Prática 7. Derivados Cristalinos
Prática 7. Derivados Cristalinos
Prática 7. Derivados Cristalinos
Prtica 7
Data 31/01/2014
DERIVADOS CRISTALINOS
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Disciplina:
Resumo
Esta prtica consistiu em produzir um derivado cristalino a partir da reao da ciclohexanona
com o 2,4-dinitrofenil-hidrazina em presena do cido sulfrico em gua, obtendo como
produto a hidrazona 1-ciclohexilideno-2-(2,4-dinitrofenil)hidrazina com rendimento de
aproximadamente 97%. A hidrazona obtida um slido amorfo de colorao amarela que
possui ponto de fuso entre 160-164 C.
Palavras-chave: Derivado cristalino, 2,4-dinitrofenil-hidrazina e cetona.
1. Introduo
Em muitas situaes, no e fcil nem conveniente medir todas as propriedades fisicas
de alguns compostos. Lquidos, por exemplo, no tem seus pontos de ebulio facilmente
determinados.
Alm disso, quando se trabalha com substncias desconhecidas, invariavelmente se faz
necessrio medir mais que um valor de propriedade fsica, pois e muito comum vrias
substncias possuirem pontos de ebulio ou fuso iguais.
A total identificao por meio da anlise orgnica requer frequentemente, a converso
da substncia desconhecida em um derivado com propriedades fsicas bem definidas. Se as
propriedades fsicas do derivado estiverem de acordo com as de um derivado autntico podese, ento, presumir a identidade da amostra. importante tambm avaliar, alm do ponto de
fuso, outras propriedades caractersticas da amostra, tais como densidade, ndice de refrao,
equivalentes de neutralizao, peso molecular e rotao ptica (quando possvel).
Para se aplicar a tcnica de derivao de forma bem sucedida, algumas regras devem
ser obedecidas:
a) O derivado deve ser fcil de sintetizar e purificar;
b) O derivado deve ser preferencialmente um slido, pois esses so mais facilmente
manipulveis e seus pontos de fuso podem ser determinados com exatido;
c) A reao de formao do derivado deve ser preferencialmente quantitativa e no levar a
rearranjos ou produtos secundrios;
d) A identificao do derivado deve ser inequvoca, sem margem para dvidas entre outros
derivados possveis.
Quando uma substncia apresenta vrios grupos funcionais, a escolha de um derivado
1
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deve ser feita para o grupo funcional que d a menor chance de ambiguidade.
Adicionalmente, necessrio que o derivado apresente elevado grau de pureza. Como,
normalmente, trata-se de uma amostra slida, a tcnica de recristalizao bastante til nesta
etapa da determinao de substncias orgnicas desconhecidas.
Um teste clssico para identificao do grupo carbonila (C=O) a sntese de derivados
cristalinos usando aldedos e cetonas que reagem com a hidrazina e seus derivados originam
as correspondentes hidrazonas com pontos de fuso muito bem definidos. Este mtodo
bastante usado, por exemplo, para determinar aldedos no fumo do tabaco.
O objetivo deste experimento identificar uma cetona atravs de seu derivado
cristalino obtido pela reao da cetona com 2,4-dinitrofenil-hidrazina na presena de cido
sulfrico concentrado, em gua e obter o ponto de fuso desse derivado formado, alm de
verificar a pureza do produto da reao em cromatografia em camada fina.
2. Materiais e Mtodos
2.1. Materiais e Reagentes
1 Argola para suporte
1 Balana semi-analtica electronic balance JA3003N
1 Basto de vidro
1 Bqueres
1 Cmera UV
1 Dessecador
1 Erlenmeyer 50 mL (Satelit HS 480)
1 Espatula
1 Funil de Bcher
1 Funil de separao
1 Fusimetro
1 Kitassato
1 Papel de filtro
1 Pra (Nalgon)
1 Pipeta graduada 1/5 mL (Vidrolabor)
1 Placa de petri com tampa
1 Placa multipoos
1 Suporte universal
2 Pipeta graduada 0,01/1 mL (Vidrolabor)
2 Placas cromatogrfica
2 Tubos capilares
2,4-dinitrofenil-hidrazina
Acetato de etila
cido sulfrico concentrado
gua
Amostra desconhecida (2)
Banho Maria
2
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Bomba de vcuo
Etanol
Hexano
Iodo
Tetrahidrofurano
2.2. Mtodos
Determinou-se o derivado cristalino (amostra 2) atravs da reao do derivado com
2,4-dinitrofenil-hidrazina na presena de cido sulfrico concentrado, em gua. Alm disso,
obteve-se o ponto de fuso do produto formado e por fim verificou-se a pureza do produto da
reao em cromatografia em camada fina.
3. Procedimento Experimental
3.1. Em erlenmeyer de 50 mL, juntou-se 0,2062 g de 2,4-dinitrofenil-hidrazina e 3,0 mL de
gua destilada. Sob agitao, adicionou-se, gota a gota, 0,5 mL de cido sulfrico concentrado
mistura at que todo o slido se dissolveu;
3.2. Em seguida, adicionou-se soluo vermelha da aril-hidrazina, gota a gota, 0,1 mL da
amostra 2;
3.3. Resfriou-se soluo em banho de gelo por cerca de 10 minutos, depois filtrou-se a
mesma vcuo e lavou-se com gua gelada em abundncia deixando-a sob suco por 5
minutos;
3.4. Verificou-se a pureza do produto por cromatografia em camada fina (CCF). Em uma
placa multipoos, dissolveram-se pequenas quantidades da 2,4-dinitrofenil-hidrazina e da
hidrazona formada, usando THF como solvente;
3.5. Semeou-se a placa com as trs solues obtidas e eluiu-se em acetato de etila/hexano 1:1.
Revelou-se em UV/I2;
3.6. Confirmada a pureza do produto, deixou-se a mesma secar em um dessecador;
3.7. Determinou-se o rendimento e o ponto de fuso do produto da reao.
4. Resultados e discusso
A partir das propriedades organolpticas observadas e do ponto de ebulio fornecido
na apostila experimental, vimos que as caractersticas da amostra 2 so coerentes com as
propriedades fsicas da propanona (acetona), como pode ser visto na tabela 1 abaixo:
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Grupo Funcional
P.E (C)
Estado fsico
Cor
Cetona
56
Lquido
Incolor
Propanona
Cetona
56
Lquido
Incolor
Odor
Caracterstico do
grupo cetona
Caracterstico do
grupo cetona
Estado fsico
Slido amorfo
Cor
Amarelo
PF (C)
125-130
Slido amorfo
Amarelo
126
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Figura 1: Placa 1(padro) com 2,4 DNFH, cetona e hidrazona e placa 2 com 2,4 DNFH e hidrazona
obtida.
2,4
fe l
, 2
, 4
O rendimento da 1-prorpileno-2-(2,4-dinitrofenil)hidrazina
aproximadamente 95% (95,13%) .
obtido
foi
de
5. Concluses
A partir do ponto de ebulio e das propriedades organolpticas verificou-se que a
amostra 2 tratava-se da ciclohexanona. A reao da mesma com 2,4-dinitrofenil-hidrazina na
presena do cido sulfrico em gua levou a formao de um slido amorfo de colorao+
amarela com ponto de fuso de 160-164 C compatvel com o encontrado na literatura para a
hidrazona 1-ciclohexilideno-2-(2,4-dinitrofenil)hidrazina (162C).
Observou-se atravs de cromatografia em camada fina que a hidrazona formada estava
pura. A massa da 1-ciclohexilideno-2-(2,4-dinitrofenil)hidrazina obtida foi de 0,2804 g o que
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b) butilamina
c) etanol
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7. Bibliografia
Apostila de Anlise Orgnica 2013.2
Atkins, P. Jones, L. - Princpios de Qumica: Questionando a vida moderna e o meio
ambiente, 3 edio. Editora Bookman, 2006;
Fonte: www.dequi.eel.usp.br/~croa/pdf/cap5_6.pdf Acessado em 03/02/2014 s 14:00h;
Vogel, A.J. - Anlise Qumica Quantitativa, 6ed., LTC, 2002;
Solomons, T.W.G., Fryhle, C.B. Qumica Orgnica 1. 8 Edio, Editora LTC, 2005.
http://followscience.com/content/474911/apostila-analise-organica-classica
04/02/2014 s 10:00h;
Acessado em