000864941
000864941
000864941
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA
PROJETO DE DIPLOMAO
ESTUDO E PROJETO ELTRICO BSICO DE UMA
SUBESTAO
Porto Alegre
2011
Porto Alegre
2011
DEDICATRIA
Dedico este trabalho aos meus pais e a minha irm, em especial pela dedicao e apoio
em todos os momentos da minha vida.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeo aos meus pais que sempre estimularam meu estudo apesar da
dificuldades, aos mestres que estimularam a busca pelo conhecimento necessrio para a
formao acadmica, aos engenheiros da CDP engenharia que ensinaram sobre subestaes e
sempre estiveram dispostos a ajudar e a meus amigos, que sempre me apoiaram nos
momentos mais difceis do curso.
RESUMO
Este projeto tem o objetivo de apresentar uma subestao, com suas classificaes e
seus equipamentos e a partir de um exemplo de caso, ser explicada a elaborao de um
projeto eltrico de uma subestao utilizando os conhecimentos adquiridos durante a
graduao acadmica, no decorrer do estgio e em pesquisas.
ABSTRACT
This project aims to provide a substation, with their ratings and their equipment and
fromone case example, we will explain the development of an electric substation project using
the knowledge acquired during the academic degree, during the stage and research.
LISTA DE ILUSTRAES
LISTA DE TABELAS
SUMRIO
1 INTRODUO...................................................................................................................14
2 SUBESTAES.................................................................................................................15
2.1 DEFINIO..................................................................................................................15
2.2 TIPOS DE SUBESTAES........................................................................................16
2.3 TIPOS DE BARRAMENTOS.....................................................................................17
2.4 PROJETOS DE UMA SUBESTAO......................................................................21
3 EQUIPAMENTOS DE UMA SUBESTAO................................................................25
3.1 TRANSFORMADOR DE FORA..............................................................................25
3.2 TRANSFORMADORES DE INSTRUMENTO.........................................................27
3.2.1 TRANSFORMADOR DE CORRENTE...................................................................27
3.2.2 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL..................................................................29
3.3 DISJUNTOR.................................................................................................................31
3.4 CHAVE SECCIONADORA.........................................................................................33
3.5 PRA-RAIO...................................................................................................................34
3.6 REL...............................................................................................................................36
3.7 CAPACITORES EM DERIVAO E EM SRIE...................................................40
4 PROJETO ELTRICO DE UMA SUBESTAO........................................................41
4.1 CARACTERSTICAS DA SUBESTAO................................................................41
4.2 DIAGRAMA UNIFILAR DA SUBESTAO...........................................................43
4.2.1 DIAGRAMA UNIFILAR DO TRANSFORMADOR DE POTNCIA.................45
4.2.2 DIAGRAMA UNIFILAR DOS ALIMENTADORES DE 23Kv............................45
4.2.3 DIAGRAMA UNIFILAR DOS TRANSFORMADORES DE POTENCIAL DE
23Kv.........................................................................................................................................46
4.2.4 DIAGRAMA UNIFILAR DO MDULO DO BANCO DE CAPACITORES.....46
4.2.5 DIAGRAMA UNIFILAR DO MDULO DE TRANSFERNCIA......................46
4.2.6 DIAGRAMA UNIFILAR DO MDULO DE SERVIOS AUXILIARES..........47
4.3 DIAGRAMA TRIFILAR DA SUBESTAO..........................................................47
4.3.1 DIAGRAMA TRIFILAR DO TRANSFORMADOR DE POTNCIA.................48
4.3.2 DIAGRAMA TRIFILAR DOS TRANSFORMADORES DE POTENCIAL DE
23Kv.........................................................................................................................................50
4.3.3 DIAGRAMA TRIFILAR DO MDULO BANCO DE CAPACITORES.............50
4.3.4 DIAGRAMA TRIFILAR DOS ALIMENTADORES DE 23 Kv...........................51
4.3.5 DIAGRAMA TRIFILAR DO MDULO DE TRANSFERNCIA.......................51
4.3.6 DIAGRAMA TRIFILAR DO MDULO DE SERVIOS AUXILIARES...........52
4.4 DIAGRAMA FUNCIONAL DA SUBESTAO.......................................................52
4.4.1 DIAGRAMA FUNCIONAL DO TRANSFORMADOR DE POTNCIA............52
4.4.1.1 DIAGRAMA FUNCIONAL DE DISTRIBUIO DE TENSO AUXILIAR
125Vcc......................................................................................................................................53
4.4.1.2 DIAGRAMA FUNCIONAL DE DISTRIBUIO DE TENSO AUXILIAR
127/220Vca...............................................................................................................................53
4.4.1.3 DIAGRAMA FUNCIONAL DE COMANDO E PROTEO...........................53
4.4.1.4 DIAGRAMA FUNCIONAL DE VENTILAO FORADA............................56
LISTA DE ABREVIATURAS
14
INTRODUO
Como nos dias de hoje as unidades geradoras encontram-se muito distantes dos grandes
centros de carga, o setor eltrico passou a depender muito das subestaes para a transmisso da
energia, j que elas adequam os nveis de tenso de forma a diminuir as perdas durante o seu
percurso. Alm de diminuir os custos das transmisses, as subestaes so responsveis tambm
pelas protees das linhas, alm de possuir equipamentos de manobra que aumentam a confiabilidade
do sistema eltrico.
O projeto de uma subestao dividido em trs partes, o projeto civil, o projeto
eletromecnico e o projeto eltrico.
Este trabalho tem como objetivo mostrar como foi desenvolvido o projeto eltrico de uma
subestao de energia, realizado durante o estgio na empresa CDP Engenharia. O projeto teve como
base outros projetos realizados para a mesma concessionria e que possuam caractersticas
semelhantes a este.
15
SUBESTAES
2.1
Definio:
Subestaes de energia eltrica so instalaes cuja finalidade adequar os parmetros de
tenso e corrente das linhas em que esto ligadas a nveis viveis, tanto tecnicamente quanto
economicamente para a transmisso e distribuio desta energia.
As subestaes servem para viabilizar a transmisso da energia eltrica j que essa transmisso
deve ser feita da forma mais eficiente com a menor porcentagem de perdas no caminho. Como a
principal perda na transmisso ocorre por efeito Joule , (P = R x I 2) devido altas correntes nos
cabos, essa energia deve ser elevada a altos valores de tenso para que as perdas sejam diminudas.
Logo, quando a energia gerada seja energia hidrulica, trmica, elica ou nuclear, ela deve ser
elevada a altas tenses durante o percurso at as redes de distribuio onde ser rebaixada conforme a
necessidade das localidades. Portanto, durante o percurso energia eltrica passar por subestaes que
possibilitam o aumento e a diminuio dos valores da tenso e tambm fazem a proteo dos sistemas
eltricos.
Para que a energia seja distribuda para os consumidores ela ter sua tenso rebaixada em uma
subestao para valores que evitem riscos de acidentes e minimizem os custos de cabos e
equipamentos de distribuio.
As subestaes tambm podem ser usadas como conversoras da energia, isto no Brasil ocorre
na usina de Itaip que tem a necessidade de transformar a energia comprada de geradores paraguaios
cuja frequncia de 50Hz em 60Hz, que a frequncia de distribuio no Brasil.
Para realizar essas funes as subestaes possuem equipamentos de manobra, transformao
e de compensao usados para dirigir o fluxo de energia do sistema de potncia e possibilitar a sua
diversificao atravs de rotas alternativas, bem como realizar a proteo do sistema atravs de
equipamentos que identificam e isolam trechos defeituosos.
A figura a seguir mostra, como exemplo, uma Subestao elevadora de 500kV localizada em
Ibina, SP.
16
Tipos de Subestaes
As subestaes podem ser classificadas dependendo de vrios fatores, desde a sua funo at a
sua forma de instalao. Primeiramente ser apresentada uma classificao quanto funo que as
subestaes exercem. Dependendo da funo ela pode ser das seguintes formas: uma subestao
elevadora, de cliente, de transmisso, de interligao, de distribuio e conversoras.
As elevadoras so aquelas subestaes construdas na sada das unidades geradoras de energia
eltrica e tem como finalidade, como o nome j diz de elevar a tenso em que a energia est sendo
produzida a fim de diminuir custos da transmisso. Isso, pelo fato de que a transmisso deve ser feita
com as menores perdas, conforme foi mencionado anteriormente. Essas subestaes so de grande
porte e geralmente so construdas pelas prprias empresas geradoras da usina.
As subestaes de cliente so aquelas em que o proprietrio , por exemplo, uma indstria e
funciona como fonte principal de energia dela. Nela, os recursos e requisitos dependem das
necessidades do proprietrio da subestao.
Subestaes de transmisso so aquelas usadas para a interligao de sistemas de alta ou extra
alta tenso. Realizam tambm o seccionamento de circuitos permitindo a energizao em trechos
sucessivos de menor comprimento.
As de interligao so subestaes cuja funo o seccionamento das linhas de transmisso
visando usos futuros dessas linhas.
17
Tipos de barramentos
Existem alguns fatores que devem ser considerados para o projeto de uma Subestao e um
deles disposio do barramento e dispositivos de comutao. necessrio que eles tenham uma
flexibilidade tanto na operao, quanto na manuteno para que mesmo com um defeito se possa
garantir uma continuidade de fornecimento de energia para todos os consumidores.
Os barramentos, segundo McDonald [1] podem ter os seguintes arranjos:
Barramento simples;
Barramento em anel;
Disjuntor e meio.
18
19
20
21
criteriosos para que no ocorram falhas durante a sua operao e por isso, so necessrios estudos e
avaliaes.
Os projetos que envolvem uma subestao so o projeto civil, eletromecnico e o eltrico.
Projeto Civil: um conjunto de projetos das estruturas dos equipamentos, prticos, prdios e
terreno da subestao. No projeto civil so calculadas e projetadas bases para os equipamentos,
prticos dos barramentos, localizao das fundaes dos equipamentos, o arruamento, prdio de
comando, trajeto das canaletas de fora e comando, drenagem de guas pluviais do terreno, bacia do
transformador, as cercas perimetrais e detalhes de fechamento e aterramento, empedramento do ptio e
diagrama isomtrico com respectivos esforos.
Projeto Eletromecnico: onde feito a elaborao dos circuitos de potncia,
dimensionamento dos equipamentos eltricos, dimensionamento da malha de terra, das estruturas de
sustentao, lanamento de canaletas e eletrocalhas, etc. O projeto eletromecnico e o projeto civil so
22
interdependentes, e por isso devem ser feitos em conjunto para evitar problemas nos
dimensionamentos do projeto e assim, evitar prejuzos nas obras.
O projeto eletromecnico exige uma srie de estudos, entre os quais esto: a resistividade do
solo, oramento de materiais e equipamentos, estudos da potncia que ser necessria para a operao
da subestao, etc. Aps estes estudos so definidos todos os detalhes para a montagem dos
equipamentos da subestao, arranjo de interligao dos equipamentos, desenhos de planta e cortes.
O projeto eletromecnico se divide em: Arranjo Geral, Rede Area, Detalhe de Instalao,
Iluminao e Tomadas e Rede de Terra.
No Arranjo Geral mostrada a localizao da SE no terreno, com uma amarrao da mesma
com a rea onde ser construda e o layout bsico da subestao. Para a configurao da Planta da
subestao, os equipamentos devem estar definidos e neste projeto devem ser preservadas as distncias
de fase-fase e fase-terra conforme estipulado na NEMA SG6 que mostrada na tabela. No projeto da
planta j so previstas as manobras de transferncia e possveis ampliaes e a partir dele so
projetadas as fundaes e canaletas do projeto civil. Ainda nesta parte do projeto mostrado o corte da
subestao a partir da planta, mencionada anteriormente, com ele identificamos as alturas dos
equipamentos, barramentos e prticos e da mesma forma devemos respeitar as distncias mnimas
estipuladas pela NEMA SG6.
23
8,25
15,5
25,8
38,8
48,3
72,5
121
145
169
242
242
362
362
550
550
800
95
110
150
200
250
350
550
650
750
900
1050
1050
1300
1550
1800
2050
30
45
60
80
100
145
230
275
315
385
455
455
525
620
710
830
0,19
0,25
0,3
0,46
0,53
0,79
1,35
1,6
1,83
2,26
2,67
3,02
-
0,19
0,25
0,3
0,38
0,46
0,74
1,19
1,33
1,56
1,93
2,3
2,69
-
0,15
0,18
0,25
0,33
0,43
0,64
1,07
1,27
1,47
1,8
2,11
2,13
2,64
3,15
3,66
4,22
24
e a NR-10 que
regulamentam as instalaes eltricas e tem como objetivo a segurana das pessoas envolvidas nas
instalaes.
Projeto eltrico: nele que se define a filosofia de funcionamento da subestao, com ele
feita a proteo, sinalizao e controle de todas as interligaes entre os equipamentos. Este assunto
ser abordado com mais nfase no captulo 4.
25
na manuteno quanto na operao da mesma, bem como seu melhor funcionamento. Os principais
desses equipamentos so: transformadores de Fora, reatores em derivao, buchas, transformadores
de corrente, transformadores de potencial, para-raios, chaves, disjuntores, capacitores em derivao e
capacitores em srie.
Esses equipamentos se dividem, quanto a sua finalidade da seguinte forma:
3.1
Transformadores de Fora
o equipamento base de uma subestao de energia e possibilita a flexibilidade de um sistema
em operar com a tenso mais conveniente, tanto do ponto de vista tcnico quanto do econmico. ele
que eleva ou rebaixa a tenso para os nveis necessrios na subestao, alm de poder tambm isolar
eletricamente circuitos entre si, ajustar as impedncias, ou todas estas finalidades citadas ao mesmo
tempo.
Os transformadores de fora podem ser classificados segundo seu meio isolante, nmero de
fases e tipos de enrolamentos [3].
Quanto ao meio isolante: podem ser a leo mineral, a lquidos isolantes pouco inflamveis
(silicone) e a seco;
26
Buchas: permitem a passagem dos cabos de linha para dentro do transformador sem que
ocorra contato entre os meios interno e externo.
Comutador: um enrolamento especial com derivaes (TAPs), que pode ser operado em
vazio ou em carga. Ele usado para modificar a relao de transformao de forma que as
cargas sejam alimentadas adequadamente. Acionamentos motorizados so usados para
27
Rel Buchholtz: protege o transformador contra falhas internas que provoquem a produo
de gs ou diminuio no nvel de leo.
Indicador de nvel de leo: acionado quando o nvel de leo atinge um ponto inferior ou
superior ao estabelecido.
Transformadores de Instrumentos
So equipamentos utilizados para adequar os sinais de alta tenso a serem medidos para os
Transformadores de Corrente
So equipamentos capazes de produzir proporcionalmente em seu circuito secundrio a
corrente de seu primrio com sua posio fasorial mantida, conhecida e adequada para o uso em
instrumentos de medio, controle e proteo.
28
Os transformadores de corrente tem seu enrolamento primrio ligado em srie com o circuito
de alta tenso, esse enrolamento constitudo de poucas espiras de material condutor de cobre de
grande seco. A impedncia do transformador de corrente, vista do seu lado primrio desprezvel,
comparada com a do sistema ao qual estar instalado, mesmo que se leve e conta a carga que se coloca
em seu secundrio. Assim, a corrente que circular no primrio do equipamento ditada pelo circuito
de potncia, chamado de circuito primrio.
O secundrio apresenta o nmero de espiras tal que em seu enrolamento a corrente seja de 5
A, que a corrente padronizada pela ABNT [4].
Os Transformadores de corrente, quanto a sua funo, dividem-se em:
TCs para medio: possuem maior preciso e possuem um ncleo dimensionado de tal
forma que ele sature no permitindo que a corrente no secundrio ultrapasse o valor
nominal e assim protege os equipamentos de medio;
TCs para proteo: possuem uma menor preciso, e a corrente do secundrio pode
ultrapassar o valor nominal, quando numa situao de falta, para o sistema de proteo
atuar instantaneamente ou depois de alguns instantes dependendo da intensidade e durao
da falta.
Quanto a sua forma de construo, os TCs podem ser classificados da seguinte forma:
Tipo bucha: Consiste de um ncleo em forma de anel (ncleo toroidal), com enrolamentos
secundrios. O ncleo fica situado ao redor de uma bucha de isolamento, atravs da qual
passa um condutor, que substituir o enrolamento primrio. Este tipo de TC, comumente
encontrado no interior das buchas de disjuntores, transformadores, religadores, etc;
Tipo janela: Tem construo similar ao tipo bucha, sendo que o meio isolante entre o
primrio e secundrio o ar. O enrolamento primrio o prprio condutor do circuito, que
passa por dentro da janela;
Tipo barra: TC cujo enrolamento primrio constitudo por uma barra montada
permanentemente atravs do ncleo do transformador;
Tipo com ncleo dividido: TC tipo janela em que parte do ncleo separvel ou
basculante, para facilitar o enlaamento do condutor primrio;
29
Tipo com vrios enrolamentos primrios: TC com vrios enrolamentos primrios distintos
e isolados separadamente; Tipo de vrios ncleos: TC com vrios enrolamentos
secundrios isolados separadamente e montados cada um em seu prprio ncleo,
formando um conjunto com um nico enrolamento primrio, cujas espiras, ou espira,
enlaam todos os secundrios.
Segundo a ABNT, os valores nominais que caracterizam os TCs, so: corrente nominal e
relao nominal, classe de tenso de isolamento, frequncia nominal, carga nominal, fator de
sobrecorrente, classe de exatido, fator trmico e limites de corrente de curta-durao para efeitos
trmico e dinmico.
A figura abaixo mostra um transformador de corrente localizado no ptio da SE Canoas 3.
Transformadores de Potencial
Em sistemas de alta tenso, as medies de tenso no so feitas diretamente da rede primria,
30
que o TP ser ligado. Os terminais do primrio do TP so ligados em paralelo com a tenso a ser
medida [4].
Quanto ao tipo, os transformadores de potencial podem ser classificados da seguinte forma:
Segundo a ABNT, os valores nominais que caracterizam os TPs, so: tenso primria nominal
e relao nominal, carga nominal, classe de exatido e potncia trmica nominal.
Abaixo mostrada uma figura de um transformador de potencial 69kV.
31
3.3
Disjuntores
um equipamento de manobra, capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes nas
condies normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir durante um tempo especificado e
interromper correntes sob condies anormais especificadas do circuito, tais como as de curto-circuito.
A principal funo dos disjuntores a interrupo de correntes de falta to rapidamente quanto
possvel, de forma a limitar a um mnimo os possveis danos aos equipamentos pelos curtos-circuitos.
Tambm deve interromper correntes normais de carga, correntes de magnetizao de transformadores
e reatores e as correntes capacitivas de bancos de capacitores e linhas em vazio [5].
Quando da manobra de fechamento, o disjuntor de potncia deve tambm, no caso de um
curto-circuito, atingir de maneira correta a sua posio fechada e conduzir a corrente de curto-circuito.
Na manobra de abertura, o disjuntor deve suportar todos os casos de manobras possveis da rede onde
est instalado.
Os disjuntores devem ser capazes de abrir correntes de 20 a 50 vezes a sua corrente nominal,
em tempos de 2 ciclos (33,3ms) aps ficarem na posio fechada por vrios meses. Por isso, alguns
cuidados devem ser levados em considerao durante o projeto do equipamento, como reduzir as
partes mveis e de garantir a mobilidade das vlvulas, ligaes mecnicas, etc.
Os disjuntores podem ser classificados de vrias formas, quanto a sua construo, meios de
interrupo do arco e mecanismo de acionamento.
Quanto a construo, os disjuntores podem ser de duas formas, em plos juntos ou plos
separados. Os de plos juntos possuem todos os plos numa s carcaa e geralmente so em
disjuntores a seco ou grande volume de leo. Os de plos separados apresentam uma carcaa para
cada plo e so encontrados em todos os tipos de disjuntores.
Quanto aos meios de interrupo do arco, tm-se:
32
corrente prevenida pela exausto dos produtos ionizados do arco da regio entre os
contatos pelo sopro de ar-comprimido;
33
3.4
Chaves Seccionadoras
So equipamentos utilizados para o isolamento ou conexo dos circuitos em uma Subestao,
sendo que deve operar com o circuito j desenergizado j que no possui mtodo de ruptura de arco
voltaico. As chaves podem ser acompanhadas por lmina de terra, que serve para que quando a chave
est aberta fazer a manuteno, aterrar o circuito que foi desligado e, assim evitar qualquer acidente
durante a manuteno.
Para o isolamento de um componente em manuteno, as chaves abertas devem ter uma
suportabilidade entre terminais s solicitaes dieltricas de forma que o pessoal de campo possa
executar o servio de manuteno em condies adequadas de segurana.
As manobras so usadas em uma subestao para transferir a carga de um barramento de
alimentao para outro reserva, por exemplo, no caso de ser necessria uma manuteno do
barramento, ou qualquer tipo de servio no mesmo.
Os secionadores somente podem operar quando houver uma diferena de tenso insignificante
entre seus terminais ou nos casos de restabelecimento ou interrupo de correntes insignificantes.
As chaves seccionadoras costumam apresentar dispositivos de intertravamento entre os
mecanismos de comando manual e motorizado das lminas dos seccionadores e entre as lminas
principais e as de terra.
As chaves podem ser classificadas quanto ao seu comando de operao, que pode ser de forma
manual ou motorizada. O comando manual pode ser feito por meio de uma vara isolante ou por
manivela localizada na base do seccionador. A operao motorizada pode ser feita por um nico
mecanismo que, atravs de hastes, comanda a operao conjunta de dos trs plos ou por mecanismos
independentes para cada plo do seccionador (pantogrficos e semipantogrficos).
Tambm podem ser classificadas de acordo com o tipo de abertura. Para a escolha do tipo de
seccionadora so levados em considerao alguns fatores, entre eles: nvel de tenso, esquema de
manobra da subestao, limitaes de rea ou de afastamentos eltricos, funo desempenhada e tipo
de padro j utilizado pela empresa.
Os seccionadores de abertura lateral e de abertura central acarretam espaamentos entre eixos
de fases maiores que os demais, para manter o espaamento fase-fase especificado. O seccionador de
dupla abertura crtico para tenses maiores que 345kV. As lminas tornam-se muito longas e tendem
a sofrer deformaes principalmente nos esquemas de manobra em que determinados seccionadores
operam normalmente abertos.
34
Pra-raios
Os para-raios so equipamentos de proteo de uma subestao contra sobretenses
atmosfricas e de manobra. Nas linhas de transmisso existem cabos pra-raios que servem para
35
absorver as descargas dos raios que atingem as linhas de transmisso, caso a descarga no seja
recebida por esse cabo esta carga ir atravs dessa linha at a subestao, onde o pra-raio absorver
essa descarga para a malha de terra que se dispersar no solo, limitando a tenso sobre os
equipamentos.
Manobras no sistema eltrico podem causar sobretenses e os para-raios podem absorver esses
surtos. Atuam como limitadores de tenso, impedindo que valores acima de um determinado nvel prestabelecido possam alcanar os equipamentos para os quais fornecem proteo.
Um pra-raios constitudo de um elemento resistivo no-linear associado ou no a um
centelhador em srie. Em operao normal, o pra-raios semelhante a um circuito aberto. Quando
ocorre uma sobretenso, o centelhador dispara e uma corrente circula pelo resistor no-linear
impedindo que a tenso nos seus terminais ultrapasse um determinado valor.
Para o dimensionamento dos Pra-raios so levados em considerao alguns fatores: tenso
nominal, Tenso Disruptiva sob impulso atmosfrico e manobra, corrente de descarga, corrente
subsequente, tenso residual, classe de descarga e frequncia nominal [4].
Na figura abaixo mostrada as partes construtivas de um Pra-raio.
36
3.6
Proteo
O sistema de proteo um dispositivo destinado a detectar anormalidades no sistema eltrico,
Sobrecorrente instantneo (50): opera quando o valor da corrente excede certo valor;
37
Rel de presso (63): opera para defeitos internos do transformador e para baixos nveis de
presso em equipamentos encapsulados (SF6);
Rel de distncia (21): opera para defeitos em linhas de transmisso de alta tenso;
Rel de subfrequncia (81): opera quando a frequncia cai abaixo de determinado valor
ajustado no rel;
Antigamente, com os rels eletromecnicos era necessrio um rel para cada uma das funes
acima, cuja numerao dada pela tabela ANSI (American National Standards Institute) abaixo. J os
rels digitais podem assumir mais de uma funo.
38
39
40
41
documentos que o compem, utilizando um projeto de uma subestao 69/23kV para a anlise.
Para a confeco do projeto eltrico de uma Subestao so necessrias algumas informaes
definidas no projeto eletromecnico ou pelo contratante do projeto. Essas informaes so:
Em alguns casos, o projetista deve definir qual o rel digital ser utilizado e para isso, deve
observar alguns pontos no seu dimensionamento. O rel dever ser capaz de realizar as funes
planejadas, dever possuir entradas analgicas de tenso e corrente em quantidade suficiente para
receber todos os sinais necessrios e com o mesmo valor nominal do secundrio dos TPs e TCs, a
alimentao do rel ser contnua e do mesmo valor da alimentao do painel, dever possuir entradas
e sadas digitais suficientes para receber todos os sinais e operar todos os equipamentos do campo.
Tambm essencial que todos os rels de proteo de uma Subestao sejam do mesmo
fabricante para que no ocorram problemas de comunicao entre eles.
Para o projeto analisado foram escolhidos rels da marca SEL (Schweitzer Enginnering
Laboratories), SEL-487E para o transformador de potncia e SEL-451-5 para os alimentadores.
No anexo I so listadas algumas caractersticas dos rels fornecidas no catlogo do fabricante
[6] e [7].
Aps a escolha do rel digital utilizado no projeto da subestao, parte-se para a confeco do
Projeto eltrico e os documentos que o compe so listados a seguir:
4.1
Diagrama unifilar;
Diagrama trifilar;
Diagrama funcional;
Funcional de telecomando;
Lista de Cabos.
Caractersticas da Subestao
A Subestao em estudo ser uma Subestao da concessionria AES SUL (SE Centro Serra)
42
1 mdulo geral;
1 painel de transformadores;
1 painel de alimentadores;
43
44
45
transformador possui um painel de proteo com dois rels de proteo SEL 487E. Os rels so
responsveis pelas funes de proteo de sobrecorrente (50/51), proteo diferencial (87) e rel de
bloqueio (86) e um deles responsvel pela funo de conferncia de sincronismo (25), tambm
realizam as manobras das chaves seccionadoras (01QD,01QE e 01QC indicadas no Anexo IV) e
atuam sobre o disjuntor 69kV. Para realizar essas funes, os rels de proteo recebem informaes
do sistema pelo transformador, transformadores de potencial da linha de 69kV, dos transformadores de
potencial do barramento do setor de 23kV, transformadores de corrente 69kV e 23kV.
O unifilar ainda mostra medies da linha como tenso, potncia e frequncia atravs do
medidor (01PA) e mostradas no painel do transformador.
As medies feitas do transformador so dos nveis de leo do comutador (71C) e do
transformador (71T), fluxo de leo do comutador (63C), fluxo de gs do transformador (63T), vlvula
de segurana (33T) e regulao da sobre temperatura do estator (90/49).
4.2.2
possui um rel de proteo SEL 451-5. Esses rels realizam as funes de proteo de sobrecorrente
(50/51), falha no disjuntor (62FD), religamento CA (79) e subfrequncia (81), recebem informaes
dos rels do transformador de potncia, dos transformadores de corrente de 23kV e dos
transformadores de potencial do barramento 23kV, e atuam sobre o disjuntor do mdulo. Realizam
ainda medies atravs dos transformadores de corrente e essas informaes so enviadas para os rels
46
Um dos enrolamentos do
transformador de corrente serve para gerar as informaes ao rel e o outro usado para medies do
sistema. Conforme a especificao da concessionaria existe um painel onde se encontram todos os
rels dos alimentadores e do mdulo de transferncia e outro com os medidores.
O Diagrama unifilar dos alimentadores que ser igual para todos os quatro alimentadores.
4.2.3
potencial so enviadas aos rels do transformador de potncia, aos rels dos alimentadores e ao rel do
mdulo de transferncia. Os transformadores de potencial so protegidos por chaves fusveis. No
anexo VI mostrado o diagrama unifilar desse mdulo.
4.2.4
sobrecorrente (50/51), religamento de disjuntor (79), subfrequncia (81) e falha de disjuntor (62FD).
O rel recebe informaes dos outros alimentadores e do banco de capacitores e atua sobre o disjuntor
do mdulo. Um dos enrolamentos do transformador usado pelo rel e o outro usado para medies
do sistema. O rel do mdulo de transferncia est localizado no painel dos alimentadores e o medidor
deste mdulo est localizado no painel de medio dos alimentadores.
O diagrama unifilar do mdulo de transferncia mostrado no anexo VIII.
47
4.2.6
de servios auxiliares acontece somente a partir de uma chave fusvel e, ele faz a alimentao de todos
os painis da subestao. No anexo IX apresentado o diagrama unifilar do mdulo de servios
auxiliares.
Em subestaes, cargas prioritrias, esquemas de controle e proteo so supridos em corrente
contnua. Do transformador de servios auxiliares conectado um retificador / carregador do banco de
baterias para a alimentao dos circuitos de comando, controle, alarme e proteo. Os bancos de
baterias so do tipo chumbo-cidas de 125Vcc, geralmente composto por 60 baterias de 2,2V.
A alimentao 127/220 Vca usada para alimentar o retificador, fazer a alimentao do ptio,
prdio, alimentao das tomadas dos painis, iluminao e tomada dos comandos do transformador de
potncia e disjuntores.
O diagrama unifilar das alimentaes 125Vcc e127/220Vca so apresentados nos anexos X e
XI, respectivamente.
4.3 Diagrama Trifilar da Subestao
O diagrama trifilar representa o circuito de potencia da subestao com a parte de potncia de
todos os equipamentos que a compe. O trifilar traz uma quantidade maior de detalhes que o diagrama
unifilar.
Nos diagramas trifilares so mostrados que a entrada e sada dos circuitos nos painis da
subestao acontecem atravs de bornes. Estes bornes so mostrados na figura 20, e para diminuir
riscos de mau contato sero utilizados apenas dois cabos em cada um dos contatos. A nomenclatura
usada para os bornes dos painis da subestao foram XT para os circuitos que chegam aos rels de
proteo e XT para os circuitos de medio.
48
contatos dos circuitos de tenso e curto-circuitam os contatos dos circuitos de corrente. Elas so
usadas em situaes em que se necessite realizar algum tipo de interrupo no circuito dentro do
painel, evitando o risco de abrir os circuitos de corrente ou curto-circuitar acidentalmente os circuitos
de tenso. Estas chaves so indicadas pela letra S no diagrama trifilar e sero da marca Farcel. A
figura 21 mostra uma chave teste.
que os transformadores de instrumentos (TPs e TCs) possuem uma caixa de interligao, com seus
bornes so indicados pelo fabricante. Na figura abaixo mostrada a caixa de interligao (01CI1) do
transformador de potencial da entrada da linha. Depois de passar pela caixa de interligao os cabos
passam por chaves testes do circuito de tenso (01SA, 01SC e 01SE) antes de chegar s entradas
analgicas dos rels de proteo (01FA e 01 FB) e ao medidor (01PA), que serve para medio de
faturamento. Os circuitos de tenso so protegidos por mini disjuntores antes das entradas analgicas
dos rels e antes do medidor.
49
50
regula a sobre temperatura no estator, realiza a superviso do nvel de leo e faz as medies de
temperatura do equipamento. Este rel comanda a ventilao forada do transformador TR1.
4.3.2
barramento de operao do setor de 23Kv e as informaes desse barramento so enviadas aos rels de
proteo do transformador de potncia TR1 e dos alimentadores de 23kV. Depois de sair dos
transformadores de potencial, os cabos passam pela caixa de interligao (02CI1) que representada
na figura 24 antes de ir para os rels de proteo.
Foram colocados os rels auxiliares 27AB e 27BC da Finder que acusam a abertura da chave
ou a falta de fase e mandam essa informao ao rel. Como todos os circuitos de tenso, existem mini
disjuntores para a proteo do sistema.
4.3.3
transformadores de corrente do passam por uma caixa de interligao da mesma maneira que ocorre
nos transformadores de corrente do secundrio do transformador de corrente. Depois disso, os cabos
so levados at as entradas analgicas do rel de proteo SEL 451 (03FA). No transformador de
corrente do banco de capacitores existe uma caixa de interligao e seus cabos tambm vo at as
51
52
Todas as entradas analgicas de tenso do rel de proteo so protegidas por mini disjuntores
e como a subestao possui um barramento de transferncia no necessrio a utilizao de chaves de
teste para os circuitos de proteo, apenas so usadas nos circuitos de medio.
4.3.6
auxiliares protegido por chaves fusvel e seus cabos de baixa so levados at o painel dos servios
auxiliares. No anexo XVII apresentado o diagrama trifilar do transformador de servios auxiliares.
Nos anexos XVIII e XIX so mostrados os diagramas trifilares das alimentaes 125Vcc e
220/127 Vca, respectivamente. Na alimentao 220/127Vca os cabos vindos da baixa do
transformador de servios auxiliares formam um barramento que servem de alimentao para a
subestao. Transformadores de corrente enviam as informaes desse barramento para o
multimedidor 10PA localizado no painel dos servios auxiliares. Desse medidor feita a alimentao
do comando e acionamento CDC e VF do transformador de potncia. Todas as alimentaes oriundas
desse barramento possuem mini disjuntores de proteo.
A alimentao 125Vcc feita a partir de um retificador 220Vca/125Vcc, 50 A da marca
TECTROL e conectado a ele existe um banco de baterias de 150 Ah/10h da marca NEWPOWER. Do
retificador formam-se dois barramentos, um positivo e outro negativo que far a alimentao dos
comandos do TR1, mdulos alimentadores e transferncia, e alimentao dos medidores dos mdulos
alimentadores e do mdulo de transferncia, alm da alimentao da Unidade de Terminal Remota
(UTR) e serve de fonte auxiliar do multimedidor de corrente alternada (10PA). Todas essas
alimentaes so protegidas por mini disjuntores nas sadas desse barramento.
4.4
53
54
A alimentao desse diagrama vem do funcional de distribuio de tenso auxiliar 125 Vcc
atravs dos bornes 01XP (positivo) e 01XN (negativo) e os bornes da entrada digital do rel so
identificados como 01XE.
O rel SEL 487E (01FA) possui as entradas binrias IN101 a IN107 e IN201 a IN206 e nelas,
recebe as informaes so indicadas as informaes de posio e sinalizaes do disjuntor 01
Q0,
posio das chaves isoladoras 01QD e 01QE do disjuntor 01Q0, protees do transformador TR1,
proteo e indicao de falta de potencial do barramento de 23kV.
Na sequncia tem-se o funcional de comando e proteo do disjuntor 01Q0 baseado no
esquemtico interno do disjuntor que fornecido pelo fabricante.
Da mesma forma que o diagrama das entradas digitais do rel, o diagrama do disjuntor 01Q0
tambm recebe a alimentao atravs do diagrama funcional de tenso auxiliar 125Vcc e essa
alimentao chega pelos bornes 01YP (positivo) e 01YN (negativo). A partir desses bornes feita a
alimentao do comando e do motor do disjuntor 01Q0.
No disjuntor 01Q0 existe a funo de intertravamento para o comando local atravs de chaves
auxiliares de retardo de abertura localizadas nas chaves seccionadoras 01QD e 01QE, com a finalidade
de proteger o operador durante uma manuteno.
Outro circuito deste funcional para o fechamento por telecomando e o bloqueio 86T do
disjuntor e so comandadas pelas sadas OUT102 (fechamento disjuntor) e OUT 106 (bloqueio do
disjuntor por 86T) dos rels 01FA e 01FB. Para o fechamento necessrio que pelo menos uma das
sadas dos rels (OUT102) seja excitada e para no prejudicar os contatos dos rels so usados rels
auxiliares 52FX da Finder (01KX) com trs contatos. Ainda colocado um diodo 6A/1200V (01DA)
para que o rel auxiliar tenha diferena de potencial e chegue ao comando de TRIP. O fechamento do
rel auxiliar 01KX ocorre depois do fechamento do rel 01Q0.
O bloqueio do disjuntor por 86T ocorre quando as duas sadas OUT106 dos rels 01FA e
01FB so excitadas e tambm so usados rels auxiliares para proteo dos contados dos rels.
A abertura 1 com superviso da bobina comandado pelas sadas OUT101 dos rels 01FA e
01FB e d mesma forma que o fechamento existe um rel auxiliar com trs contatos para no
prejudicar os contatos dos rels. Tambm colocado um diodo 6A/1200V (01DA) para que o rel
auxiliar tenha diferena de potencial e chegue ao comando de TRIP. Alm disso, a superviso da
bobina feita pela entrada digital IN207 dos rels 01FA e 01FB que acusa falha no disjuntor, caso
deixe de passar corrente por ela e envia o comando de TRIP.
A funo de abertura 2 com superviso da bobina ocorre da mesma forma que a de abertura 1,
s que as sadas dos rels sero a OUT103 e a superviso da bobina ser realizada pela entrada digital
IN208.
O funcional comando e proteo do disjuntor 01Q0 ainda realiza a funo de bloqueio 86T,
que a partir das sadas dos rels 01FA e 01FB acusa a abertura do disjuntor utilizando os mesmos
55
rels auxiliares de trs contatos para no prejudicar os contatos dos rels. As outras protees do
disjuntor so contra a falha de disjuntor de 23kV e proteo 86T e 50MT (multiplicao dos contatos
para os alimentadores), e elas so acionadas pelas sadas OUT103 e OUT105 dos rels de proteo dos
alimentadores, transferncia e banco de capacitores de 23kV. Se algum deles acusar falha acontece
abertura do disjuntor e os contatos dos rels so protegidos pelos mesmos rels auxiliares do comando
de abertura e fechamento do disjuntor.
Observa-se ainda, que chegam ao disjuntor as protees do TR1de temperatura (26 e 49) e de
desligamento (63T, 63C e 20TR/CDC). As protees de desligamento chegam direto ao disjuntor
enquanto que as de temperatura funcionam da mesma forma que as anteriores, com as excitaes
vindas da sada OUT101 do rel K61 do transformador TR1.
Por fim, existem contatos auxiliares que refletem a posio das chaves seccionadoras 01QD e
01QE para que haja um sincronismo entre elas e o disjuntor.
Da mesma forma que o diagrama das entradas digitais do rel, o diagrama funcional das
chaves seccionadoras 01QE, 01QD e 01QC tambm recebe a alimentao atravs do diagrama
funcional de tenso auxiliar 125Vcc que chega atravs dos bornes 01ZP (positivo)
e 0ZYN
(negativo).
A alimentao 125 Vcc do comando e do motor das chaves direta nas chaves conforme o
esquema interno das chaves fornecido pelo fabricante. No disjuntor existem contatos auxiliares S1 que
espelham a posio deste disjuntor e enviam a informao para as chaves 01QE e 01QD e pela remota
dado o comando para abrir ou fechar essas chaves dependendo da posio do disjuntor, atravs das
sadas digitais D01 e D02 da UTR para a seccionadora 01QE e das sadas digitais D03 e D04 da UTR
para a seccionadora 01QD.
No diagrama funcional ainda existe a funo de intertravamento do seccionador 01QT quando
ocorre ausncia de tenso na Linha de Transmisso de 69kV, que indicada pela sada OUT214 dos
rels de proteo.
Para a chave de contorno 01QC, a alimentao 125Vcc do comando e do motor direta
atravs dos bornes 01ZP e 01ZN e os funes de abertura e fechamento dessa chave s ocorre depois
de verificada a posio do disjuntor 01Q0 e das chaves seccionadoras 01QD, 01QE e 01QT. Essa
verificao acontece atravs de contatos auxiliares CA no disjuntor e nestas chaves que indicam a
posio dos mesmos. As funes de abertura so comandados atravs das sadas digitais D05 e D06 da
Unidade de Terminal Remota (UTR).
Seguindo com o diagrama funcional de comando e proteo, mostrado o esquema das
ligaes externas do rel de proteo SEL487E (01FA e 01FB) e neste funcional so identificadas
quais as funes das entradas e sadas digitais do rel, quais as entradas de corrente e tenso utilizadas
e as alimentaes do rel. Os diagramas sero iguais tanto para o rel 01FA quanto para o rel 01FB.
56
Por fim, no anexo XXIII so mostrados os esquemas internos dos equipamentos utilizados
para o projeto funcional de comando e proteo do mdulo do transformador TR1.
divididos em: diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125Vcc e 220/127 Vca e comando
e proteo.
4.4.2.1 Diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125 Vcc
O esquema eltrico trifilar dos servios auxiliares 125 Vcc mostra a alimentao geral dos
mdulos dos alimentadores, transferncia e banco de capacitores e essa alimentao chega ao borne
03XC (1+ e 2-) do diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125Vcc mostrado no Anexo
XXV. A partir dele realizada a alimentao da fonte do rel 03FA, do medidor 03PA, alimentao
do comando e motor do disjuntor 03Q0, e a alimentao das entradas digitais do rel 03FA.
Todas essas alimentaes so protegidas por mini disjuntores nas suas entradas e a
configurao destes disjuntores dependem das caractersticas de cada equipamento que recebe esta
alimentao.
4.4.2.2 Diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 220/127 Vca
No esquema eltrico trifilar dos servios auxiliares 220/127 Vca realizada a alimentao
geral dos mdulos dos alimentadores, transferncia e banco de capacitores e essa alimentao chega
at o diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 220/127Vca mostrado no Anexo XXVI.
57
58
bobina feita pela entrada digital IN308 do rel 03FA que acusa falha no disjuntor caso deixe de
passar corrente por ela e envia o comando de TRIP.
Temos ainda as protees do TR1 (86T e 50MT) e essas protees de desligamento chegam
direto ao disjuntor.
Seguindo com o diagrama funcional de comando e proteo, mostrado o esquema das
ligaes externas do rel de proteo SEL451-5E (03FA) onde so identificadas quais as funes das
entradas e sadas digitais do rel, quais as entradas de corrente e tenso utilizadas e as alimentaes do
rel.
Por fim, no anexo XXX so mostrados os esquemas internos dos equipamentos utilizados para
o projeto funcional de comando e proteo do mdulo do banco de capacitores 23kV.
4.4.3
do mdulo dos alimentadores 23kV dividido em: diagrama funcional de distribuio de tenso
auxiliar 125Vcc e 220/127 Vca e comando e proteo.
Ser mostrado somente o diagrama funcional de um alimentador de 23kV pois os outros trs
alimentadores e o mdulo de transferncia sero iguais a este.
4.4.3.1 Diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125 Vcc
O esquema eltrico trifilar dos servios auxiliares 125 Vcc mostra a alimentao geral dos
mdulos dos alimentadores, transferncia e banco de capacitores e essa alimentao chega at o
diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125Vcc mostrado no Anexo XXVIII atravs do
borne 04XC (1+ e 2-) e dele realizada a alimentao da fonte do rel 04FA, do medidor 04PA,
alimentao do comando e motor do disjuntor 04Q0, e a alimentao das entradas digitais do rel
04FA.
Todas essas alimentaes so protegidas por mini disjuntores nas suas entradas e a
configurao destes disjuntores dependem das caractersticas de cada equipamento que recebe esta
alimentao.
4.4.3.2 Diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 220/127 Vca
No esquema eltrico trifilar dos servios auxiliares 220/127 Vca feita a alimentao geral
dos mdulos dos alimentadores, transferncia e banco de capacitores e essa alimentao chega at o
diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 220/127Vca mostrado no Anexo XXVIII. Neste
59
diagrama a alimentao levada ao disjuntor 04Q0 e ao painel dos alimentadores, e esta alimentao
de 127Vca.
As entradas dessas alimentaes dependem do desenho esquemtico do equipamento que
fornecido pelo fabricante.
60
61
Painel de proteo do mdulo do transformador TR1: dois rels de proteo SEL 487E
(01FA e 01FB) e as chaves de teste (01SA, 01SB, O1SC, 01SD, 01SE, 01SF);
Painel do mdulo dos servios auxiliares: o retificador, com o banco de baterias para a
distribuio de tenso auxiliar 125Vcc e 127/220 Vca.
62
O agrupamento desses cabos pode ser em 1, 2,3 ou 4 veias para facilitar a compra. As listas
dos cabos usados na subestao so elaboradas considerando o local e o borne de origem e o local e o
borne de destino dos cabos de interligao entre os equipamentos.
A lista de cabos dividida em:
63
CONCLUSO
Neste trabalho, foi apresentado um estudo sobre subestaes de energia, suas classificaes,
64
REFERNCIAS
[1] McDonald, John D., Electric Power Substations Engineering, second edition. New York
ANEXO I
Caractersticas do rel de proteo SEL-487E:
Controlador de Bays:
o
Modo Local/Remoto.
Funes de Proteo:
o
87, 87Q, 50/51, 50/51G, 50/51Q, 50/51N, 51S, 51V/C, 67/67G/67Q, 67N,
32, 50/62BF, 46, 24, 27/59, 59G, 59Q, 81, 49T, 49.
Funes de Controle:
o
Controlador de Bays:
o
Modo Local/Remoto;
Funes de Proteo:
o
50/51, 50/51G, 50/51Q, 67P,67G, 67Q, 85, 79, 25, 27/59, 59G, 59Q,
50/62BF, 60, 81, 32, 49, 49T,87V.
Funes de Controle:
o
Fabricante: IESA
Disjuntor AT:
o
Fabricante: Siemens
Tipo: 3AP1FG
Tempos de comutao:
Disjuntor MT:
o
Fabricante: Siemens
Tipo: 3AF-0144
NI; 170kV
Transformador de Potncia:
o
Fabricante: Toshiba
Tipo: HC/OPTLR-D
Dados nominais:
Primrio: 69kV
Secundrio: 23kV
Tercirio: 6,9kV
Potncia: 15/20MVA
Correntes nominais:
69kV:
o
15MVA: 126 A
20MVA: 167 A
23kV:
o
15MVA: 377 A
20MVA: 502 A
Fabricante: S&C
Dados nominais:
72,5kV, 1250A
NBI: 350kV
Fabricante: GTMS
Tipo: UR 72,5kV
Dados nominais:
72,5kV, 800A
NBI: 350kV
Pra-raios AT:
o
Fabricante: Balestro
Dados nominais:
66kV, 10kA
Fabricante: Arteche
Tipo: CA-72
Dados nominais:
Tenso: 72,5kV
Corrente: 300x600-5A
Frequncia: 60Hz
Fabricante: Arteche
Tipo: UTD-72
Dados nominais:
Tenso: 72,5kV
Frequncia: 60Hz
Potncia: 200VA
Relao: 600:1
Fabricante: Instrument
Tipo: IMPE2582
Dados nominais:
Tenso: 24,2kV
Frequncia: 60Hz
NI: 50/150kV
Classe de Exatido:
1S1-1S2: 0,3C50
2S1-2S2: 10B200
Fabricante: Instrument
Dados nominais:
Tenso: 24,2kV
Frequncia: 60Hz
Relao: 200:1
Pra-raios BT:
o
Fabricante: Balestro
Dados nominais:
24kV, 10kA
Fabricante: S&C
Tipo: Chave-faca
Dados nominais:
Fabricante: Delmar
Tipo: Chave-fusvel
Dados nominais:
Fabricante: Maurizio
Tipo: Unipolar
Dados nominais:
Retificador:
o
Fabricante: Tectrol
Entrada:
220Vca + - 15%
60Hz +- 5%
Sada:
Bateria associada:
o
Nmero de elementos: 60
ANEXO II
ANEXO III
ANEXO IV
ANEXO V
ANEXO VI
ANEXO VII
ANEXO VIII
ANEXO IX
ANEXO X
ANEXO XI
ANEXO XII
ANEXO XIII
ANEXO XIV
ANEXO XV
ANEXO XVI
ANEXO XVII
ANEXO XVIII
ANEXO XIX
ANEXO XX
ANEXO XXI
ANEXO XXII
ANEXO XXIII
ANEXO XXIV
ANEXO XXV
ANEXO XXVI
ANEXO XXVII
ANEXO XXVIII
ANEXO XXIX
ANEXO XXX
ANEXO XXXI
ANEXO XXXII
ANEXO XXXIII
ANEXO XXXIV
ANEXO XXXV