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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA

PEDRO HENRIQUE BIERNASKI KLEINERT

PROJETO DE DIPLOMAO
ESTUDO E PROJETO ELTRICO BSICO DE UMA
SUBESTAO

Porto Alegre
2011

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL


ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA

ESTUDO E PROJETO ELTRICO BSICO DE UMA


SUBESTAO
Projeto de Diplomao apresentado ao
Departamento de Engenharia Eltrica da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, como parte dos
requisitos para Graduao em Engenharia Eltrica.

ORIENTADOR: Luiz Tiaraj dos Reis Loureiro

Porto Alegre
2011

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL


ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA

PEDRO HENRIQUE BIERNASKI KLEINERT

ESTUDO E PROJETO ELTRICO BSICO DE UMA


SUBESTAO
Este projeto foi julgado adequado para fazer jus aos
crditos da Disciplina de Projeto de Diplomao, do
Departamento de Engenharia Eltrica e aprovado em
sua forma final pelo Orientador e pela Banca
Examinadora.

Orientador: Luiz Tiaraj dos Reis Loureiro


Prof. Luiz Tiaraj dos Reis Loureiro, UFRGS
Formao (Instituio onde obteve o ttulo Cidade, Pas)
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Luiz Tiaraj dos Reis Loureiro, UFRGS
Doutor pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre, Brasil.
Prof. Dr. Srgio Luis Haffner, UFRGS
Doutor pela Universidade Estadual de Campinas Campinas, Brasil.

Prof. Dr. Felipe Hernandez Garcia, UFRGS


Doutor pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre, Brasil.

Porto Alegre, Dezembro de 2011.

DEDICATRIA
Dedico este trabalho aos meus pais e a minha irm, em especial pela dedicao e apoio
em todos os momentos da minha vida.

AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeo aos meus pais que sempre estimularam meu estudo apesar da
dificuldades, aos mestres que estimularam a busca pelo conhecimento necessrio para a
formao acadmica, aos engenheiros da CDP engenharia que ensinaram sobre subestaes e
sempre estiveram dispostos a ajudar e a meus amigos, que sempre me apoiaram nos
momentos mais difceis do curso.

RESUMO
Este projeto tem o objetivo de apresentar uma subestao, com suas classificaes e
seus equipamentos e a partir de um exemplo de caso, ser explicada a elaborao de um
projeto eltrico de uma subestao utilizando os conhecimentos adquiridos durante a
graduao acadmica, no decorrer do estgio e em pesquisas.

Palavras-chaves: Engenharia Eltrica. Transmisso de energia. Subestao. Projeto Eltrico.

ABSTRACT

This project aims to provide a substation, with their ratings and their equipment and
fromone case example, we will explain the development of an electric substation project using
the knowledge acquired during the academic degree, during the stage and research.

Keywords: Electrical engineering. Power transmission. Substation. Electrical Project.

LISTA DE ILUSTRAES

Figura 1: Subestao 500kV Furnas Ibina, SP...........................................................................16


Figura 2: Barramentos simples ......................................................................................................18
Figura 3: Barramento duplo, disjuntor duplo .................................................................................18
Figura 4: Barramento principal e de transferncia .........................................................................19
Figura 5: Barramento duplo, disjuntor simples ..............................................................................19
Figura 6: Barramento em anel .......................................................................................................20
Figura 7: Barramento em disjuntor e meio ....................................................................................20
Figura 8: Subestaes com entrada direta sem barramentos .........................................................21
Figura 9: Transformador de Potncia WEG.............. ......................................................................26
Figura 10: Transformador de corrente 69kV...................................................................................29
Figura 11: Transformador de potencial capacitivo 69Kv.................................................................30
Figura 12: Disjuntor 69Kv AREVA.................. ..............................................................................32
Figura 13: Chave Seccionadora 69Kv S&C.......................................... .........................................34
Figura 14: Pra-raio 69Kv Delmar................................................................................................35
Figura 15: Rel SEL 451-5. ..............................................................................................................40
Figura 16: Banco de Capacitores ....................................................................................................40
Figura 17: Diagrama unifilar bsico da Subestao ........................................................................42
Figura 18: Diagrama Unifilar simplificado da entrada da subestao .............................................43
Figura 19: Diagrama Unifilar Simplificado do setor 23kV ...............................................................44
Figura 20: Borne Conector modelo OTTA-6 ....................................................................................47
Figura 21: Chave teste ...................................................................................................................48
Figura 22: Esquema da caixa de interligao do Transformador de Potencial ................................49
Figura 23: Esquema da caixa de interligao dos transformadores de corrente .............................49
Figura 24: Caixa de interligao dos transformadores de potencial de 23kV ..................................50

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - TABELA NEMA SG6 ..................................................................................... 23


TABELA 2 - NOMENCLATURA ANSI ............................................................................. 38

SUMRIO
1 INTRODUO...................................................................................................................14
2 SUBESTAES.................................................................................................................15
2.1 DEFINIO..................................................................................................................15
2.2 TIPOS DE SUBESTAES........................................................................................16
2.3 TIPOS DE BARRAMENTOS.....................................................................................17
2.4 PROJETOS DE UMA SUBESTAO......................................................................21
3 EQUIPAMENTOS DE UMA SUBESTAO................................................................25
3.1 TRANSFORMADOR DE FORA..............................................................................25
3.2 TRANSFORMADORES DE INSTRUMENTO.........................................................27
3.2.1 TRANSFORMADOR DE CORRENTE...................................................................27
3.2.2 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL..................................................................29
3.3 DISJUNTOR.................................................................................................................31
3.4 CHAVE SECCIONADORA.........................................................................................33
3.5 PRA-RAIO...................................................................................................................34
3.6 REL...............................................................................................................................36
3.7 CAPACITORES EM DERIVAO E EM SRIE...................................................40
4 PROJETO ELTRICO DE UMA SUBESTAO........................................................41
4.1 CARACTERSTICAS DA SUBESTAO................................................................41
4.2 DIAGRAMA UNIFILAR DA SUBESTAO...........................................................43
4.2.1 DIAGRAMA UNIFILAR DO TRANSFORMADOR DE POTNCIA.................45
4.2.2 DIAGRAMA UNIFILAR DOS ALIMENTADORES DE 23Kv............................45
4.2.3 DIAGRAMA UNIFILAR DOS TRANSFORMADORES DE POTENCIAL DE
23Kv.........................................................................................................................................46
4.2.4 DIAGRAMA UNIFILAR DO MDULO DO BANCO DE CAPACITORES.....46
4.2.5 DIAGRAMA UNIFILAR DO MDULO DE TRANSFERNCIA......................46
4.2.6 DIAGRAMA UNIFILAR DO MDULO DE SERVIOS AUXILIARES..........47
4.3 DIAGRAMA TRIFILAR DA SUBESTAO..........................................................47
4.3.1 DIAGRAMA TRIFILAR DO TRANSFORMADOR DE POTNCIA.................48
4.3.2 DIAGRAMA TRIFILAR DOS TRANSFORMADORES DE POTENCIAL DE
23Kv.........................................................................................................................................50
4.3.3 DIAGRAMA TRIFILAR DO MDULO BANCO DE CAPACITORES.............50
4.3.4 DIAGRAMA TRIFILAR DOS ALIMENTADORES DE 23 Kv...........................51
4.3.5 DIAGRAMA TRIFILAR DO MDULO DE TRANSFERNCIA.......................51
4.3.6 DIAGRAMA TRIFILAR DO MDULO DE SERVIOS AUXILIARES...........52
4.4 DIAGRAMA FUNCIONAL DA SUBESTAO.......................................................52
4.4.1 DIAGRAMA FUNCIONAL DO TRANSFORMADOR DE POTNCIA............52
4.4.1.1 DIAGRAMA FUNCIONAL DE DISTRIBUIO DE TENSO AUXILIAR
125Vcc......................................................................................................................................53
4.4.1.2 DIAGRAMA FUNCIONAL DE DISTRIBUIO DE TENSO AUXILIAR
127/220Vca...............................................................................................................................53
4.4.1.3 DIAGRAMA FUNCIONAL DE COMANDO E PROTEO...........................53
4.4.1.4 DIAGRAMA FUNCIONAL DE VENTILAO FORADA............................56

4.4.2 DIAGRAMA FUNCIONAL DO MDULO BANCO DE CAPACITORES DE


23Kv.........................................................................................................................................56
4.4.2.1 DIAGRAMA FUNCIONAL DE DISTRIBUIO DE TENSO AUXILIAR
125Vcc......................................................................................................................................56
4.4.2.2 DIAGRAMA FUNCIONAL DE DISTRIBUIO DE TENSO AUXILIAR
127/220Vca...............................................................................................................................56
4.4.2.3 DIAGRAMA FUNCIONAL DE COMANDO E PROTEO...........................57
4.4.3 DIAGRAMA FUNCIONAL DO MDULO DOS ALIMENTADORES E DO
TRANSFERNCIA DE 23Kv...............................................................................................58
4.4.3.1 DIAGRAMA FUNCIONAL DE DISTRIBUIO DE TENSO AUXILIAR
125Vcc......................................................................................................................................58
4.4.3.2 DIAGRAMA FUNCIONAL DE DISTRIBUIO DE TENSO AUXILIAR
127/220Vca...............................................................................................................................58
4.4.3.3 DIAGRAMA FUNCIONAL DE COMANDO E PROTEO...........................59
4.4.4 DIAGRAMA FUNCIONAL DE TELECOMANDO...............................................60
4.4.4.1 DIAGRAMA FUNCIONAL DE DISTRIBUIO DE TENSO AUXILIAR
125Vcc......................................................................................................................................60
4.4.4.2 DIAGRAMA FUNCIONAL DE DISTRIBUIO DE TENSO AUXILIAR
127/220Vca...............................................................................................................................60
4.4.1.3 DIAGRAMA FUNCIONAL DE TELECOMANDO............................................60
4.5 VISTA DOS PAINIS...................................................................................................61
4.6 LISTA DE CABOS........................................................................................................61
5 CONCLUSO......................................................................................................................63
6 REFERNCIAS...................................................................................................................64

LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT: Associao Brasileira de Normas Tcnicas


DELET: Departamento de Engenharia Eltrica
PPGEE: Programa de Ps-Graduao em Engenharia Eltrica
UFRGS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul
CDP: Consultoria e Desenvolvimento de Projetos
SE: Subestao
NEMA: National Electrical Manufacturers Association
NBR: Norma Brasileira Regulamentadora
ANSI: American National Standards Institute
ABNT: Associao Brasileira de Normas Tcnica
NR: Norma Regulamentadora
TR: Transformador
TC: Transformador de Corrente
TP: Transformador de Potencial
TPC: Transformador de Potencial Capacitivo
TPI: Transformador de Potencial Indutivo
DJ: Disjuntor
PR: Pra-Raio
CS: Chave Seccionadora
CPU: Central Processing Unit

CC: Corrente Contnua


CA: Corrente Alternada
AT: Alta tenso
BT: Baixa Tenso
CI: Caixa de Interligao
IHM: Interface Homem Mquina
SEL: Schweitzer Enginnering LaboratorieS

14

INTRODUO
Como nos dias de hoje as unidades geradoras encontram-se muito distantes dos grandes

centros de carga, o setor eltrico passou a depender muito das subestaes para a transmisso da
energia, j que elas adequam os nveis de tenso de forma a diminuir as perdas durante o seu
percurso. Alm de diminuir os custos das transmisses, as subestaes so responsveis tambm
pelas protees das linhas, alm de possuir equipamentos de manobra que aumentam a confiabilidade
do sistema eltrico.
O projeto de uma subestao dividido em trs partes, o projeto civil, o projeto
eletromecnico e o projeto eltrico.
Este trabalho tem como objetivo mostrar como foi desenvolvido o projeto eltrico de uma
subestao de energia, realizado durante o estgio na empresa CDP Engenharia. O projeto teve como
base outros projetos realizados para a mesma concessionria e que possuam caractersticas
semelhantes a este.

Minha participao foi de auxlio ao engenheiro Gilberto Cracco no

desenvolvimento do projeto, participando de todas as etapas da elaborao do mesmo. Quanto ao


andamento do projeto, ele est sendo analisado pela concessionria e poder haver correes de
acordo com as necessidades da mesma.
Alm do projeto eltrico da subestao, ser abordada ainda uma classificao das subestaes
quanto sua funcionalidade e quanto ao seu tipo de operao, alm de mostrar os equipamentos que a
formam, de uma maneira mais sucinta.

15

SUBESTAES

2.1

Definio:
Subestaes de energia eltrica so instalaes cuja finalidade adequar os parmetros de

tenso e corrente das linhas em que esto ligadas a nveis viveis, tanto tecnicamente quanto
economicamente para a transmisso e distribuio desta energia.
As subestaes servem para viabilizar a transmisso da energia eltrica j que essa transmisso
deve ser feita da forma mais eficiente com a menor porcentagem de perdas no caminho. Como a
principal perda na transmisso ocorre por efeito Joule , (P = R x I 2) devido altas correntes nos
cabos, essa energia deve ser elevada a altos valores de tenso para que as perdas sejam diminudas.
Logo, quando a energia gerada seja energia hidrulica, trmica, elica ou nuclear, ela deve ser
elevada a altas tenses durante o percurso at as redes de distribuio onde ser rebaixada conforme a
necessidade das localidades. Portanto, durante o percurso energia eltrica passar por subestaes que
possibilitam o aumento e a diminuio dos valores da tenso e tambm fazem a proteo dos sistemas
eltricos.
Para que a energia seja distribuda para os consumidores ela ter sua tenso rebaixada em uma
subestao para valores que evitem riscos de acidentes e minimizem os custos de cabos e
equipamentos de distribuio.
As subestaes tambm podem ser usadas como conversoras da energia, isto no Brasil ocorre
na usina de Itaip que tem a necessidade de transformar a energia comprada de geradores paraguaios
cuja frequncia de 50Hz em 60Hz, que a frequncia de distribuio no Brasil.
Para realizar essas funes as subestaes possuem equipamentos de manobra, transformao
e de compensao usados para dirigir o fluxo de energia do sistema de potncia e possibilitar a sua
diversificao atravs de rotas alternativas, bem como realizar a proteo do sistema atravs de
equipamentos que identificam e isolam trechos defeituosos.
A figura a seguir mostra, como exemplo, uma Subestao elevadora de 500kV localizada em
Ibina, SP.

16

Figura 1: Subestao 500kV Furnas Ibina, SP.


2.2

Tipos de Subestaes

As subestaes podem ser classificadas dependendo de vrios fatores, desde a sua funo at a
sua forma de instalao. Primeiramente ser apresentada uma classificao quanto funo que as
subestaes exercem. Dependendo da funo ela pode ser das seguintes formas: uma subestao
elevadora, de cliente, de transmisso, de interligao, de distribuio e conversoras.
As elevadoras so aquelas subestaes construdas na sada das unidades geradoras de energia
eltrica e tem como finalidade, como o nome j diz de elevar a tenso em que a energia est sendo
produzida a fim de diminuir custos da transmisso. Isso, pelo fato de que a transmisso deve ser feita
com as menores perdas, conforme foi mencionado anteriormente. Essas subestaes so de grande
porte e geralmente so construdas pelas prprias empresas geradoras da usina.
As subestaes de cliente so aquelas em que o proprietrio , por exemplo, uma indstria e
funciona como fonte principal de energia dela. Nela, os recursos e requisitos dependem das
necessidades do proprietrio da subestao.
Subestaes de transmisso so aquelas usadas para a interligao de sistemas de alta ou extra
alta tenso. Realizam tambm o seccionamento de circuitos permitindo a energizao em trechos
sucessivos de menor comprimento.
As de interligao so subestaes cuja funo o seccionamento das linhas de transmisso
visando usos futuros dessas linhas.

17

Alm das subestaes de interligao ainda existem as subestaes de distribuio, localizadas


prximas aos centros urbanos, que rebaixam o nvel de tenso para um valor que torna vivel a
distribuio dessa energia para os consumidores.
As conversoras como j mencionado, esto associadas transmisso de corrente contnua
(Retificadoras e Inversoras) e o principal exemplo Itaip que necessita de uma subestao
conversora para a energia comprada do Paraguai, j que o gerador paraguaio fornece energia com
frequncia diferente da brasileira.
Outra forma de classificar as subestaes quanto ao tipo de instalao e podem ser de duas
formas: subestao externa ou ao tempo e subestao interna ou abrigada. Subestaes externas so
aquelas em que os equipamentos so instalados ao ar livre e, portanto requerem um funcionamento em
condies atmosfricas diversas. J as subestaes internas ou abrigadas so construdas em
edificaes ou cmaras subterrneas e, alm disso, podem ser isoladas a gs tal como o hexafluoreto
de enxofre (SF6).
Quanto a forma de operao elas podem ser com operador, semi-automticas e automatizadas.
A primeira bastante usual em subestaes de grande porte j que necessrio um operador para o
uso dos equipamentos de superviso e para o processo de operao local.
As semi-automticas so providas com computadores locais e intertravamentos que impedem
que sejam feitas operaes indevidas pelo operador. Por ltimo a mais utilizada atualmente que a
subestao automatizada, nela a superviso feita a distncia por computadores.
2.3

Tipos de barramentos
Existem alguns fatores que devem ser considerados para o projeto de uma Subestao e um

deles disposio do barramento e dispositivos de comutao. necessrio que eles tenham uma
flexibilidade tanto na operao, quanto na manuteno para que mesmo com um defeito se possa
garantir uma continuidade de fornecimento de energia para todos os consumidores.
Os barramentos, segundo McDonald [1] podem ter os seguintes arranjos:

Barramento simples;

Barramento duplo, disjuntor duplo;

Barramento principal e de transferncia;

Barramento duplo, disjuntor simples;

Barramento em anel;

Disjuntor e meio.

18

Barramento simples: utilizado quando a Subestao possui apenas um barramento de AT ou


BT e esta configurao mais utilizada em pequenas subestaes. Conforme mostrado na figura, ele
possui um barramento principal com todos os circuitos conectados diretamente ao barramento, com
isso gerando uma confiabilidade muito baixa ao sistema. Uma falha ou uma manuteno em qualquer
desses circuitos faz com que o resto do sistema seja desenergizado.

Figura 2: Barramentos simples


Barramento duplo, disjuntor duplo: este arranjo, conforme mostrado na figura 2, tem um nvel
de confiabilidade muito elevado j que existem dois disjuntores, um para cada circuito. Como existem
dois barramentos separados, a falha em um deles no afetar a operao do outro. um arranjo de alto
custo j que requer mais equipamentos e tambm necessria uma maior rea para a subestao.

Figura 3: Barramento duplo, disjuntor duplo.


Barramento principal e de transferncia: o tipo utilizado na maioria das subestaes, pois
oferece uma boa flexibilidade de manuteno. Todos os circuitos esto conectados entre o barramento
de transferncia e o barramento principal como mostra a figura 3. Por ter dois barramentos existe a
possibilidade de manuteno de um deles mantendo-se as cargas no outro, ainda que com limitaes.

19

Figura 4: Barramento principal e de transferncia.


Barramento duplo, disjuntor simples: esse esquema tem dois barramentos principais ligados
aos circuitos e outro que permite a transferncia de circuitos entre os barramentos conforme mostrado
na figura 4. Isso permite o funcionamento do sistema com qualquer barramento, no entanto qualquer
falha no disjuntor entre os barramentos causar a queda do sistema.

Figura 5: Barramento duplo, disjuntor simples.


Barramento em anel: Neste esquema os disjuntores esto dispostos em anel com circuitos
entre os disjuntores. Quando h uma falha em um circuito, os dois disjuntores adjacentes atuam sem
afetar o resto do sistema. Da mesma forma, uma falha de barramento afetar somente os disjuntores
adjacentes e o resto do sistema continuar energizado. Da mesma forma, uma falha em um disjuntor
far com que os disjuntores adjacentes sejam acionados para isolar a falha.

20

Na figura abaixo mostrada a configurao em anel.

Figura 6: Barramento em anel.


Barramento disjuntor e meio: pode ser desenvolvido a partir de um arranjo em anel e est
sendo mostrado na figura 6. Uma falha no disjuntor do lado do barramento s vai afetar um circuito e
a manuteno de um disjuntor pode ser realizada sem a interrupo de nenhum circuito. Esse arranjo
muito confivel e pode continuar se expandindo dependendo da necessidade.

Figura 7: Barramento em disjuntor e meio.


Em algumas subestaes que possuem apenas uma entrada e um transformador de potncia
no necessria a utilizao de barramentos e a entrada direta conforme a figura 7.

21

Figura 8: Subestaes com entrada direta sem barramentos.


Ainda existe outra forma de classificar os barramentos das subestaes que quanto a sua
continuidade, que podem ser contnuos ou seccionados. Os contnuos no possuem chaves ou
disjuntores particionando ou interrompendo o barramento, j os seccionados tm duas ou mais sees
interligadas que podem ser feitas por chaves ou disjuntores.
2.4

Projetos de uma Subestao


Como uma subestao requer muitos custos para sua implantao, os projetos devem ser muito

criteriosos para que no ocorram falhas durante a sua operao e por isso, so necessrios estudos e
avaliaes.
Os projetos que envolvem uma subestao so o projeto civil, eletromecnico e o eltrico.
Projeto Civil: um conjunto de projetos das estruturas dos equipamentos, prticos, prdios e
terreno da subestao. No projeto civil so calculadas e projetadas bases para os equipamentos,
prticos dos barramentos, localizao das fundaes dos equipamentos, o arruamento, prdio de
comando, trajeto das canaletas de fora e comando, drenagem de guas pluviais do terreno, bacia do
transformador, as cercas perimetrais e detalhes de fechamento e aterramento, empedramento do ptio e
diagrama isomtrico com respectivos esforos.
Projeto Eletromecnico: onde feito a elaborao dos circuitos de potncia,
dimensionamento dos equipamentos eltricos, dimensionamento da malha de terra, das estruturas de
sustentao, lanamento de canaletas e eletrocalhas, etc. O projeto eletromecnico e o projeto civil so

22

interdependentes, e por isso devem ser feitos em conjunto para evitar problemas nos
dimensionamentos do projeto e assim, evitar prejuzos nas obras.
O projeto eletromecnico exige uma srie de estudos, entre os quais esto: a resistividade do
solo, oramento de materiais e equipamentos, estudos da potncia que ser necessria para a operao
da subestao, etc. Aps estes estudos so definidos todos os detalhes para a montagem dos
equipamentos da subestao, arranjo de interligao dos equipamentos, desenhos de planta e cortes.
O projeto eletromecnico se divide em: Arranjo Geral, Rede Area, Detalhe de Instalao,
Iluminao e Tomadas e Rede de Terra.
No Arranjo Geral mostrada a localizao da SE no terreno, com uma amarrao da mesma
com a rea onde ser construda e o layout bsico da subestao. Para a configurao da Planta da
subestao, os equipamentos devem estar definidos e neste projeto devem ser preservadas as distncias
de fase-fase e fase-terra conforme estipulado na NEMA SG6 que mostrada na tabela. No projeto da
planta j so previstas as manobras de transferncia e possveis ampliaes e a partir dele so
projetadas as fundaes e canaletas do projeto civil. Ainda nesta parte do projeto mostrado o corte da
subestao a partir da planta, mencionada anteriormente, com ele identificamos as alturas dos
equipamentos, barramentos e prticos e da mesma forma devemos respeitar as distncias mnimas
estipuladas pela NEMA SG6.

23

8,25
15,5
25,8
38,8
48,3
72,5
121
145
169
242
242
362
362
550
550
800

95
110
150
200
250
350
550
650
750
900
1050
1050
1300
1550
1800
2050

30
45
60
80
100
145
230
275
315
385
455
455
525
620
710
830

0,19
0,25
0,3
0,46
0,53
0,79
1,35
1,6
1,83
2,26
2,67
3,02
-

SUBESTAES CONVENCIONAIS AO TEMPO E ISOLAMENTO EM AR

0,19
0,25
0,3
0,38
0,46
0,74
1,19
1,33
1,56
1,93
2,3
2,69
-

0,15
0,18
0,25
0,33
0,43
0,64
1,07
1,27
1,47
1,8
2,11
2,13
2,64
3,15
3,66
4,22

Espaamentos recomendados entre fases, centro e centro (m)


Espaamento mnimo entre Tenso suportvel
Chaves com chifres
Suporte de barramentos, chaves de condutores areos e o solo, nominal a impulso
Seccionadoras de
e fusveis tipo
abertura vertical, fusveis de fora e para segurana pessoal (m) de manobra (kV
abertura horizontal
expulso
condutores rgidos
pico)
0,91
0,76
0,46
2,44
0,91
0,76
0,61
2,74
1,22
0,91
0,76
3,05
1,52
1,22
0,91
3,05
1,83
1,52
1,22
3,05
2,13
1,83
1,52
3,35
3,05
2,74
2,13
3,66
3,66
3,35
2,44
3,96
4,27
3,96
2,74
4,27
4,88
4,88
3,35
4,57
5,49
5,49
3,96
4,88
6,1
4,88
5,49
650
759
808
898
982

PARMETROS BSICOS - NEMA 2G6


Tenso suportvel nominal
Espaamento mnimo (metal- Espaamento fase-terra (m)
Tenso Nominal A impulso
metal) entre condutores
Linha
A 60 Hz sob chuva
Mxima (kV Eficaz) atmosfrico (onda
energizados suportados
Recomendado
Mnimo
10s (kV Eficaz)
1,2x50us)(kV pico)
rigidamente (m)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16

Tabela 1: Nema SG6.

24

Na Rede Area do projeto Eletromecnico so mostrados todos os conectores utilizados nas


conexes entre equipamentos, barramentos e prtico da subestao. Ele se baseia nos desenhos do
Arranjo Geral de planta e cortes para quantificar esses conectores.
O Detalhe de Instalao a parte do projeto em que mostra como ser feito os aterramentos
dos equipamentos, com identificao dos conectores e cabos, sadas de cabos de interligao e
medio dos equipamentos. Esses desenhos, juntamente com as bases e estruturas dos equipamentos
auxiliam as equipes durante a montagem dos equipamentos nas subestaes.
O projeto de Iluminao e Tomadas mostra a locao na planta das luminrias, caixas de
interligao e caixas de tomadas necessrias na subestao. Para isto, anteriormente feito um estudo
luminotcnico das necessidades do local, visando uma boa iluminao dos equipamentos e com isso,
evitar acidentes. Ainda temos um esquema eltrico que mostra todas as ligaes das luminrias e
tomado e os detalhes de instalao da luminria, tomadas e caixas de interligao.
A Rede de Terra o desenho da quadricula da malha de terra e para isso feito um
dimensionamento dessa malha. Para esse dimensionamento necessrio um estudo da resistividade do
solo da subestao atravs do Mtodo de Wenner. Normalmente a malha possui um espaamento
menor no centro da subestao, aumentando na periferia e quanto menos a resistividade do solo maior
sero as distncias entre os cabos da malha. As finalidades do aterramento so a proteo das
instalaes, estabelecer um referencial de tenso para a instalao e um caminho corrente de falta e
proporcionar uma superfcie equipotencial no solo [2].
A malha de terra deve estar de acordo com as normas NBR 14039

e a NR-10 que

regulamentam as instalaes eltricas e tem como objetivo a segurana das pessoas envolvidas nas
instalaes.
Projeto eltrico: nele que se define a filosofia de funcionamento da subestao, com ele
feita a proteo, sinalizao e controle de todas as interligaes entre os equipamentos. Este assunto
ser abordado com mais nfase no captulo 4.

25

EQUIPAMENTOS DE UMA SUBESTAO


Uma subestao de energia possui equipamentos que visam segurana dos operadores, tanto

na manuteno quanto na operao da mesma, bem como seu melhor funcionamento. Os principais
desses equipamentos so: transformadores de Fora, reatores em derivao, buchas, transformadores
de corrente, transformadores de potencial, para-raios, chaves, disjuntores, capacitores em derivao e
capacitores em srie.
Esses equipamentos se dividem, quanto a sua finalidade da seguinte forma:

Equipamentos de Transformao: Transformadores de fora e transformadores de


instrumento (transformadores de potencial e de corrente (capacitivos ou indutivos))

3.1

Equipamentos de Manobra: Disjuntores e Chaves Seccionadoras

Equipamentos de Proteo: Pra-Raios e Rels

Equipamentos de Compensao de Reativos: Capacitor derivao ou srie

Transformadores de Fora
o equipamento base de uma subestao de energia e possibilita a flexibilidade de um sistema

em operar com a tenso mais conveniente, tanto do ponto de vista tcnico quanto do econmico. ele
que eleva ou rebaixa a tenso para os nveis necessrios na subestao, alm de poder tambm isolar
eletricamente circuitos entre si, ajustar as impedncias, ou todas estas finalidades citadas ao mesmo
tempo.
Os transformadores de fora podem ser classificados segundo seu meio isolante, nmero de
fases e tipos de enrolamentos [3].

Quanto ao meio isolante: podem ser a leo mineral, a lquidos isolantes pouco inflamveis
(silicone) e a seco;

Quanto ao nmero de fases: podem ser monofsicos ou trifsicos

Quanto ao enrolamento: podem ser de dois ou mais enrolamentos isolados eletricamente


uns dos outros (primrio, secundrio e tercirio) ou podem ser com um enrolamento com
ramificaes para obter diferentes nveis de tenso (autotransformador).

26

Os transformadores so equipamentos muito especficos e suas caractersticas dependem das


necessidades das subestaes. mostrada abaixo a figura de um transformador de potncia da marca
WEG.

Figura 9: Transformador de potncia WEG (Fonte: Site WEG).

Ncleo Magntico: normalmente do tipo envolvido, as colunas esto dispostas em um


plano e interligadas pelas culatras.

Enrolamentos: so feitos de cobre com seo normalmente retangular e o tipo do


enrolamento depende da potncia e da tenso do transformador. Para tenses mais altas
so utilizados enrolamentos em disco e para tenses baixas enrolamento em camadas.

Buchas: permitem a passagem dos cabos de linha para dentro do transformador sem que
ocorra contato entre os meios interno e externo.

Comutador: um enrolamento especial com derivaes (TAPs), que pode ser operado em
vazio ou em carga. Ele usado para modificar a relao de transformao de forma que as
cargas sejam alimentadas adequadamente. Acionamentos motorizados so usados para

27

operar os comutadores em carga, j os comutadores em vazio devem ser operados somente


com o transformador desernegizado.

Tanque de expanso: o leo contido no tanque tem caracterstica de variao de volume


associado variao de temperatura, ou seja, o leo em expanso deve ser direcionado ao
tanque de expanso de forma que no haja sobrepresso no tanque. No movimento de
contrao, o leo presente no tanque transferido para o tanque do transformador.

Refrigerao: a refrigerao fundamental para a segurana operacional e o tempo de vida


do transformador. Existem algumas formas de refrigerao: refrigerao natural (ONAN),
onde o calor absorvido pelo leo e dissipado atravs de radiadores, refrigerao
ONAN/ONAF onde os radiadores so refrigerados por meio de ventiladores, refrigerao
com banco de radiadores separados ou com trocador de leo/gua.

Rel Buchholtz: protege o transformador contra falhas internas que provoquem a produo
de gs ou diminuio no nvel de leo.

Indicador de nvel de leo: acionado quando o nvel de leo atinge um ponto inferior ou
superior ao estabelecido.

Para o dimensionamento dos transformadores so necessrios alguns parmetros, que so


Potncias nominais, tenso de operao e relao de transformao entre a tenso nominal do primrio
e do secundrio [4].
3.2

Transformadores de Instrumentos
So equipamentos utilizados para adequar os sinais de alta tenso a serem medidos para os

instrumentos de medio. Os transformadores de equipamentos so o TC (Transformador de Corrente)


e o TP (Transformador de Potencial). Eles so usados para medir tenso, corrente e fator de potncia,
alm de serem utilizados para a proteo da Subestao. Os transformadores de instrumento suprem os
rels e medidores com quantidades proporcionais aos circuitos de potncia, mas suficientemente
reduzidas, de forma que estes instrumentos podem ser fabricados relativamente pequenos, do ponto de
vista de isolamento.
3.2.1

Transformadores de Corrente
So equipamentos capazes de produzir proporcionalmente em seu circuito secundrio a

corrente de seu primrio com sua posio fasorial mantida, conhecida e adequada para o uso em
instrumentos de medio, controle e proteo.

28

Os transformadores de corrente tem seu enrolamento primrio ligado em srie com o circuito
de alta tenso, esse enrolamento constitudo de poucas espiras de material condutor de cobre de
grande seco. A impedncia do transformador de corrente, vista do seu lado primrio desprezvel,
comparada com a do sistema ao qual estar instalado, mesmo que se leve e conta a carga que se coloca
em seu secundrio. Assim, a corrente que circular no primrio do equipamento ditada pelo circuito
de potncia, chamado de circuito primrio.
O secundrio apresenta o nmero de espiras tal que em seu enrolamento a corrente seja de 5
A, que a corrente padronizada pela ABNT [4].
Os Transformadores de corrente, quanto a sua funo, dividem-se em:

TCs para medio: possuem maior preciso e possuem um ncleo dimensionado de tal
forma que ele sature no permitindo que a corrente no secundrio ultrapasse o valor
nominal e assim protege os equipamentos de medio;

TCs para proteo: possuem uma menor preciso, e a corrente do secundrio pode
ultrapassar o valor nominal, quando numa situao de falta, para o sistema de proteo
atuar instantaneamente ou depois de alguns instantes dependendo da intensidade e durao
da falta.

Quanto a sua forma de construo, os TCs podem ser classificados da seguinte forma:

Tipo primrio enrolado: TC cujo enrolamento primrio constitudo de uma ou mais


espiras e envolve mecanicamente o ncleo do transformador. Este tipo usado quando so
requeridas relaes de transformaes inferiores a 200/5. Possui isolao limitada e,
portanto, se aplica em circuitos at 15kV;

Tipo bucha: Consiste de um ncleo em forma de anel (ncleo toroidal), com enrolamentos
secundrios. O ncleo fica situado ao redor de uma bucha de isolamento, atravs da qual
passa um condutor, que substituir o enrolamento primrio. Este tipo de TC, comumente
encontrado no interior das buchas de disjuntores, transformadores, religadores, etc;

Tipo janela: Tem construo similar ao tipo bucha, sendo que o meio isolante entre o
primrio e secundrio o ar. O enrolamento primrio o prprio condutor do circuito, que
passa por dentro da janela;

Tipo barra: TC cujo enrolamento primrio constitudo por uma barra montada
permanentemente atravs do ncleo do transformador;

Tipo com ncleo dividido: TC tipo janela em que parte do ncleo separvel ou
basculante, para facilitar o enlaamento do condutor primrio;

29

Tipo com vrios enrolamentos primrios: TC com vrios enrolamentos primrios distintos
e isolados separadamente; Tipo de vrios ncleos: TC com vrios enrolamentos
secundrios isolados separadamente e montados cada um em seu prprio ncleo,
formando um conjunto com um nico enrolamento primrio, cujas espiras, ou espira,
enlaam todos os secundrios.

Segundo a ABNT, os valores nominais que caracterizam os TCs, so: corrente nominal e
relao nominal, classe de tenso de isolamento, frequncia nominal, carga nominal, fator de
sobrecorrente, classe de exatido, fator trmico e limites de corrente de curta-durao para efeitos
trmico e dinmico.
A figura abaixo mostra um transformador de corrente localizado no ptio da SE Canoas 3.

Figura 10: Transformador de Corrente 69kV SE Canoas 3.


3.2.2

Transformadores de Potencial
Em sistemas de alta tenso, as medies de tenso no so feitas diretamente da rede primria,

para isso so utilizados equipamentos denominados transformadores de potencial (TP). Esse


equipamento tem como finalidade isolar o circuito de baixa tenso (secundrio) do circuito de alta
(primrio) e de produzir os efeitos transitrios e de regime permanente aplicado ao circuito de altatenso no circuito de baixa tenso.
Os TPs so projetados e construdos para uma tenso secundria nominal padronizada de
115V, sendo a tenso primria nominal estabelecida de acordo com a tenso entre fases do circuito em

30

que o TP ser ligado. Os terminais do primrio do TP so ligados em paralelo com a tenso a ser
medida [4].
Quanto ao tipo, os transformadores de potencial podem ser classificados da seguinte forma:

Transformadores de Potencial Indutivos (TPI): semelhante a um transformador de fora


conectado a uma pequena carga. So mais utilizados em tenses entre 600V e 69kV;

Transformadores de Potencial Capacitivos (TPC): so constitudos de dois capacitores


cujas funes so de divisor de tenso e de acoplar a comunicao via carrier ao sistema
de potncia. Sua utilizao mais frequente em sistemas com tenso maior que 138kV;

Divisores resistivos: so como os capacitivos, mas usando resistores, no so utilizados


em sistemas de potncia e sua aplicao feita em circuitos de ensaio e pesquisa em
laboratrios;

Divisores mistos (capacitivo e resistivo): um misto dos dois anteriores, e tambm no


utilizado em sistemas de potncia.

Segundo a ABNT, os valores nominais que caracterizam os TPs, so: tenso primria nominal
e relao nominal, carga nominal, classe de exatido e potncia trmica nominal.
Abaixo mostrada uma figura de um transformador de potencial 69kV.

Figura 11: Transformador de Potencial Capacitivo 69kV - AREVA.

31

3.3

Disjuntores
um equipamento de manobra, capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes nas

condies normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir durante um tempo especificado e
interromper correntes sob condies anormais especificadas do circuito, tais como as de curto-circuito.
A principal funo dos disjuntores a interrupo de correntes de falta to rapidamente quanto
possvel, de forma a limitar a um mnimo os possveis danos aos equipamentos pelos curtos-circuitos.
Tambm deve interromper correntes normais de carga, correntes de magnetizao de transformadores
e reatores e as correntes capacitivas de bancos de capacitores e linhas em vazio [5].
Quando da manobra de fechamento, o disjuntor de potncia deve tambm, no caso de um
curto-circuito, atingir de maneira correta a sua posio fechada e conduzir a corrente de curto-circuito.
Na manobra de abertura, o disjuntor deve suportar todos os casos de manobras possveis da rede onde
est instalado.
Os disjuntores devem ser capazes de abrir correntes de 20 a 50 vezes a sua corrente nominal,
em tempos de 2 ciclos (33,3ms) aps ficarem na posio fechada por vrios meses. Por isso, alguns
cuidados devem ser levados em considerao durante o projeto do equipamento, como reduzir as
partes mveis e de garantir a mobilidade das vlvulas, ligaes mecnicas, etc.
Os disjuntores podem ser classificados de vrias formas, quanto a sua construo, meios de
interrupo do arco e mecanismo de acionamento.
Quanto a construo, os disjuntores podem ser de duas formas, em plos juntos ou plos
separados. Os de plos juntos possuem todos os plos numa s carcaa e geralmente so em
disjuntores a seco ou grande volume de leo. Os de plos separados apresentam uma carcaa para
cada plo e so encontrados em todos os tipos de disjuntores.
Quanto aos meios de interrupo do arco, tm-se:

Disjuntores a leo: podem ser a grande ou a pequeno volume de leo. No de grande


volume os contatos ficam no centro de um tanque contendo leo, que usado para
interrupo e isolamento para a terra das correntes. No de pequeno volume de leo, o leo
serve para a extino do arco.

Disjuntores a ar comprimido: a extino do arco obtida a partir da admisso nas cmaras


de ar comprimido que, soprando sobre a regio entre os contatos, determina o resfriamento
do arco e sua compresso. A reignio do arco em seguida ocorrncia de um zero de

32

corrente prevenida pela exausto dos produtos ionizados do arco da regio entre os
contatos pelo sopro de ar-comprimido;

Disjuntores a Gs SF6: Os primeiros disjuntores a SF6 eram do tipo dupla presso


baseado no funcionamento dos disjuntores de ar comprimido. Estes foram substitudos
pelos disjuntores do tipo puffer (ou impulso) tambm denominados de presso
nica. Os Disjuntores a gs SF6 tm sido bastante utilizados devido sua confiabilidade e
baixa manuteno;

Disjuntores vcuo: Nesse disjuntor, interrupo da corrente no vcuo consiste na


separao de um contato mvel de um contato fixo dentro de um recipiente com vcuo.

Disjuntor a seco (sopro magntico): encontram sua maior utilizao em cubculos


blindados. A interrupo por alongamento e secionamento do arco.

Quanto ao mecanismo de acionamento podem ser por mecanismo manual, ou mecanismo de


acionamento distncia que pode ser por solenoide, motor e mola, pneumtico ou hidrulico.
Os parmetros considerados para o dimensionamento dos disjuntores so: tenso nominal,
corrente nominal, capacidade de interrupo nominal de curto-circuito, capacidade de estabelecimento
nominal em curto circuito, durao nominal da corrente de curto-circuito e sequencia nominal de
operaes [4].
A figura abaixo mostra um disjuntor da marca AREVA de 69 kV.

Figura 12: Disjuntor 69kV - AREVA.

33

3.4

Chaves Seccionadoras
So equipamentos utilizados para o isolamento ou conexo dos circuitos em uma Subestao,

sendo que deve operar com o circuito j desenergizado j que no possui mtodo de ruptura de arco
voltaico. As chaves podem ser acompanhadas por lmina de terra, que serve para que quando a chave
est aberta fazer a manuteno, aterrar o circuito que foi desligado e, assim evitar qualquer acidente
durante a manuteno.
Para o isolamento de um componente em manuteno, as chaves abertas devem ter uma
suportabilidade entre terminais s solicitaes dieltricas de forma que o pessoal de campo possa
executar o servio de manuteno em condies adequadas de segurana.
As manobras so usadas em uma subestao para transferir a carga de um barramento de
alimentao para outro reserva, por exemplo, no caso de ser necessria uma manuteno do
barramento, ou qualquer tipo de servio no mesmo.
Os secionadores somente podem operar quando houver uma diferena de tenso insignificante
entre seus terminais ou nos casos de restabelecimento ou interrupo de correntes insignificantes.
As chaves seccionadoras costumam apresentar dispositivos de intertravamento entre os
mecanismos de comando manual e motorizado das lminas dos seccionadores e entre as lminas
principais e as de terra.
As chaves podem ser classificadas quanto ao seu comando de operao, que pode ser de forma
manual ou motorizada. O comando manual pode ser feito por meio de uma vara isolante ou por
manivela localizada na base do seccionador. A operao motorizada pode ser feita por um nico
mecanismo que, atravs de hastes, comanda a operao conjunta de dos trs plos ou por mecanismos
independentes para cada plo do seccionador (pantogrficos e semipantogrficos).
Tambm podem ser classificadas de acordo com o tipo de abertura. Para a escolha do tipo de
seccionadora so levados em considerao alguns fatores, entre eles: nvel de tenso, esquema de
manobra da subestao, limitaes de rea ou de afastamentos eltricos, funo desempenhada e tipo
de padro j utilizado pela empresa.
Os seccionadores de abertura lateral e de abertura central acarretam espaamentos entre eixos
de fases maiores que os demais, para manter o espaamento fase-fase especificado. O seccionador de
dupla abertura crtico para tenses maiores que 345kV. As lminas tornam-se muito longas e tendem
a sofrer deformaes principalmente nos esquemas de manobra em que determinados seccionadores
operam normalmente abertos.

34

Os seccionadores pantogrficos, semipantogrficos e verticais reversos apresentam a


vantagem de economia de rea, os trs plos no precisam necessariamente estar alinhados como nos
tipos de seccionadores com acionamento conjunto dos plos e as fundaes so menores.
Eventualmente os seccionadores pantogrficos podem apresentar maior frequncia de manuteno
para o ajuste das articulaes.
Para o dimensionamento das chaves seccionadoras so levados em considerao alguns
fatores: tenso nominal, nvel de isolamento, tenso suportvel nominal de frequncia industrial,
tenso suportvel nominal de impulso atmosfrico, tenso suportvel nominal de impulso de manobra,
frequncia nominal, corrente nominal, sobrecarga continua, sobrecarga de curta durao, correntes
nominais de curto-circuito, corrente suportvel nominal de curta durao, valor de crista nominal da
corrente suportvel de curta durao, desempenho dos seccionadores e chaves de terra durante curtocircuito, esforos Mecnicos Nominais sobre os Terminais e capacidade de interrupo e de
estabelecimento de corrente dos seccionadores e chaves de terra [4].
Na figura abaixo so mostradas as partes construtivas de uma chave seccionadora.

Figura 13: Chave Seccionadora 69kV - S&C.


3.5

Pra-raios
Os para-raios so equipamentos de proteo de uma subestao contra sobretenses

atmosfricas e de manobra. Nas linhas de transmisso existem cabos pra-raios que servem para

35

absorver as descargas dos raios que atingem as linhas de transmisso, caso a descarga no seja
recebida por esse cabo esta carga ir atravs dessa linha at a subestao, onde o pra-raio absorver
essa descarga para a malha de terra que se dispersar no solo, limitando a tenso sobre os
equipamentos.
Manobras no sistema eltrico podem causar sobretenses e os para-raios podem absorver esses
surtos. Atuam como limitadores de tenso, impedindo que valores acima de um determinado nvel prestabelecido possam alcanar os equipamentos para os quais fornecem proteo.
Um pra-raios constitudo de um elemento resistivo no-linear associado ou no a um
centelhador em srie. Em operao normal, o pra-raios semelhante a um circuito aberto. Quando
ocorre uma sobretenso, o centelhador dispara e uma corrente circula pelo resistor no-linear
impedindo que a tenso nos seus terminais ultrapasse um determinado valor.
Para o dimensionamento dos Pra-raios so levados em considerao alguns fatores: tenso
nominal, Tenso Disruptiva sob impulso atmosfrico e manobra, corrente de descarga, corrente
subsequente, tenso residual, classe de descarga e frequncia nominal [4].
Na figura abaixo mostrada as partes construtivas de um Pra-raio.

Figura 14: Pra-raio 69kV - Delmar.

36

3.6

Proteo
O sistema de proteo um dispositivo destinado a detectar anormalidades no sistema eltrico,

atuando sobre um equipamento ou sistema, retirando os equipamentos com as anormalidades de


operao e acionando circuitos de alarme quando necessrio. Tambm pode permitir a energizao de
um equipamento ou de um sistema quando satisfeitas certas condies de normalidade.
As funes dos sistemas de proteo so de medir grandezas do sistema, comparar valores
medidos com os valores dos ajustes aplicados, operar em funo destes resultados, acionar operao
de disjuntores e sinalizar sua atuao via indicador visual ou sonoro.
Primeiramente, a proteo utilizada era eletromecnica e constituda basicamente de rels
eletromecnicos, circuitos eltricos e circuitos magnticos. Existem os mais variados tipos de rels
eletromecnicos sendo que cada tipo realiza uma funo. Estes rels so utilizados ainda somente em
subestaes mais antigas, sendo que nas novas so utilizados rels digitais.
Alm da funo de proteo, os rels digitais podem ser programados para desempenhar
outras tarefas. Eles podem medir correntes e tenses dos circuitos alm de fazer o autodiagnostico do
sistema. Ele realiza a superviso contnua de seu hardware e software, detectando anormalidades que
passam surgir e reparando antes que opere incorretamente.
Nos rels digitais se aplicam sinais analgicos provenientes dos transdutores primrios de
corrente e potencial (TPs e TCs), e sinais discretos, que refletem o estado de disjuntores, chaves e
outros rels. Os sinais analgicos passam adicionalmente por um conversor analgico-digital antes de
entrar na unidade central de processamento (CPU). Os sinais discretos de sada do rel recebem
processamento no subsistema de sadas discretas, que geralmente inclui rels eletromecnicos
auxiliares para prov-lo de sadas tipo contato. O rel realiza tambm a funo de sinalizao de sua
operao (bandeirolas) e de seu estado funcional mediante dispositivos de sinalizao (geralmente tipo
luminoso) visveis no exterior. A maioria dos rels digitais dispe tambm de capacidade de
comunicao com outros equipamentos digitais, mediante portas seriais e paralelas.
Os principais rels utilizados na proteo de uma subestao so:

Sobrecorrente instantneo (50): opera quando o valor da corrente excede certo valor;

Sobrecorrente instantneo e temporizado (50/51): pode operar pelo elemento temporizado


e instantneo. O elemento instntaneo opera quando a corrente atinge valores muito altos;

Sobretenso (59): opera quando a tenso excede determinado limite;

Subtenso (27): opera quando a tenso cai abaixo de certo valor;

Diferencial de transformador, gerador e barra (87): opera por comparao de corrente;

Direcional (67): opera quando os valores de correntes e tenses se modificam


acentuadamente, um em relao ao outro;

Rel de Religamento (79): opera para comandar o religamento de um disjuntor;

37

Rel de presso (63): opera para defeitos internos do transformador e para baixos nveis de
presso em equipamentos encapsulados (SF6);

Rel de distncia (21): opera para defeitos em linhas de transmisso de alta tenso;

Rel de subfrequncia (81): opera quando a frequncia cai abaixo de determinado valor
ajustado no rel;

Rel de sincronismo (25): permite o fechamento do disjuntor caso as tenses em seus


plos possuam aproximadamente o mesmo mdulo, fase e frequncia.

Antigamente, com os rels eletromecnicos era necessrio um rel para cada uma das funes
acima, cuja numerao dada pela tabela ANSI (American National Standards Institute) abaixo. J os
rels digitais podem assumir mais de uma funo.

38

39

Tabela 2: Nomenclatura ANSI (American National Standards Institute)

40

Abaixo mostrado um rel digital Rel SEL 451-5.

Figura 15: Rel SEL 451-5.


3.7 Capacitores em derivao e em srie
A compensao reativa capacitiva tem o objetivo de diminuir os custos e visa otimizar o
desempenho do sistema, compensando o fator de potncia das cargas. As principais caractersticas
dessa compensao so aumentar a tenso nos terminais da carga, melhorar a regulao de tenso,
reduzir as perdas na transmisso e reduzir o custo do sistema.
A figura abaixo mostra um banco de capacitores.

Figura 16: Banco de Capacitores.


Os capacitores srie so utilizados nos sistemas de transmisso para diminuir a reatncia srie
das linhas e a distncia eltrica entre as barras terminais. As vantagens desta instalao so o aumento
da capacidade de transmisso de potncia da linha, aumento da estabilidade do sistema, melhor diviso
de potncia entre as linhas e economia de custos.

41

PROJETO ELTRICO DE UMA SUBESTAO


A partir daqui sero analisadas as etapas do projeto eltrico de uma subestao e os

documentos que o compem, utilizando um projeto de uma subestao 69/23kV para a anlise.
Para a confeco do projeto eltrico de uma Subestao so necessrias algumas informaes
definidas no projeto eletromecnico ou pelo contratante do projeto. Essas informaes so:

Diagrama unifilar da subestao (parte de potncia);

Definio das protees que atuaro em cada bay;

Especificao dos equipamentos.

Em alguns casos, o projetista deve definir qual o rel digital ser utilizado e para isso, deve
observar alguns pontos no seu dimensionamento. O rel dever ser capaz de realizar as funes
planejadas, dever possuir entradas analgicas de tenso e corrente em quantidade suficiente para
receber todos os sinais necessrios e com o mesmo valor nominal do secundrio dos TPs e TCs, a
alimentao do rel ser contnua e do mesmo valor da alimentao do painel, dever possuir entradas
e sadas digitais suficientes para receber todos os sinais e operar todos os equipamentos do campo.
Tambm essencial que todos os rels de proteo de uma Subestao sejam do mesmo
fabricante para que no ocorram problemas de comunicao entre eles.
Para o projeto analisado foram escolhidos rels da marca SEL (Schweitzer Enginnering
Laboratories), SEL-487E para o transformador de potncia e SEL-451-5 para os alimentadores.
No anexo I so listadas algumas caractersticas dos rels fornecidas no catlogo do fabricante
[6] e [7].
Aps a escolha do rel digital utilizado no projeto da subestao, parte-se para a confeco do
Projeto eltrico e os documentos que o compe so listados a seguir:

4.1

Diagrama unifilar;

Diagrama trifilar;

Diagrama funcional;

Funcional de telecomando;

Vistas dos painis;

Lista de Cabos.

Caractersticas da Subestao
A Subestao em estudo ser uma Subestao da concessionria AES SUL (SE Centro Serra)

e as caractersticas principais do projeto so listadas abaixo:

1 mdulo de entrada de linha de 69kV de SE Radial sem disjuntor;

1 mdulo de conexo do transformador 69kV;

42

1 transformador de 25MVA 96/23kV com comutao sob carga;

1 mdulo de conexo do transformador 23kV;

4 mdulos de alimentadores de 23kV, na configurao de barra de transferncia e barra


principal;

1 mdulo de servios auxiliares;

1 mdulo de conexo de banco de capacitores de 23 kV;

1 banco de capacitores de 23kV 3,6MVAr;

1 mdulo geral;

1 painel de transformadores;

1 painel de alimentadores;

1 painel de banco de capacitores;

1 painel de servios auxiliares;

1 painel de telecomando com remota com IHM;

1 painel de medio de alimentadores;

As especificaes de todos os equipamentos da subestao so mostradas no anexo I, com suas


caractersticas fornecidas pelos seus fabricantes.
Na figura 17 apresentado o Diagrama unifilar bsico da Subestao disponibilizado pela
concessionria.

Figura 17: Diagrama unifilar bsico da Subestao.

43

Esse diagrama pode sofrer alteraes conforme as necessidades do projetista durante a


execuo do projeto.
Tambm, no anexo II so mostrados os projetos de Planta e Corte da subestao para um
melhor entendimento do diagrama unifilar bsico.
4.2

Diagrama Unifilar da Subestao


No Diagrama Unifilar so indicadas as informaes bsicas da parte de potncia e proteo da

subestao. A parte de potncia da subestao definida previamente no projeto eletromecnico


conforme mostrado no anexo II. A proteo pr-estabelecida pelo cliente e o projetista tem a
liberdade de alterar caso seja necessrio.
O Diagrama Unifilar Simplificado mostrado no anexo III e observa-se que a subestao tem
uma entrada 69kV com configurao direta ligada a trs chaves, j que possui apenas um
transformador e no tem nenhum barramento de entrada conforme mostra a figura 18. Essa entrada
conectada ao primrio de um transformador de trs enrolamentos, que possui configurao estrela
aterrada nos dois enrolamentos utilizados.

Figura 18: Diagrama Unifilar simplificado da entrada da subestao.


O setor de 23kV, que mostrado na figura 19 ligado ao secundrio do transformador de
potncia e possui um mdulo de entrada, quatro mdulos de alimentadores a trs chaves, um mdulo
de transferncia, um mdulo de banco de capacitores e um mdulo de servios auxiliares. A
configurao dos barramentos do setor de 23kV de barramento principal e de transferncia conforme
visto anteriormente no captulo 2.

44

Figura 19: Diagrama Unifilar Simplificado do setor 23kV.


Depois de visto o diagrama unifilar simplificado da SE Centro Serra, ser analisado o
diagrama unifilar com as protees de cada mdulo da subestao separadamente.
A identificao dos mdulos leva em considerao regras da concessionria contratante e
neste projeto foi elaborada da seguinte maneira:
01 Mdulo do TR1;
02 Mdulo dos TPs de barra 23Kv;
03 Mdulo do Banco de capacitores 23kV;
04 Mdulo do Alimentador 1 de 23kV;
05 Mdulo do Alimentador 2 de 23kV;
06 Mdulo do Alimentador 3 de 23kV;
07 Mdulo do Alimentador 4 de 23kV;
08 Mdulo de Transferncia de 23kV;
09 Mdulo do Transformador de Servios Auxiliares 23kV;
10 Mdulo do Transformador de Servios Auxiliares 220-127 Vca;
11 Mdulo do Transformador de Servios Auxiliares 127 Vcc;
Cada concessionrio tem suas regras para criar o cdigo de identificao dos equipamentos da
subestao e no projeto, eles foram identificados com o nmero do mdulo na frente e depois com
letras que indicam o tipo. Os cdigos dos equipamentos so listados abaixo:

45

Q0 Disjuntor principal do mdulo;


Q1, Q2, Q3... Mini disjuntores do mdulo;
QE Chave Seccionadora de entrada do mdulo;
QD Chave Seccionadora do disjuntor do mdulo;
QC Chave Seccionadora de contorno do mdulo;
QT Chave de Aterramento do mdulo;
CI Caixa de Interligao dos transformadores de instrumentos;
SA, SB, SC... - Chaves de teste do mdulo;
FA, FB Rels Digitais do mdulo;
PA Medidores do mdulo;
TR1 Transformador de potncia.
4.2.1

Diagrama Unifilar do Transformador de Potncia


O diagrama unifilar do transformador mostrado no Anexo IV e a partir dele observa-se que o

transformador possui um painel de proteo com dois rels de proteo SEL 487E. Os rels so
responsveis pelas funes de proteo de sobrecorrente (50/51), proteo diferencial (87) e rel de
bloqueio (86) e um deles responsvel pela funo de conferncia de sincronismo (25), tambm
realizam as manobras das chaves seccionadoras (01QD,01QE e 01QC indicadas no Anexo IV) e
atuam sobre o disjuntor 69kV. Para realizar essas funes, os rels de proteo recebem informaes
do sistema pelo transformador, transformadores de potencial da linha de 69kV, dos transformadores de
potencial do barramento do setor de 23kV, transformadores de corrente 69kV e 23kV.
O unifilar ainda mostra medies da linha como tenso, potncia e frequncia atravs do
medidor (01PA) e mostradas no painel do transformador.
As medies feitas do transformador so dos nveis de leo do comutador (71C) e do
transformador (71T), fluxo de leo do comutador (63C), fluxo de gs do transformador (63T), vlvula
de segurana (33T) e regulao da sobre temperatura do estator (90/49).
4.2.2

Diagrama Unifilar dos Alimentadores 23kV


O diagrama unifilar dos alimentadores mostrado no Anexo V e observa-se que cada mdulo

possui um rel de proteo SEL 451-5. Esses rels realizam as funes de proteo de sobrecorrente
(50/51), falha no disjuntor (62FD), religamento CA (79) e subfrequncia (81), recebem informaes
dos rels do transformador de potncia, dos transformadores de corrente de 23kV e dos
transformadores de potencial do barramento 23kV, e atuam sobre o disjuntor do mdulo. Realizam
ainda medies atravs dos transformadores de corrente e essas informaes so enviadas para os rels

46

de proteo dos outros alimentadores e do mdulo de transferncia.

Um dos enrolamentos do

transformador de corrente serve para gerar as informaes ao rel e o outro usado para medies do
sistema. Conforme a especificao da concessionaria existe um painel onde se encontram todos os
rels dos alimentadores e do mdulo de transferncia e outro com os medidores.
O Diagrama unifilar dos alimentadores que ser igual para todos os quatro alimentadores.
4.2.3

Diagrama Unifilar dos Transformadores de Potencial 23kV


Nele mostrado que as medies feitas no barramento de operao pelo transformador de

potencial so enviadas aos rels do transformador de potncia, aos rels dos alimentadores e ao rel do
mdulo de transferncia. Os transformadores de potencial so protegidos por chaves fusveis. No
anexo VI mostrado o diagrama unifilar desse mdulo.
4.2.4

Diagrama Unifilar do mdulo Banco de Capacitores


O mdulo do banco de capacitores possui um rel de proteo SEL 451-5 que realiza as

funes de proteo de sobrecorrente (50/51), Subtenso (27/59), balano de corrente (61N) e


interrupo por falha de disjuntor (62FD) e atua sobre o disjuntor do mdulo. O rel recebe as
informaes atravs do transformador de corrente do mdulo e do banco de capacitores e as envia para
o rel do mdulo de transferncia do setor de 23kV.
Um dos enrolamentos do transformador de corrente usado pelo rel de proteo e o outro
est aterrado.
O diagrama unifilar do mdulo do banco de capacitores apresentado no anexo VII.
4.2.5

Diagrama Unifilar do mdulo de transferncia


No mdulo de transferncia existe um rel de proteo com as funes de proteo de

sobrecorrente (50/51), religamento de disjuntor (79), subfrequncia (81) e falha de disjuntor (62FD).
O rel recebe informaes dos outros alimentadores e do banco de capacitores e atua sobre o disjuntor
do mdulo. Um dos enrolamentos do transformador usado pelo rel e o outro usado para medies
do sistema. O rel do mdulo de transferncia est localizado no painel dos alimentadores e o medidor
deste mdulo est localizado no painel de medio dos alimentadores.
O diagrama unifilar do mdulo de transferncia mostrado no anexo VIII.

47

4.2.6

Diagrama Unifilar do mdulo de Servios Auxiliares


O diagrama unifilar do mdulo de servios auxiliares mostra que a proteo do transformador

de servios auxiliares acontece somente a partir de uma chave fusvel e, ele faz a alimentao de todos
os painis da subestao. No anexo IX apresentado o diagrama unifilar do mdulo de servios
auxiliares.
Em subestaes, cargas prioritrias, esquemas de controle e proteo so supridos em corrente
contnua. Do transformador de servios auxiliares conectado um retificador / carregador do banco de
baterias para a alimentao dos circuitos de comando, controle, alarme e proteo. Os bancos de
baterias so do tipo chumbo-cidas de 125Vcc, geralmente composto por 60 baterias de 2,2V.
A alimentao 127/220 Vca usada para alimentar o retificador, fazer a alimentao do ptio,
prdio, alimentao das tomadas dos painis, iluminao e tomada dos comandos do transformador de
potncia e disjuntores.
O diagrama unifilar das alimentaes 125Vcc e127/220Vca so apresentados nos anexos X e
XI, respectivamente.
4.3 Diagrama Trifilar da Subestao
O diagrama trifilar representa o circuito de potencia da subestao com a parte de potncia de
todos os equipamentos que a compe. O trifilar traz uma quantidade maior de detalhes que o diagrama
unifilar.
Nos diagramas trifilares so mostrados que a entrada e sada dos circuitos nos painis da
subestao acontecem atravs de bornes. Estes bornes so mostrados na figura 20, e para diminuir
riscos de mau contato sero utilizados apenas dois cabos em cada um dos contatos. A nomenclatura
usada para os bornes dos painis da subestao foram XT para os circuitos que chegam aos rels de
proteo e XT para os circuitos de medio.

Figura 20: Borne Conector modelo OTTA-6.


Tambm, todos os circuitos de tenso e corrente passam por chaves antes de chegar aos rels
do painel. Estas chaves so chamadas de chaves de teste e, quando operadas manualmente, abrem os

48

contatos dos circuitos de tenso e curto-circuitam os contatos dos circuitos de corrente. Elas so
usadas em situaes em que se necessite realizar algum tipo de interrupo no circuito dentro do
painel, evitando o risco de abrir os circuitos de corrente ou curto-circuitar acidentalmente os circuitos
de tenso. Estas chaves so indicadas pela letra S no diagrama trifilar e sero da marca Farcel. A
figura 21 mostra uma chave teste.

Figura 21: Chave teste.


Nos diagramas trifilares so mostrados dois tipos de transformadores de corrente, um para
proteo e outro para medio e a diferena entre eles sua curva de saturao. Os transformadores de
corrente para medio so projetados para produzir correntes de baixa amplitude enquanto que os de
proteo conseguem produzir, com melhor fidelidade, correntes de elevadas amplitudes em seu
secundrio.
4.3.1

Diagrama trifilar do Transformador de Fora


O diagrama trifilar do transformador de fora mostrado no anexo XII. Com ele mostrado

que os transformadores de instrumentos (TPs e TCs) possuem uma caixa de interligao, com seus
bornes so indicados pelo fabricante. Na figura abaixo mostrada a caixa de interligao (01CI1) do
transformador de potencial da entrada da linha. Depois de passar pela caixa de interligao os cabos
passam por chaves testes do circuito de tenso (01SA, 01SC e 01SE) antes de chegar s entradas
analgicas dos rels de proteo (01FA e 01 FB) e ao medidor (01PA), que serve para medio de
faturamento. Os circuitos de tenso so protegidos por mini disjuntores antes das entradas analgicas
dos rels e antes do medidor.

49

Figura 22: Esquema da caixa de interligao do Transformador de Potencial.


Na figura 23 mostrada a caixa de interligao dos transformadores de corrente do
transformador de potncia que ser a mesma para o setor 69kV e 23kV. Observa-se que um dos
enrolamentos est aterrado e o outro enrolamento est na configurao estrela aterrada. Depois de
passar pela caixa de interligao os cabos passam por chaves teste do circuito de corrente (01SA e
01SD) antes de chegar s entradas analgicas dos rels de proteo (01FA e 01FB).

Figura 23: Esquema da caixa de interligao dos transformadores de corrente.


Os transformadores de corrente das buchas do primrio dos transformadores de potncia
possuem quatro enrolamentos sendo que um deles aterrado. Os outros esto na configurao estrela
aterrada e seus cabos passam por uma chave de teste de corrente (01SC) antes de chegar as entradas
analgicas do rel de proteo (01FB). Os TCs das buchas do secundrio esto configurados da
mesma maneira do primrio s que passam pela chave teste de corrente (01SB) antes de chegar ao rel
de proteo (01FA). Alm disso, um dos enrolamentos dos TCs do secundrio ligado ao rel K60que

50

regula a sobre temperatura no estator, realiza a superviso do nvel de leo e faz as medies de
temperatura do equipamento. Este rel comanda a ventilao forada do transformador TR1.

4.3.2

Diagrama trifilar dos Transformadores de Potencial de 23kV


O diagrama trifilar mostrado no anexo XIII o diagrama dos transformadores de potencial do

barramento de operao do setor de 23Kv e as informaes desse barramento so enviadas aos rels de
proteo do transformador de potncia TR1 e dos alimentadores de 23kV. Depois de sair dos
transformadores de potencial, os cabos passam pela caixa de interligao (02CI1) que representada
na figura 24 antes de ir para os rels de proteo.
Foram colocados os rels auxiliares 27AB e 27BC da Finder que acusam a abertura da chave
ou a falta de fase e mandam essa informao ao rel. Como todos os circuitos de tenso, existem mini
disjuntores para a proteo do sistema.

Figura 24: Caixa de interligao dos transformadores de potencial de 23kV.

4.3.3

Diagrama trifilar do mdulo banco de capacitores


No trifilar do mdulo do banco de capacitores representado no anexo XIV, os cabos dos

transformadores de corrente do passam por uma caixa de interligao da mesma maneira que ocorre
nos transformadores de corrente do secundrio do transformador de corrente. Depois disso, os cabos
so levados at as entradas analgicas do rel de proteo SEL 451 (03FA). No transformador de
corrente do banco de capacitores existe uma caixa de interligao e seus cabos tambm vo at as

51

entradas analgicas do rel de proteo (03FA). O transformador de corrente do banco de capacitores


ainda possuem contatos auxiliares (03QT) que aterram o banco quando necessrio.
O rel recebe ainda informaes de tenso do barramento de operao atravs dos
transformadores de potencial do barramento 23kV em suas entradas analgicas e existem mini
disjuntores para a proteo dessas entradas.
4.3.4 Diagrama trifilar do mdulo dos alimentadores
O diagrama trifilar do mdulo dos alimentadores mostrado no anexo XV apresenta apenas um
dos alimentadores, j que o diagrama dos outros trs alimentadores ser semelhante a este. Neste
diagrama, os dois enrolamentos dos transformadores de corrente esto na configurao estrela
aterrada, um deles envia informaes s entradas analgicas do rel SEL 451 (04FA) e o outro usado
para a medio do sistema pelo medidor ACE SL700 (04PA). Os cabos dos TCs passam por uma
caixa de interligao (04CI) semelhante caixa de interligao dos TCs dos transformadores de
potncia, mostrados anteriormente.
O rel (04FA) ainda recebe informaes vindas do rel do transformador de potncia (01FA) e
envia informaes para o rel do prximo alimentador. O medidor (04PA) recebe informaes dos
transformadores de potencial do barramento de operao de 23kV que tambm so enviadas aos outros
alimentadores.
Existem mini disjuntores para a proteo das entradas analgicas de tenso do rel de proteo
e como a subestao possui um barramento de transferncia no necessria a utilizao de chaves de
teste para os circuitos de proteo, apenas so usadas nos circuitos de medio.
4.3.5 Diagrama trifilar do mdulo de transferncia
O diagrama trifilar do mdulo de transferncia mostrado no anexo XVI, e nele os dois
enrolamentos dos transformadores de corrente esto na configurao estrela aterrada, um deles envia
informaes s entradas analgicas do rel SEL 451 (08FA) e o outro usado para a medio do
sistema pelo medidor ACE SL700 (08PA). Os cabos dos TCs passam pela caixa de interligao (08CI)
que semelhante caixa de interligao dos TCs dos transformadores de potncia TR1.
O rel (08FA) ainda recebe informaes vindas do rel do transformador de potncia (01FA) e
envia informaes para o rel dos alimentadores. O medidor (08PA) recebe informaes dos
transformadores de potencial do barramento de operao de 23kV que tambm so enviadas aos outros
alimentadores.

52

Todas as entradas analgicas de tenso do rel de proteo so protegidas por mini disjuntores
e como a subestao possui um barramento de transferncia no necessrio a utilizao de chaves de
teste para os circuitos de proteo, apenas so usadas nos circuitos de medio.
4.3.6

Diagrama trifilar do mdulo de servios auxiliares


Da mesma forma do diagrama unifilar dos servios auxiliares, o transformador de servios

auxiliares protegido por chaves fusvel e seus cabos de baixa so levados at o painel dos servios
auxiliares. No anexo XVII apresentado o diagrama trifilar do transformador de servios auxiliares.
Nos anexos XVIII e XIX so mostrados os diagramas trifilares das alimentaes 125Vcc e
220/127 Vca, respectivamente. Na alimentao 220/127Vca os cabos vindos da baixa do
transformador de servios auxiliares formam um barramento que servem de alimentao para a
subestao. Transformadores de corrente enviam as informaes desse barramento para o
multimedidor 10PA localizado no painel dos servios auxiliares. Desse medidor feita a alimentao
do comando e acionamento CDC e VF do transformador de potncia. Todas as alimentaes oriundas
desse barramento possuem mini disjuntores de proteo.
A alimentao 125Vcc feita a partir de um retificador 220Vca/125Vcc, 50 A da marca
TECTROL e conectado a ele existe um banco de baterias de 150 Ah/10h da marca NEWPOWER. Do
retificador formam-se dois barramentos, um positivo e outro negativo que far a alimentao dos
comandos do TR1, mdulos alimentadores e transferncia, e alimentao dos medidores dos mdulos
alimentadores e do mdulo de transferncia, alm da alimentao da Unidade de Terminal Remota
(UTR) e serve de fonte auxiliar do multimedidor de corrente alternada (10PA). Todas essas
alimentaes so protegidas por mini disjuntores nas sadas desse barramento.
4.4

Diagrama funcional da subestao


O diagrama funcional de uma subestao apresenta todas as lgicas dos contatos e

intertravamentos eltricos dos equipamentos e, portanto so necessrios desenhos dos fabricantes


desses equipamentos para a implantao do projeto. Basicamente, no diagrama funcional observam-se
trs tipos de circuitos que entram e saem do painel, os de alimentao, os de controle e os de comando.
Os circuitos de alimentao levam alimentao para o painel, tanto a alimentao CA quanto a
alimentao CC. Os circuitos de comando so aqueles que saem do painel para agir sobre o sistema e
os circuitos de controle chegam ao painel trazendo informaes do campo ou de outros painis.
4.4.1

Diagrama funcional do mdulo do transformador de potncia

53

Para a realizao do estudo dos diagramas funcionais do mdulo do transformador de


potncia, eles sero divididos em: diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125Vcc e
220/127 Vca, comando e proteo e de ventilao forada.
4.4.1.1 Diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125 Vcc
No esquema eltrico trifilar dos servios auxiliares 125 Vcc feita a alimentao geral do
mdulo do TR1 e ela alimenta o diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125Vcc
mostrado no Anexo XX. Neste funcional a alimentao chega ao borne 01XC (1+ e 2-) e a partir dele
realizada a alimentao da fonte dos rels 01FA e 01FB, do medidor 01PA, alimentao de controle
do TR1, alimentao do comando e motor do disjuntor 01Q0, alimentao do comando e motor das
chaves seccionadoras 01QE, 01QC, 01QD e a alimentao das entradas digitais dos rels 01FA e
01FB.
Todas essas alimentaes so protegidas por mini disjuntores nas suas entradas e a
configurao destes disjuntores dependem das caractersticas de cada equipamento que recebe esta
alimentao.
4.4.1.2 Diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 220/127 Vca
No esquema eltrico trifilar dos servios auxiliares 220/127 Vca feita a alimentao geral do
mdulo do TR1 e a partir dela alimentado o diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar
220/127Vca mostrado no Anexo XXI. Neste diagrama a alimentao levada ao transformador TR1,
disjuntor 01Q, chaves seccionadoras 01QE, 01QT, 01QD, 01QC e painel do transformador TR1.
No transformador TR1 a alimentao de 220 Vca para VF e CDC, no disjuntor 01Q0,
chaves seccionadoras 01QE, 01QT, 01QC e 01QD e painel do transformador TR1 so alimentaes de
127 Vca para iluminao, aquecimento e tomada, sendo que cada um deles recebe a sua alimentao.
As entradas dessas alimentaes dependem do desenho esquemtico do equipamento que
fornecido pelo fabricante.
4.4.1.3 Diagrama funcional de comando e proteo
Depois de visto como feita a alimentao auxiliar dos equipamentos do mdulo do
transformador TR1 apresentado os funcionais de comando e proteo destes equipamentos no Anexo
XXII, comeando com as entradas binrias do rel SEL 487E (01FA) que sero as mesmas no rel
01FB.

54

A alimentao desse diagrama vem do funcional de distribuio de tenso auxiliar 125 Vcc
atravs dos bornes 01XP (positivo) e 01XN (negativo) e os bornes da entrada digital do rel so
identificados como 01XE.
O rel SEL 487E (01FA) possui as entradas binrias IN101 a IN107 e IN201 a IN206 e nelas,
recebe as informaes so indicadas as informaes de posio e sinalizaes do disjuntor 01

Q0,

posio das chaves isoladoras 01QD e 01QE do disjuntor 01Q0, protees do transformador TR1,
proteo e indicao de falta de potencial do barramento de 23kV.
Na sequncia tem-se o funcional de comando e proteo do disjuntor 01Q0 baseado no
esquemtico interno do disjuntor que fornecido pelo fabricante.
Da mesma forma que o diagrama das entradas digitais do rel, o diagrama do disjuntor 01Q0
tambm recebe a alimentao atravs do diagrama funcional de tenso auxiliar 125Vcc e essa
alimentao chega pelos bornes 01YP (positivo) e 01YN (negativo). A partir desses bornes feita a
alimentao do comando e do motor do disjuntor 01Q0.
No disjuntor 01Q0 existe a funo de intertravamento para o comando local atravs de chaves
auxiliares de retardo de abertura localizadas nas chaves seccionadoras 01QD e 01QE, com a finalidade
de proteger o operador durante uma manuteno.
Outro circuito deste funcional para o fechamento por telecomando e o bloqueio 86T do
disjuntor e so comandadas pelas sadas OUT102 (fechamento disjuntor) e OUT 106 (bloqueio do
disjuntor por 86T) dos rels 01FA e 01FB. Para o fechamento necessrio que pelo menos uma das
sadas dos rels (OUT102) seja excitada e para no prejudicar os contatos dos rels so usados rels
auxiliares 52FX da Finder (01KX) com trs contatos. Ainda colocado um diodo 6A/1200V (01DA)
para que o rel auxiliar tenha diferena de potencial e chegue ao comando de TRIP. O fechamento do
rel auxiliar 01KX ocorre depois do fechamento do rel 01Q0.
O bloqueio do disjuntor por 86T ocorre quando as duas sadas OUT106 dos rels 01FA e
01FB so excitadas e tambm so usados rels auxiliares para proteo dos contados dos rels.
A abertura 1 com superviso da bobina comandado pelas sadas OUT101 dos rels 01FA e
01FB e d mesma forma que o fechamento existe um rel auxiliar com trs contatos para no
prejudicar os contatos dos rels. Tambm colocado um diodo 6A/1200V (01DA) para que o rel
auxiliar tenha diferena de potencial e chegue ao comando de TRIP. Alm disso, a superviso da
bobina feita pela entrada digital IN207 dos rels 01FA e 01FB que acusa falha no disjuntor, caso
deixe de passar corrente por ela e envia o comando de TRIP.
A funo de abertura 2 com superviso da bobina ocorre da mesma forma que a de abertura 1,
s que as sadas dos rels sero a OUT103 e a superviso da bobina ser realizada pela entrada digital
IN208.
O funcional comando e proteo do disjuntor 01Q0 ainda realiza a funo de bloqueio 86T,
que a partir das sadas dos rels 01FA e 01FB acusa a abertura do disjuntor utilizando os mesmos

55

rels auxiliares de trs contatos para no prejudicar os contatos dos rels. As outras protees do
disjuntor so contra a falha de disjuntor de 23kV e proteo 86T e 50MT (multiplicao dos contatos
para os alimentadores), e elas so acionadas pelas sadas OUT103 e OUT105 dos rels de proteo dos
alimentadores, transferncia e banco de capacitores de 23kV. Se algum deles acusar falha acontece
abertura do disjuntor e os contatos dos rels so protegidos pelos mesmos rels auxiliares do comando
de abertura e fechamento do disjuntor.
Observa-se ainda, que chegam ao disjuntor as protees do TR1de temperatura (26 e 49) e de
desligamento (63T, 63C e 20TR/CDC). As protees de desligamento chegam direto ao disjuntor
enquanto que as de temperatura funcionam da mesma forma que as anteriores, com as excitaes
vindas da sada OUT101 do rel K61 do transformador TR1.
Por fim, existem contatos auxiliares que refletem a posio das chaves seccionadoras 01QD e
01QE para que haja um sincronismo entre elas e o disjuntor.
Da mesma forma que o diagrama das entradas digitais do rel, o diagrama funcional das
chaves seccionadoras 01QE, 01QD e 01QC tambm recebe a alimentao atravs do diagrama
funcional de tenso auxiliar 125Vcc que chega atravs dos bornes 01ZP (positivo)

e 0ZYN

(negativo).
A alimentao 125 Vcc do comando e do motor das chaves direta nas chaves conforme o
esquema interno das chaves fornecido pelo fabricante. No disjuntor existem contatos auxiliares S1 que
espelham a posio deste disjuntor e enviam a informao para as chaves 01QE e 01QD e pela remota
dado o comando para abrir ou fechar essas chaves dependendo da posio do disjuntor, atravs das
sadas digitais D01 e D02 da UTR para a seccionadora 01QE e das sadas digitais D03 e D04 da UTR
para a seccionadora 01QD.
No diagrama funcional ainda existe a funo de intertravamento do seccionador 01QT quando
ocorre ausncia de tenso na Linha de Transmisso de 69kV, que indicada pela sada OUT214 dos
rels de proteo.
Para a chave de contorno 01QC, a alimentao 125Vcc do comando e do motor direta
atravs dos bornes 01ZP e 01ZN e os funes de abertura e fechamento dessa chave s ocorre depois
de verificada a posio do disjuntor 01Q0 e das chaves seccionadoras 01QD, 01QE e 01QT. Essa
verificao acontece atravs de contatos auxiliares CA no disjuntor e nestas chaves que indicam a
posio dos mesmos. As funes de abertura so comandados atravs das sadas digitais D05 e D06 da
Unidade de Terminal Remota (UTR).
Seguindo com o diagrama funcional de comando e proteo, mostrado o esquema das
ligaes externas do rel de proteo SEL487E (01FA e 01FB) e neste funcional so identificadas
quais as funes das entradas e sadas digitais do rel, quais as entradas de corrente e tenso utilizadas
e as alimentaes do rel. Os diagramas sero iguais tanto para o rel 01FA quanto para o rel 01FB.

56

Por fim, no anexo XXIII so mostrados os esquemas internos dos equipamentos utilizados
para o projeto funcional de comando e proteo do mdulo do transformador TR1.

4.4.1.4 Diagrama funcional de ventilao forada


A ventilao forada comandada pelo rel SEL 2414/2505 ligado junto ao transformador
TR1, este rel especifico para controle desta funo. O rel de proteo recebe informaes do
transformador TR1 em suas entradas digitais atravs de sensores de temperatura ambiente e
temperatura do leo do transformador e quando ocorre algum tipo de aquecimento ele aciona a
ventilao do transformador TR1. No anexo XXIV so mostrados os esquemas de ligaes do
transformador TR1 fornecidas pelo fabricante e as ligaes do transformador e do rel de proteo.
4.4.2

Diagrama funcional do mdulo do banco de capacitores 23kV


Para o estudo dos diagramas funcionais do mdulo do banco de capacitores 23kV, eles sero

divididos em: diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125Vcc e 220/127 Vca e comando
e proteo.
4.4.2.1 Diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125 Vcc
O esquema eltrico trifilar dos servios auxiliares 125 Vcc mostra a alimentao geral dos
mdulos dos alimentadores, transferncia e banco de capacitores e essa alimentao chega ao borne
03XC (1+ e 2-) do diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125Vcc mostrado no Anexo
XXV. A partir dele realizada a alimentao da fonte do rel 03FA, do medidor 03PA, alimentao
do comando e motor do disjuntor 03Q0, e a alimentao das entradas digitais do rel 03FA.
Todas essas alimentaes so protegidas por mini disjuntores nas suas entradas e a
configurao destes disjuntores dependem das caractersticas de cada equipamento que recebe esta
alimentao.
4.4.2.2 Diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 220/127 Vca
No esquema eltrico trifilar dos servios auxiliares 220/127 Vca realizada a alimentao
geral dos mdulos dos alimentadores, transferncia e banco de capacitores e essa alimentao chega
at o diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 220/127Vca mostrado no Anexo XXVI.

57

Neste diagrama a alimentao levada ao disjuntor 03Q0 e painel do banco de capacitores e a


alimentao de 127Vca.
As entradas dessas alimentaes dependem do desenho esquemtico do equipamento que
fornecido pelo fabricante.
4.4.2.3 Diagrama funcional de comando e proteo
Depois de realizada a alimentao auxiliar dos equipamentos, os funcionais de comando e
proteo destes equipamentos so mostrados no Anexo XXVII, comeando com as entradas binrias
do rel SEL 451-5 (03FA).
A alimentao das entradas binrias vem do funcional de distribuio de tenso auxiliar 125
Vcc e chega pelos bornes 03XP (positivo) e 03XN (negativo), para as entradas digitais so utilizados
os bornes 03XE.
O rel SEL 451-5 (03FA) possui as entradas binrias IN101 a IN107 e IN301 a IN306 que
recebem as sinalizaes do disjuntor 03Q0 de posio, de falta de alimentao e de mola descarregada,
informaes do banco de capacitores e informaes de posio da chave seccionadora 03QT.
Na sequncia tem-se o funcional de comando e proteo do disjuntor 03Q0 baseado no
esquema interno do disjuntor fornecido pelo fabricante.
Da mesma forma que o diagrama das entradas digitais do rel, o diagrama do disjuntor 03Q0
tambm recebe a alimentao atravs do diagrama funcional de tenso auxiliar 125Vcc e essa
alimentao feita atravs dos bornes 03YP (positivo)

e 03YN (negativo). Desses bornes

alimentado o comando e o motor do disjuntor 03Q0.


No disjuntor existe a funo de intertravamento com a chave seccionadora 03QT, que se d
atravs de chaves auxiliares de retardo de abertura localizada na chave seccionadora 03QT com a
finalidade de proteger o operador durante as manutenes.
Neste funcional mostrado a funo de fechamento local do disjuntor comandada pela sada
OUT102 do rel 03FA. Para o fechamento necessrio que a sada dos rel (OUT102) seja excitada,
e para no prejudicar os contatos do rel so usados rels auxiliares 52FX da Finder (03KX) com trs
contatos. Tambm colocado um diodo 6A/1200V (03DA) para que o rel auxiliar tenha diferena de
potencial e chegue ao comando de TRIP. O fechamento do rel auxiliar 03KX ocorre depois do
fechamento do rel 03Q0.
A abertura local com superviso da bobina realizada pelas sadas OUT101 do rel 03FA e
acontece da mesma forma que o fechamento, onde existe um rel auxiliar com trs contatos para
proteo dos contatos dos rels. Tambm colocado um diodo 6A/1200V (03DA) para que o rel
auxiliar tenha diferena de potencial e chegue ao comando de TRIP. Alm disso, a superviso da

58

bobina feita pela entrada digital IN308 do rel 03FA que acusa falha no disjuntor caso deixe de
passar corrente por ela e envia o comando de TRIP.
Temos ainda as protees do TR1 (86T e 50MT) e essas protees de desligamento chegam
direto ao disjuntor.
Seguindo com o diagrama funcional de comando e proteo, mostrado o esquema das
ligaes externas do rel de proteo SEL451-5E (03FA) onde so identificadas quais as funes das
entradas e sadas digitais do rel, quais as entradas de corrente e tenso utilizadas e as alimentaes do
rel.
Por fim, no anexo XXX so mostrados os esquemas internos dos equipamentos utilizados para
o projeto funcional de comando e proteo do mdulo do banco de capacitores 23kV.
4.4.3

Diagrama funcional do mdulo dos alimentadores e mdulo de transferncia de 23kV


Da mesma forma que no mdulo do banco de capacitores, o estudo dos diagramas funcionais

do mdulo dos alimentadores 23kV dividido em: diagrama funcional de distribuio de tenso
auxiliar 125Vcc e 220/127 Vca e comando e proteo.
Ser mostrado somente o diagrama funcional de um alimentador de 23kV pois os outros trs
alimentadores e o mdulo de transferncia sero iguais a este.
4.4.3.1 Diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125 Vcc
O esquema eltrico trifilar dos servios auxiliares 125 Vcc mostra a alimentao geral dos
mdulos dos alimentadores, transferncia e banco de capacitores e essa alimentao chega at o
diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125Vcc mostrado no Anexo XXVIII atravs do
borne 04XC (1+ e 2-) e dele realizada a alimentao da fonte do rel 04FA, do medidor 04PA,
alimentao do comando e motor do disjuntor 04Q0, e a alimentao das entradas digitais do rel
04FA.
Todas essas alimentaes so protegidas por mini disjuntores nas suas entradas e a
configurao destes disjuntores dependem das caractersticas de cada equipamento que recebe esta
alimentao.
4.4.3.2 Diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 220/127 Vca
No esquema eltrico trifilar dos servios auxiliares 220/127 Vca feita a alimentao geral
dos mdulos dos alimentadores, transferncia e banco de capacitores e essa alimentao chega at o
diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 220/127Vca mostrado no Anexo XXVIII. Neste

59

diagrama a alimentao levada ao disjuntor 04Q0 e ao painel dos alimentadores, e esta alimentao
de 127Vca.
As entradas dessas alimentaes dependem do desenho esquemtico do equipamento que
fornecido pelo fabricante.

4.4.3.3 Diagrama funcional de comando e proteo


Depois de realizada a alimentao auxiliar dos equipamentos, os funcionais de comando e
proteo destes equipamentos so mostrados no Anexo XXIX, comeando com as entradas binrias do
rel SEL 451-5 (04FA).
A alimentao chega do funcional de distribuio de tenso auxiliar 125 Vcc pelos bornes
04XP (positivo) e 04XN (negativo), e a entrada digital do rel feita pelos bornes 04XE.
O rel SEL 451-5 (04FA) possui as entradas binrias IN101 a IN107 e IN301 a IN307 que
recebem informaes de sinalizao do disjuntor 04Q0 de posio, falta de alimentao e mola
descarregada.
Na sequncia tem-se o funcional de comando e proteo do disjuntor 04Q0 baseado no
esquema interno do disjuntor fornecido pelo fabricante.
Da mesma forma que o diagrama das entradas digitais do rel, o diagrama do disjuntor 04Q0
tambm recebe a alimentao atravs do diagrama funcional de tenso auxiliar 125Vca atravs dos
bornes 04YP (positivo) e 04YN (negativo). A partir desses bornes feita a alimentao do comando e
do motor do disjuntor 04Q0.
A primeira funo mostrada neste funcional a de fechamento local do disjuntor comandada
pela sada OUT102 do rel 04FA. Para o fechamento necessrio que a sada do rel (OUT102) seja
excitada e, ainda so usados rels auxiliares 52FX da Finder (04KX) com trs contatos para a proteo
dos contatos dos rels. Tambm colocado um diodo 6A/1200V (04DA) para que o rel auxiliar tenha
diferena de potencial e chegue ao comando de TRIP. O fechamento do rel auxiliar 04KX ocorre
depois do fechamento do rel 04Q0.
A funo de abertura local com superviso da bobina comandada pelas sadas OUT101 do
rel 04FA e acontece da mesma forma que o fechamento, onde existe um rel auxiliar com trs
contatos para proteger os contatos dos rels. Tambm colocado um diodo 6A/1200V (04DA) para
que o rel auxiliar tenha diferena de potencial e chegue ao comando de TRIP. Alm disso, a
superviso da bobina realizada pela entrada digital IN308 do rel 04FA que acusa falha no disjuntor
caso deixe de passar corrente por ela e envia o comando de TRIP ao disjuuntor.
Temos ainda as protees do TR1 (86T e 50MT) e essas protees de desligamento chegam
direto ao disjuntor.

60

Seguindo com o diagrama funcional de comando e proteo, mostrado o esquema das


ligaes externas do rel de proteo SEL451-5E (04FA) onde so identificadas quais as funes das
entradas e sadas digitais do rel, quais as entradas de corrente e tenso utilizadas e as alimentaes do
rel.
Por fim, no anexo XXX so mostrados os esquemas internos dos equipamentos utilizados para
o projeto funcional de comando e proteo do mdulo dos alimentadores e transferncia 23kV.
4.4.4

Diagrama funcional de telecomando


Na superviso e controle dos equipamentos telecomandados na rede de distribuio so

implantadas solues de configurao do sistema, visando um melhor aproveitamento da estrutura de


telecomunicao das concessionrias.
Esse telecomando acontece a partir de uma Unidade Terminal Remota (UTR) , responsvel
pela coleta de dados, de medio e de eventos atravs de suas entradas analgicas e digitais. Tambm
possui sadas digitais conectadas aos circuitos de controle dos equipamentos de manobra.
Os funcionais de telecomando so projetados a partir dos desenhos da UTR fornecidos pelo
fabricante, que neste caso ser da marca FOXBORO.
No anexo XXXI, so mostrados os desenhos da arquitetura do sistema, switchs, carto Power
supply e carto CPU.
O estudo dos diagramas funcionais de telecomando ser dividido em: diagrama funcional de
distribuio de tenso auxiliar 125Vcc e 220/127 Vca e telecomando.
4.4.4.1 Diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 125 Vcc
No esquema eltrico trifilar dos servios auxiliares 125 Vcc realizada a alimentao geral
dos mdulos da subestao que chega at o diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar
125Vcc, mostrado no Anexo XXXII, atravs do borne CC (1e 3) da UTR. As alimentaes das
entradas digitais da UTR so feitas pelos bornes E2.
4.4.4.2 Diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 220/127 Vca
O esquema eltrico trifilar dos servios auxiliares 220/127 Vca mostra a alimentao geral da
subestao que chega ao diagrama funcional de distribuio de tenso auxiliar 220/127Vca mostrado
no Anexo XXXIII pelo borne CA (1e 2) da UTR
4.4.4.3 Diagrama funcional de telecomando

61

No funcional de telecomando, a UTR recebe informaes em suas entradas digitais e


analgicas dos equipamentos da subestao e atuam sobre os equipamentos atravs de suas sadas
digitais.
No anexo XXXIV so mostradas as informaes enviadas as entradas digitais da UTR, essas
informaes so informaes do transformador TR1, posies das chaves seccionadoras 01QE, 01QT,
01QD e 01QC e informaes de defeitos dos rels 01FA, 01FB, 03FA,04FA,05FA,06FA,07FA e
08FA.
As entradas analgicas tambm so mostradas no anexo XXXVI, porm no foram utilizadas
no projeto em estudo. A UTR age sobre o sistema atravs das suas sadas digitais sobre as chaves
seccionadoras 01QE, 01QD e 01QC.
4.5 Vistas dos painis
As vistas dos painis so usadas para identificar a disposio dos equipamentos dentro do
painel e so simples de serem montados, j que o fabricante dos painis fornece os seus desenhos e
vistas. A cargo do projetista fica apenas listar os equipamentos que aparecem nos diagramas trifilares
e funcionais e distribui-los em seus painis.
No anexo XXXV so mostradas as vistas de todos os painis. O projeto indica 1 painel para os
mdulos de alimentadores de 23kV e o mdulo de transferncia 23Kv, 1 painel para o mdulo do
banco de capacitores de 23kV, 1 painel para o mdulo do transformador TR1, 1 painel do mdulo de
servios auxiliares, 1 painel de telecomando e 1 painel para a medio dos mdulos dos alimentadores
e transferncia. Os equipamentos de cada painel so listados abaixo:

Painel de proteo do mdulo do transformador TR1: dois rels de proteo SEL 487E
(01FA e 01FB) e as chaves de teste (01SA, 01SB, O1SC, 01SD, 01SE, 01SF);

Painel de proteo do mdulo dos alimentadores e da transferncia: cinco rels de


proteo SEL451-5 (04FA, 05FA, 06FA, 07FA e 08FA);

Painel de medio do mdulo dos alimentadores e da transferncia: cinco medidores dos


alimentadores e do transferncia (04PA, 05PA, 06PA, 07PA e 08PA);

Painel de proteo do mdulo do banco de capacitores: o rel de proteo do banco de


capacitores SEL 451-5 (03FA);

Painel do mdulo dos servios auxiliares: o retificador, com o banco de baterias para a
distribuio de tenso auxiliar 125Vcc e 127/220 Vca.

4.6 Lista de cabos

62

A lista de cabos a apresentao de todos os cabos de interligao dos equipamentos da


subestao com seus pontos de origem e destino, funo, suas metragens e seus tipos. Para a
confeco dessa lista considerou-se os seguintes tipos de cabos:

4mm2 para cabos de circuitos de corrente;

2,5mm2 para cabos de circuitos de tenso;

1,5mm2 para cabos de circuitos de comando e controle.

O agrupamento desses cabos pode ser em 1, 2,3 ou 4 veias para facilitar a compra. As listas
dos cabos usados na subestao so elaboradas considerando o local e o borne de origem e o local e o
borne de destino dos cabos de interligao entre os equipamentos.
A lista de cabos dividida em:

Interligao dos equipamentos do transformador TR1;

Interligao dos equipamentos dos alimentadores e do transferncia;

Interligao dos equipamentos com a UTR;

Interligao dos equipamentos com o mdulo de servios auxiliares;

Interligao dos equipamentos do banco de capacitores;

63

CONCLUSO
Neste trabalho, foi apresentado um estudo sobre subestaes de energia, suas classificaes,

seus equipamentos de manobra e proteo e suas configuraes de barramento. Tambm, foram


definidas quais as partes que compem um projeto de uma subestao, dando maior nfase ao projeto
eltrico.
Para facilitar o entendimento do projeto eltrico foi realizado um projeto eltrico bsico de
uma subestao 69/23kV como exemplo. Esse projeto abrangeu os esquemas unifilares, trifilares,
funcionais e de telecomando, alm das vistas dos painis e da lista de cabos da subestao. No foram
abordados alguns tpicos de proteo, como seletividade, j que esses estudos so geralmente
providenciados pelas concessionrias antes da contratao do projeto.
Por fim, esse trabalho mostrou como realizada a elaborao de um projeto eltrico bsico de
uma subestao, mostrando quais so e como so realizadas as protees, os comandos, as
alimentaes e comunicaes dos equipamentos.

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REFERNCIAS
[1] McDonald, John D., Electric Power Substations Engineering, second edition. New York

USA: CRC Press, 2006;


[2] Kindermann, Geraldo, 1949, Aterramento eltrico/Geraldo Kindermann/Jorge Mrio
Campagnolo 3 ed.: Porto Alegre : Sagra DC Luzzato, 1995;
[3] Soares, Carlos Alberto Mattos, Apostila de Transformadores, Eletrotcnica e Eletromecnica,
Escola Tcnica Federal de Pelotas;
[4] Dias, G. A. D., Aspectos a Considerar no Dimensionamento e Seleo de Equipamentos e
Sistemas em Subestaes de Alta Tenso, Buscando a Eficincia Energtica, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, PROMEC, Porto Alegre, abril, 1996;
[5] Colombo, Roberto, Disjuntores de alta tenso, Siemens S.A., 1 edio,So Paulo, 1986;
[6] SEL, Catlogo Rel SEL 487E;
[7] SEL, Catlogo Rel SEL 451-5;

ANEXO I
Caractersticas do rel de proteo SEL-487E:

Controlador de Bays:
o

Controle local de at cinco disjuntores;

Controle e indicao de estado de at oito seccionadoras;

Pode configurar at seis medies analgicas;

Modo Local/Remoto.

Funes de Proteo:
o

87, 87Q, 50/51, 50/51G, 50/51Q, 50/51N, 51S, 51V/C, 67/67G/67Q, 67N,
32, 50/62BF, 46, 24, 27/59, 59G, 59Q, 81, 49T, 49.

Funes de Controle:
o

7 entradas e 8 sadas digitais sendo 3 de alta capacidade de interrupo de


corrente;

15 entradas de corrente para proteo diferencial, 3 entradas de corrente


para proteo restrita de faltas a terra (REF) e 6 entradas de tenso;

Caractersticas do rel de proteo SEL-451-5:

Controlador de Bays:
o

Controle local de at 2 disjuntores;

Indicao de estado de at 3 disjuntores;

Controle e indicao de estado de at 10 seccionadores;

At seis medies analgicas;

Modo Local/Remoto;

Alarme de operao para disjuntores e seccionadoras.

Funes de Proteo:
o

50/51, 50/51G, 50/51Q, 67P,67G, 67Q, 85, 79, 25, 27/59, 59G, 59Q,
50/62BF, 60, 81, 32, 49, 49T,87V.

Funes de Controle:
o

7 entradas e 8 sadas digitais sendo 3 de alta capacidade de interrupo de


corrente;

6 entradas de corrente e 6 entradas de tenso;

Banco de Capacitores em derivao:


o

Fabricante: IESA

Configurao: dupla estrela isolada

Dados nominais: 3600kVar, 26kV, 60Hz, NBI 150kV

Capacitores potncia monofsica: 600kVar/15kV

Disjuntor AT:
o

Fabricante: Siemens

Tipo: 3AP1FG

Dados nominais: 72,5Kv, 50Hz, 2500 A

Corrente de interrupo nominal de curto-circuito: 31,5kA

Corrente de abertura das linhas de transmisso: 10A

Corrente de estabelecimento de curto-circuito: 78,8kA

Durao do curto-circuito nominal: 3s

Tempos de comutao:


Durao mnima de comando (fechamento e abertura):80ms

Tempo de fechamento: 52ms

Tempo de abertura: 31ms

Tempo de fechamento/abertura: 70ms

Disjuntor MT:
o

Fabricante: Siemens

Tipo: 3AF-0144

Dados nominais: 36Kv, 60Hz, 2000A

Corrente de interrupo nominal de curto-circuito: 25kA

NI; 170kV

Transformador de Potncia:
o

Fabricante: Toshiba

Tipo: HC/OPTLR-D

Dados nominais:


Tenses dos enrolamentos:

Primrio: 69kV

Secundrio: 23kV

Tercirio: 6,9kV

Frequncia nominal: 60Hz

Potncia: 15/20MVA

Correntes nominais:

69kV:
o

15MVA: 126 A

20MVA: 167 A

23kV:
o

15MVA: 377 A

20MVA: 502 A

Chave Seccionadora AT sem Lmina de Terra:


o

Fabricante: S&C

Tipo: SCDA Tripolar

Dados nominais:


72,5kV, 1250A

NBI: 350kV

Chave Seccionadora AT com Lmina de Terra:


o

Fabricante: GTMS

Tipo: UR 72,5kV

Dados nominais:


72,5kV, 800A

NBI: 350kV

Pra-raios AT:
o

Fabricante: Balestro

Tipo: PBPE 60/10/2 ZnO

Dados nominais:


66kV, 10kA

Descarga nominal: 8/20us

Transformador de Corrente AT:


o

Fabricante: Arteche

Tipo: CA-72

Dados nominais:


Tenso: 72,5kV

Corrente: 300x600-5A

Frequncia: 60Hz

Corrente de interrupo nominal de curto-circuito: 20kA

Fator de Potncia: 1,2

Transformador de Potencial AT:


o

Fabricante: Arteche

Tipo: UTD-72

Dados nominais:


Tenso: 72,5kV

Tenso primria: 69kV

Tenso secundria: 115V

Frequncia: 60Hz

Potncia: 200VA

Relao: 600:1

Transformador de Corrente BT:


o

Fabricante: Instrument

Tipo: IMPE2582

Dados nominais:


Tenso: 24,2kV

Relao de Corrente: 100-5-5A

Frequncia: 60Hz

Corrente de interrupo nominal de curto-circuito: 50kA

Fator de Potncia: 1,2

NI: 50/150kV

Classe de Exatido:

1S1-1S2: 0,3C50

2S1-2S2: 10B200

Transformador de Potencial BT:


o

Fabricante: Instrument

Tipo: TPI TPIE 25A

Dados nominais:


Tenso: 24,2kV

Tenso primria: 23kV

Tenso secundria: 115V

Frequncia: 60Hz

Relao: 200:1

Classe de Exatido: 0,3P200

Pra-raios BT:
o

Fabricante: Balestro

Tipo: 3EK4 240 ICK4 ZM12081

Dados nominais:


24kV, 10kA

Tenso de operao contnua: 19,2kV

Chaves Seccionadoras BT:


o

Fabricante: S&C

Tipo: Chave-faca

Dados nominais:


24kV, 630A, 60Hz, NBI 150kV

Fabricante: Delmar

Tipo: Chave-fusvel

Dados nominais:


27kV, 200A 60Hz, NBI 150Kv

Capacidade de interrupo: 20kA

Fabricante: Maurizio

Tipo: Unipolar

Dados nominais:


24,2kV,1 600A, 60Hz, NBI 150Kv

Capacidade de interrupo: 20kA

Retificador:
o

Fabricante: Tectrol

Tipo: TCKR 125-25DA01M

Entrada:

220Vca + - 15%

60Hz +- 5%

Fator de Potncia: 0,85

Potncia mxima: 4,9Kva

Potncia nominal: 4,3Kva

Corrente mxima: 15,3A

Sada:


Tenso nominal: 125Vcc

Frequncia nominal: 60Hz

Potncia nominal: 3,6kW

Corrente nominal: 25A

Bateria associada:
o

Tipo: Chumbo-cidas seladas

Nmero de elementos: 60

Tenso de flutuao por elementos/total: 2,27V/132,6V

Tenso final de descarga por elemento/total: 1,75/105V

Corrente de carga: ajustvel de 3,5 a 24,5 A

Corrente de Comutao: 2,5 a 10A

ANEXO II

ANEXO III

ANEXO IV

ANEXO V

ANEXO VI

ANEXO VII

ANEXO VIII

ANEXO IX

ANEXO X

ANEXO XI

ANEXO XII

ANEXO XIII

ANEXO XIV

ANEXO XV

ANEXO XVI

ANEXO XVII

ANEXO XVIII

ANEXO XIX

ANEXO XX

ANEXO XXI

ANEXO XXII

ANEXO XXIII

ANEXO XXIV

ANEXO XXV

ANEXO XXVI

ANEXO XXVII

ANEXO XXVIII

ANEXO XXIX

ANEXO XXX

ANEXO XXXI

ANEXO XXXII

ANEXO XXXIII

ANEXO XXXIV

ANEXO XXXV

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