Administração - Evolução, Situação Atual e Perspectivas
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Era Clssica
1900 1950
Era Neoclssica
1950 1990
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Inicio da Industrializao
Estabilidade
Pouca mudana
Previsibilidade
Regularidade e certeza
Desenvolvimento Industrial
Aumento da mudana
Fim da previsibilidade
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Administrao Cientfica
Teoria Clssica
Relaes Humanas
Teoria da Burocracia
. Teoria Neoclssica
. Teoria Estruturalista
. Teoria Comportamental
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. Necessidade de inovao
. Tecnologia da Informao
. Globalizao
Era da Informao
. nfase nos servios
Aps 1990
. Acelerao da mudana
. Imprevisibilidade
. Instabilidade e incerteza
Fonte: Chiavenato, I. 2.000:657
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. Teoria de Sistemas
. Teoria da Contingncia
nfase na:
Produtividade
Qualidade
Competitividade
Cliente
Globalizao
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Como ficar a Administrao? Seu ensino? Seu aprendizado? Sua aplicao no mundo real das
organizaes?
Certamente, por suas caracteristicas multi e interdisciplinar ela no ficar isolada nesse dinmico e
conturbado contexto globalizado. As especialidades clssicas dentro da Administrao como Recursos
Humanos, Produo, Marketing, Finanas, etc. devero cada vez mais serem tratadas em sua
verticalidade (especializao) e na sua horizontalidade. A interdisciplinaridade deve, definitivamente
marcar a substituio da especializao pela generalizao. No a generalizao irresponsvel,
descomprometida e superficial com as mltiplas e complexas variantes especializadas. Mas a
capacidade de escolher o caminho certo na hora certa. Portanto, no o conhecimento especializado
por certo necessrio em toda atividade de natureza, no caso administrativa e, em muitas outras
reas que conta, mas a combinao com uma srie de competncias generalizadas e
aparentemente fluidas. Ou seja, todo especialista de primeira linha tambm no fundo um bom
generalista. Administrao cabe a misso de construir a si prpria no espao e no tempo a
identidade comum, capaz de orientar a atuao de todos os membros da organizao quanto ao
presente e futuro.
Por si, hoje a tarefa de administrar apresenta variveis e situaes incertas e desafiadoras. O
cenrio que se projeta de um sem-nmero de variveis e transformaes carregadas de
ambiguidades e de incertezas. O Administrador se defrontar com problemas multifacetados e cada
vez mais complexos com sua ateno disputada por eventos e por grupos situados dentro e fora da
empresa que proporcionaro informaes contraditrias, complicando o seu diagnstico perspectivo
e a sua viso dos problemas a resolver ou das situaes a enfrentar. So exigncias da sociedade,
dos clientes, dos fornecedores, dos agentes regulamentadores. So os desafios dos concorrentes, as
expectativas da alta administrao, dos subordinados, dos acionistas, dos governos, das
organizaes no-governamentais.
Todas essas exigncias, desafios e expectativas exigiro do Administrador uma combinao
adequada e consistente das habilidades tcnicas, humanas e conceituais, ora de cunho
especializado, ora de cunho generalista.
A Administrao, por e atravs de seus agentes cada vez mais, necessitar compreender as normas,
valores e vises do mundo dos colaboradores diretos, grupos, unidades e de toda a organizao. A
compreenso de tais questes, formam a base a partir da qual se prescruta o futuro e se decide
sobre os novos conhecimentos que so legtimos e os que no so. Trata-se portanto, de algo que
ultrapassa a mera referncia viso/misso da organizao, descrio de postos de trabalho,
organograma e ferramentas a servio da organizao. As pessoas participam e contribuem para o
seu conhecimento, para o conhecimento da organizao onde trabalham, para a famlia, a igreja, o
clube social, etc. Todas essas experincias de mo dupla, influenciam a maneira de ser da
organizao onde trabalham e vice-versa.
A inovao e a criatividade organizacional constituir-se-o no vetor da Administrao. Sero to
importantes para a Administrao quanto hoje considerado o processo administrativo de planejar,
organizar, dirigir e controlar.
Caber a Administrao, tornar o conhecimento cada vez mais produtivo. Uma coisa certa. Esse
capital intangvel provocar na estrutura de cargos, nas carreiras e nas organizaes, mudanas to
dramticas como as que resultaram na mudana da produo artesanal para a produo em srie
com a Revoluo Industrial, operacionalizada por Taylor e seus seguidores.
Nossas escolas de Administrao devero desenvolver de forma crescente e consistente
competncias de longo prazo para preparar o Administrador polivalente/generalista
/especialista, o cidado socialmente responsvel e o administrador poltico, comprometido com o
bem-estar coletivo. Isto porque, diante do modelo de especializao flexvel e dos novos conceitos
de produo, em que a diviso tcnica do trabalho se tornou menos evidenciada, com a integrao
do trabalho direto e indireto e a integrao entre produo e controle de qualidade, onde o trabalho
em equipe passou a substituir o trabalho individualizado e as tarefas do posto de trabalho foram
eclipsadas pelas funes polivalentes, o contedo e a qualidade do trabalho do Administrador
modificaram-se.
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mundo globalizado!
A Administrao est percorrendo caminhos para constituir-se tanto em cincia como em arte e
tcnica. H em Administrao princpios, teorias, instrumentos e tcnicas. Est emergindo uma
linguagem comum da Administrao e talvez at haja uma disciplina universal. Sem dvida alguma,
h uma funo genrica mundial que chamamos de administrao e que atende a mesma
finalidade em toda e qualquer sociedade desenvolvida. Como decorrncia, a Administrao tambm
uma cultura de valores e crenas. Pode ser considerada a ponte entre uma civilizao que est se
tornando mundial e uma cultura que manifesta tradies, valores, crenas e patrimnios
divergentes. A Administrao precisa tornar-se cada vez mais um instrumento pelo qual a
diversidade cultural passa a atender as finalidades comuns da humanidade. Porm, ao mesmo
tempo, a Administrao est sendo cada vez mais exercida dentro das fronteiras de uma nica
cultura, legislao ou jurisdio nacional. A Administrao deve e pode, tornar produtivos os
valores, as aspiraes e as tradies do indivduo, da comunidade e da sociedade, para atender a
uma finalidade produtiva comum. Se a Administrao no tiver xito em colocar a funcionar o
patrimnio cultural especfico de um pas, de uma regio, de uma comunidade, no pode ocorrer o
desenvolvimento social e econmico.
A Administrao se tornar, rapidamente, junto com a tecnologia, o recurso estratgico dos pases
desenvolvidos e a necessidade bsica daqueles em desenvolvimento como o Brasil. Por
constituirem-se em alvo de interesse especfico de um setor, isto , das instituies econmicas da
sociedade, no s a Administrao como tambm, os Administradores, esto se tornando segmento
genrico caracterstico constitutivo da sociedade desenvolvida. O que a Administrao e os
Administradores fazem, tornar-se-, portanto e apropriadamente, cada vez mais uma questo de
interesse pblico e no um assunto reservado aos peritos. A Administrao se preocupar, cada
vez mais, com a manifestao de crenas e valores, tanto quanto com a acumulao e conservao
de resultados economicamente mensurveis. Defender, cada vez mais, a qualidade de vida de uma
sociedade quanto o seu padro de vida.
Todavia, a mais importante mudana que o futuro reserva para a Administrao que, nos pases
desenvolvidos, as aspiraes, os valores e, de fato, a sobrevivncia, mesmo da sociedade, viro a
despertar, cada vez mais, do desempenho, da competncia e dos valores dos Administradores. A
importante tarefa que est reservada prxima gerao , portanto, tornar produtivas, para o
indivduo, comunidade e sociedade, as novas instituies organizadas de nosso novo pluralismo.
E, isso, o que constitui acima de tudo, o novo papel da Administrao, fundado na tica, na
Democracia, na Participao, no Desenvolvimento Ecologicamente Sustentado, no respeito
Vida, no Pluralismo e na participao de todos dos resultados e bens da humanidade.
[*] Palestra proferida aos alunos do Curso de Administrao de Dracena (SP) e Osvaldo
Cruz (SP) do Centro de Ensino Superior de Dracena e Osvaldo Cruz, nos dias 16 e
17/04/01.
** professor e consultor na rea de Organizaes e Estratgia Corporativa no
Departamento de Administrao da UEM (PR). Mestre em Administrao pela Escola de
Administrao da UFRGS. - E-mail: [email protected]
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