14 Senai Projeto de Moldes
14 Senai Projeto de Moldes
14 Senai Projeto de Moldes
Página
CAP. 1 - desenvolvimento de produtos 5
CAP. 2 - Molde de injeção 19
CAP. 3 - Função dos elementos do molde 23
CAP. 4 - Fechamento normal 26
CAP. 5 - Aços para construção de moldes 27
CAP. 6 - Polimento de machos e matrizes 31
CAP. 7 - Elementos padronizados 35
CAP. 8 - Sistema de extração 45
CAP. 9 - Sistemas de refrigeração 55
CAP. 10 - Sistemas de alimentação 65
CAP. 11 - Lista comparativa para projeto de moldes 73
CAP. 12 - Molde com gavetas 77
CAP. 13 - Molde com gavetas (exemplo) 78
CAP. 14 - Molde com gavetas (Legenda) 79
CAP. 15 - Molde com gavetas (Legenda) 80
CAP. 16 - Molde de Canal quente 81
CAP. 17 - Molde de Canal quente (exemplo) 86
CAP. 18 - Molde de Canal quente (produto) 87
CAP. 19 - Molde de Canal quente (Camara) 88
CAP. 20 - Molde de Canal quente (Legenda) 89
CAP. 21 - Molde de Canal quente (Legenda) 90
CAP. 22 - Núcleo Rotativo 91
CAP. 23 - Núcleo Rotativo (exemplo) 94
CAP. 24 - Núcleo Rotativo (Legenda) 95
CAP. 25 - Núcleo Rotativo (Legenda) 96
CAP. 26 - Molde de Sopro 97
CAP. 27 - Molde de Sopro (Exemplo) 104
CAP. 28 - Molde de Sopro (Legenda) 105
CAP. 29 - Molde de Sopro (Legenda) 106
CAP. 30 - Molde Placa Flutuante 107
CAP. 31 - Molde Placa Flutuante (Exemplo) 110
CAP. 32 - Molde Placa Flutuante (Legenda) 111
CAP. 33 - Molde Placa Flutuante (Legenda) 112
Escola SENAI Mario Amato ! Projeto de Moldes para Plásticos
Desenvolvimento de
Produtos
Devido aos altos custos dos moldes, devemos utilizar formas de usinagem corretas,
obtendo assim ganho no prazo de entrega e tempo de máquinas de usinagem.
Conferindo assim ao molde facilidade no manuseio que irá, reduzir custos e beneficiar
a produtividade.
O molde deve ser prático e obedecer outros padrões que promovam facilidades para o
set-up, como utilização dos olhais de transporte, mangueiras de refrigeração do lado
oposto ao operador ou instalação de manifold de refrigeração para facilitar a conexão
dos bicos de mangueira, abas do molde na vertical, tamanho dos moldes compatíveis
com os padrões da injetora, facilidade de extração, troca rápida, evitar pontas de
postiços muito delgadas pois o operador no momento da extração poderá se ferir, e
todo e qualquer sistema que ofereça risco de acidentes.
Em suma, devemos sempre verificar as possíveis dificuldades que podem surgir nas
etapas posteriores (construção, manutenção e produção) durante o projeto para serem
eliminadas antes da execução do molde.
Isto faz com que tenhamos mais tempo para nos dedicarmos a construção das partes
ativas, partes estas de maior responsabilidade no molde que asseguram dimensional,
acabamento do produto, qualidade e repetibilidade no processo.
Para o projeto do molde, devemos reunir o maior número possível de informações para
que possamos projetar a ferramenta de acordo com as necessidades pertinentes ao
produto:
Projeto do Produto
Estes cuidados são importantes porque as peças assim obtidas devem passar por
mínimo ou nenhuma operação adicional de retrabalho, isto agregaria custos adicionais
ao produto final.
As peças devem sair do molde satisfazendo todas exigências do cliente e pronta para
ser utilizada desempenhando suas funções mecânicas, físicas e estéticas.
Contração
Este percentual deverá ser correspondente ao material a ser injetado que para maior
segurança deverá ser informado pelo fabricante da matéria prima.
A adição de cargas no material como, por exemplo, fibras de vidro, micro esferas de
vidro e talco também alteram a contração.
D=P+S
Tolerâncias Dimensionais
Para se obter uma constante e tornar os cálculos mais ágeis podemos usar:
X = (0,4/100) +1
Constante = 1,004
Tolerância = +/- 0,1
Produto
Processamento
Postiço Matriz
Postiço Macho
Espessura de Parede
As formas típicas das peças não são blocos de material, e sim formas compostas por
placas e paredes de pequena espessura. Existem limites razoavelmente bem definidos
para a espessura das paredes destas peças, visto que, uma parede de espessura
muito pequena e de grande superfície é impossível de ser injetada, pois o molde
absorve muito rapidamente o calor da massa plastificada, fazendo-a solidificar-se
antes de preencher totalmente a cavidade, e por outro lado, o acúmulo de massa de
uma parede muito grossa provoca distorções na peça, principalmente para
termoplásticos.
Além das considerações de processo, devemos estar atentos ao custo. Para que se
consuma uma quantidade mínima possível de material por peça, as paredes da mesma
deverão ser tão finas quanto o permitam as solicitações mecânicas as quais ela estará
sujeita.
Como regra geral, as espessuras das paredes da peça devem ser as menores
possíveis, desde que se respeite as características reológicas do material escolhido
(para que seja possível encher a cavidade do molde), mesmo que para obter a
resistência mecânica requerida, seja necessário acrescentar nervuras na peça.
GEOMETRIA IDEAL
Geometria do Produto
Se considerarmos a cavidade onde será injetada a peça, como sendo um duto a ser
percorrido pelo material com um mínimo de !perdas de carga", fica claro que devemos
evitar a todo custo estrangulamentos, variações bruscas de seção bem como cantos
vivos nas junções das paredes da peça.
GEOMETRIA NÃO
ACONSELHÁVEL GEOMETRIA IDEAL
Raios de Arredondamento
Isso deve ser feito principalmente nos cantos internos, no encontro de paredes e no
engaste de nervuras.
Nervuras
Se o fluxo de material for dividido por um obstáculo, tal como um pino do molde, uma
gaveta, contornar este obstáculo e voltar a se juntar após o mesmo, as duas frentes
não se unem, misturando-se de forma perfeita e homogenia, pois a película externa do
termoplástico, de temperatura levemente inferior à do núcleo da massa plastificada,
impede a mistura.
MARCA DA
PINO LINHA DE
Insertos Metálicos
Concepção de Produto
Funcionalidade do Produto
Molde de Injeção
Esta unidade receberá sistema de refrigeração que irá retirar calor da fonte de energia
(material injetado) e manterá a temperatura do molde estável e dentro da necessidade
da matéria prima a ser injetada.
Este mecanismo estará sempre instalado na parte inferior do molde salvo raras
exceções.
O molde sofrerá ainda variações nas dimensões de comprimento, largura, altura, pode
ser no quadrado, redondo ou retangular e sistemas definidos conforme a necessidade
e dimensional do produto podendo este ser desde um clips até um painel ou pára-
choque de um veículo, isto nos mostra a variação de tamanhos e formas de produtos
que podemos transformar pelo processo de injeção.
A norma DIN E 1675 (moldes de injeção para materiais plásticos) contém uma divisão
dos moldes segundo o seguinte esquema:
x Molde padrão (molde de duas placas);
x Molde de gaveta;
x Molde com núcleo rotativo;
x Molde de três placas;
x Molde de pisos (steck mold);
x Molde assistido com injeção de nitrogênio;
x Molde de câmara quente;
x Molde de injeção bicolor.
Métodos de Extração
Sistemas de extração com pinos, lâminas, buchas, placas e ar comprimido.
Métodos de Refrigeração
- Furos com brocas;
- Lâminas;
- Cascata;
- Núcleo roscado.
Métodos de Injeção
- Direta
- Indireta
1-Placa Base Superior (PBS) - Fixação do molde na parte fixa da injetora através de
garras.
4-Placa Suporte - Elemento fixado sobre os calços com a função de suportar a pressão
de injeção que incide sobre a área projetada no momento do preenchimento das
cavidades, devendo ser previamente calculada sua espessura e prever suportes
pilares que servem de sustentação para a placa suporte evitando sua deformação.
6-Placa Porta Extratora - Sua função é alojar e fixar os pinos extratores, retorno, molas
de retorno e outros sistemas de extração ou mecanismos.
8-Placa Base Inferior - Realiza a fixação do molde na parte móvel da injetora através
de garras.
16-Suporte Pilar - Garante que a placa suporte não sofra flexão no momento da
injeção.
A pressão aplicada na área projetada é alta e pode ocasionar flexão da placa suporte,
e originar rebarbas ou um mau funcionamento do molde.
Estes materiais precisam atender às altas exigências dos moldes plásticos, os mesmos
serão submetidos a grandes pressões, atritos, compressões e drásticas modificações
na estrutura geométrica através de ferramentas de corte e nos tratamentos térmicos.
Estes aços oferecem grande aptidão ao polimento e ótimo desempenho nas aplicações
de texturas.
Para obtermos uma maior resistência do aço podemos recorrer aos tratamentos
térmicos bem como têmpera, cementação e nitretação visando o aumento da dureza
superficial.
No entanto o material ao sofrer estes tratamentos não pode apresentar trincas que
resultarão em marcas no produto, fragilidade no elemento e principalmente vazamento
das galerias de refrigeração.
Para peças injetadas em materiais clorados, como por exemplo, o PVC que devemos
utilizar um aço inoxidável para evitar a oxidação devido o ataque do ácido clorídrico
(HCL), ou podemos empregar um banho de cromo na superfície das cavidades.
PLACA BASE
SUPERIOR
PLACA BASE
INFERIOR
PORTA MATRIZ ABNT 1045
PORTA MACHO
PLACA SUPORTE
ESPAÇADORES
PLACA EXTRATORA
PORTA EXTRATOR
ANEL DE ABNT 1020/1045
CENTRAGEM
BUCHA INJETORA VND TEMPERADO 50/55
BUCHA GUIA ABNT 8620 VB-20 CEM. TEMP. 60/65
COLUNA DE GUIA ABNT 8620 VB-20 CEM. TEMP. 60/65
BUCHA POÇO FRIO VND/ H-13 TEMPERADO 50/55
SUPORTE PILAR ABNT 1020
PINO TOPE VND TEMPERADO 50/55
PINO DE RETORNO ABNT H-13 H-13 NITRETADO 50/55
PINO EXTRATOR ABNT H-13 H-13 NITRETADO 50/55
BUCHA EXTRATORA ABNT H-13 H-13 NITRETADO 50/55
LAMINA EXTRATORA ABNT H-13 H-13 NITRETADO 50/55
MACHO ABNT H-13 H-13 TEMPERADO 50/55
CAVIDADE ABNT P-20 P-20 NIT. /BENEF. 50
POSTIÇO AÇO INOX MATERIAIS CLORADOS
GAVETA
POSTIÇO DELGADO ABNT 5160 VR-60 TEMPERADO 50/55
SUPORTE P/ GAVETA VND TEMPERADO 50/55
Polimento de Machos e
Matrizes
! Extração do Produto;
! Acabamento Superficial.
Ângulos de Saída
Sua ausência proporciona graves riscos e marcas que danificam o produto final.
Deve-se considerar no projeto o ângulo a ser usado, para que a inclinação nunca
exceda as tolerâncias pedidas pelo projeto deixando assim a peça fora da
especificação dimensional.
Saídas de Gases
Em alguns tipos de moldes, gases podem ficar presos em áreas onde uma
saída não pode ser construída. Nestes casos, a saída de gás poderá ser feita
no pino extrator.
Elementos Padronizados
Anel de Centragem
Seu diâmetro externo deverá ser compatível com o da máquina, porém para menor
tempo de set-up é interessante que num parque de máquinas o diâmetro destes anéis
sejam padronizados.
O aço para confeccioná-la pode ser ABNT 1020 ou ABNT 1045, não exige tratamento
térmico por não ser um elemento que sofra solicitações de força ou atrito, o
acabamento pode ser de torno não necessita ser retificado.
Anel de Centragem
Buchas Quentes
Para melhor rendimento dos moldes podemos utilizar os bicos quentes, estes
elementos são de concepção diferente dos convencionais pelo fato de manter o
material fundido em seu interior não gerando o resíduo que ocorrem nos chamados
bicos convencionais minimizando o fluxo do material por áreas frias.
Este elemento é utilizado para facilitar a confecção do poço frio e o ajuste do extrator
do canal, seria muito trabalhoso levar toda a placa porta macho para a máquina só
para executar este pequeno detalhe.
A função do poço frio é captar a frente fria da massa a ser injetada, reter os canais de
injeção na parte móvel do molde e sacar o resíduo da bucha injetora, por isso temos
este detalhe com um ângulo reverso que funciona como retenção do lado da extração.
Tipos:
Buchas de Injeção
Elemento que faz a ligação entre o bico injetor do canhão da injetora com a parte
interna do molde, entregando a massa fundida aos canais de alimentação que por sua
vez conduzirão o fluxo ao preenchimento das cavidades.
Do ponto de vista prático este elemento deve ser o mais curto possível para reduzir o
máximo a distância do fluxo a percorrer, resultando assim em melhores características
mecânicas para o produto final.
O canal de fluxo deve ser redondo assumindo uma forma cônica, com um ângulo de 2
graus e 30 minutos aproximadamente, com superfície polida sem pontos de
estagnação e retenção com o propósito de facilitar a extração e reduzir o atrito do fluxo
do material.
Deve ser tratado termicamente (temperado), por ser um elemento que sofre atrito e
pressão no momento do encosto da unidade injetora.
A região da cabeça deve possuir a forma de acentamento compatível com o bico injetor
da máquina. É um elemento que pode variar nos equipamentos, caso não seja
observada esta exigência, poderá ocorrer vazamentos de material e prender o resíduo
do bico no lado fixo do molde.
No caso de buchas raiadas, o raio das mesmas deve ser maior cerca de 0,8 mm para
promover um acentamento perfeito evitando assim vazamentos de material no
momento da injeção.
PORTA CAVIDADE
PORTA MACHO
PINO EXTRATOR
Estes componentes como o próprio nome diz, vão guiar o molde na montagem, bem
como na abertura e fechamento do molde.
A parte superior portará as quatro colunas e a parte inferior do molde alojará as buchas
ou ao inverso de acordo com a necessidade, porém o mais comum é a primeira opção.
É usual sempre manter uma das colunas deslocadas ou com o diâmetro menor para
evitar a montagem e o fechamento do molde invertido o que poderia ocasionar
amassamento ou travamento do sistema.
As placas extratoras são guiadas por colunas, convém lembrar que elementos como
suporte pilar, pino de retorno e pinos extratores não devem sob hipótese alguma servir
como guia para o conjunto extrator.
São fixadas pelo sistema de cabeça, recebem um ajuste deslizante entre si do tipo
H7g6, não podendo ter folgas maiores para não causar o deslocamento entre as
partes.
Outra característica importante nas buchas e colunas são os canais de lubrificação, por
serem elementos de movimento e encaixe é necessário lubrificação para evitar atrito
que pode gerar aquecimento e engripamento do sistema.
CANAIS DE LUBRIFICAÇÃO
Suporte Pilar
Suporte pilar são calços posicionados entre a placa base inferior e a placa suporte
transpassando a placa extratora com folga.
Tem a forma de diâmetro que poderá variar conforme o tamanho do molde e o espaço
disponível nas placas de extração.
Estes elementos irão sustentar a placa suporte no momento da injeção pelo fato de
estar incidindo sobre a área projetada altas pressões, de 500 a 700 kgf/cm2 podendo
provocar uma flexão na placa suporte.
Os mesmos deverão ser mais altos que os espaçadores, cerca de 0,05 mm à 0,07mm.
Confeccionados em ABNT 1020 com faces de apoio retificadas para resultar um bom
acentamento.
Sua fixação é feita através de parafusos, serve somente como sustentação da placa
suporte e nunca deve ser usado como guia do conjunto extrator.
Área Projetada
Nesta região incidirá de 1/2 à 1/3 da pressão de injeção real da máquina, no trajeto o
fluxo perderá temperatura e pressão por isso usamos em média 700 kgf/cm2 para o
cálculo da espessura da placa suporte e da força de fechamento.
Elementos de Extração e
Retorno
- Pinos redondos;
- Lâminas extratoras;
- Buchas extratoras;
- Placas de extração.
Esta camada superficial com dureza elevada é necessária devido ao atrito constante
com as partes do molde no momento da extração e seu núcleo tenaz para manter a
flexibilidade do elemento para não se quebrar ou deformar com eventuais
desencontros possíveis durante o funcionamento do molde. As folgas entre os pinos e
NTP ! Núcleo de Tecnologia do Plástico 45
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as partes do molde devem ser em torno de 0,5mm à 0,6mm no diâmetro e ajuste H7g6
na altura de 1,5 à 2 vezes o diâmetro do pino na região de deslizamento na área do
produto.
Na superfície das cavidades os extratores não devem possuir folgas pois poderia
ocasionar rebarbas no produto.
A área de extração deve ser a máxima possível, ou seja, o maior número de pinos e
maior diâmetro possível disposto de forma que a peça ao ser extraída mova-se
equilibrada e a força de extração se distribua uniformemente ao longo da área do
produto, evitando assim uma inconstância na posição do produto em relação a linha de
abertura do molde, podendo gerar defeitos no produto.
As buchas extratoras são elementos de extração que empregamos para ejetar peças
de forma tubular, onde a mesma envolve o macho central que molda o diâmetro interno
do produto. Obrigando assim a fixação do postiço na placa base inferior.
Quem irá ditar isto é o formato da peça, há casos onde é preciso a utilização de pinos
redondos, lâminas e buchas extratoras. Em fim, é possível fazermos uma combinação
entre estes elementos de extração de acordo com a necessidade exigida pelo produto.
LÂMINA EXTRATORA
Extração a ar comprimido
Além dos elementos de extração temos outros elementos que formam o conjunto
extrator, que atuarão de forma simultânea, direta ou indiretamente no sistema,
completando o ciclo de ejeção.
Estes são elementos que fazem parte do padronizado exceto o curso de extração que
é ditado pela altura máxima do produto e os furos na placa base inferior que é
estabelecido de acordo com o tamanho da injetora.
3-Placa Extratora: Placa de maior espessura, responsável pelo avanço e retorno dos
extratores, recebe o impacto do varão de extração da máquina injetora.
4-Buchas e Colunas: Tem como função guiar as placas extratoras e mantendo assim a
perpendicularidade e o alinhamento dos extratores.
5-Pinos Top!s: São pequenos discos sob a placa criando folga entre a placa base
inferior e a placa extratora, facilitando o assentamento e evitando o acúmulo de sujeira.
8-Furo na Placa Base Inferior: Estes furos são necessários para possibilitar o avanço
das placas extratoras, pois o movimento das mesmas é feito pelo avanço do varão da
máquina, podendo ser um único furo central ou mais, de acordo com o tamanho e
recurso da máquina, podendo chegar até cinco, sendo um central e quatro nas laterais
a uma distância que pode ser encontrada nos catálogos da injetora a ser utilizada.
NTP ! Núcleo de Tecnologia do Plástico 53
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O avanço e recuo da placa extratora também podem ser feitos pelo acoplamento deste
varão na placa extratora através de rosca, este sistema pode eliminar as molas e os
pinos de retorno, condição esta não muito aconselhável no que tange a segurança do
molde.
1- Refrigeração
2- Ângulo de Saída
3- Pressão de Injeção, Recalque.
4- Polimento (Rugosidade)
5- Detalhes Contra-Saída (Moldes com Gaveta)
Sistemas de Refrigeração
Assim sendo devemos prever a circulação de um fluído pela periferia das cavidades e
machos de forma a reduzir a temperatura destes elementos, visando a troca de calor
entre o fluído e as partes ativas.
Para refrigeração de moldes o fluído mais utilizado é a água, portanto é importante que
se tenha uma torre de resfriamento e um tratamento químico do fluído para evitar a
criação de algas e outras contaminações.
Caso este controle não seja feito poderá ocorrer entupimento das galerias de
refrigeração por acúmulo destes elementos nas paredes dos furos por onde circula a
água levando molde a um mau funcionamento.
Outro fator que colabora para o entupimento dos dutos é a oxidação do aço das
cavidades e dos machos em contato com o fluído.
A diferença de temperatura recomendada para o fluído desde sua entrada até a saída
é de 3 graus no máximo e um regime de movimento turbulento.
Vazamentos não devem ocorrer em hipótese alguma, desta forma reduziremos a vazão
de água no sistema, alterando o regime de movimento do fluído, podendo ainda causar
danos ao molde, como queima de resistências no caso de com câmara quente,
oxidação irreversível que danificam as cavidades e machos e sério comprometimento
do óleo hidráulico do equipamento injetor.
ELEMENTO ROSCADO
DE ALUMINIO
MACHO
COBRE BERÍLIO
TUBO DE COBRE
ANEL O`RING
Para utilizarmos o inserto de cobre Berílio devemos molhar pelo menos 1/3 do seu
comprimento para garantir uma troca de calor eficiente.
ANÉIS O` RING
Para evitar transtornos futuros ao desmontar o molde para manutenção deve-se trocar
os anéis para evitar que seja necessário uma desmontagem unicamente para a troca
de um anel que esteja vazando.
Engates de Mangueira
As mangueiras são conectadas nos bicos e fixadas com braçadeiras, no entanto para
uma vantagem econômica e ganho no tempo de set up, devemos utilizar as conexões
de engate rápido que nos oferece maiores facilidades.
Podemos também utilizar em caso que temos uma grande quantidade de entradas e
saídas de fluído refrigerante um manifold de refrigeração (bloco divisor) que irá facilitar
a conexão das mangueiras, reduzindo para uma entrada e uma saída de água, ainda
nos possibilita o controle de vazão, temperatura e pressão do fluido.
Sistemas de Alimentação
Alimentação direta:
É um meio pelo qual o material plástico flui diretamente do canal da bucha injetora para
a cavidade.
Este sistema é utilizado para peças de grande volume de injeção em moldes de uma
única cavidade onde o resíduo da bucha injetora fica preso ao produto, devendo ser
cortado ou usinado após resfriado.
Este sistema permite retirar o produto livre de resíduo da bucha injetora, eliminando
operações posteriores à injeção.
Alimentação indireta:
Canais de alimentação:
Os canais de alimentação são galerias por onde o material irá fluir até alcançar as
cavidades procedendo assim o preenchimento das mesmas.
Irão possuir um ou mais poços frios ao longo dos canais, normalmente nos pontos de
desvio do fluxo e nas suas extremidades, onde serão instalados os pinos extratores
destinados exclusivamente à ejetar os resíduos simultaneamente ao produto.
As formas mais indicadas para seção transversal são redondas ou trapezoidais.
Seu comprimento deve sempre ser o mais racional possível, ou seja a distância entre o
final da bucha injetora até a peça deve ser a mais curta possível, evitando assim
perdas de energia, temperatura, velocidade e pressão de injeção.
Esta ligação entre estes elementos (canal com o produto) pode acontecer de várias
formas de acordo com a necessidade do material, acabamento e processo.
Esfriar o material na entrada, logo que a cavidade esteja cheia de plástico. Só então o
êmbolo da máquina injetora pode voltar, sem provocar sucção no produto moldado.
Entrada capilar: É utilizada para alimentação das cavidades pela parte superior
central do produto (tampas roscadas), proporcionando um acabamento discreto. A
peça separa-se automaticamente dos canais.
Neste caso é acrescentada uma placa a mais em sua estrutura recebendo o nome de
molde com placa flutuante ou molde com terceira placa. Este sistema de entrada gera
normalmente resíduos longos, o que aumenta o fluxo do material e o peso da injeção,
por este fato deve avaliar a substituição deste por um molde de câmara quente.
Entrada submarina: Tipo de alimentação lateral que pode ser vazada acima ou abaixo
da linha de fechamento (lado da matriz ou do macho).
Não requer retrabalho após a extração por oferecer um desgalhamento automático por
meio de cisalhamento no momento de abertura para a extração do produto e um bom
acabamento no ponto de injeção.
É utilizado para peças que não permitem marcas nas laterais, somente abaixo da linha
de fechamento.
Entrada basculante: Este tipo de alimentação acontece pela parte inferior da peça no
intuito de esconder marca de injeção e evitar entrada pela lateral da peça.
Desta forma ocorre um preenchimento rápido das cavidades e evita marcas de fluxo no
produto final.
Entrada em leque: Outro sistema utilizado para peças de grande volume de injeção.
Esta lista nos servirá para a conferência ou criação de um projeto, análise de um molde
que será executado try-out ou para detectar eventuais problemas que um molde pode
apresentar durante a produção.
Verificação Em ordem?
Sim Não
1- Os canais de injeção e de distribuição estão bem
dimensionados?
2- A capacidade de produção esperada é compatível com
a capacidade de plastificação da injetora?
3- A capacidade de fechamento da injetora é compatível
com a área projetada?
4- O molde passa entre as colunas da injetora?
5- A fixação do molde é compatível com os furos da
injetora?
6- A altura do molde está entre o máximo e o mínimo
requerido pela injetora?
7- O curso de abertura da máquina é suficiente para
extração da peça?
8- A linha de abertura do molde causa marcas em região
não permitidas?
9- Marcas de ponto de injeção, pinos extratores, postiços
ou gravações estão em locais permitidos?
10- As concepções do molde não irão causar marcas de
Este sistema de molde é aplicado em peças que possuem detalhes que estão
transversais a linha de abertura do molde, gerando assim a necessidade de um
movimento contrário a esta abertura, que acontecerá por meio de pino came (pino da
gaveta, coluna de arraste ou coluna da gaveta). Ou por cilindros hidráulicos se houver
um curso de abertura muito longo ou se a gaveta ficar do lado fixo do molde.
O comprimento do pino came é responsável pelo quanto a gaveta irá recuar para
liberar a peça para extração.
Existe uma particularidade entre o ângulo do pino came e o ângulo da gaveta (que é o
mesmo da cunha), sempre deverá ter uma diferença de no mínimo 3º entre eles, sendo
que o da cunha é maior, por exemplo: se o came estiver com uma inclinação de 20º a
cunha deverá ter 23º para não ocorrer travamento do sistema.
Sob a gaveta sempre aplicaremos uma placa de arraste, confeccionada em aço VND
para evitar o desgaste tanto das gavetas quanto da placa porta macho.
O posicionamento das gavetas após a abertura do molde será garantida pelas travas
ou posicionadores que podem ser de duas formas:
Temos ainda um parafuso limitador traseiro para que a gaveta não abra mais que o
necessário, ou sofra ação da gravidade caso seja necessário trabalhar com as gavetas
na vertical.
Questionário:
REDUÇÃO DE CUSTOS
- Economia de matéria prima
- Menor consumo de energia
- Menor ciclo de injeção
- Menor custo operacional
- Diminuição da força de fechamento
FLEXIBILIDADE NO PROJETO
- Facilidade na definição do ponto de injeção
- Facilita balanceamento de canais
- Aplicação de vários tipos de ponto de injeção
- Mais possibilidades de pontos de injeção
- Criação de projetos diferenciados (stack mold)
- Menor área projetada
Núcleo Rotativo
Este tipo de molde é aplicado em peças com roscas internas, tampas de cosméticos,
bebidas, perfume entre outras.
Este sistema de molde consiste em girar o macho que neste caso é um núcleo roscado
que irá moldar o interno do produto. Que por sua vez estará ligado a um sistema de
engrenagens ou catracas que realizarão as revoluções necessárias para o
desroscamento do produto para que haja efetivamente a extração.
Os machos podem ser acionados por formas diferentes:
1- Engrenagens, cremalheira,
2- Catracas,
3- Engrenagem e parafuso-sem-fim
4- Engrenagens helicoidais
Questionário
Molde de Sopro
O projeto de molde de sopro depende muito da sopradora que será utilizada. Como em
todas as operações de moldagem, um bom projeto é de grande importância econômica
para a obtenção de produtos de qualidade, com elevada produtividade.
Normalmente os moldes de sopro são de fácil projeto, mas devem aliar boa
capacidade de troca térmica com resistência à abrasão. Conseqüentemente, a escolha
do material dos moldes é um fator importante para seu projeto. Os materiais
A) Alumínio
Liga de alumínio é uma excelente escolha para a maioria das aplicações de moldes de
sopro, pois tem boa condutividade térmica e ductilidade, excelentes características de
usinagem e pouco peso. A resistência à abrasão é geralmente baixa, porém algumas
ligas de alta resistência têm sido utilizadas com sucesso em moldes de sopro. O
alumínio é um material relativamente mole e pode ser facilmente danificado com
tratamento bruto. Qualquer risco ou imperfeição na superfície do molde aparecerá
como defeito na peça soprada.
B) Cobre berílio
CONTRAÇÃO
REFRIGERAÇÃO DO MOLDE
Os moldes de sopro devem ser refrigerados para se obter ciclos de moldagem rápidos
e boa qualidade do produto. A refrigeração é geralmente feita por circulação de água
ou outro fluido refrigerante, através de canais colocados no molde, próximo à
superfície da cavidade. Em moldes de grande porte, utiliza-se o sistema de
refrigeração por chicanas. Este sistema utiliza uma série de defletores para direcionar
o fluxo de água através da câmara do molde.
Sempre que possível, é desejável que a água entre no molde pelo fundo e saia pela
parte superior. Desta maneira, garantimos o preenchimento da cavidade com fluido
refrigerante, evitando bolsas de ar, que causariam pontos aquecidos localizados na
cavidade do molde. Outro sistema de refrigeração, particularmente utilizado para
moldes de tamanho pequeno é baseado em passagens perfuradas no bloco do molde.
No projeto de moldes com furos de refrigeração, é importante localizar os furos com
proximidade idêntica entre si, evitando pontos aquecidos, e também localiza-los
próximos à cavidade, sem sacrificar estruturalmente o molde.
Moldes para sopro de polietileno de alta densidade, por exemplo, devem permitir a
saída do ar que fica entre o parison e a cavidade do molde. Isto geralmente é feito
usinando-se pequenos canais (0,01 a 0,05 mm de profundidade) na face de uma das
metades do molde.
Além disso, a cavidade deve ser jateada com areia ou microesferas para facilitar o
escape de ar preso. Este tratamento superficial aumenta a rugosidade da superfície, o
que permite o escape do ar. Sem esta textura, a superfície do corpo soprado
apresentaria pequenas bolhas devido ao ar preso. Para jatear moldes de sopro, utiliza-
se geralmente esferas de grana 80. Assim obtemos um acabamento superficial
satisfatório para a maioria das aplicações. Moldes muito grandes requerem granas
maiores, até nº 30. Por vezes, utiliza-se grana maior em regiões determinadas do
molde, para fins decorativos.
Outra técnica de respiro inclui a colocação de ralos com fendas ou telas pressionadas
em lugares adequados na cavidade do molde, ligados através de pequenos furos no
corpo do molde com o exterior. Deve-se ter o cuidado de posicionar corretamente os
ralos e furações para a saída de ar, evitando que estes interfiram nos canais de
refrigeração do molde. Este artifício é principalmente utilizado em áreas
particularmente difíceis de serem preenchidas, ou quando se apresentarem bolhas no
produto acabado.
CÂMARAS DE "PINCH-OFF#
As câmaras de !pinch-off" são uma parte crítica do molde de sopro. Elas devem ter boa
condutividade térmica, par ao resfriamento rápido e boa resistência, para longos
períodos de produção.
A concepção !A" é a mais utilizada. Em alguns casos, porém, quando a peça acabada
é grande em relação ao diâmetro do parison na região da câmara de !pinch-off", o
plástico tende a se estreitar, podendo ocasionar até falhas na linha de junção do
frasco. Utiliza-se então a concepção !B" para evitar este fenômeno, pois o ângulo
menor do que 15º força o plástico par ao interior da peça soprada, aumentando a
espessura na linha de junção. Outro método que demonstrou bons resultados é uma
concepção similar à indicada na figura !A", com adição de um degrau que promove o
representamento do plástico na área do !pinch-off", como mostrado na figura !C".
Alguns frascos, especialmente aqueles com alça, são difíceis de serem soprados com
parison estreito o suficiente para não ocorrer o !pinch-off" até o raio externo do fundo
do frasco. Um método utilizado pelos fabricantes de moldes para superar este
problema é posicionar a área de corte de forma que o frasco não se apóie sobre a
emenda.
PLACA FLUTUANTE
Questionário