A Evolução Da Teoria Da Liderança
A Evolução Da Teoria Da Liderança
A Evolução Da Teoria Da Liderança
Ontolgico
Alm do fundamento terico proporcionado pelas premissas interacionistas, buscou-se
agregar nas discusses elementos das pesquisas e da literatura que versa sobre a
temtica liderana. Assim, a seguir ser apresentada uma linha evolutiva, contendo a
descrio de diferentes tipos de abordagens existentes sobre a liderana e seus
desdobramentos. Ao longo dos tempos, as teorias de liderana sofreram mudanas e
estiveram em consonncia com as teorias administrativas emergentes em distintos
perodos, assim os estilos 24 de liderana adotados por cada lder variaram de acordo
com o tempo e o cenrio histrico vivido em cada poca. O estudo cientfico da
liderana iniciou no sculo XX, com trabalhos que traziam amplas conceituaes, tais
como as caractersticas e o comportamento do lder (MARQUIS e HUSTON, 1999). De
acordo com Marquis e Huston (1999), predominou como base para a liderana at
meados da dcada de 1940, a Teoria do Grande Homem e a Teoria de Caractersticas. A
primeira teve como origem a filosofia Aristotlica de que alguns nascem para liderar; e
outros para serem liderados; j a segunda defendia que cada um possuidor de
caractersticas que os define melhores lderes do que outros. Acompanhando o
movimento da administrao baseada nas relaes humanas durante as dcadas de 30
a 60, surgem as Teorias do Comportamento as quais apresentavam as atitudes do
indivduo como explicao para o sucesso ou fracasso de sua liderana. Essa mesma
teoria, mais tarde, originou classificaes que representavam os estilos de liderana,
dentre os quais: o autoritrio, o democrtico e o laissez-faire (MARQUIS e HUSTON,
1999). A Era da Administrao, baseada nas Relaes Humanas, iniciada na dcada de
vinte, principalmente por Mary Parker Follet, inaugurou um perodo em que o elemento
humano passou a ser o centro de pesquisas e atenes. Isso porque o foco de trabalho
das gerncias ainda permanecia impregnado pelas ideias tayloristas, ou seja, com
vistas exclusivas para a produtividade e desempenho dos funcionrios tal qual um
maquinrio. Dentro da perspectiva humanstica, a ideia de que o estilo de liderana
deveria variar conforme o contexto, foi denominada de Teoria Situacional e foi tambm
proposta por Mary Parker Follet em 1926. Follet enfatizava a necessidade de satisfao
entre lderes e liderados como principal ingrediente da interao. Entretanto, por
estarem adiante do seu tempo, os preceitos dessa teoria s obtiveram reconhecimento
a partir de 1970 (MARQUIS e HUSTON, 1999). Segundo Garca (2009), a Teoria da
Liderana Situacional prega a diversidade de estilos de cada lder, no entanto os
resultados positivos surgem medida que cada lder capaz de adaptar-se, tendo em
vista a singularidade das situaes. Foi a partir de sua conceituao, que outros
estudos foram realizados com o objetivo de elucidar um perfil universal de liderana.
Surgiram, ento, modelos de liderana, dentre os quais se destacaram: Modelo
Contingencial de Liderana de Fiedler (1967), Modelo da Grade Gerencial de Blake e
Mouton 5 (1964) e o Modelo Tridimensional da eficcia do lder de Hersey e Blanchard
(1977) (MARQUIS e HUSTON, 1999). Apesar da importncia das teorias, modelos e
transies de paradigmas que envolvem a liderana, vrios autores da literatura
consultada apontam a possibilidade de transformar-se em um lder, por meio do
desenvolvimento de caractersticas pessoais, em um processo que envolve dedicao e
descoberta. Em virtude dessa questo, Senge (1990) e Gardner (1990) afirmam que as
habilidades de liderana so passveis de aprendizagem e no meramente
determinadas por ordem gentica. J na contemporaneidade, Marquis e Huston (1999)
explicam que os tericos passaram a enxergar a liderana eficiente como algo
dependente de um nmero maior de variveis, dentre as quais: a cultura da
organizao, os valores do lder e dos comandados, o trabalho, o ambiente, a influncia
do lder e a complexidade das situaes. Em virtude de novas necessidades, surgem as
teorias de Liderana Interacional, de Schein (1970), Transformacional e Transacional, de
Burns (1978) (MARQUIS e HUSTON, 1999). Na nova tendncia, as organizaes de