O documento analisa um poema de Cesário Verde sobre o autor. A primeira resposta explica que a "pena" do sujeito poético decorre de Verde ter vivido "preso" na cidade, apesar de ter características de um "camponês". A segunda resposta explica como a descrição de Verde reflete as qualidades objetivistas e antimetafísicas da poesia de Alberto Caeiro. A terceira resposta explica que a comparação final salienta a importância do campo para Verde em oposição à cidade.
O documento analisa um poema de Cesário Verde sobre o autor. A primeira resposta explica que a "pena" do sujeito poético decorre de Verde ter vivido "preso" na cidade, apesar de ter características de um "camponês". A segunda resposta explica como a descrição de Verde reflete as qualidades objetivistas e antimetafísicas da poesia de Alberto Caeiro. A terceira resposta explica que a comparação final salienta a importância do campo para Verde em oposição à cidade.
O documento analisa um poema de Cesário Verde sobre o autor. A primeira resposta explica que a "pena" do sujeito poético decorre de Verde ter vivido "preso" na cidade, apesar de ter características de um "camponês". A segunda resposta explica como a descrição de Verde reflete as qualidades objetivistas e antimetafísicas da poesia de Alberto Caeiro. A terceira resposta explica que a comparação final salienta a importância do campo para Verde em oposição à cidade.
O documento analisa um poema de Cesário Verde sobre o autor. A primeira resposta explica que a "pena" do sujeito poético decorre de Verde ter vivido "preso" na cidade, apesar de ter características de um "camponês". A segunda resposta explica como a descrição de Verde reflete as qualidades objetivistas e antimetafísicas da poesia de Alberto Caeiro. A terceira resposta explica que a comparação final salienta a importância do campo para Verde em oposição à cidade.
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O guardador de rebanhos: ”Ao entardecer,
debruçado pela janela,”
1-Interpreta a exclamação do verso 5 “Que pena que tenho dele”, considerando o assunto da segunda estrofe. R:Através da exclamação do verso 5, o sujeito poético apresenta os seus sentimentos relativamente a Cesário Verde. A sua “pena” decorre do facto de o autor ter vivido “preso” na “cidade”, ainda que possuísse os traços de caráter e a maneira de ver o mundo típicos de um “camponês”, conforme descreve nos versos da segunda estrofe. 2-Explica de que modo a descrição de Cesário Verde reflete as características da poesia de Alberto Caeiro. R:A descrição de Cesário Verde realça as qualidades que o aproximam de um “camponês”, como o próprio Caeiro, empenhado em envolver-se e observar a realidade. O autor é caracterizado por meio de alusões à natureza e de metáforas e comparações que evidenciam a ligação ao contexto natural e a propensão antimetafísica da poesia de Alberto Caeiro. 3-Explicita o recurso expressivo presente nos últimos três versos e respetivo valor. R:A comparação, usada nos três últimos versos do poema, salienta a relevância que o campo, enquanto espaço conotado com a felicidade, adquire na poesia de Cesário Verde, por oposição à cidade. Por outro lado, associa essa dicotomia espacial do poeta à vertente antimetafísica e objetivista da poesia de Alberto Caeiro. “Sonho. Não sei quem sou neste momento.” 1-A primeira estrofe é iniciada pela forma verbal “Sonho” caracterizadora do estado do sujeito poético. Aponta as três grandes consequências desse estado de “sonho”. R:O sonho permite ao sujeito poético: não saber quem é “Não sei quem sou”, ou seja, ignorar a sua identidade; ter capacidade de sentir “Durmo sentindo-me.”; não pensar “Meu pensamento esquece o pensamento”. 2-Na segunda estrofe, o sujeito poético refere negativamente o estado de vigília. Interpreta o primeiro verso da estrofe, relacionando-o com o conteúdo da estrofe anterior. R:”Se existo, é um erro eu o saber”. Este verso, que inicia a segunda estrofe, marca o contraste entre a vigília e o sonho. Enquanto, na primeira estrofe, o sonho corresponde à “Hora calma” da possibilidade de anulação do pensamento, de desconhecimento do eu “Não sei quem sou neste momento”, na segunda estrofe a vigília traz a realidade, a consciência, entendida como um erro. A noção de erro é reafirmada pela expressão “Se acordo / Parece que erro”. 3-Transcreve as cinco expressões que evidenciam a referida negatividade. R:A visão negativa do estado de vigília é evidenciada pelas expressões: Sinto que não sei; Nada quero; nem tenho; nem recordo; Não tenho ser nem lei. 4-“LAPSO DA CONSCIÊNCIA entre ilusões,”. Propõe uma interpretação para a expressão salientada. R:O “lapso da consciência” será, precisamente, o sonho, esse intervalo no tempo em que a consciência está ausente. O que ladeia esse i ntervalo são as ilusões, sejam elas da realidade ou do sonho. 5-Explicita o desejo expresso nos dois últimos versos. R:O sujeito poético deseja mergulhar no sono/sonho, numa fuga à consciência da realidade que a vigília comporta. Por isso, deseja que o seu coração adormeça, para adormecer o pensamento e deixar emergir o sentir (“Dorme insciente de alheios corações”), ainda que esse mergulho seja alheio aos outros e agrave a solidão (“Coração de ninguém!”). 6-Indica os temas da poética pessoana que se cruzam neste poema. R:Cruzam-se neste poema os temas da dor de pensar e do sonho/realidade. “Não sei porque é que sou assim.” 1-Identifique três traços de autocaracterização do sujeito poético, revelados na primeira e na terceira estrofes, fundamentando a sua resposta com elementos do texto. R:Os mais nítidos traços de autocaracterização do sujeito poético são os seguintes: a incompreensão de si mesmo (“Não sei porque é que sou assim”); a incapacidade de sentir sem pensar (“Sentir foi sempre para mim/Uma maneira de pensar”); a inquietação interior, representada pelo “rodopio/ das folhas secas”, que impedem o encontro consigo mesmo (“Não consigo ser eu a fio”). 2-Considerando a segunda estrofe, caracterize e justifique o efeito que a memória exerce sobre o estado de espírito do sujeito. R:A recordação de uma velha canção entristece o sujeito poético, no entanto, ele não sabe determinar, com exatidão, o motivo da tristeza. Essa tristeza advém do facto de a cantiga ser antiga e, por isso, remeter para um passado distante, que já não existe? Ou é o sujeito poético que é antigo, condição de que a cantiga o faz tomar consciência e, logo, tem o efeito de o deixar triste? Seja como for, na base da tristeza do sujeito poético está a memória nostálgica de um passado distante e irrecuperável, despoletada pela lembrança de uma cantiga que pertence a esse passado. 3-Aponte as duas linhas temáticas da poesia de Fernando Pessoa ortónimo presentes neste poema. R:As duas linhas temáticas pessoanas que melhor se evidenciam no poema são: a dor de pensar, provocada pela incapacidade de sentir sem a interferência do pensamento, e a nostalgia da infância, patente na segunda estrofe. “Cansa sentir quando se pensa” 1-Caracteriza o estado emocional do sujeito lírico, tendo em conta as seguintes expressões: “nem sei quem hei de ser”; “Pesa-me o informe real”; “E não poder viver assim” R:O sujeito poético revela, nestes versos, e ao longo de todo o poema, um estranhamento de si mesmo e do real que se lhe apresenta, e que lhe é dado a entender. Ao mesmo tempo, há um sentimento de inadequação do eu a esse real. Os versos revelam, em particular, uma falta de noção de como agir e, simultaneamente, uma pressão exercida pelo real, o campo de ação do sujeito poético. A dificuldade de compreensão de si mesmo e do real causa este sentimento de impossibilidade de viver nestas condições. 2-Ao longo do poema, o estado de espírito do sujeito poético enquadra-se no real circundante. Explicita esta afirmação, referindo o valor expressivo da enumeração e da adjetivação no texto. R:Os sentimentos de cansaço, solidão e tristeza são estimulados por uma noite de vigilia, de insónia, uma noite fria, escura e silenciosa que se encontra em plena consonância com o interior do sujeito poético. A estética da corporização da solidão no “momento insone” é a localização dos sentimentos no tempo e espaço desta noite fria. À escuridão desta noite e dos próprios pensamentos do eu poético serve a adjetivação “negro astral silêncio e surdo” para dar uma maior sensação de profundidade. A enumeração “Mas noite, frio, negror sem fim, / Mundo mudo, silêncio mudo” contribui para o estreitamento de laços entre situação espáciotemporal e situação emocional do sujeito poético. Esta enumeração afunila o raciocínio na direção do paradoxo final, generalizante do sentimento de despersonalização e inadequação da personalidade ao real em que existe. 3-Explica o sentido do verso “E é uma noite a ter um fim” no contexto do poema. R:Tendo em conta que o sujeito poético, mais do que triste, está frustrado e cansado de viver numa realidade à qual não consegue adequar-se, sente que não pode “viver assim”, dar continuidade ao que lhe parece absurdo. Portanto, na lógica de que a noite termina com a madrugada, como esta noite que madrugará, também os pensamentos negros e frios do sujeito poético terminarão, um dia, quanto mais não seja através da inevitabilidade da morte. 4-Esclarece o possível significado da contradição entre “Tudo isto me parece tudo” e “Ah, nada é isto, nada é assim!”. R:Este paradoxo final que encerra o poema é revelador, uma vez mais, da despersonalização do sujeito poético e da sua dificuldade de adequação ao real que habita. Num raciocínio pessimista ao longo de todo o poema, o sujeito poético parece tender para uma opinião geral da vida em simultâneo com esse pessimismo. Contudo, depois de uma enumeração negativa, recua no argumento, como recua nas suas ações, questiona o real que se lhe apresenta, constante e dolorosamente. 5-Justifica o discurso parentético presente no final da composição poética. R:O discurso parentético constitui uma reflexão final, na qual o sujeito poético evidencia a perturbação vivida durante a noite de silêncio e escuridão (“Mas noite, frio, negror sem fim, / Mundo mudo”) e acalenta a esperança de mudança através da frase exclamativa final: “Ah, nada é isto, nada é assim!” 6-Tendo por base o poema e a análise que acabaste de fazer, indica, justificando, o tema pessoano central aqui tratado. R:Trata-se aqui, do tema da dor de pensar, explícito no primeiro verso do poema, através do cansaço que o sujeito poético expressa em relação a esse doloroso processo, que é o pensamento. “Tenho tanto sentimento” 1-A primeira estrofe apresenta uma das tensões nucleares da poesia de Fernando Pessoa ortónimo. Justifica a afirmação, esclarecendo as relações de sentido que se estabelecem entre os seis versos. R:Na primeira estrofe, desenvolve-se a oposição “sentimento” / “pensamento”, central na obra de Pessoa ortónimo. Segundo o sujeito poético, não consegue apenas sentir, ainda que, por vezes assim lhe pareça. Contudo, ao analisar-se (“ao medir-me”), compreende que , no momento em que é “sentimental”, as suas emoções já foram intelectualizadas e transformadas em “pensamento”. 2-Explicita o efeito produzido pela mudança de pessoa gramatical – “eu” / “nós” – da primeira para a segunda estrofe. R:Com a mudança de pessoa, da primeira do singular para a primeira do plural, o “eu” lírico procede a uma universalização das suas afirmações, generalizando o seu caso particular a “todos que vivemos”, todos os seres humanos. 3-Comenta a relevância dos três últimos versos na construção de sentido do poema. R:Os últimos três versos do poema apresentam um caráter conclusivo face às afirmações anteriores e à indefinição que as mesmas deixam no ar. Depois de refletir sobre qual a “verdadeira” vida de cada ser humano, que se debate entre o sentimento e a razão, o sujeito poético termina destacando a supremacia do pensamento, pois, segundo ele (e como explicou na teoria do fingimento poético), “a vida que a gente tem / É a que tem de pensar”. 4-Explicita a imagem que o sujeito poético tem de si próprio. R:O sujeito poético admite que chega a convencer-se de que é sentimental, mas acaba por afirmar que esse sentimento não é nada mais do que pensamento do que não sentiu na realidade, é uma emoção racionalizada. 5-De acordo com a análise que o lírico faz, indica o que há de comum entre ele e os outros seres humanos. R:O eu lírico reconhece que em todos os outros, como nele, há dualidade entre uma vida vivida e uma vida pensada, entre o sentimento e a razão, mas que “a única vida eu temos/É essa que é dividida/Entre a verdadeira e a errada”. 6-Refere a duvida que persiste no sujeito poético, indicando os versos que correspondem à sua opção. R:O sujeito poético não sabe explicar qual das duas vidas, a sentida ou a pensada, é a verdadeira ou a errada, mas opta, nos dois últimos versos, por admitir que a nossa vida “É a que tem que pensar”. 7-No poema verifica-se a recorrência de um nome e de um verbo ligado lexicalmente a esse nome. Identifica e explica a insistência no uso desses vocábulos. R:O nome “vida” e as formas verbais de “viver”, empregues diversas vezes ao longo do poema, ocorrem com frequência porque a reflexão do sujeito poético recai precisamente sobre a temática da vida e a forma como cada um de nós a vive ou tem de viver. PREDICATIVO DO COMPLEMENTO DIRETO Considerar, julgar, ver, achar, suspeitar, nomear, declarar, designar, eleger, fazer, julgar, supor, ter por, tornar, tratar, sonhar, imaginar.