unid.:dlares
Arroz Branqueado 1 "ndica" 99 211$00 120 645$00 125 300$00 122 965$00 122 126$00
Trinca "ndica" 10 873$00 9 592$00 9 057$00 8 888$00 8 827$00
Trinca "Fragrante" 395$00 620$00 846$00 1 133$00 1 236$00
Smea 1 355$00 1 452$00 1 393$00 1 393$00 1 393$00
Unid.:dlares
Arroz Branqueado 1 "ndica" 1 190 538$00 1 447 740$00 1 503 604$00 1 475 585$00 1 465 511$00
Trinca "ndica" 130 471$00 115 106$00 108 679$00 106 654$00 105 926$00
Trinca "Fragrante" 4 739$00 7 434$00 10 152$00 13 595$00 14 833$00
Smea 16 262$00 17 424$00 16 720$00 16 720$00 16 720$00

Appendix 2
31

2. Custos

Nota: No h alteraes significativas, uma vez que apenas se alteraram os
pressupostos dos preos de venda do produto final.


CONTA DE EXPLORAO PREVISIONAL DO PROJECTO
Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
1.Vendas Lquidas 1 424 308$00 1 712 221$00 1 797 277$00 1 824 296$00 1 834 011$00
1.1.Mercado Interno 1 424 308$00 1 712 221$00 1 797 277$00 1 824 296$00 1 834 011$00
1.2.Mercado Externo
2.Outros Proveitos
2.2.Outros
3.Variao da Produo
4.Total 1 424 308$00 1 712 221$00 1 797 277$00 1 824 296$00 1 834 011$00
7.Subcontratos
8.2.Renda
8.3.Comunicaes 2 808$00 2 836$00 2 864$00 2 893$00 2 922$00
8.4.Seguros 17 435$00 17 609$00 17 785$00 17 963$00 18 142$00
8.5.Comisses 2 400$00 2 424$00 2 448$00 2 473$00 2 497$00
9.Impostos 142$00 171$00 180$00 182$00 183$00
9.1.Directos
9.2.Indirectos 142$00 171$00 180$00 182$00 183$00
13.Provises
14.Total 1 360 344$00 1 432 550$00 1 415 782$00 1 422 716$00 1 453 619$00
15.Resultados Operacionais do Exerccio 63 964$00 279 671$00 381 495$00 401 580$00 380 392$00
18.Resultados Antes dos Impostos - 82 065$00 129 014$00 240 203$00 290 086$00 299 534$00
19.Provises p/ Impostos sobre Lucros 16 432$00 84 071$00 101 530$00 104 837$00

Appendix 2
32


INDICADORES FINANCEIROS DO PROJECTO





Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
Investimento Total Anual (1) 1 333 125$00 28 763$00 7 870$00
Valor Residual do Investimento (2) 647 883$00
Cash-Flow do Projecto (3+2-1-4) -1 163 663$00 335 346$00 392 012$00 385 367$00 970 785$00
CF Actualizados -1 029 790$00 262 625$00 271 684$00 236 353$00 526 903$00
VAL 267 775$00
CF Acumulados -1 029 790$00 - 767 165$00 - 495 481$00 - 259 128$00 267 775$00
PRI 12 12 12 12 6

Appendix 2
33



Unid.:dlares
-10% V.A.L. - 207 220$00 647 036$00 362 806$00 104 670$00
T.I.R. 6,7% 35,6% 26,1% 16,4%
-5% V.A.L. 76 691$00 475 593$00 332 604$00 204 372$00
T.I.R. 15,4% 29,2% 24,5% 19,7%
10% V.A.L. 743 562$00 - 79 711$00 241 878$00 497 280$00
T.I.R. 39,1% 10,6% 20,3% 29,7%
5% V.A.L. 524 197$00 126 275$00 272 200$00 399 841$00
T.I.R. 30,9% 17,0% 21,6% 26,3%


Appendix 2
34

ESTRUTURA DE CUSTOS DO PROJECTO
RBRICAS 1 2 3 4 5
Subcontratos
F. S. Es 13,03% 10,94% 10,53% 10,48% 10,53%
Impostos 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01%
Despesas com o Pessoal 20,02% 16,82% 16,07% 15,99% 19,18%
Provises
Resultados Lquidos -5,76% 6,58% 8,69% 10,34% 10,62%
MARGEM BRUTA DAS VENDAS
Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
Vendas 1 424 308$00 1 712 221$00 1 797 277$00 1 824 296$00 1 834 011$00
CMVMC 702 800$00 764 512$00 743 329$00 760 773$00 767 045$00
Margem bruta 50,66% 55,35% 58,64% 58,30% 58,18%
ESTRUTURA DE CUSTOS
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
1 2 3 4 5
Enc. Fin. de Financiamento
Enc. Fin. de Funcionamento
Provises
Amortizaes e Reintegraes
Outras Despesas e Engargos
Impostos
F. S. Es
Subcontratos
46,00%
48,00%
50,00%
52,00%
54,00%
56,00%
58,00%
60,00%
1 2 3 4 5

Appendix 2
35

PONTO CRTICO DA EMPRESA
RBRICA 1 2 3 4 5
Volume de vendas 1 424 308$00 1 712 221$00 1 797 277$00 1 824 296$00 1 834 011$00
Custos variveis 898 849$00 972 123$00 952 219$00 972 685$00 980 804$00
Margem 525 459$00 740 097$00 845 057$00 851 612$00 853 207$00
Margem (%) 36,89% 43,22% 47,02% 46,68% 46,52%
Custos fixos 607 524$00 611 084$00 604 854$00 561 526$00 553 673$00
Ponto crtico 1 646 752$00 1 413 746$00 1 286 411$00 1 202 883$00 1 190 148$00
Margem de segurana -15,62% 17,43% 28,42% 34,06% 35,11%
Unid.:dlares
RBRICA 1 2 3 4 5
Amortizaes 158 208$00 158 208$00 158 208$00 142 375$00 104 875$00
Resultados liqudos - 82 065$00 112 582$00 156 132$00 188 556$00 194 697$00
VAB 507 340$00 709 467$00 744 484$00 734 165$00 732 194$00
PONTO CRTICO
$00
200 000$00
400 000$00
600 000$00
800 000$00
1 000 000$00
1 200 000$00
1 400 000$00
1 600 000$00
1 800 000$00
1 2 3 4 5
RBRICA 1 2 3 4 5
Rendibilidade do capital prprio -32,67% 30,95% 30,03% 26,61% 21,56%
Rendibilidade lquida das vendas -5,76% 7,53% 13,36% 15,90% 16,33%
Rentabilidade de explorao das vend 11,90% 21,27% 22,25% 21,12% 17,61%
Rendibilidade do activo 4,84% 20,19% 29,45% 33,68% 35,18%

Appendix 2
36


Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
ACTIVO
1.1.Incorpreo 47 500$00 47 500$00 47 500$00 47 500$00 47 500$00
1.2.Corpreo 1 140 000$00 1 140 000$00 1 140 000$00 1 140 000$00 1 140 000$00
1.3.Financeiro
4.Existncias 58 567$00 63 709$00 61 944$00 63 398$00 63 920$00
5.1.Clientes 118 692$00 142 685$00 149 773$00 152 025$00 152 834$00
5.2.Outros Devedores
8.Total do Activo 1 321 920$00 1 385 042$00 1 295 428$00 1 192 178$00 1 081 196$00
CAPITAIS PRPRIOS
9.Capital 333 281$00 333 281$00 333 281$00 333 281$00 333 281$00
11.Reservas / Result. Transitados - 82 065$00 30 517$00 186 649$00 375 205$00
14.Total dos Capitais Prprios 251 217$00 363 798$00 519 930$00 708 486$00 903 183$00
PASSIVO
16.Dbitos a Mdio e Longo Prazo 999 844$00 933 188$00 622 125$00 311 063$00
16.1.Emprstimos Obtidos (Bancos) 933 188$00 933 188$00 622 125$00 311 063$00
16.2.Suprimentos de Scios 66 656$00
16.3.Outras Dvidas
17.1.Emprstimos Obtidos (Bancos)
17.2.Fornecedores 63 447$00 64 138$00 61 797$00 63 519$00 63 964$00
17.4.Outras Dvidas
19.Total do Passivo 1 070 703$00 1 021 244$00 775 498$00 483 692$00 178 013$00
20.Total do Passivo + Capitais Prprios 1 321 920$00 1 385 042$00 1 295 428$00 1 192 178$00 1 081 196$00

Appendix 2
37


RBRICA 1 2 3 4 5
Endividamento 81,00% 73,73% 59,86% 40,57% 16,46%
Perodo de recuperao da dvida 13,13 3,45 1,98 0,94
Solvabilidade 23,46% 35,62% 67,04% 146,47% 507,37%
RBRICA 1 2 3 4 5
Liquidez geral 4,13 5,84 3,80 3,60 3,46
LIQUIDEZ
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
1 2 3 4 5
Liquidez geral
Liquidez reduzida
Liquidez imediata
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
1 2 3 4 5
0,00%
100,00%
200,00%
300,00%
400,00%
500,00%
600,00%
1 2 3 4 5
SOLVABILIDADE

Appendix 2
38

RBRICA 1 2 3 4 5
PMR (dias) 30 30 30 30 30
PMP (dias) 33 31 30 30 30
Rotao do activo 107,75% 123,62% 138,74% 153,02% 169,63%
Encargos com pessoal / vendas 20,02% 16,82% 16,07% 15,99% 19,18%
Unid.:dlares
RBRICA 1 2 3 4 5
Capitais permanetes 1 251 061$00 1 296 986$00 1 142 055$00 1 019 548$00 903 183$00
Imobilizado liqudo 1 029 292$00 871 083$00 712 875$00 570 500$00 465 625$00
Fundo de Maneio 221 769$00 425 903$00 429 180$00 449 048$00 437 558$00
Tesouraria passiva
Tesouraria 115 369$00 307 564$00 370 836$00 406 255$00 398 816$00
Controle tesouraria
$00
50 000$00
100 000$00
150 000$00
200 000$00
250 000$00
300 000$00
350 000$00
400 000$00
450 000$00
1 2 3 4 5
TESOURARIA
FM
NFM
TESOURARIA

Appendix 2
39

A AN NE EX XO OS S

1. Formao dos preos agrcolas e agro-indstria (com implementao da
estratgia definida para o sector agrcola). Sua Evoluo

Ano 1

Obs. Obs. Unidade Custo/unit.
(usd/Ha) (usd/Ton.) (usd/Ton.) (% s/ Mo.)
Ton/HA = 4 Ton/HA = 1,5 3,5
Produo (usd/Ha) (Ton. paddy) (usd/Ha) (Ton. paddy)
1. Lavoura Mecnica 51 12,7 18,0 12,0 0,0 -12,7 -100,0%
2. Semente 25 6,3 12,5 8,3 37 10,6 4,3 69,1%
3. Adubo(ureia+NPK) 98 24,6 113,2 75,5 41 11,7 -12,9 -52,4%
4. Herbicidas 13 3,1 12,5 8,3 11 3,1 0,0 0,6%
5. gua (rega) 10 2,5 10,0 6,7 14 4,0 1,5 60,0%
6. Fio Sisal/Sacaria 2 0,5 2,0 1,3 0,0 -0,5 -100,0%
7. Colheita Mecnica 7 1,8 0,0 0,0 20 5,7 3,9 217,5%
8. Mo-de-Obra 30 7,5 58,0 38,7 129 36,9 29,4 391,4%
9. Transporte 25 6,3 45,0 30,0 30,0 23,8 380,0%
10. Encargos Financeiros 0,0% 0 0,0 0 0,0 21 6,0 6,0 #DIV/0!
11. Impostos 0 0,0 0 0,0 0,0% 0 0,0 0,0
12. Lucro (1) 10,0% 29 7,2 30 20,1 10,0% 42 12,0 4,8 65,7%
Preo Venda arroz Paddy 290 72,4 200,9 315 120,0 47,6 65,7%
Transformao
1. Custo Transformao 18,0 18,0 8,0 -10,0 -55,6%
2. Perdas na transformao (rendimento) 55,0% 59,3 50,0% 200,9 50,0% 120,0 60,8 102,5%
3. Sacaria e Embalagem 4,0 4,0 4,0 0,0 0,0%
4. Receita da Venda de farelo 5,0% 35 0,0 5,0% 0,0 5,0% 35 0,0 0,0 0,0%
5. Receita da Venda da trinca 12,0% 120 0,0 17,0% 0,0 17,0% 120 0,0 0,0 0,0%
6. Transporte 5,0 5,0 7,0 2,0 40,0%
7. Encargos Financeiros(taxa USD p/fundo de maneio) 15,0% 7,1 15,0% 16,7 15,0% -20,0% 7,9 0,8 11,8%
8. Impostos 35,0% 64,5 35,0% 173,2 0,0% 0,0 -64,5 -100,0%
9. Outras custos e perdas (2) 5,0% 7,5 5,0% 21,0 5,0% 12,4 4,9 65,7%
10. Lucro 10,0% 25,6 10,0% 68,7 10,0% 29,7 4,1 15,9%
Preo de venda final (ao armazenista) (PrMoc) 263,3 708,5 309,0 45,7 17,4%
Preo FOB Vietnam: 25% 25-10-2002 168,0
Preo FOB
ndia: " Basmati" 25-10-2002 680,0
Cif Maputo 60 228,0 Cif Maputo 60 740,0
Encargos Porturios 9,0
Encargos
Porturios 9,0
Taxas de Importao 7,50% 17,1
Taxas de
Importao 7,50% 55,5
Encargos Financeiros (usd) 15% 60 dias 6,4
Encargos
Financeiros(usd) 15% 60 dias 20,1
Transporte Porto-Armazm 5
Transporte Porto-
Armazm 5
Preo entrada no Armazm (PrInt) USD 265,5 Preo entrada no Armazm (PrInt - PrMoc) 829,6
MARGEM DE SEGURANA (PrInt - PrMoc) NORMAL USD 2,2 USD 121,1
(competitividade) % 0,8% % 17,1%
OBSERVAES:
1 - Fonte: Estudo Competir, Agrimo c/ ajustamentos meus e do Eng Castro, www.oryza.com
2 - Conferir comEquipa custos unitrios
3 - Esto introduzidas medidas comvista a reduzir: Custo F.P.; Custo Mquina;
Custo mo-de-obra; impostos s/ rendimento.
4 - O rendimento da fbrica 66% o obtido nos pases asiticos, no pressuposto
de ser adoptada na "Fbrica de Conhane", tecnologia moderna semelhante, podendo chegar a 70%.
5 - No est contemplada a "2 Colheita de Arroz"; o transplante; os efeitos do projecto "quimico" de aquisio emquantidade; nema tecnologia de Madagascar (que chegama 8/10 Ton./Ha)
6 - No est contemplado ainda os efeitos das compensaes pelo estado do uso dos "Silos como
reserva alimentar", nema bonificao de juros por parte do estado; nemmedidas aduaneiras proteccionistas
7 - Os sector familiar dever apostar nas variedades aromticas, cujas tecnologias
commenor recurso a herbicidas, maquinaria; reduzido rendimento por hectare
sero neste caso compatveis coma Valorizao noi mercado que chega a ser "tripla"
8 - No est contemplado o aproveitamento dos sub-produtos: leo alimentar a partir da Casca;
nemas pranchas produzidas a partir da palha do arroz.
(1) - Considerando que os agricultores familiares obtmo seu "lucro", pela remunerao do seu trabalho, esta simj contemplada
(2) - Esta rbrica incli: encargos administrativos, gesto, comerciais e perdas de produto "semexplicao"
CADEIA DE VALOR DO ARROZ, MOAMBIQUE - VIETNAME
(Ton. Milled)
MOAMBIQUE VIETNAME
Sector Familiar Sector Empresarial
Custos/unitrios
AROMTICO
Diferena de Custos
(Vietname p/ Mo.S.Emp.)
(Ton. Milled)
(Ton. paddy)
aromtico

Appendix 2
40
ANO 5

Obs. Obs. Unidade Custo/unit.
(usd/Ha) (usd/Ton.) (usd/Ton.) (% s/ Mo.)
Ton/HA = 5,3 Ton/HA = 2,6 3,5
Produo (usd/Ha) (Ton. paddy) (usd/Ha) (Ton. paddy)
1. Lavoura Mecnica 51 9,5 18,0 6,9 0,0 -9,5 -100,0%
2. Semente 25 4,7 12,5 4,8 37 10,6 5,9 125,6%
3. Adubo(ureia+NPK) 98 18,4 113,2 43,3 41 11,7 -6,7 -36,5%
4. Herbicidas 13 2,3 12,5 4,8 11 3,1 0,8 34,2%
5. gua (rega) 10 1,9 10,0 3,8 14 4,0 2,1 113,4%
6. Fio Sisal/Sacaria 2 0,4 2,0 0,8 0,0 -0,4 -100,0%
7. Colheita Mecnica 7 1,3 0,0 0,0 20 5,7 4,4 323,5%
8. Mo-de-Obra 30 5,6 58,0 22,2 129 36,9 31,2 555,6%
9. Transporte 25 4,7 45,0 17,2 17,2 12,5 267,5%
10. Encargos Financeiros 0,0% 0 0,0 0 0,0 21 6,0 6,0 #DIV/0!
11. Impostos 0 0,0 0 0,0 0,0% 0 0,0 0,0 #DIV/0!
12. Lucro (1) 10,0% 29 5,4 30 11,5 10,0% 37 10,6 5,2 94,9%
Preo Venda arroz Paddy 290 54,3 115,3 310 105,8 51,5 94,9%
Transformao
1. Custo Transformao 18,0 18,0 8,0 -10,0 -55,6%
2. Perdas na transformao (rendimento) 57,0% 41,0 52,0% 106,4 66,0% 54,5 13,6 33,1%
3. Sacaria e Embalagem 4,0 4,0 4,0 0,0 0,0%
4. Receita da Venda de farelo 5,0% 26 0,0 5,0% 0,0 5,0% 26,23638987 0,0 0,0 0,0%
5. Receita da Venda da trinca 10,0% 90 0,0 17,0% 0,0 17,0% 89,95333671 0,0 0,0 0,0%
6. Transporte 5,0 5,0 7,0 2,0 40,0%
7. Encargos Financeiros(taxa USD p/fundo de maneio) 15,0% 5,7 15,0% 10,3 15,0% -20,0% 7,1 1,3 23,5%
8. Impostos 35,0% 49,8 35,0% 100,7 0,0% 0,0 -49,8 -100,0%
9. Outras custos e perdas (2) 5,0% 5,7 5,0% 12,0 5,0% 8,4 2,8 48,6%
10. Lucro 10,0% 19,7 10,0% 40,0 10,0% 20,7 1,0 4,9%
Preo de venda final (ao armazenista) (PrMoc) 203,1 411,7 215,5 12,4 6,1%
Preo FOB Vietnam: 25% 25-10-2002 168,0
Preo FOB
ndia: " Basmati" 25-10-2002 680,0
Cif Maputo 60 228,0 Cif Maputo 60 740,0
Encargos Porturios 9,0
Encargos
Porturios 9,0
Taxas de Importao 7,50% 17,1
Taxas de
Importao 7,50% 55,5
Encargos Financeiros (usd) 15% 60 dias 6,4
Encargos
Financeiros(usd) 15% 60 dias 20,1
Transporte Porto-Armazm 5
Transporte Porto-
Armazm 5
Preo entrada no Armazm (PrInt) USD 265,5 Preo entrada no Armazm (PrInt - PrMoc) 829,6
MARGEM DE SEGURANA (PrInt - PrMoc) NORMAL USD 62,3 USD 417,9
(competitividade) % 30,7% % 101,5%
(Ton. paddy)
(Ton. Milled) (Ton. Milled)
AROMTICO
Custos/unitrios (Vietname p/ Mo.S.Emp.)
Sector Empresarial Sector Familiar
CADEIA DE VALOR DO ARROZ, MOAMBIQUE - VIETNAME
MOAMBIQUE VIETNAME Diferena de Custos
aromtico

Appendix 2
41


Asia

Thailand Vietnam
100%B $ 193 5%DP $ 187
5% $ 187 5% $ 185
10% $ 183 10% $ 180
15% $ 180 15% $ 174
25% $ 175 25% $ 170
35% $ 168 India
J asmine $ 328 Basmati $ 680-705
PB 100% Sortexed $ 202 PR 106 PB 5% $ 178
A1 Super $ 157 PR 106 5% $ 178
Pakistan PR 106 25% $ 138
15% $ 167 Pant 4 25% $ N/A
20% $ 164 1001 25% $ N/A
25% $ 161

European Prices

Thailand Basis - C+F Rotterdam
Broken A1 Super $ 190 US$ PMT in Bulk
Loonzain 100% Grade B $ 232 US$ PMT in Bulk
Pb Loonzain 100% sortex $ 250 US$ PMT in Bulk
White Rice 100% Grade B $ 263 US$ PMT in 25Kg PP bags Containerized
Fragrant Brokens A1 extra super $ 280 US$ PMT in 25Kg PP bags, Containerized
Fragrant Loozain $ 380 US$ PMT in bulk, containerized

USA Basis - C+F Rotterdam
Regular Brown 2/4/75 $ 8.50 US$ per 100lbs
Pb Brown 1/4/88 $ 9.50 US$ per 100lbs

Italy Basis - FCA Vercelli Area
Indica 5% Eur 434
Euro PMT in bulk
Surcharge for 25Kg PP bags
Euro 15/ Ton
Round Grain 5% Eur 430
Euro PMT in bulk
Arborio 5% Eur 610
Euro PMT in bulk
Indica Pb 5% Sortex Eur 490
Euro PMT in bulk

Appendix 2
42

South America

Uruguay Basis Price US$
Milled Rice 5% PMT, Bagged - FOB Montevideo $ 250-255
Milled Rice10% PMT, Bagged - FOB Montevideo $ 243-248
Milled Rice15% PMT, Bagged - FOB Montevideo $ 235-240
Rough Rice PMT, Bulk - FOB Montevideo $ NQ
Brown Rice PMT, Bulk - FOB Montevideo $ NQ
Parboiled PMT, Bulk - FOB Montevideo $ 245-250

Argentina Basis Price US$
Milled Rice 5% PMT, Bagged - FOB CDU $ 255-260
Rough Rice PMT, Bulk - FOB CDU $ 140-145
Brown Rice PMT, Bulk - FOB CDU $ NQ
Parboiled PMT, Bulk - FOB CDU $ NQ

Guyana Basis Price US$
Milled Rice 10% PMT, Bagged - FOB $
Surinam Basis Price US$
Milled Rice 10% PMT, Bagged - FOB $

Mercosur

Uruguay Basis Price US$
Milled Rice 10% PMT, Bagged - C+F Jaguarao $ 225-230
Brown Rice PMT, Bulk - C+F Jaguarao $ 170-175

Argentina Basis Price US$
Milled Rice 10% PMT, Bagged - C+F Uruguaiana $ 222-227
Rough Rice PMT, Bulk - C+F Uruguaiana $ 125-130
Polished Rice 15% PMT, Bagged - C+F Santiago $ 258-263

Appendix 2
43

USA Southern

Rough Long Grain Milled Long Grain
CIF NOLA $ 4.30-4.50 Fas Lake Charles $ 8.65-8.75
Arkansas $ 3.55-3.85

Louisiana $ 3.55-3.85

Texas $ 3.55-3.85

Texas $ 8.20-8.30
Mississippi $ 3.55-3.85

Missouri $ 3.55-3.85

Laredo $ 110-120

Brewers
Dlvd barge terml $ 3.90-4.10

Rough Medium Grain


Texas $ 6.00-6.25

CIF NOLA $ 5.75-5.95

Dlvd barge terml $ 5.35-5.55

Brown Long Grain

Parboiled Milled
CIF NOLA $ 7.60-7.80

CIF NOLA $ 10.60
CIF Rotterdam $ 8.30-8.70

FOB Mill $ 9.85
USA California
Rough Calrose

Milled Calrose
California $ 7.40-7.60

California $ 12.35-12.55
exspout SAC $ 7.40-7.60

exspout SAC $ 12.35-12.55
All prices in 100 lbs, FOB basis. Except CIF Global Cash Prices

Appendix 2
44

Cl cul o das Quanti dades Produzi das de "Arroz Paddy" no Val e do Li mpopo
Taxa
rea rea Expl orao
Distrito Nome do Regadio Construida Explorada Rio 1 2 3 4 5
Massingir 3 Congresso 100 10 Elefantes 15 22 30 37 44 44%
Chkw 25 de Setembro 400 0 Limpopo 80 119 159 198 237 59%
Chkw Gandlaze 90 45 Limpopo 67 90 90 90 90 100%
Chkw
Estao Agrria
Chkw 60 35 Limpopo 52 60 60 60 60 100%
Chkw Kotamo 350 0 Limpopo 70 104 139 173 208 59%
Chkw Marrambadjane 300 120 Limpopo 179 267 300 300 300 100%
Chkw Chalacuane 300 0 Limpopo 60 89 119 148 178 59%
Chkw Eduardo Mondlane 30000 7500 Limpopo 11184 16678 22171 27665 30000 100%
Chkw
Matuba -
Macarretane 2834 300 Limpopo 447 667 887 1107 1326 47%
Chkw Izac Maluleque 538 69 Limpopo 103 153 204 255 305 57%
Guij
Manuel Borges
Medeiros 19 0 Limpopo 4 6 8 9 11 59%
Guij
Victor Manuel
pereira 260 0 Limpopo 52 78 103 129 154 59%
Guij 7 de Abril 100 0 Limpopo 20 30 40 49 59 59%
Chibuto Malehice 25 25 Limpopo 25 25 25 25 25 100%
Chibuto
Eduardo Dias
Capela 90 0 Limpopo 18 27 36 45 53 59%
Chibuto Ex-Mineiros 250 0 Limpopo 50 75 99 124 148 59%
Chibuto Maniquenique 60 35 Limpopo 52 60 60 60 60 100%
Chibuto Mondiane 350 0 Limpopo 70 104 139 173 208 59%
Chibuto
Int. Proj.
Macalawane 1400 0 Limpopo 280 418 555 693 830 59%
Manjacaze
Vale do
Manguenhane 350 211 Inharrime 315 350 350 350 350 100%
Manjacaze Baixa do Banze 500 75 Inharrime 112 167 222 277 332 66%
Bilene Macia 8000 300 Incomati 447 667 887 1107 1326 17%
Xai-Xai
Ponela,
Chimbonhanine e
Magula 2970 0 Limpopo 594 886 1178 1469 1761 59%
TOTAL 50323 8825 14297 21143 27861 34545 38071 76%
SITUAO ACTUAL - ANO 2001/02 PREVISO DE INCREMENTO DA REA EXPLORADA
Unid.: Hectares

Appendix 2
45

1 2 3 4 5
Sector Familiar (%) 95,0% 85,5% 77,0% 69,3% 62,3%
N. HA Explorados 13.582 18.078 21.439 23.924 23.730
Sector Empresarial (%) 5,0% 14,5% 23,1% 30,7% 37,7%
N. HA Explorados 715 3.066 6.422 10.621 14.342
Total - 14.297 21.143 27.861 34.545 38.071
Sector Privado: >4 hectares; Sector Familiar <4 hectares
1 2 3 4 5
Sector Familiar (%) 50,0% 50,0% 50,0% 50,0% 50,0%
N. HA Explorados 6.791 9.039 10.719 11.962 11.865
Sector Empresarial (%) 50,0% 50,0% 50,0% 50,0% 50,0%
N. HA Explorados 357 1.533 3.211 5.310 7.171
Total - 7.149 10.572 13.930 17.273 19.036
1 2 3 4 5
Sector Familiar (var.%) 10,0% 20,0% 20,0% 10,0%
N. Ton./Ha 1,5 1,7 2,0 2,4 2,6
Sector Empresarial (var.%) 5,0% 10,0% 10,0% 5,0%
N. Ton./Ha 4 4,2 4,6 5,1 5,3
1 2 3 4 5
Sector Familiar 10.187 14.914 21.224 28.422 31.010
(% no total) 87,7% 69,8% 58,9% 51,3% 44,8%
Sector Empresarial 1.430 6.438 14.835 26.988 38.264
(% no total) 12,3% 30,2% 41,1% 48,7% 55,2%
Total - 11.616 21.352 36.059 55.410 69.274
Rendimento Total arroz (Ton.)
Estrutura Fundiria Total (Ha)
Rendimento unitrio arroz (Ton./Ha)
Estrutura Fundiria na Produo de Arroz (Ha)

Appendix 2
46

IMPORTAS DE ARROZ NA SADC- 1996 / 2000
Rice
1996 1997 1998 1999 2000 1996 1997 1998 1999 2000 1996 1997 1998 1999 2000
Angola 42,5 24 39,6 31 57,5 15 7,2 15 6,6 8,5 353 300 379 213 148
Botswana 13,087 11,823 11,225 11,043 19,239 18,483 16,585 18,058 17,734 28,426 1.412 1.403 1.609 1.606 1.478
Congo, Dem Republic of 39,142 56,535 55,762 54,923 9,108 22,06 22,737 23,807 23,197 3,197 564 402 427 422 351
Lesotho 3 3 3 3 3 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 400 400 400 400 400
Malawi 700 980 855 856 861 344 365 222 223 229 491 372 260 261 266
Mauritius 88,558 65,445 62,392 83,236 75,66 37,389 24,813 21,239 30,559 25,181 422 379 340 367 333
Mozambique 53,3 44,8 48,7 34 70 21 13,2 16,5 10,3 21,2 394 295 339 303 303
Namibia 184,264 192,78 243,223 330,772 250 72,6 74,5 84,7 89,37 86 394 386 348 270 344
Seychelles 5,639 5,801 4,851 4,1 6,406 4,823 4,738 4,202 3,5 5,664 855 817 866 854 884
South Africa 482,333 580,18 519,636 515,234 523,356 163,754 170,445 150,805 140,052 135,799 340 294 290 272 259
Swaziland 10 8,818 9,651 11,586 13,087 4 4,419 5,206 6,546 6,141 400 501 539 565 469
Tanzania, United Rep of 52 98,213 108,5 46,7 103,5 19 24,605 30,4 12 18 365 251 280 257 174
Zambia 13,153 7,074 6,3 6,6 3,35 3,16 4,282 2,57 2,08 1,14 240 605 408 315 340
Zimbabwe 16,948 32,988 34,097 22,194 16,464 8,983 11,714 15,791 8,741 7,282 530 355 463 394 442
SADC 1703,92 2111,46 2001,94 2010,39 2011,67 735,452 745,438 611,478 574,879 576,73 376 349 344 311 295
Taxa de Crescimento Anual(%) 23,9% -5,2% 0,4% 0,1% 1,4% -18,0% -6,0% 0,3% -7,2% -1,5% -9,7% -5,2%
Imports - Qty (Mt) Imports - Val (1000$) Price (USD/TON)

Appendix 2
47

Appendix 2
48

Rice, Paddy
Production (Mt) 1996 1997 1998 1999 2000 2001
World 568,850,119 577,117,513 579,089,706 609,914,541 600,638,089 592,831,326
Angola 20,00 20,50 21,00 16,00 16,00 16,00
Australia 965,63 1,254,610 1,390,000 1,101,000 1,753,000 1,239,000
Bangladesh 28,184,000 28,152,000 29,709,000 34,427,000 37,442,000 39,112,000
Brazil 8,643,803 8,351,665 7,716,090 11,709,700 11,089,800 10,207,200
Cambodia 3,458,000 3,414,917 3,509,871 4,040,900 4,026,092 4,099,016
China 197,032,897 202,771,843 200,571,557 200,403,308 189,814,060 181,514,992
Congo, Dem Republic 347,95 322,10 362,66 350,00 337,80 326,03
Congo, Republic of 1,14 980,00 979,00 1,27 1,30 1,35
Egypt 4,895,388 5,480,010 4,474,110 5,816,960 6,000,490 5,700,000
Guinea-Bissau 120,21 99,94 87,20 80,30 104,10 100,00
India 122,500,000 123,700,000 129,115,104 134,212,704 129,444,000 131,900,000
Indonesia 51,101,504 49,377,056 49,236,700 50,866,388 51,898,000 50,096,000
Japan 12,930,000 12,531,000 11,200,000 11,468,800 11,863,000 11,320,000
Korea, Dem People's R 1,426,000 1,527,000 2,307,000 2,343,000 1,690,000 2,060,200
Korea, Republic of 7,121,421 7,312,096 6,779,290 7,032,757 7,124,773 7,316,216
Madagascar 2,500,000 2,558,000 2,447,000 2,637,000 2,300,000 2,300,000
Malawi 72,63 65,69 68,68 92,11 98,68 98,00
Malaysia 2,228,489 2,119,615 1,944,240 2,036,641 2,195,000 2,215,000
Mauritania 66,75 80,94 101,90 51,88 76,20 80,00
Mozambique 139,00 180,22 191,00 186,19 151,39 166,95
Nigeria 3,122,000 3,268,000 3,275,000 3,277,000 3,298,000 3,298,000
Pakistan 6,457,200 6,499,500 7,011,400 7,733,417 7,204,620 6,750,000
Peru 1,203,168 1,459,830 1,548,780 1,955,030 1,892,100 2,018,500
Philippines 11,283,570 11,268,000 8,554,000 11,786,600 12,389,400 12,954,900
South Africa 3,00 3,00 3,00 2,90 3,00 3,00
Sri Lanka 2,061,520 2,239,370 2,692,340 2,868,000 2,859,000 2,868,000
Swaziland 265,00 411,00 105,00 100,00 170,00 170,00
Tanzania, United Rep o 733,80 550,80 810,80 506,20 508,00 514,00
Thailand 22,331,600 23,580,100 22,999,000 24,172,000 25,608,000 25,200,000
Uganda 82,00 80,00 90,00 95,00 109,00 114,00
United States of Ameri 7,783,604 8,300,697 8,364,200 9,343,954 8,657,810 9,663,560
Uruguay 973,50 1,023,800 949,80 1,328,200 1,209,100 1,030,200
Viet Nam 26,396,700 27,523,900 29,145,500 31,393,800 32,529,500 31,925,400
Zambia 13,30 12,47 6,40 14,70 8,84 10,00
Zimbabwe 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00
Year

Appendix 2
49

Rice, Paddy
Yield (Hg/Ha) 1996 1997 1998 1999 2000 2001
World 3,79 3,82 3,82 3,89 3,90 3,91
Angola 0,87 0,89 0,88 0,80 0,80 0,80
Argentina 5,10 5,37 4,78 5,73 4,78 5,68
Australia 7,07 7,65 9,93 9,18 12,09 9,53
Azerbaijan, Republic o 3,69 4,61 4,80 4,44 5,00 5,66
Brazil 2,66 2,73 2,52 3,07 3,03 3,24
China 6,21 6,31 6,35 6,33 6,26 6,35
Chile 4,77 3,63 3,91 4,15 5,24 5,02
Colombia 4,08 4,64 4,71 4,80 4,80 4,91
Egypt 8,29 8,42 8,64 8,88 9,10 8,77
Greece 7,49 7,21 8,05 7,22 7,41 7,74
Guinea-Bissau 1,84 1,67 1,45 1,18 1,49 1,82
India 2,82 2,85 2,88 2,98 2,89 2,96
Indonesia 4,42 4,43 4,20 4,25 4,40 4,25
Japan 6,54 6,42 6,22 6,41 6,70 6,66
Korea, Republic of 6,79 6,95 6,42 6,60 6,75 6,93
Madagascar 2,19 2,17 2,03 2,15 1,91 1,91
Mozambique 0,97 1,09 1,06 1,00 0,96 0,96
Pakistan 2,87 2,80 2,89 3,07 3,03 3,00
Peru 5,72 6,12 5,76 6,27 6,59 6,73
Philippines 2,86 2,93 2,70 2,95 3,07 3,19
Portugal 6,09 5,75 5,99 5,99 5,99 6,29
South Africa 2,31 2,31 2,31 2,23 2,31 2,31
Spain 6,98 6,83 7,07 7,54 6,93 7,84
Sri Lanka 3,12 3,25 3,51 3,28 3,44 3,37
Swaziland 4,65 5,14 7,00 6,67 3,40 3,40
Tanzania, United Rep o 1,53 1,25 1,65 1,07 1,03 1,28
Thailand 2,41 2,38 2,42 2,42 2,62 2,57
Uganda 1,41 1,33 1,41 1,40 1,51 1,50
United States of Ameri 6,86 6,61 6,35 6,57 7,04 7,21
Uruguay 6,47 6,58 5,27 6,38 6,38 6,70
Viet Nam 3,77 3,88 3,96 4,10 4,24 4,26
Zambia 1,34 1,00 0,71 0,91 0,84 0,91
Zimbabwe 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
Year

Appendix 3
1
Appendix 3: Pre-viability Study for the
Chilembene Tomato Factory

LVSDI


PROJECTO 2: "REABILITAO, MODERNIZAO E DIVERSIFICAO
DA ACTIVIDADE DA "FBRICA DE PROCESSAMENTO DE TOMATE DE
CHILEMBENE"

(ESTUDO DE PR-VIABILDADE RELATRIO FINAL)

SUMRIO



1. Sector agrcola

1. Pressupostos
2. Investimento
4. Proveitos
5. Custos
CENRIOS (2)

A AN NE EX XO OS S
1. Tecnologia, equipamentos tcnicos, coeficientes tcnicos e outros

Appendix 3
2

So as seguintes, entre outras, as principais razes que justificam a eleio deste
projecto como um dos projectos ncora da agro-indstria no contexto do estudo do
vale do limpopo:

H efectivamente disponibilidade de matria-prima na regio da fbrica;

H potencialidade de uma diversificao da produo para: sumos/concentrados
de tomate, manga, papaia, laranja, marucuj e muito especialmente anans;
enlatados de ervilhas, feijo, fruta em calda, etc.. Esta diversificao sujeita-se a
estudos tcnicos, econmicos e de mercado aprofundados, no contemplados
neste estudo;

A fbrica poder actuar como factor alavanca da produo de tomate e de outras
culturas a processar. De imediato iria reduzir a vulnerabilidade do tomate
produzido no Chokw ao mercado de tomate fresco e garantir o seu escoamento a
preos competitivos. A fbrica pode tambm usar o tomate rejeitado pelo
mercado do tomate fresco como matria prima na sua produo;

Na visita realizada ao local a infraestrutura da fbrica parece intacta;

Uma estratgia de investimento bem delineada associada a um estudo de mercado
slido teria que assegurar a adequao tecnolgica do produto da fbrica,
colocando-o na rota do mercado regional e internacional. Tal dever passar por
um marketing forte de uma marca prpria "Vale do Limpopo", por exemplo e
pela uma adopo de uma marca j implantada no mercado, num regime de
parceria a definir, mas garantir o escoamento inicial da produo;

O relanamento da fbrica poderia (re)criar cerca de 80 postos de trabalho,
nmero mximo atingido anteriormente.

As linhas gerais deste projecto so:

Independentemente da opo de marcas que se adoptar prpria, ou outra -,
parece-nos razovel acomodar no projecto um laboratrio de certificao da
qualidade e de origem. Seria de aprofundar a questo da tutela, propriedade e
gesto deste tipo de laboratrio, mas ele no se restringiria ao controle e
certificao do tomate, mas tambm a outras culturas e produtos
processados/produzidos no vale.

Com base na pr-avaliao da viabiliadade da fabrica de Chilembene, assegurada
com o produto j testado e disponvel pasta de tomate avanar com o processo
de captao de potenciais investidores que estivessem preparados para contemplar
as etapas subsequentes.

Appendix 3
3
Com base num estudo de mercado (investimento contemplado nos clculos aqui
apresentados) sobre os produtos de maior rendimento para serem objecto de
processamento quer a partir do tomate quer de outras culturas afins com o
processo, definir os produtos ptimos a processar e os a extrair e o
dimensionamento ideal das linhas de produo adicionais.

Desenho de uma componente agrcola que, usando os 600ha da fbrica e outras
reas do regadio, assegure o envolvimento interessado dos produtores locais na
produo da matria-prima e fornecimento fbrica (sero necessrios para
garantir o abasteciemnto da fbrica, a uma mdia de 30 TON. por hectare, cerca
de 325 Ha a produzir 100% para a fbrica). Isto importante pelo facto de libertar
a gesto da fbrica da gesto agrcola, sem pr em risco o fluxo e a qualidade da
matria prima. Esto contemplados nas simulaes apresentadas a aquisio da
maquinaria necessria para servir todos os 600ha (sejam os actualmente
propriedade da fbrica, ou outros), a contratao de 3 extensionistas e os custos
financeiros com o fomento.

Desenho da engenharia de emparceiramento ( accionrio ou simplesmente
comercial ) e de financiamento da reabilitao/modernizao e do marketing do
produto da fbrica.

Ser de rpida implementao, ter mercados assegurados (Moambique j importa
actualmente mais pasta de tomate do que aquela que necessrio vender para
viabilizar a fbrica (importa cerca de 10.750 TON./ano; para viabilizar a fbrica
preciso vender cerca de 2.200 TON./ano), ter grande impacto na economia da
regio e do pas (o pas precisa de criar mais valor acrescentado a partir das suas
riquezas naturais), ser gerador de postos de trabalho directa e indirectamente
(fixando as populaes e melhorando o seu nvel de vida)

tcnica e econmica, cujos investiment est contemplado no Plano Global de
Investimento.

DESCRIO DO PROJECTO

Sector Descrio Produtos/Subprodutos Pontos Fortes Outros Dados
Importantes
Indstria de
Sumos,
Concentrados,
Compotas,
Conservas e
Congelados de
hortcolas e frutas
1 Fase
Produo agrcola em
parceria com os agricultores
Produo de pasta de
tomate
Produo de concentrados,
sumos, enlatados, Compotas
de frutas e horticolas
2 Fase
Tomate (pasta, pelado e
sumo)
Batata e mistura de legumes
(congelada)
Legumes pr-cozidos
enlatados (feijo seco ou
verde; ervilhas; milho)
Sumos, concentrados e
compotas (anans, papaia,
manga, toranja, goiaba,
Absorve excedentes
Valoriza o produto de
menor qualidade
Incentiva agricultores
porque garante
escoamento da produo
agricola
Actividade no
totalmente dependente da
fileira do tomate, por se
Recuperao
total de unidade
j existente (ex.
Fbrica da
Lomaco)
Mo-de-obra
com know-how,
jovem e ainda
disponvel no
local (chefias)

Appendix 3
4
Congelados de Batatas, e
mistura de legumes
Refeies pr-
confeccionadas e enlatadas
de legumes e carne
maracuj, laranja)
Refeies pr-
confeccionadas (feijoada,
dobrada, ervilhas com ovos
e enchidos, etc,)
apostar na diversificao
Aposta em marca prpria
Vale do Limpopo
Reserva alimentar


CENRIO 1 Cauteloso
I
N
D
I
C
A
D
O
R
E
S
Ano Cruzeiro
Ano 3
Prazo de Recuperao do
Investimento
58 meses
TIR 15,82 %
VAL 156 662$00 usd
CENRIO 2 Realista
I
N
D
I
C
A
D
O
R
E
S
Ano Cruzeiro Ano 3
TIR 21,01 %
VAL 437 035$00 usd

C CO ON NC CL LU US S E ES S: :

nos captulos seguintes, pode constatar-se que o projecto de recuperao,
modernizao e diversificao da actividade da denomindada fbrica de
processamento de tomate Chilembene, tcnica, econmica e finaceiramente viavl
(em termos de pr-viabilidade).


decorrentes do processamento de outros produtos, alm da pasta de tomate, com

Appendix 3
5
viabilidade j assegurada, os quais traro muito mais valor acrescentado ao projecto
(produtos com muito melhores margens comerciais, e investimentos e custos
marginais pouco significativos)

efectuadas no Relatrio Final do Diagnstico e Estratgia preconizada sugestes
constrangimentos.
principais constrangimentos das fbricas j instaladas noutros sectores.


Como j foi referido no "Relatrio Final" relativo ao Diagnstico e Estratgia de
tomate no Vale do Limpopo, depende resumidamente dos seguintes factores:


Disponibilidade e estabilidade no fornecimento de gua para rega
Recuperao dos sistemas de irrigao
intervenientes para diminuir as condies para a continuao da proliferao de

administrativo, vendedores e outros profissionais relevantes


financeiros, etc.

Appendix 3
6


6. Sector agrcola

Actualmente produz-se tomate no "Vale do Limpopo" em elevada quantidade
(variedade prpria para a indstria, tomates de cor intensa, alta concentrao de
slidos, e madurao uniforme de maneira de fazer uma ou, como mximo, duas
colheitas), que j no totalmente absorvida pelo mercado de Gaza e Maputo,
existem agricultores do sector empresarial com bom know-how sobre o negcio, com
exploraes com dimenses adequadas mecanizao, com nveis de rendimento por
hectar interessantes (desde 20 Ton. por hectar), o abastecimento de gua est j a ser
recuperado, o mercado nacional e regional enorme e o "Vale do Limpopo" reune
condies naturais, infraestrurais e histricas optimas para o desenvolvimento da
produo de tomate, em grandes quantidades e de forma competitiva.

Alm do tomate produzem-se no Vale do Limpopo, embora em menores quantidades,
alguns outros horticolas e fruteiras com bom potencial para transformao,
nomeadamente o feijo, manga, papaia, maracuj, anans entre outros.

Ao nvel do sector agrcola, conforme respectivo "Relatrio Final", so
indispensveis para a viabilidade das exploraes de tomate e das outras culturas j
referidas ou que se podem facilmente vir a produzir se houver escoamento assegurado
(passveis de processamento industrial), que se verifiquem as seguintes condies:

Assegurar a disponibilidade e estabilidade do fornecimento de gua

Incentivar a criao de empresas que forneam servios de aluguer de maquinaria
agrcola e de extenso (o agricultor tem de ser informado e formado na sua
correcta utilizao), principalmente para o sector empresarial, que tem de adoptar
processos de produo fortemente mecanizados

Incentivar a criao de empresas que faam a compra de agro-qumicos em
quantidades que permitam reduzir o seu preo unitrio final, e a respectiva
extenso (o agricultor tem de ser informado e formado na sua correcta utilizao)

Alterao progressiva da estrutura fundiria, incentivando o uso efectivo da terra,
a juno de pequenas exploraes e a produo de culturas adequadas s
caracteristicas das mesmas e ao know-how dos seus proprietrios

Appendix 3
7
Incentivar a introduo junto do sector empresarial e familiar de variedades
adequadas ao respectivo destino (fresco normal ou de elevada qualidade, ou
indstria)

Como forma de incentivar o sector empresarial, diminuir o peso da economia
informal

Incentivar a agro-indstria a realizar o "fomento", e a criar formas privadas e
segundo as leis de mercado, de financiar os agricultores atempadamente e com
juros suportveis pela sua actividade

suportveis

Assegurar o escoamento do excesso de produo do tomate e outros hortcolas ou
fruteiras, assim como o produto de menor qualidade para efeitos de consumo em
fresco.


Ao nvel do sector agro-indstrial, conforme respectivo "Relatrio Final" so
indispensveis para a viabilidade da fbrica de processamento de tomate e outros
horticolas e fruteiras a estudar, que se verifiquem as seguintes condies:

especializados
especializados
Criao de marcas de tomate fresco, pasta de tomate, sumo de tomate, e restantes
horticolas e fruteiras a transformar, "Vale do Limpopo"
Investimento em marketing: focar na qualidade e na certificao de origem (estes
segmentos de mercado, ainda nichos, tm taxas de crescimento exponencial e
elevadas rentabilidades, adequadas a novas marcas que estejam a entrar)


Este sector no constitue um estrangulamento ao desenvolvimento da fileira do
tomate, existindo j agentes fornecedores destes servios, ou sendo necessrio mais
agentes, o mercado tratar de os fazer aparecer:
Armazenistas

Appendix 3
8
"Tradings"



1. Pressupostos


Foram desenvolvidos dois Cenrios, que se distinguem quanto aos pressupostos
relativos aos Preos de Venda da pasta de tomate e ao "Preo de Compra" do
tomate fresco.

Produto

PREO DE VENDA
Tomate "Vale do Limpopo"

Pasta de tomate
enlatada
(latas de 3 e 5 kg,
tambores de 210 kg)

(1)
Ano 1: 810 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 818 a 843 usd/Ton.

(1)
Ano 1: 840 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 848 a 874 usd/Ton.

Tomate fresco

(2)
Ano 1: 50 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 51 a 52 usd/Ton.

(2)
Ano 1: 45 usd/Ton.
acordo com inflao.
Nota:
1. Preos obtidos por referncia aos preos do estudo "Competir", baseados por sua vez na
publicao da "Tomato News", preos dos EUA e Itlia (preos CIF Maputo, oscilam
entre 832 usd/Ton. e os 900 usd/Ton.). Foram tambm obtidos preos da China (grande
produtor mundial) e Turquia (www.tomatopaste.cc e www.algy.com/ )
2. Preos obtidos por referncia aos preos do estudo "Competir" e os preos mdios nas
duas pocas do mercado de "Malanga", para a venda de tomate fresco (na poca alta
chega ser vendido a 20.000,00 Mzm a caixa de 20 Kg). No preo de venda indstria
deve considerar-se a poupana dos custos de transporte e acondicionamento em caixas, a
poupana de tempo do agricultor que pode assim dedic-lo produo, a estabilidade do
preo, o escoamento de todo o produto (s os podres no so aceites).
3. Considerou-se que os preos internacionais se mantero estveis ao longo dos 5 anos do
estudo, evoluindo apenas segundo a inflao do dlar.

Appendix 3
9


edifcios/obras, equipamento industrial, equipamento agrcola para produzir a
quantidade necessria de adquirr de tomate fresco (prpria e/ou prestando
servios aos agricultores), transporte, administrativo, formao, marketing,
estudos, constituio, licenas e alvars.

A tecnologia adquirida (Italiana), permitir retirar o mximo de rendimento da
fbrica.

Os investimentos em edficios , infraestruturas, transportes e outros, prevm j o
acrscimo de linhas de produo especficas (para outros horticolas ou fruteiras),
dependendo apenas dos estudos de mercado, de viabilidade e tcnicos a efectuar
(por exemplo por cerca de 35.000 usd, a fbrica poder produzir tambm Sumo de
Tomate).


O financiamento foi considerado com a seguinte estrutura: 30% de capitais
prprios ou equivalentes e 70% de financiamento bancrio. Foi considerada uma
taxa de juro de mercado (10%), sem qualquer bonificao


Resultados


do estudo

No esto quantificados Investimentos, Proveitos e Custos, relativos s
potencialidades de diversificao da fbrica, que se deve realmente verificar para
no existir uma vulnerabilidade to grande a um mercado to competitivo como o
da pasta de tomate.

Limpopo, nomeadamente agricultores do sector empresarial, agro-indstria (na
prpria fbrica em Chilembene), sector comercial, tcnicos e quadros de entidades

Appendix 3
10
pblicas, Hicep, entre outras, alm de estudos e informao secundria disponvel
(COMPETIR, Tomato News, outros).

2. Investimento

Unid.: Usd
DESIGNAO 1

EDIFCIOS E ANEXOS 580 000$00
EQUIPAMENTO INDUSTRIAL ( 2500 Kg/H ) 1 500 000$00
EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE 295 000$00
EQUIPAMENTO PARA EXTENSO AGRCOLA 300 000$00



INVESTIMENTO EM FUNDO DE MANEIO 397 942$00

TOTAL 3 110 442$00

Appendix 3
11

Unid.: Usd
RBRICAS DIAS 1
1. Disponibilidades 30 30 690$00

2. Clientes 30 136 080$00

3. Existncias 30 36 450$00

4. Fornecedores de Matria Prima 30 78 975$00

5. Estado
- IVA suportado 555 046$00
- IVA liquidado 277 603$00
- IVA a crdito 277 443$00
- IVA a pagar
- IRS 2 414$00

6. Segurana Social 1 332$00

7. Necessidades de F.M. 397 942$00
PRODUTO FINAL: PASTA DE TOMATE Laborao: 6 meses/ano, 24 Horas por dia, 7 dias
CAPACI. INSTALADA ( Ton de tomate fresco/Hora ): 2,5 por semana
CAPACI. INSTALADA ( Ton de produto acabado/dia ): 0,5 Embalagem: Latas de 3 ou 5 Kg
Coeficiente de transformao 0,2 e tambores de 210 Kg
ITEM DESCRIO Qtidade.
Custo Unitrio
de Aquisio
(USD)
Ciclos
por ano
Custo Total ( USD )
1 EQUIPAMENTO INDUSTRIAL ( 2500 Kg/H ) 1 1/15 1.500.000,00
1,1 Equipamentos de processamento de pasta 1 700.000,00 1/15 700.000,00
1,2 Equipamento de embalagem 1 550.000,00 1/15 550.000,00
1,3 Equipamento de apoio ( caldeira, ar comprimido,
gerador de 500KW )
1 250.000,00 1/15 250.000,00
2 EDIFCIOS E ANEXOS 580.000,00
2,1 Recuperao de cobertura de edifcios 1 250.000,00 1/6 250.000,00
2,2 Bscula nova 1 80.000,00 1/15 80.000,00
2,3 Estao de tratamento de gua 1 250.000,00 1/15 250.000,00
3 EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE 295.000,00
3,1 Camies de 10 Ton 1 60.000,00 1/5 60.000,00
3,2 Camies de 4 Ton 2 35.000,00 1/5 70.000,00
3,3 Carrinhas de 1 Ton 1 20.000,00 1/5 20.000,00
3,4 Viaturas ligeiras 3 30.000,00 1/5 90.000,00
3,5 Empilhadeiras 1 55.000,00 1/5 55.000,00
3,6 EQUIPAMENTO PARA EXTENSO AGRCOLA 300.000,00 300.000,00
ESTUDO DE AGRO-PROCESSAMENTO PARA O VALE DO LIMPOPO
UNl DADE DE PROCESSAMENTO DE TOMATE DE CHl LEMBENE

Appendix 3
12
8. Investimento em F.M. 397 942$00

Unid.:dlares
1 2 3 4 5

Compras 473 850$00 507 587$00 500 677$00 501 553$00 506 568$00
CMV 437 400$00 466 317$00 495 769$00 500 726$00 505 734$00


Unid.: Usd

RBRICAS 1

1. ORIGENS


Capitais Alheios 2 332 831$00
Emprstimo bancrio 2 177 309$00

Subsdio

TOTAL 3 110 442$00

2. APLICAES

Investimento em Fundo de Maneio 397 942$00
Reembolso do emprstimo bancrio
Reembolso do emprstimo de scios
TOTAL 3 110 442$00

Appendix 3
13

4. Proveitos

produto final (transformar outros horticolas e frutas, marca, qualidade), com
muito melhores margens, quantificou-se apenas o produto pasta de tomate, por se
considerar ser este produto, por j existir matria-prima abundante, que tem de
garantir a viabilidade da fbrica

A capacidade de absoro pelo mercado da produo de pasta de tomate desta
unidade (quantidade) no constitui problema, se levarmos em conta os seguintes
indicadores:

- Moambique ser Importador de mais de 10.750 ton./ano de pasta de tomate;

- A frica do Sul importar de mais de 1.560 ton./ano de pasta de tomate;

- Angola importar mais de 5.900 ton./ano de pasta de tomate, com tendncia
para aumentar;

- Os pases da SADC importarem mais de 11.000 ton./ano de pasta de tomate

- O tomate fresco actualmente j produzido em Gaza ser j superior a 30.000
ton./ano, mas com nveis de produtividade mdios inferiores a 15 Ton./ Ha
(sector empresarial mdio e grande tira entre 25 a 35 Ton./Ha, e os produtores
mais eficientes na Africa do Sul chegam a tirar 60 Ton./H);

- Tendncia para melhorar o nvel de vida leva ao aumento do consumo per
capita de pasta de tomate (estima-se actualmente em Moambique na ordem
dos 0,6 kg ano/per capita; no EUA situa-se nos 3,3 kg ano per capita).

Taxa de juro 10,00% Periodo de Carencia de Capital 2
Unid.:dlares
1 semestre do Ano 1 1 866 265$00 93 313$00 93 313$00 1 866 265$00
2 semestre do Ano 2 1 866 265$00 93 313$00 93 313$00 1 866 265$00
1 semestre do Ano 2 1 866 265$00 93 313$00 93 313$00 1 866 265$00
2 semestre do Ano 2 1 866 265$00 93 313$00 93 313$00 1 866 265$00
1 semestre do Ano 3 1 866 265$00 311 044$00 93 313$00 404 357$00 1 555 221$00
2 semestre do Ano 3 1 555 221$00 311 044$00 77 761$00 388 805$00 1 244 177$00
1 semestre do Ano 4 1 244 177$00 311 044$00 62 209$00 373 253$00 933 133$00
2 semestre do Ano 4 933 133$00 311 044$00 46 657$00 357 701$00 622 088$00
1 semestre do Ano 5 622 088$00 311 044$00 31 104$00 342 149$00 311 044$00
2 semestre do Ano 5 311 044$00 311 044$00 15 552$00 326 596$00

Appendix 3
14
- e a capacidade de transformao no pas ser "zero".

5. Custos

Dado que sero adquiridos equipamentos novos com tecnologias actuais,
considerou-se a obteno de rendimentos industrias ao nvel dos melhores
produtores mundiais (20% de pasta por cada kg de tomate fresco). Considerou-se
tambm que a fbrica comear com uma eficincia de 90% no Ano 1, passando
para 95% no Ano 2 e 100% nos restantes anos, dado existirem ainda no local
trabalhadores qualificados aptos a produzir com eficincia.

Nos custos com pessoal (ver ficha de produo anexa), combustveis, manuteno
e conservao, seguros, amortizaes, etc. esto considerados os extensionistas
necessrios para a produo nos terrenos da fbrica ou outros, do tomate
necessrio.

Os Fornecimentos de Servios, Fornecimentos de Terceiros, Despesas com
Pessoal, Amortizaes de equipamentos foram exaustivamente quantificados e a
preos de mercado (incluindo seguros multiriscos, acidentes de trabalho, stock;
2% de manuteno e conservao sobre o valor inicial do investimento;
publicidade e outros), como se pode constatar nos respectivos quadros.

Nas despesas com pessoal esto previstos ordenados dos operrios e
administrativos de 150 usd, por ms, o que evidencia a preocupao de
valorizao desta profisso, de obter motivao, produtividade e eficincia, ou
seja de no se pretender obter competitividade custa de factores no sustentveis
a mdio-longo prazo. Esto tambm previstas as contrataes de 1 Director Geral,
1 Director Financeiro, 1 Director Comercial, 1 Director Produo, com
remuneraes mensais de 1.200 a 1.500 usd e 5 Extensionistas (1 senior a 1200
usd e 4 junior a 800 usd/ms)

Na rbrica custos financeiros de funcionamento esto previstos os custos
derivados do fomento integral da produo de tomate fresco necessrios para a
fbrica (a uma taxa de 15% sobre o valor das compras).

APRESENTADOS DE SEGUIDA EM RELAO AOS 2 CENRIOS
UTILIZADOS.

Appendix 3
15

CENRIO 1 - Cauteloso

1. Proveitos

Capacidade Produo Instalada (Ton.Fresco/ H) 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5
Turnos:
I 8 8 8 8 8
II 8 8 8 8 8
III 8 8 8 8 8
TOTAL (Ton. Tomate Fresco Processadas) - 9720 10260 10800 10800 10800
TOTAL (Ton. Pasta de Tomate produzidas) - 1944 2052 2160 2160 2160
QUANTIDADES MENSAIS (Ton.)
Pasta de Tomate Embalada 324 342 360 360 360
TOTAL 324 342 360 360 360
Unid.:dlares
Pasta de Tomate Embalada 810$00 818$00 826$00 835$00 843$00
TOTAL
Unid.:dlares
Pasta de Tomate Embalada 262 440$00 279 790$00 297 461$00 300 436$00 303 440$00
Unid.:dlares
Pasta de Tomate Embalada 1 574 640$00 1 678 741$00 1 784 767$00 1 802 615$00 1 820 641$00

Appendix 3
16

2. Custos

QUANTIDADES CONSUMIDAS MENSAIS
Unid.: Ton.
Tomate fresco 1620 1710 1800 1800 1800
TOTAL 1.620 1.710 1.800 1.800 1.800
CUSTO UNITRIO
Unid.:dlares
Tomate fresco 50$00 51$00 51$00 52$00 52$00
TOTAL 50$00 51$00 51$00 52$00 52$00
CUSTO DAS MATRIAS PRIMAS CONSUMIDAS MENSAL
Unid.:dlares
Tomate fresco 81 000$00 86 355$00 91 809$00 92 727$00 93 654$00
TOTAL 81 000$00 86 355$00 91 809$00 92 727$00 93 654$00
CUSTO DAS MATRIAS PRIMAS CONSUMIDAS ANUAL
Unid.:dlares
Tomate fresco 486 000$00 518 130$00 550 854$00 556 363$00 561 926$00
TOTAL 486 000$00 518 130$00 550 854$00 556 363$00 561 926$00
Unid.:dlares
FSE 1 2 3 4 5
Subcontratos
Electricidade 1 500$00 1 500$00 1 500$00 1 500$00 1 500$00
Combustveis 2 567$00 2 592$00 2 618$00 2 644$00 2 671$00
gua 1 000$00 1 010$00 1 020$00 1 030$00 1 041$00
Embalagens (latas de 3 kg e 5kg) 8 100$00 8 181$00 8 263$00 8 345$00 8 429$00
Produtos Qumicos Produo e Laboratrio 1 408$00 1 422$00 1 437$00 1 451$00 1 466$00
Comunicao 200$00 202$00 204$00 206$00 208$00
Seguros 2 544$00 2 570$00 2 595$00 2 621$00 2 648$00
Outros FSEs 500$00 505$00 510$00 515$00 520$00
TOTAL 24 753$00 24 985$00 25 220$00 25 457$00 25 697$00

Appendix 3
17

Unid.:dlares
1 2 3 4 5
Subcontratos
Electricidade 11 700$00 11 700$00 11 700$00 11 700$00 11 700$00
Combustveis 20 020$00 20 220$00 20 422$00 20 627$00 20 833$00
gua 7 800$00 7 878$00 7 957$00 8 036$00 8 117$00
Embalagens (latas de 3 kg e 5kg) 48 600$00 49 086$00 49 577$00 50 073$00 50 573$00
Comunicao 2 400$00 2 424$00 2 448$00 2 473$00 2 497$00
Seguros 30 531$00 30 836$00 31 144$00 31 456$00 31 770$00
Outros FSEs 3 900$00 3 939$00 3 978$00 4 018$00 4 058$00
TOTAL 197 366$00 199 222$00 201 097$00 202 991$00 204 904$00
Unid.: $ / Ton.
FSE 1 2 3 4 5
Qtd. De PA produzido - Ton. 1944,0 2052,0 2160,0 2160,0 2160,0
Subcontratos
Electricidade 6$00 6$00 5$00 5$00 5$00
Combustveis 10$00 10$00 9$00 10$00 10$00
gua 4$00 4$00 4$00 4$00 4$00
Embalagens (latas de 3 kg e 5kg) 25$00 24$00 23$00 23$00 23$00
Produtos Qumicos Produo e Laboratrio 6$00 5$00 5$00 5$00 5$00
Comunicao 1$00 1$00 1$00 1$00 1$00
Seguros 16$00 15$00 14$00 15$00 15$00
Deslocaes e estadas 6$00 6$00 6$00 6$00 6$00
Conservao e reparao 18$00 17$00 16$00 17$00 17$00
Limpeza, higiene e conforto $00 $00 $00 $00 $00
Outros FSEs 2$00 2$00 2$00 2$00 2$00
TOTAL 102$00 97$00 93$00 94$00 95$00

Appendix 3
18

Unid.:dlares
PT'S 1 2 3 4 5
Directores (DG+DP+DC+DF) 5 304$00 5 357$00 5 411$00 5 465$00 5 519$00
- Remunerao 5 100$00 5 151$00 5 203$00 5 255$00 5 307$00
- Encargos 204$00 206$00 208$00 210$00 212$00
- Sub. de Refeio
Pessoal Produo 6 848$00 6 917$00 6 986$00 7 056$00 7 126$00
- Remunerao 6 585$00 6 651$00 6 717$00 6 785$00 6 852$00
- Encargos 263$00 266$00 269$00 271$00 274$00
- Sub. de Refeio
Pessoal Administrativo 2 813$00 2 841$00 2 870$00 2 898$00 2 927$00
- Remunerao 2 705$00 2 732$00 2 759$00 2 787$00 2 815$00
- Encargos 108$00 109$00 110$00 111$00 113$00
- Sub. de Refeio
TOTAL 14 966$00 15 115$00 15 266$00 15 419$00 15 573$00
Unid.:dlares
PT'S 1 2 3 4 5
- Remunerao 61 200$00 61 812$00 62 430$00 63 054$00 63 685$00
- Encargos 2 448$00 2 472$00 2 497$00 2 522$00 2 547$00
- Sub. de Refeio
Pessoal Produo 73 631$00 74 453$00 75 283$00 76 121$00 76 968$00
- Remunerao 70 470$00 71 260$00 72 058$00 72 864$00 73 679$00
- Encargos 3 161$00 3 192$00 3 224$00 3 257$00 3 289$00
- Sub. de Refeio
- Remunerao 32 460$00 32 785$00 33 112$00 33 444$00 33 778$00
- Encargos 1 298$00 1 311$00 1 324$00 1 338$00 1 351$00
- Sub. de Refeio
TOTAL 171 037$00 172 833$00 174 647$00 176 479$00 178 329$00

Appendix 3
19

IRT MENSAL
Unid.:dlares
Taxa PT'S 1 2 3 4 5
20,00% Directores (DG+DP+DC+DF) 1 020$00 1 030$00 1 041$00 1 051$00 1 061$00
10,00% Pessoal Produo 659$00 665$00 672$00 678$00 685$00
10,00% Pessoal Administrativo 271$00 273$00 276$00 279$00 281$00
Total 1 949$00 1 968$00 1 988$00 2 008$00 2 028$00
I.N.S.S.
Unid.:dlares
Taxa PT'S 1 2 3 4 5
3,00% Directores (DG+DP+DC+DF) 153$00 155$00 156$00 158$00 159$00
3,00% Pessoal Produo 198$00 200$00 202$00 204$00 206$00
3,00% Pessoal Administrativo 81$00 82$00 83$00 84$00 84$00
Total 432$00 436$00 440$00 445$00 449$00
AMORTIZAO
EDIFCIOS E ANEXOS 580 000$00 4,00% 23 200$00 23 200$00 23 200$00 23 200$00 23 200$00
EQUIPAMENTO INDUSTRIAL ( 2500 Kg/H ) 1 500 000$00 12,50% 187 500$00 187 500$00 187 500$00 187 500$00 187 500$00
EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE 295 000$00 20,00% 59 000$00 59 000$00 59 000$00 59 000$00 59 000$00
EQUIPAMENTO PARA EXTENSO AGRCOLA 300 000$00 12,50% 37 500$00 37 500$00 37 500$00 37 500$00
Licenas, Alvars 2 500$00 33,33% 833$00 833$00 833$00
Constituio da empresa 2 500$00 33,33% 833$00 833$00 833$00
Implementao de Plano de Formao profissiona 15 000$00 33,33% 5 000$00 5 000$00 5 000$00
Estudo de Viabilidade 7 500$00 33,33% 2 500$00 2 500$00 2 500$00
Implementao de Plano de Marketing 10 000$00 33,33% 3 333$00 3 333$00 3 333$00
TOTAL ( I+II ) 2 712 500$00 319 700$00 319 700$00 319 700$00 307 200$00 269 700$00

Appendix 3
20


Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
1.Vendas Lquidas 1 574 640$00 1 678 741$00 1 784 767$00 1 802 615$00 1 820 641$00
1.1.Mercado Interno 1 574 640$00 1 678 741$00 1 784 767$00 1 802 615$00 1 820 641$00
1.2.Mercado Externo
2.Outros Proveitos
2.2.Outros
3.Variao da Produo
4.Total 1 574 640$00 1 678 741$00 1 784 767$00 1 802 615$00 1 820 641$00
7.Subcontratos
8.2.Produtos Quimicos 10 985$00 11 095$00 11 206$00 11 318$00 11 431$00
8.3.Embalagens 48 600$00 49 086$00 49 577$00 50 073$00 50 573$00
8.4.Seguros 30 531$00 30 836$00 31 144$00 31 456$00 31 770$00
8.5.Cons.Manut.Ferram e utens.e Limp. 37 505$00 37 880$00 38 259$00 38 641$00 39 028$00
9.Impostos 157$00 168$00 178$00 180$00 182$00
9.1.Directos
9.2.Indirectos 157$00 168$00 178$00 180$00 182$00
13.Provises
14.Total 1 205 753$00 1 243 628$00 1 282 172$00 1 279 265$00 1 251 455$00
18.Resultados Antes dos Impostos 111 066$00 174 481$00 260 733$00 354 192$00 472 389$00
19.Provises p/ Impostos sobre Lucros 38 873$00 61 068$00 91 257$00 123 967$00 165 336$00
20.Resultados Lquidos 72 193$00 113 413$00 169 477$00 230 225$00 307 053$00

Appendix 3
21







Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
Investimento Total Anual (1) 3 119 043$00
Valor Residual do Investimento (2) 1 176 500$00
Cash-Flow do Projecto (3+2-1-4) -2 508 817$00 651 446$00 689 315$00 664 786$00 1 807 836$00
CF Actualizados -2 220 192$00 510 178$00 477 730$00 407 726$00 981 221$00
VAL 156 662$00
CF Acumulados -2 220 192$00 -1 710 014$00 -1 232 284$00 - 824 559$00 156 662$00
PRI 12 12 12 12 10

Appendix 3
22


Unid.:dlares
-10% V.A.L. 54 685$00 754 877$00 633 372$00 242 674$00
T.I.R. 13,9% 25,4% 24,3% 16,9%
-5% V.A.L. 279 748$00 628 202$00 567 449$00 372 100$00
T.I.R. 17,5% 23,2% 22,6% 19,0%
10% V.A.L. 945 081$00 248 174$00 369 680$00 760 377$00
T.I.R. 28,6% 17,0% 18,5% 25,5%
5% V.A.L. 723 303$00 374 850$00 435 603$00 630 952$00
T.I.R. 24,8% 19,0% 19,7% 23,3%

Appendix 3
23


ESTRUTURA DE CUSTOS DA EMPRESA
RBRICAS 1 2 3 4 5
Subcontratos
F. S. Es 12,53% 11,87% 11,27% 11,26% 11,25%
Impostos 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01%
Provises
Resultados Lquidos 4,58% 6,76% 9,50% 12,77% 16,87%
ESTRUTURA DE CUSTOS
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
1 2 3 4 5
Provises
Impostos
F. S. Es
Subcontratos
RBRICA 1 2 3 4 5
Volume de vendas 1 574 640$00 1 678 741$00 1 784 767$00 1 802 615$00 1 820 641$00
Margem Bruta (%) 69,1% 69,1% 69,1% 69,1% 69,1%
Custos variveis 687 582$00 725 806$00 761 288$00 768 451$00 776 030$00
Margem Contribuio Lquida 887 058$00 952 935$00 1 023 479$00 1 034 163$00 1 044 610$00
Margem Contribuio Lquida (%) 56,33% 56,76% 57,35% 57,37% 57,38%
Custos fixos 818 254$00 821 081$00 805 741$00 723 338$00 615 963$00
Ponto crtico 1 452 505$00 1 446 460$00 1 405 070$00 1 260 825$00 1 073 555$00
Margem de segurana 7,76% 13,84% 21,27% 30,06% 41,03%
PONTO CRTICO
$00
200 000$00
400 000$00
600 000$00
800 000$00
1 000 000$00
1 200 000$00
1 400 000$00
1 600 000$00
1 2 3 4 5

Appendix 3
24

Unid.:dlares
RBRICA 1 2 3 4 5
Amortizaes 319 700$00 319 700$00 319 700$00 307 200$00 269 700$00
Resultados liqudos 72 193$00 113 413$00 169 477$00 230 225$00 307 053$00
VAB 820 751$00 866 578$00 905 685$00 883 061$00 851 879$00
RBRICA 1 2 3 4 5
Rendibilidade do capital prprio 8,47% 11,75% 14,93% 16,87% 18,36%
Rendibilidade lquida das vendas 7,05% 10,39% 14,61% 19,65% 25,95%
Rentabilidade de explorao das ven 38,75% 38,81% 38,62% 36,88% 34,68%

Appendix 3
25


Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
ACTIVO
1.1.Incorpreo 37 500$00 37 500$00 37 500$00 37 500$00 37 500$00
1.2.Corpreo 2 675 000$00 2 675 000$00 2 675 000$00 2 675 000$00 2 675 000$00
1.3.Financeiro
2.Amortizaes e Reintegraes 319 700$00 639 400$00 959 100$00 1 266 300$00 1 536 000$00
4.Existncias 40 500$00 43 178$00 45 905$00 46 364$00 46 827$00
5.1.Clientes 131 220$00 139 895$00 148 731$00 150 218$00 151 720$00
5.2.Outros Devedores 295 619$00 118 926$00
8.Total do Activo 3 321 606$00 3 307 547$00 2 795 700$00 2 361 264$00 1 983 355$00
CAPITAIS PRPRIOS
9.Capital 779 761$00 779 761$00 779 761$00 779 761$00 779 761$00
11.Reservas / Result. Transitados 72 193$00 185 606$00 355 083$00 585 308$00
14.Total dos Capitais Prprios 851 954$00 965 367$00 1 134 843$00 1 365 068$00 1 672 121$00
PASSIVO
16.Dbitos a Mdio e Longo Prazo 2 339 282$00 2 183 330$00 1 455 554$00 727 777$00
16.1.Emprstimos Obtidos (Bancos) 2 183 330$00 2 183 330$00 1 455 554$00 727 777$00
16.3.Outras Dvidas
17.2.Fornecedores 87 750$00 93 998$00 92 718$00 92 880$00 93 809$00
17.4.Outras Dvidas
19.Total do Passivo 2 469 652$00 2 342 180$00 1 660 856$00 996 196$00 311 234$00

Appendix 3
26


RBRICA 1 2 3 4 5
Endividamento 74,35% 70,81% 59,41% 42,19% 15,69%
Cobertura do Servio da Dvida 279% 298% 74% 78% 81%
Solvabilidade 34,50% 41,22% 68,33% 137,03% 537,26%
RBRICA 1 2 3 4 5
Liquidez geral 7,12 7,77 5,08 3,41 2,59
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
1 2 3 4 5
0,00%
100,00%
200,00%
300,00%
400,00%
500,00%
600,00%
1 2 3 4 5
SOLVABILIDADE
RBRICA 1 2 3 4 5
PMR (dias) 30 30 30 30 30
PMP (dias) 65 65 61 60 60
Rotao do activo 47,41% 50,75% 63,84% 76,34% 91,80%
Rotao das existncias (dias) 30 30 30 30 30 g p
Cobertura do Imob.Pelos C.Prp. 31,41% 35,59% 41,84% 50,33% 61,65%

Appendix 3
27

Unid.:dlares
RBRICA 1 2 3 4 5
Capitais permanetes 3 191 236$00 3 148 697$00 2 590 397$00 2 092 845$00 1 672 121$00
Imobilizado liqudo 2 392 800$00 2 073 100$00 1 753 400$00 1 446 200$00 1 176 500$00
Fundo de Maneio 798 436$00 1 075 597$00 836 997$00 646 645$00 495 621$00
Necessidades fundo de maneio 336 970$00 143 149$00 - 10 668$00 - 71 838$00 - 112 687$00
Tesouraria passiva
Tesouraria 461 467$00 932 448$00 847 665$00 718 483$00 608 308$00
Controle tesouraria
- 200 000$00
$00
200 000$00
400 000$00
600 000$00
800 000$00
1 000 000$00
1 200 000$00
1 2 3 4 5
TESOURARIA
FM
NFM
TESOURARIA

Appendix 3
28

CENRIO 2 - REALISTA


1. Proveitos

QUANTIDADES MENSAIS (Ton.)
Pasta de Tomate Embalada 324 342 360 360 360
TOTAL 324 342 360 360 360
Unid.:dlares
Pasta de Tomate Embalada 840$00 848$00 857$00 865$00 874$00
TOTAL
Unid.:dlares
Pasta de Tomate Embalada 272 160$00 290 153$00 308 478$00 311 563$00 314 679$00
Unid.:dlares
Pasta de Tomate Embalada 1 632 960$00 1 740 917$00 1 850 869$00 1 869 378$00 1 888 072$00

Appendix 3
29

2. Custos

QUANTIDADES MENSAIS
Unid.: Ton.
Tomate fresco 1620 1710 1800 1800 1800
TOTAL 1.620 1.710 1.800 1.800 1.800
CUSTO UNITRIO
Unid.:dlares
Tomate fresco 45$00 45$00 46$00 46$00 47$00
TOTAL 45$00 45$00 46$00 46$00 47$00
CUSTO DAS MATRIAS PRIMAS CONSUMIDAS MENSAL
Unid.:dlares
Tomate fresco 72 900$00 77 720$00 82 628$00 83 454$00 84 289$00
TOTAL 72 900$00 77 720$00 82 628$00 83 454$00 84 289$00
CUSTO DAS MATRIAS PRIMAS CONSUMIDAS ANUAL
Unid.:dlares
Tomate fresco 437 400$00 466 317$00 495 769$00 500 726$00 505 734$00
TOTAL 437 400$00 466 317$00 495 769$00 500 726$00 505 734$00

Appendix 3
30


Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
1.Vendas Lquidas 1 632 960$00 1 740 917$00 1 850 869$00 1 869 378$00 1 888 072$00
1.1.Mercado Interno 1 632 960$00 1 740 917$00 1 850 869$00 1 869 378$00 1 888 072$00
1.2.Mercado Externo
2.Outros Proveitos
2.2.Outros
3.Variao da Produo
4.Total 1 632 960$00 1 740 917$00 1 850 869$00 1 869 378$00 1 888 072$00
7.Subcontratos
8.3.Embalagens 48 600$00 49 086$00 49 577$00 50 073$00 50 573$00
8.4.Seguros 30 409$00 30 713$00 31 020$00 31 330$00 31 644$00
9.Impostos 163$00 174$00 185$00 187$00 189$00
9.1.Directos
9.2.Indirectos 163$00 174$00 185$00 187$00 189$00
13.Provises
14.Total 1 158 204$00 1 192 942$00 1 228 291$00 1 224 846$00 1 196 491$00

Appendix 3
31


Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
CF Actualizados -2 149 597$00 569 618$00 533 526$00 457 627$00 1 025 862$00
VAL 437 035$00
CF Acumulados -2 149 597$00 -1 579 979$00 -1 046 453$00 - 588 827$00 437 035$00
PRI 12 12 12 12 7

Appendix 3
32



Unid.:dlares
-10% V.A.L. 357 857$00 1 056 730$00 949 752$00 528 131$00
T.I.R. 18,8% 30,8% 30,5% 21,6%
-5% V.A.L. 587 848$00 937 285$00 883 796$00 672 985$00
T.I.R. 22,6% 28,7% 28,4% 24,1%
10% V.A.L. 1 277 822$00 578 948$00 685 927$00 1 107 548$00
T.I.R. 34,7% 22,5% 23,3% 31,7%
5% V.A.L. 1 047 831$00 698 394$00 751 883$00 962 694$00
T.I.R. 30,6% 24,5% 24,9% 29,1%

Appendix 3
33


RBRICAS 1 2 3 4 5
Subcontratos
F. S. Es 12,08% 11,44% 10,86% 10,85% 10,85%
Impostos 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01%
Provises
Resultados Lquidos 8,82% 10,91% 13,54% 16,69% 20,63%
MARGEM BRUTA DAS VENDAS DA EMPRESA
Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
Vendas 1 632 960$00 1 740 917$00 1 850 869$00 1 869 378$00 1 888 072$00
CMVMC 437 400$00 466 317$00 495 769$00 500 726$00 505 734$00
Margem bruta 1 195 560$00 1 274 600$00 1 355 101$00 1 368 652$00 1 382 338$00
ESTRUTURA DE CUSTOS
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
1 2 3 4 5
Provises
Impostos
F. S. Es
Subcontratos

Appendix 3
34

RBRICA 1 2 3 4 5
Volume de vendas 1 632 960$00 1 740 917$00 1 850 869$00 1 869 378$00 1 888 072$00
Margem Bruta (%) 73,2% 73,2% 73,2% 73,2% 73,2%
Custos variveis 636 200$00 671 007$00 703 352$00 709 971$00 716 965$00
Margem Contribuio Lquida 996 760$00 1 069 910$00 1 147 517$00 1 159 408$00 1 171 107$00
Margem Contribuio Lquida (%) 61,04% 61,46% 62,00% 62,02% 62,03%
Custos fixos 817 536$00 820 362$00 805 072$00 722 868$00 615 693$00
Ponto crtico 1 339 344$00 1 334 862$00 1 298 527$00 1 165 520$00 992 627$00
Margem de segurana 17,98% 23,32% 29,84% 37,65% 47,43%
Unid.:dlares
RBRICA 1 2 3 4 5
Amortizaes 319 700$00 319 700$00 319 700$00 307 200$00 269 700$00
VAB 887 973$00 938 247$00 982 021$00 960 244$00 929 906$00
PONTO CRTICO
$00
200 000$00
400 000$00
600 000$00
800 000$00
1 000 000$00
1 200 000$00
1 400 000$00
1 600 000$00
1 2 3 4 5
RBRICA 1 2 3 4 5
Rendibilidade do capital prprio 15,62% 17,09% 18,39% 18,63% 18,87%
Rendibilidade lquida das vendas 13,56% 16,78% 20,82% 25,67% 31,73%
Rentabilidade de explorao das vendas 41,73% 41,78% 41,59% 39,91% 37,79%

Appendix 3
35


Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
ACTIVO
1.1.Incorpreo 37 500$00 37 500$00 37 500$00 37 500$00 37 500$00
1.2.Corpreo 2 675 000$00 2 675 000$00 2 675 000$00 2 675 000$00 2 675 000$00
1.3.Financeiro
4.Existncias 36 450$00 38 860$00 41 314$00 41 727$00 42 144$00
5.1.Clientes 136 080$00 145 076$00 154 239$00 155 782$00 157 339$00
6.Dep.Bancrios/Caixa/Tit.Negociveis 571 877$00 1 141 034$00 1 118 832$00 1 064 360$00 1 038 909$00
8.Total do Activo 3 414 649$00 3 479 442$00 3 067 785$00 2 708 068$00 2 414 892$00
CAPITAIS PRPRIOS
9.Capital 777 610$00 777 610$00 777 610$00 777 610$00 777 610$00
14.Total dos Capitais Prprios 921 577$00 1 111 490$00 1 362 027$00 1 673 966$00 2 063 417$00
PASSIVO
16.2.Suprimentos de Scios 155 522$00 TRUE
16.3.Outras Dvidas
17.2.Fornecedores 78 975$00 84 598$00 83 446$00 83 592$00 84 428$00
17.4.Outras Dvidas
19.Total do Passivo 2 493 073$00 2 367 952$00 1 705 758$00 1 034 103$00 351 475$00

Appendix 3
36


RBRICA 1 2 3 4 5
Endividamento 73,01% 68,06% 55,60% 38,19% 14,55%
Cobertura do Servio da Dvida 313% 334% 83% 87% 91%
Solvabilidade 36,97% 46,94% 79,85% 161,88% 587,07%
RBRICA 1 2 3 4 5
Liquidez geral 6,38 7,38 5,17 4,09 3,52
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
1 2 3 4 5
0,00%
100,00%
200,00%
300,00%
400,00%
500,00%
600,00%
1 2 3 4 5
SOLVABILIDADE

Appendix 3
37

RBRICA 1 2 3 4 5
PMR (dias) 30 30 30 30 30
PMP (dias) 66 66 61 61 61
Rotao do activo 47,82% 50,03% 60,33% 69,03% 78,18%
Unid.:dlares
RBRICA 1 2 3 4 5
Fundo de Maneio 861 608$00 1 215 700$00 1 060 167$00 953 535$00 886 917$00
Necessidades fundo de maneio 289 731$00 74 665$00 - 58 664$00 - 110 824$00 - 151 992$00
Tesouraria activa 571 877$00 1 141 034$00 1 118 832$00 1 064 360$00 1 038 909$00
Tesouraria passiva
Tesouraria 571 877$00 1 141 034$00 1 118 832$00 1 064 360$00 1 038 909$00
Controle tesouraria
- 200 000$00
$00
200 000$00
400 000$00
600 000$00
800 000$00
1 000 000$00
1 200 000$00
1 400 000$00
1 2 3 4 5
TESOURARIA
FM
NFM
TESOURARIA

Appendix 3
38

A AN NE EX XO OS S


PRODUTO FINAL: PASTA DE TOMATE Laborao: 6 meses/ano, 24 Horas por dia, 7 dias
CAPACI. INSTALADA ( Ton de tomate fresco/Hora ): 2,5 por semana
CAPACI. INSTALADA ( Ton de produto acabado/dia ): 0,5 Embalagem: Latas de 3 ou 5 Kg
Coeficiente de transformao 0,2 e tambores de 210 Kg
Custo Unitrio
de Aquisio
(USD)
Ciclos
por ano
Custo Total ( USD )
1 EQUIPAMENTO INDUSTRIAL ( 2500 Kg/H ) 1 1/15 1.500.000,00
1,1 Equipamentos de processamento de pasta 1 700.000,00 1/15 700.000,00
1,2 Equipamento de embalagem 1 550.000,00 1/15 550.000,00
1,3 Equipamento de apoio ( caldeira, ar comprimido,
gerador de 500KW )
1 250.000,00 1/15 250.000,00
2 EDIFCIOS E ANEXOS 580.000,00
2,1 Recuperao de cobertura de edifcios 1 250.000,00 1/6 250.000,00
2,2 Bscula nova 1 80.000,00 1/15 80.000,00
2,3 Estao de tratamento de gua 1 250.000,00 1/15 250.000,00
3 EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE 295.000,00
3,1 Camies de 10 Ton 1 60.000,00 1/5 60.000,00
3,2 Camies de 4 Ton 2 35.000,00 1/5 70.000,00
3,3 Carrinhas de 1 Ton 1 20.000,00 1/5 20.000,00
3,4 Viaturas ligeiras 3 30.000,00 1/5 90.000,00
3,5 Empilhadeiras 1 55.000,00 1/5 55.000,00
3,6 EQUIPAMENTO PARA EXTENSO AGRCOLA 300.000,00 300.000,00
4 PESSOAL FABRIL Qtidade
Custo Mensal
(USD)
Ciclos
por ano
Custo Anual (USD)
PESSOAL PARA EXTENSO AGRCOLA 2.000,00 24.000,00
Eng Agrcola Snior 1 1.200,00 12 14.400,00
Eng Tcnicos Agrcolas 4 800,00 12 9.600,00
TOTAL PESSOAL FABRIL 4.585,00 58.220,00
4,1 Encarregado Fabril 2 1.200,00 12 14.400,00
4,2 Chefes de Armazns 3 450,00 12 5.400,00
4,3 Engenheiro Qumico 1 800,00 12 9.600,00
4,4 Operrios/operadores de mquinas 15 1.425,00 12 17.100,00
4,5 Tcnicos de manuteno 5 400,00 12 4.800,00
4,6 Chefe de Laboratrio e C. Qualidade 1 150,00 12 1.800,00
4,7 Pessoal de Laboratrio e C. Qualidade 2 160,00 12 1.920,00
4,8 Formao Profissional 3.200,00
5 PESSOAL ADMINISTRATIVO Qtidade
Custo Mensal
(USD)
Ciclos
por ano
Custo Anual (USD)
7.805,00 95.460,00
5,1 Director Geral 1 1.500,00 12 18.000,00
5,2 D. Financeiro 1 1.200,00 12 14.400,00
5,3 D. Produo 1 1.200,00 12 14.400,00
5,4 D. Comercial 1 1.200,00 12 14.400,00
5,5 Chefe de Contabilidade 1 600,00 12 7.200,00
5,6 Pessoal de Aprovisionamento 3 240,00 12 2.880,00
5,7 Pessoal de vendas 3 240,00 12 2.880,00
5,8 Motoristas 5 325,00 12 3.900,00
5,9 Secretariado 2 200,00 12 2.400,00
5.1O Pessoal de limpeza 5 250,00 12 3.000,00
5,11 Pessoal de Proteco 10 850,00 12 10.200,00
UNl DADE DE PROCESSAMENTO DE TOMATE DE CHl LEMBENE

Appendix 3
39


China Xinjiang Tomato paste is very famous in the world because its pure natural
taste and its top quality. we, Xinjiang Green-leaf Foodstuff Group Co., Beijing Br.,
export tomato paste from our Xinjiang plant directly, so, our quality and price is very
competitive.
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specification, processing technique, inspection data, etc. If you need the information
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At present, we have catalogues and samples available, and we'll send it to you upon
the receipt of your intent, and the samples' transmit cost will be charged by the your
sides.

OUR QUALITY CERTIFICATE

Appendix 3
40

PRICE LIST FOR 2002 CROP
BRIX PACKING TINS/CARTON
Price US$/MT
FOB Xingang
Tianjin
28-30% 850GM 12TINS 720
1KG 12TINS 670
3KG 6TINS 560
4.5KG 6TINS 550
220KG/DRUM 80DRUM/20"FCL 450
36-38% 220KG/DRUM 80DRUM/20"FCL 500

PRICE LIST FOR 2001 CROP
BRIX PACKING TINS/CARTON
Price
US$/MT
FOB Tianjin
28-30% 850GM 12TINS 820
1KG 12TINS 770
3KG 6TINS 660
4.5KG 6TINS 650
220KG/DRUM 80DRUM/20"FCL 600

Appendix 3
41
36-38% 220KG/DRUM 80DRUM/20"FCL 660

Tomatoes
Area Harv (Ha) 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
World 3.197.774 3.319.955 3.326.390 3.566.252 3.763.183 3.750.176 3.745.229
Total de SADC 1.072.732 1.069.095 1.067.856 1.041.142 1.038.314 982.257 982.493
Angola 3.700 4.000 3.800 4.000 3.000 3.500 3.500
Congo, Dem Republic of 7.000 6.149 5.876 5.614 5.400 5.400 5.400
Malawi 85.000 87.500 86.842 87.500 87.805 87.500 87.500
Mauritius 125.218 109.097 115.231 103.163 103.436 113.882 114.118
Mozambique 85.714 86.364 86.957 87.500 88.000 73.220 73.220
Seychelles 60.714 60.345 60.000 61.667 61.290 61.290 61.290
South Africa 334.892 334.535 342.182 323.981 319.146 272.650 272.650
Swaziland 126.667 126.667 125.000 128.571 125.000 125.926 125.926
Tanzania, United Rep of 77.160 78.049 75.301 78.035 78.570 77.778 77.778
Zambia 100.000 104.167 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000
Zimbabwe 66.667 72.222 66.667 61.111 66.667 61.111 61.111
Tomatoes
Production (Mt) 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
World 86.734.151 92.932.114 89.313.832 94.338.747 104.366.671 101.975.637 100.259.346
Total de SADC 726.816 746.300 730.577 715.618 724.933 650.465 650.485
Angola 14.000 15.000 14.000 15.000 11.000 13.000 13.000
Malawi 34.000 35.000 33.000 35.000 36.000 35.000 35.000
Mauritius 13.486 10.877 12.226 10.729 8.037 9.680 9.700
Mozambique 18.000 19.000 20.000 21.000 22.000 7.117 7.117
Seychelles 170 175 180 185 190 190 190
South Africa 435.360 451.622 444.837 421.175 430.847 368.078 368.078
Swaziland 3.800 3.800 3.500 3.600 3.500 3.400 3.400
Zambia 23.000 25.000 23.000 22.000 24.000 25.000 25.000
Zimbabwe 12.000 13.000 12.000 11.000 12.000 11.000 11.000
Tomatoes
Yield (Hg/Ha) 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
World 271.233 279.920 268.501 264.532 277.336 271.922 267.699
Total de SADC 1.168.441 1.169.346 1.167.919 1.141.933 1.136.951 1.080.870 1.081.106
Angola 37.838 37.500 36.842 37.500 36.667 37.143 37.143
Malawi 85.000 87.500 86.842 87.500 87.805 87.500 87.500
Mauritius 125.218 109.097 115.231 103.163 103.436 113.882 114.118
Mozambique 85.714 86.364 86.957 87.500 88.000 73.220 73.220
Seychelles 60.714 60.345 60.000 61.667 61.290 61.290 61.290
South Africa 334.892 334.535 342.182 323.981 319.146 272.650 272.650
Swaziland 126.667 126.667 125.000 128.571 125.000 125.926 125.926
Zambia 100.000 104.167 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000
Zimbabwe 66.667 72.222 66.667 61.111 66.667 61.111 61.111
Year
Year
Year

Appendix 3
42

Tomatoes
Imports - Qty (Mt) 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Worl d 3.100.793 3.443.747 3.628.554 3.692.751 3.584.924 3.574.312
Total de SADC 10.240 10.115 12.473 13.589 12.190 11.519
Botswana 4.494 4.723 5.541 5.742 5.742 5.541
Congo, Dem Republ i c of 0 0 53 10 10 10
Lesotho 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000
Mal awi 0 0 18 22 22 22
Seychel l es 455 269 292 297 297 167
South Afri ca 261 16 19 399 251 23
Swazi l and 1.000 1.000 1.664 1.182 1.361 1.308
Tanzani a, Uni ted Rep of 0 0 2 2 2 2
Zambi a 0 20 29 60 60 60
Zi mbabwe 30 87 855 1.875 445 386
Tomatoes
Imports - Val (1000$) 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Worl d 2.672.901 3.226.942 3.031.479 3.209.848 2.984.996 3.076.620
Total de SADC 4.952 4.713 5.554 5.746 5.577 5.250
Botswana 2.569 2.506 2.604 2.777 2.777 2.604
Congo, Dem Republ i c of 0 0 33 6 6 6
Lesotho 1.600 1.600 1.600 1.600 1.600 1.600
Mal awi 0 0 7 18 18 18
Seychel l es 437 402 598 641 641 361
South Afri ca 199 3 14 149 92 4
Swazi l and 130 130 344 206 328 501
Tanzani a, Uni ted Rep of 0 0 9 9 9 9
Zambi a 0 25 32 50 50 50
Zi mbabwe 17 47 313 290 56 97
Tomatoes
Exports - Qty (Mt) 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Worl d 3.452.170 3.356.339 3.750.999 3.971.869 3.968.802 3.738.030
Total de SADC 763 4.175 5.178 9.287 8.207 7.475
Botswana 15 13 2 6 6 2
Mal awi 0 0 0 220 220 220
Mauri ti us 0 0 0 0 6 1
Seychel l es 0 0 4 6 0 0
South Afri ca 699 4.149 5.097 8.580 7.504 7.097
Swazi l and 0 0 34 34 47 122
Zambi a 0 0 3 3 3 3
Zi mbabwe 49 13 38 438 421 30
Tomatoes
Exports - Val (1000$) 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Worl d 2.799.317 2.935.039 2.832.208 3.054.792 2.926.437 3.049.958
Total de SADC 461 1.579 1.198 2.248 1.928 1.562
Botswana 10 10 1 3 3 1
Mal awi 0 0 0 40 40 40
Mauri ti us 0 0 0 0 3 1
Seychel l es 0 0 10 13 1 0
South Afri ca 437 1.565 1.153 1.955 1.637 1.444
Swazi l and 0 0 12 12 7 51
Zambi a 0 0 8 8 8 8
Zi mbabwe 14 4 14 217 229 17
Year
Year
Year
Year

Appendix 3
43

Tomato Paste
Imports - Qty (Mt) 1995 1996 1997 1998 1999 2000
World 1.158.937 1.154.808 1.239.336 1.274.661 1.429.603 1.410.444
Total de SADC 15.401 13.170 11.551 9.812 11.854 15.085
Angola 2.900 5.200 5.100 4.700 5.900 10.200
Botswana 99 77 102 73 73 102
Congo, Dem Republic of 5.800 5.700 4.839 2.200 1.900 1.600
Malawi 11 10 10 5 5 5
Mauritius 516 393 246 324 225 537
Seychelles 75 98 98 160 70 207
South Africa 5.269 1.065 803 996 1.502 1.075
Swaziland 0 0 11 20 10 112
Tanzania, United Rep of 570 500 189 1.100 2.100 1.200
Zambia 60 10 0 20 20 20
Zimbabwe 101 117 153 214 49 27
Tomato Paste
Imports - Val (1000$) 1995 1996 1997 1998 1999 2000
World 1.150.764 1.098.416 1.034.477 1.081.540 1.174.941 930.394
Total de SADC 15.725 11.045 7.044 5.964 6.797 4.200
Botswana 313 219 258 150 150 258
Congo, Dem Republic of 9.000 8.300 5.527 2.900 2.700 1.500
Malawi 11 10 10 4 4 4
Mauritius 487 457 192 225 183 380
Seychelles 187 179 161 267 131 255
South Africa 4.772 1.035 536 866 1.144 607
Swaziland 0 0 23 29 29 54
Tanzania, United Rep of 760 700 176 1.350 2.400 1.100
Zambia 60 10 0 20 15 15
Zimbabwe 135 135 161 153 41 27
Tomato Paste
Exports - Qty (Mt) 1995 1996 1997 1998 1999 2000
World 1.218.498 1.266.066 1.504.886 1.515.840 1.579.182 1.621.741
Total de SADC 266 441 521 604 311 215
Botswana 3 0 1 0 0 1
Malawi 0 0 11 15 15 15
Mauritius 0 0 0 0 0 1
South Africa 187 259 379 544 241 194
Swaziland 0 0 80 9 0 0
Zimbabwe 76 182 50 36 55 4
Tomato Paste
Exports - Val (1000$) 1995 1996 1997 1998 1999 2000
World 1.197.307 1.202.512 1.223.961 1.277.103 1.261.547 1.057.079
Total de SADC 340 552 536 761 420 247
Botswana 6 2 2 0 0 2
Malawi 0 0 4 5 5 5
Mauritius 0 0 0 1 1 2
Seychelles 0 1 0 1 1 0
South Africa 242 335 434 722 368 234
Swaziland 0 0 40 6 0 0
Zimbabwe 92 214 56 26 45 4
Year
Year
Year
Year

Appendix 3
44

Tomatojuice Concentrated
Imports - Qty (Mt) 1995 1996 1997 1998 1999 2000
World 50.700 49.887 60.495 58.009 18.090 20.679
Imports - Val (1000$) 1995 1996 1997 1998 1999 2000
World 22.020 23.181 26.394 27.579 7.392 7.936
Exports - Qty (Mt) 1995 1996 1997 1998 1999 2000
World 558 454 445 227 890 972
Exports - Val (1000$) 1995 1996 1997 1998 1999 2000
World 370 245 194 126 554 624
Year
Year
Year
Year

Appendix 4
1
Appendix 4: Pre-viability Study for the Coconut
Products Factory in Inhambane/Maxixe

LVSDI


PROJECTO 3: CONSTRUO DE FBRICA INTEGRADA DE DERIVADOS
DE COCO EM INHAMBANE / MAXIXE

(RELATRIO FINAL)

SUMRIO



1. Sector agrcola

1. Pressupostos
2. Investimento
4. Proveitos
5. Custos
CENRIOS (2)

A AN NE EX XO OS S

Appendix 4
2

Entre as vrias unidades de processamento visitadas e estudadas, recomendamos a
construo de uma Fbrica Integrada de Derivados de Coco, a instalar na Zona de
Inhambane ou Maxixe pelos seguintes motivos:

A sua localizao parece-nos ptima por ser numa zona de intensa existncia de
palmares (no h ainda sinais de presena da doena amarela presente nos
palmares da Zambzia), de fcil acesso; e com disponibilidade de um conjunto de
infraestruturas como a electricidade;

Ter uma estrutura accionria que congregre um leque de stakeholders da cadeia
do Coco e Copra: Membros de Associao de Produtores, Produtores e
Comerciantes;

Pode jogar um papel importante no fomento da plantao de coqueiros (novas
variedades: ans), servindo de ponte entre os financiadores e os produtores e
absorvendo a produo destes;

Pode jogar um papel decisivo, como projecto piloto (efeito demonstrador),
garantindo a criao de mais valor acrescentado nacional, a partir de uma das
maiores riquezas naturais desta regio, diversificando os produtos transformados,
que tm mercados garantidos;

A produo ser maioritariamente para exportao;

Ser de rpida implementao, ter mercados assegurados, ter grande impacto na
economia da regio e do pas (o pas precisa de criar mais valor acrescentado a
partir das suas riquezas naturais), ser gerador de postos de trabalho directa e
indirectamente (fixando as populaes e melhorando o seu nvel de vida)

tcnica e econmica.

Appendix 4
3

DESCRIO DO PROJECTO

Sector Descrio Produtos/Subprodutos Pontos Fortes Outros Dados
Importantes
Fabrica de
derivados do
coco
Duas unidades
integradas (produo e
transformao, com
participaes mutuas
no capital): Fomento,
extenso,
processamento de
coco e derivados.
leo de copra cr
leo de copra
refinado
Margarina
Bagao
Sabo
Sabonete
Coco ralado
Leite de Coco
Carvo
Fibra
Permite renovar
rvores
Plantar
variedade
hbridas de mais
fcil apanha do
fruto (ans)
Estabiliza
mercado
Incentiva
agricultores
Permite
indstria pagar
melhor ao
agricultor
Grande valor
acrescentado
Menor
vulnerabilidade
a um s mercado
Pode
incentivar-se
empresa j
existente e em
funcionamento,
Copromol
mas que est
apenas a tirar
leo em bruto
cr e bagao,
ambos 100%
para
exportao, ao
qual se devem
sugerir
ajustamentos
para garantir
sucesso: criar
mais valor
acrescentado e
integrar
componente
agrcola em
parceria com
sector familiar.


CENRIO 1 Cauteloso
I
N
D
I
C
A
D
O
R
E
S
Ano Cruzeiro Ano 3
TIR 17,03 %
VAL 245 328$00$00 usd
CENRIO 2 Realista
I
N
D
Ano Cruzeiro Ano 3

Appendix 4
4
I
C
A
D
O
R
E
S
TIR 21,67 %
VAL 517 607$00 usd

Concluses:
nos captulos seguintes, pode constatar-se que o projecto de construo de uma
fbrica integrada de derivados de coco, tcnica, econmica e finaceiramente viavl
(em termos de pr-viabilidade).

Para efeitos de pr-viabilidade no foram considerados os benefcios lquidos dos
derivados de coco que constituem a diversificao desta unidade e a grande mais
valia em relao s j instaladas (melhores margens, menor dependncia dos clientes
do leo, maior estabilidadem, maior valor acrescentado nacional).

efectuadas no Relatrio Draft do Diagnstico e Estratgia preconizada sugestes
constrangimentos.
principais constrangimentos das fbricas j instaladas.


Como j foi referido no "Relatrio Draft" relativo ao Diagnstico e Estratgia de
coco no Vale do Limpopo, depende resumidamente dos seguintes factores:



Appendix 4
5
intervenientes para diminuir as condies para a continuao da proliferao de

administrativo, vendedores e outros profissionais relevantes


financeiros, etc.,



6. Sector agrcola

Actualmente o stock de rvores no "Vale do Limpopo" elevado, estima-se uma
produo anual superior a 100.000 ton. de coco (predominncia da variedade alta e
aproveitamento no superior a 80% da produo), os palmares so principalmente
propriedade do sector familiar (ao contrrio da Zambzia) que em grande parte se
limitam a fazer a apanha dos frutos, fazendo pouco maneio, o mercado nacional e
regional enorme e o "Vale do Limpopo" reune condies naturais, infraestrurais e
histricas optimas para o desenvolvimento da produo de derivados do coco, em
grandes quantidades e de forma competitiva.

Ao nvel do sector agrcola, conforme respectivo "Relatrio Final", so
indispensveis para a viabilidade das exploraes de coqueiros, que se verifiquem as
seguintes condies:

Incentivar a introduo junto do sector familiar de variedades ans e fazer a
extenso quanto ao maneio dos palmares (embora a doena dos coqueiros
presente na Zambzia ainda no tenha chegado a Inhambane, h que prevenir)

Para incentivar o sector empresarial, necessrio diminuir o peso da economia
informal

Appendix 4
6

Incentivar a agro-indstria a realizar o "fomento", e criar formas privados e
segundo as leis de mercado, de financiar os agricultores com juros suportveis
pela sua actividade

suportveis


Ao nvel do sector agro-indstrial, conforme respectivo "Relatrio Draft" so
indispensveis para a viabilidade das unidades de processamento de derivados de
coco, que se verifiquem as seguintes condies:

especializados
especializados
Criao de marcas de derivados de coco, "Vale do Limpopo"
Investimento em marketing: focar na qualidade e na certificao de origem
(alguns destes segmentos de mercado, ainda nichos, tm taxas de crescimento
exponencial e elevadas rentabilidades, adequadas a novas marcas que estejam a
entrar)


Este sector no constitue um estrangulamento ao desenvolvimento da fileira do coco,
existindo j agentes fornecedores destes servios, ou sendo necessrio mais agentes, o
mercado tratar de os fazer aparecer:
Armazenistas
"Tradings"


Appendix 4
7


1. Pressupostos


Foram desenvolvidos dois Cenrios, que se distinguem exclusivamente quanto aos
pressupostos relativos aos Preos de Venda do produto final "leo Refinado" e aos
"Preos de Compra" da copra:

Produto

PREO DE VENDA
Derivados de Coco do "Vale do Limpopo"

leo Bruto

(1)
Ano 1: 350 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 354 a 364 usd/Ton. de
acordo com inflao.
(1)
Ano 1: 350 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 354 a 364 usd/Ton. de
acordo com inflao.

leo Refinado

(1)
Ano 1: 550 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 556 a 572 usd/Ton. de
acordo com inflao.
(1)
Ano 1: 575 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 581 a 598 usd/Ton. de
acordo com inflao.

Copra

(2)
Ano 1: 100 usd/Ton.
Ano 2: a 5: 101 a 104 usd/Ton. de
acordo com inflao.
(2)
Ano 1: 95 usd/Ton.
acordo com inflao.
Nota:
1. Preos obtidos por referncia aos preos de mercado das indstrias j a laborar (100% de exportao para a
frica do Sul), no caso do leo cru, e aos preos nos mercado internacionais deste e do leo refinado
(J unho/02): leo Bruto cru, CIF - Duty paid Liverpool, 322 usd/ Ton.; leo Refinado, Ex-Works UK 442
usd/ Ton.
2. Preos obtidos por referncia aos preos actualmente pagos pela indstria. Estes preos na ordem dos 85
usd/Ton., so reduzidos e no nosso entender incentivam o agricultor a vender fresco, e a nem sequer realizar
a colheita (escassez de mo-de-obra para subir s rvores das variedades altas). Preo da Copra das Filipinas
em J unho/02: CIF- Rotterdam, 266,5 usd/ Ton.
3. Considerou-se que os preos internacionais se mantero estavis ao longo dos 5 anos do estudo, evoluindo
apenas segundo a inflao do dlar

Appendix 4
8


edifcios/obras, equipamento industrial, transporte, administrativo, formao,
marketing, estudos, constituio, licenas e alvars

A tecnologia adquirida (Alem), permitir retirar o mximo de rendimento da
fbrica


Financiamento foi considerado com a seguinte estrutura: 30% de capitais prprios
ou equivalentes e 70% de financiamento bancrio. Foi considerada uma taxa de
juro de mercado (10%), sem qualquer bonificao


Resultados


do estudo

No esto quantificados Investimentos, Proveitos e Custos, para os produtos alm
do leo Cr e leo Refinado

Limpopo, nomeadamente agricultores do sector empresarial, agro-indstrias
(Copromol e Somoil), sector comercial, tcnicos e quadros de entidades pblicas,
entre outras, alm de estudos e informao secundria disponvel.

Appendix 4
9

2. Investimento

Unid.: usd
DESIGNAO 1
EDIFCIOS E ANEXOS 1 055 000$00
EQUIPAMENTO INDUSTRIAL ( 45 Ton/dia ) 1 187 475$00
EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE 485 000$00
EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO 50 000$00
INVESTIMENTO EM FUNDO DE MANEIO 487 494$00
TOTAL 3 317 469$00

Appendix 4
10


Unid.: usd
RBRICAS 1
1. ORIGENS
Capitais Alheios 2 488 102$00
Emprstimo bancrio 2 322 228$00
Subsdio
TOTAL 3 317 469$00
2. APLICAES
Investimento em Fundo de Maneio 487 494$00
TOTAL 3 317 469$00

Appendix 4
11

RBRICAS DIAS 1
2. Clientes 30 173 253$00
3. Existncias 30 77 591$00
5. Estado
- IVA a pagar
- IRT 2 401$00
8. Investimento em N.F.M. 487 494$00
Unid.:dlares
1 2 3 4 5
Compras 1 008 686$00 1 005 300$00 1 061 044$00 1 066 857$00 1 077 526$00
CMV 931 095$00 992 651$00 1 055 344$00 1 065 898$00 1 076 557$00

Appendix 4
12

4. Proveitos

produto final (marca, qualidade, e todos os derivados j referidos que se apure como
rentveis), com muito melhores margens, considerou-se apenas a transformao da
copra em leo Bruto Cr, leo Refinado e o aproveitamento do subproduto Bagao

A capacidade de absoro pelo mercado da produo desta unidade (quantidade) no
constitui problema, se levarmos em conta os seguintes indicadores:

- Moambique ser Importador de grande parte do leo refinado que consome;

- A frica do Sul importar j 100% do leo bruto cr produzido, mais de 20.000
ton./ano;

- As actuais unidades a produzir leo de copra no Vale do Limpopo (quatro), no
conseguirem satisfazer a procura externa, por falta de matria prima;

- A capacidade produtiva de Copra do Vale do Limpopo ser superior a 600.000
ton./ano (a uma mdia de 275gr de copra por fruto), dos quais menos de 10% vo
para a indstria;

O Subproduto "bagao" est quantificado a preos de mercado nacional. De referir
que com o desenvolvimento do sector pecurio o bagao de copra encontrar
concerteza um grande mercado por abastecer, dadas as suas ptimas caractersticas
para a alimentao animal.

5. Custos

A matria-prima adquirida ao produtor a preos que resultam da implementao das
medidas definidas no "Relatrio Draft", do Diagnstico e Estratgia do Sector
Taxa de juro 10.00% Periodo de Carencia de Capital 2
Unid.:dlares
1 semestre do Ano 1 2 322 228$00 116 111$00 116 111$00 2 322 228$00
2 semestre do Ano 2 2 322 228$00 116 111$00 116 111$00 2 322 228$00
1 semestre do Ano 2 2 322 228$00 116 111$00 116 111$00 2 322 228$00
2 semestre do Ano 2 2 322 228$00 116 111$00 116 111$00 2 322 228$00
1 semestre do Ano 3 2 322 228$00 387 038$00 116 111$00 503 149$00 1 935 190$00
2 semestre do Ano 3 1 935 190$00 387 038$00 96 760$00 483 798$00 1 548 152$00
1 semestre do Ano 4 1 548 152$00 387 038$00 77 408$00 464 446$00 1 161 114$00
2 semestre do Ano 4 1 161 114$00 387 038$00 58 056$00 445 094$00 774 076$00
1 semestre do Ano 5 774 076$00 387 038$00 38 704$00 425 742$00 387 038$00
2 semestre do Ano 5 387 038$00 387 038$00 19 352$00 406 390$00

Appendix 4
13
Agrcola (anexo). Os pressupostos utilizados so atingveis, existindo uma maior
valorizao da copra, gerando mais valor acrescentado nacional, com produo de
alguns dos derivados referidos

Apesar de serem adquiridos equipamentos novos com tecnologias actuais,
considerou-se a obteno de rendimentos industrias (50%) abaixo do nvel dos
melhores produtores mundiais (66%). Considerou-se tambm que a fbrica comear
com uma eficincia de 90% no Ano 1, passando para 95% no Ano 2 e 100% nos
restantes anos

Os Fornecimentos de Servios, Fornecimentos de Terceiros, Despesas com Pessoal,
Amortizaes de equipamentos foram exaustivamente quantificados e a preos de
mercado (incluindo seguros multiriscos, acidentes de trabalho, stock; 2% de
manuteno e conservao sobre o valor inicial do investimento; publicidade e
outros), como se pode constatar nos respectivos quadros.

Na rbrica custos financeiros de funcionamento esto previstos os custos derivados
do fomento da plantao de novos coqueiros (equivalente a 2% sobre o valor das
compras anuais).

APRESENTADOS DE SEGUIDA EM RELAO AOS 2 CENRIOS UTILIZADOS.

Appendix 4
14

CENRIO 1 - Cauteloso

1. Proveitos

VENDAS: QUANTIDADES MENSAIS (Ton.)
leo refinado (25%) 111 118 124 124 124
leo bruto cr (75%) 334 353 371 371 371
Bagao 267 282 297 297 297
TOTAL 713 752 792 792 792
Unid.:dlares
leo refinado (25%) 575$00 581$00 587$00 592$00 598$00
leo bruto cr (75%) 350$00 354$00 357$00 361$00 364$00
Bagao 30$00 30$00 31$00 31$00 31$00
31$00 31$00
TOTAL
Unid.:dlares
leo refinado (25%) 64 041$00 68 274$00 72 586$00 73 312$00 74 045$00
leo bruto cr (75%) 116 944$00 124 675$00 132 549$00 133 875$00 135 213$00
Bagao 8 019$00 8 549$00 9 089$00 9 180$00 9 272$00
Unid.:dlares
leo refinado (25%) 704 447$00 751 019$00 798 451$00 806 436$00 814 500$00
leo bruto cr (75%) 1 286 381$00 1 371 425$00 1 458 042$00 1 472 622$00 1 487 348$00
Bagao 88 209$00 94 041$00 99 980$00 100 980$00 101 990$00

Appendix 4
15

2. Custos

Capacidade Produo Instalada (Ton.Copra/ H) 1.9 1.9 1.9 1.9 1.9
Turnos:
I 8 8 8 8 8
II 8 8 8 8 8
III 8 8 8 8 8
TOTAL (Ton. Copra Processadas/ Ano) - 9801 10346 10890 10890 10890
TOTAL (Ton. leo Cr produzidas) - 4901 5173 5445 5445 5445
CMVMV: QUANTIDADES MENSAIS
Unid.: Ton.
Copra 891 941 990 990 990
TOTAL 891 941 990 990 990
CUSTO UNITRIO
Unid.:dlares
Copra 100$00 101$00 102$00 103$00 104$00
TOTAL 100$00 101$00 102$00 103$00 104$00
CMVMC MENSAIS
Unid.:dlares
Copra 89 100$00 94 991$00 100 990$00 102 000$00 103 020$00
TOTAL 89 100$00 94 991$00 100 990$00 102 000$00 103 020$00
CMVMC ANUAIS
Unid.:dlares
Copra 980 100$00 1 044 896$00 1 110 889$00 1 121 998$00 1 133 218$00
TOTAL 980 100$00 1 044 896$00 1 110 889$00 1 121 998$00 1 133 218$00

Appendix 4
16

FORNECIMENTOS E SERVIOS TERCEIR
Unid.:dlares
FSE 1 2 3 4 5
Subcontratos
Electricidade 3 000$00 3 030$00 3 060$00 3 091$00 3 122$00
Combustveis 1 400$00 1 414$00 1 428$00 1 442$00 1 457$00
gua 1 000$00 1 010$00 1 020$00 1 030$00 1 041$00
Embalagens 1 114$00 1 125$00 1 136$00 1 147$00 1 159$00
Comunicao 200$00 202$00 204$00 206$00 208$00
Seguros 2 711$00 2 738$00 2 765$00 2 793$00 2 821$00
Outros FSEs 500$00 505$00 510$00 515$00 520$00
TOTAL 16 507$00 16 672$00 16 839$00 17 007$00 17 177$00
Unid.:dlares
FSE 1 2 3 4 5
Subcontratos
Electricidade 39 600$00 39 996$00 40 396$00 40 800$00 41 208$00
Combustveis 18 480$00 18 665$00 18 851$00 19 040$00 19 230$00
gua 13 200$00 13 332$00 13 465$00 13 600$00 13 736$00
Embalagens 13 365$00 13 499$00 13 634$00 13 770$00 13 908$00
Comunicao 2 400$00 2 424$00 2 448$00 2 473$00 2 497$00
Seguros 32 528$00 32 854$00 33 182$00 33 514$00 33 849$00
Outros FSEs 6 600$00 6 666$00 6 733$00 6 800$00 6 868$00
TOTAL 210 666$00 212 772$00 214 900$00 217 049$00 219 220$00

Appendix 4
17

Unid.:dlares
PT' S 1 2 3 4 5
- Remunerao 5 100$00 5 151$00 5 203$00 5 255$00 5 307$00
- Encargos 204$00 206$00 208$00 210$00 212$00
- Sub. de Refeio
Pessoal Produo 4 430$00 4 475$00 4 475$00 4 519$00 4 565$00
- Remunerao 4 260$00 4 303$00 4 303$00 4 346$00 4 389$00
- Encargos 170$00 172$00 172$00 174$00 176$00
- Sub. de Refeio
- Remunerao 2 945$00 2 974$00 3 004$00 3 034$00 3 065$00
- Encargos 118$00 119$00 120$00 121$00 123$00
- Sub. de Refeio
TOTAL 12 797$00 12 925$00 13 010$00 13 140$00 13 271$00
Unid.:dlares
PT' S 1 2 3 4 5
- Remunerao 61 200$00 61 812$00 62 430$00 63 054$00 63 685$00
- Encargos 2 448$00 2 472$00 2 497$00 2 522$00 2 547$00
- Sub. de Refeio
Pessoal Produo 53 165$00 53 696$00 53 696$00 54 233$00 54 776$00
- Remunerao 51 120$00 51 631$00 51 631$00 52 148$00 52 669$00
- Encargos 2 045$00 2 065$00 2 065$00 2 086$00 2 107$00
- Sub. de Refeio
- Remunerao 35 340$00 35 693$00 36 050$00 36 411$00 36 775$00
- Encargos 1 414$00 1 428$00 1 442$00 1 456$00 1 471$00
- Sub. de Refeio
TOTAL 153 566$00 155 102$00 156 116$00 157 677$00 159 254$00
IRT MENSAL
Unid.:dlares
Taxa PT' S 1 2 3 4 5
20.00% Directores (DG+DP+DC+DF) 1 020$00 1 030$00 1 041$00 1 051$00 1 061$00
10.00% Pessoal Produo 426$00 430$00 430$00 435$00 439$00
10.00% Pessoal Administrativo 295$00 297$00 300$00 303$00 306$00
Total 1 741$00 1 758$00 1 771$00 1 789$00 1 807$00
SEGURANA SOCIAL
Unid.:dlares
Taxa PT' S 1 2 3 4 5
3.00% Directores (DG+DP+DC+DF) 153$00 155$00 156$00 158$00 159$00
3.00% Pessoal Produo 128$00 129$00 129$00 130$00 132$00
3.00% Pessoal Administrativo 88$00 89$00 90$00 91$00 92$00
Total 369$00 373$00 375$00 379$00 383$00

Appendix 4
18

AMORTIZAO
EDIFCIOS E ANEXOS 1 055 000$00 4.00% 42 200$00 42 200$00 42 200$00 42 200$00 42 200$00
EQUIPAMENTO INDUSTRIAL ( 45 Ton/dia ) 1 187 475$00 12.50% 148 434$00 148 434$00 148 434$00 148 434$00 148 434$00
EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE 485 000$00 20.00% 97 000$00 97 000$00 97 000$00 97 000$00 97 000$00
EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO 50 000$00 20.00% 10 000$00 10 000$00 10 000$00 10 000$00 10 000$00
Licenas, Alvars 2 500$00 33.33% 833$00 833$00 833$00
Constituio da empresa 2 500$00 33.33% 833$00 833$00 833$00
Implementao de Plano de Formao profissional 15 000$00 33.33% 5 000$00 5 000$00 5 000$00
Estudo de Viabilidade 7 500$00 33.33% 2 500$00 2 500$00 2 500$00
Implementao de Plano de Marketing 25 000$00 33.33% 8 333$00 8 333$00 8 333$00
TOTAL ( I+II ) 2 829 975$00 315 134$00 315 134$00 315 134$00 297 634$00 297 634$00
Unid.:dlares
1 semestre do Ano 1 2 329 298$00 116 465$00 116 465$00 2 329 298$00
2 semestre do Ano 2 2 329 298$00 116 465$00 116 465$00 2 329 298$00
1 semestre do Ano 2 2 329 298$00 116 465$00 116 465$00 2 329 298$00
2 semestre do Ano 2 2 329 298$00 116 465$00 116 465$00 2 329 298$00
1 semestre do Ano 3 2 329 298$00 388 216$00 116 465$00 504 681$00 1 941 081$00
2 semestre do Ano 3 1 941 081$00 388 216$00 97 054$00 485 270$00 1 552 865$00
1 semestre do Ano 4 1 552 865$00 388 216$00 77 643$00 465 860$00 1 164 649$00
2 semestre do Ano 4 1 164 649$00 388 216$00 58 232$00 446 449$00 776 433$00
1 semestre do Ano 5 776 433$00 388 216$00 38 822$00 427 038$00 388 216$00
2 semestre do Ano 5 388 216$00 388 216$00 19 411$00 407 627$00

Appendix 4
19


Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
1.Vendas Lquidas 2 048 409$00 2 183 832$00 2 321 758$00 2 344 975$00 2 368 425$00
1.1.Mercado Interno 2 048 409$00 2 183 832$00 2 321 758$00 2 344 975$00 2 368 425$00
1.2.Mercado Externo
2.Outros Proveitos
2.2.Outros
3.Variao da Produo
4.Total 2 048 409$00 2 183 832$00 2 321 758$00 2 344 975$00 2 368 425$00
5.Custo das Exist. Consum. Nacionais 980 100$00 1 044 896$00 1 110 889$00 1 121 998$00 1 133 218$00
7.Subcontratos
8.3.Embalagens 13 365$00 13 499$00 13 634$00 13 770$00 13 908$00
8.4.Seguros 32 528$00 32 854$00 33 182$00 33 514$00 33 849$00
9.Impostos 205$00 218$00 232$00 234$00 237$00
9.1.Directos
9.2.Indirectos 205$00 218$00 232$00 234$00 237$00
13.Provises
14.Total 1 680 155$00 1 749 961$00 1 820 489$00 1 818 043$00 1 833 247$00

Appendix 4
20




Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) 17.03%

ndice de Lucratividade (IL) 87.49%


Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
CF Actualizados -2 384 587$00 540 059$00 516 902$00 455 850$00 1 117 103$00

Appendix 4
21


Unid.:dlares
-10% V.A.L. - 161 205$00 1 188 680$00 834 134$00 296 722$00
T.I.R. 10.7% 31.0% 26.6% 17.3%
-5% V.A.L. 250 310$00 919 275$00 742 002$00 473 296$00
T.I.R. 16.6% 26.7% 24.5% 19.9%
10% V.A.L. 1 448 806$00 110 154$00 465 606$00 1 003 019$00
T.I.R. 35.2% 14.6% 19.3% 28.0%
5% V.A.L. 1 049 338$00 380 465$00 557 738$00 826 445$00
T.I.R. 28.8% 18.5% 20.8% 25.3%

Appendix 4
22


RBRICA 1 2 3 4 5
Volume de vendas 2 048 409$00 2 183 832$00 2 321 758$00 2 344 975$00 2 368 425$00
Margem Bruta (%) 52.2% 52.2% 52.2% 52.2% 52.2%
Custos variveis 1 175 815$00 1 246 016$00 1 317 503$00 1 330 678$00 1 343 985$00
Margem Contribuio Lquida 872 594$00 937 816$00 1 004 255$00 1 014 297$00 1 024 440$00
Margem Contribuio Lquida (%) 42.60% 42.94% 43.25% 43.25% 43.25%
Custos fixos 834 982$00 837 862$00 820 824$00 728 603$00 653 910$00
Ponto crtico 1 960 114$00 1 951 076$00 1 897 681$00 1 684 472$00 1 511 789$00
Margem de segurana 4.31% 10.66% 18.27% 28.17% 36.17%
Unid.:dlares
RBRICA 1 2 3 4 5
Amortizaes 315 134$00 315 134$00 315 134$00 297 634$00 297 634$00
VAB 827 519$00 888 381$00 948 388$00 947 828$00 949 109$00
Produtividade global do activo 23.49% 25.36% 31.93% 37.17% 43.74%
PONTO CRTICO
$00
500 000$00
1 000 000$00
1 500 000$00
2 000 000$00
2 500 000$00
1 2 3 4 5
RBRICA 1 2 3 4 5
Rendibilidade do capital prprio 9.26% 13.37% 17.03% 19.54% 19.61%
Rendibilidade bruta das vendas 52.15% 52.15% 52.15% 52.15% 52.15%
Rendibilidade lquida das vendas 4.61% 7.20% 10.39% 14.68% 18.14%
Rentabilidade de explorao das vendas 30.90% 31.58% 32.12% 31.70% 31.35%
Rentabilidade econmica do activo 17.97% 19.68% 25.11% 29.15% 34.22%
Rendibilidade do activo 10.46% 12.38% 16.87% 20.67% 24.66%

Appendix 4
23

RBRICAS 1 2 3 4 5
Existncias Consumidas 47.85% 47.85% 47.85% 47.85% 47.85%
Subcontratos
F. S. Es 10.28% 9.74% 9.26% 9.26% 9.26%
Impostos 0.01% 0.01% 0.01% 0.01% 0.01%
Despesas com o Pessoal 7.50% 7.10% 6.72% 6.72% 6.72%
Outras Despesas e Engargos 1.00% 1.00% 1.00% 1.00% 1.00%
Amortizaes e Reintegraes 15.38% 14.43% 13.57% 12.69% 12.57%
Provises
Enc. Fin. de Funcionamento 2.00% 2.00% 2.00% 2.00% 2.00%
Enc. Fin. de Financiamento 11.37% 10.67% 9.20% 5.79% 2.46%
Resultados Lquidos 4.15% 6.48% 9.35% 13.21% 16.32%
Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
Vendas 2 048 409$00 2 183 832$00 2 321 758$00 2 344 975$00 2 368 425$00
CMVMC 980 100$00 1 044 896$00 1 110 889$00 1 121 998$00 1 133 218$00
Margem bruta 1 068 309$00 1 138 936$00 1 210 869$00 1 222 978$00 1 235 207$00
ESTRUTURA DE CUSTOS
0.00%
20.00%
40.00%
60.00%
80.00%
100.00%
120.00%
1 2 3 4 5
Provises
Impostos
F. S. Es
Subcontratos
MARGEM BRUTA
950 000$00
1 000 000$00
1 050 000$00
1 100 000$00
1 150 000$00
1 200 000$00
1 250 000$00
1 2 3 4 5

Appendix 4
24


Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
ACTIVO
1.1.Incorpreo 52 500$00 52 500$00 52 500$00 52 500$00 52 500$00
1.2.Corpreo 2 777 475$00 2 777 475$00 2 777 475$00 2 777 475$00 2 777 475$00
1.3.Financeiro
4.Existncias 81 675$00 87 075$00 92 574$00 93 500$00 94 435$00
5.1.Clientes 170 701$00 181 986$00 193 480$00 195 415$00 197 369$00
8.Total do Activo 3 522 173$00 3 503 337$00 2 970 574$00 2 549 769$00 2 170 035$00
CAPITAIS PRPRIOS
9.Capital 831 892$00 831 892$00 831 892$00 831 892$00 831 892$00
PASSIVO
16.3.Outras Dvidas
17.2.Fornecedores 96 525$00 96 201$00 101 535$00 102 092$00 103 113$00
17.4.Outras Dvidas
19.Total do Passivo 2 605 361$00 2 444 987$00 1 695 041$00 964 495$00 198 141$00

Appendix 4
25


RBRICA 1 2 3 4 5
Endividamento 73.97% 69.79% 57.06% 37.83% 9.13%
Perodo de recuperao da dvida 6.24 5.10 2.92 1.28
Custo mdio do passivo 10.51% 11.31% 15.34% 18.95% 53.30%
Autonomia financeira 26.03% 30.21% 42.94% 62.17% 90.87%
Solvabilidade 35.19% 43.29% 75.25% 164.36% 995.20%
RBRICA 1 2 3 4 5
Liquidez geral 9.18 11.27 7.64 5.12 4.44
Liquidez reduzida 8.44 10.52 6.99 4.62 3.97
Liquidez imediata 4.01 7.75 5.63 3.58 2.97
LIQUIDEZ
0.00
2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
1 2 3 4 5
Liquidez geral
Liquidez reduzida
Liquidez imediata
0.00%
20.00%
40.00%
60.00%
80.00%
100.00%
1 2 3 4 5
0.00%
200.00%
400.00%
600.00%
800.00%
1000.00%
1 2 3 4 5
SOLVABILIDADE

Appendix 4
26

RBRICA 1 2 3 4 5
PMR (dias) 30 30 30 30 30
PMP (dias) 35 33 33 33 33
Rotao do activo 58.16% 62.34% 78.16% 91.97% 109.14%
Encargos com pessoal / vendas 7.50% 7.10% 6.72% 6.72% 6.72%
Produtividade salarial 538.87% 572.77% 607.49% 601.12% 595.97%
Cobertura do Imob. Pelos C. Prp. 32.40% 37.40% 45.07% 56.02% 69.68%
Unid.:dlares
RBRICA 1 2 3 4 5
Fundo de Maneio 897 647$00 1 187 941$00 943 826$00 774 769$00 682 591$00
Tesouraria passiva
Tesouraria 439 843$00 896 429$00 799 948$00 673 917$00 588 928$00

Appendix 4
27

CENRIO 2 - REALISTA


1. Proveitos

No se introduziram alteraes.

2. Custos

COMPRAS DE COPRA: QUANTIDADES MENSAIS (TON.)
Copra 891 941 990 990 990
TOTAL 891 941 990 990 990
CUSTO UNITRIO
Unid.:dlares
Copra 95$00 96$00 97$00 98$00 99$00
TOTAL 95$00 96$00 97$00 98$00 99$00
CMVMC MENSAIS
Unid.:dlares
Copra 84 645$00 90 241$00 95 940$00 96 900$00 97 869$00
TOTAL 84 645$00 90 241$00 95 940$00 96 900$00 97 869$00
CMVMC ANUAIS
Unid.:dlares
Copra 931 095$00 992 651$00 1 055 344$00 1 065 898$00 1 076 557$00
TOTAL 931 095$00 992 651$00 1 055 344$00 1 065 898$00 1 076 557$00

Appendix 4
28

Unid.:dlares
1 2 3 4 5
Subcontratos
Electricidade 3 000$00 3 030$00 3 060$00 3 091$00 3 122$00
Combustveis 1 400$00 1 414$00 1 428$00 1 442$00 1 457$00
gua 1 000$00 1 010$00 1 020$00 1 030$00 1 041$00
Embalagens 1 164$00 1 176$00 1 188$00 1 200$00 1 212$00
Comunicao 200$00 202$00 204$00 206$00 208$00
Seguros 2 700$00 2 728$00 2 755$00 2 782$00 2 810$00
Outros FSEs 500$00 505$00 510$00 515$00 520$00
TOTAL 16 548$00 16 713$00 16 880$00 17 049$00 17 220$00
Unid.:dlares
1 2 3 4 5
Subcontratos
Electricidade 39 600$00 39 996$00 40 396$00 40 800$00 41 208$00
Combustveis 18 480$00 18 665$00 18 851$00 19 040$00 19 230$00
gua 13 200$00 13 332$00 13 465$00 13 600$00 13 736$00
Embalagens 13 973$00 14 112$00 14 253$00 14 396$00 14 540$00
Comunicao 2 400$00 2 424$00 2 448$00 2 473$00 2 497$00
Seguros 32 406$00 32 730$00 33 057$00 33 388$00 33 722$00
Outros FSEs 6 600$00 6 666$00 6 733$00 6 800$00 6 868$00
TOTAL 211 151$00 213 262$00 215 395$00 217 549$00 219 724$00

Appendix 4
29

RBRICAS DIAS 1
2. Clientes 30 173 253$00
3. Existncias 30 77 591$00
5. Estado
- IVA a pagar
- IRT 2 401$00
8. Investimento em N.F.M. 487 494$00
Unid.:dlares
1 2 3 4 5
Compras 1 008 686$00 1 005 300$00 1 061 044$00 1 066 857$00 1 077 526$00
CMV 931 095$00 992 651$00 1 055 344$00 1 065 898$00 1 076 557$00

Appendix 4
30

Unid.:dlares
1 semestre do Ano 1 2 322 228$00 116 111$00 116 111$00 2 322 228$00
2 semestre do Ano 2 2 322 228$00 116 111$00 116 111$00 2 322 228$00
1 semestre do Ano 2 2 322 228$00 116 111$00 116 111$00 2 322 228$00
2 semestre do Ano 2 2 322 228$00 116 111$00 116 111$00 2 322 228$00
1 semestre do Ano 3 2 322 228$00 387 038$00 116 111$00 503 149$00 1 935 190$00
2 semestre do Ano 3 1 935 190$00 387 038$00 96 760$00 483 798$00 1 548 152$00
1 semestre do Ano 4 1 548 152$00 387 038$00 77 408$00 464 446$00 1 161 114$00
2 semestre do Ano 4 1 161 114$00 387 038$00 58 056$00 445 094$00 774 076$00
1 semestre do Ano 5 774 076$00 387 038$00 38 704$00 425 742$00 387 038$00
2 semestre do Ano 5 387 038$00 387 038$00 19 352$00 406 390$00

Appendix 4
31


Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
1.Vendas Lquidas 2 079 037$00 2 216 485$00 2 356 473$00 2 380 038$00 2 403 838$00
1.1.Mercado Interno 2 079 037$00 2 216 485$00 2 356 473$00 2 380 038$00 2 403 838$00
1.2.Mercado Externo
2.Outros Proveitos
2.2.Outros
3.Variao da Produo
4.Total 2 079 037$00 2 216 485$00 2 356 473$00 2 380 038$00 2 403 838$00
5.Custo das Exist. Consum. Nacionais 931 095$00 992 651$00 1 055 344$00 1 065 898$00 1 076 557$00
7.Subcontratos
8.3.Embalagens 13 973$00 14 112$00 14 253$00 14 396$00 14 540$00
8.4.Seguros 32 406$00 32 730$00 33 057$00 33 388$00 33 722$00
9.Impostos 208$00 222$00 236$00 238$00 240$00
9.1.Directos
9.2.Indirectos 208$00 222$00 236$00 238$00 240$00
13.Provises
14.Total 1 631 945$00 1 698 536$00 1 765 790$00 1 762 797$00 1 777 448$00

Appendix 4
32


Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) 21.67%
ndice de Lucratividade (IL) 97.03%
Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5

Appendix 4
33


Unid.:dlares
-10% V.A.L. 151 631$00 1 483 295$00 1 147 349$00 579 435$00
T.I.R. 15.2% 36.0% 32.2% 21.6%
-5% V.A.L. 557 622$00 1 223 179$00 1 055 206$00 771 249$00
T.I.R. 21.3% 31.7% 29.8% 24.5%
10% V.A.L. 1 773 944$00 442 830$00 778 776$00 1 346 690$00
T.I.R. 41.0% 19.5% 23.7% 33.7%
5% V.A.L. 1 368 503$00 702 946$00 870 919$00 1 154 876$00
T.I.R. 34.1% 23.5% 25.5% 30.6%

Appendix 4
34


RBRICA 1 2 3 4 5
Volume de vendas 2 079 037$00 2 216 485$00 2 356 473$00 2 380 038$00 2 403 838$00
Margem Bruta (%) 55.2% 55.2% 55.2% 55.2% 55.2%
Custos variveis 1 128 336$00 1 195 364$00 1 263 620$00 1 276 256$00 1 289 019$00
Margem Contribuio Lquida 950 701$00 1 021 120$00 1 092 853$00 1 103 782$00 1 114 820$00
Margem Contribuio Lquida (%) 45.73% 46.07% 46.38% 46.38% 46.38%
Custos fixos 834 155$00 837 035$00 820 055$00 728 067$00 653 610$00
Ponto crtico 1 824 170$00 1 816 901$00 1 768 249$00 1 569 901$00 1 409 351$00
Margem de segurana 12.26% 18.03% 24.96% 34.04% 41.37%
Unid.:dlares
RBRICA 1 2 3 4 5
Amortizaes 315 134$00 315 134$00 315 134$00 297 634$00 297 634$00
VAB 898 464$00 964 046$00 1 028 865$00 1 029 135$00 1 031 253$00
Produtividade global do activo 25.05% 26.45% 32.10% 35.97% 40.20%
PONTO CRTICO
$00
200 000$00
400 000$00
600 000$00
800 000$00
1 000 000$00
1 200 000$00
1 400 000$00
1 600 000$00
1 800 000$00
2 000 000$00
1 2 3 4 5

Appendix 4
35

RBRICA 1 2 3 4 5
Rendibilidade do capital prprio 15.83% 18.07% 19.84% 20.66% 19.85%
Rendibilidade bruta das vendas 55.22% 55.22% 55.22% 55.22% 55.22%
Rendibilidade lquida das vendas 8.34% 10.89% 14.03% 18.24% 21.64%
Rentabilidade de explorao das ve 33.83% 34.50% 35.04% 34.62% 34.28%
Rentabilidade econmica do activo 19.61% 20.98% 25.76% 28.80% 32.12%
Rendibilidade do activo 12.47% 14.21% 18.43% 21.58% 24.42%
RBRICAS 1 2 3 4 5
Existncias Consumidas 44.78% 44.78% 44.78% 44.78% 44.78%
Subcontratos
F. S. Es 10.16% 9.62% 9.14% 9.14% 9.14%
Impostos 0.01% 0.01% 0.01% 0.01% 0.01%
Despesas com o Pessoal 7.39% 7.00% 6.62% 6.62% 6.62%
Outras Despesas e Engargos 1.00% 1.00% 1.00% 1.00% 1.00%
Amortizaes e Reintegraes 15.16% 14.22% 13.37% 12.51% 12.38%
Provises
Enc. Fin. de Funcionamento 2.00% 2.00% 2.00% 2.00% 2.00%
Enc. Fin. de Financiamento 11.17% 10.48% 9.03% 5.69% 2.42%
Resultados Lquidos 7.50% 9.80% 12.63% 16.42% 19.48%
Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
Vendas 2 079 037$00 2 216 485$00 2 356 473$00 2 380 038$00 2 403 838$00
CMVMC 931 095$00 992 651$00 1 055 344$00 1 065 898$00 1 076 557$00
Margem bruta 1 147 942$00 1 223 834$00 1 301 129$00 1 314 140$00 1 327 281$00
ESTRUTURA DE CUSTOS
0.00%
10.00%
20.00%
30.00%
40.00%
50.00%
60.00%
70.00%
80.00%
90.00%
100.00%
1 2 3 4 5
Enc. Fin. de
Funcionamento
Provises
Amortizaes e
Reintegraes
Outras Despesas e
Engargos
Impostos
F. S. Es
Subcontratos

Appendix 4
36


Unid.:dlares
RBRICAS 1 2 3 4 5
ACTIVO
1.1.Incorpreo 52 500$00 52 500$00 52 500$00 52 500$00 52 500$00
1.2.Corpreo 2 777 475$00 2 777 475$00 2 777 475$00 2 777 475$00 2 777 475$00
1.3.Financeiro
4.Existncias 77 591$00 82 721$00 87 945$00 88 825$00 89 713$00
5.1.Clientes 173 253$00 184 707$00 196 373$00 198 336$00 200 320$00
6.Dep.Bancrios/Caixa/Tit.Negociveis 518 816$00 1 066 592$00 1 036 246$00 986 742$00 985 792$00
8.Total do Activo 3 586 181$00 3 644 104$00 3 205 136$00 2 860 841$00 2 565 128$00
CAPITAIS PRPRIOS
9.Capital 829 367$00 829 367$00 829 367$00 829 367$00 829 367$00
11.Reservas / Result. Transitados 155 960$00 373 217$00 670 831$00 1 061 590$00
PASSIVO
16.3.Outras Dvidas
17.2.Fornecedores 91 699$00 91 391$00 96 459$00 96 987$00 97 957$00
17.4.Outras Dvidas
19.Total do Passivo 2 600 854$00 2 441 521$00 1 704 938$00 969 883$00 205 939$00

Appendix 4
37


RBRICA 1 2 3 4 5
Endividamento 72.52% 49.26% 87.99% 194.97% 1145.58%
Perodo de recuperao da dvida 5.28 4.36 2.53 1.12
Custo mdio do passivo 10.53% 11.33% 15.25% 18.87% 51.54%
Autonomia financeira 27.48% 33.00% 46.81% 66.10% 91.97%
Solvabilidade 37.88% 49.26% 87.99% 194.97% 1145.58%
RBRICA 1 2 3 4 5
Liquidez geral 9.50 12.11 8.42 6.51 6.20
Liquidez reduzida 8.81 11.41 7.86 6.05 5.76
Liquidez imediata 4.60 8.94 6.61 5.04 4.79
LIQUIDEZ
0.00
2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
1 2 3 4 5
Liquidez geral
Liquidez reduzida
Liquidez imediata
0.00%
20.00%
40.00%
60.00%
80.00%
100.00%
1 2 3 4 5
0.00%
200.00%
400.00%
600.00%
800.00%
1000.00%
1200.00%
1 2 3 4 5
SOLVABILIDADE

Appendix 4
38

RBRICA 1 2 3 4 5
PMR (dias) 30 30 30 30 30
PMP (dias) 35 33 33 33 33
Rotao do activo 57.97% 60.82% 73.52% 83.19% 93.71%
Encargos com pessoal / vendas 7.39% 7.00% 6.62% 6.62% 6.62%
Produtividade salarial 585.07% 621.56% 659.04% 652.68% 647.55%
Cobertura do Imob. Pelos C. Prp. 34.82% 42.49% 53.01% 66.82% 83.36%
Unid.:dlares
RBRICA 1 2 3 4 5
Fundo de Maneio 958 588$00 1 325 106$00 1 163 778$00 1 078 096$00 1 069 886$00
Tesouraria activa 518 816$00 1 066 592$00 1 036 246$00 986 742$00 985 792$00
Tesouraria passiva
Tesouraria 518 816$00 1 066 592$00 1 036 246$00 986 742$00 985 792$00

Appendix 4
39
A AN NE EX XO OS S

PRODUTO FINAL: LEO BRUTO E LEO REFINADO DE COPRA Laborao: 11 meses/ano, 24 Horas por dia, 5 dias/
CAPACI. INSTALADA ( copra/dia - 24 Horas ): Ton 45 semana
CAPACI. INSTALADA ( Ton de leo cr/dia-24 Horas ): Ton 22.5
Custo Unitrio de
Aquisio (USD)
Ciclos
por ano
Custo Total ( USD )
1 EQUIPAMENTO INDUSTRIAL ( 45 Ton/di a ) 1 1/15 1,187,475.00
1.1 Equipamentos de prensagem de leo 1 167,475.00 1/15 167,475.00
1.2 Tanques de armazenamento de leo cr e
sistema de enchimento de camies 1
350,000.00 1/15 350,000.00
1.3 Equipamento de apoio ( caldeira, ar comprimido,
gerador de 500kW )
1 150,000.00 1/15 150,000.00
1.4 Unidade de refinao ( 20 Ton/dia - 24 horas ) 1 170,000.00 170,000.00
1.5 Linha de enchimento 1 350,000.00 350,000.00
2 EDIFCIOS E ANEXOS 1,055,000.00
2.1
Construo de edifcios industrias ( 2000 m2 ) e
armazm de copra e de prod. acabado (4500 m2)
1 975,000.00 1/6 975,000.00
2.2 Bscula nova 1 80,000.00 1/15 80,000.00
3 EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE 485,000.00
3.1 Camies Tanque de 30 Ton 1 160,000.00 1/5 160,000.00
3.2 Camies de 4 Ton 4 35,000.00 1/5 140,000.00
3.3 Carrinhas de 1 Ton 2 20,000.00 1/5 40,000.00
3.4 Viaturas ligeiras 3 30,000.00 1/5 90,000.00
3.5 Empilhadeiras 1 55,000.00 1/5 55,000.00
4 PESSOAL FABRIL Qtidade
Custo Mensal
(USD)
Ciclos
por ano
Custo Anual (USD)
TOTAL PESSOAL FABRIL 4,260.00 54,320.00
4.1 Encarregado Fabril 2 1,200.00 12 14,400.00
4.2 Chefes de Armazns 4 600.00 12 7,200.00
4.3 Engenheiro Qumico 1 800.00 12 9,600.00
4.4 Operrios/operadores de mquinas 10 950.00 12 11,400.00
4.5 Tcnicos de manuteno 5 400.00 12 4,800.00
4.6 Chefe de Laboratrio e C. Qualidade 1 150.00 12 1,800.00
4.7 Pessoal de Laboratrio e C. Qualidade 2 160.00 12 1,920.00
4.8 Formao Profissional 3,200.00
5 PESSOAL ADMINISTRATIVO Qtidade
Custo Mensal
(USD)
Ciclos
por ano
Custo Anual (USD)
8,045.00 98,340.00
5.1 Director Geral 1 1,500.00 12 18,000.00
5.2 D. Financeiro 1 1,200.00 12 14,400.00
5.3 D. Produo 1 1,200.00 12 14,400.00
5.4 D. Comercial 1 1,200.00 12 14,400.00
5.5 Chefe de Contabilidade 1 600.00 12 7,200.00
5.6 Pessoal de Aprovisionamento 3 240.00 12 2,880.00
5.7 Pessoal de vendas 6 480.00 12 5,760.00
5.8 Motoristas 5 325.00 12 3,900.00
5.9 Secretariado 2 200.00 12 2,400.00
5.1O Pessoal de limpeza 5 250.00 12 3,000.00
5.11 Pessoal de Proteco 10 850.00 12 10,200.00
5.12 Formao Profissional 1,800.00
6 MATRIAS-PRIMAS E MATERIAIS
Qtidade
consumida
por ano
(Ton )
Custo Unitrio
(USD/Ton)
Ciclos
por ano
Custo Anual (USD)
6.1 Copra 100% da capacidade instalada 10,890 0.00
6.2 Combustveis e Lubrificantes 30,800 0.50 15,400.00
6.3 Consumveis de Laboratrio 6,500.00
6.4 Materiais de escritrio 4,500.00
6.5 Materiais 12,400.00
UNlDADE DE PROCESSAMENTO DE LEO COPRA - em BRUTO E REFlNADO

Appendix 4
40


Coconut oil (Philippines, cif Rotterdam)
Source: Oil World
1996
US$/Ton
J anuary
711
February
738
March
723
April
756
May
778
J une
816
J uly
775
August
742
September
721
October
722
November
760
December
777

Appendix 4
41

1997
US$/Ton
J anuary
768
February
768
March
737
April
710
May
654
J une
637
J uly
597
August
567
September
615
October
627
November
616
December
586
Monthly Data
Source: Oil World
1998
US$/Ton
J anuary
558
February
559
March
578
April
618
May
723
J une
652
J uly
667
August
667
September
652
October
695
November
752
December
774

Appendix 4
42

1999
US$/Ton
J anuary
763
February
745
March
700
April
827
May
874
J une
796
J uly
656
August
684
September
704
October
690
November
703
December
703

Monthly Data
Source: Oil World
2000
US$/Ton
J anuary
654
February
591
March
552
April
550
May
481
J une
437
J uly
400
August
371
September
332
October
340
November
367
December
329

Appendix 4
43

2001
US$/Ton
J anuary
319
February
285
March
289
April
293
May
295
J une
317
J uly
358
August
363
September
322
October
307
November
330
December
339

Monthly Data
Source: Oil World
2002
US$/Ton
J anuary
362
February
376
March
366
April
411
May
420
J une
446
J uly
445

Appendix 1
1
Appendix 1: Terms of Reference

LIMPOPO CORRIDOR SPATIAL DEVELOPMENT INITIATIVE
PROMOTING AGRO-INDUSTRIAL PROCESSING

THE BRIEF, THE SERVICES AND TIME SCHEDULE

1. THE BRIEF

Located north of Maputo, the Limpopo Valley is constituted by the Limpopo
River Basin and the Limpopo Railway linking Zimbabwe and the Maputo Port. This
area was once considered the bread-basket of Mozambique in terms of its agricultural
potential. A huge irrigation scheme was established by the portugueses in mid 50's with
a goal of settling the Portuguese farmers as a way of effective occupation of the country.
Down and upstream the irrigation scheme other developments took place such as raising
livestock and medium-scale agro-processing industries. Rice from Limpopo as well as
dairy products were being exported to European markets as well as some of the
neighbouring countries.
With independence of Mozambique in 1975 most of, if not all, Portuguese farmers left
the country and with them all the management institutions for the irrigation scheme.
This has created management difficulties to the new Mozambican authorities. The
centrally planed economy, that constituted the development strategy of the country, and
the two consecutive wars that followed damaged all the production capacity of the
Limpopo Valley. Two years ago floods never seen before devastated the whole
Limpopo Valley transforming the first highly productive area in place of vulnerable
people highly dependent on foreign assistance. The Government of Mozambique with
assistance of the Donnor Community has been putting efforts to rehabilitate the Valley
and put it back on track of exploring its productive capacity and potential. In a joint-
effort with the Government of South Africa, the Government of Mozambique has
launched a Spatial Development Initiative for the Limpopo Valley. The objective of this
initiative is to assist in unlocking the existing potential in the Valley in order to promote
development of the area and induce activities aimed at reducing poverty.
In the area covered by the Limpopo Valley Spatial Development Initiative (L
VSDI) there are already some investment initiatives in need of recovery that will largely
contribute to the development of the area, as well as there is also potential for new
initiatives in agro-processing sector. Some of these initiatives among others are:
a) In stoppage status
Rice peeling
Dairy products
Grinding
Tomato sauce
Cashew nuts factories
Cotton-mill

Appendix 1
2

b) Recovered or in labour
Incomati Valley sugar factories
Sausage factory (transformed into industrial butchery)
Processing seeds

c) Other Initiatives
Coco nut processing
Tangerine and others citrus processing
Other agro-industry products

The Limpopo Valley area has high agricultural potential characterized by good soils,
agricultural good practices, availability of water, market, etc.
Under this situation, the central thrust of this study is to design the advisable
strategy for re- launching the sector activity, as well as identify and formulate projects
that can act as drivers of agricultural development of the area.

2. OBJECTIVES

Therefore the main objectives of this study are:
To assess the role that agricultural Valley plays and can play in the
economy of area as well as at country level.
To review in detail the agricultural production capacity;
To review the existing and potential irrigation and associate
infrastructure as well as the management capacity;
To review the agricultural products processing capacity and production
technology;
To develop the possible scenarios and policies that would lead to unleash
the agricultural and agro-processing potential;
To formulate a development concept strategy that will take into account
local subsistence farmers and large scale business initiatives; and
To identify agricultural and agro-processing investment projects to be
considered by the private sector and the needs for further public
investment to create a favorable investment environment.

3. METHODOLOGY

Considering that there are several studies related to the development of the Limpopo
Valley, it is proposed that this study be carried out in three phases, namely: (i) a desk
study review; (ii) field assessment and data collection; and (iii) analysis of the
information and reporting.
During the process the study team shall contact Governmental entities and individuals,
members of the business community investing or interested in investing, especially the
ones interested in agricultural and agro-processing production.

Appendix 1
3

4. SCOPE

This study is part of different initiatives and efforts for the development of an
investment portfolio for the Limpopo Valley. Therefore, the study shall cross-check
other sectoral studies, in order to make sense in a package of investment portfolio to
attract investors to an Investment Conference, scheduled for 2002. The study should
cover the existing agro-industries in stoppage status and new initiatives in need of re-
launching/recovering in Limpopo valley SDI as well as in selected areas covered by
Incomati Valley. The focus should be based on priorities defined under the Government
of Mozambique Programme, in particular for the
Provinces of Gaza and Maputo taking into consideration the strong need for the
development of a private sector in Mozambique.

3. OUTPUTS

As part of a SDI program, the study should attempt to identify the constraints to wealth
creation and to put in place processes to remove or alleviate them, thereby unleashing
the inherent agricultural and agro-processing potential of the area. The expected three
main outputs of the study are: (i) an overall agricultural and agro-processing appraisal
report; (ii) a project identification report; and (iii) at least three detailed investment
projects at pre-feasibility level.

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