Módulo 1 - Bibliologia - Lição - 1 PDF
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Material Digital ICP - Bibliologia 1 - L. 1
BIBLIOLOGIA I
Correspondência no material impresso
(DOUTRINA DAS
Introdução: A Bíblia ESCRITURAS)
Capítulo 1
A formação do Cânon
Capítulo 2
O material da Bíblia
LIÇÃO 1
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LIÇÃO 1
Introdução - A Bíblia
EXPOSIÇÃO
DO CONTEÚDO
DA LIÇÃO
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Etimologicamente, o termo Bíblia é o plural da palavra
grega Biblos ou a forma diminutiva biblion, mais utilizada
na versão dos LXX e no Novo Testamento. Significava, no
princípio, qualquer tipo de documento escrito: rolo, códice,
carta etc. Na versão dos LXX e nas fontes judaicas e cristãs,
o termo “livro sagrado” ou o plural hierai bibloi designava o
Pentateuco ou o conjunto do Antigo Testamento.
TEORIAS SOBRE A
INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
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INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
Durante séculos, a Igreja Cristã utilizou as
Escrituras Sagradas sem definir solenemente
sua fé na inspiração dos livros sagrados. Com
o passar dos anos, chegou-se à compreensão
de que Deus é o autor do Antigo e do Novo
Testamentos, listando todos os livros sacros,
sendo que alguns deles (deuterocanônicos)
não se adequavam ao princípio da inspiração.
Duas expressões que aparecem no Novo
Testamento são utilizadas pelos teólogos para
dar autoridade divina às Escrituras: escritor
inspirado (2Pe 1.19-21) e livro inspirado
(2Tm 3.15). Assim, o cristianismo aceita
“Deus — autor da Escritura” e os homens
como seus instrumentos, sem reduzi-los a
instrumentos mecânicos.
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Para os cristãos, Deus quer a existência das Escrituras,
como um dos elementos constitutivos da Igreja. As
Escrituras haveriam de formar-se por meio da comunidade
cristã, brotando de sua atividade. Deus é o autor da Igreja
e das Escrituras. Desse modo, os fatores divino e humano,
que concorreram para a produção das Escrituras, estão
relacionados entre si como causa principal e instrumental.
Nesse ponto, deve começar qualquer explicação sobre
a atividade inspirativa e apropriante de Deus. Antes do
Renascimento e da Reforma, a reflexão sobre a natureza da
inspiração ficou limitada a certas observações incidentais
ao se tratar da origem divina das Escrituras. Logo surgiu:
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A ação de Deus sobre o autor sagrado pode ser definida como Spiritu
Sancto Inspirante. Essa inspiração influi em todas as faculdades do autor,
afetando o entendimento especulativo (o que se há de comunicar) e o
entendimento prático (o modo de comunicá-lo).
Uma vez aceitando a Bíblia como Palavra inspirada por Deus, observam-
se os efeitos desta inspiração sob quatro aspectos:
1. Deus se revela na Bíblia.
2. A Bíblia forma uma unidade completa.
3. A Bíblia permite o encontro entre Deus e a pessoa.
4. A inerrância na Bíblia se evidencia.
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LIÇÃO 1b
A formação do Cânon
• Nebhim. Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel e Os doze (os
nossos profetas menores).
Obs: “Os cinco rolos”. São chamados assim porque cada um deles foi
escrito individualmente para ser lido nas festividades judaicas: Cantares
na Páscoa, Rute no Pentecostes, Eclesiastes na festa dos Tabernáculos,
Ester no Purim e Lamentações no aniversário da destruição de Jerusalém.
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TALMUDE
Não é a Bíblia hebraica, mas, sim, o comentário que interpreta a Bíblia judaica.
O Talmude é o conjunto da Mishná e da Guemará. A Mishná é o comentário das
Escrituras (Velho Testamento Hebraico). A Guemará é o comentário da Mishna.
Para os judeus, o Talmude é reconhecido como tendo a mesma autoridade da Bíblia
hebraica. Mas para os cristãos ele não se reveste de nenhuma autoridade.
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CÂNON CATÓLICO
CÂNON PROTESTANTE
Deuterocanônicos
Designa os livros aceitos pelos católicos que não foram incluídos no Cânon
escriturístico da comunidade judaica. São sete livros mais alguns fragmentos que se
encontram na tradução dos LXX. Os cristãos os aceitam em segunda instância, pois
foram importantes para a primeira geração de teólogos cristãos.
Pseudepigráfico
É usado pelos protestantes para indicar livros escritos por pessoas inspiradas.
Esses livros, no entanto, não estão nos cânones judaico, católico e protestante. Esse
termo é inadequado para ser usado em matéria de canonicidade, pois atribui o livro
a outro autor que não o escreveu, o que aconteceu com alguns livros canônicos.
Resumindo: pseudepígrafos são os livros religiosos e apocalípticos, escritos com a
pretensão de serem sagrados, porém, nem discutidos foram, sendo rejeitados por
todos (judeus, católicos e protestantes).
29 ALGUNS
Material LIVROS
Digital PSEUDEPÍGRAFOS:
ICP - Bibliologia 1 - L. 1
• Apocalipse de Sofonias, de Zacarias, de Esdras, Enoque, Os doze patriarcas, entre
outros.
Existe uma hipótese de que havia dois cânones hebraicos: um breve, palestinense,
fixado em Yamnia (cidade a oeste de Jerusalém, perto do Mediterrâneo, onde havia
uma escola de rabinos) e outro mais amplo, de Alexandria. Não foram os judeus de
Alexandria, mas a Igreja Cristã que, manejando a versão dos LXX, fixou o cânon
exclusivo. Antes do Concílio de Trento, houve uma sucessão de decisões sinodais
acerca da canonicidade da Bíblia.
Entre os cristãos coptos, cristãos etíopes e alguns cristãos sírios, tende-se a admitir
os apócrifos e os deuterocanônicos. Na Rússia, no século XIX, os teólogos ortodoxos
excluíram os deuterocanônicos, que aparecem numa Bíblia russa publicada em 1956.
Com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto (1947), foram esclarecidos alguns
dados. De todos os livros incluídos na Bíblia hebraica oficial, somente Ester falta nos
rolos e fragmentos de Qumrán. Isso se deve ao fato de não conter o nome de Deus e
de acentuar a festa do Purim, uma vez que a comunidade de Qumrán, a dos essênios,
observava rigorosamente o calendário hebraico. Os essênios também conservaram
cópias dos livros deuterocanônicos, como a Carta de Jeremias (de Baruque), Tobias,
Eclesiástico, Jubileus, Henoque e diversos documentos da seita.
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LIÇÃO 1c
Materiais da Bíblia
Das regiões mais antigas do planeta e dos povos que as habitavam, advém-nos o
material e a própria escrita conservada nesse material. Foram as inscrições antigas nas
cavernas, nas estátuas, nas colunas, nas tumbas e nos materiais não perecíveis, como,
por exemplo, as tabuinhas de argila, os papiros e os pergaminhos, que forneceram
informações sobre as civilizações antigas. Foi a conservação de documentos valiosos,
como as cópias das Escrituras Sagradas do cristianismo e outros, que elucidou diversas
passagens das Escrituras.
O papiro era feito dos talos da planta do mesmo nome, comum no antigo Egito.
Cortava-se em tiras finas que, depois, eram sobrepostas em camadas cruzadas e
prensadas. Escrevia-se sobre as fibras horizontais, que ficavam na parte interna do
rolo de papiro enrolado. Em caso de necessidade, escrevia-se também do outro lado.
Até a invenção do papel na China e de sua difusão pela Síria e Egito, durante os
séculos VII e VIII d.C., o papiro foi o material mais corrente da escrita no mundo
antigo. Escrevia-se com hastes de cana e tinta preta feita de fuligem. O papiro egípcio
transformou-se em material de exportação, porém, as condições de umidade dos
demais países tornaram impossível a conservação de papiros escritos, a não ser na
região do Mar Morto.
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O contrato de compra firmado pelo profeta Jeremias (Jr 32.10-14) foi, sem dúvida,
escrito em papiro dobrado e selado. As cartas de Paulo e outros textos do Novo
Testamento também foram escritos em papiro. Documentos enterrados nos túmulos
e ruínas, nas areias secas do Egito, sobreviveram até os dias de hoje.
PARABÉNS!!!
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A LIÇÃO 1
Não esqueça de assistir suas aulas em
vídeos e escutar suas aulas em áudios.
Feito isso, passe para lição 2.