Doutrina de Motopatrulhamento Giro
Doutrina de Motopatrulhamento Giro
Doutrina de Motopatrulhamento Giro
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
MINISTRIO DA JUSTIA
SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANA PBLICA
DEPARTAMENTO DE POLTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS
RELATRIO FINAL
DOUTRINA NACIONAL DE
POLICIAMENTO COM MOTOCICLETAS
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
SUMRIO
04
05
08
Metodologia de Trabalho
09
09
11
- Perfil
11
- Motivao e Escala
12
- Emprego Operacional
13
14
- Contextualizao
14
15
17
18
- Especificaes de viaturas
19
20
20
21
21
22
31
- Capacitao e Treinamento
31
- Procedimentos Operacionais
33
34
49
59
Referncias Bibliogrficas
60
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
JUSTIFICATIVA
DOUTRINA NACIONAL DE POLICIAMENTO COM MOTOCICLETAS
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
uma importante iniciativa para preveno da violncia nos grandes centros urbanos e tambm no
interior do pas.
Com esse foco, e ainda, concatenado com a idia dos Gabinetes de Gesto Integrada,
vrios especialistas escolhidos para compor o Grupo de Trabalho para criao de uma Doutrina
Nacional sobre Policiamento com Motos estiveram imbudos em avaliar e sugerir a padronizao
dos procedimentos, treinamento e capacitao, armamentos equipamentos de proteo individual
e motocicletas apropriadas para serem empregadas nessas atividades de policiamento com motos
em todo pas.
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
Coordenador:
Alex Jorge das Neves 1 Ten PMGO / Dept. da Fora Nacional de Segurana Pblica
Participantes:
Almir Ribeiro Tenente Coronel da Polcia Militar de So Paulo
Jos Rodrigues de Souza Neto Major da Polcia Militar da Paraba
Ronilton de Jesus Jacinto Cavalcante Major da Polcia Militar do Amazonas
Cludio Csar Felipe Capito da Polcia Militar do Mato Grosso do Sul
Gilmar Santos Santana Capito da Polcia Militar de Sergipe
Giovane Rosa da Silva Capito da Polcia Militar de Gois
Ivens Giuliano Campos dos Santos Capito da Brigada Militar do Rio Grande do Sul
Luciano Correa Silva Capito da Polcia Militar do Rio de Janeiro
Lucival Cardoso de Montalvo Guedes Capito da Polcia Militar do Par
Marco Antnio Brito Jnior Capito da Polcia Militar de Santa Catarina
Newton Anet Agente Especial do DPRF - SRRJ
Marcos Mendes de Souza Instrutor de Pilotagem PMGO
Miguel Raimundo dos Reis Cruz Agente do DPRF - SRPA
Rogrio Tosta Ba Morte Inspetor do DPRF - SRBA
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
METODOLOGIA DE TRABALHO
No incio dos trabalhos, foi exposto a todos os integrantes a necessidade de implementar
diretrizes nacionais acerca da temtica, considerando que s iniciativas atuais so localizadas e
restritas algumas unidades operacionais nas respectivas corporaes estaduais.
Visando propiciar a todos uma viso dinmica de como a conjuntura criminal, de
preveno e de uso da motocicleta pelos agentes da lei nos Estados, cada integrante, demonstrou
as experincias exitosas em cada Corporao e as peculiaridades de cada ente federado, na
preveno a criminalidade em locais de mobilidade crtica e no interior de seus Estados.
Ainda nesse contexto, foi socializada ao grupo, a primeira iniciativa nacional de
padronizar o uso da motocicleta como ferramenta crucial de preveno a criminalidade, sendo o
I Simpsio Nacional de Motopatrulhamento Policial, realizado no ano de 2009 na cidade de
Joo Pessoa PB. Essa iniciativa to importante, definiu alguns parmetros publicado numa ata,
descrita abaixo, sendo levado em considerao pelos integrantes do Grupo de Trabalho
constitudo no III Frum Nacional do GGI durante todas discusses.
Ata do I Simpsio Nacional de Motopatrulhamento Policial
Aos trinta dias do ms de outubro do ano de dois mil e nove reunidos
no Centro de Educao da Polcia Militar da Paraba, onde se
encontravam os servidores pblicos abaixo assinado representando as
respectivas Instituies, realizou-se o I SIMPSIO NACIONAL DE
MOTOPATRULHAMENTO POLICIAL, no qual foram apresentadas 05
palestras, momento em que reuniram-se todos os participantes em
grupos de trabalhos onde deliberaram, discutiram e aprovaram por
maioria de votos e aclamao dos participantes de cada grupo de
trabalho, chegando-se a concluso que como sugestes para o emprego
da motocicleta na atividade de segurana pblica, apontou-se como
sugesto para o tipo de motocicleta com potencia entre 250cc e 300cc,
para o policiamento ostensivo ordinrio, para o emprego ttico
policial, escolta, moto resgate uma motocicleta de cilindrada entre
600cc e 1000cc e para o servio de batedor motocicleta de 1000cc ou
superior. No referente a equipamento de proteo individual tem-se os
seguintes itens: capacete articulado de viseira anti-risco com uma tecla
frontal de liberao, colete anti-balstico masculino e feminino multi
ameaa, joelheira/caneleira articulada em polmero, cotoveleira
articulada em polmero, luvas tticas em kevlar, protetor de coluna
articulado, rdio comunicador com acionamento remoto, coturno de
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
10
Conforme definido pelo Grupo de Trabalho, essa rea temtica seria responsvel em
discutir e apresentar a todos os integrantes, as orientaes acerca das necessidades relacionadas
s pessoas que estariam atuando no policiamento ostensivo com motocicletas nos Estados.
Perfil
Inicialmente foi sugerido que o agente da lei que estaria atuando nessa seara, deveria
possuir um perfil bsico, acrescido de competncias especficas, de acordo com as necessidades
peculiares de cada corporao.
Foi destacado que vrias pessoas usam a motocicleta diariamente para passeio, ir ao
trabalho, viajar, encontro de motociclistas, dentre outras atividades inerentes a esse tipo de
veculo. Porm, consenso que h um imenso hiato entre usar a motocicleta em conformidade
com o apresentado acima e usa-l rotineiramente para trabalhar, em especial quando se trata do
trabalho policial, que requer ateno com a equipe, com trnsito, observao permanente ao seu
redor, aptido para trabalho com motocicletas, dentre outros fatores, vislumbrando uma atuao
preventiva eficiente e eficaz. Nesse sentido, seria incompatvel a falta de voluntariedade para
atuao nesse tipo de policiamento.
Nesse sentido, as corporaes devem fomentar medidas incentivadoras para o
profissional de segurana pblica atuar com motocicleta. No devendo porm, empregar pessoas
que no sejam voluntrias, fator crucial para o sucesso nessas aes.
Alm desses requisitos, o profissional de segurana pblica, deve possuir um
comportamento condizente com a atividade. Nas policias militares, considera-se requisito
mnimo o Bom comportamento.
A habilitao na categoria A regra legal, no h o que se discutir, nenhum policial
dever atuar com motocicletas se no possuir habilitao em conformidade com a legislao de
trnsito. Porm, somente a Carteira Nacional de Habilitao, no habilita um profissional de
segurana a atuar na preveno a criminalidade utilizando uma motocicleta, pois, exige-se
treinamento especfico, predisposio a atuar com esse tipo de veiculo e grande afinidade com
motocicletas. Sugere-se que a CNH categoria A, tambm seja exigida como critrio para
seleo nos processos de admisso em cada Corporao, assim como j ocorrem com outras
categorias descritas na legislao de trnsito.
Mesmo havendo uma rea temtica especfica no Grupo de Trabalho referente
Capacitao e Treinamento, importante frisar que no h como conceber um profissional, com
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
11
todos os perfis indicados acima, sem, contudo no possuir uma capacitao ou treinamento
especfico para preveno a criminalidade com emprego de motocicletas, alm de avaliaes
peridicas de desempenho.
Motivao e Escala de Servio
O desgaste provocado pelas intempries climticas, calor desprendido do motor das
motocicletas, peso do fardamento, equipamento e armamento, tenso provocada pela pilotagem
policial, sobrecarga fisiolgica na coluna, nos membros superiores e inferiores, e o trfego
realizado nas vias durante o policiamento ostensivo, so fatores que exige uma postura
diferenciada da Corporao para que esses profissionais estejam sempre satisfeitos e motivados
para o trabalho dirio.
Nesse sentido, verifica-se a necessidade de ser regulamentado pelas Corporaes,
mecanismos de recompensa aos integrantes que atuam nessa rea, seja ela pecuniria ou da
forma que melhor entender cada Instituio, sendo importante que ela exista. Pois, no havendo
uma motivao adequada, em regra geral, os profissionais estaro a procura de outras frentes de
servio.
Verifica-se ainda, que em algumas unidades de policiamento com motos, h a incidncia de
algumas patologias tpicas, sendo necessrio que haja preocupao das Corporaes no sentido
de desenvolver mecanismos de preveno atravs de atividades fsicas constantes e especficas,
alm do estudo dessas patologias em conjunto com intuies especializadas pblicas e/ou
privadas.
A escala de servio deve levar em considerao as limitaes fsicas do profissional de
segurana pblica, a realidade de cada instituio, efetivo e peculiaridades regionais. No
devendo passar de 08 (oito) horas ininterruptos de patrulhamento, com descanso capaz de
restabelecer a capacidade operacional de cada profissional. Os integrantes do Grupo sugeriram
escalas onde haja no mximo 08 (oito) horas no patrulhamento (com paradas intercaladas), com
perodos de 8 x 40, 12 x 60, 6 x 18 (com folgas nos finais de semana), ou outros perodos
estipulados por cada instituio, de forma a considerar os desgastes provocados pela modalidade
de policiamento com motocicletas.
Durante o trabalho recomenda-se para cada hora de patrulhamento, pelo menos 15 (quinze) a
20 (vinte) minutos em ponto de estacionamento, dando continuidade a preveno em locais
estratgicos e ao mesmo tempo, evitando sobrecarga na coluna.
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
12
Emprego Operacional
O policiamento com motocicleta a vedete do futuro, encaixa perfeitamente no contexto de
Segurana Pblica nos municpios brasileiros. Porm, ressalta-se que o seu emprego deve ser
bem avaliado nos perodos noturnos, chuvosos, com neblina e frio intenso. Devendo cada
instituio elencar as circunstncias peculiares locais e prioridades de emprego operacional,
sempre focado na qualidade da prestao de servio a sociedade e segurana dos profissionais
envolvidos
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
13
Contextualizao
Atualmente, percebe-se que algumas corporaes no seguem padres mnimos para
aquisio de motocicletas, sistemas luminosos, sirene, equipamentos de proteo individual e
inmeros outros acessrios necessrios para atuao rpida, ostensiva e dinmica dos
profissionais de segurana com utilizao desse tipo de veculo.
H que se comentar, que a motocicleta utilizada por criminosos em todas as partes do
pas, seja nos conglomerados urbanos, seja no Brasil profundo, no interior do pas, nesse
sentido, imperativo afirmar que em vrios Estados, verificou-se algumas particularidades, a
seguir:
A Os criminosos que cometem roubos, furtos, latrocnios e homicdios utilizando a motocicleta
como meio de fuga, beneficiam-se da facilidade de esconder os dgitos da placa de identificao
do veculo, do anonimato permitido pelo uso do capacete e agilidade da motocicleta, que permite
passar por becos estreitos, subir escadarias, passar por pontes de madeira em palafitas
flutuantes, passar pelos meios de jardins, passeios pblicos e canteiros de vias ou mesmo
atravessar passarelas em avenidas (Menezes, 2007). No possibilitando eficcia e eficincia da
policia em prevenir essa modalidade criminosa somente com emprego de viaturas convencionais
(mais empregadas em nosso pas);
B A maioria desses criminosos utilizam um comparsa (garupa), que est com as mos livres,
para fazer empunhadura e visada com uma arma de fogo, inclusive preparado para reagir
contra a polcia, a exemplo das saidinhas de banco, homicdios encomendados tpicos de
grupos de extermnio, latrocnios, roubos, furtos, etc;
C Em regra geral, nas corporaes estaduais, h pequenas unidades especficas de atuao com
motocicletas, sendo na maioria, grupos tticos que d uma resposta condizente na preveno a
criminalidade, porm, limitado, pois, no conseguem abranger toda malha de preveno
realizada pelas unidades operacionais ordinrias. Essas, muitas vezes utilizam motos e acessrios
inadequados e ainda, com foco voltado para fiscalizao de trnsito (h que se deixar claro, que
a fiscalizao de trnsito importantssima no contexto da segurana pblica), esquecendo s
vezes de focar tambm, na preveno aos crimes que geram graves conseqncias a sociedade
como os mencionados acima.
D Em vrios municpios localizados no interior dos Estados, nos rinces desse pas, no
denominado Brasil profundo, importante o emprego da motocicleta na preveno a
criminalidade, se complementando com outras polticas sistmicas de policiamento hidrovirio e
aeropolicial;
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
14
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
15
JUSTIFICATIVA
Segundo estatsticas do DETRAN, circulam no Estado do Rio de Janeiro 624.483
motos. Este nmero superior quantidade de motocicletas de 2008. No mesmo
perodo, houve um aumento de 28% nos furtos de motocicletas em relao ao ano
passado.
A utilizao de motocicletas na prtica de delitos tem aumentado de forma
considervel nos ltimos anos. A agilidade de uma motocicleta na abordagem das
vtimas, e na fuga dos locais dos crimes so os grandes atrativos para que este
veculo seja largamente usado pelos criminosos. Uma moto pode entrar em locais
que um automvel no entra, bem como mudar de sentido nas ruas, ou transpor
canteiros, fatos impensveis para um carro.
Eficaz na abordagem, gil na fuga, as motocicletas precisam ser combatidas com
instrumentos compatveis com suas caractersticas. Somente a utilizao de outras
motocicletas, poder minimizar esse tipo de atuao. Com iguais caractersticas
de deslocamento, as motos podem perseguir de forma eficaz os criminosos, e obter
resultados que os carros tradicionais no conseguem.
O presente projeto de lei no busca alterar o efetivo da Polcia Militar competncia sabidamente exclusiva do Executivo - mas sim compelir a
administrao a fornecer um nmero de motocicletas por batalho proporcional
ao nmero de motocicletas circulantes em cada municpio.
A proporo de motocicletas da Polcia Militar em relao ao total de
motocicletas circulantes foi discutida pelo Deputado Nilton Salomo e
representantes da Federao dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro, e
reflete, no entender destes, um nmero razovel para combate contundente
criminalidade.
Desta forma, defendemos que a forma mais eficaz de combater a utilizao de
motocicletas para prtica de delitos utilizar outras motocicletas.
Alm dessas iniciativas, foi observado os resultados desoladores das pesquisas realizadas
em 2009 pela Fundao Dom Cabral sobre a Mobilidade Urbana no Brasil, sendo constatado que
em cidades como So Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre o trnsito poder
parar em alguns anos, se no for tomado medidas estruturais e sistmicas. A referida fundao,
ainda calculou os prejuzos anuais com o trnsito lento nas grandes cidades brasileiras, com
projees na ordem de 30 bilhes de reais por ano somente no Estado de So Paulo e 33 bilhes
de reais no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Sendo inegveis os reflexos dessas
problemticas tambm no contexto da segurana pblica.
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
16
Visando dar resposta a esse problema estrutural, que pode inclusive prejudicar o
espetculo da Copa do Mundo 2014 no Brasil, o Ministrio das Cidades anunciou um projeto
especfico sobre mobilidade urbana nas grandes cidades, com investimentos na ordem de 11
bilhes de reais em infra-estrutura, visando inicialmente os Jogos de 2014, com expectativa de
deixar um legado que ser complementado com outros projetos nessa seara. Sendo imperioso
que exista uma resposta tambm no mbito da segurana pblica, que ser envolvida em torno
dessa problemtica a todo instante.
Verificando as informaes repassadas pelas Secretarias Estaduais de Segurana Pblica
SENASP/MJ, percebe-se um contingente muito pequeno de viaturas empregadas
especificamente na preveno a criminalidade nos municpios brasileiros, totalizando
aproximadamente 6.505 (seis mil quinhentos e cinco) motocicletas e cerca de 21.444 (vinte e um
mil quatrocentos e quarenta e quatro) automveis. Ressalta-se que os Estados de Pernambuco,
Minas Gerais e Maranho no responderam aos questionrios sobre esses tpicos SENASP/MJ.
Aps anlise dos dados descritos na tabela abaixo, foram constatadas algumas relaes
interessantes:
1 - A relao aproximada entre nmero de policiais militares x automveis (viaturas)
caracterizadas no Brasil de 19,5 x 1;
2 - A relao entre policiais x motocicletas (viaturas) de 64,40 motocicletas para cada policial;
3 - A relao entre motocicletas (viaturas) x automveis (viaturas) de 0,30 x 1.
4 A relao ideal seria pelo menos 02 (duas) motocicletas para cada 01 (um) automvel: 2 x 1;
Utilizando o parmetro descrito no item (4), para aumento da frota de motocicletas,
teramos atualmente, um dficit aproximado de 36.382 motocicletas nas Policias Militares do
Brasil. Ressalta-se, que esse quantitativo o ideal, porm, existem vrios outros parmetros que
podem ser utilizados para familiarizar o uso da motocicleta nas aes de preveno a
criminalidade no pas, a exemplo do quantitativo por unidade operacional mencionada aps a
tabela abaixo.
Efetivo
Nmero de
Unidades
Operacionais
AC
AL
AM
AP
BA
CE
DF
1922
5632
5905
2951
30771
14050
14585
34
299
104
12
646
236
NR
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Motocicletas Automveis
em uso
em uso
caracterizada caracterizada
73
97
476
94
552
1065
499
126
503
451
105
1541
983
552
Ministrio da Justia
Relao
Motocicletas
x
Automveis
Quantidade Ideal
de motocicletas
em uso
operacional
Dficit
atual
0,6
0,2
1,1
0,9
0,4
1,1
0,9
252
1006
902
210
3082
1966
1104
179
909
426
116
2530
901
605
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
17
ES
GO
MA
MG
MS
MT
PA
PB
PE
PI
PR
RJ
RN
RO
RR
RS
SC
SE
SP
TO
TOTAL
7247
12042
10164
48763
5383
6176
13139
8721
19216
9807
19534
36187
8701
5119
1586
22379
11276
5625
87822
4300
419003
164
288
NR
...
183
211
69
467
...
34
625
304
219
NR
84
250
92
126
2067
205
2824
297
596
NR
...
45
305
629
160
...
420
1027
608
320
160
108
579
763
123
2286
112
6506
937
1503
436
...
166
426
666
391
...
244
2750
3451
339
328
124
1986
1779
137
10112
194
21444
0,3
0,4
xxx
xxx
0,3
0,7
0,9
0,4
xxx
1,7
0,4
0,2
0,9
0,5
0,9
0,3
0,4
0,9
0,2
0,6
0,3
1874
3006
872
xxx
332
852
1332
782
xxx
488
5500
6902
678
656
248
3972
3558
274
20224
388
42888
1577
2410
xxx
xxx
287
547
703
622
xxx
68
4473
6294
358
496
140
3393
2795
151
17938
276
36382
Para cada 10 (dez) motocicletas, pelo menos uma viatura operacional de apoio;
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
18
Validando essa relao, teramos cerca de 2824 unidades operacionais e a mdia de 11,5
motocicletas por unidade, totalizando o quantitativo ideal de pelo menos 32.476 motocicletas a
serem empregadas nas Policias Militares no Brasil, dficit de pelo menos 25.979 motocicletas.
Alm de fazer meno necessidade de incrementar a quantidade de motocicletas
empregadas na preveno a criminalidade em nosso pas, foi unnime a necessidade de definio
de alguns critrios tcnicos sobre os equipamentos, veculos e acessrios a serem sugeridas s
corporaes no Brasil, evitando a falta de padronizao e inadequao a atividade.
Os integrantes do Grupo de Trabalho dividiram os assuntos de logstica em 04 (quatro)
itens: viaturas, equipamento de segurana individual; uniforme bsico; armamento e quantidade
de motocicletas por frao de efetivo.
1. VIATURAS
POLICIAMENTO
PREVENTIVO
ORDINRIO
EQUIPAMENTO
Motocicleta
Sistema de
iluminao
Sirene (alarme
sonoro) para moto
Justificativa:
Rapidez
no
deslocamento,
robustez,
versatilidade e necessrio
poder de impacto.
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
POLICIAMENTO
OSTENSIVO
RECOBRIMENTO
(TTICO)
Motocicleta com potncia
entre 600cc a 1000cc on/off
road, com pneu de uso misto.
injeo eletrnica e partida
eltrica/eletrnica. Autonomia
mnima de 200 km. Distncia
do solo, adequada para aes
preventivas em reas urbanas e
rurais.
Ministrio da Justia
POLICIAMENTO
RODOVIRIO
Motocicleta com potncia
acima 600 cc, exceto modelo
super bike com injeo
eletrnica e partida eltrica /
eletrnica. Autonomia mnima
entre 250 a 300 km.
Justificativa:
Poder
para
recuperao
e
viso
impactante.
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
19
Estrutura para
armazenamento de
materiais
Equipamentos
adicionais
VTR 04 rodas
motor e gua.
Bauleto ou bolsa (ressalta-se
que o bauleto, poder dificultar
a agilidade do policial em
algumas ocasies crticas)
1. Protetor de motor;
2. Protetor de crter;
3. Porta tonfa ou basto
policial;
4. Protetor de manete;
5. Dispositivo corta linha
pipa;
SIM
Justificativa: apoio
motor e gua.
motor e gua.
1. Protetor de motor;
2. Protetor de Carter;
3. Porta tonfa ou basto
policial;
4. Protetor de manete;
5. Dispositivo corta linha
pipa;
SIM
Justificativa: apoio
1. Protetor de motor;
2. Protetor de Carter;
3. Porta tonfa ou basto
policial;
4. Protetor de manete;
5. Dispositivo corta linha
pipa;
SIM
Justificativa: apoio
EQUIPAMENTO
Colete Balstico
Colete ttico
Jaqueta
Bota
Capacete
Radio transceptor
Porttil
Luva
Capa de chuva
Colete refletivo
Equipamentos
adicionais
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
POLICIAMENTO
OSTENSIVO
RECOBRIMENTO
(TTICO)
Colete balstico nvel III-A.
POLICIAMENTO
RODOVIRIO
No utiliza
Colete refletivo
Joelheira,
cotoveleira
protetor cervical
Ministrio da Justia
Joelheira,
cotoveleira
protetor cervical
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
20
3. UNIFORME BSICO
POLICIAMENTO
PREVENTIVO
ORDINRIO
PEA
Cala
POLICIAMENTO
OSTENSIVO
RECOBRIMENTO
(TTICO)
Macaco especifico para
motociclista com reforo na
regio plvica, cotovelo e
joelho.
POLICIAMENTO
RODOVIRIO
POLICIAMENTO OSTENSIVO
RECOBRIMENTO (TTICO)
Pistola calibre .40 com 03
carregadores sobressalentes;
Arma de apoio para a equipe com
tamanho reduzido (carabina, submetralhadora,etc)
Arma de condutividade eltrica
Basto policial ou tonfa.
Espargidor de soluo ou espuma
lacrimognea de uso individual
POLICIAMENTO RODOVIRIO
Pistola calibre .40 com 03
carregadores sobressalentes;
Arma de condutividade eltrica
Basto policial ou tonfa.
Espargidor de soluo ou espuma
lacrimognea de uso individual
EQUIPE
POLICIAMENTO
PREVENTIVO
ORDINRIO
Guarnio
Mnimo: 02 motocicletas
ideal: 03
Peloto
20 motocicletas
02 automveis (apoio)
Mnimo: 02
motocicletas
ideal: 03
20 motocicletas
02 automveis (apoio)
40 motocicletas
04 automveis (apoio)
40 motocicletas
04 automveis (apoio)
Companhia
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
POLICIAMENTO
RODOVIRIO
Ministrio da Justia
POLICIAMENTO OSTENSIVO
RECOBRIMENTO (TTICO)
Mnimo: 03 motocicletas (com um policial
montado)
30 motocicletas
03 automveis (apoio)
60 motocicletas
06 automveis (apoio)
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
21
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
22
Dificuldade ao montar
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
23
As imagens acima sugerem algumas observaes interessantes e que deve ser bem
avaliada por cada corporao ao dar prosseguimento a difuso do emprego da motocicleta no
policiamento preventivo.
Inicialmente unanime a constatao que na esmagadora maioria dos roubos, homicdios
e latrocnios ocorridos com emprego de motocicletas, os perpetradores possuem
relativa
destreza com esses veculos, esto em dupla e o garupa apto a utilizar a arma de fogo, devendo
os profissionais de segurana pblica estarem em superioridade para com essa realidade fatdica.
Porm, quando empregamos motocicletas no policiamento ostensivo, necessitamos de
portar alguns documentos, munies extras e outros materiais especficos de cada corporao.
Em regra geral, fixado nas motocicletas bauletos com capacidade mdia de 27 litros, tamanho
suficiente para portar todo esse material e com sobra de espao. Verifica-se, porm, que esse
acessrio, pode dificultar a agilidade do policial em momentos crticos, a exemplo de uma
abordagem a dois indivduos em atitude suspeita em deslocamento numa motocicleta, fato
corriqueiro em qualquer local.
Nas fotos acima, no restam dvidas sobre essa assertiva, porm, temos conscincia que
necessrio haver um recipiente para guarda de alguns materiais indispensveis aos policiais
durante a realizao de policiamento com motos. Nesse contexto, sugerem-se como alternativa,
outros recipientes, como bolsas impermeveis, confeccionadas com poliamida 6.6 de tranas rip
stop, com medidas reduzidas e que possa ser fixada e retirada facilmente do bagageiro da
motocicleta, adaptadas para cada realidade e que no dificulte a ao policial nas ocasies
narradas acima.
Devendo cada corporao avaliar suas reais necessidades e definir o tamanho, modelo e
caractersticas desses recipientes, vislumbrando dar maior segurana na ao policial,
capacidade de resposta, surpresa, agilidade e versatilidade possibilitada pelo uso da motocicleta
na preveno criminalidade.
D Imagens de motocicletas equipadas para atividade policial
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
24
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
25
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
26
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
27
Uso de motocicletas on / off road em reas rurais altura em relao ao solo e pneus
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
28
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
29
Nesse caso, o teste foi ainda mais pfio, para alcanar 75 km/h o tempo gasto foi de 22
(vinte e dois) segundos, no deixando dvidas que cilindradas muito baixas, no so
indicadas para atividade de policiamento ostensivo, muito menos, as que possuem estilo
street, como era o caso da motocicleta A.
Moto B 250cc: Foi verificado que essa motocicleta possui um tempo de resposta
bastante significativo, carregando um passageiro (segurana) ou no. Para alcanar 100
km/h, a motocicleta sem passageiro demorou 12 (doze) segundos para alcanar o
objetivo. Nos testes com a motocicleta utilizando um piloto e um segurana (garupa), foi
possvel alcanar o tempo de 17 (dezessete) segundos. Nesses testes ficou evidente a
superioridade de motocicletas com no mnimo 250cc em comparao com as
motocicletas 125cc, porm, h que se destacar que as motocicletas de no mnimo 250cc
podem ser empregadas no policiamento ostensivo, com emprego de garupa (segurana)
ou no. Porm, no so indicadas para unidades de recobrimento ttico, pois, requer uma
potncia e tempo de resposta maior do que as alcanadas por motocicletas de 250cc.
Moto C 660cc: O desempenho de motocicletas on/off road com cilindrada
superior a 600cc so incontestes para atuao no que tange ao policiamento ostensivo
ordinrio ou ttico de recobrimento. Nos testes realizados sem garupa (segurana) a
motocicleta alcanou 100 km/h em 0645s (seis segundos e quarenta e cinco centsimos).
Com utilizao de garupa (segurana) 09 (nove) segundos. Tempo de resposta
incomparvel com qualquer outra motocicleta de cilindradas menores on/off road com
as caractersticas ideais para policiamento ostensivo. Porm, h que se ressaltar que para
o policiamento ordinrio, a mesma apresenta um custo superior s motocicletas de 250cc
a 400cc, devendo ser empregadas a priori nas unidades de recobrimento ttico e de
escoltas, a critrio das condies financeiras de cada corporao e peculiaridades
regionais.
Aps todos os testes realizados, verifica-se mais uma vez que na atividade
policial, imperativo que os profissionais estejam com viaturas, equipamentos e
acessrios que possibilitem atuao mais eficiente, eficaz, com segurana, rapidez,
agilidade e efeito surpresa, recomendando-se assim, a utilizao de motocicletas estilo
on/off road com no mnimo 250cc e mximo de 400cc no policiamento ostensivo
ordinrio e no policiamento ostensivo de recobrimento (ttico), motocicletas estilo
on/off road com no mnimo 600cc e no mximo 1000cc, e demais caractersticas
descritas nas tabelas acima.
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
30
Essa rea temtica crucial para o sucesso da Doutrina Nacional de Policiamento com
Motos, sem a mesma, no seria possvel almejar sucesso longevo ao projeto. Haja vista que uma
das grandes deficincias encontradas atualmente, justamente as questes relacionadas ao
treinamento e capacitao, bem como procedimento operacional padro arrojado, que venha a
realmente propiciar a sociedade uma preveno ao delito eficiente e eficaz.
Inicialmente, os participantes que aprofundaram o conhecimento nessa seara,
vislumbraram a necessidade de providenciar uma padronizao de Cursos especficos para o
policiamento ordinrio, ttico e rodovirio, pois, cada um possui uma caracterstica prpria e
relativamente distinta. Porm, como incio dos trabalhos, foi focada a rea que poderia alcanar a
maior quantidade de efetivo possvel das Corporaes, ou seja, policiamento preventivo
ordinrio, realizado em todas unidades operacionais das Policias Militares.
Devido ao tempo exguo para abrangncia maior ao trabalho, ficou estabelecido uma
grade curricular mnima, nos padres exigidos pelo Departamento de Produo do
Conhecimento, Analise da Informao e Desenvolvimento de Pessoal (DEPAID) / Secretaria
Nacional de Segurana Pblica, no que se refere a um Curso e um Estgio para ser ministrado
aos policiais que estaro atuando no policiamento preventivo com emprego de motos.
Foi construdo a institucionalizao de um curso com cerca de 180 (cento e oitenta)
horas, com durao estimada em 03 (trs) semanas, baseado no vasto conhecimento na rea de
treinamento e capacitao de todos os integrantes do Grupo de Trabalho, e, visa propiciar aos
profissionais de segurana pblica, competncias necessrias para atuar nessa modalidade de
policiamento com segurana. Sendo as disciplinas e carga horria descrita a seguir:
Disciplinas / Docentes / Carga Horria:
Disciplinas
Docentes
CH
01
04
01
02
01
08
Noes de Mecnica
01
05
02
70
02
50
Gerenciamento de Crises
01
06
01
04
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
31
02
15
01
16
13
180
TOTAL
Docentes
CH
01
02
01
02
Noes de Mecnica
01
02
01
06
02
25
02
18
Gerenciamento de Crises
01
02
01
02
10
60
TOTAL
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
32
PROCEDIMENTO OPERACIONAL
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
33
PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrncia
Conforme POP especfico
Deslocamento para o local da ocorrncia
Conforme POP especfico
Chegada ao local da ocorrncia
Conforme POP especfico
Adoo de medidas especficas
Abordagem a veculo sob fundada suspeita
Conduo da (s) parte (s)
Conforme POP especfico
Apresentao da ocorrncia na repartio pblica
Conforme POP especfico
competente
Encerramento da ocorrncia
Conforme POP especfico
FUNDAMENTAO LEGAL
DESCRIO
Necessidade de ao preventiva
Poder de polcia
Busca pessoal
Busca pessoal em mulheres
Uso de algemas
LEGISLAO
Artigo 144, caput da Constituio Federal- CF
Art 78 do Cdigo Tributrio Nacional CTN
Art 244 do Cdigo de Processo Penal CPP
Art 249 do Cdigo de Processo Penal CPP
Smula Vinculante n 11 Supremo Tribunal Federal STF
Art. 5, inciso LXI da Constituio Federal
Conduo das partes
Art 178 do Estatuto da Criana e do Adolescente.
Desobedincia (art. 330), desacato (art. 331) e resistncia
No cooperao por parte da
(art. 329) do Cdigo Penal;
pessoa a ser abordada
Art. 68 das Contravenes Penais (Dec. Lei 3688/41).
Figura 1
Capacete modular
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
34
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
35
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
36
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Designar um policial militar canhoto para funo de garupa;
2. No sinalizar corretamente para determinar a parada do veculo a ser abordado;
3. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) no momento da abordagem;
4. Agir isoladamente;
5. Posicionar incorretamente o(s) abordado(s);
6. Deixar de utilizar a verbalizao descrita pelo procedimento;
7. Conversar, o P3, com os abordados;
8. Agir desordenadamente.
ESCLARECIMENTOS:
Item 1(Sequncia das aes n 1):
Compor a guarnio:
P1: comandante da guarnio (responsvel pela escriturao);
P2: piloto do garupa (escriturrio da guarnio);
P3: garupa (a arma ficar fora do coldre, em contato com a parte lateral da coxa, obedecendo s
regras do dedo fora do gatilho e controle de cano).
Figura 1:
P2
P1
P3
5 metros
P1
P3
P2
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
37
Figura 3 (Ao corretiva n 2): Desembarque da guarnio com fluxo intenso de veculos na faixa da
esquerda
P1
P3
P2
M
5 metros
P1
P3
P2
M: motorista;
P: Passageiro.
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
38
P
P1
P3
5 metros
P2
P1
M
P
5 metros
P3
P2
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
39
PROCESSO
PROCEDIMENTO
ESTABELECIDO EM:
REVISADO EM:
REPONSVEL:
N DA REVISO:
Comandante da guarnio
ATIVIDADES CRTICAS
1. Impacto da chegada na abordagem;
6. Sinalizar, o P2, com um toque na sirene, luz intermitente vermelha e uma troca de luz alta e baixa;
7. Verbalizar, o P3, Polcia! Pare a motocicleta!;
8. Desligar as motocicletas engrenadas, atravs do boto de interrupo do funcionamento do motor;
9. Verbalizar, o P3, Passageiro coloque as mos na nuca!. Piloto desligue o veculo e coloque as
mos na nuca!;
10. Desmontar, o P1, simultaneamente verbalizao do P3, com o armamento na posio sul e
posicionar direita de sua motocicleta (Figura 2);
11. Desmontar com o armamento na posio sul, o P3, e posicionar a esquerda de sua motocicleta
(Figura 2 e ao corretiva n 2);
12. Desmontar com o armamento na posio sul, o P2, e posicionar entre as motocicletas, preocupandose com a segurana de retaguarda (Figura 2);
16. Manter a formao em leque, durante o deslocamento dos abordados (Figura 4);
17. Coldrear o armamento e realizar a busca pessoal, o P3, tendo como segurana o P1;
18. Determinar a retirada dos capacetes, o P3, e a entrega um por vez, realizando a verificao interna e
acomodao do(s) capacete(s) no(s) retrovisor(es) da motocicleta (Ao corretiva n 3);
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
40
22. Determinar aos abordados que voltem sua frente para a via com as mos para trs;
23. Retirar o capacete, o P2, acomodar no retrovisor direito de sua motocicleta e colocar sua cobertura;
26. Recolher, o P3, o capacete do comandante e retirar o seu, acomodando-os em suas respectivas
motos;
29. Entregar, o P3, aps os trabalhos, toda documentao ao P1, repassando-lhe toda alterao
verificada (caso haja);
30. Realizar, o P1, a devoluo dos documentos ao(s) seu(s) respectivo(s) proprietrio(s);
31. Liberar, o P1, o(s) abordado(s) com cordialidade, aguardando a sada do(s) mesmo(s) do local, em
segurana.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Caso haja superioridade numrica no veculo a ser abordado, solicitar apoio (Sequncia das aes n
1);
2. Caso haja fluxo intenso de veculos na faixa da esquerda o P3 deve se posicionar a direita de sua
motocicleta e a esquerda do P2 (Figura 3 e sequncia das aes n 11);
6. Caso o veculo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e solicitar apoio para cerco.
POSSIBILIDADES DE ERRO
6. Deixar o(s) capacete(s) do(s) abordado(s) cair(em) (Sequncia das aes n 19 e ao corretiva n
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
41
3);
7. Agir desordenadamente.
ESCLARECIMENTOS:
Item 1 (Sequncia das aes n 1):
Compor a guarnio:
P1: comandante da guarnio (responsvel pela escriturao);
P2: piloto do garupa (escriturrio da guarnio);
P3: garupa (a arma ficar fora do coldre, em contato com a parte lateral da coxa, obedecendo s regras do
dedo fora do gatilho e controle de cano).
Figura 1 (Sequncias das aes n 4 e 5):
3 metros
5 metros
Figura 2 (Sequncias das aes n 10, 11 e 12): Desembarque da guarnio
P3
P1
P2
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
42
Figura 3 (Ao corretiva n 2): Desembarque da guarnio com fluxo intenso de veculos na faixa da
esquerda
P3
P1
P2
Figura 4 (Sequncia das aes n 16): Manter a formao em leque, durante o deslocamento dos
abordados
P3
M1
M2
m
P1
P2
M1: piloto;
M2: passageiro.
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
43
P3
A1
A2
P1
P2
P1
A1
P3
A2
P2
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
44
Comandante da guarnio
ATIVIDADES CRTICAS
1. Impacto da chegada na abordagem;
2. Verbalizao;
3. Desembarque da guarnio.
12. Determinar ao(s) abordado(s) que coloquem suas mos na parede, na falta desta os abordados
devem permanecer com as mos na nuca e entrelaar os dedos;
13. Manter a formao em leque, durante o deslocamento dos abordados (Figura 3);
14. Coldrear o armamento e realizar a busca pessoal, o P3, tendo como segurana o P1;
15. Coldrear o armamento, toda a guarnio, aps a busca pessoal;
16. Posicionar, o P1, do lado direito do(s) abordado(s);
17. Posicionar, P3 (garupa), do lado esquerdo do(s) abordado(s);
18. Determinar ao(s) abordado(s) que voltem sua frente para a via com as mos para trs;
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
45
19. Retirar o capacete, o P2, acomodar no retrovisor direito de sua motocicleta e colocar sua cobertura;
27. Recolher, o P3, o capacete do comandante e retirar o seu, acomodando-os em suas respectivas
motos;
25. Entregar, o P3, aps os trabalhos, toda documentao ao P1, repassando-lhe toda alterao
verificada (caso haja);
26. Realizar, o P1, a devoluo dos documentos ao(s) seu(s) respectivo(s) proprietrio(s);
27. Liberar, o P1, o(s) abordado(s) com cordialidade, aguardando a sada do(s) mesmo(s) do local, em
segurana.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as pessoas em atitudes suspeitas sejam identificadas;
2. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnio, os transeuntes e os abordados;
3. Que a guarnio esteja preparada para uma possvel reao do(s) abordado(s) ou externa;
4. Que cada policial se exponha o mnimo possvel;
5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento.
AES CORRETIVAS
01 Caso haja superioridade numrica das pessoas a serem ser abordadas, solicitar apoio (Sequncia das
aes n 1);
02 Caso haja fluxo intenso de veculos na faixa da esquerda o P3 deve se posicionar a direita de sua
motocicleta e a esquerda do P2 (Figura 3 e sequncia das aes n 11);
05 Caso o veculo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e solicitar apoio para cerco.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Designar um policial militar canhoto para funo de garupa;
2. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) no momento da abordagem;
3. Agir isoladamente;
4. Posicionar incorretamente o(s) abordado(s);
5. Agir desordenadamente.
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
46
A1
A1: Abordado 01
Figura 2 (Sequncias das aes n 09, 10, e 11): Desembarque da guarnio
5 metros
A1
5 metros
P3
P1
P2
Figura 3 (Sequncia das aes n 13): Manter a formao em leque, durante o deslocamento do(s)
abordado(s)
P3
A1
P1
P2
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
47
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
48
Comandante da guarnio
ATIVIDADES CRTICAS
1. Impacto da chegada na abordagem;
2. Desembarque dos ocupantes do veculo abordado.
1.
2.
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
49
AES CORRETIVAS
Caso haja superioridade numrica no veculo a ser abordado, solicitar apoio (Sequncia das aes n
1);
Caso haja fluxo intenso de veculos na faixa da esquerda deve se posicionar em local seguro e
acostamento;
3. Caso o veculo seja de 02 (duas) portas e tenha sua visibilidade interna comprometida, o
Comandante deve determinar a um dos ocupantes: Levante o encosto do banco! Deixe a porta
aberta! V para a traseira do veculo! (Sequncia das aes n 10 e POP 103.01);
4. Caso o veculo seja de 04 (quatro) portas e tenha sua visibilidade interna comprometida: Motorista
feche sua porta! e a um dos ocupantes: Deixe sua porta aberta! Abra a porta traseira! V
para a traseira do veculo! (Sequncia das aes n 10);
5. Caso perceba a falta de segurana para a execuo do fatiamento, o PM dever redobrar a cautela e
recorrer s tcnicas de progresso, tomada de barricada ou reduo de silhueta e olhada rpida
(Sequncia das aes n 11);
6. Caso seja constatada a presena de outra(s) pessoa(s) no interior do veculo, quando do fatiamento
ou averiguao, o comandante dever determinar: Desa(m) com as mos para cima!, Se
posicione(m) ao lado dos demais! (Sequncia das aes n 11);
7. Caso no transcorrer da abordagem, o abordado comporte-se de maneira no cooperativa (resistncia
passiva ou ativa), adotar o uso seletivo da fora;
8. Caso o veculo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e solicitar apoio para cerco.
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
50
POSSIBILIDADES DE ERRO
No sinalizar corretamente para determinar a parada do veculo a ser abordado;
2.
P1
P2
5 metros
P1
P2
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
51
M
P1
P
P2
5 metros
M: motorista;
P: Passageiro.
P
P1
P2
5 metros
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
52
P1
P2
M
P
5 metros
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
53
ESTABELECIDO EM:
REVISADO EM:
REPONSVEL:
N DA REVISO:
Comandante da guarnio
ATIVIDADES CRTICAS
1. Impacto da chegada na abordagem;
2. Imobilizao do veculo abordado;
3. Desembarque dos ocupantes do veculo abordado.
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
54
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
55
ESCLARECIMENTOS:
Item 1 (Sequncia das aes n 1):
Compor a guarnio:
P1: comandante da guarnio (responsvel pela guarnio);
P2: patrulheiro (escriturrio da guarnio);
Figura 1: Deslocamento para patrulhamento
OBS: Caso haja um fluxo intenso a dupla deve se deslocar em coluna por um.
Figura 2: Desembarque da guarnio
?
P1
P2
Figura 3 (Ao corretiva n 2): Desembarque da guarnio com fluxo intenso de veculos na faixa da
esquerda
P2
P1
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
56
M1
M2
P2
M1: piloto;
M2: passageiro.
Figura 5: Busca pessoal e movimentao da guarnio
A1
P1
A2
P2
A1
P2
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
A2
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
57
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
58
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
59
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
FELIPE, Cludio Csar. Manual bsico para o policiamento de motocicleta. Campo Grande
MS: Polcia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, 2007.
SANTOS, Ivens Giuliano Campos dos. Policiamento com motocicletas. Porto Alegre - RS:
Polost / APESP, 2004.
Secretaria Nacional de
Segurana Pblica
Ministrio da Justia
Departamento de Polticas,
Programas e Projetos
60